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Cadeia de valor: o que é, para que serve e exemplo de aplicação na gestão de processos

Postado em 11/10/2019 por Vinicius Nóbile de Almeida

Cadeia-de-valor-o-que-é-para-que-serve-e-exemplo-de-aplicação-na-gestão-de-processos

Cada empresa é uma grande coleção de processos que têm como objetivo entregar valor aos seus
clientes. Uma maneira de entender como estes processos interagem entre si e geram valor é através da
cadeia de valor, diagrama que mostra como a empresa está organizada para entregar valor e gerar
vantagem competitiva. Acompanhe o texto e entenda o que é a cadeia de valor, quais elementos fazem
parte dela, para que serve e muito mais!

O que é cadeia de valor?

A cadeia de valor é uma ferramenta para gerenciar processos criada por Michael Porter, em 1985. Ela
revela todas as atividades que a organização faz para gerar valor aos clientes e indica os elos entre elas.
Ao fortalecer as ligações entre essas atividades é possível criar uma vantagem competitiva para a
organização, a qual favorece o crescimento da empresa e consequentemente de seus lucros.

É preciso entender que cada empresa possui uma proposta de valor, ou seja, as vantagens que os
produtos e serviços daquela empresa tem em relação à concorrência, os problemas que ela visa resolver
para seus clientes e como ela se diferencia das demais. Esse é o valor percebido pelo cliente.

Uma forma de entender mais precisamente o que é cadeia de valor é analisando o significado de cada
palavra:

Cadeia: Uma série de elos ligados, como uma corrente.

Valor: Percepção dos clientes sobre os produtos ou serviços de uma organização, principalmente no que
se refere ao custo-benefício.

Assim, podemos entender que a cadeia de valor é uma série de processos interligados (elos) que são
necessários para viabilizar uma percepção positiva dos clientes a respeito dos produtos/serviços (valor)
de uma organização.

| Leia também: Saiba tudo sobre hierarquia de processos e aprenda a estruturar seu portfólio
O que faz parte da cadeia de valor

cadeia de valor de porter

Existem alguns elementos básicos idealizados por Porter para a cadeia de valor:

Processos primários

São os processos que geram valor direto para os clientes da empresa. Também são chamados de
processos core.

Logística de entrada: envolve a compra de matéria-prima ou a contratação de serviços que serão, depois,
transformados em produtos;

Operações: atividades que transformam as entradas em saídas (resultados gerados ao fim do processo),
isto é: produzir, montar, embalar, envasar etc.;

Logística de saída: neste processo ocorrem atividades relacionadas à entrega dos produtos/serviços aos
clientes;

Marketing e vendas: compreende as atividades que atraem e conduzem os clientes à compra dos
produtos/serviços;

Serviços: conhecido também como pós-vendas, esse processo é responsável por garantir o
relacionamento com os clientes após a venda e por manter e aumentar o valor dos produtos/serviços.

Processos de apoio

Os processos de apoio geram valor indiretamente, dado que apoiam os processos primários da empresa.

Infraestrutura: inclui a gestão da área administrativa, legal, financeira e contábil;

Gestão de Recursos Humanos: envolve atividades como recrutar e selecionar novos colaboradores e
articular programas de capacitação, treinamento e desenvolvimento;

Desenvolvimento tecnológico: este processo foca em atividades que apoiam os processos primários com
intervenções tecnológicas, como automação de processos e o emprego de ferramentas digitais, por
exemplo;

Aquisição/compras: processos que suprem as necessidades de recursos que a empresa tem para se
manter em operação, como aquisição de matéria-prima, busca de fornecedores e negociação.

Margem

Nesta seção se encontra o resultado esperado pela empresa (a maioria das empresas privadas visam
margem/lucratividade). Ela se encontra à direita da cadeia de valor e representa a diferença entre o valor
percebido pelo cliente e o custo total de produção do produto/serviço. Assim, a margem está
diretamente ligada à lucratividade da empresa.

Depois de algumas décadas, modernizamos a estrutura da cadeia de valor de modo que ela abrigasse os
três de tipos de processos aceitos atualmente: gestão, primários (core) e apoio. Confira como se organiza
a cadeia de valor modernizada:

cadeia de valor modernizada

Na versão modernizada da cadeia de valor, ganham destaque os processos de gestão, que também
possuem relevância na geração de valor para o cliente. Além disso, é importante ressaltar que na cadeia
de valor modernizada os processos não são mais separados por departamentos, mas organizados como
processos ponta a ponta.

Separamos um exemplo fictício de cadeia de valor da Pizza do Zé para você entender melhor:

cadeia de valor exemplo pizza do ze

Nesse exemplo, os processos de gestão envolvem o planejamento e a gestão estratégica e a gestão de


processos. Os macroprocessos primários, isto é, os mais importantes na entrega de valor ao cliente,
começam com a pesquisa e desenvolvimento do produto, passam pela campanha de marketing para
atrair novos contatos, seguem para a aquisição de matéria prima para o estoque, depois envolve o
pedido do cliente, a produção da pizza e, por fim, termina com a entrega.

Para apoiar esses processos, existem processos de gestão financeira, de pessoas, de tecnologia e de
infraestrutura da pizzaria.

Para organizar os trabalhos e a gestão de performance destacamos também os processos ponta a ponta
que no exemplo acima são: Da Ideia ao Produto Lançado, da Campanha de Marketing aos Novos
Contatos, Do Inventário à Reposição de Estoque, Da Cozinha Aberta à Cozinha Fechada, Do Pedido à
Entrega e Da Reclamação ao Encerramento.

Viu como a cadeia de valor descreve em uma página tudo que acontece na empresa para entregar valor
ao cliente?

Existe diferença entre cadeia de valor e mapeamento de processos?


É comum que muitas pessoas confundam o conceito de cadeia de valor com o de mapeamento de
processos, já que ambos têm a ver com gestão de processos. Mas na prática eles são bem diferentes!

O mapeamento de processos busca revelar a sequência entre as atividades que compõem o processo
ponta a ponta da empresa com objetivo de documentar, melhorar, padronizar e transformar as
atividades que acontecem no dia a dia.

padronizar processos

Já a cadeia de valor vai detalhar como a empresa organizou seus processos para entregar valor ao cliente
em várias esferas, de forma interligada, ampla e panorâmica. É por isso que as empresas são também
chamadas de organização, já tinha pensado nisso?

A cadeia vai além do mapeamento de processos, afinal, ela reflete o funcionamento da empresa de uma
maneira mais abrangente. Além de mostrar os processos primários, revela o que os apoiam (os
processos de apoio) e quem orquestra todas as atividades (os processos de gestão).

Está curioso para saber para que serve tudo isso? Então confira no próximo tópico:

Para que serve a cadeia de valor

Reestruturar processos que não estejam gerando valor ao cliente

Kaplan e Norton, grandes pensadores da área da administração, costumam dizer que o que não pode ser
medido não pode ser gerenciado. Logo, se você não medir os processos da sua empresa, não conseguirá
gerenciá-los, e muito menos saber quais estão gerando valor ao cliente e quais não estão.

Talvez não seja possível medir com números exatos a eficácia de todos processos, mas é essencial que
você identifique, com a construção da cadeia de valor, a rentabilidade dos processos e a relação deles
com a geração de valor. Se você encontrar algum processo que não esteja agregando valor para o cliente,
precisará reestruturá-lo, isto é, repensar a forma como as atividades são feitas para encontrar uma
maneira mais adequada. Afinal,

todo trabalho na empresa deve estar ligado à geração de valor.


Retomando o que falamos no tópico anterior, se os processos não forem rentáveis, se não estiverem
gerando valor suficiente para trazer lucros para a empresa, não faz sentido continuar com eles.

Potencializar processos responsáveis pela geração de valor

Além de identificar os processos que não geram valor, a cadeia de valor consegue apontar os que geram.
Tendo isso em mente, a organização pode pensar em potencializar os processos responsáveis pela
geração de valor: fortalecê-los com mais tecnologias, capacitação e incentivos, para que o ritmo positivo
se mantenha.

Auxiliar no planejamento estratégico

A cadeia de valor pode ser uma importante ferramenta para ajudar a estruturar o planejamento
estratégico de uma organização, afinal, é entendendo o presente que podemos planejar o futuro. Como
mencionamos, a cadeia de valor pode ajudar a identificar processos que precisam ser reestruturados e
que podem ser potencializados. Isso mostra alguns caminhos pelos quais a organização pode seguir no
seu planejamento estratégico.

Temos um webinar que fala mais sobre a cadeia de valor como ferramenta no planejamento estratégico.
Clique na imagem abaixo e assista gratuitamente!

CTA-A-Cadeia-de-valor-como-ferramenta-no-planejamento-estratégico

Proporcionar visibilidade sobre a vantagem competitiva

A vantagem competitiva de uma organização é o que a diferencia das demais, o que é possível a partir da
criação de valor para os clientes. Basicamente, quanto mais valor uma organização gera, maior é a
vantagem competitiva e maior é a probabilidade de ela ser lucrativa financeiramente.

Você sabe onde a cadeia de valor entra nesta história?

É simples: a cadeia de valor vai demonstrar o modelo de negócio da empresa, isto é, a maneira como ela
se organizou para fazer as coisas. Um modelo de negócio aderente ao mercado pode se tornar a
vantagem competitiva de uma organização! A empresa Uber, por exemplo, se propôs a gerar valor aos
clientes ao lançar um serviço de transporte que conecta usuários e motoristas. Esse modelo de negócio,
até então pouco aproveitado, tornou-se uma vantagem competitiva poderosa.
Na figura abaixo, você pode ver três modelos de negócio diferentes:

O primeiro modelo desenvolve e produz o produto antes de vender, o que acontece quando compramos
algo que já está pronto num e-commerce, por exemplo.

A segunda empresa desenvolve o produto, vende e depois o produz, ou seja, é uma venda sob
encomenda.

Já a terceira empresa primeiro vende, para então desenvolver e produzir. É uma solução para empresas
que precisam de um investimento inicial dos clientes para poder desenvolver e produzir os produtos.

Esses são apenas três tipos de modelos de negócio, mas a partir deles já é possível perceber que cada
empresa pode criar vantagem competitiva do seu jeito, não é?

Esperamos ter ajudado você a entender um pouco mais sobre cadeia de valor. Se tiver mais alguma
dúvida sobre o assunto, não deixe de conferir este webinar em que explico mais sobre como utilizar a
cadeia de valor na gestão de processos.

CTA-Cadeia-de-Valor-o-que-é,-para-que-serve-e-como-utilizá-la-na-gestão-de-processos

Vinicius Nóbile de Almeida

Vinicius Nóbile de Almeida

Sócio diretor da EUAX, formado em Processamento de Dados e mestre em Ciências da Computação pela
UFRGS. Possui mais de 20 anos de experiência em processos. É certificado CBPP (Certified Business
Process Professional) pela ABPMP (The Association of Business Process Management International).

https://www.euax.com.br/2019/10/cadeia-de-valor/

A cadeia de valor é um método que permite à empresa organizar todos os seus processos, observando
os elos e como cada um deles pode gerar valor ao cliente. A cadeia de valor possibilita que a empresa
entenda como funciona a organização e a prática dos seus processos produtivos e estratégicos.
A análise da cadeia de valor é uma forma de dividir a logística, as operações e a infraestrutura da
empresa, revelando o verdadeiro valor do seu produto ou serviço.

É uma forma de ajudar a sua empresa a descobrir uma vantagem competitiva que você tem sobre
empresas rivais.

Esse é um conhecimento essencial hoje em dia, visto que possibilita que você potencialize seus lucros e
atraia novos clientes.

É por meio da criação e da análise da cadeia de valor que você pode avaliar as funções de negócios
primárias e secundárias.

É um processo corporativo essencial, que ajuda você a compreender as ligações fundamentais entre os
processos empresariais.

Como cada setor interage entre si? Como as tarefas são executadas? Cada operação visa agregar valor ao
cliente?

Responder essas perguntas é o primeiro passo para que você aprimore o seu planejamento estratégico.

Assim, consegue identificar como melhorar sua operação, tornando-a mais eficiente, o que aumenta a
percepção de valor dos clientes.

Neste conteúdo, você vai poder aprender tudo sobre a cadeia de valor, começando pelo seu conceito e
terminando com as soluções tecnológicas que podem auxiliar na sua implementação.

E então, preparado(a)? Continue a leitura para seguir aprendendo!

O que significa cadeia de valor?


A cadeia de valor é um método que permite à empresa organizar todos os seus processos, observando
os elos e como cada um deles pode gerar valor ao cliente.

Vamos analisar a fundo, veja bem:

Um produto (ou mesmo um serviço) passa por muitos processos antes de chegar até o consumidor final.

Não se trata apenas de transformar a matéria-prima em outra coisa, e sim de saber agregar valor em
cada uma das etapas desse processo.

É a isso que damos o nome de cadeia de valor.

Michael Eugene Porter, um professor de Harvard, foi o criador desse conceito. Ele o apresentou em seu
livro “Competitive Advantage” (sem edição brasileira até o momento, mas você pode conferir a edição
americana na Amazon).

O conceito pode ser apresentado em um fluxograma das etapas essenciais, para agregar valor ao
produto final de uma empresa.

Dessa forma, fica claro que a maneira como a cadeia é organizada é capaz de afetar os custos e os lucros
da companhia.

A cadeia de valor segundo Porter

A cadeia de valor de Porter, como também é conhecida, é um modelo de estruturação das atividades
desenvolvidas pelas empresas.

A premissa era que se o valor que uma empresa estava oferecendo aos seus clientes superasse o custo
de produção, o resultado seria um lucro maior.

Ou seja, podemos criar uma fórmula:


Valor Criado – Custo de Criar esse Valor = Margem de Lucro

De acordo com Porter, as empresas podem aumentar seus lucros usando a análise da cadeia de valor de
duas maneiras diferentes:

Liderança de custos: cortando gastos de produção e simplificando processos para aumentar a


lucratividade.

Diferenciação competitiva: aumentando o preço ao oferecer um serviço exclusivo, diferenciado ou de


alto valor para o cliente.

Ou seja, há dois caminhos segundo o especialista:

Imagina uma empresa do agronegócio.

Ela pode aumentar o valor das suas entregas e ganhar vantagem competitiva ao cortar custos de
contratação e reduzir investimentos na produção.

No entanto, ela pode alcançar o mesmo resultado por outro caminho, que é através do ganho de
qualidade em cima do seu produto — criando versões orgânicas, por exemplo.

Assim, ela cria mais valor, possibilitando que o preço seja maior que os custos, naturalmente.

No primeiro caso, essa lógica funciona pela redução de custos processuais internos. Já na segunda,
acontece o inverso, pois a maior qualidade permite que se exija um preço mais alto.

De forma simples: ambos os métodos levam a um aumento na margem de lucro.

Esse modelo tem como objetivo atingir a máxima qualidade do serviço e/ou produto, até chegar ao
consumidor final.

Trata-se de uma representação visual, lógica e sistemática da operação da empresa.


Qual é o objetivo da cadeia de valor?

A cadeia de valor possibilita que a empresa entenda como funciona a organização e a prática dos seus
processos produtivos e estratégicos.

É uma ferramenta que reflete diretamente o funcionamento e aborda todas as nuances do negócio.

Essa visão abrangente, que mostra processos primários, de apoio e de gestão, serve como campo de
análise para os gestores. Assim, é possível trabalhar em cima de melhorias que fortaleçam a entrega de
valor para os clientes.

De forma objetiva, a cadeia de valor contribui para que a organização se atenha à sua própria proposta
de valor.

Como?

Ao expandir os macro e microprocessos, permitindo uma análise qualificada das forças, oportunidades,
fraquezas e ameaças.

Através desse processo analítico, a empresa então consegue insumos para trabalhar em cima de seus
diferenciais, melhorando a percepção dos clientes.

É uma ação estratégica essencial, que pode trazer ótimos resultados, como crescimento e maior
lucratividade.

Quais empresas podem aderir a cadeia de valor?

Uma das principais vantagens da cadeia de valor é que qualquer empresa pode aderir ao modelo para
melhores seus resultados.

Afinal, trata-se de um conceito que visa destrinchar os processos dentro de um negócio. Ou seja, é uma
ferramenta corporativa em sua essência.
Não por menos, pode ser aplicada por organizações de todos os portes e de todos os segmentos de
mercado.

Independente se o seu carro-chefe são produtos ou serviços.

De forma geral, o que a cadeia de valor vai fazer é demonstrar qual o modelo de negócios da sua
organização e como você pode explorá-lo de maneira mais lucrativa e otimizada.

A partir disso, permite que você e seu time avaliem a eficiência dos seus processos, bem como se o
modelo é realmente o mais adequado.

Quais são os elementos da cadeia de valor?

Para ilustrar melhor como o modelo de cadeia de valor funciona, podemos analisar os elementos que a
compõem.

Michael Porter definiu uma cadeia de atividades que são comuns nas empresas.

Com isso, fez uma divisão entre atividades primárias e atividades de suporte.

Entenda!

Atividades Primárias

As atividades primárias são aquelas que, de forma direta, geram valor para os clientes.

É comum chamá-los de “processos core”, pois estão relacionados com a entrega de valor.

Entre as atividades primárias, podemos citar:


Logística de entrada

A logística de entrada está entre as atividades primárias e é relacionada a processos como recebimento,
controle de inventário e marcação de transporte.

Aqui, o que mais gera valor é a relação com os fornecedores.

Ou seja, não se trata apenas de contar com boas parcerias, mas de fechar bons contratos e ter um
processo de compras otimizado.

Operações

Maquinário, embalagens, montagem, manutenção de máquinas, testes e outros processos, são parte
das operações.

Em uma indústria, seria o equivalente ao chão de fábrica.

Neste caso, a criação de valor está na transformação de matéria-prima no produto final e na automação
industrial.

Logística Externa

Também classificada como logística de saída, trata-se de um conjunto de atividades – como entrega de
produtos, sistema de recolha, armazenamento, distribuição etc.

Elas também estão inclusas nas atividades primárias, embora seja considerada à parte pois se trata da
entrega dos produtos para os consumidores.

Ou seja, além de viabilizar a logística, é preciso garantir sua qualidade, integridade e o cumprimento do
prazo.

Marketing e vendas

É através do marketing e vendas que os consumidores finais são atraídos a comprar os produtos.
Nesse caso, vale relembrar de todas as frentes de comunicação, como o inbound e o outbound
marketing.

As estratégias de vendas também devem ser levadas em conta.

O uso de ferramentas e sistemas que potencializam essas execuções é visto como uma forma de reforçar
as entregas — além de possibilitar que você conheça as características e necessidades dos clientes,
estreitando laços de relacionamento.

Por isso, esta etapa é de extrema importância para a cadeia de valor de uma empresa.

Serviços

Em serviço, estamos falando de todo o suporte durante e após a compra concretizada.

Além é claro, da instalação, reparos e todas as outras atividades feitas que complementam esta etapa.

Para muitas empresas, essa fase da cadeia de valor se refere ao seu nível de servitização. Um movimento
que cada vez mais empresas aderem.

Ou seja, em vez de entregar apenas produtos, preferem transformá-los em serviços.

Um exemplo marcante é a Microsoft: até alguns anos, seus softwares eram pacotes que vinham em CDs
de instalação, com um número de série que liberava as funcionalidades.

Agora, a empresa vende suas soluções “as a service”, com contratos por assinatura. Um jeito de
flexibilizar as entregas e tornar a experiência de compra mais ágil.

Atividades de apoio

Como o nome sugere, as atividades de apoio servem de auxílio para as primárias. Logo, elas geram valor
de forma indireta.

Infraestrutura

Atividades como gestão geral, administrativa, legal, financeira, contabilística, entre outras, fazem parte
da infraestrutura.

São importantes sistemas que ajudam a empresa a manter as suas operações diárias, controlando sua
saúde financeira.

Gestão de Recursos Humanos

O gerenciamento dos recursos humanos produz grande valor para a organização quando se utilizam as
boas práticas para gerir o capital humano.

As atividades variam desde recrutamento e treinamentos até compensação de funcionários.

É preciso se preocupar com os atores internos da organização, garantindo que os processos de seleção
sejam eficientes e as estratégias de engajamento mantenham o time estimulado.

Desenvolvimento tecnológico

O desenvolvimento tecnológico faz parte do setor de apoio e atua para manter as atividades
funcionando conforme os padrões.

Aqui é onde ocorre a investigação e desenvolvimento (I&D), automação de processos, design, entre
outras áreas.

É um apoio essencial, necessário para se destacar em termos de competitividade e para melhorar a


produtividade do time. Estratégias que agregam valor também podem ser incluídas, como manufatura
lean.

Nova call to action

Aquisição e compras
O setor de compras é responsável por adquirir os materiais necessários para o desenvolvimento dos
trabalhos.

Seu valor está na negociação e gestão dos fornecedores e na procura por máquinas de qualidade com
um bom preço.

É preciso de uma equipe qualificada e atenta ao mercado, que valorize os principais aspectos dos
fornecedores na montagem de uma carteira de parceiros de primeira.

Aqui, incluem-se também os profissionais de aquisição que trabalham para manter o escritório
abastecido com os materiais necessários em seu dia a dia.

Por que implementar a cadeia de valor?

Com o mapeamento adequado da cadeia de valor, é possível adquirir vantagem competitiva.

E a organização apropriada de certos elementos, pode proporcionar mais qualidade para o consumidor
final por um custo menor.

Assim, você tem acesso a um insumo estratégico extremamente qualificado, que oferece uma visão
ampla do negócio, dos seus concorrentes, e como todo o ecossistema funciona — e como pode ser
melhorado.

Exibindo cada passo relevante do fluxo de trabalho e avaliando como ele agrega valor ao consumidor,
você pode analisar a rede de valor como um todo.

Assim, é possível ter uma visão mais clara de onde é preciso fazer mudanças para melhorar o processo.

A cadeia de valor é uma ferramenta apropriada para os tempos atuais, onde é necessário se reinventar
sempre.

E em um momento em que a transformação é necessária, a cadeia de valor pode ser utilizada como
meio para analisar a rentabilidade de suas operações.

Através dela, você mergulha no seu fluxo de trabalho, buscando brechas e insights que permitam o
surgimento de novos diferenciais — em pouco tempo, vale dizer.

Quais são as vantagens de implementar a cadeia de valor em sua empresa?

O modelo da cadeia de valor permite uma visão ampla e sistêmica do fluxo de trabalho em sua
organização.

É uma ferramenta que serve de base para você gerenciar operações e recursos, conquistando vantagens
como:

Identificar melhorias no seu negócio

O que prejudica seu processo produtivo? O que impede sua empresa de decolar?

Com uma cadeia de valor bem estruturada é possível mergulhar no ecossistema organizacional
produtivo para encontrar as respostas.

Trata-se de uma ferramenta que potencializa seu poder analítico, possibilitando encontrar falhas e
oportunidades de melhoria.

Com isso, você não age baseado puramente de forma holística.

Ao contrário, baseado em dados e na análise minuciosa de processos, entende quais mudanças efetuar.

Otimizar e agilizar a execução das demandas

Ao “passar uma lupa” em todo fluxo de trabalho, você tem a oportunidade de otimizar as atividades
realizadas.

É uma forma de criar processos mais fluidos, identificando aqueles que realmente geram valor para o
cliente — e outros que apenas atrasam a organização, como as tarefas repetitivas.

Esse insight é interessante pois possibilita que você e seu time entendam como a agilidade operacional é
afetada, assim, podem buscar na tecnologia as soluções adequadas.

Um exemplo é o ERP, sistema de gestão completo para o backoffice do negócio, que agiliza várias
atividades administrativas e integra dados, facilitando o trabalho de vários setores.

Nova call to action

Vantagem competitiva

Essa foi uma tecla batida durante o conteúdo, pois é um dos pontos fortes da ferramenta de cadeia de
valor.

Ao utilizá-la, é possível observar de forma objetiva o que sua empresa faz bem e o que ela faz mal.
Afinal, é impossível manter um processo produtivo perfeito e sem falhas.

Essa é uma busca diária — e que esse método ajuda a contemplar.

Assim, é possível utilizar a cadeia de valor para observar oportunidades em relação aos concorrentes e
ao mercado, explorando vantagens competitivas que colocam sua empresa à frente da concorrência.

Auxílio no planejamento estratégico

Ao entender o estado atual do seu fluxo de trabalho, é possível ter mais controle sobre as ações do
futuro.

Ou seja, você complementa o seu planejamento estratégico, indicando processos que necessitem de
reestruturação, melhorias ou investimentos.

Afinal, a cadeia de valor serve também como um mapa, concorda?


Ele te dá as coordenadas do seu negócio diante do mercado e dos clientes, mostrando de forma prática
como seus processos influenciam em sua percepção de valor.

Com base nessas informações, é possível traçar melhores, mais eficazes e assertivas estratégias para
melhorar processos e entregas, maximizando os resultados.

Como implementar a cadeia de valor na empresa?

A análise da cadeia de valor permite que a necessidade de melhorias em alguns setores seja identificada.
Para entender melhor sua aplicação, veja as dicas a seguir.

Mapear as atividades primárias

O primeiro passo do mapeamento da cadeia de valor é identificar as subatividades de cada atividade


primária.

Assim, é possível entender a estrutura geral do seu negócio, a fim de determinar quais dessas atividades
geram valor real.

Nesse passo, é importante lembrar que existem diferentes tipos de subcategorias:

Atividades diretas: criam valor próprio;

Atividades indiretas: permitem que as diretas funcionem perfeitamente;

Atividades de garantia de qualidade: asseguram que ambas atividades sigam padrões.

Mapear as atividades de apoio

Aqui é preciso identificar as subatividades para cada atividade de apoio.

Um exemplo disso, é analisar como o RH pode criar valor na área de logística de entrada, operações, etc.

Deve-se identificar também as atividades que geram valor para a infraestrutura do seu negócio.
Conexões

O próximo passo é conseguir encontrar conexões entre todas as atividades de valor que foram
identificadas no processo.

Essas ligações são parte importante no aumento da vantagem competitiva.

E atenção: as conexões precisam existir!

Só assim é possível ter sob controle um fluxo de trabalho dinâmico e funcional.

Melhorias

Após identificar as conexões e as subatividades, é chegada a hora de fazer as melhorias.

Isso exigirá muitas mudanças, como a implementação de um software de gestão, de soluções de


automação de processos, ferramentas de marketing, etc.

Será uma etapa de muita mão na massa, mas também será essencial para aprimorar os processos
internos e gerar ainda mais valor.

Como uma solução tecnológica de gestão pode ajudar a sua empresa a implementar a cadeia de valor

O mapeamento da cadeia de valor pode ser um processo trabalhoso, e um sistema de gestão


empresarial pode ser de grande ajuda.

É uma solução que se adequa às necessidades da sua empresa, além de auxiliar na gestão e organização.

Essa tecnologia também permite o controle total das atividades administrativas/financeiras.

O ERP da TOTVS proporciona esse potencial de controle amplo que tanto comentamos neste conteúdo. É
uma solução completa, robusta e desenvolvida para realmente funcionar como um backoffice do seu
negócio.

Assim, você automatiza tarefas e torna as entregas do time administrativo e pessoal ainda mais ágil.

Dessa forma, possibilita que foquem na geração de valor direto aos clientes, permitindo que a carga
operacional saia de seus ombros.

Outro ponto importante: o ERP da TOTVS integra todo seu negócio, de ponta a ponta, permitindo uma
maior colaboração entre as áreas da sua empresa e uma melhor gestão do time.

Lembra que mencionamos a importância desse fator para uma leitura apurada de dados? É uma forma
de potencializar seu poder analítico, através de informações assertivas e atualizadas em tempo real.

Com o ERP da TOTVS você tem isso.

Ainda na dúvida se o ERP é a melhor solução para sua empresa? Confira o vídeo a seguir para tirar suas
dúvidas!

Que tal conferir mais da solução completa, que atende empresas de todos os segmentos e tamanhos?
Conheça todas as funcionalidades do ERP da TOTVS!

Conclusão

Para conquistar melhores resultados, o primeiro passo é olhar para dentro: o que você faz, como faz, por
que faz e o mais importante: como melhorar isso tudo?

Ao entender mais sobre o conceito de cadeia de valor, esperamos que você possa aplicar a metodologia
em seu negócio.

É um método poderoso para entender como sua organização se posiciona no mercado e, especialmente,
como é percebida pelos clientes.

Assim, pode observar os pontos fortes e fracos e encontrar as oportunidades de melhoria, que vão
possibilitar uma melhor entrega de valor ao consumidor final.

A cadeia de valor abre seus olhos para tudo que envolve o fluxo de trabalho da empresa, seja no braço
estratégico como operacional.

Dessa forma, facilita a criação de estratégias eficazes, inovadoras e aperfeiçoadas, capazes de elevar o
patamar da sua organização!

https://www.totvs.com/blog/negocios/cadeia-de-valor/

Como a Cadeia de Valor contribui para a criação de valor aos seus clientes?

Publicado dia 11 de setembro de 2017

RENATA FREITAS DE CAMARGO

Tempo médio de leitura

16 min

Buscar pela excelência na Gestão Empresarial significa fazer parte de um jogo extremamente
competitivo, com adversários altamente competentes. E o que fazemos quando temos uma partida
decisiva?

Cadeia de Valor elementosPrimeiro, é preciso avaliar os recursos que possuímos em mãos. Para
exemplificar, pense em sua empresa e em seus concorrentes. No ambiente empresarial, todo dia é dia de
campeonato com partidas decisivas, concorda? Avaliar os recursos que sua empresa possui é essencial
para decidir as melhores jogadas (quem sabe não esteja na hora de avaliar o orçamento de custo de
produção?) e tomar decisões sempre olhando para o objetivo final (aqui chamado de planejamento
estratégico).

Entrar em campo sem ter um bom Planejamento Estratégico, Tático e Operacional é algo fora de
cogitação. Por isso, a Análise de SWOT (a matriz FOFA) exerce um papel essencial, já que contribui para a
empresa conhecer tanto suas forças e fraquezas com relação aos concorrentes, bem como definir
oportunidades e ameaças.

Ao ter essas informações em mãos, a empresa poderá partir para uma tática de jogo focada em atingir
diretamente quem interessa: seu público-alvo e driblar seus concorrentes. Para isso, é preciso realizar
atividades voltadas para a criação de valor para o cliente, as quais afetarão direta e positivamente os
lucros da empresa.

A esse conjunto de atividades damos o nome de Cadeia de Valor, e é exatamente isso que abordaremos
neste artigo. Que tal conferir o que preparamos para você?

O que você vai encontrar neste artigo:

O que é Cadeia de Valor?

O que é criação de valor e como uma empresa cria valor?

Por que utilizar a Cadeia de Valor?

Elementos da Cadeia de Valor

Como utilizar a Cadeia de Valor de Porter?

Como realizar a Análise da Cadeia de Valor?

O papel do departamento financeiro na Cadeia de Valor

Conclusão

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O que é Cadeia de Valor?


Uma Cadeia de Valor é um conjunto de atividades realizadas por uma organização com o objetivo de
criar valor para seus clientes. O modelo foi desenvolvido por Michael Porter (por isso também é
conhecido como Cadeia de Valor de Porter) e basicamente descreve um processo que as empresas
podem seguir para examinar suas atividades e analisar a conexão entre elas (chamados de elos).

De acordo com a Cadeia de Valor a maneira como as atividades da cadeia são realizadas determina os
custos e afeta os lucros. Este é o principal motivo pelo qual a ferramenta pode ajudar a empresa a
entender quais são suas fontes de valor.

Quando falamos em custos, temos que lembrar que são todos e quaisquer gastos relativos à aquisição
ou produção de mercadorias. Entram na lista matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação
(GGF), bem como depreciação de máquinas e equipamentos, energia elétrica, manutenção, materiais de
conservação e limpeza para fábrica, viagens de pessoas ligadas a fábrica etc.

Observe que o conceito é diferente de despesas, as quais são os gastos relativos à administração da
empresa, ou seja, gastos que a organização precisa ter para manter a estrutura funcionando, porém não
contribuem diretamente para geração de novos itens que serão comercializados.

Reforçamos que sem uma correta apuração e classificação dos Custos e Despesas sua empresa não tem
como projetar e analisar Indicadores de Desempenho importantes como a Margem de Contribuição,
EBITDA ou Lucratividade. Além disso, como a Cadeia de Valor busca apresentar como os custos da
empresa são apresentados, é importante que você tenha na ponta da caneta quais custos são esses.

A fim de contribuir com o assunto, disponibilizamos uma planilha gratuita para realizar o registro,
classificação e acompanhamento dos desembolsos de sua empresa. Você pode baixá-la clicando no
botão abaixo:

Modelo de Demonstrativo de Gastos, Custos e Despesas

E por que estamos falando tudo isso? Porque a Cadeia de Valor descreve o processo pelo qual as
empresas recebem matérias-primas, relacionam-se com fornecedores, agregam valor às matérias-primas
para criar um produto acabado e, em seguida, comercializam o produto final aos clientes. A Cadeia de
Valor de uma determinada empresa é influenciada pela Cadeia de Valores de seus Fornecedores, bem
como influencia na Cadeia de Valores de seus Compradores (empresas ou famílias), formando uma
corrente integrada, a qual Porter chamou de Sistema de Valores.
A análise da Cadeia de Valor é realizada observando todas as etapas de produção necessárias para criar
um produto e identificar maneiras de aumentar a eficiência da cadeia. O objetivo geral é entregar o valor
máximo pelo menor custo total possível e criar vantagem competitiva sustentável.

O que é criação de valor e como uma empresa cria valor?

A pergunta melhor talvez seria: como a empresa muda os inputs (as entradas) em outputs (saídas) de tal
maneira que crie valor aos consumidores? Criação de valor significa adicionar qualquer tipo de valor que
aprimorará a saúde econômico-financeira em longo prazo e garantirá a competitividade e sucesso do
negócio. O valor criado por uma empresa é a margem de lucro.

Bom, sabemos que quanto mais valor uma organização cria, maior sua probabilidade de ser lucrativa. Ao
fornecer mais valor aos seus clientes, maior é a vantagem competitiva. Viu como tudo está ligado?

Fontes de valor

Exatamente por isso que compreender como sua empresa cria valor e procurar maneiras de agregar
mais valor, são elementos cruciais no desenvolvimento de uma estratégia competitiva. Michael Porter
fala sobre isso no livro Vantagem Competitiva. Aliás, foi na obra que Porter primeiro introduziu o
conceito de Cadeia de Valor.

Ok, já entendemos que a Cadeia de Valor é um conjunto de atividades realizadas pela empresa para criar
valor para seus clientes. Também entendemos que o modo como as atividades dessa cadeia são
realizadas determina os custos e afeta os lucros. Mas agora a pergunta é:

Por que utilizar a Cadeia de Valor?

Para iniciar, um dos maiores pontos positivos da Cadeia de Valor de Porter é por ela ser uma ferramenta
de estratégia muito flexível para analisar o negócio, seus concorrentes e os respectivos locais no sistema
de valores da empresa. Além disso, pode ser utilizada para diagnosticar e criar vantagens competitivas
tanto no custo quanto na diferenciação (mais adiante falamos sobre isso). Isso faz com que a empresa
inteira foque sua atenção nas atividades necessárias para entregar a criação de valor.

Lembra da análise de SWOT? Utilizar a Cadeia de Valor para comparar o seu modelo de negócio com
seus concorrentes ajuda a dar uma compreensão muito mais aprofundada de forças e fraquezas para
serem incluídas na matriz SWOT. Isso pode ser extremamente útil especialmente para o
desenvolvimento de novos diferenciais.
Ainda como vantagem podemos citar que a Cadeia de Valor pode ser adaptada para absolutamente
qualquer porte de empresa e qualquer tipo de negócio. Por fim, a importância da Cadeia de Valor está
em possibilitar a avaliação da rentabilidade das operações.

A Cadeia de Valor possui diversas atividades. Falaremos sobre isso no próximo tópico.

Elementos da Cadeia de Valor

Ao invés de focar em departamentos ou tipos de custos contábeis, a Cadeia de Valor de Porter se


concentra em sistemas, além de como as entradas são transformadas em saídas que, por sua vez, são
compradas pelos consumidores. Partindo desse princípio, Michael Porter descreveu uma cadeia de
atividades comuns a todas as empresas e as dividiu em atividades primárias e de apoio, como
mostramos abaixo:

Cadeia de Valor elementos

Independentemente da empresa indústria, são cinco as atividades primárias:

Logística interna ou de entrada: relacionamento com fornecedores é decisivo para a criação de valor;

Operações: maquinário, embalagens, montagem, manutenção de equipamento, testes e demais


atividades de criação de valor que transformam as entradas em produto final;

Logística Externa ou de saída: atividades associadas com a entrega do produto/serviço ao cliente;

Marketing e vendas: processos utilizados para convencer os clientes a comprarem os seus


produtos/serviços;

Serviços: atividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos/serviços após a compra.

Já as atividades de apoio dão suporte às atividades primárias. Sua classificação genérica é feita em
quatro categorias.

Infraestrutura: sistemas de apoio para manter as operações diárias. Inclui a gestão geral, administrativa,
legal, financeira, contábil, entre outras;

Gestão de Recursos Humanos: atividades associadas ao recrutamento, desenvolvimento, retenção de


talentos e compensação de colaboradores e gestores. Como as pessoas são uma fonte de valor
importantíssima para qualquer negócio, empresas podem criar grandes vantagens ao utilizarem boas
práticas de RH;

Desenvolvimento tecnológico: atividades que apoiam as atividades da cadeia de valor, como automação
de processos, por exemplo;

Aquisição/compras: processos realizados com o objetivo de adquirir os recursos necessários para manter
a empresa em operação: aquisição de matérias-primas, serviços etc. Aqui também inclui a busca por
fornecedores e a negociação dos melhores preços.

Olhando para a imagem, temos que abordar ainda a Margem. Ela nada mais é do que a diferença entre o
valor percebido pelo produto/serviço e o custo coletivo da execução das atividades para a criação do
produto/serviço.

Como utilizar a Cadeia de Valor de Porter?

Para fazer uso desta ferramenta, é preciso seguir algumas etapas, conforme definimos a seguir:

#01 - Identifique as subatividades para cada atividade primária: determinar as subatividades que criam
valor significa otimizar ainda mais os resultados. As subatividades podem ser:

Diretas: criam valor por si próprias;

Indiretas: permitem que as atividades diretas funcionem normalmente;

De garantia de qualidade: asseguram que as atividades anteriores cumpram com os padrões necessários.

As subatividades devem estar descritas em uma planilha.

#02 - Identifique as subatividades para cada atividade de apoio: primeiro deve-se determinar as
subatividades que criam valor em cada atividade de apoio (lembrando que as atividades de apoio dão
suporte para as atividades primárias). Por exemplo: como a gestão de recursos humanos pode criar valor
na logística de entrada, operações, logística de saída etc. Em seguida, identifique as subatividades que
criam valor na infraestrutura da empresa.

#03 - Identifique as ligações: na Cadeia de Valor processos e atividades são ligados como se fossem elos.
Ao encontrar as ligações de cada atividade ficará mais fácil conduzir os processos da empresa de forma
mais estratégica e organizada. Para exemplificar: o setor financeiro pode estar ligado aos fornecedores,
já que os mesmos entram como despesa ou custo no Balanço Patrimonial.
#04 - Procure por oportunidades para aumentar o valor: aqui é importante rever cada uma das
subatividades e ligações identificadas (os elos) e analisar como elas podem ser mudadas ou melhoradas
a fim de maximizar o valor aos clientes. Lembre-se que o valor percebido pelo consumidor é a qualidade,
utilidade e a satisfação que o produto/serviço proporciona. Em outras palavras: vai muito além do preço.
Como sabemos que a definição do valor do produto é algo essencial nessa estratégia de gerar valor,
elaboramos um artigo intitulado O que é Markup, por que é importante conhecer sobre precificação e
como realizar a formação do preço de venda de produtos e serviços? falamos melhor sobre isso.
Também elaboramos um Guia completo para o cálculo do Preço Ideal de Venda dos produtos,
mercadorias e serviços de sua empresa. Para acessá-lo, é só clicar na imagem:

Guia Formação de Preço de Venda

Após definidas as subatividades, identificadas as ligações e procuradas as oportunidades de aumentar


valor, podemos entender melhor como acontece a Análise da Cadeia de Valor.

Como realizar a Análise da Cadeia de Valor?

A Análise da Cadeia de Valor pode ser realizada de duas maneiras, de acordo com o tipo de vantagem
competitiva que a empresa deseja criar: vantagem competitiva de custo ou vantagem competitiva de
diferenciação. A escolha por uma opção em detrimento da outra deve basear-se nas estratégias da
empresa, suas metas e planejamento estratégico.

Vantagem Competitiva de custo: como você deve imaginar, esta abordagem é utilizada quando as
empresas tentam competir em custos e precisam entender as fontes da vantagem de custo (ou
desvantagem) e quais fatores geram esses custos. Cinco etapas devem ser seguidas:

Identifique as atividades primárias e de apoio da empresa;

Estabeleça a importância relativa de cada atividade no custo total do produto/serviço;

Identifique fatores geradores de custo para cada atividade;

Identifique os elos de ligação entre atividades (lembre-se que a redução de custos em uma atividade
pode levar a novas reduções de custos nas atividades subsequentes);

Identifique oportunidades de redução de custos (aproveite e salve a leitura do artigo Redução de custos
com OBZ: a arte de cortar custos sem prejudicar o futuro da sua empresa)

Vantagem Competitiva de diferenciação: esta abordagem é utilizada por empresas que se esforçam para
criar produtos ou serviços superiores. As etapas seguem conforme abaixo:
Identifique as atividades de criação de valor para os clientes (por exemplo, o sucesso dos produtos da
Apple não é pelos recursos de seus produtos, pois outras empresas também possuem ofertas de alta
qualidade também, mas sim de bem-sucedidas estratégias de marketing);

Avalie as estratégias de diferenciação para melhorar o valor do cliente (aqui podem ser utilizadas
estratégias como adicionar mais features ao produto, aumentar a personalização ou melhorar o
atendimento ao consumidor);

Identifique a melhor diferenciação sustentável.

Como você pode ver, cada estratégia tem um foco e vai depender tanto da posição da empresa no
mercado quanto da sua concorrência (por isso a análise de SWOT é fundamental). A estratégia vai
depender também dos objetivos da organização e, claro, do que foi definido em seu orçamento
empresarial e no planejamento estratégico.

A área de planejamento e controladoria é ideal para apoiar na definição da vantagem competitiva. Isso
porque ela está constantemente medindo e avaliando os resultados da empresa e comparando-o com o
desempenho das outras empresas do ramo. Além disso, podemos dizer que o departamento de finanças
contribui de outras maneiras na Cadeia de Valor.

O papel do departamento financeiro na Cadeia de Valor

Para operar de forma eficaz e buscar melhorias na Cadeia de Valor as empresas devem estabelecer
metas de rentabilidade e lucratividade. O orçamento empresarial é fundamental nessa definição, bem
como a Margem de Contribuição, que representa o quanto o lucro da venda de cada produto contribuirá
para a empresa cobrir todos os seus custos e despesas fixas e ainda gerar lucro.

Ao estabelecer a Margem de Contribuição é possível definir a quantidade mínima de produtos que a


empresa precisará vender para que metas de rentabilidade e lucratividade sejam atingidas. Além disso,
lembra que falamos que a maneira como as atividades da Cadeia de Valor são realizadas determina os
custos e afeta os lucros?

Pois bem, ao analisar a Cadeia de Valor é possível alterar a Margem de Contribuição, já que serão
identificadas maneiras para entregar o valor máximo pelo menor custo total possível e criar vantagem
competitiva.

Nesse caso, profissionais do departamento financeiro (o controller, por exemplo), atuam na identificação
das atividades primárias e de apoio que estão sendo mais onerosas para a empresa e estão desviando-se
do orçamento empresarial. Dessa maneira, será possível analisar mudanças que podem ser realizadas
para contribuir com a diminuição de custos na Cadeia de Valor.

Ao realizar mudanças econômico-financeiras na cadeia, o controller deverá verificar a Margem de


Contribuição de acordo com as alterações feitas na Cadeia de Valor, as quais impactarão nos custos do
produto.

Caso você deseje calcular a Margem de Contribuição na prática, oferecemos uma planilha modelo para
download. Você pode fazer o download clicando no botão abaixo:

Modelo para cálculo de Margem de Contribuição e Lucratividade

Conclusão

A Cadeia de Valor descreve o processo pelo qual as empresas recebem matérias-primas, relacionam-se
com fornecedores, agregam valor às matérias-primas para criar um produto acabado e, em seguida,
comercializam o produto final aos clientes.

A análise da Cadeia de Valor é realizada observando todas as etapas de produção necessárias para criar
um produto, bem como para identificar maneiras de aumentar a eficiência da cadeia. O objetivo geral é
entregar o valor máximo pelo menor custo total possível e criar vantagem competitiva. Trata-se,
portanto, de criação de valor para o cliente.

Por meio da Cadeia de Valor é possível avaliar a rentabilidade das operações. A partir dessa avaliação
mudanças são propostas a fim de que custos sejam diminuídos e o lucro aumentado. O controller exerce
um papel importante, já que ele é o profissional indicado para analisar como o orçamento empresarial
está sendo impactado por cada etapa do processo produtivo. Com essa informação, a empresa tem uma
maneira muito mais certeira de atuar na Cadeia de Valor.

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