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MENSAGEM DO APÓSTOLO
Texto Base: 1Corintios 1:18-25; 2:1-5
“mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos”
(1Co.1:23).
V.P.: “O Cristo crucificado, o centro da mensagem da cruz, é a encarnação da verdadeira sabedoria para a
salvação”.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos do conteúdo da mensagem de Paulo durante o seu ministério, desde quando foi
vocacionado por nosso Senhor Jesus Cristo. Ao direcionar a sua 1ª Epístola aos crentes de Corinto ele disse que quando
fosse ter com eles, anunciando-os o testemunho de Deus, não iria com “sublimidade de palavras ou de sabedoria”
humana” (1Co.2:1). Antes, sua atenção estaria concentrada na verdade central do evangelho: a redenção em Cristo, o
Crucificado, que é o centro da mensagem cristã. Portanto, o conteúdo da mensagem de Paulo era: “Jesus Cristo, e este
crucificado” (1Co.2:2). “Jesus Cristo” se refere à sua Pessoa, enquanto “este crucificado” se refere à Sua obra. A Pessoa
e a obra do Senhor Jesus constituem a substância das boas-novas cristãs. Esta mensagem era a verdadeira pregação do
Evangelho que Paulo pregava - “Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em
sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo” (1Co.1:17).
1. “Evangelho de Cristo”
O apóstolo Paulo foi vocacionado para pregar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Logo, não é de se
admirar que ele proferiu esta expressão tantas vezes em suas epístolas – 54 vezes, segundo afirma o pr. Elienai Cabral.
O Evangelho tem poder para transformar a cultura dominada pela iniquidade; estudamos isto na Lição 10 do 1º
trimestre de 2020. O apóstolo Paulo afirmou: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de
Deus para salvação de todo aquele que crê...” (Rm.1:16). Paulo não se envergonhava de levar as boas novas de Deus à
cidade sofisticada de Roma, apesar de essa mensagem ser pedra de tropeço para os judeus e loucura para os gregos,
pois sabia que ele “é o poder de Deus para a salvação”, ou seja, diz como Deus, por seu poder, salva os que creem em
seu Filho. Esse poder é oferecido da mesma forma a judeus e a gentios.
Sem o Evangelho as pessoas estão perdidas, por causa de seu modo de vida iniquo, conforme narra Rm.1:18 –
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade em
injustiça”.
Embora não seja possível converter todas as pessoas de uma determinada cultura, podemos fazer com que
muitas pessoas sejam influenciadas pela pregação do Evangelho. E a melhor e mais impressionante forma de pregarmos
o Evangelho é vivermos de acordo com o Evangelho; é termos uma vida sincera e irrepreensível diante de Deus e dos
homens, como Paulo assim se apresentava. O povo de Antioquia, ao ouvir a mensagem do Evangelho, começou a
chamar os discípulos de cristãos, porque, ao compararem o modo de vida de cada crente com o que era mostrado nas
Escrituras, descobriram que os crentes daquela Igreja eram “parecidos com Cristo”, ou seja, eram “cristãos”. Somos
assim atualmente?
2. “Cristo Crucificado”
“Cristo Crucificado” é o tema dominante nas mensagens que Paulo pregava. Em Gálatas 3:1, ele afirma: “[...]
não foi diante dos olhos de vocês que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?” (NAA). O evangelho centraliza-se na
morte de Cristo. A morte substitutiva de Cristo na cruz é o ponto central e culminante do evangelho. Portanto, não há
outro evangelho a ser pregado a não ser “Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co.2:2).
Observe que Paulo não apresentou Jesus como um ilustre mestre da religião, ou mesmo como o supremo
exemplo da espiritualidade. Não. Antes, Paulo pregou “Jesus Cristo, e este crucificado”; ou seja, Paulo anunciou a morte
de Cristo na cruz. Todas as vezes que a Igreja perde de vista a centralidade da morte de Cristo, ela perde a essência do
próprio evangelho. A mesma cruz que era escândalo para os judeus e loucura para os gregos, era o conteúdo da
pregação de Paulo; ele se gloriava daquilo que os judeus e gregos se envergonhavam. Como nós hoje estamos
precisando ter este mesmo sentimento do apostolo Paulo! Não podemos deixar de pregar o Cristo Crucificado.
3. “Cristo Ressurreto”
Outra expressão importante no ministério de pregação de Paulo é: “Cristo Ressurreto”. Este é um fato bíblico e
comprovadamente histórico. É o episódio que dá sentido e significado à fé cristã. Sem ela, como disse o apóstolo Paulo,
o cristianismo não teria razão de ser (1Co.15:14). Ela é o fato que distingue o Cristianismo de toda e qualquer outra
religião, é a verdade que demonstra que Jesus é o Salvador do mundo, a Verdade e a Vida.
O primeiro argumento para fundamentar a doutrina do Cristo ressuscitado tem sua base na Palavra de Deus;
depois temos as provas factuais, pois a ressurreição de Jesus é um fato incontestável. A Bíblia afirma que Jesus "... se
apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias" (At.1:3). A expressão
"infalíveis provas” refere-se à prova baseada em fatos que, por si só, suscitam credibilidade. Essas provas infalíveis e
incontestáveis jamais puderam ser refutadas. As autoridades religiosas de Jerusalém lutaram muito para neutralizá-las,
mas não o conseguiram (Mt.28.11-15).
O apostolo Paulo testemunhou a aparição do Senhor ressuscitado, conforme ele mesmo testifica (1Co.15:8) – “e,
por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo”. Após ter um encontro pessoal com Jesus
ressurreto, Paulo não pôde negar a realidade da ressurreição de Cristo, e passou a pregá-la (1Co.15:1-4), mesmo que
isto representasse o escárnio dos intelectuais de seu tempo (At.17:32). Como entender que alguém tão letrado e versado
tanto na lei judaica, quanto na filosofia grega ou no direito romano, renegasse todo o seu conhecimento e o saber que
tinha em nome de uma “ilusão”, de uma “alucinação”, “alucinação” que o levaria a enfrentar morte e perseguição? Não
há como se justificar tal fato senão pela circunstância de que a ressurreição é uma realidade que gera fé e esperança por
meio de Jesus, que dá sentido à vida espiritual.
A ressurreição de Jesus é o fundamento da nossa fé, é o motivo da esperança que faz com que o crente não se
desespere ao ver a partida de um irmão em Cristo. Assim como Jesus ressuscitou, também os crentes que morrerem
antes da volta do Senhor ressuscitarão (1Co.15:51-54). Esta é a mais sublime esperança do crente em Cristo Jesus.
CONCLUSÃO
A mensagem da cruz é a mensagem central do cristianismo e não existe cristianismo verdadeiro sem a
verdadeira compreensão da obra de Cristo na cruz. A morte de Cristo é o ponto central da história. Para ela, todas as
estradas do passado convergem; e dela saem todas as estradas para o futuro. Somente encontramos Jesus se pudermos
vê-lo como Cristo crucificado e Ressurreto. Não podemos vê-lo antes da cruz somente, nem depois somente. Muitos
param antes da cruz; outros tentam encontrá-lo somente como ressuscitado. Muitos evitam a cruz, e assim fazendo
rejeitam a Jesus. É bom ressaltar que não estamos simplesmente falando do madeiro em si mesmo, mas da “cruz” de
Cristo que representa a sua obra redentora mediante sua morte substitutiva no Calvário.