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174 capitulo 6 Assimilando 0 Mundo: Alguns Principios Basicos 1: O que sto sersoaoepercpizo? que processamento bottom-up (de baixo Bie econo EM NOSSAS EXPERIENCIAS COTIDIANAS, sensagio c per- cepeao fundem-se em um processo continuo. Neste cap‘- tuo, reduzimos a velocidade desse processo para estudar suas partes ‘Comegamos com os receptores sensorial ¢evoluimos para niveis mais elevados de processamento. Os psicdlogos refe- rem-se & anélise sensorial que comeca em seu ponto de entrada como processamento bottom-up (de baixo para ima). Porém, a mente também interpreta o que 0s sentidos detectam. Construimos percepcoes com base tanto nas sen- sagies que vém de baixo para cima até o cérebro como em nossa experiéncia e nossas expectativas, o que os psicslogos chamam de processamento top-down (de cima para bbaixo). Por exemplo, quando nosso eérebro decifra a infor rmagdo presente na FIGURA 6.1, o processamento bottom-up hrabilita nossos sistemas sensoriais a detectar as linhas, os Angulos e as cores que formam os cavalos, o viajante ¢ os arredores, Usando 0 processamento top-down, levamos em conta o titulo do quadro, notamos as expressdes apreensivas ¢ entao dirigimos a atencao para aspectos da pintura que dario significado a essas observacoes. Os dotes sensoriais da natureza se adaptam as necessida- des de quem as recebe. Habilitam cada organismo a obter Jnformagdes essenciais, Considere: + Uma ra, que se alimenta de insetos voadores, tem olhos dotados de cétulas receptoras que disparam apenas em tesposta a objetos pequenos, escuros e em movimento. Uma ri poderia morrer de fome cercada de moscas imbvels. Mas basta uma passar zumbindo e as células “detectoras de insetos” despertam instantaneamente, > FIGURA6.1 (© que ests havendo aqui? Nossos processos sensoras e perceptivos ttabalham juntos pera nos ajudar 9 selecionar as imagens complexas,incluindo 0s rostos escondldos nesta pintura de Bev Doolite, “The Forest Has Eyes” CA Floresta Tem Othoe") —— * O macho do bicho-da-seda possul receptores to sensiveis a0 odor sexualmente atrativo da fémea que ela precisa liberar menos de um bilionésimo de grama por segundo para atrair todos os machos no raio de 1.5, guilometro. E por isso que continuam existindo bichos- da-seda, ‘ Similarmente, somos equlpados para detectar as caracteristicas importantes de nosso ambiente. Os uvidos sto mais sensiveis a frequéncias sonoras que incluem as consoantes da voz humana e o choro de um bebe. Iniciamos a exploragao de nossas habilidades sensoriais com uma pergunta que passa por todos os sistemas senso- rials: que estimulos cruzam nosso limiar de percep¢io cons lente? Limiares 0 que s80 05 liiares absoluto¢ diferencia? Os estimulos abaixo do limiar absoluto exercem alguma influéncia? Existimos em um mar de energia. Neste momento, voct € eu estamos sendo atingidos por raios X e ondas de radio, luzes ultravioletae infravermelha e ondas sonoras de frequéncias muito altas e muitos baixas. Somos cegos e surdos a tudo isso, Outros animais detectam um mundo que repousa além a experiéncia humana (Hughes, 1999). Aves migratérias mantém 0 curso com o auailio de uma bissola magnética interna, Morcegos ¢ golfinhos localizam as presas por meio de sonares (emitindo um som que ecoa nos objetos). Em tim ia nublado, abelhas voar detectando a lu polarizada de urn sol invistvel (para nés) ‘As sombras que incidem sobre nossos sentidos tém apenas ‘uma pequena abertura, permitindo-nos somente uma consck- 2ncla restrita desse vasio mar de energia. Velamos 0 que a psi- cofisica descobriu 2 respeito da energiafisiea que podemos detectare seu efeto sobre nossa experincia psicoldgica, (0 proceso pelo qual nossos receptores sensoriais eo sistema nervoso recebem representam ‘energias de estimulos do ambiente. percepedo o processo de organiza¢io e interpretarso, {das informagbes sensorials, hablitando-nos a reconhecer objetos e eventos significativos. rocessamento bottom-up (dle balxo para cima) {andlise que comeca com os receptores sensorals e sobe Bara a integracso corebral da informacdo sensorial processamento top-down (de cima para baixo) pprocessamento de informacSes guiado per processos: ‘mentale de nivel mal elevado, como quando, ‘Construlmos percencées com base em notea experiéncla fe nossas expactativas. psicofisica o estudo das relacSes entre as caracteristicasFisicas dos estimulos, como sua limiar absolute a estimulacso minima necesséria para se detectar um estimulo especifico em 50% das vezes. tworla da detecrSo de sinals uma teoria que prediz como e quando detectamos a presenca de um estimulo que a detec¢ao depende em parte da experiencia, das ‘expectativas, da motivacao e do nivel de fadiga da pessoa, Limiares Absolutos Somos extremamente sensiveis 2 certos tipos de estimules. Depéno cume de uma montanha em uma noite de céu claro absolutamente escura, a maioria de nés seria capaz de ver, a chama de uma vela em outro cume a cerca de 50 quilome- ttos de distancia. Seriamos capazes de sentir a asa de uma abelha caindo sobre nossa bochecha. Poderiamos sentir 0 ‘odor de uma gotinha de perfume em um apartamento de trés cémodos (Galanter, 1962). ‘Nossa consciencia desses ténues estimulos ilustra nossos Iimiares absolutos - a estimulacio minima necessarla para detectarmos uma luz, um som, uma pressio, um sabor ou tum odor especificos em 50% das vezes. Ao testar seu limiar absoluto para sons, um especialista em audicio exporia cada lum de sets ouvidos a niveis de som variaveis. Para cada tom, o teste definiria onde em metade das vezes voce detectaria Corretamente o som ¢ em metade das vezes nao 0 consegui- tia. Para cada sentido, esse ponto de reconhecimento de 50% 50% define seu limiar absoluto. Limiares absolutos podem variar de acordo com a idade, A sensibilidade a sons agudos declina com o envelhecimento normal, causando aos ouvidos mais idosos a necessidade de lum som mais alto para ouvirem um toque agudo de um celu- lar, Esse fato da vida, como vimos no Capitulo 5, foi explo- ado por estudantes que desejavam um toque que seus pro- fessores tivessem pouca chance de ouvir e por lojistas galeses ‘que transmitiam sons perturbadores para dispersar adoles- ccentes ociosos sem repelir 0s adultos. Detecciio de Sinais Detectar um estimulo fraco, ou sinal, depende nao apenas de sua intensidade (como o tom do teste de audicdo), mas tam- ‘bém de nosso estado psicoldgico ~ nossa experiénecia, expec- tativas, motivacio e vigilincia. A teoria da detecgao de sinais, revé quando iremos detectar sinais fracos (medidos como SENSAGAO E PERCEPGAD 175 Detecgio de sinais Com que rapider voct perceberia um objeto se aproximando em um radar? bastante rapido se (1) voc® estver SSperando um alae, (2 forimporans vec cetect- @(3) voce ester aera nossa proporgdo de “acertos” para “alarmes falsos"). Os te6- rcos da detecsao de sinais busca entender por que as pes- soas reagem de forma diferente aos mesmos estimulos e por ue as reages do mesmo individuo variam com a mudanca das circunstancias, Pais exaustosirdo notar o mais leve gemido vindo do bergo de um recém-nascido, a0 passo que nao irao perceber sons mais altos e desimportantes. Experimente este velho enigma com alguns amigos. ‘Voc® esta dirigindo um Gnibus com 12 passageiros. Na primeira parada, saem 6, Na segunda, saem 3. Na terceira parada, saem outros 2, mas entram 3 novas pessoas. Qual a cor dos olhos do motorista?” Seus amigos detectam o sinal - quem ¢ 0 motorista? ~ em ‘meio ao ruido que 0 acompanha? « Em uma situacio de guerra repleta de horror, ndo detec- tar um intruso pode ser fatal. Conscientes das mortes de ‘muitos companheiros, soldados e a policia no Iraque prova- velmente tornaram-se mals propensos a perceber ~ e a alve- jar ~ um ruido quase imperceptivel. Uma reatividade tao ele- vada acarreta mais alarmes falsos, como na ocasigo em que (5 militares americanos abriram fogo contra um carro que se aproximava trazendo uma jornalista italiana 3 liberdade, matando o agente do servico de Inteligéncla de seu pais que a havia resgatado, Em tempos de paz, quando a sobrevivéncia ‘no esta ameagada, os mesmos soldados precisariam de um sinal mais forte pata sentir o perigo. A deteccao de sinais também pode ter consequéncias de vida ou morte quando se € responsivel por um esciner de armas em um aeroporto, por monitorar pacientes de uma clinica de tratamento intensivo ou por detectar objetos em ‘um radar, Estudos mostraram, por exemplo, que a capacidade de captar um sinal ténue diminui apés cerca de 30 minutos. Essa reducdo, no entanto, depende da tarefa, do hordrioe até mesmo do exercicio periédico dos participantes (Warm ¢ Dember, 1986). Para ajudar a motivar inspetores de baga- ‘gens, a Administracao de Seguranga de Transportes dos Esta- dos Unidos acrescenta periodicamente imagens de armas, facase outros objetos ameacadores a raiosX de malas. Quando 0 sinal é detectado, o sistema parabeniza 0 inspetor e aima- ‘gem desaparece (Winerman, 2006). A experiencia também 176 _capiruto 6 > FIGURA 6.2 : Limiar absoluto Que dierencas suis posso ‘detectar entre estas amostras de cafe? Quando testimulos sa0 detectaves em mens de 50% dds vezes, eles so “sublimineres”. O liar ‘absolute € a intensidade na qual conseguimos Setectar um estimulo na metade das vezes. conta, Em um experimento, 10 horas de um jogo de video- ‘game de aco - consistindo em procurar e instantaneamente ‘Teagir a qualquer invasio — elevaram as habilidades de detec- (gdo de jogadores novatos (Green e Bavelicr, 2003). (Veja no Capitulo 16 pesquisas sobre efeitos socials menos positivos de videogames violentos.) Estimula¢ao Subliminar Na esperanga de penetrar em nosso inconsciente, empresé- rios oferecem gravagdes que supostamente falam direto com © cérebro para nos ajudar a perder peso, parar de fumar ou aprimorar a memérla. Mascaradas por suaves sons do oce- tho, mensagenis nio ouvidas (“Eu sou magro”, “Cigarro tem gosto rulm” ou “Eu me saio bem em provas. Lembro-me totalmente das informag6es") irdo, dizem eles, influenciar ‘nosso comportamento. Tais alegacoes sugerem duas colsas (1) Podemos perceber de modo inconsciente estimulos subli- minares (literalmente, “abaixo do limiar”), ¢ (2) sem nos darmos conta, esses estimulos tém extraordinarios poderes, sugestivos, Podemos? Fles tém mesmo? Podemos perceber estimulos abaixo de nossos limfates absolutos? Em certo sentido, a resposta ¢ clara: sim. Lembre- se de que tm limiar “absoluto” nada mais é que o ponto em ‘que detectamos um estimulo na metade das veres (FIGURA 6.2). Nesse limiar ou um pouco abaixo dele, ainda detecta- mos o estfmulo eventualmente, subliminar abalxo do limiar absoluto de percepeso ‘consclente. pré-ativacio (priming) a ativacko, muitas vezes inconsclente, de certas assoclagSes, predispondo assim { percepeso, a memoria ou a reacdo. Podemos ser afetados por estimulos tio fracos que sequer so notados? Sob certas condicSes, a resposta ¢ sim. Uma imagem ou uma palavia invisivel pode pré-ativar (prime) em um breve momento sta resposta a uma pergunta poste- rior. Em um experimento tipico, a imagem ou palavra é exi- bida rapidamente e, em seguida, substituida por um estimulo ‘mascarador que interrompe o processamento cerebral antes da percepeio consciente. Por exemplo, um experimento exi- biu de forma subliminar cenas emocionalmente positivas (gatinhos, um casal roméntico) ou negativas (um lobiso- Percentagem 100 de deteccoes Intensidade do estimulo——> ‘mem, um cadaver) um instante antes de os participantes visualizarem imagens de pessoas (Krosnick et al., 1992). Os participantes perceberam conscientemente cada uma apenas como um lampejo. Ainda assim, as imagens de pessoas pare= ‘iam para 0s participantes como mais agradiveis se a cena precedente ¢ no percebida conscientemente fosse a cena de {gatinhos em vez da do lobisomem. Outro experimento exp6s, Foluntarios a odares subliminares prazerosos, neutros ou desagradaveis (Li etal, 2007). A despelto de nao terem cons ciéncia deles, os participantes classificaram um rosto com expressio neutra mais simpatico apés a exposico aos aro- ‘mas prazerosos do que aos desagradaveis. Esse experimento ilustra um fendmeno intrigante: as vezes sentimos 0 que no conhecemos e nao podemos descrever. Com frequéncia, um estimulo imperceptivelmente breve desencadeia uma resposta ténue que pode ser detectada por. tum exame de imagem do cérebro (Blankenburg ct al, 2003; Haynes ¢ Rees, 2005, 2006). A conclusdo (aumente o volume aqui): Grande parte de nosso processamento de informagoes ‘corre de forma automatica, fonge de vista, fora da tela do radar de nossa consciéncia. ‘Maso fato de haver sensaeo subliminar confirma as ale- gag6es de persuasdo subliminar? Seriam os anunciantes real- mente capazes de nos manipular com “persuasio oculta”? O quase consenso entre os pesquisadores é que nido. O veredicto € semelhante a0 dos astronomos que dizem a respeito dos. astrélogos: “Sim, eles esto certos quanto a existencia das, estrelas e dos planetas; mas no, os corpos celestiais nio nos afetam diretamente.” A pesquisa laboratorial revela um efeito sutil efugaz, Pré-ativar pessoas sedentas com a palavra subll- minar sede poderia entZo, porum breve intervalo, tornar um, amiincio de bebida mais persuasivo (Strahan et al., 2002). Do mesmo modo, pré-ativar esses individuos com Lipton Ice Tea pode auumentar sua propensio a escolher a marca pré- ativada (Karremans et al., 2006). Porém, os marqueteiros das mensagens subliminares afirmam algo diferente: um «feito poderaso e duradouro sobre 0 comportamento. oe |) va coragao tem razoes que a propria razao desconhece” Pascal, Pnsamentos, 1670 |) eae aricoe oro ara testarse subliminares comerciais tem algum feito além do de placebo (0 efeito da crenca nelas), Anthony Greenwald e seus colegas (1991, 1992) atribufram aleatoria- ‘mente a estudantes tniversitérios a tarefa de escutar todos ‘0s dias durante cinco semanas mensagens comerciais subli- ‘minares que prometiam melhorar a autoestima oua mems- ria, Porém os pesquisadores fizeram uma verdadeira pegadi- nha e trocaram metade dos rétulos. Alguns estudantes pen- saram estar recebendo afirmagdes de autoestima quando nz vverdade estavam ouvindo a mensagem de aprimoramento de ‘meméria. Outros receberam a de autoestima, mas pensaram que suas memérias estavam sendo recarregadas. ‘As gravac6es foram cficazes? Os resultados dos estudantes tanto nos testes de autoestima como nos de meméri, reali zados antes e depois das cinco semanas, ndo revelaram cfeito nenhum. €, ainda assim, aqueles que pensavam ter owvido ‘uma gravacao sobre memoria acreditavam que suas memérias tinham melhorado. Resultado semelhante ocorreu com os que pensavam ter ouvido uma mensagem sobre autoestima. As gravagies nao fizeram efeito, mas os estudantes pereebiam- se recebendo os beneticios que esperayum. Ao ler essa pesquisa, ‘uvem-se ecos dos testemunhos que pingam dos catélogos ‘de compras por correio, Alguns clientes, ao compratem o que supostamente nio terlam ouvido (e de fato ndo ouviram!) oferecem testemunhos como: "Eu sel que suas fitas no ser- viram para reprogramar minha mente.” Ao longo de uma década, Greenwald conduziu 16 experimentos duplos-cegos para avaliarfitas subliminares de autoajuda. Os resultados foram uniformes: nenhum teve efeito terapéutico alguim (Greenwald, 1992). A conclusio: “Procedimentos sublim!- nares oferecem pouco ou nenhum valor para o profissional de marketing” (Pratkanis e Greenwald, 1988). Limiares Diferenciais Para funcionar de mancira efetiva, precisamos de limiares absolutos baixos o bastante para nos permitir detectar visdes, sons, texturas, sabores ¢ odores importantes. preciso tam- ‘bém detectar pequenas diferencas entre estimulos. Um musico deve detectar miniisculas discrepincias na afinacao de um instrumento. Pais devem detectar 0 som da voz de seu pré= prio filho entre as de outras criangas. Mesmo apés viver dois ‘anos na Escécia, 0s balidos de carmeiros parecer todos iguais, para meus ouvidos. Mas nao para os das ovelhas, que obser- ‘vei correndo, ap6s a tosquia, diretamente até o balldo de seu cordeiro em meio ao coro de outros cordeiros agoniados. limiar diferencial a diferenca minima entre dois ‘estimulos necesséria para a deteccdo em 50% das vezes. Experimentamas o limiar diferencial como uma ‘alferenca apenas perceptivel (ou DAP). lel de Weber o principio segundo o qual, para serem percebidos como dispares, dots estimulos devem diferir ‘Em uma percentagem minima constante (em vez de em ‘uma quantidade constante), adaptagao sensorial diminuic3o da sensibilidade como consequéncia de estimulacio constante. limiar diferencial, também chamado diferenga apenas ‘perceptivel (DAP), ¢ a diferenca minima que uma pessoa (ou. Juma ovelha) pode detectar entre dois estimulos quaisquer em ‘metade das vezes. Essa diferenca detectvel aumenta com 0 tamanhe do estimulo. Assim, se voce somar 1 grama a um peso de 10, {rk detectar a diferenga, mas some 1 gramaa um peso de 100 gramas e provavelmente nao iré. Ha mais de um ‘século, Emst Weber notou algo tio simples e de aplicacio tio SENSAGAO E PERCERCAO 177 © fimiar diferenctal Nests cipis do Salmo 25 gevada por computador ad inna mace tanh e feke \mpereeptvelmerte. Quanta linhas sao necessanas pra que voce ‘xperimente uma dfetenga apenas peceptivel? ampla que ainda nos referimos a ele como let de Weber: para {que sta diferenca seja perceptive, dois estimulos devem diferir ‘em uma proporgdo constante ~ nao em uma quantidade cons- tante, A proporcao exata varia, dependendo do estimulo. Para ‘uma pessoa média perceber suas diferencas, duas luzes deve diferir por volta de 8% em intensidade. Dois objetos devem dife- rr por volta de 2% no peso. E dots tons devern diferir apenas (0,3% na frequéncia (Teghtsoonian, 1971). || -Procisamos acima de tude conhecer nossas mudangas: | ninguém quer ou precisa gor lembrado 16 horas por dia | de que esta com 0s sapatos caleados” David Hubel, eurocientista (1573) Adaptaco Sensorial ‘Aoentrarna sala de estar de seus vizinhos, vocésente um cheito de mofo. Voc® se pergmta como eles o suportam, mas em minu- ‘tos deixa de percebé-lo. A adaptagao sensorial - a diminuicso de nossa sensibilidade a um estimulo constante ~ vem para salvé-lo, (Para experimentar esse fenémeno, cleve seu rel6gio dois centimetros no punho: voce o sentiré ~ mas apenas por alguns instantes.) ApOs a exposicdo continua a um estimulo, rnossas células nervosas disparam com menos frequeéncia. Porque, entio, se olharmos fixamente para um objeto, sem piscar, ele ndo desaparece da vista? Porgue, sem que perceba- os, nosso olhos tao sempre se movendo, in dem pont para outro o suficiente para garantit que a estimulacdo sobre ‘0 receptores oculares mude de maneira continua. ‘= Em 9 de cada 10 pessoas - mas em apenas 1de cada 3 das que sofrem de esquizofrenia - esse movimento ocular cessa quando 0 olho ests seguindo um alvo que se move (Holzman e Matthys, 1990).° see carngt0 6 Joa5 almente pudéssemos interromper o movimento dos Jor amos? Ouvimes? Cheiramos? Saboreamos?Sentimos ouhoe? As imagens que vimos parecerlam summit nero os dor? Mantemos o equilibrio? fie Inger geaia anter uma imagem constante tavaoes, errrerrerrr £39). Quando os olhos de Mary se movem, o see ‘acon- Mane ind imagem no profetor.Entdo, para onde gece ‘que Mary olhe, certamente Id estard a cen, 3; Brojetarmos o perl de um rosto utlizando um Instru- Pleto, Mang CSS © de Mary vera? A principio, o perenne, Pleto, Mas, dentro de alguns segundos, a medida Gere sis- cseariesoral Comegar a se cansar, 2s coisas sf Gent, fine ovidade;deixeos entediados com cepenroe cone UMA DAS GRANDES MARAVILHAS Da NATUREZA, Mberaréo nossa atencio para colsas soak ‘importantes, Pes- bjzarea nem, distante, mas um lugar-comum: como Srprgpalcheirosas ou éxageradamente perfumadas ane ner eyPo material constréi nossa experiencia visual concens canara Stor Porque, como vocd eet, se adaptamn so ent froimo transformamos particulas de energia laminae dameante ¢detectam mudancas. sso reforga uma lesen tal: percebemas o mundo nao ‘exatamente como ele é, mas como ¢ til para nds pereehé-l. spans Sens Reutais que o cérebro entio processa, gull, ii sp _3uullo que vemos consclentemente Cor oie? . ida assim notavel acontece? Fans suspeita éde que o univereo 6do apenas male ae ee {) Pzarre do que supomos, mas sim mais bizarto deme Jer aiuto conversio de uma forma de energia podemos expor.* Sutra. No caso da sensacso. 9 transformasio de 4.8.6. Haldane, Posibte Words, 1907 1 hergias de estimulo, tals como lures, eee . 5 ‘mpulsos neurais ue nosso cerebro pode mer eeeae Osman a i osc et tsensiblidadeestimulardocem constantemudanca A Entrada do Estimulo: Energia Lumino 31u82.2 coplicar 0 poder que a televisio tem de tee a fs MERE. Cortes, edicdes, zooms, panoramicas rahe Jnespe- Cientificamente falando, o que atinge nossos olhos no ex Fidos tudo exige atencao, mesmo dos pesauised oa nimi Mt pulsos de energia cletromapretes que nosso sist (aban conversa interessantes,ressalt Pocy Jaunenbaum visual pecebe como cor Ores como cor nada mates adaptacio sensorialssio apenst duas das caac. Sceisticas que os sentidos compartlam Toder ries Fecebem —_raios gama, Tal quae sensorial ea transformam em informmareeses as longas o: ral que € enviada ao cézebro. Como os sontiiee funcionam? AL fA rama, RH B 3 4 septs esaparecendo e| SEER PEER rece ce ge ©

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