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Estudo Teologia 7 Faetad
Estudo Teologia 7 Faetad
Teologia da História,
o Tempo e a Revelação
Numa das visitas ao sebo da Dona Margarete aprendi uma lição muito
curiosa sobre as bibliotecas pessoais: o maior perigo aos livros não são as traças,
mas as viúvas. Era uma tarde de sábado quando chegamos àquela riquíssima
livraria e logo nos deparamos com a velha livreira, que disse ao meu pai: “O
senhor veio no dia certo! Morreu um antigo professor de História da UERJ e
a viúva desfez-se de todos os livros. O maior mal às bibliotecas são as viúvas!”
Talvez não fosse o momento para gracejos, mas não houve como segurar o
riso, e nem a curiosidade: que pérolas literárias aquele sábio mestre não teria
deixado ao morrer?
Objetivos da Lição
Atividades de aprendizagem
Era sobre isso que Carr estava alertando: conforme é o historiador, será
sua história. Lamentavelmente, a verdade sobre os fatos é que eles podem ser um
pouco diferentes de como o papel os conta. O registro historiográfico inclina-se
às convicções e aos conceitos de quem o redigiu. Isso acontece à História, assim
como às outras ciências, apesar de os cientistas buscarem driblar a subjetividade.
O fato.
O relato de um fato.
A ciência que conta o fato
O fato
O TEMPO OBJETIVO 2
Defender a visão bíblica
do tempo que é sua
Um pouquinho de Filosofia não faz mal a ninguém: brevidade e o seu fim.
Por seu turno, a Teologia da História concebe o tempo como uma linha
finita, não uma espiral reticente. Nós, cristãos, alimentamos a expectativa do
arrebatamento da Igreja para o próximo segundo. Não trabalhamos com a
Mas não é só isso. Há algo ainda mais divergente entre a doutrina histórica
e a Teologia da História: o historiador admite o fim da vida, mas não do tempo; o
teólogo aguarda o final do tempo, mas não da vida. Para o historiador é fato, ainda
que distante no tempo, que a vida irá acabar. Ele espera que nalgum dia, em sete ou
oito bilhões de anos, o Sol se desgaste e, com ele, tudo o que conhecemos. O tempo
vai continuar, mas o mundo vai morrer – se eu fosse um desses historiadores, não
conseguiria dormir. O teólogo de História está alerta para a iminente extinção do
tempo, e para a maravilhosa continuidade da vida – ainda bem que eu sou crente!
Agora, atente aos dados da tabela Escalada de fomes em massa ao longo do tempo:
OBJETIVO 3 CONCLUSÃO
Demonstrar que o
interesse da Teologia é
responder definitivamente Numa palestra de Filosofia que assisti, ouvi dos lábios de um mui
aos anseios do homem. cansado e idoso professor esta sincera declaração: “As questões filosóficas
existem para não serem respondidas. Se alguém as solucionar, eu serei um
homem desempregado!” Claro que caímos às risadas, mas agora, diante da
necessidade de entender o destino da vida, isso já não parece tão cômico. Se
a doutrina histórica secular estiver correta, os seres humanos estão vivendo
sem objetivos, a não ser por suas metas pessoais e temporais – o que explica
o egoísmo que corrói o tecido social. Mas se a Teologia da História estiver
com a razão (e está), logo o mundo como entendemos e conhecemos vai ser
superado e virá o dia de vivermos uma vida fora do tempo, na eternidade. Deus
governa a História, e nela Ele faz cumprir Sua soberania.
1
Robin George Collingwood (1889 - 1943) foi um notório filósofo e historiador inglês. Sua obra mais relevante
foi A ideia de História, publicada após a sua morte em 1946. Ele costuma ser um dos autores mais recomen-
dados aos alunos dos primeiros anos dos cursos na área das Ciências Humanas.
____ 1. Atualmente não damos muito crédito àqueles que são apenas
especializados. É necessário que se conheça de tudo um pouco.
____ 2. A verdade sobre os fatos é que eles podem ser um pouco diferentes
de como o papel os conta.
____ 3. Os registros historiográficos inclinam-se às convicções e aos conceitos
de quem os escreveu.
____ 4. São dois os mais comuns entendimentos sobre o que é História: o
fato e o relato de um fato.
____ 5. O fato histórico é como um iceberg, e a data é apenas o cimo de gelo
que se vê em cima da água.
____ 6. Referente ao trato com o futuro, podemos dizer que o teólogo
primeiro idealiza o que poderia vir a ser, já o poeta afirma o que será.
____ 7. Para a Teologia da História, o tempo é o palco onde Deus faz
acontecer Seus desígnios.
____ 8. Temos que entender que os eventos históricos são cíclicos e
indefinidamente repetitivos.
____ 9. A Teologia da História concebe o tempo como uma linha infinita,
uma espiral reticente.
____ 10. O historiador admite o fim da vida, mas não do tempo, já o teólogo
aguarda o final do tempo, mas não da vida.
____ 11. O Teólogo de História está alerta para a eminente extinção do tempo,
e para a maravilhosa continuidade da vida.
____ 12. A história despreza o que ainda haverá, pois em seu entendimento o
tempo nunca acaba.
____ 13. Se a doutrina histórica secular estiver correta, os seres humanos estão
vivendo sem objetivos, a não ser as suas metas pessoais e temporais.
____ 14. Deus governa não governa a História.
____ 15. A vontade de Deus não é afetada pelos desejos e ações dos homens,
isso é a Soberania de Deus.
1. a) C
b) E
c) C
d) E
2. b) e c)