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AVOSIDADEEA CONVIVENc i, NTERGERACIONAL Na AFETO E CUIDADO Eq ona Mestre em Ditelo Prado pela UFR coy 0 I UFR) come \ilseas el Univeidaede Coin toa PUCRioeds UER}Achopad emecaliadg ty Dien sx -Consdetasbesinicias 2, Direlto&convivéncia ami 1 i a s scents dosos.3.A integragdo intergeracional: direitos rare dean “familiares contemporaneas. 4. Avosidade: ditetoseresponsabiidadse ate ras ce ptemporineas. 5. ConsideragBesfinais: vosidade a solidaiedegcten z elidado, conSIDERAGOES INICIAIS ¢ Wa imagem do idosoe do , influenciadaem parte pela fora das midias, destacando-seofato de queosidosos uuram conquistar 0 seu espaco social com mais dignidade, conscientesd cidadania e da sua importante participagao na vida do pais. Como um fenome mento na longevidade do ser humano também prevalece entre nds, dominancia de criangas e jovens jé se faz acompanhar de uma presen Apresenca do idoso na vida familiar, redimensionando os limites da suistados pela amizade e carinho de todos, exige que a socieda scos que envolvem esta destacada parcela da populagao, Na assa, indaga-se o verdadeiro sentido da vida, buscando-se no “otas, nas quais as escolhas e propésitos desafiam o cotidia “\esproprias da idade, Situado no tempo e no espago, Oidoso' “lo historico e para osalertas das demais geragoes. A con vencl »,,Prepararidosos e jovens, ndo s6 para uma relacao de confian« “ompreensao, tolerancia e aceitagao recfprocas. fies com os idosos depende, muitas vezes, dae “taser repassada aos demais, sem se esquecer 0s bel hs cangs #Pelagao afetiva entre estes, A lembra P yates dosicdosos, também como avos, que ‘sa partir das proprias experiéncias. Digitalizado com CamScanner 378) TANIADASILVA PEREIRA A memoria das experienclas passa pode serum dey derenovadasaptidoes, ultrapassando limites possive}. tm in s,com aioe Ml, transformagdes clenifieas, tecnol6gicas,politicase socaig, betta st Ester, iy 'S onde g, volveas dimensdes afetivas, interpessoaise emocionai mh, sejanoambito Ce eel ke vee oals econ a 0. seen ajuda a enfrentaraimprevisibllidade das neval Pratic AS SOciais,| Novos cenarios se apresentam na convivencla familiag Oe say ty, sozinhos ou compartilhando a vida em one Se Onjuges a tn A Sto pessons com experincias propria, Diante das difutdad decom : Ihecimento, sao pessoas que devem ser capazes de perceber Seus limiter’ do ey alternativas parauma convivéncia entre os membros da faa sobreuges Ken A recente pandemia do coronavirus trouxe informacdes sobre os dng Sheios pais, os quais esto sujeitos a medidas mais severas de 'solame Oi ae aos aposentados eos auxilios emergenciais a Populagdo de baixarendg a ane visibilidade da populacao Draieaynasdiversasfabasetrasesusetat aig, Cabe lembrar que os cuidados com os idosos 'vao além da ‘Pandemia, cont adoecendo por conta de outras enfermidades fisicas ¢ Psiquiicas. Segundo, Thiago PresidentedaSociedade Brasileira de Geriatriae Gerontologiado Distrito. ee versa coma jornalista Katiuscia Nerina TVBrasil datada de 10.05.2029, “umadss certezas ques tem sobre a doenga éa vulnerabildade dos idosoeare stnomssiy Por terem satide mais fragil, em funcao do tempo de vida, sao os ‘idosos, que mais sofens consequéncias da covid-19 em caso de contaminagao”, (...) “Infelizmente sain empre foi a manifestacdo mais nitida do, entao, nao uid , Privacao de recursos, e decisoes palavras mais rispidas duras diante de situagdes-limite, Novadimensao ‘ elt do cuidado se impoe, desta feita num cendrio marcado, niosip\ dificuldade de adapt bem pela ‘acao as exigencias do mundo moderno, agravado tambem p cco ann Sh erouy a a mpor inca Pesquisas desenvolvidos para o texto intitulado "Cuidado eAfesvidade spor Social paraoidoso", publicado na obra coletiva Culdado e Afetividade, Bagge eat Gullherme de Oliveira Antonio ‘arlos Mathias Coltro, e editada pelo Grupo’ 609-638, vl 20.Dispom itm a ll ‘hupsifagencabrasil becom brat lenotici fmnerssnvsl. Avocen om: 12.061 Psilage br/saudenoticia/2020.05/ Digitalizado com CamScanner i‘ INTERGERACIONAL NAFAMILIA: AFETO F CUIDADO FM DEBATE eracao, fruto de uma época em que, frequentar a escola ipo ida permanece igado naoso dela de soldaredadee re le esponsabiidades sobretudo neste momento controverso da pf cP be” a vinculos €@ convivencia afetiva, especialmente dos avés nn ni ee isolament0, representao grande: desafio. Vera Regina Waldow, vanes at inclui também a confianca dentre os atributos do cuidar, ch valve através de relacdes de respeito, segurancaehonestidade. ques oe roe COMIC sets para queessa qualidade geceP© oa relacoes paternalisticas que provoquem dependencia? ade 6 jecimento da populacao vem demandando efetivas terfamiliar com os idosos, visando adapta-los a .cas que afetam as outras geracOes com as quais pi dee a wa e550 dE CD eae convivencia in i odlerno & as mudan Qu interpretativo da Constituicao Federal de 1988, ons anno que tage a0s direitos dosidosos Liz Edson Fachin, jr agra dos tes Principals institutos do direito privado - pro- so dee parirdacenralidade da Consttuleo, ressaltaa passagem ae al ada no patrimonio é a abstracdo para outra racionalidade que an dignidade da pessoa”.” Para 0 autor, “a cficdcia externa imediata da pro da aque a dignidade humana deve ser respeitada nao somente por ip mastambem Por jagdes dos sujeitos privacos, comrelagao aintegridade ajuda persoalidade”* aspecto, € diante da existencia de diplomas legislativos prdprios em es Gri como o Estatuto da Crianga e do Adolescente eo Estatuto do st overs erifeacio do stema jue por melodo sions, 0 que SE reflete também no tratamento, juridico direcionado aos ido: a eaublece oart, 230 da CF/88 que “[a] familia, a sociedade e 0 Esta pararas pessoas idosas, assegurando sua participacao na comunid canidadeebem-estare garantindo-lheso direito a vida”. Além disso, ev ssininte que o dever de cuidado, que se manifesta, inicialmente, no ‘nila, posteriormente se consubstancia no dever de solidariedade e istenios filhos em relagao aos pais idosos, nos termos do art, 229 da CF ‘wesbes que envolvem os avs encontram-se, desse modo, permes i qa salientaro papel rocess era Regina. Cu 82. Cuidado na sade: as relaes entre o eu 0 outros €0 cosmos, i pbeaae jltsem 2018 pelo IBGE apontava crescimento de 4 Sroilhbesdel cade 30.2 mies de brass com 60 anos 08 mal 10 eultapassa 30 miles em 2017 Disponvel em: tp oncan mumerosdesd Digitalizado com CamScanner (380) TANIADASILvA PEREIRA tativos para a promogio da integragao interg fundamental a convivéncia familiar de avés e A presenga dos idosos representa a exp, presentes nos diversos momentos da vida famil passado, sem memiria e sem compromissos, uma pode facilmente se autodestruir”.” 2. DIREITOACONVIVENCIA FAMILIAR E CO} ADOLESCENTES E IDOSOS O direito a convivéncia familiar e comunitai possui base constitucional, ao estabelecer a Constituj odever dos pais de assistir, criare educar os filhos prevé o art. 227 da Carta Magnaa convivéncia como direit, adolescente e do jovem, eo art. 230.0 dever da fa idoso na comunidade, além de determinar, em seu amparo aos idosos serdo executados preferencialmer Odireito a convivencia também foi reforcado ay edo Adolescente-ECA (Lei 8.069/90) edo Estatuto do rando que ambos os diplomas legislativos possuem fundamentais de criangas, adolescentes ¢ idosos. OECA reservou um capitulo inteiro para tratar da familiar (Capitulo III), que compreende os arts. 194 em diversas oportunidadesa convivénciae oacoll prioridade nas relacoes privadas. a convivencia familiar e comunitéria, em ambiente integral”, constituindo linha de acao da politica dea destinados a prevenir ou abreviar 0 perfodo de afastam art. 87, inciso VI, do ECA), ® 7. FERREIRA, Odson Costa, 0 idoso no Bras! -novaspropostas. Rio 8. OECA(Lei8,069/1990), porsuavez,jaampliaraasesponsabilid 4x. 22,aosafirmarquecabeaospaiso deverdesustento,guardte Parental envolvem os direitos fundamentais da ering e do Federal, sendocertoque foram mantidasas responsabilidades dos 1916¢2002 ou sea preocupacio narepresentatividede ena rote coma edigdo da Let 13.715/2018, que ampliow as causa de perda‘ doloso envolvendo violencia domestica e familiar ou mienasprez0 crime contraa dlanidade sexial contra.» anton salar dno ~Digitalizado com CamScanner 10/2009 inclufdo no par 08 ul 8 ue compreende og “paren ye e ManteM VINCUIOS ¢ afinig 9 acolhimento familiar, da st wae e afetividade, ql familiar, ap6s a entrada ¢, ines wocando também a farts a {aLel 129199 i aalém da unidade pais filhos oy f onde is com os quais a crianga ou adole ox ividade” (art. 25, pardgrafo Unico, ECA) Fash cafe ‘ei aid asd afinidade e de afetividade adquirem, A coitanem que Se busca aleancar, em sua nen cs lescente. Esses conceitosdevem ser ey dlescen” ‘ inte ait eesse da.crianca. A preferéncia da famflig ate ; y or pamerto de cuiidado, atencao e carinho, Esses elem ems fe ‘ lementos, Fo puramente biologica, onde nao existe Compromisso ¢ : Prancasejovens: dese traduz nao somente pelo conceito do, art. 1.945 d i ie j]decorrente do casamento eda unio estavel, No i ilidade afetiva no relacionamento entre eles, be de na convivencia familiar, : ‘ ai da Unidad 'SCente con; “Estatuto”, goeestal ‘m.como, o con asibilide E sgvidade compoe a nova estrutura de interpretagto do diretoa “Scale epresenta como imprescindlivel critro aserobs sent em familia substituta. Asocioaletividade passouaser nos Tribunais, adquirindo, tambem dimensio politica, ‘enanutencao, quando ndo ocorre na familia deorigem, ro sentido de assegurar essa possibilidade a populacao in \slitodeLucy Godoy, aafetividade “€fatorde aproxi orinho familiar’ que conhecemos e experimentamos 0 amor eapre s0s elacionamentos e, quando isto ndo nos é transmit ida, Eno nticleo familiar que se consolida a integragao soci ‘es amado sem exigénciase/ou retribuigdes, deve sercuidadoe ‘cinade tudo, protegido das intempérie da vida, independent _fisoraalera, noentanto; “deve ficar bemclaro que ‘Wolveratividades queo valorize e Ihe dé autonomia, P tray a antl Mario data, Insttuigdes de Direito Civil Ve Dil Nee aa Rio de Janeiro: Forense, 2019, p. 484. katoi tise Monte, Direitoa convivencia familiar e comunity) TAN, Sivio M. (org), Familia Brasileira a base de tudo Digitalizado com CamScanner 382 TANIA DA SILVA PEREIRA destruir a sua vidi la, tornando este ind} f ‘s cli C1 cada minuto ness, aa ‘vida que poderia ser male loi Ao analisar OS Vario: : aletividade como “ton; fantasias durante 9 trajeto vital, s ao relacOes afetivas to importante nee etapa do deat Par Oaleto jase incorporou como ele: strength Mento i asolidariedadeea tolerancia noveas sc icado f lore Nas y MN, sociais e familiares, “a Pm compos Temos que reconhecer é Nn ha vezes, mais convincente que apelar par; a I n a argumeny is. poten pondera afetuosamente.’™ easton R desenvolvidos pelo Professor joao Baplen Villela da Univers don, Gerais. ao Propora “desbiologizacao” da Paternidade e ag a 3 > a verdadeira patemnidade nao éfato da biologia, mas um fe a fatodac Faso Go due na procedéncia do ssmen.(-)Onpene biologics cele Oc, c der aasertr@83 20 bem da crianca, numa attude que, acing detud Ps, lo, se sD Tepresentacaodecuidado,equeacaba sem qualquerdivida, ones Potcorament rita . Cite-se, oportunamente, a proposta do Professor Guilherme de Olives day sidade de Coimbra (Portugal) preconizando a verdade Socioldgicadafliacao soe. “parece-me ter encontrado fundamento bastante para defendera tese dequeapatemiin, juridica, nao foi,nemé, forcosamente, determinada pela verdade biologicado parents: Coube, no entanto no Brasil, a proposta Precursora de Paulo Lobo ao util termo “socioafetividade” referindo-seao principio juridico daaletividade, Esclareee' aafetividade como dever juridico nao se confunde com aexisténcia real corer? presumida se a este faltar na realidade das relacdes; assim, a afetividade é en ; relacao aos filhos e destes em relacdo queles, ainda que haja cont ow Seb dever juridico da afetividade entre pais e filhos deixa de haved ‘com 0 falecime ou se houver perda do poder familiar ou autoridade parental. 015, p 1121. 11, GODOY, Lucy. Terceira Idade... que idade ¢ essa?, Rio de Janeiro: ae) Dk ace 12. NOVAES, Maria Helena. Paradoxos Contemporaneos. Rio eel reba (coor . 13. PEREIRA, TaniadaSilva. In: PEREIRA) Tani SE oa oe sua efetividade no cotidiano dos Tribunais, Rio de Janeiro: ee? anc poles VILLELA. Joao Baptista. Familia hoje. In: BARRETO, Vicente (org. 0 5) : Fie mea ovina, 2008.2, de jenelvo: Renown, 1997,7.85. Digitaizado com CamScanner 14, 1, Paulo LObO: “0 afeto nag ji af eal art daconvivencia e nao do Efruto q ye ada familia cor 0 juciondtiada molparde yi 0 iio natal ede Aiteito diving dos af Fa OM, afwadaafevidaderesdeexatymgr 2, Inu rc esas UES a8 4G Bes family AP cia d0s avos con 5 netos, ha Muito ree Ne os Tribunais, foi legalmente declaradg, He 39 do Codigo Civil, o pardgrafy tinico a 1 yh ge. a qualquer dos avos, a critério dg juz, aos om dolescente” ’ gem ter papel significativo nos Conflitos fa vem as separag6es, podendo Tepresentar uma , acoabitacao no recesso do lar € um direito fundamental, sendo cer mento so pode ocorrer se, havendo parentes, estes nao tiverem ct » (videart. 3°, V, do mesmo diploma). «familiar pode existir fora da residencia dos filhos ep ¢ praticado 0 direito de visitas, de modo que o legislad “senvolvem programas de institucionalizagao de longa pe piosde preservacao dos vinculos familiares, bem como dades comunitarias, de carater interno e externo (cot ‘Tia da Silva, Desvendando 0 Guidado como Valor) ny “In: Familiae Solidariedade: Teoria e pratica do Direito de Xt 49.459, Peay fr Simone de. Velhice, publicado na Frangnem 1970 (Ed 1a Nova Fronteira do Rio de Janeiro, ttaduzida por Maria i “ERG, Miran, Bela Vthice Rio de Janeiro: Recor Digitalizado com CamScanner (386 TANIADASILVA PEREIRA 3. AINTEGRAGAO INTERGERACIONAL: DIRE RELAGOES FAMILIARES CONTIMPORANEAS” A identidade pessoal da crianga e do adolescente tg tificagdo no grupo familiar e social, Seu nome, ou, apelid expressao externa éasua imagem, a qual vai; comporasua fator primordial em seu desenvolvimento, A fam(lia um passado, vive um presente comsuas complexidades provavelmente, passarao para o futuro, Este modelo, que subsequentes, é ponto de interesse também para umaan familiares, o que tera um reflexo consideravel na tutela ji e comunitaria.** A familia constroi sua realidade através da historiacom ecabera ao Direito criar mecanismos de protecao, visando ¢ fase de desenvolvimento. Ao identificar varias composicoes familiares que poden Heloisa Szymanski destaca as raz0es afetivas que vinculam de vida em comum, em que compartilham um quotidiano tersubjetivas, transmitem tradicoes, planejam o futuro, formam criangas e adolescentes. E conclui: astrocasafetivasna familia imprimem marcas queas pessoascar nomodo de ser com os outros, afetivamente, eno modo de agircom. apreendidos com pessoas signficativas, prolonga-se por muitos anose familias que se formam, posteriormente.”” A familia contemporanea tem priorizado relagdes deafet abandonando a sua identificacao tradicional como nticleo 26. ZAGAGLIA, Rosangela Alcantara; PEREIRA, Tania da Silva, O Estatuto do- In: LEMOS, Maria Tereza Tortbio Brittes; ZAGAGLIA, Rosangela Alcantara trabalho Afetividade e Estatuto do Idoso. Aparecida/SP: Ideias Letras, SZYMANSKI, Heloisa. Viver em familia com experiéncia de cuidado mituor« Revista de Servigo Social e Sociedade. Desafios de um mundo em mudanea, 0s 7? PEREIRA, Taniada Silva, Ocuidado com valor juridico. tn: PEREIRA, Taniad (coord). A Etica da Convivencia Familiar e sua efetividade no quotidiano dos ™ 2006, p. 232 4 Digitalizado com CamScanner en Jesses. “A toca inte oped ‘| doafastamento doseonye So vmentos Prejuicand a eal ancia da iMtegrAG2O interge nt impondo aos dowoegae s ramentodestesCOm osaygg, 0010 \ se lament AIS BEES neu cena Novaes a importancia dese 1 jose a08idosos (mas aplicavesg 2 fe ons com defciencia), a autora ge ego iy vsemalividaehvelheceremudarg (Gone qucasqueatuamem qualguroye Ses yponl efisica aintelectual emenia 12 gcgo,se priorizada no ambito fa 9 es, encontrando assim forga para en ee ponamento mas razerOs9 e gr 0 yeaa Se lugar €Compreendem, sma autora james .cona,além deneutralizaratendénciade oe eolenoncrtteceeale = 06ST asecomunitiis commensagensdetoletn A oor 2 onreerso (a eaiéade, pormeiodacomuni gedierenciatuma familia funcional dadi oe como a familia lida com eles, Tais: asaeinc : {esses diretamente relacionados com o cic atslea Novas: instil sa al for 0 seu modelo, dente Suasdieretes realdades a erarqua da ato ¢joeocompromiss socal, desacando anda “ss ustuda por umaabordagem estat dos ‘ncsanas,airetudo pla psicologi, socologine "PS iden conivena ent eats aE Rdg dun (coord) Acad Conendl en Fore, 2008, 28, "ts ane ana lena,Picloie da terra dade 0 ps2, {ate Digitalizado com CamScanner 3BB | TANIADASILVAPEREIRA pode ser um referencial importante ' para aque desenvolvimento, incentivando a construgto te aaa a Os av6s se veem como agentes do movimente solid ie paternidade, papel adquirido pela idadee, sobretud olor qa ly hascimento dos netos, sua presenga junto aos fk De! expense intensifica, A mudanga observada nas relagdes entee a? Peas ie alterar o papel dos pais, agora também aves, coma Pals fihogne lata’ aos avés ensinareauxiliar os pais de seus netos ades inputs Slat Cina . nna mudanga inaugurada pelo nascimento." "PeMharsuasia Cl, Outrossim, ésignificativo o papel dos avésno mo tg samento, na gera¢ao dos ilhos, quandoas relagdesdleafinidae eh | leentramen Ptr bo, um lugar especial nos relatos sobre as relag6i es fami coe ‘mills Para Mint Sa hn, oprocesso de separacao compreendido como uma fe ven do casal, ques separa, mas odasasrelagdes ‘amie fli don jo s6 se tra pbc algo que devia serpreserado na cntinn ht Pas, ngs, uma publicizagdo’ dos motivos e dos responséves pela pera op en ‘ntimidade fami. tat E esclarece: rnassituagdes consideradasdramaticasnas elacBes familiares, osaés estes Gitimos considerados, em todos cs momentos) como fina aaa 3 sua vontade. Os avs veer-se como responsévels for esc eta a ssumira paternidade,legalmente ode at, mascomé eondlter eam — casos, indiretamente, pais dos seus netos.*° sho oman Usualmente, o surgimento do neto ocorre numa fase da vida repletade. paraos idosos. Socialmente, além daaposentadoriaea perdadafuncioma Feuldade de ascimilacao da velhice, o que contiéulsiie are ata deflagrando o pensar de seu processo de envelhecimento, Psquicamente hui. ha relagao consigo mesmos. E possivel que venham perder elementos gaifines» mesmo tempo que assumem o sentimento do temor: o nascimento do neto poeasas cm contato com a velhice, deflagrando 0 pensar de seu processo de endhcnns Tais equivocos e sentiments ambiguos envolvem essasrelaoes a exemple doz desejo, hostilidades e rivalidades.”® Esclarece ainda Evaldo Cavalcante Monteiro: o ser avd 6 uma fungao, que se constitu e ndepende de idade ede lagos coma 2 pessoas assumirem as fungoes: deavés e de netos. Porém, esta implica uma eT pe Fihos e netos. A vivencia antecede o nascimento do neto, enquanio des apés 0 nascimento. A esta relacao assemelha-se a de Narciso com sua imagem, Josos. In: Tatado de Diet das Familias r i EIRA, Tania da Silva, Capitulo 7: Protegdo dos i ia brasil. Riode ane 33. PE IBDFAM, 2016, p. 354. f 34. BARROS, Miriam Lins de. Autoridade e Afeto: 16s, filhos e netos na fam! p. 52. wa 35. Ibidem, p. 58-59. ese sca é fl 1o Cavalcante, Avosidade: 0 exereicio da fungi de avs, a HE “5.07208 fm [wor ci comb ACESS aa 36. MONTEIRO, Evald 1-1SS2318-0854. Disponivel 1H (2015). v. 2, 0. Digitalizado com CamScanner enar-se avé 6 um marco O10" pros da familia, ’ Para Os avis emer com sua eracionais, OSAVOs attiais tem carac cas. Oa 10 savos mals)ovens tendemagerdivenige or maisdistantese demandam, ajuda po "poss ante Par amulherdo que Parag ia ") m ase comprometerem preferencialmente @ a 3 atte osavos participam do lazer, preg cupamse 0s at +05 avOs qUANLO AS aV6s tendem a aes con Ta seus fills favoritos. Ambos frequente aan é hos s¢ ‘ ate 5 cuando estes chegam aadolescéncia oy Ajuventude.» ‘ a iss0. sugere, mais uma vez, Maria Helena None ; he if Jementar habilidades para que as 8 das. s vivénciasitergeracionais permite wat 'M a0 idoso ser a it ifrentar inseg cops dee assim, frga paraen Burancas-e poss c carte numa visioampladetempo, naa : tam oc aces de cada geracao.” PeSs0as assumam, responsay ma autora: completa a mest comp! gens da roca intergeracional so importantes no somente p 5 ste amento dos contexts soca, Coma de preparartnto ign ooo nurrasociedade solid validando estatgiassoraisecon Sryanciae de armonia relacional.# e sjerta também Morton Luiz Faria de Medeiros paraa i systideias dos idosos, sobretudo na sociedade capitalista que mec ~~ ysua capacidade de consumo ~ algo que entre os) “2 onda cada diaem face do envelhecimento propo Quanto a preservacdo dos espacos e objetos pessoais, aca pelo temor dos idosos em ver seus pertences desa janela do tempo para rememorar as alegria ‘ss, em que gozavam da dignidade e do respeito« A toca intergeracional também fayorece a cons uoisolamento das geragoes, neutralizando tensoe ‘eco respeitar as caracteristicas de cada geraca LWVEIRA, Alessandra Ribeiro Ventura; GOMES, Lucy; TA “ici ene avis e seus netos no periodo da infancia, Dispon Yio8420/2992]. Acesso em: 13.07.2019, Digitalizado com CamScanner 990 TANIADASILVAPEREIRA afamitia, nao importao modelo assumido, r tneontrar novasalternativasde convivénly rf nas Mnetituigoes, predispondo as attucles de tolerdnica, dle aceliagny aos outros, contribuindo paraaconstrugio de uma sociedad gojiq May ea, ~ nrauzio Varela, em artigo publicado i e 0 médico Drauzio Varel 0 Jornal ” 30.10.2010, refere-sea curiosa experiencia de ser av0 e obseryg tks , fa, ny munelo como consequencia de decis6es alas naegy Faeroe io...) Dizem os biogos evoluclonistas qe 6 Amor dog a Bag, sobrevivencia aos bebés que tem asorte ddecontar com eles, razioppla awa oe sistido em nossa espécie, Pelo mesmo motivo, explicam as vantagens voting eem que a mulher, agora in rl, reGne experiénca e disponibi jam quais orem as ratzes biol6gicas,ofato€ que cafmag qa damental que estimulo parase 1s netos vem 20" aus, fa cuidarda prole. Sej Concluiomesmoautor: “entramosnuma fase inigualavel da vida, compromissossociais parabrincareitocriangascom Osnetos semnosacham Merece destacada avaliaga0 0 “direito de visita” concedidoosayy.. que envolvema separagao ea auséncia dos genitores da crianca, A pr 705 ices se vincula a propria expressdo “visita” que ¢ impr6pria por significar um : ver alguém em sua residencia, quando em realidade as visitas devem ser Cortes, lugar diverso da residencia habitual do menor e, muito menos espelhaapri . o genitor nao guardiao permanecer alguns dias, usualmente em finais de Usual fio visitado, sendo certo que a denominagao direito de visita nao expressaran gativa em toda a sua amplitude, particularmente no seu vies psicologco, a aan evisitado relacdes de afeto, cultivando reefprocae sinceracomimieag ‘Ao indicar a preferéncia pela expressdo convivéncia, Fabio Bauab Bosch d que esta “denotafamiliaridade ou trato diario, indo muito além do significado, ie visita, encerrando a finalidade do direito de visita que € exatamente manter trio. convivio rompido entre o visitante € 0 visitado”. Para ele, a visita, no sentido teenies conferido para o direito, envolve a comunicacdo entre as partes, o peroite, cons nhia, a vigilancia e o compartilhamento das emogoes, além de possibilitar a0 visianye o exercicio, quando for o caso, de determinadas fungdes vinculadas ao pode fai Odireito a convivencia dos av6s com os netos passou aserexpressamentereconbe cido como advento da Lei 12,398/11 que acrescentou um pardgrafo tinico aoart 158° do Codigo Civil, estendendo o direito de visita a qualquer dos vos. Este direito nao se restringe apenas ao direito de visitar os netos, masenglobs, um bem, o direito dese corresponder com o neto eo de hospedar, Destaca finalments, ibe de Mathias: “o direito de corresponder com o neto é considerado uma das press do avo, sendo certo que a correspondencia pode ser efetuada por esctit0, por teleone ou qualquer outro meio”. ma, aus 42. VARELLA, Drauzio, apud LOPES, Fabio. Avds e Netos uma forma especial de amar: manual de conviveait SP:Manole, 2011, p, 19-20 43. MADALENO, Rolf. Direito de Familia Rio de Janeiro: Forense, 2016, p. 455 44. BOSCHI, Fébio Bauab, Direito de Visita. So Paulo: Saraiva, 2005, p. 45: in x8" 45, MATHIAS, Fabio de. Avé direito de visitae limites a autoridade parental. nt Enciclopedia Saravade Digitalizado com CamScanner as on .s, 0 exercicio da autoridade oa . lade parental ox dev ydelado em razao de wean a obstante os entendimentos da 3* Turma, ince ilor asociedade,o meioambiente,anatureza" Coneluiamesmasee tt do existe 0 compromisso uma responsabilidad em estar no mun, led de fazer aquilo que satisfaz, mas sim, ajudar aa construir uma secede =e Prinetpios moras. Isso permite construir uma historia da qualseten, orien Nouniversojuridico, entimo-nosrealizados por pantcipan deum grupo dejurs humanistas queseempenharama trazer para o Direitoas diretrizes, flosdicasdoseaaas sobre o cuidado desde 2005, fazendo com que o cuidado chegasse aos nosy Trbunas como valor juridico a orientar uma solucdo ética de contlitos nas relagdes familiares Leonardo Bofl participou desde inicio do nosso projeto ao reconhecer mioh0 cuidado como valor juridico, que eh ‘atadas como sentimer tea manas vinculadasa enferma, Ben, -Apont, [al justgae as vitudes para serem humanas precisam expressar o mado deer singular doserhunsxe ee individual que se faz virtuoso para com 0s outros, animal potico vivendo sob o impéia de esse e instituigBes. Em ambas as esferasse realiza a justicae vigoramas vitudes, Mas isso ndobasta precise" suaessénciacomo um serquenasceu docuidado, tende natutalmenteacuidaedesejasercuidado Ocados impedird que as virtudes se transformem em farisasmo, as leis em legalismo.eas insituigdesem pistes Merece destaque nestes estudos o acérdao da 3* Turma do ST) ao julgar 0 RESP 1.159.242/SP, no qual a violacao do dever de cuidado foi reconhecida como ato ict, Possibilitando-sea aplicacao das regras concernentes a responsabilidade civil eo conse 67. MAYEROFF Milton. On caring, Nova Yorktarper, 1971, p. 13. ae 68. NODDINGS, Nel, Ocuidado wma abordagem feminina aetica ea educagdo moral Sio1eopel ee) 69. WALDOW, Vera Regina, Cuida: expressao humanizadora da enfermagem. Petropolis: Vozes, 200: 70. Ibidem, p. 61 71. Thidem, p. 62. “ina da Sia, OLE 72. BOTT, Leonardo. Justiga cuidado: opostos ou complementares? In: PEREIRA, Tis Guilherme de (coord,). 0 cuidado como valor juridico. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p.11- Digitalizado com CamScanner Unisins 203,06 jane ACONVIVENCIA INTERCERACION 30 iN geindenizat. No caso, min, jico objetivo esta inco, <0 eon locuga. ofa nas com LOCUCSes @ te , 0s ya doa 227 &8 CF/IORg. py tam Ye njuridicamente tutelado, lejange. not" Coma pata na Rees versa 49am ye On, ARelatorg,« nbeecuidado,importaeny Wulneragay Sito dey ts ontsntncan leverd, a ane lai lec nedes lee COMPEnsaGAo por dan oslo tte que seovolviment0douttinatiodo euidagy oun” Porabandono ne ae 0 i eiraimportante [UNO hermenguy de ‘ as guna Previses eps Odever do cuidado envolve o amparo dos pais idosos endo ligado a ideia de solidariedade, sempre vinculado, gratieitose deveres nao s6 familiares como aqueles Delos filhos maiores perma- ‘2no¢do de responsabilidade. de ambito social, Cuidar também significa respeitar, considerarasnecessids conformidade com suas particularidades, O respeito como outro, ao considera-lo como sujeito Finalmente, cabe alertar para procedimentos p "forma, RE ws. REsp1159242/5P, Re, Min Nancy’ : i Roberta O cuidado como prinefpio juridi » tg illterme de (coord), 0 eudado eli no np da Solidariedade Famili “rite Pratiea no Direito de Familia R Digitalizado com CamScanner mento entre geracses €SPortivas que reftit a experiencia eas tradicdes que integr Reporto-me, finalmente, as palavras daJuiza Andréa Pacha, Magistrada do Tab de Justica do Estado do Rio de Janeiro, ao vivenciar em seu cotidiano a compet orfanolégica e das pessoas com deficiéncia, identifica a importincia da ines 0 geracional no ambito das relagoes familiares; i amg Todos envelhecemos. E sempre haveré mais tempo adiante. Os que estio. se e nds nao alcan¢aremos os que nos antecedem nessa estrada que Le ee ede” Seguiremos, velhos olhandlo para outros velhose nas sentido men vida. E mais vida. E mais vida. Velhos sao os outros. ate Digitalizado com CamScanner

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