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3.3. Ajudar a Manter o Corpo Limpo, com Boa Aparência e Proteger os Tegumentos ............. 3
Fatores psicológicos:
Alterações do estado de consciência
Força de vontade
Hábitos pessoais, de limpeza do corpo e da roupa
Fatores sociológicos:
Materiais auxiliares de prevenção de UP
Condição económica
Educação
Estruturas de apoio social
2. Intencionalidade
a. Feridas intencionais (cirúrgicas, auto-inflingidas)
b. Feridas acidentais (traumáticas)
3. Etiologia
a. Cirúrgicas
b. Mecânicas
c. Térmicas (quentes, frias)
d. Químicas
e. Lesões por radiação
f. Lesões por compromisso vascular
g. Agressões, picadas e mordeduras
4. Forma
a. Incisão (ex. ferida cirúrgica)
b. Escoriação (ex. joelho esfolado)
c. Laceração (ex. queda sobre vidros partidos)
Lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência
óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção.
Etiologia: a etiologia advém da pressão exercida por uma força perpendicular à pele,
resultante da força da gravidade, o que ocasiona a oclusão do fluxo sanguíneo do
paciente que permanece na mesma posição no leito. À medida que a pressão se mantém
e/ou aumenta, maior será o risco de instalação e desenvolvimento das úlceras de
pressão.
Locais de risco de formação de UP
o Dependem de:
Intensidade da pressão
Duração da pressão
Tolerância dos tecidos
FATORES DE RISCO:
Extrínsecos à pessoa
Pressão prolongada, torção, deslizamento
Posicionamentos incorrectos
Higiene deficiente, incontinência, humidade
Temperatura ambiente superior a 30ºC
Fatores químicos
Intrínsecos à pessoa
Idade, estado de hidratação e nutrição, peso corporal
Presença de doenças, alterações da irrigação sanguínea
Alterações da temperatura, da capacidade de mobilizar-se, do sono e do estado
psicológico e nível de consciência.
Fisiopatologia do aparecimento de UP
Hiperémia1 reativa ou hiperémia branqueável
Vasodilatação para compensar os períodos de anóxia
Hiperémia, a pele fica ruborizada (avermelhada). A zona apresenta-se quente e com dor.
Situação reversível com alívio da pressão
Hiperémia não reativa ou não branqueável
A vasodilatação persiste como resposta à anóxia
A zona lesada da pele surge com um tom vermelho vivo ou escuro e quando comprimida não
empalidece. Ao toque a área não empalidece
CATEGORIA II
Perda parcial da espessura da pele ou flictena
Perda parcial da espessura da derma que se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito
vermelho rosa sem crosta. Pode também apresentar-se como flictena fechada ou aberta preenchido
por líquido seroso ou sero-hemático.
Apresenta-se como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou contusões.
Esta categoria não deve ser utilizada para descrever fissuras da pele, queimaduras por fita adesiva,
dermatite associada a incontinência, maceração ou escoriação.
CATEGORIA III
Perda total da espessura da pele (tecido subcutâneo visível)
Perda total da espessura tecidular. Pode ser visível o tecido adiposo subcutâneo, mas não estão
expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina
húmida). Pode incluir lesão cavitária (mais profunda) e encapsulamento.
A profundidade de uma úlcera de categoria III varia com a localização anatómica: a asa do
nariz, por exemplo, não tem tecido subcutâneo (adiposo), logo vai ser mais “rasa”. Em
contrapartida, em zonas com adiposidade significativa podem desenvolver úlceras de
pressão desta categoria extremamente profundas.
CATEGORIA IV
Perda total da espessura dos tecidos (músculos e ossos visíveis).
Perda total dos tecidos com exposição dos tendões e músculos. Pode estar presente tecido
desvitalizado (fibrina húmida) e ou tecido necrótico. Frequentemente são cavitárias e fistuladas.
Tal como na categoria III, nesta categoria locais como a asa do nariz ou orelhas não têm
tecido adiposo, sendo úlceras superficiais.
Uma úlcera de categoria IV pode atingir estruturas de suporte (ex. fáscia, tendão ou cápsula
articular) tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer.
Intervenções de Enfermagem
Avaliação do Risco de UP
- Escala de Norton
- Escala de Braden
(avaliar nas primeiras 6h de internamento ou na 1ª visita domiciliária)
A intervenção deve ser de acordo com os factores de risco identificados imobilidade, humidade, tração, consciência, nutrição
Nutrição e hidratação
Posicionamento, mobilidade e actividade
Alternância de decúbitos
Alinhamento corporal
Mobilizações passivas ou ativas
Educação para a saúde
Partilhar os conhecimentos com os restantes elementos da equipa de saúde
Educar a pessoa e a família a diminuir os factores de risco e a colaborar nos cuidados
Aplicação de medidas de suporte adicional
Etapas de tratamento:
2. PREPARAÇÃO DA PESSOA
a. Explicar à pessoa o que lhe vai fazer, pedir a sua autorização e dizer-lhe como
pode colaborar
b. Administrar analgésicos em SOS
c. Proporcionar privacidade
i. Puxar as cortinas
ii. Descobrir apenas a área para ter acesso ao local do penso
iii. Instalar a pessoa confortavelmente
iv. Se possível, fazer o penso após os cuidados de higiene
A estrutura TIME é uma estratégia de tratamento das feridas de forma holística que engloba 4
componentes – gestão do tecido, controlo da inflamação e infecção, gestão do exsudado, avanço
das margens (epitélio). Este modelo está dependente da análise e avaliação minuciosa do cliente e
da ferida. A estrutura TIME não é linear – feridas diferentes requerem atenção para diferentes elementos,
dependendo do local que afectam.
O TIME pretende optimizar o leito da ferida reduzindo o edema e exsudado, a sobrecarga
bacteriana e corrigindo as anormalidades que contribuem para o atraso da cicatrização.
(1) Ferida aberta, crónica, de cicatrização lenta, coberta com tecido necrótico que requer desbridamento.
(2) A ferida tem colonização crítica, com cicatrização lenta. Agentes antimicrobianos e desbridamento são necessários.
M – Controlo do exsudado
Manter a ferida húmida não aumenta a taxa de infecção. Evidências comprovam que manter a ferida húmida
acelera a re-epitelização, o que levou ao desenvolvimento de uma vasta gama de pensos absorventes do
exsudado, de forma a promover um “ambiente húmido de cicatrização”.
Por outro lado, o fluido excessivo da ferida pode ser prejudicial, uma vez que a presença de certas
macromoléculas e de factores de crescimento podem ficar “aprisionados” nos tecidos, o eu pode resultar
numa falta de disponibilidade ou má distribuição. Este aprisionamento pode causar uma cascata de
anormalidades patogénicas e os pensos podem desempenhar um papel importante na modelação destes
factores.
5. LAVAGEM/LIMPEZA DA UP
a. Soro fisiológico é o soluto de limpeza ideal pelas suas propriedades isotónicas e
por não interferir no processo de cicatrização
b. Há autores que recomendam a água potável, mas desde que corra durante 15
segundos antes de ser utilizada, e deve ter em conta a natureza das UP e o estado
geral da pessoa
c. Há autores que não recomendam a água potável no contexto hospitalar pelo risco
de infecção
d. As soluções de limpeza devem estar mornas pois a actividade mitótica abranda com
a baixa de temperatura (40 minutos para retomar a temperatura original e 3 horas
para a actividade mitótica retomar na sua plenitude)
e. A limpeza das UP deve ser feita por irrigação. Esfregar não é indicado
6. ESCOLHA DO TRATAMENTO
a. Análise da UP e causa
b. Avaliação da pessoa na globalidade da sua saúde física e psicossocial
c. Custo do tratamento
d. Grau requerido de intervenção em enfermagem
e. Disponibilidade dos pensos
f. Questões sociais, psicológicos, ambientais
g. Razões para aplicar um apósito:
i. O processo de cicatrização é mais rápido
ii. Capacidade de eliminação do odor, diminuição da dor e absorção de
exsudado
iii. Protege e esconde a ferida
iv. Não causa trauma à pessoa
Mudada a cada 48 – 72 horas (reduz o tempo de recuperação e melhora as condições locais da ferida)
Usada em várias feridas, com perda de partes moles, exposições ósseas, grande exsudado ou para
fixação de enxertos e retalhos.
Não deve ser aplicada sobre tecido necrótico, osteomielite sem tratamento com AB, cavidades
abdominais ou fístulas, neoplasias ou directamente sobre veias ou artérias.
Usar cautelosamente quando há sangramento ativo da ferida, em casos de coagulopatia ou em
hemóstase difícil.
Complicações: síndrome de choque tóxico devido à presença de um corpo estranho; perdas das esponjas
nas cavidades causando granulomas ao seu redor; sangramento em pessoas com coagulopatia ou devido
ao rompimento de grandes vasos ou enxertos.
O brinquedo terapêutico deve ser usado sempre que a criança tenha dificuldade para compreender
ou lidar com experiências que possam conduzir a ansiedade
Há diferentes tipos de brinquedos terapêuticos, dependendo da finalidade com que é utilizado:
Brinquedo terapêutico dramático (possibilitar à criança dramatizar situações vividas, manusear os
instrumentos utilizados, tornando-a emocionalmente segura)
Brinquedo terapêutico facilitador de funções (criança participa nas actividades com o intuito de
melhorar o seu estado físico, por intermédios de brincadeiras engraçadas que reforçam e envolvem o
seu próprio …)
Brinquedo terapêutico institucional (possibilita compreender a finalidade do procedimento, o que
esperar, como participar, …)
Measure - Medida
1. Localização anatómica
2. Distribuição
o Oval, angular, circular, em arco, em serpente, circulo concêntrico, difusa/generalizada
3. Dimensões da ferida
Tridimensional – comprimento x largura x profundidade
Exsudate – Exsudado
Re-evaluate – Registo
Carta da escala de cicatrização da úlcera por pressão (para monitorizar tendências das pontuações
PUSH ao longo do tempo)
Registo: planimetria digital portátil
Edge – Bordos
Devem ter coloração pérola.
Sinais de alerta:
o Bordos enrolados
o Bordos soltos
o Bordos arredondados
o Bordos com hiperqueratose (fase inflamatória prolongada, colonização crítica/infecção. Pressão em
excesso.)
Superfície da perilesão = ( - )
o < ou = 3 : afecção leve
o > 3 : afecção moderada
o > 5 : afecção severa
Fatores de risco da perilesão:
o Íntrisecos: humidade, temperatura, exsudado, urina, fezes, sudorese, dermatites alérgicas de contacto.
o Extrínsecos: adesivos – incorreta aplicação de hidrogel/colagenase p.e., pensos saturados, cremes e/ou
pomadas, profissional.
Maceração (na pele perilesão):
o Branca – mais frequente, controlo do exsudado ineficaz.
o Vermelha – problema irritativo (adesivos, exsudados).
o Azulada – problema isquémico e hemático sinal de gravidade.
Pele perilesional:
o Integral/intacta - ex: nas vesículas.
o Descamação
Pode existir na zona perilesional:
o Edema, endurecimento, descorada, seca, temperatura.
Tipos de apósitos:
Apósito Em spray
Em bisnaga Para feridas cavitárias
Em pó
CONSIDERAÇÕES:
<
Fibras (puras; com prata; com espuma e prata; com carvão ativado; com ácido
hialurónico) – o exsudado fica retido no apósito e libertam-se enzimas para leito da
ferida:
Podem ser cortados.
Apenas se preenche ¾ da ferida com estes apósitos.
É necessário um penso secundário.
Podemos colocar um penso destes com uma espuma.
Exemplos:
Carboximetilcelulose (ex: aquacell);
Alginatos (de sódio; de cálcio; de sódio e cálcio) – Pode deixar resíduos na ferida
Hidropolímeros
Hidrocolóides:
Têm camada externa que não deixa passar fluídos orgânicos para o exterior, mas
permite a passagem do vapor de água.
Não têm uma capacidade de absorção tão grande como as fibras e as espumas.
Exemplos:
Hidrocolóide apósito – feridas mais superficiais. Pode servir para fixaroutro
apósito.
Hidrocolóide de gel.
Hidrocolóide de prata.
Hidrocolóide com espuma.
Espumas (grandes absorventes):
Se tiver rebordo adesivo não se deve cortar.
Se não tiver rebordo adesivo precisa de penso secundário.
Não se deve aplicar com hidrogel.
Existe em 2 apresentações: cavitária (sem película exterior) e não cavitária.
Ex: Espumas. Espumas com alginato e prata (antimicrobiano e grande capacidade
de absorção). Espumas com hidrocolóide.
Ácido Hialurónico:
Medeia a quantidade de colagénio no leito da ferida.
Pode ser usado em feridas com tecido de granulação e em feridas com alguma
(pouca) necrose. Não usar em feridas infetadas.
Contribui para a afluência de água ao leito da ferida.
Contribui para a organização das células no leito da ferida e construção da matriz.
Ex: Ácido hialurónico; ácido hialurónico com fibras.
Hidrogel apósito:
Usado em feridas com tecido de granulação e com pouco exsudado.
Maltodextrina:
Promove a cicatrização mais rápida.
Ex: Maltodextrina com ácido ascórbico
Hidrocolóidesextra-finos:
Sem capacidade de absorção. Usa-se em tecidos de epitelização.
Mantém o leito da ferida húmido e salvaguarda esta fase da cicatrização.
Ex: Carboximetilcelulose+pectina+gelatina.
5. Outras aplicações
Finalidades:
Fixar pensos ou talas no segmento/local desejado
Fazer pressão/compressão
Facilitar a circulação de retorno nos membros inferiores
Dar suporte a membros e articulações
Imobilizar um ou mais segmentos do corpo
Tipos de ligaduras
Contensão – manter um penso, fixar uma aplicação terapêutica, fixar uma
imobilização
Compressão – promover a hemóstase, favorecer a reabsorção, suster penso
compressivo
Proteção e oclusão – protecção de uma ferida
Imobilização – fraturas, entorses, luxação, correcção de deformidades
Extensão – promover extensão ou suspensão
Material:
1. Ligaduras de gaze
São absorventes e porosas, permitindo a circulação. Dão pouco suporte, utilizados
principalmente para segurar pensos volumosos. Utilizados uma vez, pois desfiam-se com
facilidade
2. Ligaduras elásticas
Feitas com algodão e látex, permitem manter uma pressão firme, moldando-se bem às
superfícies a ligar. Previne o edema das extremidades, facilitando o retorno venoso
3. Ligaduras elásticas com adesivo
São adaptáveis e aderentes, tendo adesivo num dos lados. São utilizados para aplicar uma
pressão firme e uniforme, nomeadamente quando há hemorragia e é necessário fazer
compressão para promover hemóstase. (quando aplicadas de forma muito apertada podem
causar compromissos circulatórios e/ou neurológicos – necessário avaliação frequente)
4. Ligaduras tubulares
Em forma de tubo.
a. Ligadura tubular: de rede elástica
o É adaptável, sendo por isso utilizada para manter pensos em áreas difíceis como axilas
e em torno das articulações. A rede elástica facilita a mudança frequente dos pensos e
aplica-se muitas vezes em pessoas que perderam pele por frequentes remoções de
As ligaduras demasiado apertadas são desconfortáveis, perigosas e podem causar dano permanente
sempre que o doente refira algum sinal/sintoma de compromisso circulatório e/ou neurológico
deverá ser substituída a ligadura de modo a evitar a morte dos tecidos.
Tipos de volta
Espiga
Este tipo de volta é uma variante da volta em oito. Todas as voltas se sobrepõem
num ângulo agudo e sobem e descem alternadamente.
Ex: espiga do antebraço
Leque
Este tipo de volta sobrepõe-se de uma forma oblíqua alternadamente ascendente
e descendente
Cada volta cruza a anterior, formando um oito
Fica com um aspeto de um osso de arenque e usa-se para articulações, mantendo
assim a sua flexibilidade
Espiral
Tipo de volta que apenas se sobrepõe parcialmente à anterior. Usa-se mais
frequentemente em porções cilíndricas.
Volta recorrente
Este tipo de volta utiliza-se em áreas arredondadas, como um coto após a
amputação, a cabeça ou, por vezes, os dedos
EVOLUÇÃO C O NC EP T U A L
Virgínia Henderson (1961): expressar emoções enquanto necessidade para reduzir a tensão, o
medo, a ansiedade …
Jean Watson (2002): a ciência do cuidar não pode permanecer desligada ou indiferente à
experiência das emoções nos processos de saúde-doença – dor, alegria, sofrimento, medo,
raiva…
PERSPETIVA M UL T I D I M E N S I O N A L
PADRÕES DE R E S PO S T A S H U M A N A S
ÁREA D E ES T U D O T R A N S D I S C I P LI N A R
Obras de Filósofos
Aristóteles (384 a 322 a.c.) – “Retórica”
o As emoções está ligadas à ação e derivam daquilo em que acreditamos.
Descartes (1649) – “As Paixões da Alma”
o Explicação de emoções fundamentais (espanto, desejo, alegria, amor, ódio e
tristeza) em relação às suas bases neurofisiológicas.
Espinosa (1675) - "Ética"
o Aceitar e compreender as nossas emoções é fundamental para ser libertado dos
seus efeitos compulsivos: moderação e controlo emocional
Filósofo Aristóteles
As emoções estão ligadas à acção.
As emoções estão associadas a coisas.
O P R O C ES S O E M OC I O N A L
Cognição
Ação
Emoção
Emoções/Sentimentos
Os sentimentos são necessariamente invisíveis para o público, tal como outras imagens
mentais, escondidas de quem quer que seja exceto do seu devido proprietário, a
propriedade mais privada do organismo em cujo cérebro ocorrem
As emoções desenvolvem-se no teatro do corpo e os sentimentos no teatro da mente
Os sentimentos são gerados pelas emoções e permitem que as emoções se tornem conscientes
para a pessoa.
E M O Ç Õ ES EM E N F ER M A G E M
Cuidar em Enfermagem envolve a compreensão da experiência humana associada aos
processos saúde-doença
E o desenvolvimento da relação enfermeiro-cliente que é facilitadora da recuperação do
bem-estar e da saúde global.
O processo relacional é um meio de comunicação e libertação de sentimentos humanos.
A dimensão emocional revela-se multifacetada e importante em questões como a
retenção de profissionais, a satisfação no trabalho, a satisfação do cliente, o
desenvolvimento profissional e a prática de cuidados.
Eu presto cuidados COM o outro (cliente/família) – interacção de cuidados. Ao estarmos em interacção com
o outro, estamos obrigatoriamente a comunicar, e se estamos a comunicar estamos também a expressar
emoções »» o enfermeiro também está a comunicar, também está a expressar emoções, pois também é
humano.
Nesta interacção de cuidados o enfermeiro precisa de cuidar do paciente, estar ali para o apoiar nas suas
emoções, controlando as suas próprias emoções.
Para o enfermeiro promover o conforto/bem-estar da pessoa e para que esta atinja um estado de equilíbrio
necessita de ter as suas NHF satisfeitas. Assim, o enfermeiro tem de estar atento a isso e ter em conta a sua
expressão, o seu comportamento, o seu modo de comunicar terapêutico, etc. »» É necessário termos
consciência de nós próprios porque, se expressarmos emoções de forma não controlada, as acções que
realizamos poderão não ser as mais adequadas.
O fugir torna-se por isso uma resposta muito emocional »» O problema é o não-verbal dos profissionais (se
eu achar que certa pessoa tem uma aparência desagradável, posso até não dizer que não gosto da pessoa
mas a minha linguagem não-verbal poderá “dizer” isso ao cliente).
CUIDAR E O F E N ÓM E N O D A E M O C I ON A L I D A D E E M E N F ER M A G E M
Cuidado como afeto (Morse et al., 1990)
Tornar-se emocionalmente aberto para o outro (Swanson, 1993)
Cuidar é um meio de comunicação e libertação de sentimentos humanos (Watson, 2002)
Ausência de afeto (frieza da técnica); ligação da emoção aos cuidados “físicos” (Collière,
2003)
Atmosfera afetuosa e proximidade carinhosa (Mercadier, 2004)
(1675) “Ética”
o Aceitar e compreender as nossas emoções é fundamental para ser libertado dos
seus efeitos compulsivos – moderação e controlo emocional
A emocionalidade associada às experiências de saúde-doença que acrescenta sofrimento
à vivência dos clientes (experiência emocional da pessoa com doença crónica, ansiedade da cirurgia,
angústia de separação).
EXPRESSÃO E G E S TÃ O E M O C I O N A L
2. Interpretação (empatia: capacidade de nos “pormos na pele do outro” mas sem nos
despersonalizarmos »» aproximarmo-nos da experiência emocional do outro – com a
3. Validação (Quando devolvo a minha leitura emocional do outro é necessário dar espaço
para que ele possa corrigir/explicar o seu próprio sentimento)
o Relação de cuidados (alguns ingredientes básicos dos cuidados que servem como
pilares na relação »» manifestação de respeito, responsabilidade, demonstração
de disponibilidade e de empatia)
o Estratégias específicas e direccionadas (para cada emoção concreta) »» Variam
com os estados emocionais dos clientes » ajudar os clientes a verbalizar, criar
uma oportunidade para tal; ao falar das emoções, o cliente consciencializa-se das
mesmas.
Não se deixar
afetar
Atenuar
positivamente as
suas experiencias
Compreender as respostas
dos clientes
O T R A B A L H O E M O C I O N A L E M E N FE RM A G E M
Habilidade para:
Conhecer as nossas emoções em tempo real
Gerir as emoções
Motivarmo-nos a nos próprios
Reconhecer as emoções dos outros
Gerir relacionamentos
Aptidão para:
Conhecer e tratar com o ambiente de forma afetiva e adaptativa
ESTRATÉGIAS F O R M A T I V A S P A R A O D E S E M PE N H O D O T RA B A L H O
EMOCIONAL
Mann (2005): análise das práticas no local de trabalho com enfermeiros experientes;
treino de competências emocionais “centradas no cliente”; treino centrado no
autoconhecimento; aprendizagem reflexiva (supervisão clinica).
Smith & Hunter (2009): técnicas de dinâmica de grupo; reflexão sobre a prática;
autoconhecimento das emoções.
Huynh, Alderson & Thomson (2008): treino de autoconhecimento; sessões de guipo
para análise de situações (supervisão clinica); prática reflexiva.
A S PE T O S E M O C I O NA I S N O C U I D A R DE E N F E R M A G E M
Transmitir “bons” sentimentos a quem é cuidado e promover espaços para a expressão e
gestão emocional ena relação de cuidados
A E X P R E S S Ã O D E EM O Ç Õ E S N A C RI A NÇ A
O RN expressa emoções através do choro, agitação motora, coloração da pele ou
sudorese … “sinais de desorganização”
O lactente e toddler respondem com choro/medo à ausência da mãe ou a qualquer
procedimento (avaliação temperatura); as birras revelam a sua imaturidade na gestão
emocional
O pré-escolar já expressa verbalmente as suas emoções mas é mais fácil através do
desenho; se não gosta de uma pessoa diz “és feia!”; a brincadeira com pares é já um
espaço de expressão de emoções.
O escolar domina a linguagem e já conhece algumas emoções de modo a identifica-las;
mobiliza estratégias de gestão emocional como respiração profunda ou imaginação
guiada.
A E X P R E S S Ã O D E EM O Ç Õ E S N O J O V E M
Expressão/respostas emocionais variadas e extremadas: choroso, falador, nervoso,
silencioso, escarnecedor, provocador, hostil, agressivo ou calmo e confiante
Quando pouco confiante, hostil e agressivo expressa-se por monossílabos, olhar
distante, virar a cara
Disrupções emocionais/labilidade emocional (hormonal)
Estados de ansiedade podem conduzir a episódios de lipotimia e mesmo alterações
cardíacas
Expressão verbal mais fácil com pessoas “estranhas”
Os problemas de saúde são vividos com intensidade emocional devido ao medo das
alterações da imagem, perda de controlo e possibilidade de morte
A E X P R E S S Ã O D E EM O Ç Õ E S N O A D U LT O
Expressa emoções de acordo com os seus diferentes papéis (parental, profissional, lazer,
amizade
As mulheres expressam mais facilmente emoções; os homens são mais contidos
(reprimem o que sentem)
As dificuldades de expressão e gestão emocional podem gerar alterações
psicossomáticas/perturbação mental
Face à situação de doença, a expressão emocional revela a preocupação com o cuidado
dos filhos; crise familiar
A puérpera pode manifestar sinais de medo, angústia, preocupação com os cuidados ao
bebé; competências parentais
Os pais da criança/jovem doente vivem uma situação de crise emocional
A E X P R E S S Ã O D E EM O Ç Õ E S N O I D O S O
Expressa medo de solidão e de morrer
o Percebe que o fim do ciclo de vida está a chegar, o que lhe traz algum peso,
acabando por fazerem balanços de vida
Revela regressão na regulação e consequentemente expressão das suas emoções,
passando a ter pouco filtro nessa expressão emocional (perda cognitiva, demências)
Apresenta labilidade emocional acentuada quando a perceção da sua vida passada não é
positiva, o presente perde sentido e é difícil perspectivar o futuro
Estados depressivos acompanhados de expressões “já nada vale a pena!”
Expressão emocional de desesperança, angústia, tristeza acompanha a vivência de
doença
Envelhecimento saudável »» projecto de vida revelado pela manutenção de uma actividade diária
e alegria de viver
O primeiro desejo de urinar é percebido pelos sensores da base da bexiga aos 150 ml e a
sensação de plenitude ocorre aos 400 ml. Estes níveis podem ser alterados pelos hábitos.
Quando os impulsos nervosos são enviados à região sagrada da espinal medula inicia-se a
micção, com contracção do detrusor e abertura dos esfíncteres uretrais. A contracção do
detrusor aumenta a pressão intravesilical e força a urina a passar pela uretra que se contrai
e encurta, ao mesmo tempo que os músculos perineais se relaxam. Os impulsos nervosos
também são enviados ao córtex cerebral que controla o esfíncter externo. Se a pessoa acha
que o ambiente não é adequado à micção o esfíncter externo permanece contraído
interrompido o fluxo da urina.
Existem vários reflexos fisiológicos que estimulam a defecação por meio do aumento do
peristaltismo intestinal, entre eles:
Reflexo gastrocólico – quando ingerimos algum alimento, vemos ou cheiramos, ou ainda aquando o início da digestão.
Reflexo ortocólico – mudança de posição, por exemplo, quando uma pessoa acorda e levanta-se
Cultural /
Social
Espiritual
• Horário
• Educação
• Custos de dispositivos • Hábitos e tradições
• Condições sanitárias • Hábitos de higiene
• Condição económica
• Grupos sociais vulneráveis
Material
Tempo de
Calibre
permanência
O que as
distingue?
Número de
Extremidade
vias
Fixação
NÚMERO DE VIAS
2 vias Drenar a urina;
Fixar a sonda.
3 vias Drenar a urina;
Fixar a sonda;
Lavar a bexiga.
EXERCÍCIOS DE KEGEL:
- visam tornar mais fortes os músculos pélvicos -
Identificar os músculos a contrair suspendendo a micção
Descontrair os músculos abdominais
Contrair os músculos do períneo durante 3 a 4 segundos
Relaxar o períneo durante 3 a 4 segundos
Efetuar várias séries de 10 a 15 exercícios por dia
Efetuar séries de exercícios de 5 minutos de duas a 3 vezes por dia.
Recomendações:
Usar bacio para criança ou tampo adaptado á sanita de adulto
Evitar treino de controlo de esfíncteres em fases de stress (perdas, internamento)
Ajudar a reconhecer sinais de necessidade de evacuar
Treinos de 10 minutos na companhia de um adulto que assegura a higiene
Elogiar as tentativas bem sucedidas de evacuar e urinar
Mostrar à criança o resultado da eliminação para relacionar esforço com o efeito
Lembrar à criança o horário de tentar evacuar e urinar
Conceito de imobilidade: situação em que o indivíduo se encontra por ausência total ou parcial
do movimento, voluntária, involuntária e/ou prescrita.
Para que haja movimento é necessário músculos, estimulação nervosa, estrutura óssea,
integridade das estruturas articulares –sem atrito-, vontade, “estar vivo” – ter uma boa condição
cardíaca e respiratória – qualquer alteração numa destas estruturas vai alterar a mobilidade do
indivíduo.
Temos a capacidade física que pode ser potenciada se subtermos o organismo a um estímulo básico de
actividade física
Cultural
Físico /
Psicológica
biológico
Imobilidade
Espiritual Social
IMOBILIDADE PSICOSSOCIAL
1. Alterações da auto-imagem
2. Alterações intelectuais, cognitivas e sensoriais
3. Problemas interpessoais e sociais
Um doente imóvel tem também dificuldade em manter as vias aéreas permeáveis: se este cliente
for também fumador, o risco da via aérea ficar comprometida aumenta exponencialmente, tudo
devido à extensa diminuição da permeabilidade das vias respiratórias.
Sistema Gastrointestinal:
Sistema
Gastrointestinal
Há uma alteração do fluxo devido à actividade muscular redução do progresso dos alimentos;
menor capacidade de absorção; pouco esvaziamento gástrico; alteração do apetite.
Sistema Cardiovascular:
A imobilização dos músculos dos MI leva a uma diminuição do retorno venoso ao coração,
levando a uma estase venosa com consequente aumento da pressão hidrostática sanguínea
dos capilares venosos. Isto leva a alterações do fluxo intersticial, com formação de edema.
Osso – há uma descalcificação óssea com consequente osteoporose, o que leva a fracturas,
deformações ósseas e dor
Músculo – diminuição da massa muscular, resultante em contracturas musculares
Articulação – limitação da amplitude articular e alteração das estruturas da cápsula articular
(as articulações necessitam de um estímulo de pressão para a produção do líquido sinovial)
Há um aumento da quantidade de cálcio no sangue, com aumento de risco de formação de cálculos
renais.
Sistema Urinário
Há retenção urinária porque os neurossensores não vão ser tão estimulados. Consequentemente
há uma maior acumulação de volume sendo maior o risco de infecção, de precipitação e de
refluxo. Se há refluxo a urina vai até aos rins havendo uma maior probabilidade de uma infecção
urinária alta.
Bexiga
Retenção urinária/globo vesical
Infeção urinária
Formação de cálculos
Rim
Hidronefrose
Cálculos renais
Infeção renal
Sistema Tegumentar
Úlceras de pressão
I N T E R V EN Ç Õ ES D O E N F E R M EI R O D E NA T U R E Z A A U T Ó N OM A
Ergonomia
Ciência do trabalho: das pessoas que o realizam e da forma como o fazem das ferramentas
e equipamentos que utilizam dos locais em que trabalham; da forma como se sentem acerca
da sua vida de trabalho. A ergonomia diz mais respeito ao ajustamento do trabalho às
pessoas do que as pessoas ao trabalho.
Aplicação de informação científica associada ao ser humano na concepção de
objectos, sistemas e ambientes para a utilização humana.
Objetivos da Ergonomia
Utilização mais produtiva
Saúde de quem lá trabalha
Componentes da ergonomia
Anatomia básica
Antropometria
Biomecânica
Fisiológica
Psicológica
1. Centro da gravidade
Definido como o centro do espaço que um corpo ocupa, tal apenas será linear
com corpos que sejam uniformes. Ponto dentro de um corpo a partir do qual
existe uma força gravitacional que arrasta o corpo para o centro da Terra.
O corpo humano não tem uma forma regular nem uniforme e modifica as suas
dimensões livremente
Move-se à medida que o corpo muda de posição e pode mover-se de forma
continua
O centro de gravidade encontra-se no interior da pélvis, de modo que estar de
pé exige pouco esforço muscular. Porem, as pessoas que não conseguem
controlar a sua pélvis não conseguem permanecer de pé sem ajuda
Ausência de controlo estático da pélvis: não consegue estar de pé
Ausência de controlo dinâmico da pélvis: não consegue andar
Para nadar, o corpo deve ser capaz de deslocar a pélvis para um lado,
alterando o centro de gravidade e permitir que o membro que não suporta
Alguns movimentos e mudanças de posição e forma irão colocar o centro de
gravidade fora do corpo físico, o que pode parecer estranho mas explica (….)
Para passar da posição de sentado para pé, mover-se para o bordo do assento
coloca a pessoa
Nas pessoas encontra-se entre as cristas ilíacas, dentro da cintura pélvica. Se um doente não
consegue controlar o centro de gravidade, não vai conseguir andar nem estar de pé.
Este centro move-se com o movimento do próprio corpo, nunca se mantém estável.Para que um
corpo se mantenha em equilíbrio durante a locomoção, o centro de gravidade alinha-se com a
base de sustentação.
Se o centro de gravidade sair da zona da cintura pélvica, mover o cliente é muito difícil, é
necessário inclina-lo para a frente para o seu centro de gravidade estar em conformidade com a
base de sustentação,facilitando o movimento.
Alavancas: quanto maior for a alavanca externa a puxar o corpo para a frente, maior será a força
que os músculos e ligamentos necessitam de produzir para manter o corpo estável nessa
posição.
Forças
Fricção
M E I OS A U X I L I A R ES D E M A R C H A / DI S PO S I T I V OS A U X I LI A R E S D E M A RC H A
São dispositivos que têm como finalidade auxiliar pessoas com alterações na locomoção. Essas
alterações que causam deficiência/incapacidade podem ser: temporárias, prolongadas ou
permanentes.
É importante saber se a pessoa quer utilizar o meio auxiliar de marcha, e esse uso faz sentido
para ela. A nossa opinião é importante mas a última palavra é da pessoa em questão.
Dispositivos:
Canadianas
1.1 Canadianas de antebraço (lofstrand)
Têm bandas metálicas que envolvem o antebraço e peso do corpo é
suportado no apoio de mãos.
Ajuste:
Avaliar a altura do doente menos 40,5cm;
Com a pessoa de pé as canadianas devem afastar-se lateralmente dos pés
15 a 20 cm; (dá uma maior estabilidade)
Os apoios das mãos devem ajustar-se de tal modo que os cotovelos façam
uma flexão de 15º a 30º
1.2 Canadianas axilares
Têm uma barra que fica colocada sob a axila do utente mas o seu peso é
sustentado pelas mãos nos respectivos apoios
Ajuste:
Deve haver um espaço de 6 cm entre a axila e o topo da canadiana (ter em
atenção a distância da canadiana à axilar, devido à presença de estruturas que podem ficar
danificadas/lesadas com o uso incorrecto)
2 Bengalas
As bengalas são utilizadas quando não é possível fazer carga total.
São unilaterais
Constituídas por: cabo, haste e base
Podem ser:
o A um pé;
o Três pés – tripé;
o Quatro pés
A bengala deve ser ajustada ao cliente de modo que o cabo fique ao nível do
trocânter. Esta posição vai colocar o cotovelo com um ângulo de flexão adequado
(15 a 30º) quando usa a bengala. A bengala deve ser usada do lado oposto ao
membro lesado.
3 Andarilho
São usados por pessoas que não podem fazer carga total num ou nos dois
membros inferiores ou que têm pouco equilíbrio (permite dar estabilidade) –
utilizado em casos em que houve um comprometimento do estado neurológico, em AVC’s p.e.
Fornecem uma base de apoio mais ampla do que outros auxiliares de marcha,
rodeando o utilizador por 3 lados e apoiando-se no chão por quatro pontos.
Passivo assistido
Tipo de
movimentos
Activo resistido
livre
Movimento passivo :São produzidos por uma força externa sem a ajuda da pessoa. (são
feitos por outra pessoa)
Movimento activo: São produzidos por uma força interna sem ajuda externa. (são feitos pelo
próprio)
Movimento assistido
Realizam-se com a acção da força da gravidade anulada, ou diminuída, quer por
meios mecânicos quer por quem os ajuda a executar ou os executa.
Permitem à pessoa realizar movimentos que não poderia realizar quando há um
défice de força muscular.
A assistência pode realizar-se em toda a amplitude do movimento ou só em
parte.
Movimentos resistidos:
São movimentos que se realizam contra uma resistência
Movimentos Livres
• São movimentos que se realizam sem ajuda nem resistência.
Contracções isométricas
• Os músculos mantêm o mesmo comprimento (exercícios musculares estáticos).
Contracções isotónicas
• Os músculos contraem-se e encurtam-se, produzindo o movimento.
Articulação Pescoço
Articulação Escapulo-umeral
Antebraço
Articulação do punho
Articulação dedos
Articulação coxo femoral e joelhos
Articulação tibio társica
A U L A TP - A L T E RN Â N C I A DE D EC Ú BI T O / P O S I C I O N A ME N T O
Consiste em colocar, ou ajudar a pessoa doente (ou não) a adotar uma posição na cama,
respeitando os princípios e proporcionando conforto.
Posicionamentos, quando?
o Sempre que a pessoa, por si só, não o consiga fazer devido: a: perturbações da
consciência (coma), mobilidade (traumatismos vertebro-medulares) ou
sensibilidade.
NOTA:
Não mudar de posição durante 8h pode ser suficiente para adquirir úlceras de pressão.
Objetivos:
o Proporcionar conforto.
o Prevenir alterações músculo-esqueléticas.
o Manter a integridade do tecido cutâneo e tecidos subjacentes.
o Alternar o campo visual de modo a permitir uma estimulação sensorial.
Princípios:
o Manter o alinhamento do tronco e subjacentes corporais.
o Distribuir o peso equitativamente pela superfície de apoio.
o Manter as estruturas articulares sem tensão.
o Assegurar a alternância de posições dos segmentos corporais.
o Permitir uma adequada estimulação motora e sensorial
A U L A TP – L E V A NT E E T R A N S F E R ÊNC I A
GRAU DE DEPENDÊNCIA
Independente: Cliente realiza tarefas de forma segura, sem assistência de pessoal, sem
dispositivos auxiliares de transferência
Assistência Parcial: Cliente não necessita de mais ajuda do que estar presente, fornecer
orientação ou incentivar. O enfermeiro / cuidador pode ser necessário para suportar até 16
Kg de peso (cliente)
Deve ser realizada uma avaliação antes de cada actividade se o cliente tiver um nível de capacidade de ajuda
variável devido a razões clínicas, fadiga, medicamentos, etc. Quando houver dúvida, assumir que o cliente
não pode ajudar na transferência / reposicionamento.
Avaliação da pessoa:
Estabilidade dos Sinais Vitais (hipotensão ortostática)
Estabilidade de valores laboratoriais (Hemoglobina, Hematócrito)
Capacidade sensorial e sensitiva (Visão, audição, sensibilidade táctil e postural)
Capacidade motora (força muscular, mobilidade / amplitude articular, equilíbrio,
coordenação motora)
Capacidade cognitiva (em termos de compreensão e de colaboração)
Motivação
Risco de Quedas (Escala de Morse)
Preparação do ambiente:
Espaço suficiente para realizar a transferência (onde circule, por exemplo, a CR)
Chão limpo e seco
Boa iluminação
Roupa e calçado adequados
Colocação de meias de contensão elástica
Esfigmomanómetro
Meios auxiliares de marcha acessíveis (bengala, pirâmide, canadianas, andarilho)
Necessidade de colaboração de outro Profissional
Transferir de / para: cama / cadeira, cadeira / WC, cadeira / cadeira, carro / cadeira
Levante da cama sem ajuda
Levante da cama com ajuda de 1 profissional
Levante da cama com ajuda de 2 profissionais
Levante da cama com ajuda de dispositivo
Levante da cama, com ajuda disco giratório
Deitar-se, sem ajuda
Levante do cadeirão, com ajuda
Levante do cadeirão para caminhar com andarilho, com ajuda
Levante da cama para cadeirão, com ajuda e cinto
Para ajuda na transferência sentado, deve ter uma cadeira com os braços retrácteis ou
amovíveis. Se o cliente tiver capacidade de suportar o seu peso parcialmente, transferir na
direcção do lado com maior força.
ALGORITMO 2:
ALGORITMO 3:
Transferência de / para: cadeira / Maca ou Cadeira / Mesa de exame
Levante do cliente da cama, com elevador
Isto não é uma tarefa para apenas uma pessoa, não puxar o cliente para cima a partir da
cabeceira da cama. Ao puxar um cliente na cama deve estar horizontal ou em posição de
Tredelenburg (quando tolerado) tendo o auxílio da força da gravidade, com a protecção
lateral da cama para baixo. Para clientes com UP em estádio 3 ou 4, devem ser tomadas
mediadas para evitar forças de cisalhamento. A altura da cama deve ser ajustada para
segurança pessoal (altura dos cotovelos). Se o cliente pode ajudar a reposicionar-se na
cama, pedir-lhe para flectir os joelhos e fazer força empurrando com os pés apoiados da
cama ao contar até 3.
ALGORITMO 5:
Reposicionamento na cadeira: Cadeira de rodas e Cadeirão
Reposicionamento do cliente na cadeira
Tirar o máximo partido das funções da cadeira, por exemplo, reclinar a cadeira ou utilizar o
apoio de braços para facilitar o reposicionamento.
A termorregulação é inata
Aumentando a produção de calor no corpo quando a temperatura cai, ou aumentando a
perda quando as condições se tornam desconfortavelmente quentes”
E geralmente eficiente… fazendo ajustamentos fisiológicos e comportamentais para
manter a temperatura central do corpo em torno dos 37ºC
Ajustamentos fisiológicos e comportamentais, mas vai depender de factores que
condicionam esses ajustamentos
Criança e termorregulação
A produção de calor diminui continuamente à medida que o lactente cresce
“As crianças são altamente susceptíveis à flutuação na temperatura. A temperatura
corporal (…) e aumenta em caso de exercício activo, choro ou stress emocional.
Infecções podem elevar rapidamente a temperatura em latentes e crianças mais novas
O latente e a criança pequena, durante brincadeiras mais activas ou se estiver
pesadamente vestida, provavelmente estará superaquecida.
A intervenção do enfermeiro
As actividades do paciente que visam manter a sua temperatura corporal são susceptíveis
de serem modificadas por uma intervenção do enfermeiro
o Acções de complementaridade e/ou
o Acções de orientação/educação do cliente/família
A INTENÇÃO da intervenção do enfermeiro é:
o Ajudar a manter a temperatura corporal dentro dos limites considerados normais
(cliente apirético) – identificar factores de risco
o E manter as condições do ambiente no nível de conforto para o cliente
As acções do enfermeiro podem ser acções em complementaridade e/ou
acções de orientação/educação do cliente/família
Relaciona a influência da não satisfação desta NHF com a satisfação das outras necessidades humanas
fundamentais.
CONCEITOS:
Vestir: ação de trocar de roupa com as características específicas: escolher e ir buscar a roupa,
vestir, abotoar e apertar (…) tanto na parte superior como inferior do corpo (…), usar sapatos.
Despir: ação de trocar de roupa com as características específicas: retirar as roupas (…) tanto na
parte superior como inferior do corpo (…); dobrar, pendurar e arrumar as roupas na gaveta ou
armário.
Diminuição da sensibilidade
- Meias brancas, de algodão, sem costuras e sem elásticos fortes
Dificuldade na marcha
- Solas antiderrapantes
- Sapatos fechados / calçado terapêutico
Alterações cognitivas
- Roupas folgadas
- Peças únicas
- Fecho ou velcro atrás ou entre os membros inferiores
Praticar a sua religião e agir segunda as suas crenças é uma necessidade para todo o indivíduo
(…) fazer gestos, atos conformes à sua noção pessoal de bem-estar, de mal e de justiça, e a
persecução de uma ideologia(…)
[há algumas culturas em que há uma grande fusão entre religião e espiritualidade, sendo quase que “obrigatório” ter uma
religião. É necessário reconhecer uma dimensão espiritual em mim e no outro]
<
A pessoa
O homem é um ser capaz de interpretar o mundo que o rodeia, interagindo com o meio
ambiente, influenciando e sendo influenciado, com o desejo e direito a desenvolver o seu
potencial humano (atributo de um ser espiritual – queremos ser sempre melhores) de modo a
poder progredir e contribuir para o progresso da sociedade.
CRENÇAS
Convições pessoais do indivíduo segundo a sua visão da verdade
» Traduzem-se em atitude com as características específicas de:
Convicções
Opiniões
Fé
Cultural – convicção e disposição pessoal para reter e abandonar acções tendo em conta
os valores da sua própria cultura.
Religiosa – convicção e disposição pessoal para reter e abandonar acções tendo em conta
a opinião e princípios religiosos, fé religiosa, que impregna, integra e transcende a
natureza biológica e psicossocial de cada um.
Espiritual - convicção e disposição pessoa para reter e abandonar acções tendo em conta
os princípios de vida que, impregnam, integram e transcendem a natureza social e
psicossocial para cada um.
ESPIRITUALIDADE
… a busca humana por auto-realização (transcendência)
“como essência do ser, a espiritualidade manifesta-se na relação consigo próprio, com os
outros, com a natureza e ser divino ou força de vida”
“a essência do ser e o que nos motiva e guia para viver uma existência com sentido”
“ a tendência ou propensão para atribui significado através do sentido de relação com
dimensões que transcendem o self …”
É a essência da nossa humanidade. É a parte da pessoa que procura a cura, o sentido e
groundedness no meio do sofrimento e da doença.
Atributos da espiritualidade
Fé (crença em algo superior ao próprio)
Relação (consigo, os outros, a natureza ou Deus)
o Dimensão vertical (relação com deus ou entidade superior)
o Dimensão horizontal (relação consigo, com os outros ou com a natureza)
Integração – unificação de mente, corpo e espírito
Processo único e dinâmico influenciado por factores culturais e de desenvolvimento
O idoso: vive habitualmente períodos de transição associados a perda (…) do papel profissional,
de pares por doença ou morte, perdas associadas ao envelhecimento e portanto confronta-se
com o questionamento de sentido para a sua vida e o confronto com a própria mortalidade.
[todos sabemos que somos ser finitos, e os idosos tem muito essa consciência das perdas e de que há um
fim, e que ele está “próximo”. Esta aproximação da morte leva a que façam muito frequentemente um
balanço de vida. Contam muito as histórias de modo a relembrar o passado, pois sabem que só resta
relembrar porque não vão ter outra vida como esta. Apesar de fazer planos tem noção que o tempo não é
uma coisa que pode ser tida em vista como muito longínqua.]
As crianças: não têm recursos para falar sobre esta necessidade, mas desde novos que procuram
sentido (quando perguntam o porquê?).Vão tomando consciência das suas crenças com o seu
desenvolvimento.
Disponibilizar e mobilizar recursos (mobilizar um dietista para um cliente que tem uma dieta
vegetaria; contactar com um sacerdote a pedido de um cliente)