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MANUTENÇÃO EM TRANSFORMADORES
TREINAMENTO
INTRODUÇÃO AO CÁLCULO ELÉTRICO
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Equação básica:
V = 4,44 * F * N * B * S * 10 −4
Onde:
F é a frequência [Hz];
N é o número de espiras;
A alta tensão possui neutro reduzido com isolamento progressivo e taps colocados junto ao
neutro.
Transformadores que reduzem a tensão de uma linha de transmissão para uma linha de
transmissão de menor tensão ou de distribuição. Normalmente são transformadores
reguladores, com comutador sob carga, com o propósito de manter a tensão de saída
constante.
Autotransformadores que podem atingir potências até 1000 MVA, com tensão variando de 69
kV até 800 kV. Podem ter comutação sem carga ou sob carga tanto na alta como
baixa tensão.
• Isolação para a terra e entre enrolamentos tem que ser projetada para suportar os
efeitos de AC e DC.
• Presença de correntes harmônicas aumentando as perdas nos enrolamentos
• Componente DC aumentando as perdas no núcleo.
2.1 NÚCLEO
É formado por chapas de aço-silício de grão orientado, laminado a frio e isolado de cada
lado. As chapas de grão orientado possuem a permeabilidade máxima na direção de
laminação. Para a utilização destas chapas o fluxo magnético deve possuir esta mesma
orientação.
Em transformadores de força a seção do núcleo é composta de diversos pacotes de tal
forma a obter um melhor aproveitamento da área.
O núcleo pode ter 5 tipos construtivos. Dependendo da forma, o núcleo pode ser apenas de
colunas principais ou com colunas de retorno. Em núcleos com colunas de retorno, há sempre
duas colunas laterais para fechar o circuito magnético. Estas colunas possuem
aproximadamente a metade da seção transversal das colunas principais.
Para transformadores monofásicos, o núcleo pode ser do tipo 1/2, 2/0 ou 2/2 e para
transformadores trifásicos os núcleos podem ser do tipo 3/0 ou 3/2.
O corte da chapa deve ser feito a 45 para minimizar os efeitos do acréscimo de perdas que
surgem quando da junção das chapas nos cantos do núcleo.
O empilhamento das chapas pode ser executado de duas maneiras:
- Empilhamento normal: as chapas são colocadas aos pares. Este procedimento causa
grande concentração de fluxo magnético incrementando as perdas, corrente de excitação e
ruído.
Perda em vazio é uma parte da potência ativa absorvida pelo transformador, quando
alimentado por um dos seus enrolamentos, com os terminais dos outros enrolamentos em
aberto. São perdas devido às sucessivas reversões de magnetização que ocorrem no
núcleo quando energizado.
k1 e k2 são constantes
F é a frequência [Hz]
B é a Indução [T]
Estas curvas são específicas para cada tipo de chapa, tipo construtivo de núcleo e potência do
transformador, sendo constantemente atualizadas baseadas em resultados estatísticos. Tal
procedimento permite que o cálculo das perdas seja bastante próximo dos valores medidos
nos ensaios.
• Diminuir a indução
• Utilizar chapas com baixas perdas.
• Utilizar empilhamento em step-lap;
• Cuidados na montagem do núcleo diminuindo ao máximo os entreferros e rebarbas.
Corrente de excitação
Corrente que percorre um terminal de linha de um enrolamento, sob tensão alternada, com os
terminais dos outros enrolamentos em aberto.
Devido à histerese presente nas chapas do núcleo a corrente de excitação tem harmônicos,
principalmente 3 , 5 , 7 e 9.
Os valores garantidos são medidos utilizando-se medições com tensão eficaz e média
seguindo-se os procedimentos definidos nas respectivas normas de ensaio.
Da mesma forma que no cálculo das perdas, também utilizamos curvas específicas para cada
tipo de chapa e tipo construtivo do núcleo que relacionam a indução B(T) com VA/kg.
As perdas geradas no núcleo provocam aquecimento que deverá ser controlado para evitar
que alcancem temperaturas que o danifiquem.
Para o ser humano a sensação dependente da frequência, sendo mais sensível entre 1000 e
7000 Hz.
Corrente de magnetização
A pior condição para o transformador ocorre quando é ligado com a tensão passando por zero
e estando seu fluxo remanente no máximo.
MAX = 2. m + r
r é o fluxo residual
Este fluxo satura o núcleo e quando isto ocorre a corrente de excitação fica limitada
somente pela reatância do núcleo de ar da bobina.
Materiais
Podem ainda, ser empregados cabos transpostos, que são feixes formados por diversos
condutores de cobre retangulares, isolados individualmente por verniz especial, resistente ao
óleo isolante. O feixe de condutores é isolado, adicionalmente, por várias camadas de papel.
Em alguns casos pode-se utilizar cabos transpostos sem isolação.
Cabo Transposto
Projeto
Tipos de enrolamento
- Camadas: utilizados em enrolamentos com baixo número de espiras, ou seja baixa tensão e
maior corrente e limitados normalmente até 36,2 kV
Podem ser executadas em 1 ou mais camadas, com ou sem canais entre camadas.
- Disco: utilizados em enrolamentos com maior número de espiras, ou seja alta tensão e
menor corrente.
• Potência do transformador
• Tensão do enrolamento
• Capacidade de suportar as solicitações de impulso
• Perdas e dimensionamento térmico
• Capacidade de suportar os esforços de curto-circuito
• Aspectos econômicos e logísticos.
Aspectos elétricos
Perdas
• Perdas Joule: R * I
2
• Perdas por correntes parasitas (Eddy Current Losses): perdas devido a dispersão do
fluxo magnético nos enrolamentos.
A ação do fluxo de dispersão sobre os condutores pode ser visualizada na figura abaixo:
Outro aspecto que deve ser considerado na execução dos enrolamentos é evitar o
aparecimento de correntes circulantes devido a um desbalanceamento da distribuição de
correntes em condutores paralelos.
Perdas em partes metálicas do transformador, tanque, tampa, viga, etc. devido ao fluxo de
dispersão e perdas devido a fluxos gerados por altas correntes nos condutores da ligação.
Entretanto para casos específicos é possível calcular a distribuição deste fluxo e também
verificarmos as perdas e temperaturas destes pontos.
As ações que devem ser tomadas para a redução destas perdas e limitação da temperatura
dentro dos níveis aceitáveis são as seguintes:
AÇO-SILÍCIO ALUMÍNIO
Impedância de curto-circuito
R( %) =
W E * 100
,
PN
Onde:
Dimensionamento Dielétrico
Para o cálculo das solicitações de impulso é utilizado um programa que representa cada
enrolamento do transformador como uma complexa rede de capacitâncias e indutâncias. Esta
rede é composta de elementos que representam cada parte do enrolamento, como por
exemplo, um disco ou uma espira.
Para cada uma das tensões encontradas, verificamos a suportabilidade da isolação e do canal
de óleo entre os pontos analisados.
Aspectos térmicos
As perdas geradas pela passagem de corrente elétrica nos enrolamentos necessitam ser
dissipadas para que as temperaturas dos enrolamentos se mantenham dentro dos limites
estabelecidos por norma:
Outro valor que deve ser controlado é a temperatura atingida após curto-circuito, os
condutores devem ser dimensionados para suportar a elevação de temperatura
decorrente a passagem da corrente de curto e dissipar essa energia através da isolação e do
óleo isolante.
Aspectos mecânicos
U
I= em kA, para transformadores trifásicos.
(Z t + Z S) 3
Onde:
U Z U 2n
Zt =
100 Sn
S
US é a tensão nominal do sistema (kV)
Conforme NBR 5356 para transformadores até 10 MVA devemos considerar apenas a
impedância de curto-circuito do transformador para o cálculo da corrente de curto-circuito.
Acima deste valor devemos acrescentar a impedância do sistema. Entretanto tal valor não é
indicado na norma, devendo a mesma ser especificada pelo comprador.
Para as normas ANSI e IEC tal valor fica definido conforme a potência do transformador e
deve ser seguido, a menos de uma outra indicação na especificação.
I = I k 2
cr
=1+ e−(+ / 2)R/ X sen
X
= arctan
R
X
R é a relação entre a reatância efetiva à corrente alternada e a resistência
Conforme NBR 5356 para transformadores até 10 MVA devem ser consideradas como
sendo respectivamente, iguais a do transformador. Acima deste valor devemos considerar as
reatâncias e resistências do transformador e do sistema.
Quando não forem especificadas pelo comprador devem ser adotados os seguintes
valores:
X
R = 12, para sistema de tensão nominal ≤ 345 kV
X
= 18, para sistema de tensão nominal > 345 kV
R
X
= 30, para sistema de tensão nominal ≤ 345 kV
R
X
= 45, para sistema de tensão nominal > 345 kV
R
O fluxo axial cria forças radiais que fazem com que o enrolamento interno seja atraído
para dentro em direção ao núcleo e o enrolamento externo repelido para fora.
Deformação Condutores
TENSÃO DE FLEXÃO
F
TENSÃO DE TOMBAMENTO
A distribuição do fluxo de dispersão nos enrolamentos tem forte influência da geometria dos
enrolamentos e da distribuição dos amperes espira.
Fatores como assimetria dos enrolamentos na direção axial provocam fortes resultantes de
forças axiais.
Diversos partes do transformador são dimensionadas considerando estas forças, como por
exemplo:
Além dos efeitos das correntes de curto-circuito nos enrolamentos, deve-se considerar
também seus efeitos nos suportes das ligações.
2.4 COMUTADORES DE DERIVAÇÕES.
A comutação de tensão sem tensão de alimentação pode ser feita por meio de um painel de
religação interno ao equipamento ou por um comutador acionado externamente. No
caso de painel de religação, ele é acessível por meio de aberturas de inspeção, e
para realizar a religação o nível de óleo deve ser baixado.
No segundo tipo de comutação sem tensão, a regulação de tensão é realizada por meio
de um acionamento externo. Estes comutadores são compostos basicamente por duas
réguas, uma fixa e outra deslizante montadas no interior do transformador que realizam a
seleção de diferentes Tapes do enrolamento. Esta movimentação é realizada através de
uma manivela instalada externamente ao tanque.
Comutador de Tapes sob carga (On-Load Tap Changer - OLTC)
São por esta razão utilizados na redução das sobretensões provenientes de surtos
atmosféricos e de manobras, normalmente são instalados no interior do transformador, em
conjunto com o comutador de taps para reduzir a possibilidade de descargas internas
provenientes de surtos de tensão.
O tipo mais comum aplicado em alta tensão são as buchas condensivas, cujo componente
principal é o corpo capacitivo, constituído de sucessivas camadas de isolação e intercaladas
em folhas condutoras isoladas entre si, imersas em óleo isolante. Este sistema de isolação
mostra-se extremamente eficiente, sendo largamente utilizado na maioria dos
transformadores de alta tensão em operação.
Atualmente existem buchas construídas sem óleo, sendo o material isolante impregnado em
resina, as chamadas buchas RIP/RIS, sendo este tipo de bucha menos sensível a umidade
do ambiente.
Literatura
ABB – Transformer Handbook, ABB Business Unit Transformers, Zurich Switzerland 2004.
MARTIGNONI, A. - Transformadores. 1. ed. Porto Alegre: Globo, 1973
OLIVEIRA, J. C. - Transformadores: teoria e ensaios. 1. ed. São Paulo: E. Blüsher, 984-
1990.
K.Karsai, D. Kerényi, L. Kiss – Large Power Transformers. Elsevier 1987
Bean R.L., Chackan Jr N, Moore H.R., Wentz E.C. – Transformers for the Electric Power
Industry, McGraw Hill
Dohnal, Dieter Elec Electric - Power Transformer Engineering, 2. ed. E. James H.
Harlow,New York, s.d.
Kulkarni, S.V.- Transformer Engineering: Design and Practice, E. Marcel Dekker, New
York, 2004.
Heathcot, M. - J & P Transformer book, 20. ed. E. Reed Educational and Professional
Publishing.
Pansini A.J.– Electrical Transformers and Power Equipment, Prentice Hall
Flanagan W.M. – Handbook of Transformer Design and Applications, McGraw Hill
PRINCIPAIS NORMAS.
As a n á l i s e s , o p i n i õ e s o u i n t e r p r e t a ç õ e s contidas neste
relatório são fundamentadas nas informações e materiais
fornecidos pelo Cliente. A HITACHI ENERGY não infere que o HITACHI ENERGY
conteúdo das amostras analisadas por seu laboratório Divisão de Transformadores
representa a Av Monteiro Lobato, 3411
totalidade do material presente no ambiente do equipamento do 07190-904 Guarulhos SP
São Paulo - Brasil
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qualquer equipamento ou outra propriedade para a qual este
relatório seja utilizado ou relacionado por qualquer razão.
TREINAMENTO
A) Transdutor de energia elétrica, estático, que transfere energia elétrica sem mudança de
frequência (ref. NBR 5456)
É na parte ativa que efetivamente ocorre a “transformação” da energia elétrica, através do fluxo
magnético que corre no núcleo de aço-silício, produzida pelas bobinas primárias,
induzindo uma tensão nas bobinas secundárias. Sendo a parte ativa o “coração” do
transformador, é ela quem define o estado de depreciação do equipamento e é nela que deve
ser focada a maioria das atenções nos quesitos de manutenção. O óleo isolante, por ser um
componente com duas funções principais, a primeira como meio dielétrico e a segunda
como elemento refrigerante, é de suma importância para bom funcionamento do transformador,
sendo portanto considerado como componente da parte ativa.
MANUTENÇÃO
Ato ou ação que visa manter um determinado equipamento em operação, bem como corrigir
danos ao equipamento provenientes da ação de agentes externos ao funcionamento do
equipamento, os critérios de manutenção são divididos em:
Toda a atividade de manutenção, com o enfoque voltado aos transformadores de grande porte
precisa ser direcionada de modo que sensibilize o mínimo possível às condições dos materiais
que o compõem internamente, por esse motivo quanto menos ocorrer a exposição da parte ativa
ao meio ambiente, menos haverá a possibilidade de contaminação de seus componentes.
MANUTENÇÃO PREDITIVA APLICADA A TRANSFORMADORES
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Vazamentos são itens de grande importância, pois estes representam a principal porta de
entrada da umidade do ambiente para o interior do transformador, devendo ser corrigidos
sempre que detectados, visando evitar a contaminação da parte ativa e do óleo isolante.
Comissionamento
Procedimento de verificação realizado para ratificar a condição de funcionamento de um
determinado equipamento a fim de que este possa operar normalmente, de acordo com
critérios pré-estabelecidos. Este procedimento possui um caráter investigativo, visando
detectar possíveis defeitos e ou desvios no equipamento, geralmente aplicado nos casos de
manutenção preventiva e pós-corretiva.
Relação de transformação
Relação de transformação é o número puro que representa a constante resultante da razão entre
o número de espiras entre enrolamento primário e secundário , sendo este número também a
constante entre a tensão primária e a tensão secundária do transformador , para medir este
valor em campo é utilizado um aparelho chamado TTR , este ensaio indica se o grupo de
ligação está correto para a tensão especificada ou mesmo defeitos nos enrolamentos.
Resistencia de isolação
A resistência de isolamento verifica a integridade da isolação entre os enrolamentos de AT /BT,
AT / MASSA e BT / MASSA, devem-se evitar a realização deste ensaio em dias com alto índice
de Umidade do Ar, pois estes fatos podem alterar a leitura do aparelho. O aparelho de
medição deve ter uma escala apropriada para a classe de tensão do transformador,
para evitar danos em sua isolação.
É a medição da corrente de fuga em AC, medido dos terminais AT / BT contra o tanque e contra
a massa, mede também as capacitâncias existentes entre os enrolamentos do
transformador, este ensaio também é chamado de Tangente Delta ou Isolação AC.
MANUTENÇÃO CORRETIVA:
É aplicada sempre que ocorrer uma falha no equipamento, esta pode resultar ou não na retirada
do equipamento de operação, pode ser necessária também nos casos em que são detectados
indícios de ocorrências nas análises cromatográficas ou mesmo pelas análises físico-químicas,
em que uma ou mais características do óleo indiquem a necessidade de intervenção no
equipamento.
As medidas corretivas variam de acordo com o tipo de problema encontrado podendo ser
simples e rápidas, como um tratamento termovácuo para redução de umidade, como
podem ser complexas e demoradas, como a substituição de um comutador de tap’s,
devendo ser analisadas caso a caso.
Os óleos isolantes minerais sofrem degradação causada por esforços térmicos e elétricos,
gerando produtos de decomposição, que são utilizados para avaliar a ocorrência ou não de
falhas nos transformadores. Reagem com o oxigênio, oxidando-se e formando produtos cujas
características aceleram a degradação dos demais materiais, encurtando a vida útil dos
equipamentos.
A celulose sofre degradação pela ação do calor, gerando monóxido e dióxido de carbono, o que
diminui o seu peso molecular médio, e ainda, o papel sofre hidrólise em meio ácido, o que
também acarreta a diminuição de seu peso molecular médio, deteriorando-o com relação às
suas propriedades elétricas e mecânicas.
• Formação de compostos ácidos como produtos da degradação termo oxidativa, que sofre
o óleo quando em um transformador em operação, tornando assim o meio ácido.
• Formação de borra proveniente do ataque químico dos ácidos, a qual, deposita-se sobre
os enrolamentos prejudicando a troca de calor entre o cobre e o óleo, causando um
aumento da temperatura.
São óleos isolantes de origem sintética, destinados a transformadores que devem ser
instalados em locais onde riscos de explosões e/ou incêndios devem ser minimizados.
Estes óleos devem apresentar características de não-flamabilidade.
A vida útil do transformador depende da vida do papel isolante, e este por sua vez, depende do
estado de oxidação do óleo isolante.
O óleo isolante mineral também sofre uma degradação térmica, devido aos esforços
térmicos e elétricos, que geram produtos de decomposição, que são utilizados para avaliar a
ocorrência de falhas do sistema elétrico do transformador.
Como vimos, a deterioração do papel isolante é acelerada pela oxidação do óleo isolante, então
quanto menos oxidado estiver o óleo isolante, mais lento será o processo de deterioração
da celulose. A técnica de manutenção preventiva visa acompanhar o grau de deterioração do
óleo, com ensaios físico-químicos básicos e periódicos, podendo então detectar o momento
em que terá início o processo de formação de borra, para poder orientar e tomar medidas que
evitem o envelhecimento prematuro e progressões de falhas que possam resultar em perda
total do equipamento, além de evitar a formação de borra durante toda a vida do transformador.
• Teor de água.
• Rigidez dielétrica.
• Índice de acidez total (número de neutralização).
• Tensão interfacial;
• Perdas dielétricas.
TEOR DE ÁGUA
É uma medida direta da quantidade de água dissolvida no óleo em miligramas de água por
quilograma de óleo (partes por milhão em peso - ppm).
É indicado para evidenciar a presença de agentes contaminantes como água, sujeiras, fibras
celulósicas úmidas, partículas metálicas ou condutoras no óleo, podendo haver
concentrações significativas presentes, quando as tensões de ruptura forem baixas.
O índice de acidez é considerado crítico acima de 0,30 mgKOH/g de óleo, e deste valor em
diante, cresce de modo exponencial sendo necessária a substituição ou a regeneração do óleo.
No óleo novo e em boas condições, obtém-se índice de acidez menor que 0,03 mgKOH/g
de óleo.
TENSÃO INTERFACIAL
É a medida da força necessária para que um anel plano de platina rompa a interface
formada entre água e óleo.
Para óleo em serviço, valores abaixo 20 mN/m já devem ser monitorados em conjunto com os
demais ensaios.
É uma medida da tangente do ângulo de fase (ou cosseno de seu complemento), entre
tensão e corrente ao aplicar-se uma diferença de potencial (D.D.P.) pré-determinada a dois
eletrodos entre os quais é colocado o líquido isolante.
Este ensaio é sensível à presença de compostos polares e ainda polarizáveis sob ação de um
campo magnético, ou seja, produtos de oxidação e partículas.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
Conforme já foi mencionado, o conjunto isolante óleo e papel são submetidos a esforços
térmicos e elét r icos durante a operação do transformador, e geram produtos de
decomposição que estão diretamente relacionados com a quantidade de energia do
processo.
O método deste tipo de manutenção consiste na extração dos gases dissolvidos em uma
pequena amostra de óleo do transformador, onde uma parte dos gases extraídos é
analisada por cromatografia em fase gasosa, determinando-se então, sua composição
qualitativa e quantitativamente. Os resultados obtidos são analisados segundo critérios de
diagnósticos pré-estabelecidos, através dos quais pode-se observar a existência de falhas, e
então tomar as providências necessárias de manutenção.
Existem vários critérios de diagnóstico, dentre eles o mais simples é o método do “Gás
Chave”.
O método do “Gás Chave” relaciona o gás que predomina na mistura com a falha que lhe deu
origem, resumidamente apresentado abaixo:
CH4 e pequenas
quantidades de H2, C2H6,
Sobreaquecimento traços de C2H2 podem ser Descoloração do metal, isolação celulósica
C2H4
de óleo encontrados se a falha for deteriorada e óleo carbonizado.
severa ou envolver contatos
elétricos
Falha da isolação devido ao stress elétrico,
Porém, para uma avaliação segura dos resultados, é necessário o conhecimento das
características do transformador, suas condições de operação e um rigoroso cumprimento de
periodicidade das análises de gases dissolvidos no óleo isolante, a fim de criar-se um histórico
do equipamento, e mantê-lo sempre atualizado.
A periodicidade para realização das análises é indicada pelo Laboratório, pois estas variam de
acordo com os resultados encontrados e suas taxas de evolução, bem como
características e importância do transformador.
Dependendo das condições e do estado em que se encontra o óleo isolante, poderá ser
necessária a execução de algum tipo de tratamento de recuperação.
Sistema integrado
Tratamento termo vácuo em transformadores
SECAGEM DE TRANSFORMADORES
O processo ideal de secagem entende-se por retirar o equipamento de operação, secar a parte
ativa em uma a ut o c la v e e depois montá-lo novamente, este procedimento deve ser
realizado em fábrica. Porém outros processos tem sido utilizados com eficácia na secagem de
transformadores em campo, esta técnica utiliza ciclos de aquecimento com óleo,
intercaladas com aplicação de vácuo, este processo não apresenta a mesma eficácia do
processo executado em fábrica, mas se demonstra bastante satisfatório para aplicações de
manutenção em campo.
O processo tem início quando o oxigênio dissolvido no óleo, entra em reação com
hidrocarbonetos instáveis e a umidade, formando produtos de oxidação diversos. O óleo
isolante novo possui em sua composição produtos de caráter antioxidante, que são
conhecidos como inibidores naturais, estes compostos são responsáveis por garantir uma
grande estabilidade química e resistência contra a oxidação do óleo, garantindo assim uma
longa vida útil ao transformador
Na figura abaixo são ilustradas as moléculas mais comuns encontradas nos óleos isolantes:
PROCESSOS DE REGENERAÇÃO
Os óleos isolantes usados que irão sofrer processo de regeneração tiveram seus inibidores
naturais parcial ou totalmente consumidos, o tratamento regenerativo pode recuperar as
características do óleo para valores próximas as originais pela remoção de produtos de
oxidação e contaminantes. A regeneração remove a maior parte dos contaminantes
presentes no óleo isolante e o que restar de inibidores naturais, mantendo somente as
moléculas de cadeia longa, para prolongar o período de vida útil após o processo devem ser
adicionados inibidores sintéticos que irão atuar retardando o processo de oxidação natural
do óleo isolante.
O inibidor sintético mais utilizado é o 2,6 Di-terciário Butil para Cresol, comercialmente
chamado de BHT.