Você está na página 1de 5

Erik Homburger Erikson

Erik Homburger Erikson nasceu em Frankfurt, Alemanha, a 15 de junho de 1902. Interessou-se


inicialmente pela arte, no entanto, mais tarde, envolveu se também no ensino infantil, e foi
convidado a trabalhar numa escola para pacientes submetidos à psicanálise, entrando então em
contato com o grupo de Anna Freud (Fundadora da psicanálise infantil.) Não parou por aqui, e
ainda estudou em alguns sítios, como faculdade de medicina de Harvard, no no departamento de
psiquiatria da universidade de Yale e a universidade local de Berkeley. Assim, tornou-se o
primeiro psicanalista infantil americano. A acabando por falecer a 12 de maio de 1994.

Introdução
o desenvolvimento humano se refere à formação da identidade do indivíduo, ou seja, o seu
comportamento, os valores, capacidades, e etc. Neste aspecto, o desenvolvimento humano leva
em consideração vários fatores distintos, como características genéticas, padrões intelectuais,
emocionais, os grupos de convívio em que está inserido, o desenvolvimento físico, entre outros.
O desenvolvimento humano é tambem alvo de muitos estudos e teorias que foram contruídas
através de faixas etárias e culturas diferentes.
São 4 as principais teorias: Teoria de Piaget; Teoria Freud, Teoria de Vygotsky, teoria de
Erikson.
A teoria de Erikson.
A teoria de Erikson é conhecida como teoria psicanalítica, ou seja, estuda a personalidade e o
seu desenvolvimento. Procura descrever a origem de transtornos e a motivação humana. O
primeiro a explorar esta teoria foi Freud que afirma que os teóricos psicanalíticos olham o
desenvolvimento humano como um processo constituído de estágios.
Enaltecendo a relação entre o indivíduo e a sociedade em que se insere, a chamada psicologia
do ego foi provavelmente o maior desenvolvimento psicanalítico pós-freudiano. Com efeito, as
formulações do virar do século começavam a mostrar-se profundamente datadas em ordem a
providenciar uma compreensão razoável da personalidade.
Erikson criou alguns estágios, que ele chamou de psicossociais, onde ele descreveu algumas
crises pelas quais o ego passa, ao longo do ciclo vital. Estas crises seriam estruturadas de forma
que, ao sair delas, o sujeito sairia com um ego (no sentido freudiano, O ego é o componente da
personalidade que é responsável por lidar com a realidade. As funções do ego agem tanto
no consciente, no pré-consciente e inconsciente) mais fortalecido ou mais frágil, de acordo com
sua vivência do conflito, e este final de crise influenciaria diretamente o próximo estágio, de
forma que o crescimento e desenvolvimento do indivíduo estaria completamente imbricado no
seu contexto social, palco destas crises.
Abaixo, descrevemos suscintamente tais crises do ego.
Estagios vocabulário mais simples
Estágio 1
Estado sensorial (Até cerca de 18 meses)
Confiança Básica x Desconfiança Básica
A atenção do bebê se volta à pessoa que provê seu conforto, que satisfaz suas ansiedades e
necessidades em um espaço do tempo suportável: a mãe. Quando o bebê se dá conta de que sua
mãe não está ali, ou que demora a voltar, cria-se a esperança da sua volta. E quando a mãe volta,
ele compreende que é possível querer e esperar, porque isso vai se realizar; ele começa a
entender que objetos ou pessoas existem, embora esteja fora – temporariamente – de seu campo
de visão.
Quando o bebê vivencia positivamente estas descobertas, e quando a mãe confirma suas
expectativas e esperanças, surge a confiança básica, ou seja, a criança tem a sensação de que o
mundo é bom, que as coisas podem ser reais e confiáveis. Do contrário, surge a desconfiança
básica, o sentimento de que mundo não corresponde, que é mau ingrato.
E como o bebé é totalmente dependente a chave para o desenvolvimento fica com os cuidadores
equivalente a mãe

Estágio 2
Desenvolvimento Muscular (Dos 18 meses aos 3 anos)
Autonomia x Vergonha e Dúvida
a criança já tem algum controle de seus movimentos musculares, então direciona sua energia às
experiências ligadas à atividade exploratória e à conquista da autonomia. Porém, a criança
começa a compreender que não pode usar a sua energia exploratória à vontade, que tem que
respeitar certas regras sociais, incorporá-las e controla-las , fazendo assim um equilíbrio
necessário. Os pais agora desempenham um papel importante.
Se os pais tiverem autocontrole sem perda de autoestima resulta num sentimento constante de
boa vontade e orgulho; de um sentimento de perda do autocontrole e de supercontrole exterior
resulta uma propensão duradoura para a dúvida e a vergonha.
Se é exigida demais, ela verá que não consegue dar conta e sua autoestima vai baixar. Se ela é
pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de dúvida de suas capacidades. Se a criança é
amparada ou protegida demais, ela vai se tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for
pouco amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades.

Estágio 3
Controlo Locomotor (Dos 3 aos 5)
Iniciativa x Culpa
Nesta etapa tomamos iniciativas, experimentamos coisas novas e desenvolvemos a imaginação.
As crianças bem-sucedidas nesta etapa sentem se mais confiantes. Se nos disserem que o que
fazemos não interessa podemos desenvolver a culpa. A culpa é Boa no sentido de demonstrar a
capacidade das crianças de reconhecer quando fizeram algo errado agora estamos aprendendo
com toda a família.
Com a alfabetização e a ampliação de seu círculo de contatos, a criança adquire o crescimento
intelectual necessário para apurar sua capacidade de planejamento e realização. Quando ela já se
sente capaz de planejar e realizar, ou seja, ela tem um propósito, ela tende a duas atitudes: numa
delas, a criança pode ficar fixada pela busca de determinadas metas. Quando a criança se
empolga na busca de objetivos além de suas possibilidades, ela se sente culpada, pois não
consegue realizar o que desejou ou sabe que o que desejou não é aceitável socialmente, e
precisa de alguma forma conter e reinvestir a carga de energia que mobilizou. O despertar de
um sentimento de culpa, na mente da criança, poderá ficar atrelado à sensação de fracasso, o
que gera uma ansiedade em torno de atitudes futuras. O propósito e a iniciativa também podem
ser direcionados positivamente para a formação da responsabilidade, quando o senso de
obrigação e desempenho se encontram ligados à ansiedade para aprender. Quando a criança se
dá conta de que realmente existem coisas que estão fora de suas capacidades (ainda), ela se
contenta, não em fantasiar, mas sim em realizar uma espécie de “treino”, o que, na verdade, se
constitui num teste de personalidade que a criança aplica em si.

Estágio 4
Período de Latência 5-13
Diligência x Inferioridade
Agora descobrimos nossos próprios interesses e percebemos que somos diferentes dos outros.
Queremos mostrar podemos fazer as coisas corretamente se recebemos reconhecimento dos
professores ou colegas nos tornamos mais confiantes e nossas habilidades de lidar com as
tarefas. Contudo e recebemos muito feedback negativo pode surgir a situação de inferioridade e
perdemos a motivação. vizinhos e colegas agora nos influenciam mais. É nesta fase que ela
começa a dizer, com segurança aparente, o que “quer ser quando crescer”, como uma iniciação
no campo das responsabilidades e dos planejamentos. A ordem e as formas técnicas passam a
ser importantes para as crianças desta fase.

Estágio 5
Moratório Psicossial (Dos 13 aos 21)
Identidade e confusão de identidade
Nessa fase as crianças estão adolescentes. Na adolescência aprendemos que temos diferentes
papéis sociais e buscamos encontrar nossos próprios propósitos e papéis na sociedade. se nossos
pais nos permitem sair e explorar podemos encontrar a identidade. se nossos pais nos
empurrarem para se adequar em suas opiniões podemos enfrentar a confusão de papéis nos
sentir perdidos tendo uma confusão de identidade. muitos experimentam crise de identidade.
Esse sentimento de identidade se expressa nas seguintes questões, presentes para o adolescente:
sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser? Respondendo a essas questões, o
adolescente pretende se encaixar em algum papel na sociedade. Nesta confusão de identidade, o
adolescente pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-se também, muitas vezes, incapaz de
se encaixar no mundo adulto, o que pode muitas vezes levar a uma regressão. Quando esta
identidade estiver firme, ele será capaz de ser estável com os outros, conquistando a lealdade e a
fidelidade consigo mesmo, com seus propósitos, conquistando o senso de identidade contínua.

Estágio seis
Maioridade jovem ( Dos 21 aos 40)
Intimidade x Isolamento
Como jovem adulto começamos aos poucos a entender quem somos e começamos a deixar de
lado certo de relacionamento que nós havíamos construído anteriormente e criar novos
relacionamentos .nós nos perguntamos se é possível amar se podemos ter relações prazo . Nós
somos confiantes e felizes. Se não conseguimos estabelecer relações podemos acabar sentindo a
situação de isolamento e estamos sozinhos .Os amigos e parceiros são  agora o centro do
desenvolvimento . Um risco apontado por Erikson para esta fase é o elitismo, ou seja, quando há
formação de grupos exclusivos que são uma forma de narcisismo comunal. Um ego estável é
minimamente flexível e consegue se relacionar com um conjunto variável de personalidades
diferentes. Quando se forma um grupo fechado, onde se limita muito o tipo de ego com o qual
se relaciona, poderemos falar em elitismo.

Estágio 7
Meia-Idade (DOS 40 A0S 60)
Generatividade x Estagnação
Nessa etapa as pessoas reconhecem que a vida não é apenas sobre si mesmas através de suas
ações esperam fazer contribuições para a sociedade. Quando alguém alcança esse objetivo
recebe uma sensação de conquista, no entanto não acha que contribuiu para o panorama geral e
pode pensar que não fez ou não está capacitado para fazer algo significativo girando estagnação
as pessoas de casa e do trabalho são as que mais influenciam.
Cada vez mais esta fase tem se ampliado. Até algumas décadas atrás, a forma de viver esta fase
era casando e criando filhos, principalmente para a mulher. Hoje, com uma gama maior de
escolhas a serem feitas, as formas de expressar a generatividade também se ampliam, de forma
que as principais aquisições desta fase, como dar e receber, criar e manter, podem ser vividas
em diversos planos relacionais, não somente na família. Segundo os autores, são diversas
formas de não se cair no marasmo da lamentação, que Erikson chama de estagnação.

Estágio 8
Maturidade: ( mais de 60)
Integridade x desespero
Á medida que envelhecemos tendemos a diminuir a velocidade e começar a olhar para trás
sobre nossas vidas o que eu fizemos. Se pensarmos que fizemos bem desenvolvemos
sentimentos de contentamento integridade caso contrário podemos sentir desespero e nos tornar
mal-humorados E amargos .

Conclusao
Tal como nas fases do desenvolvimento psicossexual de Sigmund Freud e Karl Abraham,
também a perspectiva de Erikson é desenvolvimentista, e a maior elaboração das fases que
propõe para o desenvolvimento do ego referem-se à infância e à adolescência. No entanto,
distancia-se daquela concepção porquanto o reconhecimento das fases resulta das interacções
psicossociais. Ou seja, nelas, mais do que uma mera sucessão biologicamente determinada de
processos neurofisiológicos, descrevem-se os passos cruciais de maturação do ego na sua
relação com o meio social. E onde a teoria do desenvolvimento freudiana se fecha sobre si
mesma com a adolescência, Erikson continua a caracterizar os processos envolvidos durante as
fases do desenvolvimento que se seguem, da juventude, através da meia-idade, e até à idade
avançada.
Tal como Freud, também Erikson procura reconhecer em aspectos transculturais a
universalidade das suas reflexões. Neste caso sobre as oito fases que considera partes
inelutáveis do ciclo vital humano; se bem que reconheca desde logo que cada pessoa as pode
passar de maneiras diferentes conforme a cultura envolvente, as circunstâncias concretas, e a
personalidade. Este modelo do desenvolvimento psicossocial foi por ele concebido a partir do
princípio epigenético do crescimento organísmico in utero, encarando-o desse modo como um
processo faseado em que as coisas se sucedem a dada altura, e de acordo com determinada
ordem,... no que dependem criticamente do que as antecede, e vão condicionar o que lhes
sucede. Mas também reconhece que o trabalho de elaboração em determinada fase, nunca é
final: um antigo conflito pode ser reactivado a qualquer momento por um episódio vivenciado
como crítico.
Na sua heterodoxia esta perspectiva da personalidade é mais positiva e menos depressiva que a
de Freud.
Sobretudo na medida em que, se deste ponto de vista o indivíduo é agora co-responsabilizado
pelo seu desenvolvimento, isso acaba por também resultar num certo clima de otimismo. Seja
na medida em que as pessoas têm nas mãos o seu próprio destino, dado que têm ao seu alcance,
em cada estado, a possibilidade de modificar o seu comportamento. Ou seja, os padrões fixos e
imutáveis não são mais aceitáveis, uma vez submetidos ao tempo e caldeados por experiências
adequadas.

FOTOS

Você também pode gostar