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ELETROTÉCNICA

2º ano
2001

Prof. Bratfich
Índice geral

Tensão induzida_______________________________________________________________________5
Geração da onda senoidal_______________________________________________________________5
Vantagens da corrente alternada_________________________________________________________6
Corrente alternada trifásica_____________________________________________________________7
Conexão Triângulo ____________________________________________________________________7
Conexão estrela________________________________________________________________________8
Vantagens do sistema trifásico___________________________________________________________8
Motores de corrente alternada_______________________________________________________9
Motores monofásicos___________________________________________________________________9
Motor universal______________________________________________________________________________9
Motor de polo sombreado ou fendido_____________________________________________________________9
Motor de indução_____________________________________________________________________________9
Motor sem capacitor de partida_________________________________________________________________10
Motor com capacitor de partida_________________________________________________________________10
Motor com capacitor_________________________________________________________________________11
Motores trifásicos_____________________________________________________________________11
Campo magnético girante_____________________________________________________________________11
Motor com rotor tipo gaiola de esquilo___________________________________________________________11
Motor com rotor bobinado_____________________________________________________________________12
Motor síncrono______________________________________________________________________________12
Rotação síncrona_____________________________________________________________________13
Rotação assíncrona____________________________________________________________________13
Sentido de rotação dos motores trifásicos_________________________________________________13
Escorregamento______________________________________________________________________13
Tipos de motores (segundo as normas ABNT)______________________________________________14
Tabelas de motores___________________________________________________________________________14
Tipos de motores quanto à carcaça______________________________________________________________15
Regime de serviço_____________________________________________________________________15
Rendimento__________________________________________________________________________15
Fator de potência_____________________________________________________________________15
Fator de serviço_______________________________________________________________________15
Motores trifásicos - fechamento das pontas___________________________________________16
Classes de isolamento__________________________________________________________________17
Conjugado ou torque__________________________________________________________________17
Bibliografia_____________________________________________________________________19

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Tensão induzida

Já é do nosso conhecimento que um condutor atravessado por uma corrente elétrica produz um campo magnético em
torno de si. O inverso também é verdadeiro, ou seja, um condutor atravessado por um campo magnético variável
provoca a circulação de corrente elétrica (pelo condutor) proporcional ao campo envolvido. A força envolvida neste
caso é chamada de fem, (força eletromotriz).
Quando um condutor se move através das linhas de fluxo dentro de um campo magnético, uma tensão é induzida no
condutor. A polaridade da tensão induzida depende da direção do fluxo. Mudando a direção de um ou outro inverte-se a
polaridade da tensão induzida.
O mesmo princípio é utilizado nos transformadores, porém neste caso o campo magnético variável é produzido pela
corrente alternada percorrendo o enrolamento primário do componente.

Geração da onda senoidal

Uma onda senoidal é gerada quando um condutor é movimentado em torno de um eixo num campo magnético.
No gerador simplificado que aparece na figura abaixo, a espira condutora gira através do campo magnético e intercepta
linhas de força para gerar uma tensão C.A. induzida em seus terminais. Uma rotação completa da espira é chamada de
ciclo.
Geradores industriais possuem muitas espiras divididas em muitas bobinas e o ímã permanente do exemplo abaixo é
substituído por poderosos eletroímãs para produzir potências desde alguns poucos quilowatts até milhares de gigawatts.

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Vantagens da corrente alternada

É mais fácil transformar corrente alternada de um nível de tensão para outro do que a corrente continua. Esta é a
principal razão por que a energia elétrica é distribuída na forma de corrente alternada.
Os motores CA são menos complexos que os motores CC, a maioria deles é construída sem escovas e comutadores.

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Corrente alternada trifásica
Um sistema trifásico é uma combinação de três sistemas monofásicos . Num sistema trifásico balanceado, a potência é
fornecida por um gerador C.A. que produz três tensões iguais mas separadas, cada uma delas defasada com as demais
de 120 º elétricos.

Conexão Triângulo

Na conexão triângulo, as três fases são conectadas em uma malha contínua. Nenhuma corrente circula pela malha até
que uma carga seja aplicada aos terminais do gerador.
A tensão senoidal produzida pela fase 1 do gerador está disponível entre as linhas 1 e 3. A fase 2 está disponível entre
entre as linhas 1 e 2, e a fase 3 entre as linhas 2 e 3, assim as tensões de fase e linha são iguais.
Note que a tensão entre qualquer duas linhas é exatamente igual a qualquer uma das tensões de fase. As tensões de
linha e as de fase são as mesmas.
Quando se conecta uma carga, observa-se que as correntes de linha e de fase não são iguais, cada linha drena a corrente
de duas fases e estas estão defasadas de 120º elétricos entre si.

Com cargas iguais conectadas ,a corrente de linha é vezes maior do que a corrente de cada fase, portanto :

Ilinha = * Ifase
Nota: não existe ponto comum às três fases.

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Conexão estrela

Na conexão estrela com cargas equilibradas, todas as correntes são iguais :

Ilinha = Ifase

Contudo, as tensões são diferentes, as tensões de linha são vezes maiores que as tensões de fase:

Vlinha = x Vfase
Note que o quarto terminal do sistema estrela vem do centro comum da conexão dos enrolamentos de fase, que é
chamado de neutro. Normalmente este ponto é conectado eletricamente à terra.
Com a carga trifásica balanceada, o fio neutro não transporta nenhuma corrente. Contudo, ele é necessário quando se
necessita alimentar uma carga monofásica.

Vantagens do sistema trifásico

• Torna mais eficiente o uso da instalação (cabos) - a potência é distribuída entre as fases, o que permite o uso de
condutores de bitola menor que o necessário para a mesma potência monofásica;
• Fornece uma carga mais constante para o gerador - sempre pelo menos duas das três fases tem valores de tensão
diferente de zero;
• Opera um motor menos complexo e oferece um conjugado mais constante - o motor não necessita de fase auxiliar
para a partida e por ter sempre pelo menos duas fases com tensões diferentes de zero, em nenhum momento
apresenta potência zero;
• Permite maior flexibilidade na escolha das tensões;
• Pode ser utilizado por cargas monofásicas.

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Motores de corrente alternada

Motores monofásicos

Motor universal
Amplamente utilizado em eletrodomésticos como liqüidificadores, aspiradores de pó, batedeiras de bolo, etc., este
motor possui um estator bobinado ligado em série com o rotor também bobinado, através de escovas e comutadores.
Seu funcionamento é idêntico aos motores de corrente contínua, o estator cria um campo magnético que o rotor tenta
alcançar, produzindo torque e consequênte rotação. Assim que as bobinas do rotor se aproximam dos pólos do estator,
as escovas comutam a alimentação elétrica para outro conjunto de bobinas no rotor para este continuar a girar. Pode ser
alimentado com corrente alternada ou contínua (daí vem o nome universal) e seu sentido de rotação pode ser alterado
invertendo as ligações das escovas.

Motor universal

Motor de polo sombreado ou fendido


Muito utilizado em ventiladores comuns, circuladores de ar.
Produz-se um polo sombreado através de uma bobina de curto-circuito enrolada em torno de uma parte de cada pólo do
motor. A bobina é formada geralmente por uma única cinta ou faixa de cobre. O efeito desta bobina é o de produzir um
pequeno movimento de varredura do fluxo do campo de um lado ao outro da peça polar à medida que o campo pulsa
com a corrente alternada. Este ligeiro desvio do campo magnético produz um pequeno torque de partida, portanto este
tipo de motor possui partida própria.

Motor de indução
Os motores de indução são também conhecidos como motor tipo gaiola de esquilo pela sua forma construtiva. Possui
um núcleo de lâminas de aço com os condutores dispostos paralelamente ao eixo e entranhados nas fendas em volta do
perímetro do núcleo. Os condutores de rotor não são isolados do núcleo Em cada terminal do rotor, os condutores são
curto - circuitados através de anéis terminais contínuos. Se as laminações não estivessem presentes, os condutores do
rotor e os seus anéis terminais se pareceriam com uma gaiola giratória.
O motor de indução monofásico não tem partida própria. O campo magnético criado no estator pela fonte de
alimentação CA permanece alinhado em um único sentido. Este campo magnético, embora estacionário, pulsa com a
onda senoidal da tensão nos enrolamentos do rotor. É necessário então fazer o rotor girar através de algum dispositivo
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auxiliar. Uma vez atingida a rotação do motor com velocidade suficiente, a interação entre os campos do estator e do
rotor manterão a rotação. Estes motores também são conhecidos como motores de fase auxiliar por possuírem um
enrolamento auxiliar para a partida do motor.

Rotor gaiola

rotor gaiola sem o núcleo de ferro

Motor sem capacitor de partida


Se dois enrolamentos do estator de impedâncias diferentes estiverem separados de 90º elétricos mas ligados em paralelo
a uma fonte monofásica, o campo produzido parece girar. Esse é o princípio da divisão de fase.
Este motor tem no enrolamento de partida ou auxiliar uma resistência mais alta e uma reatância mais baixa do que a do
enrolamento principal. Quando a mesma tensão é aplicada aos dois enrolamentos, a corrente no enrolamento principal
segue atrasada em relação ao auxiliar. O ângulo entre os enrolamentos constitui uma diferença de fase suficiente para
fornecer um campo magnético rotativo fraco que produz o torque de partida. Quando o motor atinge cerca de 70 a 80 %
de sua velocidade nominal, uma chave centrífuga montada no eixo atua desligando o enrolamento de partida.

Motor com capacitor de partida


Seu uso é genérico, sendo utilizado desde máquinas de lavar roupas domésticas, cortadores de grama, bombas
centrífugas para poços, geladeiras, até para uso industrial como bombas a vácuo para laboratório, dosadoras de
produtos químicos, etc. Colocando-se um capacitor em série com o enrolamento de partida de um motor de fase
auxiliar, pode-se melhorar as características da partida. Pode-se fazer a corrente do enrolamento de partida adiantar em
relação a tensão em quase 90º, o que resulta em um torque de partida mais alto. Também este motor possui uma chave
centrífuga para desligar o enrolamento de partida e o capacitor assim que o motor atinja cerca de 70 a 80 % da rotação
nominal.

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Motor com capacitor
Muito utilizado em ventiladores de teto, a única diferença deste motor com o anterior está no fato do capacitor e o
enrolamento de partida não serem desligados após a partida do motor, ficando assim funcionando como uma segunda
fase permanente.

Motores trifásicos
As máquinas trifásicas possuem três enrolamentos que quando são energizados, criam um campo magnético rotativo. À
medida que o campo varre os condutores do rotor, é induzida uma força eletromotriz nesses condutores ocasionando o
aparecimento de um fluxo de corrente. Os condutores do rotor transportando corrente geram um campo magnético que
tenta acompanhar o campo magnético girante do estator, produzindo torque e fazendo o rotor girar.

Campo magnético girante


Campo magnético girante se diz girante quando três (ou múltiplos de três) pólos estão dispostos em forma circular com
defasagem de 120º elétricos entre si e por eles circula corrente alternada trifásica.
Como as três fases estão defasadas entre si, elas criam também um campo magnético defasado em cada polo, gerando
campos norte - sul que acompanham os ciclos das fases. Portanto, nenhuma bobina ou polo gira fisicamente, apenas o
efeito da defasagem das fases cria um campo magnético que acompanha seus ciclos, proporcionando um campo
rotativo.

Motor com rotor tipo gaiola de esquilo


O motor de indução trifásico tipo gaiola de esquilo possui o rotor com a mesma construção do gaiola monofásico.
Diferencia-se apenas pelo fato de possuir três enrolamentos no estator e de não possuírem nenhum sistema que os
ponha em movimento (não confundir a tendência natural do motor trifásico em girar com sistemas de partida com
redução da corrente de partida ou controle de velocidade).
Este motor é sem dúvida o mais utilizado em ambientes industriais por diversos fatores, entre eles podemos citar o
baixo custo, a simplicidade de instalação e manobra, a ausência de escovas e dispositivos auxiliares que os ponha em
movimento (como os capacitores de partida em motores monofásicos), e a enorme facilidade em se instalar dispositivos
eletrônicos de controle de velocidade.

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Motor com rotor bobinado
O rotor de um motor com rotor bobinado é envolvido por um enrolamento isolado semelhante ao enrolamento do
estator. Os enrolamentos de fase do rotor são trazidos para o exterior aos três anéis coletores montados no eixo do
motor. O enrolamento do rotor não está ligado à fonte de alimentação. Os anéis coletores e as escovas constituem
simplesmente uma forma de se ligar um reostato externo ao circuito do motor. A finalidade do reostato é de controlar a
corrente na partida e a velocidade do motor.

motor com rotor bobinado em corte

rotor bobinado

Motor síncrono
Como os motores de indução, os motores síncronos tem enrolamentos no estator que produzem um campo magnético
rotativo. Mas, ao contrário do motor de indução, o circuito do rotor de um motor síncrono é excitado por uma fonte de
corrente contínua. O motor “engata” na mesma rotação do campo magnético rotativo e o acompanha com a mesma
velocidade. Se o rotor sair de sincronismo com o campo rotativo do estator, não se desenvolve nenhum torque e o
motor para. Como o motor síncrono desenvolve torque somente quando gira na velocidade de sincronismo, ele não tem
partida própria e necessita de algum dispositivo que faça o rotor girar na velocidade de sincronismo.
Uma vantagem incrível do motor síncrono é o fato de ele poder funcionar com fator de potência variável. Variando-se a
intensidade do campo C.C., o fator de potência total de um motor síncrono pode ser ajustado ao longo de uma faixa
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considerável. Assim, o motor simula uma carga capacitiva através da linha. Se um sistema elétrico estiver funcionando
com um fator de potência indutivo (o que é a esmagadora maioria), os motores síncronos ligados através da linha e
ajustados para um fator de potência capacitivo podem melhorar o fator do sistema. Qualquer melhora no fator de
potência aumenta a capacidade de fornecimento para as cargas e melhora a eficiência e as características do sistema.

Rotação síncrona
Rotação síncrona é a velocidade teórica do campo girante.
A rotação do campo magnético é uma função direta da frequëncia da rede elétrica e do número de polos do motor :
N= 60 x F N = rpm
PP F = frequencia
PP = pares de polos

Ex.: Se o motor tiver 4 pólos, dois norte e dois sul, o campo magnético completará meia volta para cada ciclo de
frequencia, ou seja : 60 x 60 = 1800 rpm
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Em motores não síncronos (assíncronos) na velocidade síncrona não há mais geração de corrente induzida porque essa
velocidade só é atingida teoricamente.
Em conseqüência disso, desaparece o efeito magnético rotórico necessário para manter o rotor na velocidade síncrona.

Rotação assíncrona
É a velocidade não simultânea entre o campo magnético girante e o rotor.
Quando a rotação do rotor cai, o fluxo magnético aumenta. Isso faz a rotação aumentar para que se chegue a um
equilíbrio. O rotor pode acompanhar a rotação do campo indutor desde que seja a uma velocidade inferior para que se
processe a geração das correntes induzidas e a reação motora.

Sentido de rotação dos motores trifásicos


A inversão do sentido de rotação dos motores trifásicos pode ser realizada simplesmente invertendo duas das três fases
que o alimentam, invertendo assim o campo magnético girante.

Escorregamento
Ao frear o motor, sua rotação diminui, enquanto a velocidade da variação do fluxo e o valor das correntes induzidas
aumentam. O aumento do valor das correntes induzidas cria maior torção motora, necessária para equilibrar o efeito
freante.
A diferença entre a rotação síncrona e a assíncrona do motor é denominada escorregamento, geralmente expresso em
prorcentagem.
Ex.: Um motor de 2 pólos tem rotação nominal de 3520 rpm para uma frequencia de 60Hz, o escorregamento será de :

E= rpms - rpmpc x 100 E = escorregamento


rpms = rotação síncrona
rpms rpmpc = rotação nominal a plena carga

Protando substituindo os valores na fórmula temos um escorregamento de 2,2%

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Tipos de motores (segundo as normas ABNT)
Quanto a carcaça os motores elétricos podem ser abertos, fechados e à prova de explosão.

• Motor aberto é um motor com ventilação interna e que não possui proteção contra pó ou umidade. Entretanto é
protegido contra partículas sólidas e contra gotas de água que caiam sobre ele com inclinação máxima de 15º em
relação à vertical. Sua carcaça é lisa, sem canais externos de refrigeração.
• Motor fechado é um motor com ventilação externa e que possui proteção contra pó e umidade. O ventilador é
montado no eixo e fica na parte externa do motor. A carcaça do motor fechado possui canais externos de
refrigeração. A refrigeração, portanto, é feita somente na parte externa da carcaça.
• Motor à prova de explosão é um motor que resiste à explosão de gases ou misturas explosivas no seu interior,
impedindo que essas explosões se propaguem e atinjam gotas ou misturas inflamáveis ao redor do motor.

Tabelas de motores

Motor aberto com ventilação interna


1º algarismo 2º algarismo
classe de proteção contra proteção contra corpos porteção contra água
proteção contato estranhos
IP00 não tem não tem não tem
IP02 não tem não tem pingos de água até uma
inclinação de 15º com a vertical
IP11 toque acidental com a corpos estranhos sólidos de pingos de água na vertical
mão dimensões acima de 50mm
IP12 || || pingos de água até uma
inclinação de 15º com a vertical
IP13 || || água de chuva até uma
inclinação de 60º com a vertical
IP21 toque com os dedos corpos estranhos sólidos de pingos de água na vertical
dimensões acima de 12mm
IP22 || || pingos de água até uma
inclinação de 15º com a vertical
IP23 || || água de chuva até uma
inclinação de 60º com a vertical

Motor com refrigeração externa


1º algarismo 2º algarismo
classe de proteção contra proteção contra corpos porteção contra água
proteção contato estranhos
IP44 toque com corpos estranhos sólidos de respingos de todas as direções
ferramentas dimensões acima de 1mm
IP54 proteção completa proteção contra acúmulo de respingos de todas as direções
contra toque poeiras nocivas
IP55 || || jato d’água de todas as direções
IP56 || || imersão temporária
IP65 proteção completa proteção contra poeiras jato d’água de todas as direções
contra toque

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Tipos de motores quanto à carcaça

Regime de serviço
Define o tempo que o motor pode ficar ligado com condições regulares de carga. Atualmente praticamente todos os
motores possuem regime de serviço contínuo.

Rendimento
Rendimento é um fator expresso em porcentagem e define a quantidade de potência absorvida da rede que o motor
consegue converter em potência mecânica, como exemplifica a fórmula :

rendimento = potência produzida x 100%


potência absorvida da linha

Fator de potência
Razão entre a potência útil (real ou ativa) e a potência absorvida da linha (potência aparente). Dentro dos limites
práticos, o fator de potência aumenta quando há um acréscimo de carga.

Fator de serviço
Valor de sobrecarga que pode ser aplicada continuamente ao motor sem prejuízo à sua vida útil.

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Motores trifásicos - fechamento das pontas
Todos os motores trifásicos tem três bobinados, independente do n.º de pólos, um para cada fase e estes podem ser
subdivididos ou não, dependendo da aplicação e tensões a que se destinam. As extremidades livres das bobinas são
chamadas de pontas.
Os motores trifásicos podem ter 3, 6, ou 12 pontas
As tensões de alimentação podem ser 220 V, 380 V e 440 V (para motores normalizados).

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Classes de isolamento
Existem cinco grupos de materiais isolantes diferenciados quanto a sua temperatura máxima permissível de operação
dentro do motor, que são :
• classe A : 105 ºC
• classe E : 120 ºC
• classe B : 130 ºC
• classe F : 155 ºC
• classe H : 180 ºC
Até atingir essas temperaturas, o material isolante de cada classe mantém suas propriedades isolantes sem sofrer
dandos.

Conjugado ou torque
O conjugado do motor é calculado pela fórmula :

conjugado = força x distância

onde o resultado é expresso em N.m. (Newton metro). Este valor não é constante desde a partida até a velocidade
nominal do motor, que varia com a potência, a quantidade de pólos e com o fabricante.

Observando a figura acima, note os detalhes :


 CN - é o conjugado nominal ou a plena carga. Este valor é atingido a máxima velocidade e plena carga.

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 CP - é o conjugado de partida do motor, também conhecido como conjugado com rotor bloqueado.
 CR - conjugado resistente de partida ou conjugado resistente de carga.
 Cmin - conjugado mínimo.
 Cmax - conjugado máximo.
 CPC - conjugado a plena carga.
 Ns - rotação síncrona.
 Nn - rotação nominal.
A curva do conjugado do motor sempre deve estar situada acima da curva de conjugado resistente, para garantir a
partida e a aceleração do motor até atingir a velocidade nominal.
A norma ABNT EB-120 especifica valores para os conjugados mínimos de motores, que variam com a potência e o
número de pólos.

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Bibliografia
 SENAI-SP (1986). Série metódica Ocupacional de Eletricista de Manutenção Volumes 5 a 11. São Paulo :
Divisão de Material Didático SENAI.

 Gussow,Milton (1985). Eletricidade Básica. São Paulo : Editora McGraw-Hill.

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