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Resumo;
Introdução;
Estrada de Bragança
Durante a segunda metade do século XIX se inicia no Brasil processo de
construção das ferrovias. Anteriormente a este período, as comunicações se consolidavam
por meio das navegações marítimas fluviais, sendo um empecilho quando as condições
sociais e econômicas necessitavam de uma comunicação rápida e eficiente. Ana Finger
(2013, p. 45) destaca que a primeira medida de impulsionar as obras públicas com
objetivo de facilitar e dinamizar as comunicações sobre o vasto território brasileiro foi
consolidado no ano de 1828, quando D. Pedro I assinou uma lei que visava a “construção
e exploração de estradas”.
Logo após ser concluído este primeiro trajeto, deu-se inicio ao prolongamento da
ferrovia ao longo da zona bragantina. Durante o ano de 1885 chegou os trilhos até as
delimitações do Apeu 3, sendo este distante cerca de 61 quilômetros da capital Belém.
Atualmente, Americano fica distante cerca de 60 quilômetros de Belém, possibilitando
entender que está obra concluída ao longo dos anos de 1885 faz referencia a antiga estação
ferroviária da vila de Americano. 4
3 As terras que hoje pertencem a vila de Americano ao longo dos anos 1883-1886 eram pertencentes ao
Apeu. Durante o ano 1886, o então presidente da província Tristão de Alencar Araripe destinou 30 lotes de
terras do Apeu para criar a colônia Araripe, que posteriormente será conhecida como Americano.
(Francisnaldo)
4 Francisnaldo Santos. (2012, p.8)
Faz-se necessário elucidar neste contexto, que, ao longo da segunda metade do
século XIX, atrelado a este processo de construção da EFB, a província paraense estava
inserida dentro de um projeto de ocupação e colonização de suas colônias agrícolas.5
Colônias agrícolas.
Francivaldo Nunes (2008) ressalta que além dos fatores ambientais da região
amazônica que eram favoráveis para a abertura dos núcleos coloniais, e para
desenvolvimento da agricultura, as ambições politicas da época foram elementos
plausíveis de grande relevância para atingir tais objetivos. Informações estas presente na
passagem abaixo;
6
Informações retiradas da dissertação de Nunes (2008, p.36)
7Devido as péssimas condições oferecidas para a instalação destes imigrantes, muitos não ficaram no
núcleo Araripe, e partiram no trem em busca de melhores condições.
Além disto, ao longo dos anos de 1880 foram criados mecanismos pelo Estado
para amparar a agricultura, diante das dificuldades encontradas. Foram criados bancos de
créditos, que impulsionou os investimentos na produção agrícola e, além disto, foi
instituída a construção de estradas que facilitassem a comunicação com localidades
distante uma das outras. A agricultura neste período era vista como responsável para
promover a prosperidade e a grandeza futura da província. (FRANCISNALDO, 2014)
8 Zona está que pertence as comunidades, localidades que eram cortadas pela via ferroviária (EFB).
9 Dados retirados de Francisvaldo santos (2014, p .6)
sendo que a colônia Araripe recebeu imigrantes estrangeiros e nordestinos ao longo de
seu processo de formação social. E por fim, a análise feita sobre o processo de produção
agrícola da referida colônia, que se legitimou e foi impulsionada pelos efeitos de sua
antiga estação ferroviária.
Nos três primeiros meses de 1889, vivia na colônia Araripe cerca de 310
imigrantes nordestinos. No dia 22 de julho de 1889, foi registrado no relatório da
administração da província, do senhor José de Araújo Rosa Danin que residiam na colônia
Araripe cerca de 680 nordestinos. Destaca-se, que neste ano residiam nos núcleos de
Ernesto Cruz (1955, p.19) destaca que “a construção da via férrea até o Apheú,
foi iniciada a 24 de junho de 1883”, e teve sua conclusão durante o ano de 1885. Porém,
a abertura do tráfego até o Apheú foi correspondente a cerca de 61 quilômetros, distância
esta que pertence as delimitações territoriais da vila de Americano. Fator este que
proporciona entender que a estação ferroviária construída no ano de 1885, é pertencente
há Americano nos dias atuais. (FANCISNALDO SANTOS, 2014)
BIBLIOGRAFIA
FINGER, Anna Eliza. Um século de estradas de ferro: arquiteturas das ferrovias no
Brasil entre 1852 e 1957. 2013.