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O pensamento científico tem raízes profundas na história humana, conseguimos delinear o seu
nascimento na Grécia antiga, os pensadores da época trespassam séculos com as suas
descobertas, nomeadamente, Euclides, Aristóteles e Demócrito.
Posteriormente, na Idade Média, a restrição desta forma de pensar foi propagada, visto
competir com a forma de pensar da teologia, poucos nomes destacaram-se neste período,
como, Robert Grossteste e Roger Bacon.
Para a oposição dos antigos, Copérnico (1473 – 1543), adotou a conjetura do heliocentrismo,
ele na sua publicação “revolutionibus orbium coelestium” explicou o duplo movimento dos
planetas, em torno de si e do sol, esta teoria recebeu o nome de “sistema de Copérnico”.
Portanto, foi o primeiro a separar a cosmologia da teologia.
No entanto, alguns fatos eram infundados, evidentemente, supunha que os movimentos dos
astros eram contínuos. Diante disso, Kepler (1571 – 1630) obteve uma totalidade de
perspetivas, ao herdar os cadernos de Tycho Brahe, constata que as órbitas dos planetas
originam elipses, a velocidade do movimento dos astros não é uniforme, destarte, tornou-se o
primeiro Astrofísico. Ele trouxe inovações para o sistema geométrico e físico, estas tratando-
se:
Galileu Galilei (1564 – 1642), originou modernas ideias sobre o movimento da terra e noções
mais complexas emergiram, em sequência, produziu o primeiro telescópio, sincronicamente,
assimilou as suas observações aos experimentos de Copérnico e cessou a noção do
geocentrismo. Apesar disso, careceu de refutar os seus trabalhos, dado que o anterior de
Ptolomeu era o aceito pela igreja.
Outros nomes importantes da época destacaram-se por seus trabalhos, tornando-se estopim
para a revolução científica, por exemplo:
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William Gilbert (1544 – 1603) foi o primeiro a fazer experiências no ramo da
eletrostática e do magnetismo, relatou as suas investigações com minuciosos detalhes,
com o intuito de que posteriores a ele conseguiriam replicar e verificar os seus
resultados;
Andreas Vesalius (1514 – 1564) trouxe novos conceitos sobre a anatomia humana nas
suas publicações “De corporis humani fabrica libre septem”, assim tornou-se o
fundador da anatomia moderna.
Nos séculos posteriores, outro movimento intelectual nasceu que iria revolucionar a forma de
pensar, designadamente, o iluminismo. Dedicavam-se, os filósofos presentes (Montesquieu,
Voltaire e Rousseau), ao fim do regime da monarquia absoluta e mercantilista.
O filosofo racionalista precursor para o pensamento iluminista foi René Descartes (1596 –
1650), com a sua teorização e pensamento, em especial, no livro “O discurso do método” que
ajudou na aplicação do método científico dedutivo.
Neste período, a ciência teve um grande crescimento, por mérito de um grande nome, Isaac
Newton (1642 – 1727), a suas leis fazem parte da origem da mecânica clássica e conduziram
as noções do pensamento científico da época. As suas maiores teses equivalem a:
1. Princípio da inércia;
2. Princípio da dinâmica;
3. Princípio da Ação e Reação.
Por consequência a esta descoberta, o mesmo assimilou estes princípios com as “Leis de
Kepler”, elucidando um novo conceito de movimento dos planetas, advento da gravitação. Em
função disso, estabeleceu um novo ramo da cosmologia, a mecânica celeste.
A decomposição da luz solar. Esta investida expôs que a luz branca do sol é
constituída por todas as cores, constatou isso após colocar sobre um prisma e notar
depender de um desvio na luz, que geravam comprimentos de onda, para mudança da
tonalidade.
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Assim, construiu o primeiro telescópio refletor prático e modificou ao longo da pesquisa para
correção das cores propagadas.
Outro grande nome para a ciência, neste contexto histórico, foi Gottfried Wilhelm Leibniz
(1646 – 1716), este instituiu a dinâmica, examinou o sistema metafísico em busca de uma
consequência universal e teorizou que o raciocínio pode ser diminuído com uma ordem de
elementos.
Subsequente, nos séculos XIX, XX e XXI, o método científico moderno tem uma ascensão
apreciável, por efeito da delimitação entre a filosofia e a ciência, as sociedades científicas
especializadas assomam e a palavra “cientista” apresentou-se a todos.
Na biologia, um ilustre nome surge, Charles Darwin (1809 – 1882) na sua coletânea de
observações, descobre que a adaptação dos meios tem vínculo com a aparição de novas
espécies. A preservação das dissemelhantes e das variações favoráveis, do mesmo modo, que
a eliminação das prejudiciais, foi nomeada por ele de seleção natural.
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Os quanta de luz, ao utilizar a luz ultravioleta sobre metais, constatou que o efeito
fotoelétrico, apenas era possível com partículas que compõem a luz e carregam a
energia nas radiações eletromagnéticas, nomeadamente, os Fotões;
O movimento browniano, consistiu na explicação que as consequências nos grãos de
pólen, observadas por Robert Brown, eram o efeito das moléculas da água e o seu
movimento.
A teoria da relatividade restrita, ao notar que os princípios da relatividade poderiam
adequar-se a física, em 1905, publicou os resultados do fruto do seu pensamento, de
modo que declarou que a massa era uma medida da energia contida nos corpos. (E=
mc²)
Relatividade Geral, mudou toda a noção de espaço-tempo, de intenção de explicar
geometricamente a gravidade, na união da relatividade especial e a lei da gravitação
universal de Newton.
Na antiguidade, a linha de separação entre as ciências e a filosofia não existia, apenas com
Aristóteles (384 – 322 a.C.) que organizou as áreas de conhecimento, dividindo-as, devido ao
seu pensamento de catalogar a realidade para ter uma noção melhor dos fenómenos.
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O renascimento surge com o antropocentrismo, o homem volta a ser considerado um ser
capaz de obter conhecimento da realidade, com a produção científica vigorando novamente,
origina-se a ciência moderna.
o René Descartes, racionalista, argumenta que a razão ordenada pelo método,
adquire princípios evidentes, claros e distintos, autónomos da experiência.
Thomas Kuhn(1922 – 1996), físico, que se empenhou para a análise da história da ciência,
notou uma inadequação nesta, assim, este teorizou que o progresso cientifico não era linear e
evolutivo, mas sim, uma série de paradigmas que se enfrentam entre si. Um
“paradigma”(mecânica de Aristóteles, ótica de Newton e a eletricidade de Boyle) é um
modelo. (1962)
No seu livro “A estrutura das revoluções cientificas” este projeta as teses do conhecimento e
traça o aspeto das revoluções científicas, a estrutura delineada por ele é uma sucessão: (1962)
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o Fase pré-paradigmática: Divergência de opiniões, confusão no mundo
científico e não compõe uma ciência verdadeira;
o Ciência normal= Adquiri um paradigma, onde a pesquisa tem de ser
estabelecida em teorias, métodos e exemplos deste, para trazer uma extensão
dos factos; “Em vez disso, a pesquisa científica normal está dirigida para a
articulação daqueles fenómenos e teorias já fornecidos pelo paradigma.”
(Kunh, 1962 – 1998, Pp. 45)
o Crise: Na analogia do autor sobre os “puzzles”, ao paradigma ser levado ao
extremo, assim surgem as “peças” que não se encaixam, nomeadamente,
“anomalias” e quando se acumulam, ocorre a emergência gradual por parte dos
cientistas e uma resistência a mudança, é dado o tempo para trocar o
paradigma; “A esse respeito, a pesquisa dos períodos de crise assemelha-se
muito à pesquisa pré-paradigmática, com a diferença de que no primeiro caso
o ponto de divergência é menor e menos claramente definido.”(Kunh, 1962 –
1998, Pp. 115)
Esta crise tem três formas de término, uma resolução através do segundo caso, o problema é
passado para o futuro ou adaptação ao paradigma novo.
Em contraposição, Karl Popper (1902 – 1994) acredita que as teorias não podem ser
consideradas verdadeiras para o progresso científico. Enquanto umas são eliminadas no
processo de refutá-las no seu princípio da “falsiability”, outras, sobrevivem a este processo de
demarcação sendo corroboradas. Para afirmar este conceito, utiliza da verosimilhança das
teorias, para ele a verdade é um ideal regulador. Logo, o progresso cientifico é uma
aproximação da verdade, pois o seu método das refutações é rigoroso, lógico e sem nenhuma
influência da personalidade dos cientistas.
No âmbito dos contrastes entre essas áreas, observa-se que a ciência natural não há influência
entre a teoria e a realidade, o real opera de forma autónoma. As ciências naturais limitam-se a
descobrir leis, já as ciências sociais criam as leis e alteram as próprias legislações.
Para Wilhelm Dilthey(1833 – 1911) a demarcação entre elas é verificada no objeto de estudo
e no método, na sua análise as ciências naturais explicam, ao passo que nas ciências sociais
tem um conceito da metodologia geral e tentam compreender os fenómenos através da
exploração de uma vivência.
Em suma, com base na história e nas perspetivas vislumbradas, a ciência é a eterna busca pelo
conhecimento do que esta a nossa volta, esta renova-se, a nível dos modelos de problemas que
esta sendo solucionada, por exemplo, atualmente, o paradigma é a resolução das alterações
climáticas. Nesse sentido, a parte social, realiza estudos para observar como os fatores
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coletivos afetam a atmosfera, já na parte natural, estuda como resolver esta questão e como se
sucedeu.
Referencia Bibliográfica:
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