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EXECUÇÃO CIVIL

PONTO 01: Estudo do Processo de Execuçao Civil para entrega de coisa certa e
incerta. Artigos 806 a 813 do CPC.
Resumo da Doutrina, dos artigos citados.
Estudo da Jurisprudencia do Superior Tribunal de Justiça.

SEÇÃO I – Da Entrega de Coisa Certa (art. 806 ao art. 810)

Art. 806. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título


executivo extrajudicial, será citado para, em 15 (quinze) dias, satisfazer a obrigação.
§1º Ao despachar a inicial, o juiz poderá fixar multa por dia de atraso no
cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele
insuficiente ou excessivo.
§2º Do mandado de citação constará ordem para imissão na posse ou busca e
apreensão, conforme se tratar de bem imóvel ou móvel, cujo cumprimento se dará de
imediato, se o executado não satisfizer a obrigação no prazo que lhe foi designado.
Art. 807. Se o executado entregar a coisa, será lavrado o termo respectivo e
considerada satisfeita a obrigação, prosseguindo-se a execução para o pagamento de
frutos ou o ressarcimento de prejuízos, se houver.
Art. 808. Alienada a coisa quando já litigiosa, será expedido mandado contra o
terceiro adquirente, que somente será ouvido após depositá-la.
Art. 809. O exequente tem direito a receber, além de perdas e danos, o valor da
coisa, quando essa se deteriorar, não lhe for entregue, não for encontrada ou não for
reclamada do poder de terceiro adquirente.
§1º Não constando do título o valor da coisa e sendo impossível sua avaliação, o
exequente apresentará estimativa, sujeitando-a ao arbitramento judicial.
§2º Serão apurados em liquidação o valor da coisa e os prejuízos.
Art. 810. Havendo benfeitorias indenizáveis feitas na coisa pelo executado ou por
terceiros de cujo poder ela houver sido tirada, a liquidação prévia é obrigatória.
Parágrafo único. Havendo saldo: em favor do executado ou de terceiros, o
exequente o depositará ao requerer a entrega da coisa; em favor do exequente, esse
poderá cobrá-lo nos autos do mesmo processo.

➢ RESUMO DA DOUTRINA (Da Entrega de Coisa Certa):

A execução de título extrajudicial não é imediata, mas implica a formação de um


processo autônomo, cujo procedimento varia conforme a obrigação imposta pelo título. O
CPC regula a execução de título extrajudicial para entrega de coisa, para cumprimento de
obrigação de fazer ou não fazer, por quantia, contra a Fazenda Pública e de alimentos.
A “coisa certa” a que alude a lei é a individualizada, determinada, no momento da
propositura da execução; distingue-se da coisa incerta, que não está determinada, mas é
determinável pelo gênero e pela quantidade. O procedimento da execução para entrega
de coisa certa, fundada em título extrajudicial, vem tratado nos arts. 806 e ss. do CPC.
Ao ordenar a citação, o juiz fixará os honorários advocatícios devidos caso haja a
satisfação da obrigação. Com a citação, passará a correr o prazo de 15 dias, cuja
contagem será feita na forma prevista no art. 231 do CPC, para que o devedor satisfaça a
obrigação, entregando a coisa. Do mandado já constará a ordem de imissão de posse ou
busca e apreensão, caso a obrigação não seja satisfeita. O devedor poderá:
a) entregar a coisa, para satisfazer a obrigação. Será lavrado o termo e, com o
pagamento dos honorários, extinta a execução, a menos que deva prosseguir para
ressarcimento de eventuais frutos ou prejuízos, caso em que seguirá sob a forma de
execução por quantia;
b) não entregar a coisa, caso em que se cumprirá, de imediato, a ordem de
imissão na posse, se o bem for imóvel, ou de busca e apreensão, se móvel, que já
constava do mandado de citação. O juiz pode, ainda, valer-se da multa como meio de
coerção, quando verificar, por exemplo, que o devedor oculta o bem. Caso a entrega da
coisa torne-se impossível, por perecimento, deterioração ou qualquer outra razão, haverá
conversão em perdas e danos, com liquidação incidente, para apuração do quantum
debeatur. Se alienada a coisa quando já litigiosa, será expedido o mandado contra o
terceiro adquirente.
Após, fluirá o prazo de quinze dias para a oposição de embargos pelo devedor. O
prazo de quinze dias corre na forma do art. 231 e independe da entrega do bem. Nos
embargos, o executado poderá alegar qualquer matéria em sua defesa. Tem particular
importância a possibilidade de ele alegar que, de boa-fé, fez benfeitorias necessárias e
úteis, o que lhe dá direito de retenção (art. 917, IV). Nesse caso, ele deverá opor os
embargos pedindo ao juiz que suspenda o cumprimento do mandado de busca e
apreensão ou imissão na posse, com fundamento no direito de retenção.
Verificando o juiz que há nos autos elementos indicativos da existência desse
direito, ele o fará, preservando o bem em mãos do executado, até que haja o
ressarcimento das benfeitorias. Se não houver embargos, ou eles forem julgados
improcedentes, a busca e apreensão ou a imissão na posse tornar-se-ão definitivos.
Quando o bem tiver se deteriorado, ou não puder ser localizado, far-se-á a
conversão em perdas e danos, observado o disposto no art. 809.

➢ Estudo da Jurisprudencia do Superior Tribunal de Justiça.


SEÇÃO I – Da Entrega de Coisa Certa (art. 806 ao art. 810)
Seção II – Da Entrega de Coisa Incerta (art. 811 ao art. 813)

Art. 811. Quando a execução recair sobre coisa determinada pelo gênero e pela
quantidade, o executado será citado para entregá-la individualizada, se lhe couber a
escolha.
Parágrafo único. Se a escolha couber ao exequente, esse deverá indicá-la na
petição inicial.
Art. 812. Qualquer das partes poderá, no prazo de 15 (quinze) dias, impugnar a
escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano ou, se necessário, ouvindo perito de sua
nomeação.
Art. 813. Aplicar-se-ão à execução para entrega de coisa incerta, no que couber,
as disposições da Seção I deste Capítulo.

➢ RESUMO DA DOUTRINA (Da Entrega de Coisa Incerta)

A coisa incerta a que alude a lei não é a ignorada ou desconhecida. Mas a que é
determinável pelo gênero e pela quantidade (art. 243 do CC).
A única particularidade no procedimento da execução para entrega de coisa incerta
é a necessidade de individualização da coisa. O art. 244 do CC dispõe que “nas coisas
determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será
obrigada a prestar a melhor”.
Em consonância com esse dispositivo, o art. 811 do CPC estabelece que o
devedor será citado para, no prazo de quinze dias, entregar a coisa determinada pelo
gênero e pela quantidade, já individualizada, se a ele competir a escolha. Se competir ao
credor, ele a individualizará na petição inicial.
Seja a escolha de um ou de outro, a parte contrária poderá impugná-la em quinze
dias, após o que o juiz decidirá, ouvindo perito, se necessário.

➢ Estudo da Jurisprudencia do Superior Tribunal de Justiça.


Seção II - Da Entrega de Coisa Incerta
PONTO 02: Estudo do Processo de Execuçao Civil para obrigaçao de fazer e nao
fazer. Artigos 814 a 823 do CPC.
Resumo da Doutrina referente aos artigos citados.
Estudo da Jurisprudencia do Superior Tribunal de Justiça.

DA EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER

Seção I - Disposições Comuns


Art. 814. Na execução de obrigação de fazer ou de não fazer fundada em título
extrajudicial, ao despachar a inicial, o juiz fixará multa por período de atraso no
cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.
Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título e for excessivo, o juiz
poderá reduzi-lo.
Seção II - Da Obrigação de Fazer
Art. 815. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será
citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado
no título executivo.
Art. 816. Se o executado não satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao
exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à custa do
executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização.
Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação,
seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa.
Art. 817. Se a obrigação puder ser satisfeita por terceiro, é lícito ao juiz autorizar, a
requerimento do exequente, que aquele a satisfaça à custa do executado.
Parágrafo único. O exequente adiantará as quantias previstas na proposta que,
ouvidas as partes, o juiz houver aprovado.
Art. 818. Realizada a prestação, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias e,
não havendo impugnação, considerará satisfeita a obrigação.
Parágrafo único. Caso haja impugnação, o juiz a decidirá.
Art. 819. Se o terceiro contratado não realizar a prestação no prazo ou se o fizer de
modo incompleto ou defeituoso, poderá o exequente requerer ao juiz, no prazo de 15
(quinze) dias, que o autorize a concluí-la ou a repará-la à custa do contratante.
Parágrafo único. Ouvido o contratante no prazo de 15 (quinze) dias, o juiz mandará
avaliar o custo das despesas necessárias e o condenará a pagá-lo.
Art. 820. Se o exequente quiser executar ou mandar executar, sob sua direção e
vigilância, as obras e os trabalhos necessários à realização da prestação, terá preferência,
em igualdade de condições de oferta, em relação ao terceiro.
Parágrafo único. O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 5 (cinco)
dias, após aprovada a proposta do terceiro.
Art. 821. Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a
satisfaça pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para
cumpri-la.
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal
será convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de
execução por quantia certa.

➢ RESUMO DA DOUTRINA (OBRIGAÇÕES DE FAZER)

Tratada nos arts. 814 e ss. As obrigações de fazer são aquelas em que o devedor
comprometese a realizar uma prestação, consistente em atos ou serviços, de natureza
material ou imaterial. O que interessa ao credor é a restituição da coisa, não a conduta do
devedor. Nas obrigações de fazer, o interesse concentra-se na atividade dele, e suas
qualidades pessoais podem adquirir grande importância. É fundamental distinguir entre as
obrigações de fazer fungíveis e infungíveis. As primeiras são aquelas que, embora
assumidas pelo devedor, podem ser cumpridas por qualquer pessoa, pois não levam em
conta qualidades pessoais dele. Já as segundas são aquelas que só o devedor pode
cumprir.
Essa distinção tem grande relevância porque, conquanto as execuções de
obrigação de fazer fungíveis e infungíveis possam usar meios de coerção, somente as
primeiras podem valer-se de meios de subrogação: só elas autorizam a prestação por um
terceiro, às expensas do devedor. As infungíveis só poderão valer-se dos meios de
coerção, e se eles se revelarem ineficazes, só restará a conversão em perdas e danos. A
execução específica das obrigações de fazer fungíveis prescinde da participação do
próprio devedor, enquanto a das obrigações infungíveis exige a sua colaboração.
Na execução das obrigações de fazer fungíveis, o procedimento está previsto no
art. 815 do CPC. O juiz determinará a citação do devedor para que, no prazo estabelecido
no título, satisfaça a obrigação. Se o título não indicar prazo, o juiz o fixará. Com a citação,
correrão dois prazos independentes, cuja contagem far-se-á na forma do art. 231 do CPC:
aquele assinalado no título ou fixado pelo juiz, para que a obrigação seja cumprida.
Mesmo que seja fungível, é possível que o juiz, de ofício ou a requerimento da
parte, fixe multa periódica, para o não cumprimento. Não sendo eficazes os meios de
coerção, e persistindo o inadimplemento, o credor pode optar entre a execução específica
por sub-rogação ou a conversão em perdas e danos, que exigirá prévia liquidação
incidente; é de quinze dias para o devedor opor embargos, que corre independentemente
de ele cumprir ou não a obrigação.
Execução específica por sub-rogação, se dá, se o devedor não cumprir a obrigação
fungível, o credor poderá requerer que outra pessoa a cumpra no seu lugar e às suas
expensas. O juiz nomeará pessoa idônea que possa prestar o fato às custas do devedor,
nomeação é livre, podendo o juiz determinar que o credor forneça indicações. O terceiro
apresentará proposta para realização do serviço, que será examinada pelo juiz, depois de
ouvidas as partes. Se acolhida, o exequente antecipará as despesas.
Depois que o serviço for prestado, as partes serão ouvidas no prazo de dez dias, e,
se não houver impugnações procedentes, se dará por cumprida a obrigação, passando-se
à execução do devedor, pela quantia que o credor teve de pagar ao terceiro. Se o serviço
não for prestado pelo terceiro, ou o for de maneira incompleta, o credor poderá pedir ao
juiz que o autorize a concluir a obra, à custa do terceiro, no prazo de 15 dias.
Caso o próprio credor queira realizar o serviço, terá direito de preferência sobre os
outros, que deverá ser exercido no prazo de cinco dias. A execução específica por sub-
rogação é opção do credor; se ele acha que o procedimento é trabalhoso ou
excessivamente oneroso, pode requerer a utilização dos meios de coerção, e se forem
ineficazes, a conversão em perdas e danos.
Execução das obrigações de fazer infungíveis, o procedimento é que não há
possibilidade de uso dos meios de sub-rogação, o juiz utilizará os de coerção, para
pressionar a vontade do devedor a cumprir, ele próprio, a obrigação. Para tanto, poderá
valer-se dos meios previstos no art. 536, § 1º, do CPC. Mas, se todos resultarem
ineficazes e o devedor persistir na recusa, só restará a conversão em perdas e danos.

➢ Estudo da Jurisprudencia do Superior Tribunal de Justiça.

Seção III - Da Obrigação de Não Fazer


Art. 822. Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por
contrato, o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo.
Art. 823. Havendo recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que
mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e danos.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em
perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de
execução por quantia certa.
➢ RESUMO DA DOUTRINA (OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER)

Execução das obrigações de não fazer, a execução de obrigação de não fazer quando o
devedor pratica o ato do qual, por força do título executivo, estava obrigado a abster-se. A
obrigação, que tem conteúdo negativo, acaba adquirindo caráter positivo, porque, se o
devedor a descumprir, será obrigado a desfazer aquilo a que, por força do título, não
deveria ter realizado.
Não há propriamente execução de obrigação de não fazer, mas, sim, de desfazer aquilo
que foi indevidamente feito. E o desfazer não pressupõe inércia do devedor, mas ação. Se
alguém constrói sobre um terreno em que não poderia, a execução terá por objeto o
desfazimento da obra, e não qualquer abstenção.
Se o desfazimento for possível, o juiz mandará citar o devedor, fixando um prazo para
que ele desfaça o que realizou indevidamente, sob pena de multa; se o desfazimento
puder ser feito por terceiro, e o exequente o requerer, o juiz deferirá, utilizando o mesmo
procedimento previsto para as obrigações de fazer. Quando não for mais possível o desfazimento,
só restará a conversão em perdas e danos.

➢ Estudo da Jurisprudencia do Superior Tribunal de Justiça.

PONTO 3 – ARTIGOS 784 CAPUT E INCISOS I A XII DO CPC.


ELABORAÇAO DE UM RESUMO, DA DOUTRINA REFERENTE AOS ARTIGOS É
INCISOS CITADOS.

SEÇÃO - Do Título Executivo

Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de


obrigação certa, líquida e exigível.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por
conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de
garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel,
bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio
edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que
documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas
tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo
não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem
de homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos
de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado
como o lugar de cumprimento da obrigação.
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar
pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

➢ RESUMO: Títulos Executivos Extrajudiciais

São títulos executivos e x t r a j u d i c i a i s s o m e n t e a q u e l e s d o c u m e n t o s


q u e a l e i f e d e r a l e x p r e s s a me n t e p r e vê c o m o t a l , n ã o h a v e n d o n o d i re i t o
n a ci o n a l a possibilidade de criação de título extrajudicial fundado apenas na v o n t a d e
d a s p a r t e s e n vo l v i d a s n a r e l a ç ã o j u r í d i c a d e d i r e i t o ma t e r i a l . O c o n t r a t o ,
p o r e x e m p l o , p a r a t e r e f i c á c i a de título executivo extrajudicial, necessita em
regra da assinatura de duas testemunhas, de nada adiantando que as partes
dispensem tais a s si n a t u r a s e f a ç a m c o n s t a r d o c o n t r a t o q u e a m b a s o
c o n si d e r a m título executivo extrajudicial.
O art. 784, II, do Novo CPC trata da confissão de dívida, que pode ser
realizada por meio de escrita pública, documento público assinado pelo devedor ou
particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas. É n e c e s s á ri o , ainda,
que o documento indique obrigação certa, líquida e exigível, sem o que o
contrato não será considerado título executivo. No instrumento particular exige-se,
além da assinatura do d e v e d o r , a d e d u a s t e s t e m u n h a s . N ã o t e m n e n h u m a
r e a l i d a d e p a r a f i n s e x e c u t i v o s a c h a ma d a assinatura a rogo, exigindo-se do
devedor analfabeto ou que esteja seja impossibilitado de assinar o instrumento a
constituição de mandatário por escritura pública.
Os Títulos executivos extrajudiciais se dão na elaboração do termo de
ajustamento de conduta. Apesar de o art. 5º, § 6º, da Lei 7.347/1985 ao atribuir
legitimidade para qualquer órgão público na tomada dos i n t e r e s sa d o s d o
c o m p r o mi s s o d e a j u s t a m e n t o d e c o n d u t a , é i n e g á ve l a prevalência do
Ministério Público nessa atuação. Quanto ao conciliador e mediador
credenciados pelo tribunal, evidentemente o dispositivo legal não se refere à sua
atuação perante o Centro Consensual de Solução de Conflitos, porque nesse c a so a
c o n ci l i a çã o o u m e d i a ç ã o s e rá h o m o l o g a d a j u d i ci a l me n t e , formando-se
título executivo judicial, nos termos do art. 515, II, do Novo CPC. Trata-se de mais
uma vantagem para o conciliador e m e d i a d o r c re d e n ci a d o s , q u e e s t a r ã o
h a b i l i t a d o s a a tu a r f o r a d o j u í z o na atividade consensual dos conflitos, sendo
capaz de referendar a solução criando um título executivo extrajudicial.
A t r a n s a ç ã o d e v e s e r i n t e rp r e t a d o a m p l a m e n t e c o mo a
h o m o l o g a ç ã o d e qualquer ato de autocomposição do litígio, desde que tenha
como c o n t e ú d o u ma p r e s t a ç ã o . O contrato garantido por hipoteca, penhor,
anticrese, outro d i r e i t o re a l d e g a r a n t i a ( c o m o , p o r e x e m p l o , a a l i e n a ç ã o
f i d u ci á r i a e m g a ra n t i a ) e c a u çã o sã o c o n t r a t o s d e g a ra n t i a , co n f u n d i n d o o
l e g i s l a d o r o g ê n e r o “ c a u çã o ” c o m a l g u m a s d e s u a s e s p é c i e s . A s s i m ,
h a v e n d o c a u çã o e m ra z ã o d e c o n t r a t o , s e j a e l a r e a l ( h i p o t e c a , p e n h o r o u
a n t i c r e se ) o u f i d e j u s s ó r i a ( f i a n ç a ) , s e rá possível a execução forçada da dívida.
Registre-se que qualquer e sp é c i e d e f i a n ç a – j u d i c i a l l e g a l o u c o n v e n ci o n a l –
p e r mi t e o ingresso do processo executivo.

Segundo a literalidade do artigo legal, o único contrato de seguro a ser título


executivo é o de seguro de vida, não sendo título executivo extrajudicial o
contrato de seguro de acidentes pessoais, e tampouco o contrato de seguro de
automóvel, que d e m a n d a r ã o p a r a a c o b r a n ç a d o p r ê m i o n ã o p a g o p e l a
s e g u r a d o r a a p r o p o s i t u r a d e p r o ce s s o d e c o n h e c i m e n t o p e l o r i t o c o m u m .
P o r s e r o co n t r a t o d e se g u r o u ma e sp é c i e d e co n t r a t o a l e a t ó r i o ,
dependendo o direito do segurado de evento futuro e incerto, é n e c e s s á ri o q u e
s e i n s t r u a a p e ça i n i ci a l d o p ro c e s s o d e e x e cu ç ã o com o contrato e a prova
pré-constituída do evento coberto pelo seguro, sendo indispensável a instrução
da petição inicial com a certidão de óbito.
O art. 784 VI, aponta a e x i g ê n c i a d e mo r t e p a r a q u e o s e g u r o d e v i d a
s e j a u m t í t u l o e xe c u t i v o j u d i c i a l . O aspecto mais importante do inciso VIII do
art. 784 do Novo CPC diz respeito à desnecessidade de contrato escrito de
locação, s e n d o su f i c i e n t e a e xi s t ê n c i a d e u ma p r o v a d o c u me n t a l q u e
a t e s t e a e x i s t ê n c i a d a l o c a çã o e d o s e n c a rg o s .
A s a u t a r q u i a s t a m b é m p o d e m i n s c re v e r c r é d i t o s n a d í v i d a a t i v a e
f o r m a r o t í t u l o e x e c u t i v o o r a co m e n t a d o . O m e s mo n ã o o c o r r e c o m
e m p r e sa s p ú b l i ca s , so c i e d a d e s d e e co n o m i a m i s t a o u entidades privadas
concessionárias ou permissionárias de serviços públicos ou que exerçam funções
delegadas do Poder Público. È e x e cu t á ve l d o c u m e n t o q u e c o m p r o ve o crédito
referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,
previstas em Convenção de Condomínio ou aprovadas em Assembleia-Geral. O
inciso XI do art. 784 do Novo CPC é novidade no sistema jurídico, passando a
atribuir eficácia executiva à certidão expedida por serventia notarial ou de registro, relativa
a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela
praticados.
Dessa forma, passa ser possível ao credor, de forma unilateral, criar título
executivo judicial, c o mo t r a d i ci o n a l m e n t e o co r r e n a c e r t i d ã o d a d í v i d a
a t i v a . C e r t a m e n t e t a m b é m a q u i o legislador considerou a presunção de
legalidade do ato praticado pela serventia notarial ou de registro (art. 3º da Lei
8.935/1994).
PONTO 04 – ESTUDO DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL NA EXECUÇAO
CIVIL. ARTIGOS 789 A 796 DO CPC.
ELABORAÇAO DE UM RESUMO DA DOUTRINA, DOS ARTIGOS CITADOS.

RESPONBILIDADE PATRIMONIAL
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou
obrigação reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua
meação respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Art. 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o
proprietário de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o superficiário,
responderá pela dívida, exclusivamente, o direito real do qual é titular o executado,
recaindo a penhora ou outros atos de constrição exclusivamente sobre o terreno, no
primeiro caso, ou sobre a construção ou a plantação, no segundo caso.
§ 1º Os atos de constrição a que se refere o caput serão averbados separadamente
na matrícula do imóvel, com a identificação do executado, do valor do crédito e do objeto
sobre o qual recai o gravame, devendo o oficial destacar o bem que responde pela dívida,
se o terreno, a construção ou a plantação, de modo a assegurar a publicidade da
responsabilidade patrimonial de cada um deles pelas dívidas e pelas obrigações que a
eles estão vinculadas.
§ 2º Aplica-se, no que couber, o disposto neste artigo à enfiteuse, à concessão de
uso especial para fins de moradia e à concessão de direito real de uso.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo
registro público, se houver;
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de
execução, na forma do art. 828;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato
de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor
ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V - nos demais casos expressos em lei.
§ 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
§ 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o
ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição
das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o
bem.
§ 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução
verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
§ 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro
adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze)
dias.
Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa
pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois
de excutida a coisa que se achar em seu poder.
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados,
indicando-os pormenorizadamente à penhora.
§ 1º Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na
mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
§ 2º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo
processo.
§ 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício
de ordem.
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da
sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem
o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos bens da
sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o
débito.
§ 3º O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo
processo.
§ 4º Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância
do incidente previsto neste Código.
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe
coube.

➢ RESUMO RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

Trata da responsabilidade patrimonial, o art. 789 do CPC/2015, esta norma parece


haver mencionado menos do que pretendia o legislador. Além de não se referir ao
responsável (sem ser devedor), ainda fala em bens presentes e futuros, sem nada se
referir a bens do passado que tenham sido negociados em fraude à execução. Disse
expressamente que o devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para
cumprimento de suas obrigações, mas nada disse em relação àquele que é executado em
razão da posição de garante pela simples responsabilidade pelo pagamento sem ser o
devedor. Pode haver obrigação de pagar para alguém sem ser este o devedor. É o caso
de responsabilidade pelo pagamento de dívida alheia, como acontece com aquele que se
torna responsável na posição de garante em razão de contrato (fiador) e aquele que se
torna responsável por disposição de lei.
Devedor é aquele que participa diretamente do fato ou do ato que dá origem à
dívida. Todo devedor é responsável pelo pagamento da dívida, mas nem todo responsável
é devedor. Quem contrai uma dívida é o devedor; quem pratica ato ilícito causador de
dano se torna devedor de indenização. Já o responsável é aquele que não participa
diretamente do fato gerador da dívida, mas, por previsão legal ou por contrato, assume a
condição de responsável, sendo obrigado pelo pagamento de dívida alheia. Exemplo de
responsável sem ser devedor é o fiador, que nada deve, mas é garantidor de dívida alheia
em face de contrato.
É o caso do fiador que responde pela dívida do afiançado, a norma deve ser
interpretada extensivamente, para que a sua disposição alcance também os bens dos
garantidores que sempre respondem pelas dívidas do garantido e daqueles que têm por
força de lei a responsabilidade pelo pagamento da dívida de outro. Não fosse assim, de
nada serviria as garantias que os terceiros firmam junto com o devedor em favor do
credor. A norma, além de fazer referência somente aos bens do devedor, ainda comete o
equívoco de falar somente em bens presentes e futuros, quando, em verdade, o sistema
também estende esta responsabilidade aos bens passados alienados em fraude à
execução.
A Restrição, que impede que certos bens necessários à sobrevivência do obrigado
(devedor ou responsável) sejam penhorados, levados à hasta pública e retirados do
executado. Entres estes bens que não podem ser penhorados para pagamento de dívida
estão os bens pertencentes à União, aos Estados, ao DF, aos Municípios e suas
autarquias, além dos bens particulares relacionados no CPC/2015, art. 833, por se
tratarem de bens absolutamente impenhoráveis, bem como o bem de família protegido
pela Lei nº 8.009/1990. Todavia, é de se notar que a impenhorabilidade é uma exceção à
regra da penhorabilidade e, por isso, deve ser interpretada restritivamente. A lei não se
refere aos bens passados, limitando-se a dizer que somente respondem pelas dívidas os
bens presentes e futuros. Se não mais pertencem ao executado, de regra, não podem
responder pelas suas dívidas. Mas existe exceção em que o bem passado, que não mais
pertença ao executado, mesmo assim, poderá ser atingido e chamado a responder pela
execução.
Ocorre casos de alienação em fraude à execução (CPC/2015, art. 790, V) ou em
fraude contra credores (CPC/2015, art. 790, VI), em que o exequente poderá buscar o
bem nas mãos de quem quer que seja ou requerer a penhora do bem quando se tratar de
dívida de dinheiro, não importando quem é o atual titular do domínio. Pode ter origem em
direito pessoal, mas depois se transformar em direito real quando o seu titular o faz recair
o seu exercício sobre determinada coisa, com a qual a obrigação deva ser cumprida.
Ser credor e ser exequente é coisas diferentes. A norma do art. 793 do CPC/2015
está diferenciada da similar anterior somente porque onde constava credor agora consta
exequente. A diferença é sutil, porém muito útil. Neste ponto, modificou-se para melhor.
Não se pode confundir o credor com o exequente. O exequente é aquele que propõe a
execução, e, de regra, é quem tem o crédito. Além do mais, a norma do art. 793 do
CPC/2015, ao dizer que o exequente não pode executar outros bens sem antes executar o
bem que está em garantia, estão em conflito com a norma do art. 794 do mesmo
CPC/2015, porque esta afirma que se o executado for o fiador, este tem o direito de exigir
que primeiro sejam executados os bens do devedor. Ao exercer este direito, o fiador
executado poderá indicar bens do devedor para penhora, mesmo que em garantia o
exequente esteja de posse de bem do fiador.
fFoi assegurado o benefício de ordem ao sócio, seguindo a mesma orientação
dedicada ao fiador, no sentido de que, quando executado por dívida da sociedade, poderá
ele também exigir que, antes de a execução alcançar os seus bens, que ela recaia sobre
os bens da sociedade. A lei restringe a aplicação deste parágrafo apenas em relação ao
sócio que também é réu para responder pelas dívidas da sociedade. Todavia, essa
mesma norma dá ao sócio o benefício de ordem, pelo qual tem o sócio direito de exigir
que antes a execução recaia sobre bens da sociedade, para somente depois recair sobre
os seus bens para o pagamento de eventual remanescente. O benefício assegurado no §
1º permanece sob a condição de que o sócio, para usá-lo, precisa indicar bens da
sociedade localizados na mesma comarca. Aqui a mesma orientação se repete,
permitindo-se ao sócio que pagar a dívida da sociedade sub-rogar-se no crédito e dar
continuidade à execução contra esta nos mesmos autos para receber o que pagou. Em
interpretação mais cuidadosa, torna-se facial perceber que a norma do CPC/2015, art.
795, § 4º, exige a instauração de um processo próprio (incidental) para apuração e
decisão sobre a desconsideração da personalidade jurídica. Exige-se novo processo, e
não simples incidente, como pode parecer à primeira vista em interpretação apressada.
O espólio é um ente despersonalizado, visto não ter personalidade jurídica, tendo
tão somente personalidade judiciária para agir nos limites de seus próprios interesses. As
dívidas do falecido não se transferem para os seus herdeiros ou sucessores. Estes jamais
se tornam devedores no lugar do de cujus, como às vezes se pensa. Quem responde
pelas dívidas do falecido é o espólio e, mesmo assim, nos limites dos bens deixados.
O art. 796 do CPC/2015 estabelece que o espólio responda pelas dívidas do
falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da
herança e na proporção da parte que lhe coube. No entanto, trata-se de normatização
interessante, visto que se trata da responsabilidade do espólio e de cada herdeiro na
proporção do que cada um tenha recebido como herança. As dívidas deixadas pelo
falecido passam a ser de responsabilidade do espólio (CPC/2015, art. 796), até a
finalização da partilha, passando depois a responsabilidade para os herdeiros, mas nos
limites dos bens recebidos na herança.

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