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GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA
Não deve existir uma rígida rotina, um método inflexível de abordar a paciente durante o interrogatório. A sequência e a
profundidade das perguntas vão depender da sensibilidade do médico e da compreensão da paciente. Assim como o médico deve
impor limites, a paciente pode fazê-lo (em respeito aos problemas sexuais, havendo pacientes que por pudor ou por inibição
dificultam esse tipo de questionamento).
ANTECEDENTES GINECO-OBSTÉTRICOS
SINAIS E SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas das afecções dos órgãos genitais femininos são as hemorragias, os distúrbios
menstruais, a dor, o aparecimento de tumoração, corrimento ou leucorreia, prurido, distúrbios sexuais e alterações
dos pelos.
mat«io e menopausa
Climatério: é a fase de transição entre a menacme (período reprodutivo) e a senectude (período não reprodutivo). Inicia-se com
a queda da capacidade reprodutiva ao redor dos 40 anos. A menopausa é a data do último fluxo menstrual; só pode ser datada
após 1 ano sem menstruações e representa a falta da ovulação e a falência ovariana.
Subdivide-se o período climatérico em pré, peri e pós-menopausa. A idade média em que ocorre a menopausa é entre 48 e 52
anos; quando ocorre antes dos 40 anos é chamada de precoce e acima dos 52 anos é chamada de tardia.
O fenômeno básico que ocorre no climatério é a diminuição dos folículos primordiais com posterior atresia. Essa falência ovariana
está associada a queda na produção de estrogênio e de androgênio, principalmente, acarretando a elevação do FSH.
Os sintomas do climatério podem ser divididos em precoces e tardios.
Dentre os precoces, temos instabilidade vasomotora (fogachos e suores noturnos), que incide em torno de 75% dos casos; atrofia
urogenital, que está associada a dor na relação sexual (dispareunia) e a síndrome uretral (urgência e incontinência urinária); e
sangramento uterino anormal, considerado um dos primeiros sintomas relacionados com o hipoestrogenismo, apresenta-se como
metrorragia e menorragia. Já o principal comprometimento tardio hipoestrogenismo e a osteoporose.
Na abordagem da paciente na pós-menopausa, devemos reforçar as orientações para uma vida saudável como reeducação
alimentar e atividade física devido aos efeitos do declínio do estrogênio sobre o metabolismo da mulher, provocando aumento
de peso e alterações no perfil lipídico. Esses sintomas são responsáveis pela queda da qualidade de vida e a terapia hormonal (TH)
é considerada a maneira mais eficaz de tratá-los. A terapia hormonal é a administração de hormônios por via oral ou parenteral
com os principais objetivos sendo aliviar os sintomas vaso motores, a atrofia urogenital e evitar a osteoporose. A combinação ou
não de hormônios depende de cada paciente. O estrogênio associado à progesterona é oferecido para pacientes que têm útero,
pois a progesterona protege o endométrio dos efeitos proliferativos do estrogênio.
Em pacientes que já retiraram seus úteros, a terapia hormonal é realizada somente com estrogênios. O momento de iniciar a TH
é logo que se fez o diagnóstico e deve ser utilizada de preferência durante os primeiros 5 anos após o último fluxo menstrual.
Esse período é conhecido como "janela de oportunidade': pois há trabalhos que comprovam a prevenção primária das doenças
cardiovasculares se ela for utilizada nesse período. Após 5 anos da menopausa, não devemos introduzir a TH, já que os trabalhos
demonstraram que, ao contrário do que ocorre na "janela de oportunidades': há um acréscimo no risco de doenças
cardiovasculares, de câncer de mama e de eventos tromboembólicos.