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SET 2002 NBR 14205


Acumulador chumbo-ácido
estacionário regulado por válvula –
ABNT - Associação Ensaios
Brasileira de
Normas Técnicas

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NBR 14205 - Stationary valve regulated lead-acid batteries - Test
Copyright © 2002, Descriptor: Battery
ABNT–Associação Brasileira de Esta Norma substitui a NBR 14205:1998
Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Válida a partir de 30.10.2002
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados Palavra-chave: Acumulador 12 páginas

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Aparelhagem
5 Ensaios de tipo
6 Ensaios de rotina
7 Expressão dos resultados

Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa os requisitos exigíveis para a execução dos ensaios em acumuladores chumbo-ácidos estacionários
regulados por válvula, utilizados como fonte de energia elétrica, especificados na NBR 14204.
1.2 Esta Norma define os procedimentos aplicados à realização de ensaios de tipo e de rotina.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 14204:2002 - Acumulador chumbo-ácido estacionário regulado por válvula - Especificação
NBR 14206:1998 - Acumulador chumbo-ácido estacionário regulado por válvula - Terminologia
UL-94:1991 - Underwriters Laboratories - Test for flammability of plastic materials for parts in devices and appliances,
vertical burnning test for classifying 84 V-O or 94 V-2
ASTM E 438:1992 - Standard specification for glasses in laboratory apparatus
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2 NBR 14205:2002

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 14206.

4 Aparelhagem

Para a execução dos ensaios prescritos nesta Norma, devem estar disponíveis, conforme a exigência do ensaio a ser
realizado, no mínimo os instrumentos e equipamentos listados a seguir:

a) voltímetro e amperímetro: com classe de exatidão igual ou melhor que 0,5%, preferencialmente digitais com
resolução mínima de três algarismos significativos na leitura, em escala compatível com os valores a serem medidos.
Se analógicos, a medida deve ser feita sempre no terço superior da escala e a resistência do voltímetro deve ser
superior a 10 kΩ/V;

b) termômetro com ponta para medida em superfície, escala 0°C a 100°C e resolução igual ou melhor que 0,5°C;

c) derivador (shunt) classe de exatidão igual ou melhor que 0,5% de seu valor nominal. Sua corrente nominal deve
estar situada entre 100% e 200% da corrente de ensaio;

d) paquímetro com leitura de 1/20 mm e escala mínima de 150 mm;

e) escala de aço com resolução de 1 mm e comprimento total de 1 000 mm;

f) cronômetro com resolução melhor ou igual a 1 s;

g) vidraria de laboratório (pipetas, balões, béqueres e provetas), com capacidade compatível com o volume a medir
e/ou conter, do tipo classe A da ASTM E 438;

h) equipamentos para análise química com características de resposta compatíveis com os níveis de concentração dos
elementos ou substâncias analisadas e identificação dos materiais poliméricos;

i) balança para conferência da massa dos acumuladores;

j) registrador com escala compatível para ser utilizado com derivador para os regimes dos ensaios a serem realizados;

k) cargas compatíveis com os regimes de descarga a serem realizados e com dispositivo para ajuste fino da corrente;

l) retificador com capacidade compatível com os regimes de carga especificados, devendo ser de tensão constante e
permitir ajuste da limitação de corrente. Deve apresentar regulação estática na tensão de saída melhor ou igual a ± 1%,
ondulação (ripple) em tensão menor que 1% (RMS) da tensão de flutuação e em corrente a 5 A (valor eficaz - RMS)
para cada 100 Ah da capacidade nominal (C10);

m) câmara climática programável que permita no mínimo variação térmica entre 0°C e 50°C, com resolução de 1,0°C;

n) dispositivo composto de gás comprimido, ar ou nitrogênio, filtros para retenção de água e óleo e manômetro de dois
estágios para medir pressão de saída até 50 kPa (0,5 kgf/cm2), com exatidão de ± 0,5 kPa (0,005 kgf/cm2) ou melhor.
A tubulação utilizada deve estar isenta de umidade condensada.

5 Ensaios de tipo

5.1 Seqüência dos ensaios

5.1.1 Para a realização de ensaios de tipo, em função das características próprias de cada ensaio, o número de elementos
a ser utilizado deve atender ao determinado em 5.1.2.

5.1.2 A amostra deve ser composta de 18 elementos ou 15 monoblocos, devendo ser dividida em cinco grupos, da
seguinte forma:

a) grupo 1 - 6 elementos ou 3 monoblocos;

b) grupo 2 - 3 elementos ou 3 monoblocos;

c) grupo 3 - 4 elementos ou 4 monoblocos;

d) grupo 4 - 3 elementos ou 3 monoblocos;

e) grupo 5 - 2 elementos ou 2 monoblocos.

5.1.3 Para efeito dos ensaios elétricos dentro de cada grupo, os elementos dos grupos 1, 2, 3 e 4 devem ser associados
em série. Os elementos do grupo 1 devem ser dispostos em duas filas de três elementos ou arranjo similar para o caso de
monoblocos, de modo a ser utilizada uma interligação entre filas.

5.1.4 Os ensaios a serem realizados nos elementos pertencentes aos grupos 1 a 5 devem obedecer à distribuição e à
seqüência definidas na tabela 1.
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Tabela 1 - Seqüência dos ensaios

Grupos
Distribuição e seqüência de ensaios Subseção
1 2 3 4 5

Inspeção visual X X X X X 5.2

Inspeção dimensional X 5.3

Inspeção visual interna X 5.4

Determinação da capacidade em ampères-hora nas condições nominais X X X X 5.6

Determinação da capacidade em ampères-hora em regime diferente do


X 5.7
nominal (capacidade indicada Ci)

Queda de tensão da interligação X 5.12

Adequação à flutuação X 5.8

Eficiência de recarga X 5.9

Desempenho frente a ciclos de carga e descarga (durabilidade) X 5.11

Retenção de carga (autodescarga) X 5.10

Análise química das ligas metálicas X 5.13

Ensaio de inflamabilidade X 5.15

Perda de capacidade após ensaio mecânico (vibração ou queda) X 5.16

Ensaio de ciclagem térmica X 5.18

Ensaio de estanqueidade X 5.17

Identificação dos materiais poliméricos X 5.14

Revelação de tensões residuais de moldagem dos vasos X 5.19

5.1.5 Os ensaios elétricos devem ser iniciados no máximo três mes es após o fornecimento dos elementos pelo fabricante
e deve ser seguida a seqüência predeterminada, sem prejuízo à continuidade dos ensaios.
5.1.6 Os elementos do grupo 3, após a realização do ensaio de capacidade nas condições nominais, devem ser sepa-
rados em dois grupos, sendo dois elementos ou monoblocos submetidos a ensaio de perda de capacidade após ensaio
mecânico, seguido de ensaio de estanqueidade e outros dois elementos ou monoblocos para ensaio de ciclagem térmica,
seguido de ensaio de estanqueidade.
5.2 Inspeção visual
5.2.1 Verificar se o aspecto geral dos elementos ou monoblocos corresponde ao indicado no manual técnico do fabricante.
5.2.2 Verificar se cada elemento e a placa de identificação da bateria contêm, no mínimo, as informações estabelecidas na
NBR 14204.
5.2.3 Proceder às seguintes verificações:
a) montagem correta dos pólos;
b) havendo furos nos pólos para conexão das interligações através de parafusos, verificar se estes estão localizados de
forma a permitir o perfeito alinhamento das barras de interligação e se são compatíveis com os parafusos a serem
utilizados;
c) se o vaso apresenta-se limpo, uniforme quanto à cor, sem rebarbas, sem trincas ou quebras, sem riscos grosseiros
nas laterais e sem bolhas;
d) se a tampa apresenta-se limpa, uniforme quanto à cor, sem rebarbas, sem trincas ou quebras, sem riscos grosseiros
e sinais de queima;
e) quando da possibilidade de montagem dos elementos fora de módulos metálicos, verificar se o vaso, quando
exposto a uma superfície plana, permanece nivelado;
f) se há uniformidade e continuidade na selagem da junção tampa/vaso;
g) ausência de vazamento de solução em qualquer ponto da junção tampa/vaso, tampa/pólo e tampa/válvula;
h) se o acabamento superficial das interligações, parafusos, porcas, se houver, é compatível e uniforme.
5.2.4 Constatada qualquer não conformidade, o fabricante deve ser notificado quanto à ocorrência, optando pela correção
ou substituição da amostra. Não sendo feita a correção ou substituição da amostra, o ensaio deve ser encerrado.
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5.3 Inspeção dimensional


5.3.1 Conferir as dimensões dos elementos ou monoblocos, antes do início dos ensaios, segundo o indicado no manual
técnico do fabricante, admitindo as seguintes tolerâncias, com relação às dimensões nominais:
a) comprimento, largura, altura (sem pólos) e altura total: ± 2%, limitada em 5 mm;
b) distância entre centros de pólos: ± 2 mm;
c) dimensões dos pólos: ± 1 mm.
5.3.2 Conferir a massa dos elementos de acordo com o indicado no manual técnico do fabricante, sendo que este deve
informar as tolerâncias admissíveis.
5.3.3 Constatada qualquer não conformidade, o fabricante deve ser notificado quanto à ocorrência, optando pela correção
ou substituição da amostra. Não sendo feita a correção ou substituição da amostra, o ensaio deve ser encerrado.
5.4 Inspeção visual interna
5.4.1 Para ensaios de tipo, proceder às seguintes verificações, com o elemento desmontado:
a) se o meio de imobilização do eletrólito está em conformidade com o especificado pelo fabricante;
b) se as soldas de união dos pólos às barras coletoras e destas às placas correspondentes não apresentam trincas e
bolhas nesta região;
c) caso a placa positiva seja do tipo pluritubular, verificar se os tubetes não estão rompidos ou estufados e se não
apresentam esgarçamento e /ou vazamento de material ativo;
d) quando se tratar de placas empastadas, verificar se o empastamento não apresenta falhas, descontinuidades e
diferenças de espessura ao longo da placa, acima do especificado pelo fabricante;
e) verificar a ausência de deformações e/ou abaulamento no conjunto de placas;
f) verificar se na região de vedação tampa/pólo não há indícios de corrosão do pólo positivo;
g) quando da utilização de separadores, verificar se estes não apresentam quebras, trincas e deslocamento ou
dimensões incompatíveis em relação às placas.
5.4.2 Constatada qualquer não conformidade, o fabricante deve ser notificado quanto à ocorrência, optando pela correção
ou substituição da amostra. Não sendo feita a correção ou substituição da amostra, o ensaio deve ser encerrado.
5.5 Preparação para os ensaios elétricos de tipo
5.5.1 O objetivo deste procedimento é a preparação inicial da amostra (tratamento prévio) somente para realização dos
ensaios elétricos de tipo (grupos 1, 2, 3 e 4), de modo que, antes do início dos ensaios constante desta Norma, os
acumuladores apresentem valor estável em sua capacidade.
5.5.2 As amostras devem ser submetidas a no mínimo dois ciclos e no máximo dez ciclos de carga e descarga, de modo a
se obterem dois valores consecutivos de capacidade, iguais ou superiores a 100% de C10, nas mesmas condições e
corrigidos em temperatura conforme equação descrita em 5.6.10, com diferença menor ou igual a 4%. Considera-se como
valor da capacidade obtida a média aritmética das duas últimas determinações.
5.5.3 Proceder à descarga com corrente constante e numericamente igual à capacidade nominal (C10) do elemento
dividida por 10. A descarga é considerada terminada quando qualquer dos elementos atingir 1,75 V. No caso de
monoblocos, 1,75 V vezes o número de elementos do monobloco.
5.5.4 Registrar as medidas de tensão e temperatura de todos os elementos/monoblocos, durante a descarga em no
mínimo 10%, 20%, 50% e 80% da duração esperada da mesma e, em seguida, em intervalos de tempo que permitam
determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,75 V.
5.5.5 Medir a temperatura na superfície externa do elemento ou monobloco, no ponto indicado pelo fabricante, que
corresponda melhor à média da distribuição de temperaturas no interior do elemento/monobloco.
5.5.6 Durante toda a descarga, a temperatura ambiente deve ser mantida entre 20°C e 30°C.
5.5.7 Proceder, em seguida, a uma carga com valores de tensão, limitação de corrente e tempo, conforme recomendação
do fabricante.
5.5.8 Durante a carga, a temperatura das amostras não deve ultrapassar 40°C; caso isto ocorra, a carga deve ser
interrompida e reiniciada após o elemento atingir 30°C.
5.5.9 Após cada carga, antes de ser iniciada outra descarga, os elementos devem ser mantidos em repouso, no mínimo,
por 4 h e no máximo por 24 h, quando não especificado outro período pelo fabricante.
5.5.10 O tratamento prévio de preparação para os ensaios elétricos é considerado concluído quando são alcançados os
resultados determinados em 5.5.2.
5.5.11 Não sendo obtidos os requisitos especificados em 5.5.2, as amostras devem ser substituídas pelo fabricante.
Persistindo o não atendimento aos requisitos especificados, o ensaio de tipo deve ser encerrado.
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5.6 Determinação da capacidade em ampères-hora nas condições nominais

5.6.1 O objetivo deste ensaio é a determinação da capacidade em ampères-hora nas condições nominais da bateria com
qualquer número de elementos.

5.6.2 Para o ensaio de tipo, deve ser obedecida a preparação determinada em 5.5.
5.6.3 A bateria deve estar garantidamente no estado de plena carga, que é obtido procedendo-se a uma carga conforme
5.5.7, observando o disposto em 5.5.8.

5.6.4 Manter a bateria em repouso, conforme 5.5.9, e medir a temperatura dos elementos, observando que para o ensaio
de tipo a bateria deve estar entre 20°C e 30°C.

5.6.5 Para cada seis elementos da bateria deve ser utilizado um elemento para servir de elemento-piloto, para efeito de
acompanhamento da temperatura no decorrer do ensaio. O fabricante deve informar em quais dos elementos ou
monoblocos é mais representativa a monitoração da temperatura, levando em consideração a montagem da bateria.
Adicionalmente, o fabricante deve informar qual o ponto da superfície externa do elemento ou monobloco que corresponde
melhor à média da distribuição de temperaturas no interior do elemento/monobloco. A média aritmética das temperaturas
de todos os elementos adotados como pilotos prevalece como a temperatura da bateria.

5.6.6 Antes de iniciar a descarga, devem ser registrados os seguintes dados:

a) temperatura ambiente;
b) tensão de todos os elementos ou monoblocos em circuito aberto;

c) características do derivador (shunt) a ser utilizado;

d) temperatura do(s) elemento(s)-piloto.

5.6.7 Conectar à bateria uma carga ajustável, em série com um derivador, para a medição da corrente de descarga,
ajustando-a para o valor de corrente definido em 5.6.9.

5.6.8 As leituras de temperatura dos elementos-piloto e leituras da tensão de todos os elementos da bateria durante a
descarga devem ser registradas no mínimo em 10%, 20%, 50% e 80% da sua duração esperada (10 h) e, em seguida, em
intervalos de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,75 V.

5.6.9 Descarregar a bateria, com corrente constante de 0,10C10, mantendo-a dentro de um limite de ± 1%, sendo
permitidas variações de ± 5%, desde que os ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga deve ser interrompida quando
qualquer dos elementos atingir a tensão final de 1,75 V ou, no caso de monoblocos, 1,75 V vezes o número de elementos
do monobloco.

5.6.10 A capacidade obtida nestas condições deve ser corrigida à tem peratura de referência (25°C), utilizando a equação
a seguir:

Ct
C =
25 1 + K(T − 25 )

Onde:
o
C25 é a capacidade corrigida para 25 C;
o
Ct é a capacidade na temperatura T C;

K é o coeficiente de temperatura para a capacidade (0,006 ou outro valor indicado pelo fabricante);

T é a temperatura dos elementos, em graus Celsius, que corresponde à média aritmética das leituras obtidas no
decorrer dos ensaio, conforme 5.6.5.
5.6.11 Para baterias novas, em ensaios de tipo, a capacidade em ampères-hora, corrigida conforme 5.6.10, não deve ser
inferior a 100% da capacidade especificada; caso contrário, a bateria deve ser recusada. O valor da capacidade em
ampères-hora obtido neste ensaio é considerado como a capacidade da bateria no regime nominal.

5.6.12 Após o ensaio, a bateria deve ser recarregada conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

5.7 Determinação da capacidade em ampères-hora em regime diferente do nominal (capacidade indicada Ci)
5.7.1 O objetivo deste ensaio é a determinação da capacidade em ampères-hora da bateria com qualquer número de
elementos em qualquer regime. Para tanto é necessário submetê-los a uma descarga por um período de tempo
determinado em função do regime escolhido.

5.7.2 A bateria ou elemento deve estar garantidamente no estado d e plena carga, o qual pode ser obtido submetendo a
bateria ou elemento a uma carga conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

5.7.3 Manter a bateria em repouso, conforme 5.5.9, e medir a temperatura dos elementos, observando que para os
ensaios de tipo a bateria deve estar entre 20°C e 30°C.
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5.7.4 Para cada seis elementos da bateria deve ser utilizado um elemento para servir de elemento-piloto, para efeito de
acompanhamento da temperatura no decorrer do ensaio. O fabricante deve informar em quais elementos ou monoblocos é
mais representativa a monitoração da temperatura, levando em consideração a montagem da bateria. Adicionalmente, o
fabricante deve informar qual o ponto da superfície externa do elemento ou monobloco que corresponde melhor à média
da distribuição de temperaturas no interior do elemento/monobloco. A média aritmética das temperaturas de todos os
elementos adotados como pilotos prevalece como a temperatura da bateria.

5.7.5 Antes de iniciar a descarga, devem ser registrados os seguintes dados:

a) temperatura ambiente;

b) tensão de todos os elementos ou monoblocos em circuito aberto;

c) características do derivador (shunt) a ser utilizado;


d) temperatura do(s) elemento(s)-piloto.

5.7.6 Conectar à bateria uma carga ajustável em série com um derivador, para a medição da corrente de descarga,
ajustando-a para o valor de corrente definido em 5.7.8.

5.7.7 As leituras de temperatura dos elementos-piloto e leituras da tensão de todos os elementos da bateria durante a
descarga, devem ser registradas no mínimo em 10%, 20%, 50% e 80% da sua duração esperada e, em seguida, em
intervalos de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga.
5.7.8 Descarregar a bateria, com corrente constante numericamente igual a Ci,/t onde t representa o regime de descarga
em horas escolhido, mantendo-a dentro de um limite de ± 1%, sendo permitidas variações de ± 5% desde que os ajustes
não ultrapassem 20 s. A descarga deve ser interrompida quando qualquer dos elementos atingir a tensão final de descarga
especificada ou, no caso de monoblocos, este valor de tensão vezes o número de elementos do monobloco.
5.7.9 A capacidade obtida nestas condições deve ser corrigida à tem peratura de referência (25°C), utilizando a equação a
seguir:

Ct
C =
25 1 + K ( T − 25 )

onde:
o
C25 é a capacidade corrigida para 25 C;
o
Ct é a capacidade na temperatura T C;

K é o coeficiente de temperatura para a capacidade (0,006 ou outro valor indicado pelo fabricante);

T é a temperatura dos elementos, em graus Celsius.

NOTA - Para regimes de descarga até 5 h, inclusive, a temperatura “T” a considerar é a inicial. Para regimes superiores, considerar “T”
como sendo a média das temperaturas no decorrer da descarga.

5.7.10 Para baterias novas, em ensaios de tipo, a capacidade em ampères-hora, corrigida conforme 5.7.9, não deve ser
inferior a 100% da capacidade especificada; caso contrário, a bateria deve ser recusada. O valor da capacidade em
ampères-hora obtido neste ensaio é considerado como a capacidade da bateria no regime indicado.

5.7.11 Após o ensaio, a bateria deve ser recarregada conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

5.8 Adequação à flutuação


5.8.1 O objetivo deste ensaio é avaliar o comportamento dos acumuladores que operam em regime de flutuação quanto à
equalização em tensão e capacidade.

5.8.2 O ensaio deve ser efetuado em elementos que tenham passado pelo ensaio de capacidade nas condições nominais
conforme 5.6.

5.8.3 Os elementos devem estar garantidamente no estado de plena carga, o qual pode ser obtido submetendo os
elementos a uma carga, conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

5.8.4 Aplicar uma tensão de flutuação indicada pelo fabricante, com precisão de ± 0,01 V por elemento. Esse valor não
deve variar durante o ensaio mais que 0,1% do ajustado inicialmente.

5.8.5 Durante todo o ensaio, a temperatura do ambiente deve estar entre 20°C e 30°C, com valor médio de 25°C ± 2°C.

5.8.6 Após três meses do início do ensaio, deve-se verificar a tensão. Neste momento, a tensão de cada elemento não
deve apresentar desvios inferiores a - 0,05 V ou superiores a + 0,10 V em relação à tensão média dos elementos
inicialmente ajustada. Para monoblocos que não permitam a leitura individual dos elementos, os desvios apresentados
devem ser menores que + 0,10 e - 0,05 V em relação à tensão média dos monoblocos, onde n representa o
número de elementos que compõem um monobloco.
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5.8.7 Se na primeira verificação os elementos apresentarem valores dentro dos limites esperados, devem ser mantidos na
tensão de flutuação por mais três meses, ao fim dos quais os valores de tensão devem estar situados dentro dos limites
indicados em 5.8.6.

5.8.8 Se após a primeira verificação os limites forem ultrapassados, deve ser aplicada uma carga conforme instruções do
fabricante. Se os elementos não voltarem a ficar dentro dos limites esperados, os ensaios de tipo devem ser encerrados.

5.8.9 Se restabelecida a equalização na tensão, o ensaio deve continuar, só que prorrogado por três meses, sendo este
momento considerado como o inicial. Se durante os três meses seguintes, entretanto, repetirem-se desvios além dos
limites especificados, o ensaio de tipo deve ser encerrado pelo mesmo motivo indicado anteriormente.

5.8.10 Em seguida, os elementos devem ser descarregados com corrente constante e numericamente igual a 0,1 C10,
conforme procedimento descrito em 5.5.3 a 5.5.5.

5.8.11 A capacidade obtida não deve ser inferior a C10 ; caso contrário, os ensaios de tipo devem ser encerrados.

5.8.12 Após o ensaio, a bateria deve ser recarregada conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

5.9 Eficiência de recarga

5.9.1 Este ensaio pretende avaliar o comportamento do elemento ou monobloco, quanto a sua habilidade de recarga,
quando ele é submetido a uma descarga de longo período.

5.9.2 Os elementos/monoblocos devem estar garantidamente no estado de plena carga. Se necessário, proceder a uma
carga conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

5.9.3 Descarregar os elementos/monoblocos com uma corrente constante numericamente igual a 0,05 C20 A descarga é
considerada terminada quando qualquer dos elementos atingir a tensão final de descarga 1,75 V ou, no caso de
monoblocos, 1,75 V vezes o número de elementos no monobloco. Durante a descarga, a temperatura do ambiente deve
estar entre 20°C e 30°C. A corrente de descarga deve ser mantida constante com variação máxima de 1%, durante toda a
descarga, sendo permitidas variações de 5%, desde que não ultrapassem 20 s.

5.9.4 Em seguida efetuar uma carga na tensão de flutuação e corrente recomendada pelo fabricante por um período
de 24 h.

5.9.5 Logo após interromper a carga, realizar uma descarga conform e procedimento descrito em 5.5.3 a 5.5.5.

5.9.6 A capacidade obtida não deve ser inferior a 90% da nominal; caso contrário, os ensaios de tipo devem ser
encerrados.

5.10 Retenção de carga (autodescarga)

5.10.1 Este ensaio pretende avaliar a autodescarga do acumulador após determinado período em circuito aberto.

5.10.2 Os elementos/monoblocos devem estar garantidamente no estado de plena carga. Se necessário, proceder a uma
carga conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

5.10.3 Manter as superfícies dos elementos/monoblocos limpas e secas, evitando que qualquer agente externo possa
facilitar descargas, além de sua própria autodescarga.

5.10.4 Em seguida, armazenar os elementos/monoblocos por 90 dias em circuito aberto, em lugar seco e com temperatura
média de 25°C ± 2°C, que deve ser monitorada.

5.10.5 Vencido o intervalo de tempo especificado anteriormente, os elementos/monoblocos devem ser descarregados
conforme procedimento descrito em 5.5.3 a 5.5.5.

5.10.6 A perda percentual da capacidade r (autodescarga) é calculada pela equação a seguir:

C10 - C P
r= x 100
C10

Onde:

C10 é a capacidade obtida em regime nominal;

CP é a capacidade obtida na descarga após 90 dias de repouso.

O valor de r deve ser menor ou igual a 28%; caso contrário, os ensaios de tipo devem ser encerrados.

5.10.7 Após o término do ensaio, os elementos/monoblocos devem s er recarregados conforme 5.5.7, observando-se o
disposto em 5.5.8.
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5.11 Desempenho frente a ciclos de carga e descarga (durabilidade)

5.11.1 Este ensaio pretende determinar quantos ciclos de carga/descarga, nas condições de ensaio, o acumulador pode
suportar.

5.11.2 Os elementos/monoblocos devem ser conectados a um dispositivo automático, onde devem ser submetidos a uma
série de ciclos contínuos de carga e descarga, sendo 21 h em carga com 2,40 V ± 0,01 V por elemento, ou outro valor
especificado pelo fabricante, e descarga com corrente média de 2,0 vezes 0,1C10, por 3 h, ou até que qualquer dos
elementos atinja a tensão final de descarga de 1,75 V ou, no caso de monoblocos, 1,75 V vezes o número de elementos
do monobloco.

5.11.3 A corrente no início da carga deve ser limitada a 0,2 C10.

5.11.4 Durante o ensaio devem ser observados os limites de variação da temperatura e da corrente de descarga
estabelecidos em 5.5.6 e 5.6.9.
5.11.5 A cada 50 ciclos ± 3 ciclos deve ser reavaliada a capacidade em regime nominal (C10), segundo o método definido
em 5.6.3 a 5.6.12.

5.11.6 Os ensaios de tipo devem ser encerrados se a capacidade obtida for inferior a 80% da nominal (C10), antes de
atingir o número mínimo de 200 ciclos para os grupos de alta integridade e alto desempenho, 150 para o grupo de uso
geral e 50 ciclos para o padrão comercial.

5.11.7 Após o término do ensaio, os elementos/monoblocos devem s er recarregados conforme 5.5.7, observando-se o
disposto em 5.5.8.

5.12 Queda de tensão da interligação

5.12.1 Este ensaio visa avaliar o dimensionamento e a queda de tensão nas interligações entre elementos adjacentes da
mesma fila e entre filas da mesma estante.

5.12.2 Estando os elementos montados em série, aplicar a corrente correspondente ao regime de descarga especificado
na tabela 5 da NBR 14204:2002. Decorridos 15 min a 30 min, efetuar a medição da tensão existente nas interligações nos
pontos P indicados na figura 1.

Figura 1 - Barra de interligação

5.13 Análise química das ligas metálicas

5.13.1 A análise química das ligas metálicas tem por objetivo verificar a composição dos pólos, barras coletoras, grades e
buchas, de modo a atender ao estabelecido na NBR 14204.
5.13.2 As amostras devem ser retiradas do material e analisadas cuidadosamente, na forma de aparas de broca, de modo
a compor uma amostra representativa da liga.

5.13.3 Devem ser eleitos, a critério do laboratório e em comum acordo com o fabricante, métodos analíticos compatíveis
com a exatidão e precisão necessárias à determinação dos elementos químicos nas ligas.

5.14 Identificação dos materiais poliméricos

5.14.1 A identificação dos materiais plásticos tem como objetivo verificar os componentes poliméricos dos materiais
constituintes do vaso, tampa, separadores, envelopes, calços laterais, válvulas e do selante, de modo a atender aos
requisitos da NBR 14204.
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NBR 14205:2002 9

5.14.2 Retirar as amostras de cada um dos materiais e processá-los com o método de preparação a ser empregado na
identificação, tais como: solubilização, pirólise ou extração.

5.14.3 Empregar método analítico compatível, em resolução e ausência de interferências como, por exemplo,
espectrofotometria de absorção no infravermelho, para a identificação dos materiais poliméricos.
5.15 Ensaio de inflamabilidade

5.15.1 Este ensaio tem como objetivo avaliar as características de auto-extinção em relação a chama dos materiais
poliméricos constituintes da tampa e do vaso.

5.15.2 O procedimento de ensaio adotado é aquele indicado no método de ensaio padrão da UL-94.

5.15.3 Os materiais poliméricos devem apresentar características de auto-extinção em relação à chama grau V-0; caso
contrário, os ensaios de tipo devem ser encerrados.
5.16 Perda de capacidade após ensaio mecânico (vibração ou queda)
5.16.1 O objetivo deste ensaio é o de avaliar a perda de capacidade do elemento/monobloco após o ensaio mecânico.
Para tanto é necessário submeter o elemento a uma descarga por um período de tempo de 5 min antes e depois do ensaio
mecânico.

5.16.2 O elemento/monobloco deve estar garantidamente no estado de plena carga, o qual pode ser obtido submetendo-o
a uma carga conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.
5.16.3 Manter o elemento/monobloco em repouso, conforme 5.5.9, e medir, em seguida, sua temperatura, observando-se
que para ensaio de tipo ela deve estar entre 20°C e 30°C.

5.16.4 No decorrer do ensaio a temperatura do elemento/monobloco deve ser monitorada. O fabricante deve informar qual
o ponto da superfície externa do elemento ou monobloco corresponde melhor à média da distribuição de temperaturas no
interior do elemento/monobloco.

5.16.5 Antes de iniciar a descarga, devem ser registrados os seguintes dados:


a) temperatura ambiente;
b) tensão do elemento ou monobloco em circuito aberto;

c) características do derivador (shunt) a ser utilizado;

d) temperatura do elemento/monobloco.

5.16.6 Conectar ao elemento/monobloco uma carga ajustável em série com um derivador, para a medição da corrente de
descarga, ajustando-a para o valor de corrente definido em 5.16.8.
5.16.7 As leituras de temperatura e tensão do elemento/monobloco durante a descarga devem ser registradas no mínimo
em 10%, 20%, 50% e 80% da duração esperada da mesma e, em seguida, em intervalos de tempo que permitam
determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga.

5.16.8 Descarregar o elemento/monobloco, com corrente constante correspondente ao tempo de descarga de 5 min
definida pelo fabricante, mantendo-a dentro de um limite de ± 1% no decorrer de toda a descarga. A descarga deve ser
interrompida quando for atingida a tensão final de descarga de 1,75 V ou, no caso de monobloco, este valor de tensão
vezes o número de elementos do monobloco.

5.16.9 A capacidade obtida nestas condições deve ser corrigida à tem peratura de referência (25°C), utilizando a equação
a seguir:

Ct
C =
25 1 + K ( T − 25 )

Onde:

C25 é a capacidade corrigida para 25°C;


o
Ct é a capacidade na temperatura T C;
K é o coeficiente de temperatura para a capacidade (0,006 ou outro valor indicado pelo fabricante);

T é a temperatura inicial do elemento/monobloco, em graus Celsius.

5.16.10 O valor da capacidade obtida, em ampères-hora, deve ser registrado (C1). Este valor deve ser maior ou igual a
100% da capacidade especificada pelo fabricante.

5.16.11 Após a descarga, o elemento/monobloco deve ser recarregado conforme 5.5.7, observando-se o disposto em
5.5.8.
Cópia não autorizada
10 NBR 14205:2002

5.16.12 Em seguida submeter o elemento/monobloco ao ensaio mecânico, que pode ser realizado por um dos seguintes
métodos:

a) vibração: executar o ensaio no plano vertical, submetendo o elemento/monobloco a 1 000 vibrações contínuas de
6 ms de duração a 245 m/s2 (25 g);
b) queda livre: para elementos/monoblocos com massa até 50 kg, a altura de queda deve ser de 100 mm. Para os
elementos com massa entre 50 kg e 100 kg, a altura de queda deve ser de 50 mm e de 100 kg a 250 kg a altura de
queda deve ser de 25 mm. Deixar o elemento/monobloco cair duas vezes sobre sua base em um piso sólido.

5.16.13 O elemento/monobloco após ter sido submetido ao ensaio mecânico e não ter sido observada nenhuma
anormalidade, deve ser submetido a novo ensaio de capacidade em regime de 5 min, conforme 5.16.2 a 5.16.9. O valor da
capacidade em ampères-hora obtida deve ser registrado (C2).
5.16.14 Calcular a perda de capacidade PC ocorrida, conforme equação a seguir, a qual não deve ser superior a 10%;
caso contrário, os ensaios de tipo devem ser encerrados.

C1 − C 2
PC = × 100
C1

5.17 Ensaio de estanqueidade

5.17.1 O objetivo deste ensaio é avaliar a integridade do sistema de vedação.

5.17.2 Este ensaio deve ser realizado no elemento que foi aprovado no ensaio de perda de capacidade após ensaio
mecânico, conforme 5.16.
5.17.3 Para realização deste ensaio, devem ser adotados inicialment e os procedimentos indicados em 5.17.3.1 a 5.17.3.3.

5.17.3.1 Retirar as válvulas dos elementos/monoblocos.

5.17.3.2 Adaptar o dispositivo discriminado em 4.1-n) no mesmo local da válvula retirada e submeter todos os
elementos/monoblocos da amostra a uma pressão positiva de 30 kPa durante 5 min.

5.17.3.3 O elemento/monobloco não deve apresentar vazamento; caso contrário, os ensaios de tipo devem ser
encerrados.
5.18 Ensaio de ciclagem térmica

5.18.1 O objetivo deste ensaio é o de avaliar a integridade do sistem a de vedação dos elementos/monoblocos, quando
submetidos a variações térmicas.

5.18.2 Submeter os outros dois elementos/monoblocos da amostra a 120 ciclos térmicos, onde cada ciclo consiste de 12 h
a uma temperatura de 0°C e 12 h a uma temperatura de 50°C.

5.18.3 Após cada 30 ciclos, proceder conforme indicado em 5.17.3.


5.18.4 Os elementos/monoblocos não devem apresentar vazamento; caso contrário, os ensaios de tipo devem ser
encerrados.

5.19 Revelação de tensões residuais de moldagem dos vasos e tampa

5.19.1 Este ensaio visa revelar tensões residuais de moldagem do vaso e tampa, de modo a avaliar a sua integridade
física.

5.19.2 Preparar uma solução reveladora de tensões residuais de moldagem, compatível com o polímero constituinte do
vaso e tampa, empregando-se medidas volumétricas em quantidades adequadas para a realização do ensaio.

5.19.3 Limpar o vaso e a tampa mecanicamente, sem utilização de qualquer tipo de produto químico.

5.19.4 Imergir o vaso e a tampa em recipiente adequado, contendo a solução especificada em 5.19.2 ou colocá-la dentro
do vaso, até no mínimo 1/3 de altura, durante o tempo necessário.

5.19.5 Após o tempo de contato, lavar o vaso e a tampa em água corrente e analisá-los a olho nu.

5.19.6 No vaso e na tampa não devem aparecer microtrincas ou rachaduras; caso contrário, os ensaios de tipo devem ser
encerrados.

6 Ensaios de rotina

6.1 Inspeção visual


Proceder às verificações descritas em 5.2.

6.2 Inspeção dimensional


Proceder às verificações descritas em 5.3.
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NBR 14205:2002 11

6.3 Determinação da capacidade nominal ou indicada em ampéres-hora

6.3.1 O objetivo deste ensaio é a determinação da capacidade em ampères-hora da bateria com qualquer número de
elementos em qualquer regime. Para tanto, é necessário submetê-los a uma descarga por um período de tempo
determinado em função do regime escolhido.

6.3.2 A bateria ou elemento deve estar garantidamente no estado d e plena carga, o qual pode ser obtido submetendo a
bateria ou elemento a uma carga conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

6.3.3 Manter a bateria em repouso, conforme 5.5.9, e medir a temperatura de pelo menos um elemento, a qual
corresponde à temperatura inicial da bateria.

6.3.4 O elemento selecionado para a medição de temperatura inicial serve como elemento-piloto, para efeito de
acompanhamento da temperatura no decorrer do ensaio. O fabricante deve informar qual o ponto da superfície externa do
elemento ou monobloco que corresponde melhor à média da distribuição de temperaturas no interior do
elemento/monobloco. No caso de selecionado mais de um elemento piloto, a média aritmética das temperaturas dos
elementos adotados como pilotos prevalece como a temperatura da bateria.

6.3.5 Antes de iniciar a descarga, devem ser registrados os seguintes dados:

a) temperatura ambiente;

b) tensão de todos os elementos ou monoblocos em circuito aberto;

c) características do derivador (shunt) a ser utilizado;

d) temperatura do(s) elemento(s)-piloto.

6.3.6 Conectar à bateria uma carga ajustável em série com um derivador, para a medição da corrente de descarga,
ajustando-a para o valor de corrente definido em 6.3.8.

6.3.7 As leituras de temperatura dos elementos pilotos e leituras da tensão de todos os elementos da bateria durante a
descarga devem ser registradas no mínimo em 10%, 25%, 50% e 75% da duração esperada da mesma e, em seguida, em
intervalos menores de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga da bateria:

V final = n x VPE

onde:

V final corresponde à tensão final total da bateria;

n corresponde ao número de elementos que compõem a bateria;

VPE corresponde à tensão final de descarga por elemento especificada em função do regime de descarga escolhido.

6.3.8 Descarregar a bateria, com corrente constante com valor conforme especificação do fabricante para o regime de
descarga em horas escolhido, mantendo-a dentro de um limite de ± 1%, sendo permitidas variações de ± 5% desde que os
ajustes não ultrapassem 20 s. A descarga deve ser interrompida quando a tensão final da bateria (V final) atingir o valor
calculado em 6.3.7 ou quando a descarga atingir o tempo especificado, devendo prevalecer aquele que primeiro for
alcançado.

6.3.9 A capacidade obtida nestas condições deve ser corrigida para a temperatura de referência (25°C), utilizando-se a
equação a seguir:

Ct
C =
25 1 + K ( T − 25 )

Onde:

C25 é a capacidade corrigida para 25°C;

Ct é a capacidade na temperatura T°C;

K é o coeficiente de temperatura para a capacidade (0,006 ou outro valor indicado pelo fabricante);

T é a temperatura dos elementos, em graus Celsius.

NOTA - Para regimes de descarga até 5 h, inclusive, a temperatura T a considerar é a inicial. Para regimes superiores, considerar T como
sendo a média das temperaturas no decorrer da descarga.
Cópia não autorizada
12 NBR 14205:2002

6.3.10 Caso um ou mais elementos apresentem no decorrer da descarga valor de tensão menor que 92% em relação à
tensão final de descarga especificada por elemento (VPE), mesmo tendo sido atendida a condição prevista em 6.3.8,
esses elementos devem ser considerados tecnicamente reprovados na temperatura T.

6.3.11 A bateria deve ser considerada aprovada se atingir a tensão final (V final) no tempo especificado. Para ensaios de
aceitação em baterias novas, a capacidade em ampères-hora obtida, corrigida conforme 6.3.9, não deve ser inferior aos
valores abaixo:

a) 100% para baterias classificadas como alta integridade;

b) 95% para demais tipos.

6.3.12 Após o ensaio, a bateria deve ser recarregada conforme 5.5.7, observando-se o disposto em 5.5.8.

7 Resultados
O acumulador é considerado aprovado se, após ser submetido aos ensaios previstos nesta Norma, apresentar resultados
em conformidade com a mesma e com o especificado na NBR 14204.

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