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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO


DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DO SERVIDOR

PROJETO CUIDANDO DA VOZ DO PROFESSOR

Maria Auxiliadora Sena de Souza Castro

Equipe responsável:
Glauber Nilson Abecassis dos Santos
Admilde Socorro da Silva
Adriana de Souza Pontes
Rio Branco – Acre
2023
A voz do professor – aprendendo técnicas vocais

1. Introdução

Dizer que os professores sofrem com problemas de voz não é propriamente uma
novidade. Parece haver um consenso na sociedade de que essa categoria profissional está
mais vulnerável a distúrbios no que diz respeito à saúde vocal. Ficar rouco por um período
soa, até para os próprios docentes, como algo corriqueiro, decorrente de sua rotina de
trabalho.
A cultura de se preocupar com a saúde vocal é pouco presente na profissão docente.
Diferentemente de músicos e atores, por exemplo, o professor não é orientado a aquecer a
voz antes das aulas, poupá-la sempre que possível ou incluir avaliações periódicas com
médicos e fonoaudiólogos em sua rotina. A falta de conhecimento do próprio aparelho
fonador ou de estratégias que possam potencializar a voz sem causar danos ou prejuízos
contribuem para o aparecimento de queixas relacionadas ao distúrbio de voz, por parte dos
docentes.
Regina Zanella Penteado, doutora em Saúde Pública da USP, nos diz que “a saúde
vocal é considerada um aspecto importante da saúde geral e qualidade de vida do
professor, pois a voz é o seu principal instrumento de trabalho e importante recurso na
relação professor/alunos, com implicações relevantes no processo ensino-aprendizagem. ”
Para ela, as alterações de voz (tais como rouquidão ou disfonia, afonia, dor ao falar,
cansaço ao falar, falhas na voz, falta de projeção vocal e dificuldade para falar em forte
intensidade) são responsáveis por um número significativo de queixas, licenças médicas,
afastamentos e readaptações funcionais, representando prejuízos para o trabalhador
professor, para a comunidade escolar e toda a sociedade.
Para Madel Valle, fonoaudióloga especialista em voz, além de ser uma ferramenta
para os educadores, a voz também é a responsável por parte do que os alunos conseguirão
captar e compreender, de acordo com a forma com que o docente modula sua voz.
Existem algumas estratégias que ajudam a evitar a sobrecarga da voz. Algumas não
estão relacionadas diretamente à forma como o professor fala, como, por exemplo, o local
onde ele se posiciona na sala de aula e sua postura. Quando o assunto é a forma de falar e
usar a voz, alguns pontos precisam ser observados, como uma boa articulação das palavras
e aquecimento vocal, exercícios de alongamento do pescoço e vocais, a vibração dos lábios
e língua, pronúncia de fonemas e uso de acessórios para potencializar o uso da voz.
Segundo Madel Valle, é fundamental que os exercícios para voz sejam sugeridos por
um profissional da fonoaudiologia, para que as práticas sejam pensadas de acordo com a
necessidade de cada um: “É muito importante o professor conhecer a fisiologia da voz,
porque é quando conhece que vai conseguir se cuidar melhor. ”

2. Contextualização:
Tendo em vista que o principal instrumento de trabalho desses profissionais é a voz,
a saúde vocal do professor tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores. Todos têm
chegado à conclusão de que os riscos para tais trabalhadores desenvolverem distúrbios
vocais de ordem ocupacional é significativamente alto.
Não há dúvidas de que, devido à alta prevalência de problemas vocais e ao grande
número de professores no país, são de grande relevância, o estudo e o desenvolvimento de
ações preventivas no campo da saúde coletiva, pesquisando não apenas o sujeito, mas
também os aspectos envolvidos no desenvolvimento de seu trabalho. Vale ressaltar que, na
formação dos professores, pouco ou quase nada se tem priorizado quanto às ações de
sensibilização e prevenção de agravos e o autocuidado com a voz.
Os professores sofrem muito com os problemas de voz. A certeza dessa afirmação
com base em estudos, dá subsídios importantes para desenvolvimento de políticas e ações
no que diz respeito à proteção da saúde vocal dos professores, considerando que fazem
parte de uma das categorias profissionais que mais se comunicam oralmente durante o
trabalho, falando diariamente por várias horas, frequentemente em ambientes com
interferências externas, levando-o a forçar cada vez mais a voz.
O Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Administração e
do Departamento de Formação e Capacitação do Servidor, cientes de seu papel na defesa
da dignidade do trabalho docente, não poderia fechar os olhos para um problema tão latente
como é a saúde vocal dos professores. Por isso, será desenvolvido um trabalho de caráter
preventivo, de referência no Estado, visando contribuir com soluções e melhorias nas
condições de saúde vocal dos professores.

3. Equipe do projeto:
Glauber Nilson Abecassis dos Santos – Idealização e monitoramento do projeto;
Maria Auxiliadora Sena de Souza Castro – Responsável pela elaboração do projeto;
Admilde Socorro da Silva – Fonoaudióloga;
Adriana de Souza Pontes: Coordenadora do projeto.
4. Objetivos:
4.1. Geral:
Promover ações de saúde vocal, prevenção de agravos e o autocuidado de
professores da rede estadual.
4.2. Específicos:
 Possibilitar aos professores processos de sensibilização para perceberem a voz
como um recurso da relação homem-mundo, com implicações no campo pessoal,
social e profissional;
 Contribuir para o desenvolvimento da capacidade de atenção, percepção e
reconhecimento da própria voz;
 Promover o conhecimento do aparelho fonador e de estratégias que possam
potencializar a voz sem causar danos;
- Técnicas de aquecimento vocal
- Técnicas de desaquecimento vocal

5. Resultados desejados:
Ao final do projeto, espera-se ter sensibilizado e contribuído para a saúde vocal,
prevenção de agravos e o autocuidado do maior número possível de professores da
rede estadual de ensino.

6. Público-alvo:
Professores da rede estadual de ensino.

7. Estratégias do projeto:

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