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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Graduação em Psicologia

Ernani Andrade

Associações entre Estresse e Assertividade: um estudo correlacional entre


jovens universitários

Fortaleza
2019
1

Ernani Andrade

Associações entre Estresse e Assertividade: um estudo correlacional entre


jovens universitários

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de graduação em Psicologia da Universidade de


Fortaleza como requisito parcial para
aprovação na disciplina de Projeto de
Pesquisa Psicologia.

Orientador(a): prof. Dr. Tauily Claussen D´Escragnolle Taunay

Fortaleza
2019
2

Ernani Andrade

Associações entre Estresse e Assertividade: um estudo correlacional em


jovens universitários

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de graduação em Psicologia da Universidade de


Fortaleza como requisito parcial para
aprovação na disciplina de Projeto de
Pesquisa Psicologia.

Data de aprovação: ____/____/____

Banca Examinadora:

______________________________________
Nome, titulação e instituição

______________________________________
Nome, titulação e instituição

______________________________________
Nome, titulação e instituição
3
4

SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ​.............................................................................. 04

RESUMO ​................................................................................................................... 06

ABSTRACT​………………………………………………………………………………… 07

1.INTRODUÇÃO​ ......................................................................................................... 09

2.MÉTODOS​……………............................................................................................. 15

3.RESULTADOS E DISCUSSÃO ​.............................................................................. 18

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS​……………………………………………………………. 23

5.REFERÊNCIAS ​..................................................................................................... 24

ANEXO A – Termo de consentimento livre e esclarecido ​.............................. 26

ANEXO B – Escala De Assertividade Rathus - Ras ​......................................... 32

ANEXO C – Escala Estresse Percebido - Eps-14 ​............................................. 33

APÊNDICE A – Questionário Sócio Demográfico ​............................................ 34


5
6

RESUMO

O estresse é compreendido por um estado gerado pela percepção de estímulos que

provocam excitação emocional e, ao perturbarem a homeostasia, levam o organismo

a disparar um processo de adaptação, com várias consequências sistêmicas. Os

problemas de saúde causados pelo estresse variam desde distúrbios fisiológicos a

problemas nas relações interpessoais. A assertividade pode ser entendida como


uma reunião de habilidades comportamentais que se caracterizam pela capacidade

de enfrentar situações de conflito ou risco através de uma abordagem ativa, não

repressora e que ao mesmo tempo considera os interesses das partes envolvidas.

Estresse e Assertividade estão correlacionados visto que a incapacidade de

manifestar comportamentos assertivos está entre as fontes intrínsecas de estresse.


O treino de assertividade está entre as técnicas e procedimentos comportamentais

utilizados na inoculação do estresse, pois estudos apontam que o desenvolvimento

da assertividade pode auxiliar na manutenção do estresse, colaborando para a

saúde mental do indivíduo. O presente estudo buscou comparar a presença de


sintomas de estresse com o nível de assertividade de estudantes universitários. Para

isso foram utilizadas a Escala de Estresse Percebido (EPS-14) e a Escala de

Assertividade de Rathus- RAS numa amostra de 68 estudantes universitários de

Fortaleza - CE. Os dados foram coletados por meio dos Formulários Google. ​Na

pesquisa realizada, observou-se que a correlação entre estresse e assertividade é


de magnitude moderada e possui relacionamento de direção negativa. Os achados

foram importantes pois abrem novas perspectivas para o entendimento do estresse

dentro do contexto acadêmico, bem como formas de combatê-lo.

Descritores:​ assertividade, estresse, saúde mental, universitário


7

ABSTRACT

Stress is understood as a state generated by the perception of stimuli that provoke


emotional excitement and, when disturbing homeostasis, lead the body to trigger an
adaptation process, with several systemic consequences. Health problems caused
by stress range from physiological disorders to problems in interpersonal
relationships. Assertiveness can be understood as a collection of behavioral skills
that are characterized by the ability to cope with conflict or risk situations through an
active, non-repressive approach that at the same time considers the interests of the
parties involved. Stress and Assertiveness are correlated since inability to manifest
assertive behaviors is among the intrinsic sources of stress. Assertiveness training is
among the behavioral techniques and procedures used in stress inoculation, as
studies indicate that the development of assertiveness can help in maintaining stress,
contributing to the individual's mental health. The present study aimed to compare
the presence of stress symptoms with the assertiveness level of college students. For
this, the Perceived Stress Scale (EPS-14) and the Rathus-RAS Assertiveness Scale
were used in a sample of 68 university students from Fortaleza - CE. Data was
collected using Google Forms. In the research, it was observed that the correlation
between stress and assertiveness is of moderate magnitude and has a negative
direction relationship. The findings were important because they open new
perspectives for understanding stress within the academic context, as well as ways to
combat it.
Descriptors: ​assertiveness, stress, mental health, university
8
9

1 INTRODUÇÃO

1.1 O estresse como um risco crescente na atualidade

Segundo a fundadora do Instituto de Psicologia e Controle do Estresse


(IPCS), a psicóloga Dra. Marilda Lipp, diariamente, relatos dos altos níveis de
1
estresse em diversas camadas da população são reportados pela imprensa . Os
indivíduos quando estressados demonstram irritação e ansiedade, havendo
comprometimento de sua capacidade de concentração e seu raciocínio lógico
(​SANDI, 2013)​. A Dra. Lipp continua afirmando que sob estresse, sem paciência e
concentração, as relações entre os indivíduos se torna prejudicada, tornando-os
mais agressivos e menos interessados em assuntos que não tenham relevância
direta e imediata¹. Na verdade, não conseguem se relacionar bem com ninguém,
nem mesmo com seus pares mais próximos.
No que diz respeito ao ambiente universitário, segundo Humphrey et. al
(1998) com o passar dos anos mudanças na natureza do sistema de ensino superior
foram identificadas. O contingente de estudantes aumentou bastante, em muitas
universidades e uma estrutura de semestres e módulos foi adotada (HUMPHFREY
et.al 1998). Um número nunca visto antes de graduados procura entrar em um
mercado de trabalho cada vez mais competitivo, situação que aumenta a pressão
sobre os alunos para obter um bom diploma (HUMPHFREY et.al 1998).
Ainda segundo Humphrey et. al (1998) o estresse crônico, entendido como o
acúmulo de tensões contínuas em vários domínios da vida, atinge principalmente os
estudantes universitários devido a transição de desenvolvimento que os torna
especialmente vulneráveis a processos estressantes. Alcançar independência
emocional da família, a escolha e preparação para uma carreira, são alguns
exemplos das transições de desenvolvimento que os estudantes passam
(HUMPHFREY et.al 1998). Os estudantes universitários são obrigados a
desenvolver novos papéis e modificar antigas formas de ser em resposta a essas

1
Disponível em:
http://www.estresse.com.br/publicacoes/globalizacao-e-mudancas-o-stress-do-novo-milenio
10

transições, tais mudanças geralmente podem resultar em estresse, ou ainda em


estresse crônico (HUMPHFREY et.al 1998). Embora o estresse possa ter qualidades
positivas, pois o indivíduo pode se sentir mais excitado do que agitado e perceber a
situação positivamente como uma forma de desafio (HUMPHFREY et.al 1998), um
importante atributo negativo é que o estresse pode prejudicar muitos dos processos
nos quais a aquisição, manipulação e consolidação do conhecimento dependem
(HUMPHFREY et.al 1998).

1.2 Estresse

O médico fisiologista norte-americano Walter Cannon cunhou o termo


homeostase para descrever a manutenção do equilíbrio interno de diversas variáveis
fisiológicas, como nível de glicose, de saturação de oxigênio e temperatura corporal
(GOLDENSTEIN; KOPIN, 2007). Os mecanismos para manter esta estabilidade
requerem sensores capazes de reconhecer discrepâncias entre o sentido e os
valores aceitáveis definidos e exigem efetores que reduzam essas discrepâncias -
ou seja, sistemas de feedback negativo (GOLDENSTEIN; KOPIN, 2007). Por
exemplo, quando a temperatura do interior de um mamífero aumenta, a
termorregulação do sistema evoca sudorese e desvio de fluxo de sangue das
vísceras para a pele, que aumenta a perda de calor; e quando a temperatura interior
cai, tremores aumentam a produção de calor, enquanto o vasoconstrição diminui a
perda de calor por desvio de sangue para órgãos internos (GOLDENSTEIN; KOPIN,
2007). Cannon estendeu o conceito de feedback negativo como forma de regulação
do sistema homeostático para incluir ameaças psicossociais (GOLDENSTEIN;
KOPIN, 2007). No início dos anos 1900 Cannon descreveu as alterações agudas na
secreção da glândula adrenal associada com o que ele chamou “mecanismo de luta
ou fuga” (GOLDENSTEIN; KOPIN, 2007).
Contudo, foi o médico húngaro Hans Selye que popularizou o conceito de
estresse (GOLDENSTEIN; KOPIN, 2007). Selye redefiniu a palavra, estresse, do seu
significado da Física como uma força que resulta em deformidade e resulta em
tensão, a força oposta tendendo a restaurar o estado não-estressado
11

(GOLDENSTEIN; KOPIN, 2007). A compreensão de Selye toma o estresse como


sendo uma resposta inespecífica do corpo a qualquer demanda sua
(GOLDENSTEIN; KOPIN, 2007). Para Selye “não específico” indicava um conjunto
de elementos compartilhados de respostas - independentemente da natureza da
causa agente ou estressor (GOLDENSTEIN; KOPIN, 2007). Dessa forma, o estresse
pode ser compreendido como o rompimento ou desequilíbrio do estado
homeostático prévio, sendo adoecedor quando o estressor está para além da
capacidade do indivíduo emitir uma resposta (feedback negativo) satisfatória
(OLIVEIRA, 2006). Já Straub, sobre o termo estresse, destaca que:
O termo estresse é usado, às vezes, para descrever uma situação ou um estímulo ameaçador e, em
outras ocasiões, para definir uma resposta a uma situação. Os psicólogos
da saúde determinaram que os estressores são eventos ou situações
difíceis que desencadeiam adaptações de enfrentamento na pessoa, e o
estresse é um processo pelo qual a pessoa percebe e responde a eventos
que considera desafiadores ou ameaçadores. (STRAUB, 2014, p.77)

Straub (2014) cita a reação adaptativa única e geral do corpo quando


submetidos à agentes estressores denominada ​Síndrome de Adaptação Geral
(SAG) elaborada por Selye, que consiste em três fases: fase 1) reação de alarme,
resultado da ativação do sistema nervoso simpático preparando o corpo para
enfrentar um desafio; fase 2) resistência, o corpo se mantém estimulado, porém num
grau menos intenso, mantendo recursos à disposição para o embate; fase 3)
exaustão, o organismo entra em exaustão e torna-se vulnerável pois é dele exigido
manter-se ativado por um período mais longo do que consegue suportar, há
prejuízos na capacidade de pensar, na memória e queda na eficácia de agir, como
também redução de resposta do sistema imunológico.
No espectro físico, o estresse está relacionado à imunossupressão, sendo
observada em situações de divórcio, perda de um ente querido, período de exames,
treinamento militar (STRAUB, 2014), existem evidências de que o estresse também
está ligado a uma menor resistência à infecções virais e a um retardamento na cura
de feridas (STRAUB, 2014). As úlceras associadas ao estresse são causadas, na
verdade, pela bactéria ​helicobacter pylori devido à baixa imunidade decorrente de
uma alta carga de estresse (STRAUB, 2014). Problemas sérios de saúde estão
ligados indiretamente ao estresse e são consequências dos fatores de risco
12

comportamental (STRAUB, 2014), entre os fatores estão: o hábito de fumar, o


consumo de álcool e outras substâncias, o sono fragmentado, a pouca prática de
exercícios e a nutrição fraca, cada um associado ao aumento do estresse (STRAUB,
2014). Pesquisadores estabeleceram conexões entre o estresse e muitas doenças
físicas e psicológicas, incluindo câncer, cardiopatias, diabetes, artrite, cefaleias,
asma, distúrbios digestivos, depressão e ansiedade (STRAUB, 2014).
Compreendemos então, que os organismos vivos conseguem sobreviver
através da manutenção de um equilíbrio extremamente complexo e dinâmico
chamado homeostase (OLIVEIRA, 2006). O equilíbrio interno do organismo é
constantemente contrariado por agentes estressores que podem ser tanto
intrínsecos como extrínsecos ao organismo (OLIVEIRA, 2006).

1.3 Assertividade

Segundo Pasquali e Gouveia (1990) assertividade é entendida como um


conceito que ainda está em formação, considerando a variedade de diferentes
definições que se dão à mesma, entendendo como assertividade "toda a expressão
socialmente aceitável de direitos e sentimentos". Lieberman (1972 apud PASQUALI;
GOUVEIA, 1990) entende-a como a capacidade de expressar a si mesmo, ainda que
Lazarus (1971 apud PASQUALI; GOUVEIA, 1990) defina assertividade como a
prática de liberdade emocional. Entretanto, Alberti e Emmons (1974 apud
PASQUALI; GOUVEIA, 1990) consideram a assertividade como a capacidade de
agir em de acordo com seus interesses, se defender sem sentir-se ansioso,
manifestar seus interesses sem desconsiderar os direitos dos outros. Finalmente,
Pasquali e Gouveia (1990) encerram a definição de assertividade como uma
habilidade multifacetada, ocorrendo durante as interações interpessoais, identificada
por comportamentos que expressam a faculdade de: 1) discordar de outras pessoas;
2) afirmar-se; 3) pedir e fazer reivindicações sem constrangimentos; 4) expressar e
sustentar qualquer sentimento, seja positivo ou negativo.
Na atualidade, a assertividade é compreendida como um conjunto de
comportamentos que se caracterizada pelo enfrentamento de situações de conflito
13

ou risco através de uma conduta não coercitiva e não desrespeitosa para com os
direitos e opiniões próprias e dos outros (VELOSO, 2016). Dessa forma,
comportamentos assertivos se diferenciam de comportamentos agressivos e da
passividade (VELOSO, 2016). Os comportamentos agressivos podem variar de
agressão física à intenção em prejudicar o outro para atingir objetivos próprios
(VELOSO, 2016). Já os comportamentos passivos estão no pólo oposto, consistem
em considerar demasiadamente os sentimentos e vontades dos outros em
detrimento dos sentimentos e vontades individuais (VELOSO, 2016). O
comportamento assertivo, por sua vez, não se utiliza da coerção como no
comportamento agressivo, o indivíduo assertivo considera a opinião e os
sentimentos alheios, mas diferente dos comportamentos passivos, não abre mão de
sua opinião nem de seus sentimentos (VELOSO, 2016).
A assertividade encontra-se, então, no centro desse contínuo entre os pólos
agressivo e passivo (VELOSO, 2016). O indivíduo assertivo busca a resolução de
conflitos através do respeito, justiça e compreensão (VELOSO, 2016). Uma terceira
categoria de comportamento segundo Lawton e Stewart (2005) é o comportamento
passivo agressivo, entendido como a combinação dos comportamentos agressivo e
passivo, sendo uma forma de velar a agressividade. Um exemplo clássico seria
quando alguém aceita um pedido a contragosto gerando ressentimento (LAWTON;
STEWART, 2005).

Figura 1 - Classificação de categorias de comportamento conforme o nível de assertividade.


14

A assertividade, porém, não é um traço único e invariável, pelo contrário,


precisa atender e respeitar normas e valores que pautam os relacionamentos sociais
em cada contexto (VELOSO, 2016). Dessa forma, segundo Veloso (2016), as
normas da assertividade dependem de variáveis culturais, tipo de organização,
relacionamento, tarefa, entre outros aspectos. As normas étnicas e culturais
modificam o comportamento dito assertivo, sendo importante dar atenção ao
contexto cultural. A defesa ativa de direitos pode ser valorizada no Brasil, no
contexto norte-americano e europeu, mas em outras realidades, pode ser encarada
como reações agressivas ou desnecessárias.

1.4 Estudo correlacional

Considerando que a capacidade de resolução de conflitos e a conduta diretiva estão


associadas ao comportamento assertivo (VELOSO, 2016), o estudo buscou verificar
a associação entre os construtos de Estresse e Assertividade. Para a realização da
pesquisa procurou-se quantificar a presença de sintomas de estresse e verificar o
nível de assertividade na população pesquisada, ​visando assim, estabelecer uma
correlação entre as variáveis mensuradas.
15

2. MÉTODOS

2.1. Delineamento do estudo

Trata-se de um estudo quantitativo, correlacional, transversal. Pretendeu-se


com o presente estudo, investigar a relação entre as medidas de estresse e as
medidas de assertividade.

2.2. Descrição da amostra

Esse estudo buscou contar com uma amostra não probabilística composta de,
no mínimo, 50 estudantes universitários de Fortaleza.

2.2.1. Critérios de inclusão

Como critério de inclusão, o participante deveriam ser estudante universitário


sem distinção entre homens e mulheres, com idade entre 18 e 27 anos, sem
restrição de curso, ou período da graduação, que tenham consentido em assinar o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE, ANEXO A).

2.2.2. Critérios de exclusão

Como critérios de exclusão, não puderam participar da pesquisa estudantes


com diagnósticos psiquiátricos e/ou que fazem uso de psicofármacos.

2.3 Instrumentos e medidas

Para realização do presente estudo, foram utilizados os instrumentos a seguir.


Questionário Sociodemográfico utilizado para obter dados sociodemográficos
com relação à idade, gênero, escolaridade, curso, semestre, diagnóstico
psicopatológico e uso de psicofármacos (APÊNDICE A).
16

A Escala de Estresse Percebido (EPS-14), validada por Luft (2007), dispõe de


14 questões com respostas que variam de zero a quatro (0=nunca; 1=quase nunca;
2=às vezes; 3=quase sempre 4=sempre). As questões de acepção positiva (4, 5, 6,
7, 9, 10 e 13) possuem pontuação somada invertida, da seguinte forma, 0=4, 1=3,
2=2, 3=1 e 4=0. O restante das questões são negativas e têm de ser somadas
diretamente. O total da escala é a soma das pontuações destas 14 questões, os
escores variam, portanto, de 0 a 56 (ANEXO B).
A Escala de Assertividade de Rathus- RAS, validada por Gouveia ​et al​.
(1994), é composta por 30 itens que visam avaliar o grau de assertividade das
pessoas. Os itens descrevem comportamentos e sentimentos contextualizados em
diversos ambientes e relacionamentos sociais. Os 30 itens que compõem a RAS
descrevem comportamentos que surgem em situações cotidianas, sendo 19 itens (1,
2, 4, 5, 7, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19, 23, 24, 26, 28, 30) computados no sentido
inverso (apresentam a dimensão “não assertividade”) e 11 itens (3, 6, 8, 10, 18, 20,
21, 22, 25, 27, 29) que refletem a dimensão “assertividade”. O resultado da Escala
de Assertividade de Rathus (RAS) é baseado na soma de todos os itens de cada
dimensão (ANEXO C).

2.5. Procedimentos

Para a coleta de dados, foi realizado um chamamento público com divulgação


ampla da pesquisa em diversos lugares do campus universitário (Blocos H, M, F e
Centro de Convivência) para que os interessados entrassem em contato com os
investigadores de modo a compor a amostra. A coleta foi realizada através do
formulário ​online (Formulários Google) que foi enviado aos alunos. Após a coleta
houve a análise de dados.

2.6. Análise dos dados estatísticos

Para a análise dos dados coletados foi utilizado o programa ​Statistical


Package for the Social Sciences ​(SPSS Inc, Chicago, IL), versão 20.0 para
17

Windows. As estatísticas descritivas de todas as variáveis estudadas foram


calculadas (média, desvio padrão e frequência relativa). Os testes
Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk foram utilizados para verificar a distribuição
normal das variáveis para determinação dos tipos de testes estatísticos a serem
empregados.
Para verificação da possível associação entre as variáveis estudadas foi
calculado o coeficiente de correlação de postos de Spearman (não-paramétrico) ao
nível de significância inferior a 5% (valor de ​p ​< 0,05). No âmbito da presente
pesquisa, os coeficientes de correlação maiores do que 0,7 foram considerados
fortes, os com valores entre 0,3 e 0,5 sendo considerados moderados e aqueles com
valores menores do que 0,3 sendo considerados fracos.

2.7. Aspectos éticos

A participação dos sujeitos foi voluntária e estes poderiam cancelar sua


participação há qualquer momento sem qualquer justificativa. Todos os participantes
passíveis de aceitação para a pesquisa assinaram o TCLE (Anexo A) devidamente
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza (Coética)
antes de responderem aos questionários, mediante garantia de anonimato e de risco
mínimo no caso de participação ou não no estudo. Este procedimento foi elaborado
para satisfazer as exigências da Resolução nº 196/96 e 251/97 do Conselho
Nacional de Saúde - Ministério da Saúde e do Código de Ética da Associação
Médica Mundial (Declaração de Helsinque).
18

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Descrição das Amostras

A amostra foi composta majoritariamente por estudantes da UNIFOR, do sexo


feminino com a média de idade de 25 anos.

Abaixo são apresentados os dados sociodemográficos referentes a amostra.

​ istribuição das variáveis demográficas na amostra.


Tabela 1​ -​ D

Variáveis Demográficas Amostra

Idade (média) 25,7 ​+​ 7,3

Gênero n%
Masculino 17(25%)
Feminino 51(75%)
Instituição de Ensino
UNIFOR 56(68,3%)
FAMETRO 12(14,6%)
FIC 1(1,2%)
IFCE 1(1,2%)
UFC 3(3,7%)
UECE 9(11,0%)

Tabela 2 ​- Relações entre assertividade e estresse, controlando para idade e sexo na amostra de
estudantes universitários (n=64)

Variáveis de controle Estresse

Sexo & Idade Assertividade Correlação - 0,378

Significância (bilateral) 0,002

Gl 64
19

Tabela 3 - ​Relações entre idade, assertividade e estresse na amostra de estudantes universitários


(n=64).
20

Figura 2​ - Gráfico de dispersão da relação entre Estresse e Assertividade

Conforme os resultados descritos acima, as variáveis estresse e assertividade


apresentam correlação significativa, inversa e moderada (r= -0,37; p=0,002), quando
controlado para idade e escolaridade. Enquanto que a variável idade se correlaciona
de forma moderada e positiva com assertividade (r= 0,38; p<0,01) e se correlaciona
de forma moderada e negativa com estresse (r= -0,33; p<0,01).

Como observado, assertividade e estresse estão correlacionados,


confirmando a hipótese do presente estudo. Na pesquisa realizada, observou-se que
a correlação entre estresse e assertividade é de magnitude moderada e possui
relacionamento de direção negativa, o que implica dizer que uma variação em uma
direção de uma variável está associada, de modo significativo estatisticamente, à
21

variação na direção oposta da outra variável. Dessa forma, estudantes que possuem
um repertório de comportamento mais assertivo, pontuaram mais na escala de
assertividade e acabaram por referir menos sintomas de estresse, pontuando menos
na escala de estresse. Esse fato sugere que estudantes com maior habilidade
assertiva possuem maior manejo dos estímulos estressores, pois tendem a ser mais
diretivos e focados em seus problemas e dessa forma acabam por mitigar os
sintomas do estresse.
De acordo com Straub (2014), existem duas estratégias principais de
enfrentamento do estresse: o enfrentamento focado na emoção e o enfrentamento
focado no problema. O enfrentamento focado na emoção é uma tentativa de
controlar a resposta emocional dada a um estressor, podendo ocorrer de forma
comportamental buscando pessoas que possam oferecer encorajamento ou
realizando tarefas para desviar a atenção do problema. O enfrentamento focado na
emoção também pode ocorrer de forma cognitiva, mudando a forma de avaliar um
problema ou negando informações desagradáveis (STRAUB, 2014). Já o
enfrentamento focado no problema, busca lidar diretamente com o estímulo
estressor, tentando diminuir as demandas do estressor ou aumentando os recursos
para atender a essas demandas (STRAUB, 2014). Entre as duas estratégias, o
enfrentamento focado no problema apresenta melhores resultados que o
re-enquadramento cognitivo, o distanciamento e outras estratégias focalizadas na
emoção (STRAUB, 2014).
Diversas pesquisas consideram o comportamento assertivo como uma forma
eficaz de lidar com estímulos estressores (Bowers, 1995; Prieto, 2010; Pourjali,
2010). Traçando um paralelo com as estratégias descritas por Straub, podemos
entender que pessoas assertivas tendem a ter um enfrentamento com foco no
problema, já que a assertividade segundo Veloso (2016) é compreendida como um
repertório comportamental identificado pela capacidade de observar o contexto
interpessoal para apresentar a resposta mais apropriada, a fim de reduzir a
probabilidade de consequências aversivas para si e para os outros, entende-se que
o comportamento assertivo pressupõe a existência de flexibilidade e auto
monitoramento, para que o sujeito consiga alcançar a eficácia e ajustar-se às
22

contingências (VELOSO, 2016). Observa-se ainda que a capacidade de autocontrole


da ansiedade está presente em pessoas assertivas, o que tende a favorecer os
processos de tomada de decisão e o desempenho social (VELOSO, 2016).
Outro dado interessante encontrado foi a correlação entre idade, estresse e
assertividade. Os estudantes mais velhos obtiveram pontuação superior na escala
de assertividade e pontuação menor na escala de estresse, é possível inferir a partir
desse dado que a assertividade tende a aumentar com o tempo. É de se esperar
que pessoas mais maduras e com mais experiência na resolução de problemas,
consigam administrar melhor os estímulos estressores, bem como podem ter
adquirido maior tolerância a situações estressoras. Outro fator que pode contribuir
para essa relação é que estudantes veteranos, mais habituado com o ritmo
acadêmico e mais experientes em gerir os problemas típicos do ambiente
universitário, acabam por apresentar menos sintomas de estresse, pois não são
acometidos pela precipitação ou euforia do estudante que está apenas iniciando a
vida acadêmica.
23

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve por objetivo buscar evidências de correlação entre os


constructos de assertividade e estresse. Os resultados confirmaram a hipótese inicial
de que estudantes com maior repertório comportamental assertivo apresentariam
menos sintomas de estresse. Ainda que, através deste estudo, não se possa
estabelecer uma relação causal entre os constructos, os resultados de correlação
são o passo inicial para investigar possíveis formas de enfrentamento do estresse no
contexto acadêmico, principalmente, quando consideramos o volume de pesquisas
que vêm evidenciando o adoecimento de estudantes universitários em decorrência
do estresse.
A presente experiência acadêmico-científica me permitiu uma satisfatória
aprendizagem no fazer da Ciência, pois a utilização de instrumentos psicométricos
como forma de aferir dados e compará-los por meio da estatística possibilitou um
entendimento da psicologia como ciência e não só um corpo teórico de
conhecimento empírico e filosófico, predominante em minha graduação.
Por fim, conforme exposto anteriormente, cabe assim a investigação dos
efeitos que um treinamento de assertividade em estudantes universitários pode
ocasionar, não apenas nos sintomas de estresse, mas favorecendo, adicionalmente,
o rendimento acadêmico. Assim, maior assertividade poderia ajudar na organização
dos estudos dos discentes, bem como ajudar a reduzir os prejuízos causados pelo
estresse na aprendizagem. Seria pertinente também a conscientização da
importância da saúde mental no processo de consolidação do conhecimento,
incentivando, dessa forma, a adesão à psicoterapia por parte dos estudantes que
precisam estimular o processo de amadurecimento através do desenvolvimento da
inteligência emocional, comunicação e assertividade.
24

6. REFERÊNCIAS
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Education​, v. 53, n. 1, p. 24-30, 1995.

COUTO, Gleiber; VANDENBERGHE, Luc; BRITO, Emerson de Araujo Garro. Interações


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VELOSO, Camila Leão. Desenvolvimento de um procedimento para avaliação da


assertividade no trabalho. 2016.
26

ANEXO A -TERMO DE CONSENTIMENTO

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE


FORTALEZA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TÍTULO DA PESQUISA:​Associações entre Estresse e Assertividade: um estudo

correlacional entre jovens universitários

NOME DO PESQUISADOR: Ernani Andrade Leite Filho

ENDEREÇO:​Av. Washington Soares, 1321 - Edson Queiroz, Fortaleza - CE, 60811-905

TELEFONE: ​(85) 3477-3000

Prezado(a) Participante,

Você está sendo convidado(a) a participar desta pesquisa , desenvolvida


por Ernani Andrade que irá investigar a relação entre o estresse e o
comportamento assertivo. Estou desenvolvendo esta pesquisa pois busco
entender se pessoas assertivas possuem menos sintomas de estresse e
assim se o comportamento assertivo é um possível indicador de uma melhor
saúde mental.
.

1.​ POR QUE VOCÊ ESTÁ SENDO CONVIDADO A


PARTICIPAR?
O convite para a sua participação se deve ao fato de cada vez mais os
estudantes universitários apresentarem sintomas de estresse.
27

2.​ COMO SERÁ A MINHA PARTICIPAÇÃO?


Ao participar desta pesquisa você irá preencher três formulários: um sobre


estresse, outro sobre assertividade e um terceiro sociodemográfico.
Lembramos que a sua participação é voluntária, isto é, ela não é obrigatória,
e você tem plena autonomia e liberdade para decidir se quer ou não
participar. Você pode desistir da sua participação a qualquer momento,
mesmo após ter iniciado o(a)/os(as) formulários sem nenhum prejuízo para
você. Não haverá nenhuma penalização caso você decida não consentir a
sua participação, ou desistir da mesma. Contudo, ela é muito importante
para a execução da pesquisa. A qualquer momento, durante a pesquisa, ou
posteriormente, você poderá solicitar do pesquisador informações sobre sua
participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito através dos meios
de contato explicitados neste Termo.

3.​ QUEM SABERÁ SE EU DECIDIR PARTICIPAR?


Somente o pesquisador responsável e sua equipe saberá que você está


participando desta pesquisa. Ninguém mais saberá da sua participação.
Entretanto, caso você deseje que o seu nome / seu rosto / sua voz ou o nome
da sua instituição conste do trabalho final, nós respeitaremos sua decisão.
Basta que você marque ao final deste termo a sua opção.

4.​ GARANTIA DA CONFIDENCIALIDADE E PRIVACIDADE​.


Todos os dados e informações que você nos fornecer serão guardados de


forma sigilosa. Garantimos a confidencialidade e a privacidade dos seus
dados e das suas informações. Tudo que o(a) Sr.(a) nos fornecer ou que
sejam conseguidas por meios das respostas dos formulários serão
utilizadas(os) somente para esta pesquisa.O material da pesquisa com os
seus dados e informações será armazenado em local seguro e guardados em
arquivo, por pelo menos 5 anos após o término da pesquisa. Qualquer dado
que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da
pesquisa. Caso você autorize que sua voz seja publicada, teremos o cuidado
de anonimizá-la, ou seja, sua voz ficará diferente e ninguém saberá que é
sua. Caso você autorize que sua imagem seja publicada, teremos o cuidado
de anonimizá-la, ou seja, seu rosto ficará desfocado e/ou colocaremos uma
tarja preta na imagem dos seus olhos e ninguém saberá que é você.

5.​ EXISTE ALGUM RISCO SE EU PARTICIPAR?


O(s) procedimento(s) utilizado(s) na pesquisa, coleta de dados através de


formulários apresenta um risco mínimo ou moderado de constrangimento ou
28

dano emocional que será reduzido pelo contato com profissionais da saúde
capacitados a amenizar eventuais problemas que venham a acontecer.

O(s) procedimento(s) utilizado(s) na pesquisa poderá(ão) trazer algum


desconforto como identificação com os tópicos dos formulários,
constrangimento e ansiedade que podem ser minimizados através de
técnicas de relaxamento ou através de um profissional de saúde qualificado.

6.​ EXISTE ALGUM BENEFÍCIO SE EU PARTICIPAR?


Espera-se que, com este estudo, evidenciemos a associação entre


estresse e assertividade, de modo que programas de treinamento em
assertividade, mediados por psicólogos, possam ser utilizados não apenas
para melhorar a comunicação e as relações sociais, bem como reduzir o
estresse em função de uma atitude mais proativa daqueles que tenham
realizado este tipo de treinamento. Dessa maneira, vivenciando menos
estresse e conflitos na vida pessoal e profissional, possamos contribuir para
a melhoria na saúde dos indivíduos.

7.​ FORMAS DE ASSISTÊNCIA E RESSARCIMENTO DAS


DESPESAS​.

Se você necessitar de encaminhamento como resultado encontrado nesta


pesquisa, você será encaminhado(a) por prof. Dr. Tauily Claussen
D´Escragnolle Tauna​y para Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) R.
Des. Floriano Benevides Magalhães, 221 - Edson Queiroz, Fortaleza - CE,
60811-905 (​ 85) 3477-3611​. Caso o(a) Sr.(a) aceite participar da pesquisa, não
receberá nenhuma compensação financeira. No caso de algum gasto
resultante da sua participação na pesquisa e dela decorrentes, você será
ressarcido, ou seja, o pesquisador responsável cobrirá todas as suas
despesas e de seus acompanhantes, quando for o caso, para a sua vinda até
o centro de pesquisa.

8.​ ESCLARECIMENTOS

Se você tiver alguma dúvida a respeito da pesquisa e/ou dos métodos


utilizados na mesma, pode procurar a qualquer momento o pesquisador
responsável.
29

Nome do pesquisador responsável:Ernani Andrade Leite Filho Endereço: R.

Des. Floriano Benevides Magalhães, 221 - Edson Queiroz, Fortaleza - CE,

60811-905

Telefone para contato:​(85) 3477-3611

Se você desejar obter informações sobre os seus direitos e os aspectos


éticos envolvidos na pesquisa poderá consultar o Comitê de Ética da
Universidade de Fortaleza, Ce. O Comitê de Ética tem como finalidade
defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e
dignidade e tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de
modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de proteção aos direitos
humanos, da dignidade, da autonomia, da não maleficência, da
confidencialidade e da privacidade.

Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade de


Fortaleza- COÉTICA

Av. Washington Soares, 1321, Bloco M, Sala da Diretoria de Pesquisa e


Desenvolvimento e Inovação .

Bairro Edson Queiroz, CEP

60811-341. Telefone (85) 3477-3122,

Fortaleza, Ce.

9.​ ​ ​CONCORDÂNCIA NA PARTICIPAÇÃO.

Se o(a) Sr.(a) estiver de acordo em participar da pesquisa deve preencher e


assinar este documento que será elaborado em duas vias; uma via deste
Termo ficará com o(a) Senhor(a) e a outra ficará com o pesquisador.

O participante de pesquisa ou seu representante legal, quando for o caso,


deve rubricar todas as folhas do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido – TCLE, apondo a sua assinatura na última página do referido
Termo.
30

O pesquisador responsável deve, da mesma forma, rubricar todas as folhas


do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, apondo sua
assinatura na última página do referido Termo.

10.​ USO DE VOZ E/OU IMAGEM


Caso o(a) Senhor(a) deseje que seu nome, seu rosto, sua voz ou o nome da
sua instituição apareça nos resultados da pesquisa, sem serem
anonimizados, marque um dos itens abaixo.

Eu desejo que o meu nome conste do trabalho final.


Eu desejo que o meu rosto/face conste do trabalho final.
Eu desejo que a minha voz conste do trabalho final.
Eu desejo que o nome da minha instituição conste do trabalho final.

11.​ CONSENTIMENTO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais,


o Sr.(a) , portador(a)
da cédula de identidade
, declara que, após leitura minuciosa do TCLE, teve oportunidade de
fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram devidamente explicadas pelos
pesquisadores. Ciente dos serviços e procedimentos aos quais será
submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado,
firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar
voluntariamente desta pesquisa.
31

E, por estar de acordo, assina o presente termo.

Fortaleza-Ce., de de

Assinatura do participante ou Representante Legal

Assinatura do Pesquisador

_________________________________________________

Impressão dactiloscópica
________________________________________
32

ANEXO B - ESCALA DE ASSERTIVIDADE RATHUS - RAS


33

ANEXO C - ESCALA ESTRESSE PERCEBIDO - EPS-14


34

​APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO

Sexo:​ Masculino ____ Feminino ____

Idade:​ _________ anos

Escolaridade:​ Ensino Médio ___ Superior Incompleto ___ Superior Completo ___

Possui Histórico de Doença Psiquiátrica?:​ Sim___ Não___

Se sim, qual? _____________________________________

Faz uso de medicação controlada? ​Sim___ Não___

Se sim, qual? _____________________________________

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