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Autores Modernistas
Biografia
Manuel Bandeira foi um escritor brasileiro, além de professor, crítico de arte e historiador literário.
Fez parte da primeira geração modernista no Brasil.
Com uma obra recheada de lirismo poético, Bandeira foi adepto do verso livre, da língua coloquial,
da irreverência e da liberdade criadora. Os principais temas explorados pelo escritor são o
cotidiano e a melancolia
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu no dia 19 de abril de 1886, no Recife,
Pernambuco.
Aos dez anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou no Colégio Pedro II entre os
anos de 1897 a 1902. Mais tarde, formou-se em Letras.
Diante disso, procura curar-se da tuberculose em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Suíça, onde
permanece durante um ano.
De volta ao Brasil, em 1914, dedica-se a sua verdadeira paixão: a literatura. Durante anos de
trabalhos publicados em periódicos, publica seu primeiro livro de poesias intitulado “A Cinza das
Horas” (1917).
Nessa obra, merece destaque a poesia “Desencanto” escrita na região serrana do Rio de Janeiro,
Teresópolis, em 1912, durante a recuperação de sua saúde.
Manuel Bandeira publicou uma vasta obra até sua morte, desde contos, poesias, traduções e
críticas literárias.
No segundo dia da Semana de Arte Moderna, seu poema Os Sapos foi lido por Ronald Carvalho.
Em sua trajetória laboral, destaca sua atuação como professor de Literatura Universal no
Externato do Colégio Pedro II, em 1938.
Apesar de ser mais conhecido pelo seu vínculo com o modernismo brasileiro, os primeiros
poemas de Manuel Bandeira possuem características do parnasianismo e do simbolismo. Em
seguida, o poeta filiou-se ao modernismo e também produziu poesia concretista.
A poesia modernista de Manuel Bandeira está situada na chamada primeira geração modernista.
Como característica dessa geração, é possível observar liberdade de criação, predominância de
versos livres, aproximação entre a fala e a escrita, além de elementos regionalistas. A sua obra
Libertinagem é considerada plenamente modernista, em franca oposição à tradicional arte
acadêmica, e marcada pela temática do cotidiano.
Assim, segundo Wilson José Flores Jr., doutor em Letras, a produção de Bandeira está dividida
em três fases.
CURIOSIDADES
As Cinzas da Hora, seu primeiro livro, foi impresso com apenas 200 exemplares bancados pelo
próprio poeta.
Correspondeu-se intensamente com o amigo Mário de Andrade, para quem escreveu mais de 400
cartas.
Gabava-se de um suposto encontro com Machado de Assis durante uma viagem de trem, para
quem teria recitado alguns trechos de Os Lusíadas, de Luís de Camões. Mais tarde, Bandeira
revelou que a história era inverídica.
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1940, ocupando a cadeira de número 24.
Bandeira foi sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no cemitério São João
Batista, no Rio de Janeiro. Parte de seu acervo se encontra atualmente na sede da ABL, também
na mesma cidade.
*****
Biografia
A prosa que mais despertou o interesse de Oswald de Andrade. O autor estreou na prosa em
1922, com o romance "Os Condenados". Trata-se do primeiro volume da intitulada Trilogia do
exílio, que incorpora ainda as obras "Estrela do Absinto" e "Escada Vermelha".
Oswald de Andrade nasceu em São Paulo, no dia 11 de janeiro de 1890. Formou-se em Direito e
ingressou na carreira jornalística.
Em 1911 iniciou sua vida literária no jornal semanal “O Pirralho”, que fundou e dirigiu junto com
Alcântara Machado e Juó Bananère.
Filho de família rica, em 1912, viaja para Europa. A estada em Paris, além das ideias futuristas,
deu-lhe uma companheira, Kamiá, mãe de seu primeiro filho nascido em 1914.
Em 1917 volta para São Paulo e nesse mesmo ano em sua coluna no Jornal do Comércio
defende Anita Malfatti das críticas de Monteiro Lobato. Tem participação ativa na Semana de Arte
Moderna de 1922.
Viaja novamente para a Europa e em Paris, na Sorbonne, dá a Conferência "O Esforço Intelectual
do Brasil Contemporâneo".
Faz várias amizades no meio artístico o que lhe permite estar em contato com as correntes de
vanguardas. Já no Brasil, Oswald assume o papel de liderança do Movimento Modernista.
Homem polêmico, irônico, gozador, teve uma vida atribulada, foi o idealizador dos principais
manifestos modernistas, entre eles, o Manifesto Pau-Brasil.
Em 1926, casa-se com Tarsila do Amaral, que faz as ilustrações de seu primeiro livro de poemas,
“Pau-Brasil”.
Juntos, fundam o Movimento Antropófago, onde propõe, na literatura e na pintura, que o Brasil
devore a cultura estrangeira e crie uma cultura revolucionária própria.
Em 1929, separa-se de Tarsila e rompe com seu amigo Mário de Andrade. Em 1930, casa-se com
a escritora e militante comunista Patrícia Galvão (a Pagu), com quem teve seu segundo filho.
Milita nos meios operários e, em 1931 ingressa no Partido Comunista, no qual permanece até
1945.
Desse período são as obras mais marcadas ideologicamente, como o "Manifesto Antropófago", o
romance "Serafim Ponte Grande" e a peça teatral “O Rei da Vela”.
No campo do teatro, Oswald estreou em 1916, com as peças Leur Âme e Mon Coeur Balance.
Ambas foram escritas em francês com a colaboração do poeta modernista Guilherme de Almeida.
A grande contribuição para o teatro nacional só ocorreu na década de 30, com o lançamento de
três importantes textos dramáticos:
“A Morta” (1937)
Na peça "O Rei da Vela", Oswald apresenta inovações técnicas e faz críticas à sociedade
brasileira dos anos 60. A peça só foi levada ao palco em 1967-68, causou grande repercussão na
época, contribuindo para o clima de efervescência cultural que caracterizou os anos 60.
Outros casamentos aconteceram na vida de Oswald de Andrade. Em 1936 casa-se com a poetisa
Julieta Bárbara e, em 1944, com Maria Antonieta d’Aikmin, com quem teve duas filhas.
Após Longa doença, Oswald faleceu em São Paulo, no dia 22 de outubro de 1954.
Obras
Pronominais
Erro de português
literatura de Oswald de Andrade está diretamente vinculada à figura do escritor cosmopolita, que
viveu, analisou e satirizou uma sociedade em constante transformação. Foi influenciado pelas
vanguardas europeias, principalmente pelo Cubismo e pelo Dadaísmo, combinadas a um
compromisso com uma arte que não apenas absorvesse as influências estrangeiras, mas que
consolidasse uma produção verdadeiramente brasileira.
São traços de estilo da obra de Oswald a ironia e o humor, atrelados a uma aguçada e divertida
percepção histórica, que se debruça com frequência sobre a questão da (des)colonização do
Brasil e da América. Rupturas sintáticas e com o cânone do passado, textos fragmentários,
linguagem coloquial, colagens e paródias são também características de sua literatura. Nas
palavras de Alfredo Bosi, “a junção de modernismo e primitivismo que, em última análise, define a
visão de mundo e a poética de Oswald”|1|.
Haroldo de Campos caracteriza a obra poética de Oswald de Andrade como radical, pois retoma a
raiz do fazer poético: a linguagem. É pela retomada da linguagem como produto social que
Oswald rompe com o antigo cânone da poesia brasileira, que até então se agarrava a uma
intelectualidade retórica, tacanha, contida, oligárquica. Costurando a fala do povo à linguagem
escrita, o autor revoluciona a prática literária brasileira, libertando a poesia de ser “um jargão de
casta”, um diploma da intelectualidade e do refinamento de gosto.
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Biografia
Mário de Andrade foi um escritor modernista, crítico literário, musicólogo, folclorista e ativista
cultural brasileiro .
Seu estilo literário foi inovador e marcou a primeira fase modernista no Brasil, sobretudo, pela
valorização da identidade e cultura brasileira.
Ao lado de diversos artistas, ele teve um papel preponderante na organização da Semana de Arte
Moderna (1922)
Mário Raul de Morais Andrade nasceu na cidade de São Paulo, no dia 09 de outubro de 1893.
De família humilde, Mário possuía dois irmãos e desde cedo mostrou grande inclinação às artes,
notadamente a literatura.
Em 1917, estudou piano no “Conservatório Dramático e Musical de São Paulo”, ano da morte de
seu pai, o Dr. Carlos Augusto de Andrade.
Nesse mesmo ano, com apenas 24 anos, publica seu primeiro livro intitulado “Há uma Gota de
Sangue em cada Poema”.
Mais tarde, em 1922, publica a obra de poesias “Paulicéia Desvairada” e torna-se Catedrático de
História da Música, no “Conservatório Dramático e Musical de São Paulo”.
Nesse mesmo ano, auxiliou na organização da Semana de Arte Moderna trabalhando ao lado de
diversos artistas.
Com Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti del Picchia, formaram o grupo
modernista que ficou conhecido como o "Grupo dos Cinco".
Dedicado à seu grande prazer, a literatura, em 1927, publica a obra “Clã do Jabuti”, pautada nas
tradições populares. Nesse mesmo ano, publica o romance intitulado “Amar, Verbo Intransitivo”,
onde critica a hipocrisia sexual da burguesia paulistana.
Mário foi um estudioso do folclore, da etnografia e da cultura brasileira. Portanto, em 1928, publica
o romance (rapsódia) “Macunaíma”, uma das grandes obras-primas da literatura brasileira.
Essa obra foi desenvolvida através de seus anos de pesquisa a qual reúne inúmeras lendas e
mitos indígenas da história do “herói sem nenhum caráter”.
Em 1938, muda-se para o Rio de Janeiro. Foi nomeado catedrático de Filosofia e História da Arte
e ainda, Diretor do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal.
Retorna à sua cidade natal, em 1940, onde começa a trabalhar no Serviço de Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (SPHAN).
Poucos anos depois, sua saúde começa a ficar frágil. No dia 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos
de idade, Mário de Andrade falece em São Paulo, vítima de um ataque cardíaco.
Principais Obras
Mário de Andrade deixou uma vasta obra desde romances, poemas, críticas, contos, crônicas,
ensaios:
Macunaíma (1928)
Poesias (1941)
O Banquete (1978)
Poemas
Eterna Presença
Soneto
Curiosidade
Outro movimento apoiado por Mário foi o antropofágico. Em sua casa, Oswald de Andrade leu
pela primeira vez o Manifesto Antropófago, que criticava a dependência cultural do Brasil.
2. Dedicou-se à música…
Além do seu reconhecido talento para a literatura, Mário foi também um grande conhecedor de
música. Ingressou no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1911, onde mais tarde
veio a lecionar.
A princípio, sua vontade era ser pianista, mas, após a morte de seu irmão Renato, de 14 anos,
começou a sentir as mãos tremerem, e então se enveredou pela literatura. Continuou, estudando
teoria musical e canto e, em 1928, publicou Ensaio Sobre a Música Brasileira, obra que inspirou
alguns dos maiores compositores da música contemporânea brasileira, como Heitor Villa-Lobos e
Camargo Guarnieri.
3. ... e à fotografia
Entre 1923 e 1931, Mário se dedicou também à fotografia. Com sua Kodak, capturou a essência
das cidades históricas de Minas Gerais e das paisagens de São Paulo. Tudo sob uma visão
modernista.
Nesse período, também criou a proposta que fundaria o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, que mais tarde se tornou um instituto autárquico de preservação patrimonial do
Ministério da Cultura.
Desde 1995, a Fundação Casa de Rui Barbosa resistia em divulgá-la porque nela Mário assumia
para seu amigo sua homossexualidade.
Já o jornalista Jason Tércio, que está escrevendo uma biografia sobre Mário, acredita que, na
verdade, o poeta era bissexual, pois tinha uma paixão platônica por Tarsila do Amaral.
Já o jornalista Jason Tércio, que está escrevendo uma biografia sobre Mário, acredita que, na
verdade, o poeta era bissexual, pois tinha uma paixão platônica por Tarsila do Amaral.
6. Já estampou notas
Em 1993, Mário de Andrade estampou as notas de 500 mil cruzeiros, um pouco antes da moeda
ser extinta. A homenagem traz várias referências ao seu trabalho, incluindo a fotografia “Sombra
Minha” e o último verso do poema “Eu sou trezentos”.
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Biografia
Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais
importantes poetisas do Brasil.
Sua obra de caráter intimista possui forte influência da psicanálise com foco na temática social.
Embora sua obra apresente características simbolistas, Cecília destacou-se na segunda fase do
modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a "Poesia de 30".
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no Rio de Janeiro, dia 7 de novembro de 1901.
Foi criada pela sua avó católica e portuguesa da ilha dos Açores. Isso porque seu pai havia
morrido três meses antes de seu nascimento e sua mãe quando tinha apenas 3 anos.
Desde pequena recebeu uma educação religiosa e demonstrou grande interesse pela literatura,
escrevendo poesias a partir dos 9 anos de idade.
Cursou a Escola Estácio de Sá, concluindo com “distinção e louvor” o curso primário em 1910.
Tornou-se professora diplomando-se no “Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de
Janeiro”.
Em 1919, com apenas 18 anos, publicou sua primeira obra de caráter simbolista, “Espectros”.
Com 21 anos, casa-se com o pintos português Fernando Correa Dias que sofria de depressão e
suicidou-se em 1935.
Casa-se novamente com o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, cinco anos
depois da morte de seu primeiro marido e com quem teve três filhas.
Sua atuação na área da educação não ficou restrita às salas de aula. Isso porque de 1930 a 1931,
Cecília trabalhou como jornalista no "Diário de Notícias" contribuindo com textos sobre problemas
da educação.
Cecília ficou reconhecida mundialmente, uma vez que suas obras foram traduzidas para muitas
línguas.
Pelo trabalho realizado na literatura ela recebeu diversos prêmios, dos quais se destacam:
Prêmio Jabuti
Além disso, realizou palestras e conferências sobre educação, literatura brasileira, teoria literária e
folclore, em diversos países do mundo.
Cecília falece ao entardecer na sua cidade natal, dia 9 de novembro de 1964, com 63 anos, vítima
de câncer.
Curiosidades
Em 1934, Cecília Meireles funda a primeira Biblioteca Infantil do Brasil, no bairro do Botafogo, no
Rio de Janeiro.
Em 1953, Cecília Meireles foi agraciada com o título de “Doutora Honoris Causa” pela
Universidade de Déli, na Índia.
Principais Obras
Com uma obra intimista e densamente feminina, Cecília Meireles foi uma escritora muito prolífica,
escreveu muitas poesias, incluso, poesias infantis:
Algumas Obras
Espectros (1919)
Viagem (1939)
O jardim (1947)
Batuque (1953)
Canções (1956)
A Rosa (1957)
Solombra (1963)
Poemas
Retrato
Motivo
Nadador
A rigor, Cecília Meireles nunca esteve filiada a nenhum movimento literário. Sua poesia, de modo
geral, filia-se às tradições da lírica luso-brasileira. Apesar disso, suas publicações iniciais
evidenciam certa inclinação pelo Simbolismo, reúnem religiosidade, desespero e individualismo.
Há misticismo no campo da solidão, mas existe a consciência de seus dons e seu destino.
O uso frequente de elementos como o vento, a água, o mar, o ar, o tempo, o espaço, a solidão e a
música confirmam a inclinação neossimbolista.
Somente com o livro Viagem (1939) é que Cecília Meireles ingressou no espírito poético da escola
modernista. A poetisa foi cuidadosa com a seleção vocabular e teve forte inclinação para a
musicalidade (traço associado ao Simbolismo), para o verso curto e para os paralelismos, a
exemplo dos versos das poesia medieval portuguesa.
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Biografia
Carlos Drummond de Andrade foi poeta, contista e cronista brasileiro do período do modernismo.
Considerado um dos maiores escritores do Brasil, Drummond fez parte da segunda geração
modernista. Foi precursor da chamada "poesia de 30" com a publicação da obra "Alguma Poesia".
Carlos Drummond de Andrade nasceu dia 31 de outubro de 1902 em Itabira do Mato Dentro, no
interior de Minas Gerais.
Descendente de uma família de fazendeiros tradicionais da região, Drummond foi o nono filho do
casal Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade.
Desde pequeno Carlos demonstrou grande interesse pelas palavras e pela literatura. Em 1916,
ingressou no Colégio em Belo Horizonte.
Dois anos mais tarde, foi estudar no internato jesuíta no Colégio Anchieta, no interior do Rio de
Janeiro, Nova Friburgo, sendo laureado em “Certames Literários”.
Em 1919, foi expulso do colégio jesuíta por “insubordinação mental” ao discutir com o professor de
Português. Assim, retorna a Belo Horizonte e a partir e 1921 começa a publicar seus primeiros
trabalhos no Diário de Minas.
Em 1925 casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio (em
1926, que vive apenas meia hora) e Maria Julieta Drummond de Andrade, nascida em 1928.
Continuou com seus trabalhos literários e em 1930 publica seu primeiro livro intitulado “Alguma
Poesia”.
Um de seus poemas mais conhecidos é “No meio do caminho”. Ele foi publicado na Revista de
Antropofagia de São Paulo em 1928. Na época, foi considerado um dos maiores escândalos
literários do Brasil
Trabalhou como funcionário público durante grande parte de sua vida e se aposentou como Chefe
de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público.
Em 1982, com 80 anos, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” pela Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN).
Drummond faleceu em dia 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro. Morreu com 85 anos, poucos
dias após a morte de sua filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, sua grande
companheira.
Curiosidades
Com notória importância na cultura brasileira, Drummond é considerado um dos mais influentes
poetas brasileiros do século XX. Algumas homenagens à ele estão nas cidades de Porto Alegre,
capital do Rio Grande do Sul com a estátua “Dois Poetas” e na cidade do Rio de Janeiro, na praia
de Copacabana, a estátua conhecida como “O Pensador”.
O documentário “O poeta de sete faces” (2002) retrata a vida e a obra de Drummond. Ele foi
escrito e dirigido pelo cineasta brasileiro Paulo Thiago.
Dentre os anos de 1988 e 1990, a imagem de Drummond esteve representada nas notas de
cinquenta cruzados.
Principais Obras
Algumas Obras
O Gerente (1945)
A Mesa (1951)
Fazendeiro do ar (1954)
Ciclo (1957)
Poemas (1971)
A Visita (1977)
Características
O poeta faz parte da segunda fase do modernismo brasileiro, período marcado pela consolidação
do movimento literário.
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Biografia
Filha de intelectuais, do advogado Daniel de Queiroz Lima e de Clotilde Franklin de Queiroz, era
descendente, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna era prima José de
Alencar).
Com apenas 7 anos sua família muda-se para o Rio de Janeiro e depois para Belém do Pará.
Depois de dois anos retornam ao Ceará e Rachel torna-se aluna interna do “Colégio Imaculada
Conceição”. Com apenas 15 anos de idade, forma-se professora em 1925.
Lecionou História e, com 20 anos, em 1930, publica seu primeiro romance, “O Quinze”. Nessa
obra, a escritora retrata a seca de 1915 no nordeste do país e a realidade dos retirantes
nordestinos.
A obra bem recebida pelo público, “O Quinze”, foi agraciada com o prêmio da Fundação Graça
Aranha.
Em 1927, após uma publicação com o pseudônimo “Rita de Queiroz” no Jornal do Ceará, Rachel
é convidada para colaborar nesse jornal. Nele, começa a publicar diversas crônicas e a trabalhar
como repórter.
Em 1932, casa-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira, separando-se em 1939. No ano
seguinte, casa-se novamente com o médico Oyama de Macedo, com quem permanece até seu
falecimento, em 1982.
Em 1992, escreveu o romance “Memorial de Maria Moura”, o qual lhe conferiu o "Prêmio
Camões". Aos 92 anos, no dia 4 de novembro de 2003, na cidade do Rio de Janeiro, descansando
em sua rede, falece Rachel de Queiroz.
Obras
Possuidora de uma vasta obra, Rachel de Queiroz escreveu romances, contos e crônicas, com
destaque para ficção social nordestina. Além disso, escreveu literatura infanto-juvenil, antologias e
peças de teatro. Segue abaixo algumas obras:
O Quinze (1930)
Lampião (1953)
Seleta (1973)
Andira (1992)
Teatro (1995)
Características
Rachel Queiroz pertence a segunda geração modernista de 1930. Esse grupo é conhecido como
regionalista, haja vista que, em suas obras, enfocam-se questões como a seca do nordeste, a
miséria, a opressão e a vilania dos poderosos diante do sofrimento dos mais pobres. O romance
O quinze é um dos principais exemplares desse tipo de literatura. Para além do regionalismo,
Rachel de Queiroz também escreveu obras sobre política, romances psicológicos e literatura
infantojuvenil.
CURIOSIDADES
Rachel de Queiroz nasceu na cidade de Fortaleza em 1910 e morreu em 2003 no Rio de Janeiro .
Ela era jornalista, tradutora e escritora.
Rachel foi perseguida pela ditadura de Getúlio Vargas. Foi presa sob a acusação de ser
comunista e teve vários livros queimados.
O romance As Três Marias foi adaptada para a TV no início dos anos 80 como uma novela de
mesmo nome. As protagonistas foram interpretadas pelas atrizes Glória Pires, Nádia Lippi e Maitê
Proença.
Rachel traduziu livros de Balzac, Jane Austen, Dostoiévski, Agatha Christie, Jack London, entre
outros.
Rachel de Queiroz quando criança sonhava em ser uma bailarina, mas que por motivos físicos
não pode realizar esse sonho e seguiu com a carreira de escritora, não por que gostava mas por
que era o que ela sabia fazer.
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Biografia
Guimarães Rosa foi um dos mais importantes escritores brasileiros do modernismo, além de ter
seguido a carreira de diplomata e médico.
Foi o terceiro ocupante da Cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1967. Fez
parte da terceira geração modernista, chamada de "Geração de 45".
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, no dia 27 de junho de 1908.
Desde pequeno, Rosa estudou línguas (francês, alemão, holandês, inglês, espanhol, italiano,
esperanto, russo, latim e grego). Por conseguinte, cursou os estudos secundários num colégio
alemão em Belo Horizonte .
Pouco antes de entrar para a Universidade, em 1929, Guimarães já anuncia sua maestria com as
letras, onde começa a escrever seus primeiros contos.
Em 1930, com apenas 22 anos, formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de Minas
Gerais, ano que casa-se com Lígia Cabral Penna, com quem teve duas filhas.
Foi Oficial Médico do 9º Batalhão de Infantaria, quando em 1934, ingressa para a carreira
diplomática, no Itamaraty.
Guimarães Rosa foi Patrono da cadeira nº 2 na Academia Brasileira de Letras, tomando posse
três dias antes de morrer, no dia 16 de novembro de 1967.
No auge da carreira de escritor e diplomata, Guimarães Rosa, com apenas 59 anos, faleceu na
cidade do Rio de Janeiro, dia 19 de novembro de 1967, vítima de infarto.
Obras
Guimarães Rosa escreveu contos, novelas, romances. Muitas de suas obras foram ambientadas
pelo sertão brasileiro, com ênfase nos temas nacionais, marcadas pelo regionalismo e mediadas
por uma linguagem inovadora (invenções linguísticas, arcaísmo, palavras populares e
neologismos).
Rosa foi um estudioso da cultura popular brasileira. Sua obra que merece maior destaque e por
ter sido a mais premiada, é “Grande Sertão: Veredas”, publicada em 1956 e traduzida para
diversas línguas.
Algumas Obras:
Magma (1936)
Sagarana (1946)
Corpo de Baile (1956) dividida em três novelas: “Manuelzão e Miguilim”, “No Urubuquaquá, no
Pinhém” e “Noites do sertão”.
Casou-se com 22 anos com Lígia Cabral Penna. Tiveram duas filhas.
Com a mesma idade (22 anos) formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas
Gerais.
O único livro de poesia de Guimarães Rosa; Magma; foi escrito em 1936, porém só veio a ser
publicado em 1997. Apesar disso, no ano em que foi escrito, o livro concorreu e venceu o Prêmio
de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Guimarães Rosa foi nomeado para Academia Brasileira de Letras, em 1963. Mas a sua posse
ocorreu apenas no dia 16 de novembro de 1967, três dias antes de sua morte.
Linguagem poética.
Oposições: bem e mal, velho e novo, rural e urbano, oral e escrito, local e universal.
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Biografia
Clarice Lispector foi uma das mais destacadas escritoras da terceira fase do modernismo
brasileiro, chamada de "Geração de 45".
Recebeu diversos prêmios dentre eles o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o
Prêmio Graça Aranha.
Descendente de judeus, seus pais Pinkhas Lispector e Mania Krimgold Lispector, passaram os
primeiros momentos de vida de Clarice fugindo da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil
Russa (1918-1920).
Diante disso, chegam ao Brasil em 1921 e vivem nas cidades de Maceió, Recife e Rio de Janeiro
onde passaram algumas dificuldades financeiras.
Desde pequena, Clarice estudou várias línguas (português, francês, hebraico, inglês, iídiche) e
teve aulas de piano. Era boa aluna na escola e gostava de escrever poemas.
Após a morte de sua mãe em 1930, Clarice termina o terceiro ano primário no Collegio
Hebreo-Idisch-Brasileiro.
Mais tarde, sua família vai viver no Rio de Janeiro. Em 1939, com 19 anos, ingressa na Escola de
Direito da Universidade do Brasil e começa a dedicar-se totalmente à sua grande paixão: a
literatura.
Fez cursos de antropologia e psicologia e, em 1940, publica seu primeiro conto, intitulado
“Triunfo”.
Após a morte de seu pai, em 1940, Clarice começa sua carreira de jornalista. Nos anos seguintes,
trabalha como redatora e repórter na Agência Nacional, no Correio da Manhã e no Diário da Noite.
Em 1943, casa-se com o Diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve dois filhos. Seu
primogênito, Pedro, foi diagnosticado com esquizofrenia. Seu segundo filho, Paulo, foi afilhado do
escritor Érico Veríssimo.
Devido à profissão de seu marido, Clarice viveu em muitos países do mundo, desde Itália,
Inglaterra, Suíça e Estados Unidos. O relacionamento durou até 1959, e quando resolveram se
separar, Clarice retornou ao Rio com seus filhos.
A escritora foi naturalizada brasileira e se declarava pernambucana. Seu nome, Clarice, foi uma
das formas que seu pai encontrou de esconder toda sua família quando chegaram ao Brasil.
Clarice falece no dia 09 de dezembro de 1977, véspera de seu aniversário de 57 anos, na cidade
do Rio de Janeiro, vítima de câncer de ovário.
Curiosidades
Clarice se apaixonou por quem viria a ser seu grande amigo confidente, o escritor Lúcio Cardoso
(1912-1968), contudo, não ficaram juntos porque Lúcio era homossexual.
Um episódio marcante de sua vida foi o incêndio que ocorreu em sua casa, em 1966, provocado
por um cigarro. Como consequência, ficou hospitalizada durantes meses e quase teve de amputar
sua mão.
Clarice Lispector é considerada uma escritora intimista e psicológica, mas sua produção acaba
por se envolver também em outros universos, sua obra é também social, filosófica e existencial.
Em busca de uma linguagem especial para expressar paixões e estado da alma, a escritora
utilizou recursos técnicos modernos como a análise psicológica e o monólogo interior.
As histórias de Clarice raramente têm um começo meio e fim. Sua ficção transcende o tempo e o
espaço e os personagens, postos em situações limite, são com frequência femininos, quase
sempre situados em centros urbanos.
Clarice Lispector viveu quase duas décadas fora do Brasil e escreveu muitas cartas aos amigos e
com olhar cosmopolita, fala nas correspondências sobre os absurdos do cotidiano, as agruras da
condição humana e as banalidades da vida. Suas cartas foram reunidas na obra Todas as Cartas
publicada em 2020.