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Secretaria do Estado da Educação de

Santa Catarina - SED SC


Diretoria de Ensino - DIEN
Gerência de Modalidades e
Diversidades Curriculares - GEMDI

CADERNO
PEDAGÓGICO

Projeto
SEGUE O FLUXO!
Absorva essa ideia.
Tema
Ciclo Menstrual, Dignidade
e Pobreza Menstrual

Florianópolis
Santa Catarina
2022

1
Vá devagar.
Fique calma.
Não se preocupe.
Não se apresse.
Apenas siga o fluxo!

Autora desconhecida

2
Governador do Estado de Santa Catarina
Carlos Moisés da Silva

Vice-Governadora
Daniela Cristina Reinehr

Secretário de Estado da Educação


Vitor Fungaro Balthazar

Secretária Adjunta
Maria Tereza Paulo Hermes Cobra

Diretora de Ensino
Letícia Vieira

Gerente de Modalidades e Diversidades Curriculares


Beatris Clair Andrade

EQUIPE TÉCNICA MULTIPROFISSIONAL DE ELABORAÇÃO

Coordenação Geral
Fernanda Zimmermann Forster

Organizadoras/es
Cleusa Matiola Petrovcic
Daniel Dall’Igna Ecker
Débora Ruviaro
Diogo Fiorello Foppa
Fabíolla Carpes Krämer
Fernanda Zimmermann Forster
Flávia de Brito Souza Garcia

Revisão Ortográfica
Luciane Savina Fontana Ricciardi

Arte e Formatação
Ezcuzê Propaganda
sumário 1 APRESENTAÇÃO

2 INTRODUÇÃO AO TEMA
5

3 EIXOS TEMÁTICOS 10
3.1 Ciclo menstrual 11
3.2 Pobreza menstrual 14
3.3 Dignidade menstrual 18

4 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS 21
4.1 Menstruar é natural 22
4.2 Menstruar não é impossibilitar 25
4.3 Dignidade menstrual 26
4.4 Conhecendo o ciclo menstrual 27

5 MARCOS LÓGICOS E LEGAIS 28

6 TIRA DÚVIDAS 36

7 GLOSSÁRIO 39

8 UTILIZANDO A HASHTAG
#SEGUEOFLUXOSC 41

9 PARA BOAS PRÁTICAS:


Materiais complementares
de consulta e apoio 42
apresentação Prezadas/os
Educadoras/es,

Este Caderno Pedagógico é fruto do projeto


homônimo, “SEGUE O FLUXO! Absorva essa
ideia”, construído pela equipe técnica de Educação
em Direitos Humanos e Diversidade da Gerência
de Modalidades e Diversidades Curriculares da
Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina
(SED SC).

O projeto surgiu como proposta pedagógica para


abarcar e subsidiar as políticas de Estado, no âmbito
da educação, relativas ao combate à pobreza
menstrual, à promoção do bem-estar e da saúde
de estudantes de baixa renda e à redução da evasão
escolar, principalmente, no que tange a publicação
da Lei nº 18.308/2021, a qual “institui o programa de
distribuição gratuita de absorventes higiênicos para
as estudantes de baixa renda em ciclo menstrual
matriculadas na rede pública estadual de ensino”
(SANTA CATARINA, 2021).

O referido projeto possui, como objetivo geral,


“promover ações pedagógicas, com toda a
comunidade escolar, que tratem sobre os temas
atinentes ao ciclo menstrual, dignidade e pobreza
menstrual, compreendendo a menstruação
enquanto processo humano natural”. Um dos
objetivos específicos aponta para a necessidade
da elaboração de material orientativo que
apresente propostas de ações pedagógicas a serem
implantadas nas Unidades Escolares (UEs) sobre
os temas. A partir desse objetivo, surgiu
o Caderno Pedagógico.

5
Este traz como proposição oferecer subsídios

apresentação teóricos e técnicos para formulação de intervenções


pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento
de habilidades para compreensão dos processos
relacionados à menstruação, com capacidade
reflexiva e crítica sobre a realidade que se apresenta.
Nesse escopo, reflexões, propostas e sugestões de
atividades sobre a temática da menstruação serão
apresentadas ao longo do caderno para que sirvam
de guia ou inspiração de ações a serem realizadas
por vocês, professores/as, junto aos/às estudantes
da rede pública estadual de ensino.

A temática pode ser trabalhada de forma


interdisciplinar em diversos momentos do percurso
formativo dos/as estudantes, associada aos objetos
do conhecimento que integram o Currículo
Base do Território Catarinense. É sugerido, ainda,
articular parcerias com a rede intersetorial (saúde,
assistência social, universidades e outras) para
o desenvolvimento de ações, palestras, rodas de
conversa e demais atividades pedagógicas.

O caderno é dividido em seções: Introdução ao


Tema, Marcos Lógicos e Legais, Glossário, dentre
outras. Aqui, atentemos para o fato de que não só a
seção Atividades Pedagógicas (na qual encontram-
se propostas estruturadas de atividades), mas todo
o material foi planejado e escrito para servir de
inspiração para trabalhar o assunto.

Vejamos alguns exemplos: é possível propor a


realização de uma redação tendo como texto base
a Introdução ao Tema ou, ainda, os Marcos Lógicos
e Legais. A seção Tira Dúvidas pode suscitar uma
rodada de sorteio de dúvidas anônimas a serem
respondidas pelo/a professor/a de Ciências e Biologia.
O Glossário apresentado pode gerar uma tarefa para
que os/as estudantes pesquisem na internet outras

6
informações sobre o tema. O Glossário também rende

apresentação
uma boa aula de língua portuguesa. E assim por diante.

Sabemos que abordar esse tema não é tarefa


simples, porém, faz-se cada vez mais necessário
o diálogo aberto com toda a sociedade sobre
assuntos como ciclo menstrual, dignidade e pobreza
menstrual. Foi-se o tempo em que o tema fazia parte
exclusivamente da vida íntima das mulheres. A partir
do avanço do debate político e social em torno da
menstruação, já é possível afirmar que o assunto é da
sociedade como um todo e não somente das pessoas
que menstruam.

A menstruação é um processo natural do corpo


humano e deve ser encarada como tal. Vivenciar esse
momento com dignidade menstrual, principalmente
para as meninas que estão iniciando seu ciclo,
compreende tanto o acesso à educação de qualidade
e informações úteis sobre o assunto, quanto insumos e
produtos de higiene menstrual. Dignidade menstrual
deve ser entendida como Direito Humano básico.

#
Um forte abraço e

SEGUEO
FLUXOSC
Equipe Técnica Multiprofissional
Coordenação de Educação
em Direitos Humanos e Diversidade
Secretaria de Estado da
Educação de Santa Catarina
Diretoria de Ensino
Gerência de Modalidades
e Diversidades Curriculares

7
INTRODUÇÃO
AO TEMA
As Unidades Escolares assumem papel importante na vida
dos/as estudantes, principalmente com relação à educação
e ao desenvolvimento. A exemplo do tema deste
caderno, cabe também à escola o papel educativo
relacionado a temáticas que, por vezes, são tidas
como tabus e acabam por não serem discutidas
em outros espaços.

Como já foi dito, falar sobre menstruação


não é tarefa fácil. Apesar de fazer parte do
cotidiano de milhões de pessoas ao redor do
mundo, o tema ainda é envolto por mitos e
tabus na maioria das culturas e pouco abordado
- ou completamente ignorado - na educação
formal de crianças e adolescentes. Tornar invisível
um processo biológico natural contribui para atitudes
que acabam sendo danosas para toda a sociedade, em
especial para quem menstrua.

Trabalhar a temática da menstruação no âmbito da


educação diz respeito a contribuir para a promoção
da saúde, dos direitos sexuais e reprodutivos, da
equidade de gênero, da autonomia corporal e, de
forma geral, da garantia dos Direitos Humanos.

No ambiente escolar, a disseminação dos mitos e a perpetração de ta-


bus desencadeiam processos que podem expor crianças e adolescen-
tes e, consequentemente, restringir a participação em atividades es-
portivas, limitar as brincadeiras, jogos, convivência e a socialização com
seus pares, entre outras atividades importantes para a aprendizagem e
o desenvolvimento.

8
Entende-se como importante a de aumentar o poder sobre seus
educação menstrual também para corpos e até mesmo buscar aces-
pessoas que não menstruam, já so a diferentes produtos, insumos
que a desinformação - inclusive e informações, a fim de garantir
de pessoas adultas - sobre a sua saúde menstrual.
menstruação é notória. Criando-
se uma cultura no ambiente
escolar no qual o tema circule
de forma naturalizada, inclusive
A educação
entre crianças, adolescentes e menstrual deve
professores que não menstruam, ser entendida
toda a comunidade escolar se como parte da
beneficiará. educação integral
em sexualidade,
Por vezes, a primeira menstruação
acontece quando não está presen-
te uma pessoa que já vivenciou isso,
o que pode produzir sentimen-
tos de desconforto na pessoa que
menstrua, caso essa não receba o não apenas com o enfoque para
suporte e as informações adequa- prevenção à gravidez não inten-
das. Dessa forma, é fundamental cional, mas sim contemplando
que todos/as estejam informados/ aspectos sociais, psicológicos e
as para que não pratiquem discri- educacionais, em um modelo so-
minação, não disseminem ações ciopsicopedagógico da educação,
vexatórias se houver, por exemplo, para compreensão do próprio cor-
vazamento do sangue menstrual po nos processos de aprendiza-
e que, especialmente os respon- gem. Além disso, pode ser enten-
sáveis, possam auxiliar respeitosa- dido como uma ferramenta para
mente nesse momento. que as pessoas que menstruam
conheçam seu ciclo e que isso
Ao fornecer noções sobre o funcio-
produza promoção de bem-estar.
namento do corpo e entendimen-
Esse conhecimento deve levar a
tos básicos do ciclo menstrual, a
superar mitos de inferioridade fe-
educação menstrual possibilita a
minina que apontam a menstrua-
diminuição do constrangimento e
ção como algo sujo e indigno. É
do estresse nas pessoas que mens-
fundamental, também, que tenha-
truam, tornando-as mais capazes
mos educação menstrual apro-
priada para cada idade.

9
Concomitante ao processo de educação menstrual, é importante a ampla
discussão de questões estritamente ligadas ao assunto, tais como dignidade
e pobreza menstrual. Conceitos esses que, sistematicamente, foram e,
em grande parte, continuam sendo negligenciados nas discussões pela
sociedade como um todo, mas que são uma realidade que bate à porta de
milhões de pessoas todos os dias.

EIXOS
TEMÁTICOS
São muitas as questões envolvidas a
partir do momento em que uma
pessoa menstrua pela primeira vez.
Quando falamos em “temática da
menstruação”, não estamos nos
referindo apenas ao período do Ciclo
fluxo menstrual, mas também
aos inúmeros fenômenos
menstrual
que estão intimamente
relacionados a tal ato.

Neste caderno, optamos


por trabalhar com Pobreza
três eixos, que
não esgotam o
menstrual
tema, mas que
apresentam certa
urgência em sua

Dignidade
abordagem e
como pauta da
educação.
menstrual

10
Ciclo
menstrual
O ciclo menstrual é um processo biológico natural e compreende um
intervalo de tempo, em média, de 28 dias, que corresponde ao período
entre o primeiro dia da menstruação e a menstruação seguinte.

De modo geral, o ciclo menstrual inicia entre o fim da infância e o início


da adolescência, apresentando grande variação, e se encerra entre os
45 e 55 anos — período este chamado de menopausa. Pode acontecer
de algumas mulheres pararem de menstruar antes dos 40 anos, o que
é chamado de menopausa precoce. A grosso modo, a menopausa
representa o cessar da menstruação.

É no período do ciclo menstrual que ocorrem variações nos níveis dos


hormônios estrogênio e progesterona, as quais resultam na alteração
do endométrio, tecido que reveste internamente o útero, fazendo com
que o corpo esteja preparado para uma gestação. Nesse processo,
receptores hormonais existentes em outros órgãos geram alterações
em seus funcionamentos, o que pode resultar em sintomas que variam
dependendo de cada fase do ciclo.

Para elucidar o período do ciclo menstrual, é


importante destacar que esse é dividido
em três principais fases: fase folicular —
começa no primeiro dia de sangramento,
que é também o primeiro dia do ciclo
— na qual o fluido que contém sangue,
células do revestimento do útero e
muco é eliminado e ocorre uma queda
dos dois principais hormônios femininos:
progesterona e estrogênio; fase ovulatória —
período em que há a liberação dos óvulos — a
ovulação ocorre cerca de duas semanas após o início
da menstruação. Em ciclos de 28 dias, o óvulo maduro é liberado por
volta do dia 14 — podendo atrasar ou adiantar por diferentes motivos —,
viaja pelas trompas até o útero, no qual poderá ser fecundado. No útero,
sobrevive cerca de 24 horas; e a fase lútea — após a liberação do óvulo —

11
o aumento de progesterona e estrogênio
mantém o revestimento interno do
me
ns
útero esperando que um óvulo tr
ua
ç
fertilizado se implante nele. Caso

ão
isso não ocorra, o endométrio não
consegue mais se manter, então
Fase
se descama, dando início a um Folicular
Fase
novo período de sangramento. Lútea

O período de sangramento,
Fase
chamado de menstruação, tem Ovulatória

duração média de 3 a 8 dias e


pode variar de organismo para
o
çã
organismo. ovula

Entretanto, para além das questões


biológicas que envolvem a menstruação, é
importante considerar os impactos sociais e psicológicos atrelados ao
ciclo menstrual. A depender de uma e outra fase do ciclo, mudanças
significativas podem ocorrer na rotina e nas interações sociais de quem
menstrua. Os impactos sociais variam entre pequenos, ou mesmo
imperceptíveis, mas também podem ser grandes e refletirem em
mudanças e desconfortos no cotidiano.

Podemos pensar, por exemplo, em como algumas mulheres podem se


privar de realizar algum tipo de interação social pelo fato de estarem
menstruadas, seja pela vergonha com relação ao sangramento em si —
medo de que o sangue vaze, ou de que o absorvente higiênico apareça —
ou em decorrência de sintomas ligados ao ciclo, como dores de cabeça,
cólicas, inchaço e desconfortos em geral.

Em uma sociedade produtivista como a nossa, e que exige cada vez


mais que estejamos sempre bem dispostos, alegres e produtivos, essas
privações podem ter um impacto negativo na vida das pessoas. A
não realização de certas atividades do cotidiano — como a prática de
atividade física, momentos de interação social, passeios e viagens —
pode ser reflexo dos processos atrelados ao ciclo menstrual.

12
Entre as crianças
e adolescentes em
idade escolar que
menstruam, esses
impactos obviamente
vão refletir diretamente
no contexto da escola.
Faltas sem justificativas,
recusa em participar de
atividades que envolvam
o corpo, tais como aulas
de educação física,
brincadeiras, jogos
e recreação podem
estar relacionadas ao
que chamamos aqui
de impactos sociais
decorrentes do processo
menstrual.

Na mesma linha, implicações psicológicas são observadas como decor-


rência do processo da menstruação, tanto direta como indiretamente.
Como implicações diretas do ato de menstruar, podemos citar, por exem-
plo, as consequências emocionais das alterações neuroquímicas, ligadas
diretamente às variações hormonais. Dependendo de pessoa para pes-
soa, é possível vivenciar o aparecimento ou elevação da tristeza, ansieda-
de, irritabilidade, dentre outros sentimentos desagradáveis.

Já as implicações indiretas estão pautadas na falta de conhecimento


sobre o assunto e sobre o próprio corpo, o que endossa determinados
tabus, e desencadeia sentimentos de vergonha, incapacidade, medo e
insegurança. São observadas ainda, na inter-relação com os impactos so-
ciais e biológicos anteriormente abordados, elevação dos níveis de estres-
se, mal-estar e sofrimento psíquico de forma geral.

13
Aqui vale uma observação muito pertinente: é importante não confundir
os impactos sociais e psicológicos brevemente explanados anteriormen-
te com a perpetuação de mitos sobre a menstruação, tais quais os que
sugerem que a mulher, quando está menstruada, não pode fazer esfor-
ço físico ou aqueles que estigmatizam e criam uma ideia equivocada de
que a mulher “perde a razão” ou “o controle sobre os seus sentimentos”
quando está menstruada. Lembremos sempre de que o papel do educa-
dor é justamente desfazer e combater esses mitos socialmente construí-
dos, que geram preconceitos e sofrimento em determinadas parcelas da
sociedade.

Por fim, é importante também entendermos que, diferente do que está


por trás de alguns tabus sobre a menstruação, que é algo sujo ou ruim,
o processo menstrual é positivo e saudável do ponto de vista biológico.
A experimentação de um ciclo menstrual completo representa um dos
sinais da saúde reprodutiva e sexual.

Pobreza
menstrual
Nos últimos anos, o tema da pobreza
menstrual tem ganhado maior relevância
nos debates políticos e sociais, culminan-
do com a promulgação da Lei Federal
nº 14.214 (BRASIL, 2021). Ainda mais do
que a própria temática da menstruação
que, como já explanado, é carregada de
estereótipos e envolta por tabus, a discus-
são sobre pobreza menstrual sempre fi-
cou em segundo plano. Em um país como
o Brasil, marcado por inúmeras mazelas
sociais, tais como fome e insegurança ali-
mentar, desemprego e violências de toda
ordem, tal problemática nunca ganhou a
devida importância nas políticas públicas
e sociais.

14
O termo pobreza
menstrual refere-se
a vivências negativas
experimentadas
por pessoas que
menstruam,
devido à falta de
acesso a recursos,
infraestrutura e
conhecimento
para que
tenham plena
capacidade
de cuidar da sua
menstruação.

Esses desafios são resultado do acesso desigual a direitos e oportunidades,


o que contribui para retroalimentar ciclos transgeracionais de inequidades
de gênero, raça, classe social, além de impactar negativamente a trajetória
educacional e profissional dessas pessoas.

A pobreza menstrual é um fenômeno caracterizado, principalmente, pelos


seguintes pilares, segundo a UNICEF e UNFPA (2021):

Falta de acesso a produtos


e insumos adequados
para o cuidado da higiene
menstrual, tais como
absorventes descartáveis,
coletores menstruais,
calcinhas menstruais etc.,
além de papel higiênico e
sabonete, entre outros;

15
Questões estruturais como a
ausência de banheiros seguros e
em bom estado de conservação,
saneamento básico (água
encanada e esgotamento sanitário)
e coleta de lixo;

Falta de acesso a medicamentos


para administrar problemas
menstruais e/ou carência de
serviços médicos públicos e
gratuitos;

Insuficiência ou incorreção
nas informações sobre a saúde
menstrual e autoconhecimento
sobre o corpo e o ciclo menstrual;

Questões econômicas como,


por exemplo, a tributação sobre
os produtos menstruais e a
mercantilização dos tabus sobre a
menstruação com a finalidade de
vender produtos desnecessários e
que podem fazer mal à saúde.

Os recentes dados apresentados pelo relatório de uma das maiores


pesquisas já realizadas no Brasil sobre o tema, intitulado “Pobreza
Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, organizado
pela UNICEF e UNFPA (2021), demonstra que a pobreza menstrual
causa efeitos deletérios sobre a vida e o desenvolvimento pleno dos
potenciais das pessoas que menstruam. Pesquisas em diversas regiões
do mundo reportam que, quando não há acesso adequado aos produtos
de higiene menstrual, meninas e mulheres fazem uso de soluções
improvisadas para conter o sangramento menstrual com pedaços de
pano usados, roupas velhas, jornal e até miolo de pão.

16
Outra situação, ainda
mais frequente, diz
respeito à situação em
que meninas e mulheres
não conseguem realizar
de três a seis trocas diárias
de absorventes, conforme a indicação
de ginecologistas, permanecendo com o
mesmo absorvente por muitas horas, seja
porque o custo dos absorventes exerce um peso
importante no orçamento das famílias mais pobres,
seja porque o item é considerado supérfluo mesmo quando existe algum
espaço orçamentário.

O olhar para a pobreza menstrual deve ser sob a perspectiva da


garantia dos direitos, os quais vêm sendo sistematicamente negados
ou negligenciados a uma grande parcela da população por décadas
seguidas.

Não é Enquanto fenômeno

possível multidimensional e
transdisciplinar, a pobreza
pensar em menstrual exige estratégias
direitos de enfrentamento
igualmente complexas
menstruais e multissetoriais, sendo
sem considerar a política de educação
uma das responsáveis
as múltiplas por realizar ações, dar
realidades visibilidade e se debruçar,

no Brasil. de forma comprometida,


sobre este tema.

17
Dignidade
menstrual
A palavra “dignidade” refere-se Está intimamente ligada ao direito
a uma qualidade inerente ao ser que todo ser humano que menstrua
humano, que o protege contra deve ter resguardado para vivenciar
qualquer tipo de tratamento de- o seu processo menstrual com
gradante e discriminatório, asse- dignidade.
gurando condições materiais e O que se convém chamar de digni-
sociais mínimas de sobrevivência. dade menstrual dialoga e se entre-
Esse conceito está presente tan- laça, muitas vezes, com o conceito
to na Constituição Federal Brasi- de pobreza menstrual discutido
leira (1988) quanto na Declaração anteriormente, porém apresenta
Universal dos Direitos Humanos certas particularidades. Algumas
(1948). pessoas podem não sofrer com a
pobreza menstrual, mas se depa-
ram com situações em que a sua
Em linhas gerais, dignidade menstrual não esteja
dignidade menstrual garantida. Por exemplo, alguém
significa ter menstruante que vivencie o vaza-
disponíveis produtos mento do fluxo da menstruação
e condições físicas, em sua roupa e sofra comentários
materiais e ambientais, maldosos, ou ainda, que essa pes-
adequados, seguros soa busque um banheiro público
e eficazes para e não encontre materiais mínimos
administrar a higiene de higiene, como papel higiênico,
menstrual. Inclui água encanada e sabão.
também as condições
sociais que garantam
a privacidade e a
não exposição a
situações vexatórias,
constrangedoras
e/ou discriminatórias.

18
É importante considerar
que o desconhecimento
sobre o cuidado da
saúde menstrual pode
afetar mesmo as pessoas
que não estão em
situação de pobreza ou
vulnerabilidade. Algumas condições
materiais mínimas
Crianças e adolescentes podem são necessárias para
enfrentar a falta de produtos para
o manejo saudável
a adequada higiene menstrual por
da menstruação:
estarem inseridas em contextos
em que se considera o absorvente ter acesso rápido a
como um produto supérfluo. Em banheiros adequados
geral, pessoas nessa faixa etária de para trocar o produto
escolarização não decidem sobre a
menstrual utilizado
alocação do orçamento da família,
para absorção do
eventualmente, sobrando pouca ou
nenhuma renda para ser utilizada fluxo, local para
para esse fim. descarte dos produtos
Pensando no contexto educacional, menstruais usados
nos espaços físicos e sociais que e sabão e água para
os/as estudantes circulam (as higiene das mãos e
Unidades Escolares), é necessário corpo.
levantarmos a seguinte reflexão:
é importante incorporar, além
do processo educativo, todas as
soluções disponíveis para o cuidado
menstrual adequado no próprio
ambiente escolar, entendendo que
necessidades e contextos diversos
exigem manejos com abordagens
diferentes, assim como materiais e
insumos específicos.

19
Órgãos internacionais que tratam do tema sustentam que, quando os
direitos à água, ao saneamento e à higiene não são garantidos nos espaços
em que crianças e adolescentes que menstruam convivem e passam
boa parte de suas vidas, como, por exemplo, as Unidades Escolares, os
seus direitos à escola de qualidade, saúde, incluindo sexual e reprodutiva,
também estão sendo violados, causando violação da dignidade menstrual
(UNICEF; UNFPA, 2021).

Sem acesso a essas condições de infraestrutura básica, menstruantes


podem ter sua saúde, mobilidade e dignidade afetadas, incluindo o início
da infrequência escolar, bem como a interferência nos processos de ensino-
aprendizagem. Concomitantemente, a negligência das necessidades
menstruais resulta em problemas que poderiam ser evitados, sendo que
a ausência de boas condições para o cuidado da saúde menstrual pode
causar desconforto, insegurança, estresse físico e emocional, assim como
contribuir para aumentar a discriminação e estigmatização da pessoa
que menstrua.

20
ATIVIDADES
PEDAGÓGICAS
A seguir, apresentamos propos-
tas de execução de ativida-
des contendo o objetivo
de cada uma delas, o
público-alvo, sugestões
de materiais e orienta-
ções, sendo que a rea-
lização pode ocorrer
de forma individual,
em duplas, trios ou
grupos.

As atividades respeitam
a condição peculiar de
crianças e adolescentes en-
quanto pessoas em desenvolvi-
mento, visando ao acesso à informação e
buscando desmistificar os tabus em torno da menstruação.

Sugerimos que as atividades sejam realizadas com todos/as os/as estudantes


das Unidades Escolares, pois o tema menstruação não compete somente
ao público feminino e pode ser trabalhado de forma interdisciplinar em
diversos momentos do percurso formativo dos estudantes, associado aos
objetos do conhecimento que integram o Currículo Base do Território
Catarinense. É sugerido, ainda, articular parcerias com a rede intersetorial
(saúde, assistência social, universidades e outras) para o desenvolvimento de
ações, palestras, rodas de conversa e demais atividades pedagógicas.

Salientamos que as propostas são orientativas e podem ser adaptadas/


modificadas a partir da realidade de cada Unidade Escolar.

21
Trabalhar a questão
da menarca - primeira
menstruação.

Público-alvo:
Estudantes a partir do Ensino
Fundamental - Anos Finais.
ATIVIDADE 1 Tempo recomendado:
Menstruar 45 minutos.

é natural Tamanho de cada grupo:


De 2 a 12 pessoas.
Objetivo:
De que vai precisar:
Folhas impressas com o
caso a ser estudado ou
quadro e caneta.

ORIENTAÇÕES
Dica 1: Realize introdução sobre o tema, utilizando o glossário deste material
como apoio. Disponibilize o período de 5 minutos.

Dica 2: Separe os/as estudantes em 4 grupos e realize a distribuição dos casos


- um para cada grupo.

Dica 3: Disponibilize o período de 15 minutos para que cada grupo possa ler o
caso recebido e, consequentemente, realizar a discussão.

Dica 4: Proponha para cada grupo os seguintes questionamentos:


Se vocês estivessem presentes no momento dos casos relatados, o que fariam
para auxiliar cada adolescente? O que iriam falar para as pessoas que estavam
auxiliando cada adolescente? Disponibilize 10 minutos para cada grupo poder
pensar na resposta.

Dica 5: Proponha que cada grupo apresente para o coletivo o caso e as


alternativas pensadas para cada situação, com base nos questionamentos da
“dica 4’’.

Dica 6: Possibilite ao grupo um tempo para as trocas, um momento de reflexão


entre os/as participantes.

Dica 7: Utilize os conceitos e o glossário deste caderno para qualificar a


discussão.

22
CASO 1
Ana tem 13 anos e frequenta a escola no período matutino. Ao acordar para
ir à escola, observou que sua cama estava suja de sangue, mas não entendeu
o motivo. Levantou e foi ao banheiro para tomar banho e, ao retirar a roupa,
observou que havia ficado menstruada pela primeira vez. Rapidamente, Ana
chamou sua mãe e a informou que não poderia ir à escola naquela manhã. A mãe
de Ana, ao questioná-la sobre o motivo, observou o desespero da adolescente,
a qual falava que havia ficado menstruada. A mãe de Ana a abraçou, orientou
que finalizasse o banho para se higienizar e, quando ela saiu do banho, sua mãe
lhe ofereceu um absorvente higiênico. Sentaram-se na sala da casa e a mãe
explicou a ela que menstruar é um processo natural do corpo e que não iria
impossibilitar sua ida para a escola durante todo o período menstrual.

CASO 2
Joana estava na sala de aula e solicitou à professora autorização para ir ao
banheiro. Após autorização da professora, Joana levantou-se e se dirigiu até a
porta da sala de aula. No caminho até a porta, alguns alunos e alunas começaram
a rir alto de Joana e começaram a falar que ela era uma “menina relaxada”,
“suja”, pois sua menstruação havia passado. Então, ela colocou a mão na calça
e percebeu que, de fato, estava suja de sangue. Joana correu para o banheiro e
começou a chorar copiosamente, com vergonha de ter vazado a menstruação.
Foi a primeira vez que Joana menstruou e não sabia como lidar com a situação.

CASO 3
Laís iniciou na natação aos 06 anos. Aos 12 anos, menstruou pela primeira vez.
Numa manhã de sábado, buscou sua mãe para conversar, quando sentiu que
sua menstruação desceu no momento em que foi fazer xixi. Era a primeira vez
que acontecia com ela. Ficou preocupada e disse que não poderia participar
do campeonato de natação para o qual estava se preparando havia um ano. A
mãe de Laís explicou para ela sobre o ato de menstruar e salientou que estar
menstruada não impossibilita de fazer qualquer coisa, inclusive a prática do
esporte.

CASO 4
Maria saiu para passear com sua família e seus amigos numa tarde de primavera
num domingo. Foram fazer um piquenique em um parque. Organizaram
tudo que haviam levado e sentaram-se no gramado para aproveitar a tarde
ensolarada. Em um determinado momento, Maria teve aquela sensação de
sangue descendo dentro dela. Sem entender, disse para seus pais que havia
sentido algo estranho no seu corpo. Ao se levantar, a mãe disse à menina que
esta havia ficado menstruada. Maria espantou-se com a notícia e, rapidamente,
solicitou à mãe que fossem embora, pois ninguém poderia vê-la daquele jeito.

23
PERGUNTAS PARA BALIZAR
AS DISCUSSÕES COM O GRUPO
Se essas situações tivessem
acontecido com você, como se sentiria?
Se essas situações tivessem
acontecido com a sua irmã?
Se essas situações tivessem
acontecido com a sua filha?
Se essas situações tivessem
acontecido com a sua namorada?
Se essas situações tivessem
acontecido com a sua melhor amiga?
Quais conselhos você daria para ela?
Quais conselhos você daria
para as personagens?
No caso 1, você acha que
Ana deveria ou não ir à escola?
No caso 2, o que você achou sobre
a reação dos/as colegas de classe de Joana?
No caso 3, você acha que a Laís, que
é atleta, poderia participar do campeonato
de natação?
No caso 4, o que você faria ao perceber que
Maria havia menstruado no momento
do piquenique?

ENCERRAMENTO
Informe para o grupo que:
menstruar é um processo biológico natural e saudável;
é necessário desconstruir tabus (explicar o que são tabus);
menstruar não é motivo de vergonha;
o diálogo sobre menstruação pode acontecer com meninas
e meninos, homens e mulheres.

24
Desmistificar alguns tabus
socialmente construídos
em torno da menstruação.

Público-alvo:
Estudantes a partir do Ensino
Fundamental - Anos Finais.
ATIVIDADE 2 Tempo recomendado:
Menstruar não é 45 minutos.

impossibilitar Tamanho do grupo:


Até 40 pessoas.
Objetivo:
De que vai precisar:
Papel, caneta e tesoura.

ORIENTAÇÕES
Dica 1: Escrever em tirinhas de papel mitos sobre menstruação. Isso pode ser
feito inserindo os mitos mais comuns, previamente, pelo/a facilitador/a. É im-
portante pesquisar com antecedência o porquê desses mitos.

Dica 2: As tirinhas de papel podem ser aleatoriamente distribuídas entre os/


as participantes da atividade. Cada pessoa lê em voz alta sua tirinha e o grupo
debate se é verdade ou mito.

Dica 3: Dependendo do número de mitos levantados, as pessoas podem reti-


rar a tirinha individualmente ou, então, os/as participantes podem ser dividi-
dos/as em grupos para discussão prévia.

Dica 4: O/A facilitador/a pode auxiliar na explicação dos mitos, com base na
pesquisa anteriormente realizada.

Exemplos de mitos sobre a menstruação:


• Não pode lavar o cabelo;
• Não pode sair no vento; • Não pode fazer exercício físico;
• Não pode andar descalça; • Não pode fazer esforço.
• Não pode entrar na piscina;

ENCERRAMENTO
Explique para o grupo que um mito pode ser qualquer tipo de afirmação re-
petida tantas vezes que passa a ser vista como verdade. É importante explicar,
também, que a menstruação é um processo biológico natural do corpo hu-
mano e que o fato de estar menstruada não impede a pessoa de fazer o que
ela quiser.

25
Objetivo:
Exercitar a capacidade de
escrita a partir do tema
dignidade menstrual.

Público-alvo:
Estudantes do Ensino
Médio.
ATIVIDADE 3
Dignidade Tempo recomendado:
45 minutos.
menstrual Tamanho do grupo:
Turma completa.

De que vai precisar:


Papel e caneta.

ORIENTAÇÕES

Dica 1: A proposta desta atividade é estimular estudantes a escreverem so-


bre dignidade menstrual. Pode dar-se no formato de redação, no caso de es-
tudantes do Ensino Médio, que precisam exercitar a escrita dissertativa para
exames de vestibular.

Dica 2: O/A facilitador/a pode apresentar um pequeno texto sobre dignidade


menstrual e solicitar que os/as estudantes façam suas produções partindo do
texto apresentado.

Dica 3: Caso necessário, objetivando levantamento de dados, pode ser suge-


rida uma pesquisa na internet sobre o assunto. Também pode ser acessada a
seção “Conceitos”, presente neste material. Além disso, os materiais de consul-
ta disponibilizados ao final deste Caderno também podem servir como fonte
de pesquisa.

ENCERRAMENTO
Converse com o grupo sobre como a dignidade menstrual é uma forma de
falar também sobre o tema mais geral da dignidade humana e de como esses
conceitos fazem parte do nosso cotidiano.

26
ciclo mens-
trual

Objetivo:
Identificar o entendimento
da turma relacionado ao ciclo
menstrual.

ATIVIDADE 4 Público-alvo:

Conhecendo o
Estudantes a partir do
Ensino Fundamental - Anos
Finais.

Tempo recomendado:
45 minutos.

Tamanho do grupo:
Até 10 pessoas.

ORIENTAÇÕES

Dica 1: Distribua papéis, lápis de escrever e lápis de cor para cada grupo.

Dica 2: Solicite que cada grupo desenhe algo que identifique o ciclo mens-
trual. Disponibilize 15 minutos para cada grupo poder dialogar sobre o assunto
e desenhar.

Dica 3: Indique que os grupos troquem os desenhos e dialoguem, entre a


própria equipe, sobre o que entenderam do desenho recebido. Possibilite aos
estudantes um tempo para as trocas, um momento de reflexão entre os/as
participantes.

Dica 4: Após o diálogo, solicite que cada equipe apresente o que entendeu a
partir do desenho do outro grupo relacionado ao ciclo menstrual.

ENCERRAMENTO
• Elucide para o grupo o significado de ciclo menstrual;
• Demonstre o período médio de uma menstruação à outra, conforme consta
neste Caderno;
• Indique que é necessário desconstruir tabus, que menstruar é um processo
natural do corpo e que o diálogo sobre menstruação pode acontecer com me-
ninas e meninos, homens e mulheres, bem como em qualquer espaço.

27
MARCOS LÓGICOS
E LEGAIS
É importante conhecer de onde vêm as leis em vigor na atualidade e
em qual contexto elas foram aprovadas. Às vezes, é preciso um longo
caminho para que determinados direitos sejam conquistados. O Direito
à Educação e o Direito à Vida e à Saúde, temas centrais no debate sobre
ciclo menstrual, dignidade e pobreza menstrual, estão presentes nas
disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente, por exemplo.

Por isso, apresentamos, a seguir, um quadro interativo com os marcos


teóricos e legais que garantem os nossos direitos, já que acesso à infor-
mação sobre os Direitos Humanos e Sociais também é recurso necessá-
rio para exercermos nossa cidadania com dignidade e qualidade.

PUBLICAÇÃO DESCRIÇÃO

Lista os direitos e deveres


fundamentais de todo ser humano.
Declaração Universal
Art. 2º - Toda pessoa tem capacidade para gozar
dos Direitos Humanos os direitos e as liberdades estabelecidas nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie,
ACESSE seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional
ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer
1948 outra condição.

Parte I; Artigo I.
Convenção sobre a
Para fins da presente Convenção, a expressão
Eliminação de Todas as “discriminação contra a mulher” significará toda
Formas de Discriminação distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo
Contra a Mulher e que tenha por objeto ou resultado prejudicar
(Nações Unidas, 1979) ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício
pela mulher, independentemente de seu estado
ACESSE civil, com base na igualdade do homem e da
mulher, dos direitos humanos e liberdades
fundamentais nos campos político, econômico,
1979 social, cultural e civil ou em qualquer outro
campo.

28
PUBLICAÇÃO DESCRIÇÃO

Art. 5º: Todos são iguais perante a lei,


sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Constituição I - homens e mulheres são iguais em direitos e
Federal do Brasil obrigações, nos termos desta Constituição;
Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde,
ACESSE a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção
1988 à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º, incs. XII, XVIII e XXV;
Art. 201º, inc. III;
Art. 203º, inc. I;
Art. 226; Art. 227, § 6º.

Lei nº 8.069/1990 - Título II


Dos Direitos Fundamentais
Estatuto Criança e do Capítulo I
Adolescente - ECA Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 7º A criança e o adolescente têm
direito à proteção à vida e à saúde,
ACESSE mediante a efetivação de políticas sociais
públicas que permitam o nascimento e o
1990 desenvolvimento sadio e harmonioso, em
condições dignas de existência.

Conhecida como “Conferência de


Pequim”, e intitulada “Ação para a
Igualdade, o Desenvolvimento e a Paz”
partiu da avaliação dos avanços obtidos
nas conferências anteriores (Nairobi,
IV Conferência Mundial 1985; Copenhague, 1980; e México, 1975)
Sobre a Mulher sugerindo análise dos obstáculos a superar,
para que as mulheres possam exercer
ACESSE plenamente seus direitos e alcançar seu
desenvolvimento integral como pessoas.
Dentre as 12 áreas de preocupação sobre os
1995 direitos de mulheres e meninas, estavam:
1. Mulheres e pobreza; (...) 3. Mulheres e
Saúde; (...) 4. Violência contra a Mulher; (...)
9. Direitos Humanos das Mulheres; (...) 12.
Direitos das Meninas.

29
PUBLICAÇÃO DESCRIÇÃO

O documento definiu oito Objetivos


Objetivos do Milênio de Desenvolvimento do Milênio (ODM)
(Nações Unidas, 2000) que devem ser adotados pelos Estados
membros das Nações Unidas, dentre os
igualdade de gênero quais, estão: 1. Erradicar a pobreza extrema
e a fome; 2. Educação Básica Universal;
ACESSE 3. Promover igualdade de gênero e
empoderar as mulheres (...) 7. Garantir
2000 Sustentabilidade Ambiental.

Lei n.º 10.516, 11 de julho,


2002 SF/PR
Institui a Carteira Nacional de Saúde da Mulher.
ACESSE

2002

Lei nº 10.778, de 24 de
novembro de 2003 Estabelece a notificação compulsória, no
território nacional, do caso de violência
contra a mulher que for atendida em
ACESSE
serviços de saúde públicos ou privados.

2003

Política Nacional Este documento incorpora, pela Saúde


de Atenção Integral da Mulher e o Enfoque de Gênero, a
à Saúde da Mulher integralidade e a promoção da saúde como
princípios norteadores e busca consolidar
ACESSE os avanços no campo dos direitos sexuais
e reprodutivos (saúde sexual, vida sexual e
reprodutiva segura, climatério/menopausa).
2004

Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 -


Cria mecanismos para coibir a violência
Lei Maria da Penha
doméstica e familiar contra a mulher,
incluindo, no CAPÍTULO II, o Art. 7º que
define DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA
ACESSE DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
MULHER: I - a violência física; II - a violência
2006 psicológica; III - a violência sexual; IV - a
violência patrimonial; V - a violência moral.

30
PUBLICAÇÃO DESCRIÇÃO

Institui a Semana de Saúde da Mulher


Lei nº 14.082, de 14 de nos órgãos públicos do estado de Santa
agosto de 2007 Catarina, que deverá ocorrer, anualmente,
no mês de maio, em semana que
compreenda o dia 28, data em que se
ACESSE comemora o “Dia Internacional de Luta
pela Saúde da Mulher“ e o “Dia Nacional de
2007 Redução da Morte Materna”.

Lei nº 14.869, de 13
Dia da Mulher Negra. O Governo do Estado,
de outubro de 2009 em parceria com os movimentos sociais,
poderá promover ampla divulgação e
ACESSE realização de atividades alusivas ao evento.

2009

Parágrafo único. É direito da pessoa, na


Portaria nº 1.820, de 13 rede de serviços de saúde, ter atendimento
de agosto de 2009 humanizado, acolhedor, livre de qualquer
discriminação, restrição ou negação em
virtude de idade, raça, cor, etnia, religião,
ACESSE orientação sexual, identidade de gênero,
condições econômicas ou sociais, estado de
2009 saúde, de anomalia, patologia ou deficiência.

Decreto nº 7.037, de 21 Aprova o Programa Nacional de


de dezembro de 2009 Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras
providências, no qual se inclui o Objetivo
estratégico I para o “Desenvolvimento de
ACESSE mecanismos de controle social das políticas
públicas de Direitos Humanos”.
2009

Atualiza o Rol de Procedimentos


e Eventos em Saúde.
Art. 7º - As ações de planejamento familiar de
que trata o inciso III do artigo 35-C da Lei nº
Resolução nº 211, de 9.656, de 1998 devem envolver (...) IV - atividades
11 de janeiro de 2010 educacionais: são aquelas executadas por
profissional de saúde habilitado mediante a
ACESSE utilização de linguagem acessível, simples
e precisa, com o objetivo de oferecer aos
beneficiários os conhecimentos necessários para
2010 a escolha e posterior utilização do método mais
adequado e propiciar a reflexão sobre temas
relacionados à concepção e à anticoncepção,
inclusive à sexualidade.

31
PUBLICAÇÃO DESCRIÇÃO

Institui, no âmbito do Sistema Único de


Saúde (SUS), a Rede Cegonha.
(...) Art. 2° A Rede Cegonha tem como
princípios:
Portaria nº 1.459, de
I -o respeito, a proteção e a realização
24 de junho de 2011 dos direitos humanos; II - o respeito à
diversidade cultural, étnica e racial; III - a
ACESSE promoção da equidade; IV - o enfoque de
gênero; V - a garantia dos direitos sexuais
e dos direitos reprodutivos de mulheres,
2011 homens, jovens e adolescentes;
I - Componente PRÉ-NATAL:
(...) g) implementação de estratégias
de comunicação social e programas
educativos.

Decreto nº 7.958, de
Estabelece diretrizes para o atendimento às
13 de março de 2013 vítimas de violência sexual pelos profissionais
de segurança pública e da rede de atendimento
ACESSE do Sistema Único de Saúde (SUS).

2013

Lei nº 17.335, de 30 de
novembro de 2017 Institui, no estado de Santa Catarina, o mês
Outubro Rosa, dedicado a ações preventivas
à integridade da saúde da mulher.
ACESSE

2017

Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre


Lei nº 12.852, de os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes
5 de agosto de 2013 das políticas públicas de juventude e o Sistema
Nacional de Juventude - SINAJUVE. ... IV - garantia
da inclusão de temas relativos (...) à saúde sexual
ACESSE e reprodutiva, com enfoque de gênero e dos
direitos sexuais e reprodutivos nos projetos
2013 pedagógicos dos diversos níveis de ensino.

Lei nº 12.845, de
1º de agosto de 2013 Dispõe sobre o atendimento
obrigatório e integral de pessoas em
situação de violência sexual.
ACESSE

2013

32
PUBLICAÇÃO DESCRIÇÃO

A Política Nacional de Saúde LGBT é um


Política Nacional de Saúde divisor de águas para as políticas públicas de
Integral de Lésbicas, Gays, saúde no Brasil, além de marco histórico de
reconhecimento das demandas dessa população
Bissexuais, Travestis e em condição de vulnerabilidade. É, também,
Transexuais um documento norteador e legitimador das
necessidades e especificidades dessa população,
ACESSE em conformidade aos postulados de equidade
previstos na Constituição Federal e na Carta dos/
as Usuários/as do Sistema Único de Saúde (SUS).
2013

Portaria nº 485, de
Redefine o funcionamento do Serviço
1º de abril de 2014 de Atenção às Pessoas em Situação de
Violência Sexual no âmbito do Sistema
ACESSE Único de Saúde (SUS).

2014

Lei nº 16.362, de Institui, no estado de Santa Catarina, o


23 de abril de 2014 Dia Estadual de Debates sobre os Direitos
da Mulher, a ser celebrado, anualmente,
ACESSE no dia 8 de março, juntamente com o Dia
Internacional da Mulher.

2014

Institui o Programa de Proteção e Promoção


Lei nº 14.214, de da Saúde Menstrual; e altera a Lei nº 11.346,
6 de outubro de 2021 de 15 de setembro de 2006, para determinar
que as cestas básicas entregues no
âmbito do Sistema Nacional de Segurança
ACESSE Alimentar e Nutricional (Sisan) deverão
conter, como item essencial, o absorvente
2021 higiênico feminino.

Lei nº 18.308, de
Institui, no estado de Santa Catarina, o
27 de dezembro de 2021 programa de distribuição gratuita de
absorventes higiênicos para as estudantes de
ACESSE baixa renda em ciclo menstrual matriculadas
na rede pública estadual de ensino.

2021

33
VÍDEOS*

1
CANAL FUTURA (YOUTUBE)

Ciclo menstrual -
Biologia - Ensino Médio
https://www.youtube.com/watch?v=xQzKSo-as1U

2
ALWAYS BRASIL (YOUTUBE)

Entenda o ciclo menstrual


https://www.youtube.com/watch?v=qHmyMgzyNGw

3
ALWAYS BRASIL (YOUTUBE)

Always | O seu ciclo menstrual


e período em três minutos
https://www.youtube.com/watch?v=XL-cSPnMCPA

4
ALWAYS BRASIL (YOUTUBE)

Sintomas e dicas para


aliviar a TPM
https://www.youtube.com/watch?v=khfca1duvYQ

*O conteúdo dos vídeos não reflete, necessariamente, a opinião da Secretaria de


Estado de Estado da Educação de Santa Catarina, sendo de responsabilidade de
seus/suas respectivos/as autores/as.

34
VÍDEOS*

5
ALWAYS BRASIL (YOUTUBE)

Dicas para aliviar a


cólica menstrual
https://www.youtube.com/watch?v=aXkKSqu9zes

6
FACULDADE DE SAÚDE
PÚBLICA DA USP (YOUTUBE)

Pobreza menstrual
e a dignidade da mulher
https://www.youtube.com/watch?v=6sRCGpJCKlg

7
TV UFMG (YOUTUBE)

Pobreza e dignidade menstrual:


questão de saúde pública
https://www.youtube.com/watch?v=bRaTYMGuWvY

8
ESCOLA DA MAGISTRATURA
DE RONDÔNIA - EMERON
(YOUTUBE)

Fórum Ciclos Femininos:


higiene e sustentabilidade
https://www.youtube.com/watch?v=IMo25MQRyQg

*O conteúdo dos vídeos não reflete, necessariamente, a opinião da Secretaria de


Estado da Educação de Santa Catarina, sendo de responsabilidade de
seus/suas respectivos/as autores/as.

35
TIRA DÚVIDAS

Quais as formas de realizar a higiene menstrual?

O ideal é sempre perguntar a um/a profissional da saúde para explicar de


modo detalhado essa questão. Lembre-se: é direito de todas as pessoas re-
ceber informações a respeito do que acontece com o próprio corpo, e no
Brasil temos esse Direito à Saúde garantido constitucionalmente através dos
serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O fato de a pessoa não saber algo
que envolve diretamente o seu corpo não deve ser objeto de vergonha.

Existem muitas formas de realizar o manejo da higiene menstrual. No mer-


cado, estão disponíveis diversos produtos para conter o fluxo menstrual.
Dentre eles:

Absorvente externo
(descartável ou reutilizável)

Coletor
de silicone

Absorvente
interno

Calcinha
absorvente

É importante atentar para o fato de que todos esses produtos precisam


ser trocados ou lavados com periodicidade, conforme o caso, sendo im-
portante o acesso a instalações seguras e convenientes para o descarte
dos materiais.

36
O que fazer quando a menstruação atrasar?

Podem ser diversos os motivos para ocorrer atraso da menstruação,


pois isso significa que o ciclo menstrual foi alterado e que algo merece
atenção. Nesse caso, a melhor opção é procurar um/a profissional da
saúde para realizar o acompanhamento adequado.

É importante conhecer e acompanhar o ciclo menstrual regularmente,


para o conhecimento do próprio corpo e para identificar quando houver
intercorrências com o ciclo menstrual, como o atraso na menstruação,
por exemplo.

Como fazer para acompanhar o ciclo menstrual?

Uma das formas de acompanhar o ciclo menstrual é por meio da tabela


disponível no link: Faça o download do arquivo PDF aqui, que pode ser
impressa a cada mês ou, então, ser preenchida de forma digital. Tam-
bém é possível utilizar os recursos à disposição em aplicativos de acom-
panhamento do ciclo menstrual, os quais auxiliam no conhecimento
do próprio corpo e das diferentes fases dentro do ciclo menstrual, fa-
cilitando a compreensão dos processos que estão ocorrendo e que se
repetem a cada mês.

É importante anotar principalmente as datas de início e término do flu-


xo menstrual, casos de desconforto, como cólica, dentre outras caracte-
rísticas. Com o tempo, você passa a se reconhecer e antecipar a data da
próxima menstruação.

37
A TPM existe mesmo?

A sigla TPM foi popularizada a partir da expressão “tensão pré-menstrual”.


Na verdade, trata-se da síndrome pré-menstrual, um conjunto de
alterações físicas e psíquicas, as quais se traduzem geralmente em
inchaço, mudanças de humor, dentre outras. Isso ocorre porque, nesse
período, o corpo está com uma quantidade maior de hormônios, podendo
causar modificações expressivas ou não.

Caso a pessoa esteja tendo sintomas muito intensos, é importante buscar


ajuda profissional. A realização de exercício físico, ao contrário do que
muitas pessoas imaginam, pode auxiliar.

Porém, é importante destacar que a síndrome pré-menstrual não é


percebida por todas as mulheres da mesma forma. E o mau-humor não
necessariamente está atrelado ao ciclo menstrual. Por isso, é importante
conhecer-se para exercer o autocuidado.

É possível prever em que momento a pessoa vai menstruar?

Geralmente, a pessoa não sente ou não sabe exatamente quando vai


menstruar. Isso explica a ocorrência de “acidentes”, ou seja, manchas de
menstruação nas roupas, pois não é possível saber com exatidão quando,
de fato, a menstruação vai ocorrer. Quando o fluxo menstrual é muito
intenso, é possível “sentir a menstruação descer”, porém isso varia muito
em cada organismo.

Mais uma vez, é importante acompanhar o ciclo menstrual por meio da


tabela, ou outro método, para conseguir antecipar os dias nos quais é
mais provável que se irá menstruar.

Menstruar dói?

Menstruar não dói. Contudo, algumas pessoas têm cólicas ou outros


sintomas durante a menstruação, o que pode se tornar bastante
desagradável.

38
GLOSSÁRIO

As definições contidas neste glossário são uma adaptação dos conceitos


apreendidos a partir dos materiais contidos nas referências bibliográficas
apresentadas ao final deste Caderno.

CICLO MENSTRUAL
Também conhecido como ciclo uterino ou ciclo ovariano, é o intervalo de
tempo desde o início de uma menstruação até a menstruação seguinte
(em média 28 dias). Trata-se de processo biológico natural e humano, mas
que pode gerar impactos sociais, psicológicos e biológicos.

DIGNIDADE
Dignidade da pessoa humana significa o respeito à condição mínima de
existência dos/as cidadãos/ãs, valor presente na Constituição Federal do
Brasil, que tem como objetivo preservar aspectos biológicos, psicológicos
e sociais da pessoa para uma existência saudável e digna. Envolve um
complexo de direitos e deveres fundamentais que protege a pessoa de
atos degradantes e desumanos - por parte do Estado e da comunidade
- com a finalidade de promover a participação ativa e corresponsável do
sujeito na própria existência e na vida em sociedade.

DIGNIDADE MENSTRUAL
Diz respeito ao direito e acesso a instalações de higiene e de banho seguras,
insumos e outros meios eficazes de administrar a higiene menstrual.
Envolve condições sociais que garantam a privacidade e a não exposição
a situações constrangedoras e/ou discriminatórias. É entendido como um
dos princípios da dignidade humana.

39
INSUMO
Insumos são os componentes de produtos, mercadorias ou serviços.
Neste Caderno, o uso do termo está relacionado aos materiais utilizados
para realizar o manejo da higiene menstrual, ou seja, absorventes,
coletores, dentre outros materiais de higiene.

MENARCA
É o nome dado para a primeira menstruação, que acontece, em média,
entre os 12 e 13 anos e, normalmente, até os 15 anos. Pode haver variações.

MENSTRUAÇÃO
Processo natural do corpo humano, caracterizado por significativas
mudanças corporais de ênfase orgânica. É o resultado da descamação
do interior do útero, sendo composto de sangue e células endometriais,
o qual pode durar por um período de até 08 dias consecutivos.

MENOPAUSA
É o período a partir do qual a mulher deixa de menstruar permanente-
mente. A idade média para ocorrência da menopausa é em torno de 51
anos, podendo variar.

POBREZA MENSTRUAL
É a consequência da falta de acesso a produtos e a recursos financeiros
para adquirir produtos menstruais, falta de acesso à informação sobre
menstruação e de infraestrutura adequada para o manejo da higiene
menstrual.

TPM
A Tensão Pré-Menstrual, conhecida pela sigla TPM, é o conjunto de
alterações físicas, psíquicas e de humor que, normalmente, aparecem
dias antes da menstruação.

40
UTILIZANDO A HASHTAG
#SEGUEOFLUXOSC
Uma hashtag serve
para indexar assuntos
ou discussões nas
redes sociais. Ao clicar
na hashtag publicada,
é possível localizar
outras publicações
relacionadas ao mesmo
tema, além de agrupar
todas as publicações
dessa mesma hashtag.
Dessa forma, utilize a
#SEGUEOFLUXOSC
sempre que quiser
compartilhar as atividades
propostas neste projeto.

SEGUEO
FLUXOSC
41
PARA BOAS PRÁTICAS:
Materiais Complementares
de Consulta e Apoio

BAHIA, LETÍCIA. Pobreza menstrual e a educação de meninas. GirlUp e Her-


self Educacional. São Paulo: SP, 2021. Disponível em: <https://livreparamens-
truar.org/sobre/> Acesso em: 18 mar. 2022.

CARTA CAPITAL. Por que a pobreza menstrual deve ser enfrentada como
uma violação de direitos humanos. Editora Basset, São Paulo: SP, 22.02.2022.
Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/sociedade/por-que-a-pobre-
za-menstrual-deve-ser-enfrentada-como-uma-violacao-de-direitos-huma-
nos/> Acesso em 09 mar. 2022.

CNN BRASIL. Mulheres devem ter direito a folga na menstruação? Alguns


países dizem que sim. Cable News Network Brasil, 2020. Disponível em: <ht-
tps://www.cnnbrasil.com.br/business/mulheres-devem-ter-direito-a-folga-na-
-menstruacao-alguns-paises-dizem-que-sim/> Acesso em 09 mar. 2022.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Pesquisa Nacional sobre a atuação


dos psicólogos em DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS LEVAN-
TAMENTO DOS MARCOS LÓGICOS-LEGAIS. Centro de Referências Técnicas
em Psicologia e Políticas Públicas - CREPOP. Brasília: CFP, 2018. Disponível
em: <http://crepop.pol.org.br/wp-content/uploads/2018/05/DSR_Marcos-L%-
C3%B3gicos-e-Legais_NACIONAL.pdf> Acesso em: 18 mar. 2022.

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA - UNICEF; FUNDO DE PO-


PULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - UNFPA. Pobreza Menstrual no Brasil:
desigualdades e violações de direito. 2021. Disponível em: https://www.uni-
cef.org/brazil/media/14456/file/dignidade-menstrual_relatorio-unicef-unfpa_
maio2021.pdf> Acesso em: 18 mar. 2022.

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA - UNICEF. Dignidade mens-


trual. Brasília: DF, 2022. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/dignida-
de-menstrual> Acesso em 09 mar. 2022.

GLOBO.COM. Homens transexuais relatam constrangimento no ginecolo-


gista e dificuldades para lidar com menstruação em banheiros públicos.
Globo Comunicação e Participações S.A. São Paulo: SP, 29/01/2022. Disponível
em: <https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2022/01/29/ho-
mens-transexuais-relatam-constrangimento-no-ginecologista-e-dificulda-
des-para-lidar-com-menstruacao-em-banheiros-publicos.ghtml> Acesso em
09 mar. 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agenda da mulher. Brasília: DF, 2021. Disponível em:


<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agenda_mulher.pdf> Acesso em
09 mar. 2022.

42
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de saúde da adolescente. Brasília: DF,
2013. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_
saude_adolescente_feminina.pdf> Acesso em 09 mar. 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Transexualidade e travestilidade na saúde. Secre-


taria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão
Participativa. Brasília: DF, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/transexualidade_travestilidade_saude.pdf Acesso em 09 mar.
2022.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL - SED DF. Ca-


tálogo com referências e materiais pedagógicos: valorização das meninas
e mulheres e enfrentamento às violências 2021. Brasília: DF, 2021. Disponí-
vel em: <https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2021/06/
catalogo_com_referencias_e_materiais_pedagogicos_valorizacao_das_me-
ninas_e_mulheres_enfrentamento_violencias_2021.pdf> Acesso em 09 mar.
2022.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SED PR. Formação


em Ação. Materiais de Apoio. Paraná: PR, 2021. Disponível em: <http://www.
educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/2semestre_2015/
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