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TREINAMENTO

MANUTENÇÃO EM TRANSFORMADORES
TREINAMENTO
INTRODUÇÃO AO CÁLCULO ELÉTRICO
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
1 INTRODUÇÃO

1.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO TRANSFORMADOR

O transformador é um equipamento elétrico estático, que por indução eletromagnética,


transforma tensão e corrente alternada entre dois ou mais enrolamentos sem mudança de
frequência.

Recebendo energia da fonte através de seu enrolamento primário, o transformador


transfere essa energia à carga através do enrolamento secundário. O acoplamento entre estes
enrolamentos é magnético, sendo realizado pelo núcleo que é construído com material
ferromagnético.

A figura acima é uma representação, pois na prática os enrolamentos são concêntricos.

Equação básica:

V = 4,44 * F * N * B * S * 10 −4

Onde:

V é a tensão de fase [V];

F é a frequência [Hz];

N é o número de espiras;

B é a indução do núcleo [T];

S é a seção do núcleo [cm²].


1.2 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO AUTOTRANSFORMADOR

No autotransformador os enrolamentos primário e secundário têm certo número de espiras em


comum, o que oferece como vantagem a economia de material e aumento da eficiência.

O conjunto de espiras do enrolamento de baixa tensão, comum ao enrolamento de alta é


denominado enrolamento comum, enquanto o enrolamento pertencente apenas à alta tensão
é denominado enrolamento série.
1.3 TIPOS CONSTRUTIVOS

Núcleo envolvido – Core Type

Núcleo envolvente – Shell Type


1.4 APLICAÇÕES

Transformador Elevador – GSU Generator Step-Up Transformer

Transformadores trifásicos que elevam a tensão de um gerador para a linha. São


conectados em Ynd, com baixa tensão até 25kV e a alta tensão até 800 kV. Tem potências que
podem chegar até 1000 MVA.

A razão da conexão da baixa tensão em delta se deve a dois fatores:

• Manter as correntes de sequência zero baixas


• Reduzir as correntes de fase normalmente altas da baixa tensão

A alta tensão possui neutro reduzido com isolamento progressivo e taps colocados junto ao
neutro.

Transformador Abaixador – Step-Down Transformer.

Transformadores que reduzem a tensão de uma linha de transmissão para uma linha de
transmissão de menor tensão ou de distribuição. Normalmente são transformadores
reguladores, com comutador sob carga, com o propósito de manter a tensão de saída
constante.

Transformador para conexão de sistemas (Autotransformador)

Autotransformadores que podem atingir potências até 1000 MVA, com tensão variando de 69
kV até 800 kV. Podem ter comutação sem carga ou sob carga tanto na alta como
baixa tensão.

A vantagem de se utilizar autotransformadores é devido ao fato de haver menos material e


consequentemente menores dimensões e custos. Quanto menor a diferença entre as
tensões da alta e baixa tensão menor o autotransformador. Por outro lado quanto menor
esta diferença menor a impedância provocando normalmente altos esforços de curto-
circuito.

A desvantagem do uso de autotransformadores é o fato da alta e baixa tensão estarem


eletricamente conectados, ou seja, qualquer distúrbio num lado se reflete no outro lado. Por
exemplo, uma falta fase-terra num dos lados se reflete nos dois lados, provocando
uma elevação de tensão em ambos os lados das outras fases.
Transformador Defasador – PST Phase-Shifting Transformer

É um tipo especial de transformador que possibilita a inserção de uma tensão com um


ângulo arbitrário de fase no sistema. É utilizado em duas situações:

• Controlar o fluxo de potência entre duas linhas paralelas independentes

• Controlar o fluxo de potência entre dois grandes sistemas independentes

Estes transformadores são projetados para variar o ângulo de desfasamento, conforme as


necessidades. Poderão ser utilizados transformadores auxiliares para satisfazer as
necessidades de altas tensões e altas correntes.
Transformador para sistema em corrente contínua – HVDC Transformers

Transformadores utilizados antes e após as estações conversoras CA/CC.

As principais diferenças entre transformadores convencionais e HVDC são as seguintes:

• Isolação para a terra e entre enrolamentos tem que ser projetada para suportar os
efeitos de AC e DC.
• Presença de correntes harmônicas aumentando as perdas nos enrolamentos
• Componente DC aumentando as perdas no núcleo.

Transformador industrial – Industrial Transformers

Transformador de forno – furnace transformer: utilizados em indústrias metalúrgicas, como


por exemplo forno à arco. Caracterizam-se por alta corrente na baixa tensão, chegando
até 160 kA, com tensões até 1500V. Possuí alta tensão com comutador sob carga,
comutando-se a tensão da baixa por variação de indução. Podem ser transformadores AC
ou DC.

Transformador para retificador – rectifier transformer: tem como característica principal a


presença de altas harmônicas na corrente de carga.
2 ASPECTOS CONTRUTIVOS

2.1 NÚCLEO

A passagem de corrente alternada pelo enrolamento primário produz fluxo magnético


variável no núcleo. A função do núcleo é guiar esse fluxo magnético através de um circuito
fechado. Este fluxo é responsável pelo aparecimento de tensão de mesma frequência no
enrolamento secundário e proporcional ao seu número de espiras.

2.2 CARACTERÍSTICAS DO NÚCLEO

A passagem de corrente alternada pelo enrolamento primário produz fluxo magnético


variável no núcleo. A função do núcleo é guiar esse fluxo magnético através de um circuito
fechado. Este fluxo é responsável pelo aparecimento de tensão de mesma freqüência no
enrolamento secundário e proporcional ao seu número de espiras.

É formado por chapas de aço-silício de grão orientado, laminado a frio e isolado de cada
lado. As chapas de grão orientado possuem a permeabilidade máxima na direção de
laminação. Para a utilização destas chapas o fluxo magnético deve possuir esta mesma
orientação.
Em transformadores de força a seção do núcleo é composta de diversos pacotes de tal
forma a obter um melhor aproveitamento da área.

O núcleo pode ter 5 tipos construtivos. Dependendo da forma, o núcleo pode ser apenas de
colunas principais ou com colunas de retorno. Em núcleos com colunas de retorno, há sempre
duas colunas laterais para fechar o circuito magnético. Estas colunas possuem
aproximadamente a metade da seção transversal das colunas principais.

Para transformadores monofásicos, o núcleo pode ser do tipo 1/2, 2/0 ou 2/2 e para
transformadores trifásicos os núcleos podem ser do tipo 3/0 ou 3/2.

O primeiro dígito representa o número de colunas enroladas e o segundo dígito representa o


número de colunas de retorno.

O corte da chapa deve ser feito a 45 para minimizar os efeitos do acréscimo de perdas que
surgem quando da junção das chapas nos cantos do núcleo.
O empilhamento das chapas pode ser executado de duas maneiras:

- Empilhamento normal: as chapas são colocadas aos pares. Este procedimento causa
grande concentração de fluxo magnético incrementando as perdas, corrente de excitação e
ruído.

- Empilhamento em step-lap: as chapas são dispostas de maneira escalonada


proporcionando melhor distribuição do fluxo.

Em todos os transformadores é necessário o aterramento das partes metálicas para colocá-


las no mesmo potencial, incluindo-se obviamente o núcleo. A ausência deste procedimento
provocaria elevações de potencial nas chapas do núcleo em relação a outras partes
metálicas.
Para manter o núcleo compacto é necessária uma estrutura sólida mecânica, composta de
vigas, placas de suspensão ou tirantes verticais, tirantes horizontais ou bandagens e
elementos de compressão das colunas.
Perdas em Vazio

Perda em vazio é uma parte da potência ativa absorvida pelo transformador, quando
alimentado por um dos seus enrolamentos, com os terminais dos outros enrolamentos em
aberto. São perdas devido às sucessivas reversões de magnetização que ocorrem no
núcleo quando energizado.

Dividem-se em perdas por histerese e por correntes parasitas (Eddy Current).

Perdas por corrente parasita = k1 * (F * B * t) * m  45% P0


2

Perdas por histerese = k2 * F * B * m  55% P0


N

k1 e k2 são constantes

F é a frequência [Hz]

B é a Indução [T]

t é a espessura da chapa [mm]

m é a massa do núcleo [Kg]

n é o expoente de Steinmetz (valor característico da chapa utilizada obtido empiricamente)


Para o cálculo das perdas em vazio utilizamos curvas empíricas que relacionam a indução

[B] com as perdas por unidade de massa W .


 
 Kg 

Estas curvas são específicas para cada tipo de chapa, tipo construtivo de núcleo e potência do
transformador, sendo constantemente atualizadas baseadas em resultados estatísticos. Tal
procedimento permite que o cálculo das perdas seja bastante próximo dos valores medidos
nos ensaios.

Basicamente as maneiras de reduzir as perdas em vazio são as seguintes:

• Diminuir a indução
• Utilizar chapas com baixas perdas.
• Utilizar empilhamento em step-lap;
• Cuidados na montagem do núcleo diminuindo ao máximo os entreferros e rebarbas.
Corrente de excitação

Corrente que percorre um terminal de linha de um enrolamento, sob tensão alternada, com os
terminais dos outros enrolamentos em aberto.

Normalmente é expressa em percentagem da corrente nominal deste enrolamento.

Para transformadores de força tem valores abaixo de 0,5% da corrente nominal.

Devido à histerese presente nas chapas do núcleo a corrente de excitação tem harmônicos,
principalmente 3 , 5 , 7 e 9.

Em transformadores trifásicos as correntes de excitação nos terminais de linha podem ser


desiguais devido à variação da relutância do circuito magnético,

Os valores garantidos são medidos utilizando-se medições com tensão eficaz e média
seguindo-se os procedimentos definidos nas respectivas normas de ensaio.

Da mesma forma que no cálculo das perdas, também utilizamos curvas específicas para cada
tipo de chapa e tipo construtivo do núcleo que relacionam a indução B(T) com VA/kg.

A corrente de excitação é influenciada pelos mesmos fatores das perdas do núcleo,


basicamente o tipo de chapa e o empilhamento na montagem do núcleo.

A montagem em Step-Lap e os cuidados na montagem têm forte influência no valor da


corrente de excitação.
Temperatura do núcleo

As perdas geradas no núcleo provocam aquecimento que deverá ser controlado para evitar
que alcancem temperaturas que o danifiquem.

O gradiente de temperatura entre núcleo e óleo é proporcional as perdas e ao coeficiente de


transmissão de calor que depende do sistema de refrigeração (ONAN, ONAF, ODAF, etc.)

Dependendo da seção e da indução do núcleo é necessário acrescentar canais de


refrigeração de tal forma a aumentar as superfícies de dissipação e reduzir as temperaturas.

CANAL DE ÓLEO DO NÚCLEO


Ruído

O som é uma variação da pressão do ar cuja intensidade é a energia passando através de


uma unidade de área por unidade de tempo.

Para o ser humano a sensação dependente da frequência, sendo mais sensível entre 1000 e
7000 Hz.

A causa da geração de ruído no núcleo é devido a magneto estricção, o que em outras


palavras é uma pequena variação na dimensão das chapas de aço-silício quando em
presença de um campo magnético.

O ruído produzido no núcleo é proporcional a massa de aço-silício e a indução.

As ações para reduzir o ruído:

- Escolha do tipo de chapa de aço-silício (HiB)

- Redução da indução, aumentando a seção do núcleo

- Inserção de lençol de borracha no núcleo

- Inserção de lençol de borracha entre blindagem do tanque e tanque

- Placas absorvedoras de ruído instalada externamente ao tanque

Corrente de magnetização

Corrente que aparece quando o transformador é conectado à rede.

O valor atingido por esta corrente em regime transitório depende de 2 fatores:

- Ponto do ciclo de tensão no qual a chave para o energizamento foi fechada.

- Intensidade e polaridade do fluxo residual.

A pior condição para o transformador ocorre quando é ligado com a tensão passando por zero
e estando seu fluxo remanente no máximo.

Neste caso o fluxo máximo no núcleo vale:

MAX = 2. m + r

m é o fluxo na condição normal

r é o fluxo residual
Este fluxo satura o núcleo e quando isto ocorre a corrente de excitação fica limitada
somente pela reatância do núcleo de ar da bobina.

Esta corrente pode atingir valores acima de 10 vezes a corrente nominal.

Quando possível é melhor conectar o transformador pelo enrolamento de maior diâmetro,


normalmente a alta tensão.

Componente contínua na corrente de excitação

A presença de componentes de corrente contínua na corrente de excitação proveniente das


condições de carga do cliente, perturbações ou transformadores HVDC, ocasionam um
aumento nas perdas em vazio e consequentemente nas temperaturas do núcleo e também um
aumento no nível de ruído. As figuras abaixo ilustram os aspectos envolvidos com esta
componente contínua.

AUMENTO DAS PERDAS EM VAZIO AUMENTO DO NÍVEL DE RUÍDO


2.3 ENROLAMENTO.

O enrolamento é o coração do transformador, e também é onde se encontra a maior parte da


tecnologia envolvida no transformador. Não somente a tecnologia de projeto e de
dimensionamento, mas também a tecnologia de fabricação e processo.

Materiais

Empregam-se normalmente condutores retangulares de cobre, isolados com papel, na


confecção dos enrolamentos.

Podem ainda, ser empregados cabos transpostos, que são feixes formados por diversos
condutores de cobre retangulares, isolados individualmente por verniz especial, resistente ao
óleo isolante. O feixe de condutores é isolado, adicionalmente, por várias camadas de papel.
Em alguns casos pode-se utilizar cabos transpostos sem isolação.

A isolação principal entre os enrolamentos é obtida através de cilindros e anéis de


cantoneira, compostos de presboard, impregnáveis em óleo isolante.

Cabo Transposto
Projeto

Os e n r o l a m e n t o s s ã o executados com bobinas circulares, sendo normalmente o


enrolamento de tensão inferior montado junto ao núcleo e o de tensão superior
externamente.

O dimensionamento dos enrolamentos, dos canais de refrigeração, da isolação entre


enrolamentos, e outras partes, são feitas considerando-se os aspectos elétrico, térmico e
mecânico.

Tipos de enrolamento

Os principais tipos de enrolamento podem ser assim divididos:

- Camadas: utilizados em enrolamentos com baixo número de espiras, ou seja baixa tensão e
maior corrente e limitados normalmente até 36,2 kV

Podem ser executadas em 1 ou mais camadas, com ou sem canais entre camadas.
- Disco: utilizados em enrolamentos com maior número de espiras, ou seja alta tensão e
menor corrente.

Dividem-se basicamente em duplas simples ou entrelaçadas.

DUPLA SIMPLES DUPLA ENTRELAÇADA

- Helicoidal: utilizados em enrolamentos com baixo número de espiras e altas correntes.


Possui 1 ou mais condutores axiais e inúmeros radiais, necessitando o cruzamento de todos os
fios de tal forma a manterem o mesmo comprimento. È executado com canais radiais e é um
enrolamento de difícil execução, normalmente é substituído por enrolamentos em camadas
com condutor transposto.
A escolha do tipo de enrolamento a ser utilizado depende de diversos fatores:

• Potência do transformador
• Tensão do enrolamento
• Capacidade de suportar as solicitações de impulso
• Perdas e dimensionamento térmico
• Capacidade de suportar os esforços de curto-circuito
• Aspectos econômicos e logísticos.

Aspectos elétricos

Perdas

As perdas nos enrolamentos dos transformadores podem ser divididas em 2 grupos:

• Perdas Joule: R * I
2

• Perdas por correntes parasitas (Eddy Current Losses): perdas devido a dispersão do
fluxo magnético nos enrolamentos.
A ação do fluxo de dispersão sobre os condutores pode ser visualizada na figura abaixo:

Conforme visualizado acima, na medida do possível, devemos reduzir as dimensões dos


condutores perpendiculares as linhas de fluxo.

Outro aspecto que deve ser considerado na execução dos enrolamentos é evitar o
aparecimento de correntes circulantes devido a um desbalanceamento da distribuição de
correntes em condutores paralelos.

Podem ser provocados basicamente por 2 motivos:

- Comprimento diferentes de condutores paralelos.

- Diferentes fluxos de dispersão enlaçados por cada grupo de condutores paralelos

Perdas em partes estruturais

Perdas em partes metálicas do transformador, tanque, tampa, viga, etc. devido ao fluxo de
dispersão e perdas devido a fluxos gerados por altas correntes nos condutores da ligação.

Tornam-se cada vez mais importantes à medida que aumentamos a potência do


transformador.

O cálculo destas perdas é de difícil precisão, sendo normalmente calculadas considerando


fórmulas empíricas e utilizando valores medidos em ensaios.

Entretanto para casos específicos é possível calcular a distribuição deste fluxo e também
verificarmos as perdas e temperaturas destes pontos.
As ações que devem ser tomadas para a redução destas perdas e limitação da temperatura
dentro dos níveis aceitáveis são as seguintes:

• Afastamento das partes metálicas dos campos magnéticos


• Inserção de blindagem magnética nestas partes metálicas, aço-silício na parede do
tanque, alumínio na parede do tanque ou outras partes metálicas, cobre e aço-inox.

A diferença de comportamento entre o aço-silício e as outras blindagens é que o aço-silício


atrai as linhas de fluxo magnético e os outros materiais a repelem.

BLINDAGEM COM BLINDAGEM COM

AÇO-SILÍCIO ALUMÍNIO

Impedância de curto-circuito

A impedância determina a variação da tensão do transformador quando em carga e a


magnitude das correntes de curto-circuito.

A impedância do transformador é medida curto-circuitando um dos lados do transformador e


elevando-se a tensão do outro lado até circular as correntes nominais. A tensão no qual este
valor de corrente é atingido denomina-se tensão de impedância.

A impedância de curto-circuito é normalmente expressa como um valor percentual da


impedância nominal do transformador.
A impedância de curto-circuito pode ser decomposta nas componentes ativa e reativa. Para
transformadores de força o valor da componente ativa é praticamente desprezível em
relação a componente reativa.

R( %) =
W E * 100
,
PN
Onde:

WE são as perdas em carga (kW)

Pn é a potência nominal do transformador (kVA)

Dimensionamento Dielétrico

O d im e n s i o n a m e nt o dielétrico dos enrolamentos do transformador deve levar em


consideração os seguintes aspectos:

• Máxima tensão operativa


• Ensaio a frequência industrial, aplicada e induzida
• Ensaio de impulso atmosférico em onda plena e cortada
• Ensaio de impulso de manobra
• Sobretensões transitórias definidas pelo cliente

Para os aspectos acima mencionados calculamos as solicitações em todos os pontos


dentro dos enrolamentos, entre enrolamentos, entre enrolamentos e núcleo e entre
enrolamentos e terra.

Para o cálculo das solicitações de impulso é utilizado um programa que representa cada
enrolamento do transformador como uma complexa rede de capacitâncias e indutâncias. Esta
rede é composta de elementos que representam cada parte do enrolamento, como por
exemplo, um disco ou uma espira.
Para cada uma das tensões encontradas, verificamos a suportabilidade da isolação e do canal
de óleo entre os pontos analisados.

Para determinados pontos do transformador é necessário verificarmos os campos elétricos e


compará-los com valores limites.

CAMPO ELÉTRICO DURANTE ENSAIO DE INDUZIDA

Aspectos térmicos

As perdas geradas pela passagem de corrente elétrica nos enrolamentos necessitam ser
dissipadas para que as temperaturas dos enrolamentos se mantenham dentro dos limites
estabelecidos por norma:

Elevação média da temperatura dos enrolamentos sobre o ambiente: 55 K ou 65 K

Elevação máxima da temperatura dos enrolamentos sobre o ambiente: 65 K ou 80 K

O cálculo da temperatura do enrolamento e mais apropriadamente o gradiente de


temperatura entre enrolamento e óleo depende basicamente de 3 fatores:

• Perdas por unidade de área: conforme descrito acima considerando as perdas


Joule e por correntes parasitas
• Espessura da isolação: deve-se adotar um valor que atenda aos requisitos
dielétricos e térmicos
• Coeficiente de transmissão de calor: seu valor depende de cada tipo de
enrolamento e do sistema de refrigeração ( ONAN, ONAF , ODAF, etc )

Temperatura atingida após curto-circuito:

Outro valor que deve ser controlado é a temperatura atingida após curto-circuito, os
condutores devem ser dimensionados para suportar a elevação de temperatura
decorrente a passagem da corrente de curto e dissipar essa energia através da isolação e do
óleo isolante.

Normalmente adota-se a duração de 2 segundos para o curto circuito, salvo especificação em


contrário.

Aspectos mecânicos

O dimensionamento mecânico dos enrolamentos está relacionado a capacidade de


suportar os esforços de curto-circuito.

a) Corrente simétrica de curto-circuito:

U
I= em kA, para transformadores trifásicos.
(Z t + Z S)  3

Onde:

I é o valor eficaz da corrente de curto-circuito simétrica, para transformadores trifásicos,


com 2 enrolamentos (kA)

U é a tensão nominal do enrolamento considerado (kV)

Zt é a impedância de curto-circuito do transformador, referida ao enrolamento considerado


(/fase)

ZS é a impedância de curto-circuito do sistema (/fase)

U Z  U 2n
Zt =
100  Sn

UZ é a impedância do transformador [%]

Un é a tensão de fase do enrolamento [V]

Sn é a potência nominal do transformador [MVA]


2
U
=
Z S
S

S
US é a tensão nominal do sistema (kV)

S é a potência aparente de curto-circuito do sistema (MVA)

Para transformadores com 3 enrolamentos o cálculo é mais complexo e devemos


considerar também os curtos-circuitos fase-terra, fase-fase e fase-fase-terra e levando-se em
consideração as condições de aterramento do sistema.

Conforme NBR 5356 para transformadores até 10 MVA devemos considerar apenas a
impedância de curto-circuito do transformador para o cálculo da corrente de curto-circuito.
Acima deste valor devemos acrescentar a impedância do sistema. Entretanto tal valor não é
indicado na norma, devendo a mesma ser especificada pelo comprador.

Para as normas ANSI e IEC tal valor fica definido conforme a potência do transformador e
deve ser seguido, a menos de uma outra indicação na especificação.

b) Corrente assimétrica de curto-circuito

A amplitude da primeira crista da corrente de curto-circuito é calculada pela seguinte


expressão:

I = I k 2
cr

I é a corrente simétrica de curto-circuito k

 
=1+ e−(+ / 2)R/ X  sen

 X
 = arctan  
 R

X
R é a relação entre a reatância efetiva à corrente alternada e a resistência

Conforme NBR 5356 para transformadores até 10 MVA devem ser consideradas como
sendo respectivamente, iguais a do transformador. Acima deste valor devemos considerar as
reatâncias e resistências do transformador e do sistema.
Quando não forem especificadas pelo comprador devem ser adotados os seguintes
valores:

• Para transformadores destinados à subestações de transmissão e distribuição:

X
R = 12, para sistema de tensão nominal ≤ 345 kV

X
= 18, para sistema de tensão nominal > 345 kV
R

• Para transformadores destinados à subestações de usinas:

X
= 30, para sistema de tensão nominal ≤ 345 kV
R

X
= 45, para sistema de tensão nominal > 345 kV
R

c) Cálculo dos esforços de curto-circuito

Conforme a figura acima, o fluxo de dispersão e as correntes que circulam nos


enrolamentos provocam forças que podem ser assim resumidas:
• Forças radiais devido ao fluxo axial

O fluxo axial cria forças radiais que fazem com que o enrolamento interno seja atraído
para dentro em direção ao núcleo e o enrolamento externo repelido para fora.

Estas forças provocam os seguintes efeitos:

TENSÃO CIRCUNFERENCIAL EM UM ENROLAMENTO EXTERNO

• Forças axiais devido ao fluxo radial

O fluxo radial cria forças axiais que comprimem os enrolamentos.

Estas forças provocam os seguintes efeitos:

Deformação Condutores

TENSÃO DE FLEXÃO
F

TENSÃO DE TOMBAMENTO

A distribuição do fluxo de dispersão nos enrolamentos tem forte influência da geometria dos
enrolamentos e da distribuição dos amperes espira.

Fatores como assimetria dos enrolamentos na direção axial provocam fortes resultantes de
forças axiais.

A presença de partes do enrolamento sem corrente, como em enrolamentos com


derivação direta também acarretam aumento nas forças radiais e axiais.

Diversos partes do transformador são dimensionadas considerando estas forças, como por
exemplo:

• Número de calços e varetas nos enrolamentos


• Dureza do condutor para mantê-lo dentro do regime elástico
• Mesa, segmento de prensagem e viga

Além dos efeitos das correntes de curto-circuito nos enrolamentos, deve-se considerar
também seus efeitos nos suportes das ligações.
2.4 COMUTADORES DE DERIVAÇÕES.

O sistema de comutação é utilizado para a regulação de tensão do transformador sendo a


mesma realizada pela variação do número de espiras do primário ou do secundário. Esta
variação do número de espiras pode ser feita com o transformador sem tensão ou em
carga.

Comutador de taps sem tensão (No Load Tap Changer - NLTC)

A comutação de tensão sem tensão de alimentação pode ser feita por meio de um painel de
religação interno ao equipamento ou por um comutador acionado externamente. No
caso de painel de religação, ele é acessível por meio de aberturas de inspeção, e
para realizar a religação o nível de óleo deve ser baixado.

No segundo tipo de comutação sem tensão, a regulação de tensão é realizada por meio
de um acionamento externo. Estes comutadores são compostos basicamente por duas
réguas, uma fixa e outra deslizante montadas no interior do transformador que realizam a
seleção de diferentes Tapes do enrolamento. Esta movimentação é realizada através de
uma manivela instalada externamente ao tanque.
Comutador de Tapes sob carga (On-Load Tap Changer - OLTC)

Um comutador em carga deve realizar a comutação da tensão sem interromper o circuito


durante a comutação entre um tap e outro.
As conexões básicas de ligação de um comutador sob carga são as seguintes:

LINEAR GROSSA-FINA PRÓ-CONTRA

2.5 ELEMENTOS DE ÒXIDO DE ZINCO ( ZNO )

Elemento de proteção do transformador, normalmente instalados em paralelo com os


enrolamentos ou partes dos enrolamentos. O ZNO é uma resistência não linear de óxido de
zinco (Varistor) que possuem uma característica não linear extremamente acentuada e alta
capacidade de absorção de energia.

São por esta razão utilizados na redução das sobretensões provenientes de surtos
atmosféricos e de manobras, normalmente são instalados no interior do transformador, em
conjunto com o comutador de taps para reduzir a possibilidade de descargas internas
provenientes de surtos de tensão.

2.6 BUCHAS CONDENSIVAS

As buchas de um transformador tem a finalidade de realizar a interface de conexão dos


circuitos externos (alimentação e carga) com a parte ativa no interior do transformador
imerso em óleo, são componentes que podem ser construídas de um simples isolador de
porcelana até complexos sistemas híbridos de isolação sólida(celulose), líquida(óleo
isolante) e gasoso(SF6).

O tipo mais comum aplicado em alta tensão são as buchas condensivas, cujo componente
principal é o corpo capacitivo, constituído de sucessivas camadas de isolação e intercaladas
em folhas condutoras isoladas entre si, imersas em óleo isolante. Este sistema de isolação
mostra-se extremamente eficiente, sendo largamente utilizado na maioria dos
transformadores de alta tensão em operação.
Atualmente existem buchas construídas sem óleo, sendo o material isolante impregnado em
resina, as chamadas buchas RIP/RIS, sendo este tipo de bucha menos sensível a umidade
do ambiente.
Literatura

ABB – Transformer Handbook, ABB Business Unit Transformers, Zurich Switzerland 2004.
MARTIGNONI, A. - Transformadores. 1. ed. Porto Alegre: Globo, 1973
OLIVEIRA, J. C. - Transformadores: teoria e ensaios. 1. ed. São Paulo: E. Blüsher, 984-
1990.
K.Karsai, D. Kerényi, L. Kiss – Large Power Transformers. Elsevier 1987
Bean R.L., Chackan Jr N, Moore H.R., Wentz E.C. – Transformers for the Electric Power
Industry, McGraw Hill
Dohnal, Dieter Elec Electric - Power Transformer Engineering, 2. ed. E. James H.
Harlow,New York, s.d.
Kulkarni, S.V.- Transformer Engineering: Design and Practice, E. Marcel Dekker, New
York, 2004.
Heathcot, M. - J & P Transformer book, 20. ed. E. Reed Educational and Professional
Publishing.
Pansini A.J.– Electrical Transformers and Power Equipment, Prentice Hall
Flanagan W.M. – Handbook of Transformer Design and Applications, McGraw Hill

PRINCIPAIS NORMAS.

NBR 5356 – Transformador de Potência - Especificação


NBR 5380 – Transformador de Potência – Ensaios
NBR 5416 – Aplicação de cargas em transformadores de potência
IEEE C57.12.00 – Standard General Requirements for Liquid-Immersed Distribution, Power,
and Regulating Transformers
IEEE C57.12.90 – Standard Test Code for Liquid-Immersed Distribution, Power, and
Regulating Transformers
IEEE C57.91 – Guide for Loading Mineral-Oil-Immersed Transformers
IEC 60076-1 – Power Transformers Part 1: General
IEC 60076-2 – Power Transformers Part 2: Temperature rise
IEC 60076-3 – Power Transformers Part 3: Insulation levels, dielectric tests and external
clearances in air
IEC 60076-4- Power Transformers Part 7: Loading guide for oil-immersed power
transformers

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TREINAMENTO

CRITÉRIOS PARA MANUTENÇÃO EM


TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
TRANSFORMADOR

A) Transdutor de energia elétrica, estático, que transfere energia elétrica sem mudança de
frequência (ref. NBR 5456)

B) Equipamento elétrico estático que, por indução eletromagnética, transforma corrente e


tensão alternada entre dois ou mais enrolamentos, sem mudança de frequências (ref.: NBR
5458)

O equipamento transformador, pode ser dividido em duas partes principais:

• Tanque e acessórios; consistindo no invólucro que protege os componentes internos


do ambiente e os seus respectivos acessórios de controle e proteção.
• Parte ativa; consiste no transformador propriamente dito, é composta pelos
enrolamentos de alta e baixa tensão, ligações, núcleo magnético, comutador de
Tapes, etc.

É na parte ativa que efetivamente ocorre a “transformação” da energia elétrica, através do fluxo
magnético que corre no núcleo de aço-silício, produzida pelas bobinas primárias,
induzindo uma tensão nas bobinas secundárias. Sendo a parte ativa o “coração” do
transformador, é ela quem define o estado de depreciação do equipamento e é nela que deve
ser focada a maioria das atenções nos quesitos de manutenção. O óleo isolante, por ser um
componente com duas funções principais, a primeira como meio dielétrico e a segunda
como elemento refrigerante, é de suma importância para bom funcionamento do transformador,
sendo portanto considerado como componente da parte ativa.

MANUTENÇÃO

Ato ou ação que visa manter um determinado equipamento em operação, bem como corrigir
danos ao equipamento provenientes da ação de agentes externos ao funcionamento do
equipamento, os critérios de manutenção são divididos em:

• Manutenção Preditiva: É o tipo mais usual de manutenção, realizada durante a


operação do equipamento, pelo próprio operador, consistindo-se em avaliar suas
condições de operação e desempenho, no intuito de detectar pequenas variações no
comportamento normal do equipamento. A manutenção preditiva tem como objetivo
a detecção de possíveis anomalias, sem interrupção da operação do transformador
para verificação futura.
• Manutenção Preventiva: É realizada de forma periódica, independente do
equipamento apresentar ou não algum tipo de problema, visa garantir a
funcionabilidade e o menor número possível de interrupções na operação do
equipamento, durante o período entre manutenções pré-estabelecido, nestas
oportunidades devem ser corrigidos os problemas detectados nas manutenções
preditivas, bem como se precaver contra defeitos futuros oriundos do desgaste
natural do equipamento.
• Manutenção Corretiva: Realizada quando o equipamento sai de operação por defeito
próprio, devido a desgaste e ou por ocorrência externa, geralmente ligado ao
ambiente ao qual este está inserido. A corretiva é o tipo de manutenção que mais
atrapalha o processo produtivo, visto que geralmente é ocasionada devido a uma falha
no equipamento e tem como consequente à paralisação da atividade produtiva.

CONCEITO DE VIDA ÚTIL EM TRANSFORMADORES

É definido em função do tempo previsto de durabilidade dos componentes de um


transformador. A vida útil depende de uma série de fatores térmicos, mecânicos, químicos e
elétricos, esses fatores frequentemente se apresentam na forma de elevação de
temperatura, a qual envelhece o material, ou senão, o levam à fadiga mecânica e ao
consequente rompimento e ou pelo menos à deformação dos componentes isolantes, ou seja,
depende em grande parte das condições em que o equipamento opera e das maneiras como ele
consegue dissipar o calor desenvolvido.

Transformadores, d e v i do a s u a c ar a ct er í st ica c on st r ut iv a p r ó p r i a , exigem técnicas


especializadas de manutenção, são geralmente equipamentos de grande porte e de difícil
manejo, tanto pela grande quantidade de óleo isolante existente em seu interior, quanto à
natureza dos materiais que compõem sua parte ativa.

Os óleos minerais utilizados como fluidos isolantes e refrigerantes em transformadores


apresentam muitas informações sobre as condições de operação dos equipamentos que os
contêm e exercem marcada influência sobre a vida útil dos equipamentos.

Toda a atividade de manutenção, com o enfoque voltado aos transformadores de grande porte
precisa ser direcionada de modo que sensibilize o mínimo possível às condições dos materiais
que o compõem internamente, por esse motivo quanto menos ocorrer a exposição da parte ativa
ao meio ambiente, menos haverá a possibilidade de contaminação de seus componentes.
MANUTENÇÃO PREDITIVA APLICADA A TRANSFORMADORES

O conceito de manutenção preditiva, quando aplicado a transformadores, deve ser


interpretado na forma de ações com o intuito de prever defeitos ou ocorrências que possam estar
ou mesmo vir a acontecer internamente ao equipamento sem que estas ações
impliquem na retirada de operação deste. Como vimos, a deterioração do papel isolante é
acelerada pela oxidação do óleo isolante, desta forma quanto menos oxidado estiver o óleo
isolante mais lento será o processo de deterioração da celulose.

Portanto, podemos dizer que a manutenção preditiva em um transformador de potência, é


basicamente o acompanhamento das condições do óleo isolante, este tópico será melhor
detalhado no capítulo sobre óleo isolante.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Em transformadores, a manutenção preventiva implica necessariamente na retirada de


operação do equipamento, esta deve ser preferencialmente direcionada para acompanhar as
paradas de produção de modo a minimizar os custos de paralisação. O enfoque que deve
ser dado a esta intervenção tem caráter de garantir o perfeito funcionamento do
equipamento por mais um período de produção sem interrupções devido a falhas que
poderiam ser detectadas.

Vazamentos são itens de grande importância, pois estes representam a principal porta de
entrada da umidade do ambiente para o interior do transformador, devendo ser corrigidos
sempre que detectados, visando evitar a contaminação da parte ativa e do óleo isolante.

Comissionamento
Procedimento de verificação realizado para ratificar a condição de funcionamento de um
determinado equipamento a fim de que este possa operar normalmente, de acordo com
critérios pré-estabelecidos. Este procedimento possui um caráter investigativo, visando
detectar possíveis defeitos e ou desvios no equipamento, geralmente aplicado nos casos de
manutenção preventiva e pós-corretiva.
Relação de transformação
Relação de transformação é o número puro que representa a constante resultante da razão entre
o número de espiras entre enrolamento primário e secundário , sendo este número também a
constante entre a tensão primária e a tensão secundária do transformador , para medir este
valor em campo é utilizado um aparelho chamado TTR , este ensaio indica se o grupo de
ligação está correto para a tensão especificada ou mesmo defeitos nos enrolamentos.

Resistencia ôhmica dos enrolamentos


A resistência ôhmica dos enrolamentos verifica possíveis pontos de mau contato nos
terminais ou conexões internas ao transformador, bem como curtos circuitos nas bobinas. Para
efetuar este ensaio pode se utilizar vários métodos, o mais usual utiliza uma ponte Kelvin,
mas pode-se optar pelo método da queda de tensão entre terminais que é bastante simples,
porém necessita de certos cuidados devido à alta corrente envolvida.

Resistencia de isolação
A resistência de isolamento verifica a integridade da isolação entre os enrolamentos de AT /BT,
AT / MASSA e BT / MASSA, devem-se evitar a realização deste ensaio em dias com alto índice
de Umidade do Ar, pois estes fatos podem alterar a leitura do aparelho. O aparelho de
medição deve ter uma escala apropriada para a classe de tensão do transformador,
para evitar danos em sua isolação.

Fator de potência do isolamento

É a medição da corrente de fuga em AC, medido dos terminais AT / BT contra o tanque e contra
a massa, mede também as capacitâncias existentes entre os enrolamentos do
transformador, este ensaio também é chamado de Tangente Delta ou Isolação AC.

É especialmente útil para detecção de deficiências no sistema de isolação provocadas por


umidade e ou deterioração excessiva no óleo isolante.

Fator de potência e capacitância das buchas condensivas

As buchas de um transformador têm a finalidade de realizar a interface de conexão dos


circuitos externos (alimentação e carga) com a parte ativa no interior do transformador
imerso em óleo, são componentes que podem ser construídas de um simples isolador de
porcelana até complexos sistemas híbridos de isolação sólida(celulose), líquida(óleo
isolante) e gasoso(SF6).

A forma de se avaliar o estado da isolação é a medição do fator de potência do isolamento e


principalmente a capacitância do seu corpo condensivo.

Teste dos acessórios


• Relê de gás: Simulação de atuação do contato do relê de gás, através do botão de teste
localizado em sua parte superior, e ou o dreno completo deste, estando as suas válvulas
de entrada e saída fechadas.
• Válvula de alívio (se aplicável): Verificação de atuação dos contatos, neste caso não
é possível à simulação real de atuação da válvula.
• Termômetros de temperatura do óleo: Simulação de atuação dos contatos utilizando
uma cuba de aquecimento com temperatura controlada.
• Termômetros de temperatura do enrolamento (imagem térmica): Simulação de
atuação dos contatos utilizando uma cuba de aquecimento e aplicando a corrente
nominal do TC de imagem térmica, conforme protocolo de ensaios do transformador.
• Sistema de ventilação/refrigeração forçada (se aplicável): Simulação de atuação
aquecendo-se a sonda do termômetro até a temperatura de VF1/VF2.

• Critérios para substituição da sílica-gel: Para substituir a sílica-gel deve-se observar a


coloração dos grânulos no visor de vidro localizado no corpo do secador de ar, caso
a sílica apresentar uma coloração rosada, indicando a retenção de umidade, deve-se
proceder a sua troca, da sílica e do óleo da cuba de filtragem, localizada na entrada do
secador de ar.

MANUTENÇÃO CORRETIVA:

É aplicada sempre que ocorrer uma falha no equipamento, esta pode resultar ou não na retirada
do equipamento de operação, pode ser necessária também nos casos em que são detectados
indícios de ocorrências nas análises cromatográficas ou mesmo pelas análises físico-químicas,
em que uma ou mais características do óleo indiquem a necessidade de intervenção no
equipamento.
As medidas corretivas variam de acordo com o tipo de problema encontrado podendo ser
simples e rápidas, como um tratamento termovácuo para redução de umidade, como
podem ser complexas e demoradas, como a substituição de um comutador de tap’s,
devendo ser analisadas caso a caso.

ÓLEO MINERAL ISOLANTE

Os óleos minerais utilizados como fluidos isolantes e refrigerantes em transformadores,


apresentam, dentro da tecnologia atual, informações sobre as condições de operação dos
equipamentos que os contêm, e exercem marcada influência sobre a vida útil máxima a ser
obtida dos mesmos.

Os óleos isolantes minerais sofrem degradação causada por esforços térmicos e elétricos,
gerando produtos de decomposição, que são utilizados para avaliar a ocorrência ou não de
falhas nos transformadores. Reagem com o oxigênio, oxidando-se e formando produtos cujas
características aceleram a degradação dos demais materiais, encurtando a vida útil dos
equipamentos.

A vida útil de um transformador elétrico está diretamente relacionada à vida do isolamento


sólido, ou seja, o papel isolante. Uma vez deteriorado o papel, o reparo necessário poderá
custar quase o mesmo que um equipamento novo.

Os tipos de papeis isolantes utilizados em transformadores são: Papel Kraft e o


Termoestabilizado, ambos de fibra longa que são constituídos basicamente de celulose, um
polissacarídeo cíclico.

A celulose sofre degradação pela ação do calor, gerando monóxido e dióxido de carbono, o que
diminui o seu peso molecular médio, e ainda, o papel sofre hidrólise em meio ácido, o que
também acarreta a diminuição de seu peso molecular médio, deteriorando-o com relação às
suas propriedades elétricas e mecânicas.

Em resumo, a degradação do papel isolante se deve a dois fatores principais: a temperatura e o


ataque químico.
A oxidação do óleo agrava consideravelmente os dois processos acima devido a:

• Formação de compostos ácidos como produtos da degradação termo oxidativa, que sofre
o óleo quando em um transformador em operação, tornando assim o meio ácido.
• Formação de borra proveniente do ataque químico dos ácidos, a qual, deposita-se sobre
os enrolamentos prejudicando a troca de calor entre o cobre e o óleo, causando um
aumento da temperatura.

Este trabalho apresenta, de forma resumida, os processos físico-químicos pelos quais


passam os óleos minerais quando em um transformador em operação, e como sua
compreensão permite obter importantes vantagens do ponto de vista da manutenção, e
ainda processos de recuperação.

ÓLEO ISOLANTE SINTÉTICO

São óleos isolantes de origem sintética, destinados a transformadores que devem ser
instalados em locais onde riscos de explosões e/ou incêndios devem ser minimizados.
Estes óleos devem apresentar características de não-flamabilidade.

• Óleo de silicone: São produtos sintéticos à base de poli-dimetilsiloxano. Apresentam


características de não-flamabilidade bastante próximas às dos óleos minerais de alto
ponto de fulgor, boas características elétricas, excelente estabilidade química e
térmica, e boa compatibilidade com materiais.
• Ascarél: São produtos sintéticos formados pela mistura de bifenilas policloradas
(PCB's) e triclorobenzeno (TCB), na proporção de 40 a 60% de cada componente.
Apresentam grande estabilidade térmica e química, não se inflamando a
temperaturas inferiores a 1200C @ pressão normal, apresentam boas
características isolantes e são incompatíveis com alguns materiais utilizados na
fabricação de transformadores, como algumas borrachas, vernizes e tintas. Sua
utilização na fabricação de transformadores está proibida no Brasil desde 1981,
sendo encontrados em equipamentos em operação de fabricação anterior a este
período.

OBS.: O manuseio e transporte de PCB’s, devem ser realizados obedecendo a cuidados


especiais, sendo estes classificados como materiais de alta toxidade.
MANUTENÇÃO ATRAVÉS DO ÓLEO ISOLANTE

A vida útil do transformador depende da vida do papel isolante, e este por sua vez, depende do
estado de oxidação do óleo isolante.

O óleo isolante mineral também sofre uma degradação térmica, devido aos esforços
térmicos e elétricos, que geram produtos de decomposição, que são utilizados para avaliar a
ocorrência de falhas do sistema elétrico do transformador.

Como vimos, a deterioração do papel isolante é acelerada pela oxidação do óleo isolante, então
quanto menos oxidado estiver o óleo isolante, mais lento será o processo de deterioração
da celulose. A técnica de manutenção preventiva visa acompanhar o grau de deterioração do
óleo, com ensaios físico-químicos básicos e periódicos, podendo então detectar o momento
em que terá início o processo de formação de borra, para poder orientar e tomar medidas que
evitem o envelhecimento prematuro e progressões de falhas que possam resultar em perda
total do equipamento, além de evitar a formação de borra durante toda a vida do transformador.

Os ensaios de rotina propostos são:

• Teor de água.
• Rigidez dielétrica.
• Índice de acidez total (número de neutralização).
• Tensão interfacial;
• Perdas dielétricas.

TEOR DE ÁGUA

É uma medida direta da quantidade de água dissolvida no óleo em miligramas de água por
quilograma de óleo (partes por milhão em peso - ppm).

Este ensaio é realizado em laboratório, e os processos (equipamentos) mais utilizados são:


Karl Fischer e Aquatest.

Teor de umidade acima de 50 ppm no óleo de um transformador, indica que há a


necessidade de ser executado um tratamento para remoção desta umidade imediatamente, pois
se esta atingir níveis maiores, pode ocorrer impregnação da parte ativa do
transformador, que por sua vez requer um sistema de secagem mais caro e demorado.
RIGIDEZ DIELÉTRICA

É a medida da resistência que o óleo isolante apresenta ao impacto elétrico.

É indicado para evidenciar a presença de agentes contaminantes como água, sujeiras, fibras
celulósicas úmidas, partículas metálicas ou condutoras no óleo, podendo haver
concentrações significativas presentes, quando as tensões de ruptura forem baixas.

ÍNDICE DE ACIDEZ TOTAL (NÚMERO DE NEUTRALIZAÇÃO)

É o medido do total de compostos ácido presente no óleo isolante.

O índice de acidez é considerado crítico acima de 0,30 mgKOH/g de óleo, e deste valor em
diante, cresce de modo exponencial sendo necessária a substituição ou a regeneração do óleo.
No óleo novo e em boas condições, obtém-se índice de acidez menor que 0,03 mgKOH/g
de óleo.

TENSÃO INTERFACIAL

É a medida da força necessária para que um anel plano de platina rompa a interface
formada entre água e óleo.

Uma diminuição da tensão interfacial indica a presença de produtos oriundos da


deterioração do óleo, e contaminantes polares solúveis (produtos intermediários de
oxidação).

Para óleo novo deve ser encontrados valores acima de 40 mN/m.

Para óleo em serviço, valores abaixo 20 mN/m já devem ser monitorados em conjunto com os
demais ensaios.

PERDAS DIELÉTRICAS (FATOR DE POTÊNCIA / FATOR DE DISSIPAÇÃO)

É uma medida da tangente do ângulo de fase (ou cosseno de seu complemento), entre
tensão e corrente ao aplicar-se uma diferença de potencial (D.D.P.) pré-determinada a dois
eletrodos entre os quais é colocado o líquido isolante.

Este ensaio é sensível à presença de compostos polares e ainda polarizáveis sob ação de um
campo magnético, ou seja, produtos de oxidação e partículas.
MANUTENÇÃO PREDITIVA

Conforme já foi mencionado, o conjunto isolante óleo e papel são submetidos a esforços
térmicos e elét r icos durante a operação do transformador, e geram produtos de
decomposição que estão diretamente relacionados com a quantidade de energia do
processo.

O óleo mineral isolante possui centenas de cadeias diferentes de hidrocarbonetos. Estas


cadeias, devido a ocorrência dos esforços já citados, decompõem-se em cadeias menores e
mais leves (de menor peso atômico), na forma de gases que ficam dissolvidos no óleo.

O conhecimento da composição dos gases dissolvidos no óleo mineral isolante possibilita a


detecção da existência de falhas, mesmo que esta esteja em seu estado inicial.

O método deste tipo de manutenção consiste na extração dos gases dissolvidos em uma
pequena amostra de óleo do transformador, onde uma parte dos gases extraídos é
analisada por cromatografia em fase gasosa, determinando-se então, sua composição
qualitativa e quantitativamente. Os resultados obtidos são analisados segundo critérios de
diagnósticos pré-estabelecidos, através dos quais pode-se observar a existência de falhas, e
então tomar as providências necessárias de manutenção.

Existem vários critérios de diagnóstico, dentre eles o mais simples é o método do “Gás
Chave”.

O método do “Gás Chave” relaciona o gás que predomina na mistura com a falha que lhe deu
origem, resumidamente apresentado abaixo:

Padrão de falha Gás chave Gases secundários Falha caracteristica

Descoloração do papel isolante, sobrecarga ou


CH4 e C2H4 se a falha
Sobreaquecimento deficiência de refrigeração. Mau contato em
CO2 / CO envolver estruturas isolantes
de condutores ligações internas ou correntes circulantes devido
impregnadas com óleo
a fluxo de dispersão magnética.

CH4 e pequenas
quantidades de H2, C2H6,
Sobreaquecimento traços de C2H2 podem ser Descoloração do metal, isolação celulósica
C2H4
de óleo encontrados se a falha for deteriorada e óleo carbonizado.
severa ou envolver contatos
elétricos
Falha da isolação devido ao stress elétrico,

Descargas CH4 e pequenas fraturas ou bolhas no material isolante.


H2
parciais quantidades de C2H6 e C2H4 Carbonização ou contaminação por umidade e
ou partículas metálicas.

H2 e em menor quantidades Fusão de metais, destruição de isolação sólida


Arco elétrico C2H2
CH4 e C2H4 por carbonização e superaquecimento localizado.

Porém, para uma avaliação segura dos resultados, é necessário o conhecimento das
características do transformador, suas condições de operação e um rigoroso cumprimento de
periodicidade das análises de gases dissolvidos no óleo isolante, a fim de criar-se um histórico
do equipamento, e mantê-lo sempre atualizado.

A periodicidade para realização das análises é indicada pelo Laboratório, pois estas variam de
acordo com os resultados encontrados e suas taxas de evolução, bem como
características e importância do transformador.

Toda sequência de amostragem é sugerida a fim de criar-se um histórico, para um melhor


acompanhamento do transformador em questão.

PROCESSOS DE TRATAMENTO DE RECUPERAÇÃO DE ÓLEO MINERAL ISOLANTE

Dependendo das condições e do estado em que se encontra o óleo isolante, poderá ser
necessária a execução de algum tipo de tratamento de recuperação.

Existem dois tipos de tratamento de recuperação aplicáveis ao óleo isolante:

• O recondicionamento - processos físicos aplicados a óleos contaminados por


umidade, partículas em suspensão, ou agentes externos dissolvidos, excluindo-se o
produto de sua degradação.
• A regeneração - processo químico aplicado a óleos que sofreram deterioração,
contendo assim, ácidos orgânicos, sedimentos, ou borra solúvel e insolúvel.
TRATAMENTO TERMOVÁCUO

Processo eficaz na remoção de umidade, gases, e substâncias voláteis presentes no óleo


isolante. Com a aplicação do vácuo, reduz-se a temperatura de ebulição da água que é
removida na forma de vapor aplicando-se vácuo abaixo de 1 mbar, facilmente obtêm-se
baixas concentrações de água como resultado final, consequentemente há um aumento
significativo de rigidez dielétrica.

Sistema integrado
Tratamento termo vácuo em transformadores
SECAGEM DE TRANSFORMADORES

Como já sabemos, a maior parte da isolação sólida de um transformador é constituída de


materiais de natureza celulósica (papel, papelão, madeira etc.), que têm elevada rigidez
dielétrica desde que estejam secos.

Para equipamentos que apresentam umidade interna, existem vários processos de


secagem que poderão ser utilizados, dependendo do grau de contaminação pela umidade.

O teor de água muito elevado (geralmente acima de 50 ppm), é um indicativo da ocorrência de


impregnação dos materiais celulósicos do transformador por umidade, tornando-se
necessário uma completa secagem da parte ativa.

O processo ideal de secagem entende-se por retirar o equipamento de operação, secar a parte
ativa em uma a ut o c la v e e depois montá-lo novamente, este procedimento deve ser
realizado em fábrica. Porém outros processos tem sido utilizados com eficácia na secagem de
transformadores em campo, esta técnica utiliza ciclos de aquecimento com óleo,
intercaladas com aplicação de vácuo, este processo não apresenta a mesma eficácia do
processo executado em fábrica, mas se demonstra bastante satisfatório para aplicações de
manutenção em campo.

Existem diversas variações deste procedimento, utilizando spray de óleo aquecido,


aplicando-se tensão em baixa frequência nos enrolamentos do transformador, mas o
princípio básico é o mesmo, aplicar calor na parte ativa utilizando o óleo isolante como meio de
transferência de calor, seguido de um período de vácuo, as variações do processo devem
ser estudadas caso a caso, de acordo com as características construtivas de cada
transformador
OXIDAÇÃO DO ÓLEO ISOLANTE

O processo tem início quando o oxigênio dissolvido no óleo, entra em reação com
hidrocarbonetos instáveis e a umidade, formando produtos de oxidação diversos. O óleo
isolante novo possui em sua composição produtos de caráter antioxidante, que são
conhecidos como inibidores naturais, estes compostos são responsáveis por garantir uma
grande estabilidade química e resistência contra a oxidação do óleo, garantindo assim uma
longa vida útil ao transformador

Na figura abaixo são ilustradas as moléculas mais comuns encontradas nos óleos isolantes:
PROCESSOS DE REGENERAÇÃO

Os óleos isolantes usados que irão sofrer processo de regeneração tiveram seus inibidores
naturais parcial ou totalmente consumidos, o tratamento regenerativo pode recuperar as
características do óleo para valores próximas as originais pela remoção de produtos de
oxidação e contaminantes. A regeneração remove a maior parte dos contaminantes
presentes no óleo isolante e o que restar de inibidores naturais, mantendo somente as
moléculas de cadeia longa, para prolongar o período de vida útil após o processo devem ser
adicionados inibidores sintéticos que irão atuar retardando o processo de oxidação natural
do óleo isolante.

O inibidor sintético mais utilizado é o 2,6 Di-terciário Butil para Cresol, comercialmente
chamado de BHT.

Nos processos de regeneração comercialmente oferecidos no mercado brasileiro, o uso de


bauxita ativada é largamente utilizada devido ao baixo custo deste material, porém existe a
necessidade de descarte deste material pois este processo gera uma grande quantidade de
material contaminado. Uma alternativa que vem crescendo nos últimos anos é a
regeneração através de peneira molecular termicamente programada, este material pode ser
reativado várias vezes, porém é susceptível a contaminação por PCB’s (Ascarel) , caso o
equipamento seja utilizado em um transformador contaminado.
As a n á l i s e s , o p i n i õ e s o u i n t e r p r e t a ç õ e s contidas neste
relatório são fundamentadas nas informações e materiais
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qual as amostras foram coletadas. Os resultados dos ensaios
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