Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Inexistente
O Inexistente
ISBN: 978-65-5943-671-2
CDD 100
O inexistente
simões, Jorge Alegria
isbn: 978-65-5943-671-2
1ª edição, abril de 2021.
1. Seguiremos com esse vocabulário de Bataille, o qual tomou emprestado do seu amigo
Roger Caillois, apesar de tais termos estarem ligados a tradições que não necessariamente
concordamos – já que não por isso, nos parece, perdem algo da riqueza teórica que tanto
Bataille como Caillois encontram com eles. Usaremos esses termos como órfãos de qual-
quer precedência.
******
******
10
11
12
******
13
14
15
******
6. Idem, p.107.
16
17
7. Kramer e Sprenger, Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas), Questão: A respeito das
bruxas que copulam com demônios. Porque as mulheres são as principais adeptas às supers-
tições malignas?, O método de pregar às pessoas sobre o amor enaltecido, p. 48.
18
8. Idem, Questão: Se a crença na existência de seres como as bruxas é parte essencial da fé
católica e manter com obstinação opinião contrária tem um manifesto conteúdo de here-
sia, p.11.
9. Bataille, O Erotismo, p.110
19
20
10. O que parece que corresponde com a afirmação teológica de Nietzsche: de que Deus
talvez tenha sido a criação do Diabo.
21
22
******
23
24
******
25
26
27
28
29
30
31
******
32
33
34
35
******
36
37
14. Marquês de Sade, Histoire de Juliette. Ou em outra fala do príncipe: “...é pelo mais extre-
mo terror que é preciso substituir as quimeras religiosas. Liberte-se o povo do temor a um
inferno futuro, e ele se entregará em seguida, destruído o medo, a tudo. Em vez disso, subs-
titua-se esse pavor quimérico por leis penais de uma severidade prodigiosa e que atinjam a
ele apenas. Que importa ao rico a ideia de um freio que não cai jamais sobre sua cabeça, se
ele compra com essa vã aparência o direito de atormentar todos os que vivem sob seu jugo?
Não encontraremos ninguém nessa classe que não permita que se imponha a ele a mais
densa sombra da tirania, desde que sua realidade recaia sobre os outros.” Citado por Adorno
e Horkheimer, Dialética do Esclarecimento, tradução de Guido Antonio de Almeida, ed.
Zahar, Rio de Janeiro, pp.76, 77.
38
39
18. Idem.
19. Idem, p.77.
20. Idem, p.80.
40
21. Marquês de Sade, Histoire de Juliette. Citado por Adorno e Horkheimer, Idem, p.81.
41
22. Kant, Metaphysische Anfänge der Tungendlehre. Citado por Adorno e Horkheimer,
Idem, p.82.
23. Marquês de Sade, Histoire de Juliette. Citado por Adorno e Horkheimer, Idem.
24. Marquês de Sade, Histoire de Juliette. Citado por Adorno e Horkheimer, Idem.
42
******
43
44
45
******
46
47
48
******
49
50
30. Idem.
31. Idem.
32. Idem.
33. Idem.
51
******
52
53
37. Günther Anders, Kafka: Pró & Contra, tradução de Modesto Carone, ed. COSACNAI-
FY, São Paulo, p.88.
38. Idem, p.89.
54
******
55
56
******
57
58
******
59
45. Bataille, A Literatura e o Mal, Kafka, tradução de Suely Bastos, ed. LPM, Porto Ale-
gre, p.129.
46. Idem, p.130.
60
61
62
63
******
64
65
******
66
59. Citado por Walter Benjamin, Magia e Técnica, Arte e Política, Franz Kafka: A propósito
do décimo aniversário de sua morte, tradução de Sergio Paulo Rouanet, ed. Brasiliense, São
Paulo, p.149.
67
68
“Não há nada que ele pudesse afirmar, em nome de que ele pu-
desse falar: o que ele é, que não é nada, só o é na medida em que
a atividade eficaz o condena, ele é apenas a recusa da atividade
eficaz. É por isso que ele se inclina profundamente diante de uma
autoridade que o nega, ainda que sua maneira de se inclinar seja
mais violenta que uma afirmação gritada; ele se inclina amando-
-a, sofrendo-a e opondo a ela o silêncio do amor e da morte ao
que não poderia fazê-lo ceder, porque o nada, que apesar do amor
e da morte não poderia ceder, é soberanamente o que ele é.”64
63. Franz Kafka, A Muralha da China, citado por Benjamin, Idem, p.148.
64. Bataille, A Literatura e o Mal, p.147.
69
******
70
71
72
65. Giorgio Agamben, Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua l, tradução de Henrique
Burigo, ed.UFMG, Belo Horizonte, p.120.
73
66. Idem.
74
75
******
76
77
78
79
******
80
81
82
******
83
84
85
******
86
87
******
68. Gilles Deleuze e Félix Guattari, Kafka: por uma literatura menor, Tradução de Júlio Cas-
tañon Guimarães, Rio de Janeiro, p.126.
88
89
90
******
91
92
93
******
*. Podemos dizer que nem mesmo a doutrina de Castaneda afirmou suficientemente o
inexistente. Afinal, para esta, tudo o que não se submete à “disciplina férrea” (que não é
diferente do ascetismo de qualquer monge) é apenas “egocêntrico”. Contudo seus relatos
deixam escapar a presença de outros xamãs que eram próximos aos da linhagem de Castane-
da e que discordavam da sua “disciplina férrea” (e não por isso tinham menos poder). Claro
que tal discordância só poderia ser, para estes últimos, fruto de egocentrismo. Por fim, com
essa justificativa, é como se essa divergência xamânica não existisse de modo relevante para
tais relatos.
94
95
96
******
97