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Direitos Autorais

Autores desse E-Book:


Psi. Emerson Crispim
Psi. Rogério Santana

Sociedade de Análises Psicanalíticas e Desenvolvimento


Humano - SAPDH

Site: www.sociedadepsicanalitica.org

Contato ADM: 71993387050


APRESENTAÇÃO

Esse Manual Apresenta de forma clara e objetiva, quais as


informações mais importante você deve saber antes de tomar a
decisão de iniciar uma formação na área psicanalítica.

Ele será um manual prático e claro nas informações bases para uma
formação alicerçada e fundamentada no conhecimento psicanalítico.

Sei que ao ler esse material, você não terá mais dúvidas com relação
a como se forma uma psicanalista.
NOSSO MAIOR OBJETIVO COM ESSE MATERIAL

Nosso OBJETIVO com esse material é te dar clareza de como


funciona uma formação nessa área.

Quais são as Escolas recomendadas para essa formação.

Quais são os conteúdos que um psicanalista estuda.

Após FORMAÇÃO como é a carreira de um Psicanalista.

Tirar Vários Mitos e Dúvidas sobre essa Formação.


Verdades, Mentiras e Mitos que falam sobre a
Psicanálise

Essa parte será de fundamental Importância nesse manual, mas vou


deixar para responder essas perguntas abaixo no fim do livro.
- Tenho que ter nível Superior?

- Tenho que ter um Curso de Psicologia para ser Psicanalista?

- Tenho que estudar por um dezena de anos para iniciar a carreira?

- Posso ser um Psicanalista sem está associado a uma Sociedade Psicanalítica?

- Posso ser um Psicanalista sem ter acompanhamento e supervisor?

- Posso ser Psicanalista fazendo uma Pós Graduação?

- Posso ser um Psicanalista sem ter feito analises?

- Posso Clinicar após a minha formação?

- Tenho que ter um Curso de graduação em Psicanalise reconhecido pelo MEC


para ser um Psicanalista?
Atenção antes de continuar a Ler!
O que é ser um Psicanalista
É uma pessoa que está disposta a ouvir à outra e nessa escuta ajudar
na condução dessa pessoa ressignificar a própria vida.

Ser um Psicanalista é ser uma pessoa que ama e que se doa pelo
outrem.

O que Faz e onde Trabalha um Psicanalista


O psicanalista na sua atribuição com profissional terapêutico,
podemos dizer que ele é um ouvinte atento que conduz a outrem
numa jornada de crescimento pessoal através da análise de cada
caso.

O psicanalista ele pode trabalhar em seu próprio local (clínica) ou


Clínicas que ele pode prestar serviços como parceira e contrato pré
estabelecido. Pode trabalhar em outros diversos locais, desde que o
mesmo, tem uma condição viável para atendimento dos seus clientes.
Uma Breve história sobre a PSICANÁLISE
Toda a conceituação básica da psicanálise como a conhecemos é,
sem dúvida, iniciada no final do século XIX, através de Freud e seus
tutores e colaboradores. Portanto, é necessário rever a trajetória de
Freud, fundador ou pai da psicanálise, considerando os personagens
históricos que o ajudaram no desenvolvimento das ideias iniciais de
sua ciência.

Médico por formação na Universidade de Viena em 1881, Freud


formou-se especialista em psiquiatria, mostrando-se um renomado
neurologista. E, no meio de sua clínica médica, começou a se deparar
com pacientes afetados por “problemas nervosos”, o que levantou
certas questões, dada a “limitação” do tratamento convencional da
medicina.

Com isso, entre 1885 e 1886, Freud foi a Paris para realizar um
estágio com o neurologista francês Jean-Martin Charcot, que parecia
demonstrar sucesso no tratamento de sintomas de doença mental
através do uso de hipnose.
Para Charcot, esses pacientes, que se diziam histéricos, foram
afetados por transtornos mentais causados por anormalidades no
sistema nervoso, uma ideia que influenciou Freud a pensar em novas
possibilidades de tratamento.

Sugestão hipnótica, Charcot e Breuer: os primórdios da psicanálise

De volta a Viena, Freud começa a tratar seus pacientes com sintomas


de distúrbios nervosos por sugestão hipnótica. Nesta técnica, o
médico induz uma mudança no estado de consciência do paciente e,
em seguida, conduz uma investigação entre as conexões e condutas
do paciente que possam estabelecer qualquer relação com o sintoma
apresentado.

Neste estado, percebe-se que, por sugestão do médico, é possível


provocar a aparência e desaparecimento deste e de outros sintomas
físicos. No entanto, Freud ainda se encontra imaturo em sua técnica
e, em seguida, procura entre 1893 e 1896 para se aliar ao respeitado
médico Josef Breuer, que descobriu que era possível reduzir os
sintomas da doença mental apenas pedindo aos pacientes que
descrevessem suas fantasias e alucinações.
História e primórdios da psicanálise, Freud e Charcot,
método da sugestão hipnótica

Com o uso de técnicas de hipnose foi possível acessar memórias


traumáticas com mais facilidade e, dando voz a esses pensamentos,
memórias ocultas foram trazidas ao nível consciente, o que permitiu
o desaparecimento do sintoma.

Emblematicamente, essas ideias foram possíveis de serem


desenvolvidas através do tratamento de uma paciente conhecida
como o caso de Anna O., a primeira experiência que podemos
considerar como bem-sucedida deste sistema de tratamento
psicoterapêutico.

Assim, Freud e Breuer começaram a trabalhar juntos,


desenvolvendo e popularizando uma técnica de tratamento que
permitisse a liberação de afetos e emoções ligados aos eventos
traumáticos do passado através da rememoração das cenas
vivenciadas, que culminaram no desaparecimento do sintoma. Esta
técnica foi chamada de método catártico.

Toda essa experiência possibilitou a publicação conjunta da obra


Estudos sobre a histeria (1893-1895).

Estudos sobre a histeria, de Freud e Breuer

O Início da Psicanálise e seu contexto histórico


Em 1896, Freud utiliza, pela primeira vez, o termo Psicanálise, com
o intuito de analisar os componentes que formam a psique humana.
Assim, fragmentar o discurso/pensamento do paciente para
conseguir captar os conteúdos latentes e, a partir daí, observar
melhor os significados e implicações presentes na fala do paciente.

Conforme a técnica avançava, alguns pontos de discordância


apareciam entre Freud e Breuer, sobretudo na ênfase que Freud
estabelecia entre as memórias do paciente e as origens e conteúdos
sexuais da infância.

Desse modo, em 1897 Breuer rompe com Freud, que segue


desenvolvendo as ideias e técnicas da psicanálise, abandonando a
hipnose e utilizando a técnica de concentração, na qual a
rememoração era realizada por meio da conversação normal, dando
voz ao paciente de forma não direcionada.
De acordo com Freud:
“Quando, em nossa primeira entrevista, eu perguntava a meus
pacientes se recordavam do que tinha originalmente ocasionado o
sintoma em questão, em alguns casos eles diziam não saber nada a
esse respeito, enquanto, em outros, traziam à baila algo que
descreviam como uma lembrança obscura e não conseguiam
prosseguir. […] eu me tornava insistente – quando lhes asseguravam
que eles efetivamente sabiam, que aquilo lhes viria a mente – então,
nos primeiros casos, algo de fato lhes ocorria, e nos outros a
lembrança avançava mais um pouco. Depois disso eu ficava ainda
mais insistente: dizia aos pacientes que se deitassem e fechassem
deliberadamente os olhos a fim de se “concentrarem” —o que tinha
pelo menos alguma semelhança com a hipnose. Verifiquei então que,
sem nenhuma hipnose, surgiam novas lembranças que recuavam
ainda mais no passado e que provavelmente se relacionavam com
nosso tema. Experiências como essas fizeram-me pensar que seria de
fato possível trazer à luz, por mera insistência, os grupos patogênicos
de representações que, afinal de contas, por certo estavam
presentes” (FREUD, 1996, p. 282-283).
O que diz Freud sobre a hipnose
As teorias criadas por Freud, no início do século XX, difundiram-se
por inúmeras áreas do saber. Quanto ao seu surgimento, é
considerado como o marco inicial da Psicanálise a publicação da obra
“A Interpretação dos Sonhos”, no início de 1900.

Atualmente, muitos de nós já ouvimos falar em diversos conceitos


criados por Freud, a maioria no início da história da psicanálise.
Conceitos como o inconsciente, as suas explanações sobre a
sexualidade da criança ou o complexo de Édipo. Entretanto, quando
ele lançou suas primeiras teorias, houve dificuldade de aceitação
entre os estudiosos da psicologia e nos meios acadêmicos.

Além disso, para se entender a história psicanálise, é necessário


entender a própria contextualização histórica do momento. A
Primeira Grande Guerra (1914-1918), por exemplo, acabou
contribuindo para a sua difusão. Quando a psicanálise foi usada para
tratar pessoas envolvidas na guerra e a neurose por ela causada.

O próprio ambiente cultural da Áustria, o contexto iluminista


posterior à Revolução Industrial e à Revolução Francesa. Os
conhecimentos psiquiátricos, neurofisiológicos, sociológicos,
antropológicos, dentre outros que na época estavam sendo
desenvolvidos e explorados.
Primeira tópica freudiana, conceitos principais
A maturidade de Freud e da trajetória psicanalítica

Tudo isso contribuiu para as observações, estudos de Freud e que


as suas primeiras as criações fossem realizadas. Nesse ambiente
propício, ele identificou fenômenos mentais além dos perceptíveis
pela consciência.

Freud teorizou que nossa mente possui o consciente,


o pré-consciente e o inconsciente.
Todo este percurso permitiu que Freud aprimorasse sua técnica
psicanalítica. Desde a hipnose, passando pelo método catártico e, por
uma prática provisória conhecida como “técnica da pressão”. Esta
técnica consistia em Freud pressionar a testa dos pacientes na
tentativa de trazer ao consciente os conteúdos inconscientes,
método logo abandonado por identificar resistências e defesas por
parte do paciente.

Até o surgimento do método da associação livre, que acabou sendo


a técnica definitiva para Freud. Neste método, o indivíduo trazia para
a sessão seus conteúdos, sem qualquer julgamento. Freud os
investigava, analisava e interpretava. Usava a seu favor a atenção
flutuante (conceito empregado por Freud para a técnica da escuta),
na tentativa de relacionar a fala aos conteúdos submersos no
inconsciente.
Síntese do método da associação livre na psicanálise
de Freud
Aos poucos, foi ocorrendo a formação de tradições psicanalíticas
locais. Além de surgirem analistas em cidades como Budapeste,
Londres, e Zurique. Ultrapassando o laço pessoal e direto com Freud,
o fundador da Psicanálise.

Dois grandes momentos marcaram a obra de Freud:

Primeira tópica: as instâncias da mente são consciente,


inconsciente e pré-consciente.

Segunda tópica: as instâncias da mente são ego, id e


superego.
A Aceitação da Psicanálise

Por ser revolucionária e quebrar tabus e conceitos, houve


dificuldade na aceitação, principalmente nos primeiros anos de
história da psicanálise. Além disso, Freud viveu em uma sociedade
burguesa capitalista e patriarcal, em que a mulher era muito
oprimida. Isso contribuiu para que muitas de suas teorias não fossem
aceitas imediatamente.

Ainda que as explicações teológicas não mais satisfizesse a


compreensão sobre a realidade na época. E a ciência está ganhando
cada vez mais campo na compreensão das patologias e do
comportamento humano. Muitas teorias de Freud, como o
desenvolvimento da sexualidade infantil, causaram visões contrárias
na época em que foram divulgadas.
As teorias de Freud começaram a ser elaboradas alguns anos antes
da publicação de seu livro “A Interpretação dos Sonhos”. Nessa
época, os aspectos psíquicos não eram considerados como aspectos
científicos. Isso fazia com que as doenças nervosas ou psíquicas não
fossem respeitadas pelos médicos. Eles apenas se atenham ao que
era passível de algum tipo de comprovação material ou ao que era
mensurável.
Freud também desenvolveu conceitos a respeito da libido, energia
erótica que possibilita a vida. Além de unir os indivíduos para fins de
reprodução, para Freud, a libido poderia representar desejos
escondidos que, quando não saciados, refletiam de alguma forma na
vida das pessoas. Freud conceituou a sublimação, que seria utilizar da
energia da libido para fins socialmente aceitos, como arte, estudo,
religião, etc.
Devido à sua formação médica, Freud se dedicou às investigações
do psiquismo, com forte influência da biologia. Ainda que alguns
positivistas considerassem a Psicanálise como filosofia, Freud
desenvolveu algo além disso, criando uma teoria científica.
Principais características da Psicanálise
Compreender as características psicanalíticas é importante para
entender a história da psicanálise. Freud criou uma nova forma de ver
o homem, fundando uma nova área do conhecimento. Suas teorias a
respeito do inconsciente, da infância, das neuroses, da sexualidade e
dos relacionamentos humanos.

Tudo isso auxiliou a compreender mais a mente humana e o


comportamento dos homens e a entender melhor a sociedade.

Ao contrário do que muitos pensam até hoje, a psicanálise não é


uma área ou escola da psicologia. Ela é uma área independente do
saber, que surgiu como uma maneira diferente de entender a mente
humana. E, por consequência, ela vem como uma alternativa para se
tratar o sofrimento psíquico.

Além disso, um dos principais fatores para a diferenciação da


Psicanálise foi a forma como Freud desenvolveu as suas terapias. O
modo como ele propôs tratar as pessoas com sofrimento ou com
patologias psicológicas era totalmente inovador, na época.

Freud teve sensibilidade para escutar o discurso do histérico e os


depoimentos de seus pacientes. Assim, ele aprendeu o que a fala das
pessoas tinha a lhe ensinar. Essa foi a base para ele criar a sua terapia
e, junto dela, a teoria e a ética da psicanálise.

Freud via o cérebro e a mente humana como fenomenologicamente


idênticos. Preocupava-se com o modelo neurofisiológico, com a
hidrostase e com a termodinâmica.
Esses conceitos por ele estudados foram usados como base para
criação da sua teoria do modelo de inconsciente. Estabelecendo a
centralidade dos conceitos de recalque e de pulsão. Pulsão é sua
teoria para tentar explicar a transformação de estímulos em
elementos psíquicos.

A partir dessa teoria, Freud criou diversas formulações. Dentre elas


a do desenvolvimento da libido, da representação, da resistência, da
transferência, da contratransferência e dos mecanismos de defesa.
Como um Psicanalista é Formado
Essa é uma grande pergunta, mesmo que muito se fala sobre a
psicanálise, mas muitas pessoas não sabem como é essa formação.

Com o crescimento das doenças chamadas psicossomáticas e com o


efeito da pandemia isso se agravou de maneira terrível.

A psicanálise hoje, talvez dentro das terapias e psicoterapias, ela seja


a mais falada e anunciada para se fazer uma formação.

Mas esse assunto ainda é muito neblinado para grande maioria das
pessoas que tem interesse sobre essa terapia, que mais de 120 anos
tem ajudado pessoas resignificarem suas vidas de forma profunda.

Abaixo vou lhe passar de forma estruturada como é uma formação


na área da Psicanálise. Ela é baseada no que chamamos de Tripé
Psicanalítico.

Esse tripé Psicanalítico é a base da formação, o aluno precisa estar


amparado por esse tripé para que possa se considerar um
psicanalista.
O Que é Tripé da Psicanálise
No processo de formação de um analista, é necessário que se
considere e respeite o Tripé da Psicanálise, que é:

Estudo da Teoria, Análise Pessoal e Supervisão.

Como parte do tripé da psicanálise, existem as teorias que são


responsáveis por nortear o Psicanalista.

Através dos estudos dos métodos de investigação, dos conceitos


psicanalíticos, das doenças e de seus sintomas, o tripé da Psicanálise
efetuará um trabalho orientado e sustentado pelo arcabouço
histórico da área.

O estudo da teoria, guiado pelos olhos de diversos autores, coloca


mais luz ao que foi iniciado por Freud, permitindo assim ao
psicanalista o aprimoramento do seu trabalho.

Estar aberto para ouvir outras vozes e se manter atualizado através


do estudo constante, permite ao profissional integrar as escutas,
aumentar seu repertório e entregar um trabalho de qualidade,
transparente e honesto.
Primeira Parte do Tripé da Psicanálise:
A Teoria
Para compreender o tripé da psicanálise, é necessário entender
conceitos fundamentais, como: a associação livre; Primeira tópica
(inconsciente, pré- consciente, consciente); Segunda tópica (id, ego e
superergo); libido; fase oral; anal e fálica; período de latência e
genital que se encontram todos na primeira fase de aprendizado,
caracterizado como teoria.

Outros termos importantes para o entendimento da psicanálise


são: transferência; contratransferência; insight; acting out; acting in;
complexo de Édipo e Electra; sonhos; deslocamento; projeção;
identificação projetiva; narcisismo; pulsões; histeria; recalque
primário.

Além disso, é preciso entender a posição depressiva; posição


esquizo-paranóide; esquizofrenia; fantasia; objeto; relação objetal;
holding; objeto transicional; casal parental; terceiro analítico; réverie,
baluarte, enactment, dentre outros.
Segunda Parte do Tripé da Psicanálise:
Análise Pessoal
Sem análise pessoal não existe Psicanalista. Isso pois a análise
pessoal é um tripé da Psicanálise muito importante durante o
processo de formação e também posteriormente. Até porque a
Psicanálise em si, é uma longa caminhada que pode ou não ter fim.

Ao percorrer seus labirintos dentro deste tripé da Psicanálise e


entrar em contato consigo mesmo, você terá então a possibilidade de
entender o que é do outro e o que é seu.

O trabalho com o analisando


Durante o trabalho com o analisando, a consciência dos fatos, a
distinção dos sentimentos, os sintomas gerados, os mecanismos de
natureza psíquica poderão ser compreendidos e elaborados a favor
da dupla.
Essa ideia poderá evitar suposições pessoais e contaminação do
trabalho.

É importante considerar também que o paciente traz seu repertório


e, em conjunto com seu analista, forma uma dupla.

A Importância da Dupla Paciente e Analista


Cada sentimento, cada cor, cada som emitido dentro da sala de
análise devem ser observados e interpretados. Estes eventos só
acontecem com a dupla em questão, pois conta uma história que só
pode ser construída por esta dupla.

Quando um paciente deixa o setting psicanalítico, é como se uma


“bolha” estourasse; as situações que ocorrem com a outra dupla que
entra na sequência (analista e novo paciente), aparecem de forma
totalmente diferente.

O foco da análise pessoal dentro do Tripé da


Psicanálise
Por isso, se faz necessário ao analista estar consciente de si mesmo;
conseguir estar atento a esses eventos, atento ao que acontece com
o outro e consigo. Isto só é possível se o analista passou e passa pelo
filtro da análise pessoal e da sua supervisão.
Terceira Parte do Tripé da Psicanálise:
Supervisão
A terceira parte do tripé da Psicanálise trata-se de requisito
obrigatório para a formação de um analista.

É um processo de análise dos atendimentos guiado por outro


psicanalista com um repertório teórico e prático maior do que o do
supervisando.

A escuta e a voz do supervisor clareiam aquilo que, sozinho, o


supervisando não conseguiu visualizar. As sessões de supervisão
podem ser feitas individualmente ou em grupo.

A escolha de um profissional de revisão


A escolha do profissional para a supervisão é pessoal e ocorre de
acordo com a identificação que tem com a trajetória do supervisor.

O trabalho é voltado para a compreensão e manejo dos casos, e


aparecem questões pessoais do analista em relação ao seu paciente.

O analista é encorajado pelo supervisor a procurar sua análise para


compreender, elaborar ou reelaborar o material que sinaliza o
impedimento de escuta.
Recomendações para a escolha de um revisor
O supervisor pode indicar ao analista a leitura e releitura de textos,
estudo de novos teóricos, artigos, sugerir seminários, tudo com a
intenção de fortalecer a base teórica para sustentar os atendimentos.

É importante, ao escolher o profissional para as supervisão, fazer


entrevista, ir a palestras proferidas por este, entender em que
abordagem opera, para, a partir daí, iniciar os encontros.

A experiência do revisor / supervisor


Mesmo assim, muitas vezes o encontro pode ser penoso, visto que
questões super egóicas e narcísicas podem aparecer ao longo das
supervisões, o que não contribui para o processo, ao contrário,
inviabiliza o trabalho e intimida o jovem analista.

O supervisor é um profissional com doutorado em psicanálise com


curso na área de análise didática com bastante bagagem teórica e
prática, portanto, possui mais condições para entender e acolher as
questões trazidas.
A importância do Tripé da Psicanálise
Ter condição de orientar sem oprimir contribuirá para que o
material trazido nas horas de supervisão não seja maquiado, com
receio de críticas e ataques.

Dessa forma, o tripé da psicanálise é a espinha dorsal da


Psicanálise. Sem este tripé, a prática profissional da análise fica
inviabilizada.

A pessoa que estiver buscando um formação Psicanalítica e não


passar por esse processo do Tripé Psicanalítico ele não estará apto ao
atendimento como psicanalista.

Hoje é de fundamental importância, você que estiver buscando fazer


essa formação se atentar nesses requisitos primordiais da psicanálise
na formação.

Fuja de escolas que não deixam claro esse processo, ou até mesmo
não ofereça esse tripé e diga que é desnecessário na formação.

Mais sobre isso, irei explicar melhor no fim desse manual, que já está
perto.
Verdades, Mentiras e Mitos que falam sobre a
Psicanálise

Tenho que ter nível Superior?


Sendo Claro e Objetivo... Não, não precisa ter nível Superior, existe
uma orientação para que a pessoa já tenha uma formação para
estudar a psicanalise, mas isso também não é fator fundamental
para determinar se a pessoa pode ou não fazer se não tiver o curso
superior.

Existiram grandes e influentes psicanalista que não tinha nem o


segundo grau completo, mas deixaram seu legado na psicanalise.

Tenho que ter um Curso de Psicologia para ser Psicanalista?


Outro Mito... Não, não precisa ter formação como psicólogo para
exercer a psicanalise... A resposta acima já vale para
contextualizarmos essa resposta aqui.

Tenho que estudar a teoria Psicanalítica por uma dezena de anos


para iniciar a carreira?
Outro Mito... Não, você não precisa estudar uma década para ser
um psicanalista, esse tempo pode variar de escolas. Mas, não deixa
de ter um pouco de verdade, a psicanálise ela é um saber que você
nunca conseguira esgotar, mesmo depois da sua formação, você
continuará estudando a psicanálise até o resto da sua vida.

Posso ser Psicanalista fazendo uma Pós Graduação?


Outro Mito... Não, você não pode...
Como falamos algumas páginas antes, um dos fatores primordiais
para se tornar um psicanalista é passar pelo tripé.
Quando falamos de tripé, falamos de 3 etapas fundamentais...
Teoria, Analises e Supervisão...
A Pós Graduação ela só trabalha a teoria, deixando de lado, as
análises e a supervisão, por isso que categoricamente uma Pós
Graduação não lhe habilita para ser um psicanalista.

Tenho que ter um Curso de graduação em Psicanalise reconhecido


pelo MEC para ser um Psicanalista?

Uma excelente pergunta, que poderíamos escrever um livro só sobre


esse tema, mas vou simplificar ao máximo possível o entendimento
sobre essa pergunta. A psicanálise, desde a sua formulação o seu
Criador Sigmund Freud, lutou e foi até mesmo aos tribunais para
deixar a psicanalise como um saber livre e de direito a todos, sem
estar preso a um sistema acadêmico regulamentador a fim de não
modificar a sua essência.

Por isso não o curso de Psicanálise não é Curso Reconhecido pelo


MEC e nem está sob a sua regulamentação. O Curso de Psicanalise
ele é um Curso de Formação Livre e ponto!

Posso ser um Psicanalista sem ter feito análises?

Já respondi essa pergunta acima na parte que falei sobre a Pós


Graduação, mas vou deixar mais claro, enfatizando através dessa
pergunta.
Não, não pode...
As análise, ela faz parte do Tripé Psicanalítico, sendo assim, todo
psicanalista ele precisa fazer análises para a formação e mesmo
depois de estar convicto que pode atender outras pessoas, o
psicanalista precisa continuar suas análises para ter saúde mental e
poder melhor atender seus pacientes/clientes.

Posso ser um Psicanalista sem ter acompanhamento e supervisor?


Outro Mito... Não, você não precisa estudar uma década para ser
uma psicanalista, esse tempo pode variar de escolas. Mas, não deixa
de ter um pouco de verdade, a psicanálise ela é um saber que você
nunca conseguira esgotar, mesmo depois da sua formação, você
continuará estudando a psicanálise até o resto da sua vida.

Posso ser um Psicanalista sem está associado a uma Sociedade


Psicanalítica?
Olha, essa é uma pergunta muito boa, é como a Pergunta do MEC
acima, daria um livro só sobre isso. Mas vamos lá, resumido, se você
quer ter uma carreira de sucesso e crescer como psicanalista você
precisa estar ligado a uma Sociedade Psicanalítica.

Existe um Órgão Federal Oficial que regulamenta a Psicanálise no


Brasil?
Não, não existe. O que existe são as Sociedades devidamente
constituída e devidamente Registradas que regulamenta através do
seu estatuto e código de ética os seus associados.

SIM, corra das escolas que não são especializadas na Psicanálise, fuja
dessas escolas que só pensam em faturar com ela e não tem nenhum
compromisso com seus alunos após a conclusão do curso. Busque
escolas Psicanalíticas de verdade....
Enquanto tempo é a Formação de um Curso de Psicanalise?
Com essa pergunta eu encerro esse tópico de Mentiras, Mitos e
Verdades sobre a Psicanálise.
A formação ela pode variar de escola para escola.
Alguns escolas duram 3 anos para formar um psicanalista, outras
forma em 2 anos.

Mas hoje com esse advento e crescimento da psicanálise achamos


escolas que oferecem em até 6 meses, por incrível que pareça.
(Cuidado com essas escola de 6 meses, o conteúdo e o
acompanhamento pode ser duvidoso)

A nossa Escola Psicanalítica ela tem uma Opção que nem é tão
demora, como também não tão express como as de 6 meses.

A Formação da Sociedade Psicanalítica SAPDH tem um Processo de


Formação em:

12 MESES
24 MATÉRIAS
48 ENCONTROS AO VIVO On-Line
SUPORTE E MENTORIA pelos Mestres e Professores
ANÁLISES já Inclusas no Curso
SUPERVISÃO para Formação já Incluso
DOCUMENTAÇÃO PERSONALIZADA
Eu preparei uma Palestra Incrível, onde eu em 40 minutos explico de
forma clara, esse processo de formação e falo sobre o cenário
favorável para quem está entrando nessa área da psicanálise.

Clique nesse Link Abaixo para acessar essa Palestra:

https://sociedadesapdh.com.br/licaopsi8-01
DOCUMENTOS QUE O ALUNO RECEBERÁ APÓS A CONCLUSÃO
RESGISTRO NO PORTAL DA SAPDH:
https://www.sociedadepsicanalitica.org/
FOTO DA DOCUMENTAÇÃO PERSONALIZADA QUE O ALUNO
RECEBERÁ VIA CORREIOS APÓS A CONCLUSÃO DO CURSO.
SOCIEDADE DE ANÁLISES PSICANALÍTICAS
E DESENVOLVIMENTO HUMANO - SAPDH
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Av. João Gaya 510. 1ª Andar, Navegantes – SC, Brasil. CEP: 88372614
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