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Narrativa Reflexiva
3º ano
Educação Básica
Nº 20226
Esta semana irá ser diferente do habitual para as crianças. Está a chegar as
férias do Natal e já se mostram bastante exicitadas com a ida ao teatro para irem
ver, “A Cinderela no gelo” que irá estar no Allegro de Alfragide.
No primeiro dia desta quinta semana de estágio, a professora começou a
manhã a pedir recados e o dinheiro para o bilhete do teatro. O T não trouxe e a
professora comenta comigo que é o habitual e que da parte da tarde vai ter uma
reunião com a mãe e a psicóloga do agrupamento que está a acompanhar o T.
Pergunta-me se tenho disponibilidade para participar, pois considera importante
que eu tenha contacto com as reuniões de pais para ter uma noção da
complexidade da mesma e também para conhecer mais aprofundadamente as
suas problemáticas. É através deste contacto direto com os pais e encarregados
de educação, que os professores muitas vezes conseguem perceber as
dificuldades, comportamentos, atitudes que os alunos apresentam no contexto
escolar, para assim encontrar as melhores ferramentas e estratégias para ajudar
o aluno com dificuldades fazendo um rabalho em parceria. Segundo Heimburge
e Rief, (2006), a solução para uma escola bem sucedida, baseia-se na partilha
de responsabilidades que abranje o trabalho de equipa. Os alunos têm mais
sucesso na escola quando os pais se envolvem e assumem um papel positivo
na sua educação. As experiências diretas de envolvimento dos pais na escola,
concluem que os resultados escolares desses alunos aumentam
significativamente, comparativamente com os alunos que não estiverem sujeitos
ao envolovimento parental (Madureira & leite, 2003).
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Figura 1- Apresentação da atividade à turma
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Figura 3- O som dos instrumntos através da audição
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Figura 5- Consolidação dos conhecimentos
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Foram várias as vezes em que tive vontade de desistir de implementar esta
atividade. A minha relação com a matemática não é das melhores, mas com a
ajuda inestimável da professora cooperante, mantive o ânimo para avançar com
a proposta pois acho que as crianças estão acima de qualquer obstáculo que
nos possa atravessar o caminho e é por elas que trabalho com muita dedicação
e amor. Esta foi uma atividade que partiu de uma fragilidade da turma como já
referi anteriormente. Foi assim possível trabalhar várias áreas, fazendo uma
articulação entre elas que eu nunca imaginei ser possível.
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A partir da problemática da turma foi
possivel elaborar uma atividade lúdica em
que a noção de conjuntos matemáticos, a
música (instrumentos musicais), o Estudo do
Meio (os sentidos) e as Artes Visuas,
estivessem em articulação numa só
atividade.
Dohme (2003) relaciona o jogo pedagógico
e lúdico, sejam individuais ou em grupo, às
brincadeiras, às atividades plásticas como
recortes e colagens ou pintura, à expressão
dramática, musical e fisico-motora, aos jogos
tradicionais e eletrónicos. O jogo lúdico é um
estado de espírito, que vai fazendo parte da
vida de cada um à medida que vai sendo posta em prática, tendo como finalidade
o prazer. Piaget, citado por Peterson & Collins (1997, p.50), refere que “ao
brincar a criança não se esforça por se acomodar à realidade, pelo contrário,
assimila os objetos e as suas propriedades para sua própria satisfação”. Assim,
de acordo com o autor, a criança dá significado àquilo que esttá a fazer de que
implica o desenvolvimento social, intelectual e moral, sendo por isso crucial a
sua presença na prática pedagógica. Piaget (1990) classifica o jogo e o seu
significado para cada etapa: jogos de exercício, jogos simbólicos e os jogos de
regras. Assim, na fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos), é a fase
em que a criança se sente estimulada, concentrada e integrada na sociedade,
participando em jogos de grupo, compreendendo e pondo em prática as suas
regras. Deste modo considero que o jogo é uma ferramenta útil para o processo
de ensino/aprendizagem que estimula a criança a pensar, a refletir e deste modo
a aprender.
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A atividade lúdica como recurso no processo do ensino/aprendizagem
Primeiro foi feita uma breve reunião com a turma para em conjunto discutirmos
e debatermos ideias sobre da atividade. Como já tinham dado esta matéria em
matemática, foi importante relembrar os conteúdos da mesma e se existiam
dúvidas entre a turma, alguns alunos confundiam a reunião com a Interceção,
então apliquei um exemplo com base no cartaz que têm na sala de aula (fig.6).
Quanto à área de música, considerei que era importante adicionar os
instrumentos musicais visto que do observado das aulas de música, o professor
não utiliza os mesmos para a prática de ensino. Os alunos não tinham qualquer
contacto com instrumentos, não sabiam os nomes, os sons e de que material
eram feitos. Na área de Estudo de Meio foi abordado o tema “os sentidos” mais
concretamdente a audição, a visão e o tato dos instrumentos musicais. Por
último, as Artes Visuias e a construção de cartazes com as famílias dos
instrumentos musicais.
Após a breve reunião e consolidação da matéria dada sobre a noção de
conjuntos, comecei por explicar à turma como se iria realizar a atividade.
O objetivo do jogo pedagógico, era colocar no Diagrama de Venn feito com
três arcos de ginástica com as cores: amarelo, verde e azul, os instrumentos
musicais no arco respetivo. Cada cor do arco representava uma família de
instrumentos musicais:
Verde – metais,
Amarelo – madeiras,
Azul – peles
A atividade foi realizada no espaço exterior junto à sala o que agradou os
alunos. Considero importante a realização de atividades lúdicas como estratégia
de ensino/aprendizagem e que os alunos possam ter contacto com outros
métodos de aquisição de conhecimentos. A turma foi dividida em três grupos,
cada grupo ouviu o som de um instrumento que depois de o reconhecer e
identificar dizendo o nome colocava-o no arco do conjunto correto. Após a
conclusão da atividade no recreio, foi então feita uma análise do resultado obtido
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e se existia interseção ou reunião entre as familias dos instrumentos musicais.
No final da atividade, os mesmos grupos elaboraram os cartazes das três
familias de instrumentos através do desenho, pintura, recorte e colagem a partir
de imagens reais (fig.5).
Avaliação
Pontos a melhorar
Uma das dificuldades com que me deparei, foi na altura da turma fazer os
cartazes já dentro da sala de aula, não me lembrei de colocar as mesas em ilhas
(a professora tinha-as em linha) para que os três grupos pudessem trabalhar de
forma cooperativa. Mais uma vez, foi a professora que me aconselhou a alterar
a sala para que os alunos pudessem trabalhar os cartazes mais eficazmente.
Segundo Freitas (2008) é importante a questão da disposição das carteiras e
das mesas no sentido que são fundamentais para contribuir com a aprendizagem
de forma significativa. Estas devem de mudar de posição de acordo com a aula
que o professor planeia, atendendo aos seus objetivos e tendo em atenção a
qustão de interação com o outro e c om os espaços.
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Da parte da tarde, os alunos não tiveram aula de música porque o professor
fez greve. O que provocou grande euforia e alegria por parte do grupo. Assim
como dispunhamos da hora livre, estivemos a acabar as pinhas de Natal para
levarem para casa. Ao final do dia e após o recreio da tarde, e como conversado
com a professora, deslocámo-nos à sala de reuniões para nos encontrarmos
com a mãe do T e a Psicóloga do agrupamento.
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2º dia “A Cinderela no gelo”
O conto de fada é sem dúvida uma das expressões mais significativas sobre
a vida que caracteriza o homem de todas as épocas.
Na interação com as histórias, a criança deperta emoções como que se
vivenciasse esses sentimentos, permitindo que pela imaginação, exercite a
capacidade de resolução de problemas que enfrenta no seu dia a dia, além de
estimular o desenho, a musica, o pensar, o teatro, o brincar, o manuseio de
livros, o escrever e a vontade de ouvir a história novamente. No teatro essas
emoções são ainda mais fortes e a criança torna-se parte do próprio elenco
sendo esta o 3º ator. Hugo (2009) afirma que os contos de fada abrem espaço
para o raciocínio lógico, para os questionamentos e a reflexão, envolvendo o
aguçar da sua inteligência, da sensibilidade artística e do sonho com o que é
real.
“Para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e
despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a
imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções;
reconhecer plenamente suas dificuldades e , ao mesmo tempo, sugerir soluções para os
problemas que a perturbem (Bettelheim, tradução Caetano, 2002).
Durante o decorrer da peça, a excitação e alegria era notória nos rostos de todas
as crianças, o que mee leva a considerar que as crianças não frequentam o
teatro como era suposto, ora se o teatro de acordo com os autores, contribui
para o desenviolvimento pessoal da criança e ao seu crescimento e sabendo dos
seus benefícios, porque é que as escolas não investem mais no teatro? E não
me estou só a referir ao teatro pago, mas sim ao teatro nas escolas, criado pelas
crianças. Parece-me fundamental que seja proporcionado às crianças, um
contacto precoce com esta arte e a fruição do teatro. A expressão Dramática a
meu ver, continua a ser vista como uma atividade sem qualquer benefício para
o futuro académico das crianças.
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Figura 6- interação das cianças com os atores
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Reflexão da semana
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Referências Bibliográficas
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