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SUMÁRIO
CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES ........................................................................................................ 2
MARCOS HISTÓRICOS-LEGAIS ....................................................................................................................... 2
PORTARIA 2.616 DE 1998 .............................................................................................................................. 3
ORGANIZAÇÃO........................................................................................................................................... 3
COMPETÊNCIAS ......................................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................... 5

MUDE SUA VIDA!


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CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES


MARCOS HISTÓRICOS-LEGAIS
A ocorrência das infecções hospitalares é um grave problema de saúde pública no Brasil
e no mundo. São responsáveis pelo aumento considerável:
• Da morbidade;
• Da letalidade;
• Do tempo de internação; e
• Dos custos.
As infecções hospitalares devem ser prevenidas e controladas através de ações
relacionada à qualificação da assistência hospitalar e à vigilância sanitária, tomadas no âmbito
do Estado, do Município de cada hospital.
ALGUMAS INFECÇÕES HOSPITALARES PODEM SER PREVENIDAS E OUTRAS NÃO.
Mas mesmo as que não são preveníveis podem ser controladas a fim de causar a menor
complicação possível à vida do indivíduo. Dessa forma, as medidas de prevenção devem ser
adotadas tanto para prevenir como também para evitar o agravamento das infecções. A baixa
adesão às medidas de prevenção ainda é um desafio, destacando-se algumas justificativas como
responsáveis por essa não adesão, dentre elas o déficit na estrutura física, nos recursos
materiais e humanos; aspectos organizacionais e administrativos; baixo nível de conhecimento
e de percepção de risco entre outras.
Para se falar da história de controle de infecções hospitalares no Brasil, vamos ter que
falar da história das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Foi na década de 60 que surgiram as primeiras iniciativas de se conversar sobre infecções
hospitalares no Brasil, e a primeira CCIH foi criada em 1963, no Hospital Ernesto Dornelles, em
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Entretanto, não era algo obrigatório.
Em 19 de janeiro de 1976, foi instituído o Decreto do Ministério da Saúde (MS) nº 77.052,
o qual dispôs sobre a fiscalização sanitária das condições de exercícios de profissões e
ocupações técnicas e auxiliares, relacionadas diretamente com a saúde e, no artigo 2º,
determinou que toda instituição hospitalar disponibilizasse de meios de proteção capazes de
evitar efeitos nocivos à saúde, com fiscalização de responsabilidade dos órgãos estaduais.
A implantação de Comissões de Controle de Infecção Hospitalar tornou-se obrigatória em
todos os hospitais do país a partir da Portaria do MS nº 196, de 24 de junho de 1983.
Esta Portaria foi revogada e em 1992 foi promulgada a Portaria 930, do MS, a qual
regulamentava a vigilância e o controle das infecções hospitalares no país.
Mais tarde, a Portaria 930 foi substituída pela Portaria 2.616 de 1998.
Com as ações das CCIH, estudos e engajamento de profissionais da saúde no combate às
infecções hospitalares, foi possível a percepção como um grande problema de saúde pública.
Surgiu então o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar (PNCIH), em 6 de
abril de 1988, através da Portaria 232. E, posteriormente, o PNCIH mudou para Divisão
Nacional de Controle de Infecção Hospitalar, através da Portaria 666, de 17 de maio de 1990.

E ATUALMENTE? QUAIS SÃO AS LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS QUE ESTÃO


DISPOSTAS AS DIRETRIZES GERAIS PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA A SÁUDE (IRAS)?

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SÃO DUAS:
LEI FEDERAL Nº 9.431 DE 1997
PORTARIA Nº 2.616 DE 1998

A Lei nº 9.431 de 1997 dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de


controle de infeções hospitalares pelos hospitais do país.

DIRETO DA PROVA!
A Portaria nº 2.616 de 1998 estabeleceu diretrizes e normas para a prevenção
e o controle das infecções hospitalares.

A Portaria nº 2.616 é de suma importância para o seu concurso! Ela dispõe sobre o
controle de infecção hospitalar e mantém o Programa de Controle de Infecções Hospitalares.
Vamos aqui abordá-la criteriosamente, item por item.

PORTARIA 2.616 DE 1998


ORGANIZAÇÃO
O que é o Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH)?
É um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com
vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções
hospitalares.

Para que o PCIH possa ser executado de forma satisfatória, todos os hospitais deverão
constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
A CCIH é o órgão de assessoria à autoridade da instituição e de execução das ações de
controle de infecção hospitalar.

DIRETO DA PROVA!

COMPOSIÇÃO DA CCIH:
- Profissionais da área da saúde
- De nível superior
- Formalmente designados

OS MEMBROS SERÃO DE DOIS TIPOS:


- Consultores
- Executores

O presidente ou coordenador da CCIH poderá ser qualquer um dos membros, indicados


pela direção do hospital.
Os membros consultores serão representantes dos seguintes serviços:
- serviço médico;
- serviço de enfermagem;
- serviço de farmácia;
- laboratório de microbiologia;

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- administração.

Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção


Hospitalar. Dessa forma, são encarregados da execução das ações programadas de controle de
infecção hospitalar.
Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área da
saúde para cada 200 leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis)
horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais.

UM DOS MEMBROS EXECUTORES DEVE SER, PREFERENCIALMENTE, UM


ENFERMEIRO.

Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida de
outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão
acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração.

SE LIGA!

Para a Portaria nº 2.616/98, são considerados pacientes críticos:


- pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrica e neonatal);
- pacientes de berçário de alto risco;
- pacientes queimados;
- pacientes submetidos a transplantes de órgãos;
- pacientes hemato-oncológicos;
- pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Nesses casos, admite-se o aumento do número de profissionais executores na


CCIH ou a relativa adequação de carga horária de trabalho da equipe original.

Em hospitais com regime exclusivo de internação tipo paciente-dia, deve-se ter a


constituição básica da CCIH:
• profissionais da área da saúde com nível superior e formalmente designados;
• membros consultores e executores;
• membros consultores de acordo com o número de leito.
➢ A carga horária de trabalho dos profissionais será de duas horas diárias para o
enfermeiro e uma hora para os demais profissionais, independentemente do
número de leitos da instituição.
➢ Os hospitais poderão consorciar-se no sentido da utilização recíproca de recursos
técnicos, materiais e humanos, com vistas à implantação e manutenção do Programa
de Controle da Infecção Hospitalar.
➢ Os hospitais consorciados deverão constituir CCIH própria, conforme constituição
básica da CCIH, com relação aos membros consultores, e prover todos os recursos
necessários à sua atuação.

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COMPETÊNCIAS

A CCIH do hospital é responsável por:


➢ Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção
hospitalar adequado às características da instituição.
O programa de controle de infecção hospitalar deve contemplar, no mínimo, ações
relativas a:
• implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções
Hospitalares;
• adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-
operacionais, visando à prevenção e ao controle das infecções hospitalares;
• capacitação dos funcionários da instituição, no que diz respeito à prevenção e ao
controle das infecções hospitalares;
• uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares;
• avaliar as informações do Sistema de Vigilância Epidemiológica sobre as
infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas pelos
membros executores da CCIH;
• realizar investigação epidemiológica de casos e surtos e implantar medidas
imediatas de controle;
• elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à
autoridade máxima de instituição e às chefias de todos os setores do hospital a
situação do controle das infecções hospitalares;
• elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-
operacionais, por meio de medidas de precaução e de isolamento;
• definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de
utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a
instituição;
• cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento,
para capacitação adequada dos profissionais, no que diz respeito ao controle das
infecções hospitalares;
• elaborar regimento interno para CCIH;
• notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do SUS, os casos e
surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à utilização de
insumos e/ou produtos industrializados, bem como realizar a notificação
compulsória, na ausência de um núcleo de epidemiologia.

Daremos continuidade às Competências e à sequência da Portaria nº 2.616/98


na segunda, terceira e quarta aulas.

REFERÊNCIAS
COFEN – Conselho Federal de Enfermagem – Proficiência. Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar. Disponível em:

MUDE SUA VIDA!


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http://proficiencia.cofen.gov.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=
616:comissao-de-controle-de-infeccao-hospitalar&catid=39:blog&Itemid=65.

BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998.

ABIH. Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia


Hospitalar. Histórico. Disponível em: https://www.abih.net.br/historia-abih.php.

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