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Luso (mitologia)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Luso é o suposto filho ou companheiro de Baco, o
deus romano do vinho e do furor, a quem a
mitologia romana terá atribuído a fundação da “
Lusitânia, as actuais terras de Portugal e da
Estremadura espanhola. 2
Este que vês é Luso, donde a
História
fama
Com a conquista da Península Ibérica pelo O nosso Reino Lusitânia
Império Romano, a região da Lusitânia foi
convertida numa província romana, chama.
correspondendo aproximadamente à área actual
de Portugal a sul do rio Douro e à província
espanhola da Estremadura. 3
"Foi filho e companheiro do
Tebano,
Que tão diversas partes
conquistou;
Parece vindo ter ao ninho
Hispano
Seguindo as armas, que
contino usou;
Do Douro o Guadiana o
campo ufano,
Capa de Naturalis Historia Já dito Elísio, tanto o
de Plínio, o Velho, a obra
que terá involuntariamente contentou,
sido a origem do
personagem mitológico Que ali quis dar aos já
Luso
cansados ossos
Eterna sepultura, e nome aos
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Isto teria sido lido por André de Resende como «(...) o nome "Lusitânia" deriva de Luso do Padre
(mestre ou pai) Baco (...)», e portanto foi interpretado que Luso seria um companheiro ou um filho
do furioso deus. É esta a leitura que se vê na estrofe 21 do Canto III d'Os Lusíadas de Camões.
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Existe também a probabilidade, mais plausível, de que o deus Luso seja resultado da interpretatio
romana e que o verdadeiro deus venerado pelos lusitanos seria o deus celta Lugh, posteriormente
transformado em Luso pelos romanos.
Em Portugal
Na obra Os Lusíadas de Luís de Camões (impressa em 1572),
Luso foi o progenitor da tribo dos lusitanos e o fundador da
Lusitânia [3]. Os portugueses do século XVI buscaram olhar para
o passado anterior ao domínio mouro e visigodo para encontrar
as origens da nacionalidade. Os visigodos também não seriam os
antepassados ideais, devido ao arianismo herético que
professavam. Assim olhou-se para a mais alta cultura de Roma,
origem de um catolicismo puro, e para o povo que habitava o
território de Portugal antes e durante o domínio deste império.
Luso, gravura numa edição
d'Os Lusíadas de 1880.
Ver também
Mitologia lusitana
Referências
1. Naturalis Historia, Plínio, o Velho (eds. John Bostock, M.D., F.R.S., H.T. Riley, Esq., B.A.) (htt
p://perseus.mpiwg-berlin.mpg.de/cgi-bin/ptext?doc=Perseus%3Atext%3A1999.02.0137&layout
=&loc=3.3) Arquivado em (https://web.archive.org/web/20090516030307/http://perseus.mpiwg-
berlin.mpg.de/cgi-bin/ptext?doc=Perseus%3Atext%3A1999.02.0137&layout=&loc=3.3) 16 de
maio de 2009, no Wayback Machine. (em inglês)
2. Lorenzo Hervás, Catálogo de las lenguas de las naciones conocidas, vol. IV, parte II, 1804, p.
106 (http://books.google.com/books?id=hxMSAAAAIAAJ&pg=PA106&lpg=PA106&dq=plutarco
+Sostenes&source=web&ots=DEMwWsiwAd&sig=HtA3hUQcil-AtOqrdr0H8KcGr-A)
3. Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões (estrofe 22 do Canto III e estrofes 2 a 4 do Canto VIII) (em
português)
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