Você está na página 1de 24
4. GLUCIDOS Estruturas e metabolismo Aspectos da regulac¢ao metabdlica —————————————— Os gliicidos sao poli-hidroxialdeidos ou i : aan gerivados), ou polimeros susceptiveis wpe Sdroietons (coe ‘compostos. ir por hidrélise aqueles mistinguemse a5 8e% 0 glicidos simples, e os 6sit d origina varias ses. . & os ésidos, cuja hidrdlise Glicidos, agticares ou hidratos de carbono? Muitos destes compostos con stituem uma font bi - fe de energia aan ener paycy orenaky vTwénc) Outros desempenham uma fungio estrutural (china ce lose, quitina, Acido » , acido hialurénico). O termo hidrat oT zado, Esta ee ees (do inglés carbohydrate) tem sido també forresponderem & formula es ra de trl grado nena phen ule Cee ana en (ia O)a, mas na reaidade existe b desea composts erase etisdro gies desoxitribomucleicos, Tania ene Geel genio e 0 oxigénio nao se encontram na ae formula global roporgao de 2/1; acids compostos que contém a; por outro lado, classificam-se como ghicidos comp oe Quanto car, deve reservar-se para as oses simples ¢ ito ao termo agicar, di ‘ trissacaridos. Estrutura das Oses [As oses (ou monossacdridos) possuem varias fungdes alcool © uma fine redutora, aldeido ou cetona. Fungi aldeido Fungo cetona Tsomeria P ‘NP 1 Wen bon oa Projeccdes de Fisher das formas D (com 0 oxidrilo a direita) © L. (oxdsig esquerda) do gliceraldeido. O earbono C* € assimétrico. Estas duas formas so. imagem uma da outra num espelho plano — isémeros dpticos ou enantiémeros As relagdes configuracionais sio indicadas pelos prefixos De L, em maiisculas Representagdo em perspectiva 0. i OH — no plano - atrds do plano 2=— adiante do plano HOH2C’ ~OH HO? HHO iB H Gliceraldeido p Gliceraldeido L ‘A configuragao espacial das outras ose I S COM maior ni sono ¢igualmente correlacionada com a do 7 cat lero de 4 sliceraldeido Doup, MO™OS de lamentos da estereoisomeria Sobre os fundamen Lconsulte] , se necesséirio, qualque jvro de Quimica Orgénica, ne i menclatura A nomenclatura dos ghicidos segue os principios gerai a " rnomenclatura dos compostos organicos, einer Com o minimo de alteragdes possivel, Tendo essa nomenclatura sido estabelecida em lingua ingles, totna-se indispensivel proveder as alteragdes que se revelem necessriay, de for adapté-la& lingua portuguesa, Os nomes aldose ¢ cetosedevem serempregues num sentido genéico para evidenciar 0 caracter do grupo redutor, ou potencialmente redutor io monossacérido ou respectivo derivado, Numa aldase, 0 étomo de earbono «t fingio aldeido € 0 étomo mimero um; numa getose, 0 étomo de carbone en 9 mimero mais baixo possivel (nas cetoses que intervém no metabolicny fundamental & sempre 0 carbono 2), Para indicar o niimero de carbono da cadeia normal devem em Pregar-se os rnomes friose, fetrase, pentose, hexose, heptose, actose, nonose, etc. As oses que apresentem a configurago do étomo de carbono assimétrico dde numeragao mais elevada andloga a do D-(dextro)-liceraldeido pertencem i série configuracional Dy os que apresentem a configuracdo oposta pertencerio a série L. Aes . san Assim, as aldases pertencem a série D ou L conforme o oxidrilo ligado a0 carbono assimétrico vizinho da fungdo alcool primatia (ou seja, 0 earbong assimétrico mais afastado da fung2o redutora) possua uma configuragio idéntica ‘ido gliceraldeido D ou L (isto ¢, esteja projectado a direita ow a esquerda), Para indicar o sinal do poder rotatorio em condigdes determinadas antepbe-se destro ou levo, sublinhado ou em itélico, ou um dos sinais (+) ou (9. As modifieagdes racémicas (partes iguais de D e L) podem ser indicadas pelos prefixos DL (ou + , j& que so opticamente inactivas). Para certos jsomeros pode ser preferivel empregar-se o prefixo meso. Exemplos: D-Glucose ou D-(dextro)-glucose ou D-(+)-glucose D-Frutose ou D-(/evo)-frutose ou D-(-)-frutose DL-Glucose ou (+)-glucose Todas as oses que intervém no metabolismo apresentam configuragao D. Nos polissacdridos estruturais dos vegetais intervém, por vezes, oses L. E 0 caso da L-ramnose, nas pectinas. D-aldoses com 3 a 6 dtomos de carbong CHO HCOH don -| D-Gliceraldeido BD -Glice pe cHO CHo ton Hody HCOH ndon nou don Eritrose| D-Treose CHO quo CHo HocH n¢on Hody nou Hodn Hody non HCOH Con don Gnon OH D-Arabinose ae Dr CHO CHO CHO CHO HO Hon HOCH H¢OH HodH hou oan HodH HOCH H¢OH don HOCH ody | don HoH HCoH HCO HOGH HOCH HOCH yoy ndon H¢oH-H¢OH HCOH HCOH HoH Hoon doy Gpon Grow don Cron dnon MOH CHOH dy, D-Alose [D-Glucosd 7 D-Gulose D- D-Altrose [D-Manose] D-ldose As aldoses cujos nomes esto enquadrados intervém no A cada uma das formas D corresponde uma forma L, 4 Aldoses — relagdes de isomeria De um modo geral, a inversiio da confi estrutura para outra — em todos os carbonos enantiomeria Se a inversio ocorrer em apenas um carbon relagiode diastereoisomeria (ou diastereomeria). metabolismo fundamental, jue € a sua imagem no esp, figuracdo — na passagem de uma assimétricos origina uma relagio de 10 assimétrico, teremos uma ‘Aldoses — relagées de isomeria diastereémeros Cetoses No caso das cetoses, que possuem uma fun io a in No fie, €a configurasao do oxidrilo ligado ao carhen mata em cada a0 : cnet da fungi redutoa que caractri2aa série D ou pfreene assimetrico mais H20H = io = =0 ie Hod H sof H—C-OH ud on it 7 @ won CH20H H20H HQ) a CH2OH fulose D-Ribulose a ul D-Frutose Sedo-heptulose cetopentoses epimeras ou levulose (uma ceto-heptose) _ __ (uma ceto-hexose) (apenas diferem na configuracao de um dos dtomos de carbono; tb. D-glucose ¢ D-galactose no C-4 D-glucose e D-manose no C-2) Tanto as aldoses como as cetoses naturais ocorrem normalmente na forma D. Entender a BIOQUIMICA Estruturas dos gldcidos ° _ “Aldi i Representa sn en aseada na conv, alt oe 9 9 Baye Treose Eritrose 7 \ é ‘ 2 = Cte 9° ° 0H RARRS Lise “ilose —Arabinose Ribose B~C_on IN EN AN oat TtELTE E Manose, Galactose Glucose Di-hidroxiacetona D-Cetoses Remco * sali de Fisher) Eritrulose O= C=0 —= 0H 1 CHhOH Xilulose Ribulose we /\ J CHQ0H Di-hidroxiacetona Frutose a SE “a a ytura ciclica das oses ae gem aestrutura ciclica (Tollens) pas - : .,€ portanto no metabolismo, é aloe das ®S moléculas das ose esto, jo ocorte, apés hidratacdo, por elimin, psa oe TT que ficou ligado a0 carbono 1 das ald entte ° Or jigado ao peniltimo ou a0 antepeniit ° im yal uit = gio de uma molécula de loses (ou 0 catbono ? dae . mo carbono da estrutura Mea) segundo OH envolvido,tratar-se-i.de uma forma piranoee Conform? oP ranose. form’ ewe H, HL i. _ yt oH 20 won H-€-on ott NS» HO ——» HOCH 6 HH HO os eo | w20 H-Y—0H H-C-OH Hs. non CH2OH pa jlo ie Hidtato de aldeido pos ciclizaglo: semiaceral, forma glucopiranose (ponte osidica 1-5) No caso conereto da glucose, a ciclizagio pode fazer intervir tanto 0 catbono $ como na figura, onde temos uma forma piranose — como 0 carbono 4. Deve atender-se a que numa solugi0 aquosa de D-glucose se verifica um tuiltrio em que coexistem nao s6 os 4 isémeros (com larga predominincia dos 2 isoneros na forma piranose), como também vestigios de D-glucose na forma aldeido lve, 0 que explica algumas reaegdes caracteristicas dos aldeidos apresentadas pelas ses. O prefixo anomérico (a- ou B-) Narepresentagao ciclica verifica-se a existéncia de mais um carbono assimé treo (carbono 1, no caso das aldoses, e carbono 2, no caso das 2-cetoses). Conforme apusigio, na projecgao de Fisher, do oxidrilo ligado a esse carbono — do mesmo |hdo ou do lado contrario ao do oxidrilo que determina a classificagio em "D" ou "L" ~ leremos, respectivamente, 0 ismero ot ou o isomero . : a de Tollens, € para a série D, os j wntagao ciclica Aa doe 1S6me Na repre oxidrilo ligado 20 pee i (akdoses ou ao cares cr aqueles em a0 ‘3 direita (isto & do mesmo lado da ponte osfdicay'-% 2 a cotoses) so representados ‘com este oxidrilo & esquerda, Y “Gua sii ; isomeros i. xoanomérico ol- ou Br apenas | ser utlizado eM conju % i © pref racional DOU) € precede-o imediatamente lo om, prefixo Formas piranose tl Formas furanose [2] Glucose e frutose — isémeros & e B Formas furanose Formas piranose axD-Glacopranose B-D-Glucopiranose d-D-Glucofuranose B-D-Glucofuranose 11208 20H HOH on | Ht uo-¢-H | HO-G-H a H-C-OH 9 =H-C—OH O OH 0 n—C-on | H-C—OH HW — DOH D-Fruvopiranose_B-D-Frutopiranose rutofuranose cH: Cae Pa {il Pirano: HE fH [2]. Furano: HG oH ‘cHcH HCH Configura¢ao ciclica de Haworth Os grupos oxidrilo que figuram a direita, nas representagies de Tollens, si representados para baixo e os que figuram a esquerda so representados paracims. aa i‘ eeu © ciclo hexagonal da representagao de Haworth nao & plant conned tes de valéncia do dtomo de carbono, 0 eiclo pitino assume um conformatay it arco OU em cadeira; a forma "cadeira" & a mais cestével, Se 'masdo geralmente adoptada pelos monossacéridos. ea _ “MBS don elicit, em a configuracao de Haworth passag Derivados das oses Desoxirribose Uso do prefixo "desoxi" Quando um grupo oxidrilo de um monossacérido for substi de hidrogénio, 0 composto € designado pelo prefixo desoxi, entre pelo algarismo de posigao. A 2-desoxirribose é a aldose que intervém na est ribonucleicos (DNA). tuido por um étomo hifens e antecedido trutura dos acidos desoxir- (2-Desoxi-f-D-ribofuranose) Osaminas Possuem um grupo amina (—NH2) ou amina substituido (geralmente ‘sxetilado). Encontram-se frequentemente nos poliésidos. 0H cou WON “Ha! —o ae x] O11 VA i WNW i A outay Onn . you onN—{ 08 ony—f on H —_ 0 Hot " Oey _ DeManosaina W-ncet ge D.Galactoss (forma -neetitagy) “HOH lL—o 1 4 u on HL qh On 0 TF a "i non! Gatton ‘Acido N-acetilmurdmico (nome vulgar) ‘ou 2eacetamido-2-desoxi-d- --propanoil-a-D-glucopiranose Unde 0, Ne Sando om de hidrogénio dem grupo oxidriloaleodico estiver subg aad inaiiscula 0, seguida de hifen, imediatamente antes substi matpetante a0 substitute. Regra idénica aplica-se a substituigdes do ieee Tigado ao azoto ou ao enxofre (prefixos NV ou 8). rogénig Acidos aldénicos Os fcidos aldénicos, formados @ partir das aldoses por oxidagio ert eee COOH, podem ser designados substiinds 0 therade vatepondo a palavra écido, Os cloretos de dcido, amidas, ete , éseres, por -dnico ¢ lactonas, nittilos, sais, siio designados da forma convencional, goon COOH HCOH won HOCH HOCH HOOH oH HCOH COW HOH cio) Acido D-glucénico Acido 6-fosfoglucénico Outros decid janet Ani ae : melibiénico, icidos aldénicos: acido celobidnico, dcido lactobidnico, dcido + gructuos ae jdos urénicos ~ jormados @ partir das aldoses com um grupo terminal 0 Foy grupo a—COOHE 0 respectivo nome & formade po oxidas80 Cw por - uronico, antepondo a palavra dcido ao nome da sufix vosemiacetilico ou aldeidico & 0 carbono nimero um, r tbo cece " nti de" —CH2OH, por substituigao do ose. O atomo de tendo a silaba ur o a Representacdo abreviada ae ‘OOH da estrutura cictica HOCH HUOH —Oxidrilo semiacetatico Se 31 intervém, na forma fosforilada (dcido 6-fosfoglucénico), na sia das pentoses-fosfato um dos acidos urénicos mais vulgares e encontra-se em diversos polidsides. 1m certo nimero de compostos é eliminado pelos organismos superiotes sob fama de heterdsidos chamados glucurénidos (ou glucuro-conjugados), formados a panir do dcido glucurnico. Acidos aldaricos 05s écidos dicarboxilicos de agitcares (cidos aldéricos), formados por oxidagio das aldoses nos dois dtomos de carbonos terminais, so designados substituindo 0 sufixo "ose" por ~Arico e antepondo a palavra dcido. 00H HOOH HOCH HOOH HCOOH ‘00H Acido D-glucérico Acidos sidlicos 0s fcidos sidlicos ou neuraminicos si derivados (em geral acetilados) do deido neuraminico, formado pela condensagio de uma molécula de acido piravico (carbonos 1, 2, 3) com uma molécula de D-manosamina (carbonos 449). ae ois COOH =0 He HCOH | (a) Acido neuraminico H2N—CH HOCH | HOOH HCOOH H20H () ‘A cetilagdo do grupo amina do dcido neuraminico origina o cig rneuraminico. As outras acetilagSes, que conduzem a diferentes sciggy, “tl incidem em oxidrilos (em particular em 4.¢ 2). Os deidos sidicos say 0°, “ile, de diversas. glicoproteinas e glicolipidos. Existem também jeidec "Stunt Ss Ne neuraminicos. licosi. 1 COOH 2 C=0 3 Gi HCOOH | (a) CH. aa 4 on HOCH HOH ©) HoH HOH Acido N-acetiIneuraminico Vitamina C © termo vitamina C deve ser usado como termo genético pata todos os compostos que apresentem qualitativamente a actividade biolégica do Acido ascérbico. 6 CHL0H Hon A estrutura é caracterizada pela : i re - ue dupla ligacdo centre dtomos de carbono portadores, cada HO AD um detes, de um oxidrilo (enodiol). E 3 \t/ um composto que se oxida facilmente ‘c—t a dcido desidroascérbico (reaccéo % Ho reversivel), 0 que lhe permite parti- ; cipar nos processos de oxirreducio Acido aseérbico ot boi ou vitamina C Noutra representacao HOCH H20H [Acido L-ascérbico fsteres fosféricos das oses tam da esterificagao da fungao alcool primétia, Restpas as fungdes. Apresentam-se aqui os noi ou de i importantes, sendo Os respectivos nomes sist estrutur ieriores. asregrasam Glucose-1-fosfato 1 HOH 6 ®owe Na Ho, Frutose-6-fosfato * ou PO} en o= ide o oxidagéo r Sl a6 reducio a HK i Hod ‘H20H Acido. L-desidroaseérbieg do oxidtilo semiacetatico mes vulgares de s s algumas lematicos formados segundo esterificagdo da Sungai dleool ‘primaria 3 4 SH20 Onn) so do simbolo grifico ®)ou p X Glucose-6-fosfato Pont SNE no) on i Frutose-I ¢ 1 “H20 ) 2 ifosfato, que em solugdo aquosa e’ ao pH biolégico o radical fosforilo se ‘presenta protolisado Estruturas dos slicidos Glicésidos Um glicésido é um acetal misto resultante da troca de um hidr oxidrilo semiacetélico radical alguilo ov ari S nome forma-se substitvind 0 "final do nome do agdear pelo gu caloceado antes dessa palav7a, separado Por Um esP800 OU Por hifen th substituinte organico. fae sobre 0 uso dos prefixos glic-€ gluc Dpto lic (como em *gicsido") é wsado em sentido genético pa, qualquer agicar ou derivado, enquanto ‘gluc~" se refere especificamente & aces Mr uma forma cielica de uma aldose ou de ieee 49 arp, © Por Jo aromatico)- " ido, I do Exemplos: H on} He B-Metilglucésido ‘oMetilglucésido Glicerol Os nomes destes compostes (alditéis) resultam dos nomes da : : 8 aldo: pondentes, mudando o sufixo "ose" para -itol). oe Exemplos: oo a HCOOH - non Hoot Hog HCOH Ha HOOK ies HCOOH HOH gow 1 aa i201 CH20H, Zs D-Glucitol D-Manitol Glicerol ou sorbitol (derivado da (derivado da D-manose) De-glucose) ciclitols : glcoois ciclicos, existentes sobretudo nos tec’ go polidletante €0 mioinositol (ou meso-inositol), sosfolipidos (V. pag. 377). ‘idos vegetais. O seu i que ocorre frequente- rineiP* ciado 20S pete asso fr oH OH OH W H on | OW Mioinositol Representagao simplificada (meso-inositol) su epresentagd0_simplificada considera-se que o ane & planar e situado no plano a rs atomos de hidrogénio e grupos oxidilo acima e abaixo do plano, do pape’ Osidos Classificacao dos ésidos di-holésidos (ou dissacdridos) apenas | tri-holésidos oses s) - : poli-holésidos , 1 — Holisidos - cuja (ou polissacéridos) | Momopoli-holdsidos (1 hidrélise origina oses de tipos diferentes: heteropoli-holésidos (2) oses ou derivados: poli-heterésidos (ou heteropoliésidos) — Heterésides — por hidrolise originam, além de oses, compostos nao glucidicos (ou agliconas) {I] Para alguns autores, homopolidsidos DJid, heteropolidsidos i N\ Holésidos | ; Ea (oligossacaridos e polissacaridos) frido é um composto que, por hidrélise completa; one acirido, em nimero reduzido por moléeta (en! uni ie apresentam um grau elevado de Polimerizagioy ‘MNtraste we a ™ ‘os polissacaridos, qu A maioria dos oligossacéridos que ovorrem na natureza tém nop tradicionais (celobiose, lactose, ae melezitose, rafinose, ean ty sacarose), que thes foram atribuidos antes de as suas estruturas com, [Qtiose eacidas.Posteriormente, poderam ser-Ihesatribuidos nomes ragga sg Di-holésidos (ou dissacaridos) Nos di-holésidos (dissacdridos) Fedutores a Fungo semiacetéticg g oses esté empenhada numa ligacao osidica com um oxidrilo alcostig $e dee, substtuindo 0 cardeter redutor desta — o que confere cariicter redunog ae aus tor & mole do di-holésido, Os di-holésidos redutores mais importantes sig A molécule Maltose ¢ 4 lactose. Nos di-holésidos (dissacéridos) nao redutores as duas oses esti | Tiatss pp suas fangées semiacetlieas, pelo que o d-holésido nao possui poder ratte 0 caso da sacarose. a a Nomenclatura } \,,, gissacérido nao redutor pode ser designado, a partic dos seus constituintes, como um glicosilglicésido, e um dissacérido redutor coe glicosilglicose. Os nomes dos dissacéridos redutores também podem ser formmdge™ Scordo com o sistema abaixo, para os tri- ¢ oligossacaridos superiores, ne Lactose _ 6 extremidade redutora (0, Bow aldeido livre) , " | 1H, OH Representagao abreviada: H : Bt ; D-Galp'>" D-Glep ee Hn On ou B-D Galp (1>4)-D-Glep D-Galactopiranose B —_D-Glucopiranose Nome sistematico: B-D-Galactopiranosil-D-glucopiranose MUS Bllcidas extremidade redutora (01, B ou aldeido livre) Representacdo abreviada: a-1,4 D-Glep >"'D-Glep ou O-D-Glep (1 4)-D-Glep a Glucopiranose p-tucoiranos® oe some sistematico {qucopiranosiF D-elupiranose oD jacetilica livre dos holésidos nio redutores pode tomar ws funeto sfguragdes possiveis— a, B ou. aldeido livie Pee isso, nos rer das tres 1 108 anteriores ndo se especifica, em relagio no segune aos avis coy anomeria ou B— podendo ele’ser, mesmo, portador de imo (de g1008) oy aldeido -CHO. Sacarose — di-holésido ndo redutor ¢eD-Glucopiranosil-B-D-frutofurandsido ou a ' (toiese a terminagao dsido para os holésidos nao redutores) Representagao simplificada dos di-holésidos mais importantes Enzimas G-glucosidase Ou Befratosidage Gle sacarose = N° 2, Gle GleL Maltose No G-glucosidase YA Begalactosidas, e —_ Gal Gicl ow lactase a SS 0 LANs Celobiose Net Prttucosidase __ oxidrilo semiacetilico. — oxidrilo alcodtico =i Polissacaridos io constituidos por grande niimero de moléculas da mesma ose — jp “holésides (iomopolidsidos) ou de oses diferentes — heteropotstagtes i (heteropolidsidos). Homopoli-holésidos (homopoliésidos) Amido, amilose e amilopectina Sao glucosanas (constituidas apenas por unidades de glucose). © amido é a forma de reserva glucidica nos vegetais, podendo ser constinids apenas por amilopectina ou, mais frequentemente, por amilose e amilopectina, "H20H ‘H20H 'H20H, OH OH OH 0 ‘0. 0: ligagdes a I I Jucosidicas a-1,6 da i al etna ot ° Estrutura ramificada da amilopectina | ligacdes als 20H 10H H20H Ho | Gon ald , OH OH OH ‘OH OH 2 a 0 0. 0 a oH ou on ~nscnaer a BIOQUIMICA eo ligacdes are & glucosidicas a-1,4 Enrolamento helicoidal da amilose (estabilizado |e pontes de hidrogénio) so. Glicogénio Ea forma de reserva da glucose nos animais. A estrutura do glicogénio & idéntica 4 da amilopectina, apresentando porém mais ligacdes glucosidicas «-1,6, isto é, mais ramificagSes. 6, 0H 108 ROH HOH on ot Kou on a-l,6 bu ou H | yf 1408 . . i QOH ng gt 20H HOH hy on Kou on nt oa ot b= oS on ou on ou bu Estrutura do glicogénio Celulose E um dos compostos organicos mais abundantes da biosfera ¢ a principal substincia responsavel pela estrutura das paredes celulares dos vegetais. Nao ¢ hidrolisével pelas enzimas presentes no aparelho digestivo do homem ou de outros mamiferos, que nao dispoem de celulases. 33 No entanto, os ruminantes alojam, no seu tracto digestivo, b; digerem a celulose. » bactisiag > Que A celulose ¢ constituida por cadeias muito longas, formadas por y Mia, 3 4 D-glucose ligadas por ligagdes glucosidieas f-1,4. O monomer estrutural ¢ a celobiose. Celobiose B-D-Glucose B-D-Glucose 6 H20H B14 'H2OH 5 ay, Yau OH H 4K on ons on nf! H s I won HOH Cadeia de celulose 0H B ¥ ‘HOH ‘HOH HOH CHOH OH OH ‘OH OH ‘0. KOH n HO < ou oH ou on on Estas cadeias podem encontrar-se estreitamente associadas através de ligagdes de hidrogénio ou do tipo van der Waals e formar desse modo estruturas com, plexas, praticamente insoliiveis, que constituem a base da utilizagao industrial da celulose (fibras de papel, tecidos, etc.). Mas, além das pontes de hidrogénio que se vao estabelecer entre cadeias, também dentro de cada cadeia ocorrem estas ligagdes. CH2OH OH CH20H 'H20H OH Pontes de hidrogénio formadas no interior da cadeia Comentario is ‘ ac ” _ 7 4s Nites Bosal "cara tc que as adequa a construgio de fibras; pelo contrario, a hélice aberta — a qual também pode ocorrer, e que é formada a partir de ligagdes_o.— é adequada como fonte de glucose rapidamente acessivel (um exemplo é a digestdo da celulose por protozoarios alojados em térmitas). Configuracéo espacial das cadeias de celulose na rede cristalina Outros homopolidsidos pextranas — estes polidsidos sto constituidos por unidades de c-glucose jgads por 1,6. A esta cadeia principal estdo ligadas (por ligagdes 1,4) cadeias mais curtas. ; i Quitina — é um polimero linear constituido por unidades de N-f-D-acetil- lucosamina ligadas por B-1,4. ‘Alem das glucosanas ou glucanas (6sidos constituidos exclusivamente por residuos de glucose ou de derivados de glucose) encontram-se, entre os homo- polidsidos: ‘Arabanas— constituidas por unidades de c-arabofuranose, geralmente ligadas por 1,5, que se encontram nas matérias pécticas em conjunto com as pectinas. Xilanas — constituidas por unidades de xilopiranose, que se encontram nos tecidos lenhificados dos vegetais e so constituintes principais das paredes celulares. Frutosanas ou frutanas — como a inulina, constituida por unidades de frutofuranose Pectinas— polimeros do dcido D-galacturénico(ligagdes a-1,4), em que uma parte dos grupos carboxilicos se encontram na forma de metilésteres. As pectinas sio, depois da celulose e juntamente com as xilanas, os polissacdridos mais importantes das paredes celulares dos vegetais; aqui, porém, integram geralmente outra ose —a ramnose—, pelo que ja siio heteropolidsidos. Dextrinas— sao glucosanas resultantes da acgiio das a-e feamilases sobre a anilose ou a amilopectina, Heteropolidsidos A sua hidrdlise pode libertar, além de diferentes acidos urénicos, osaminas e Acidos sidlicos. moni °$saeétidgs 5 "7 a leuy Sao exemplos de heteropolidsidos, nos vegetais, as », q cadas formadas por D-galactose, L-arabinose, L-ramnose ¢ gun titra hemiceluloses (formadas por D-glucose, D-xilose, L-arabinece 2!!¢utinig ronico).. 8° © fcidg p get ‘ Bho “Bucy, Sao também heteropoliésidos os polidsidos que constitu bactérias como os pneumococos ¢ os estreptococos: 8 “psu le Estrutura de B i s-13] ura do polissac p-Gieau 2" p-Gle PS} | de um pneumocoey ito le lueose: GIAAU dct 9 A estas estruturas ligam-se oligo- ou polissacdridos (como os rridos, que teferimos a seguir), conjugados por sua vez com protei Estes compostos resultantes sao ja heteré: ucopolissars. MAS OU lipids Mucopolissacaridos ou glicosilaminoglicanos Acidos Os mucopolissacéridos (MPS) contém sempre uma osamina (D-elucos zalactosamina ou derivados) e um decide urénico (acido D-glucure L-idurénico ou derivados). Acido A ligagdo glucosidica do di-holdsido de base pode ser do tipo « (fy heparina-sulfato) ou do tipo f (em todos os outros) [v. estruturas na pag. see] Occaricter dcido resulta da presenga de grupos carboxilicos (écido hialudnio) ou sulfitricos, ou de ambos. Os MPS encontram-se sempre associados a uma cadsiz peptidica e intervém sobretudo na constituigao dos proteoglicanos de estrutura dos tecidos conjuntivos. Estes proteoglicanos sdo portanto heterdsidos (v. figura na pig seg.te) Heterdésidos Os heterésidos resultam da reacgdo de uma ose, através da sua fun acetilica, com um composto que nao é nem uma ose nem um derivado de ase A parte no glucidica ¢ designada aglicona. Sao especialmente abundantes ms vegetais, embora desempenhem fungdes importantes em todos os organismos 6 dicido glucurénico e, com Os glucuroconjugados sao heterdsidos cuja ose ¢ , * =i i cadeia peptidica formans todos os mucopolissacdridos, aparecem associados a uma macromoléculas que so proteoglicanos _pproteinas ¢ 0S glicolipidos, que constituem os gi as ges Mos cuja parte glucidica é chamada glicang, > 2M°°Mjugados, sag ‘aanbem . are Glisbsilaminoglicanos queso unidades da parte glean de proteoglicanos da superficie celular de organismos animaig HOH NHCOCH3 HON H NHcocHy ‘Acido hialurénico Condroitina-6-sulfato f ao HOH HOH 1208034 E ° = H po cooH 5 age” oH HL if NHCOCH3 H NHCocHs Dermatana-sulfato Queratana-sulfato 00H H20SO3H HY, Borde H 4 oH H OH Ho SOs -H NHSO3H Heparina-sulfato Um heterdsido: proteoglicano, constituido por residuos glucidicos (glicano) ligados a uma cadeia proteica Queratana-sulfato Condroitina-sulfato Desenho esquemético de um _ Acido Proteina de Proteoglicano da cartilagem, a "ialurénico constituigdo partir de observagao por micros- Ld j Copia electrénica realizada por ie I: Rosenberg em 1975. O dcido ee i lalurénico dispde-se como um 7 bite ie longo filament a ‘ emergeimento a partir do qual 8. moném ae eros. da Proteina de ligagao - A bactéria Escherichia coli adere as eélulas epiteiais 4 gra i Si issacari lo tracto int a lectinas que reconhecem unidades polissa ntesta (es caridicas da superficie das eélulas alvo. : (continua na pag. seg.) NeAcetilglucosamina| | Ae: N-Acettnardinsey PH2OH cont ico Parte glicano p> 1H e 0 L OH AcNH Oa ‘HCH; A mureina — um dos ‘0 constituintes das paredes NH bacterianas — é um L-Alanina HO—CH3 glicopéptido formado por a muropéptidos ligados uns 7 aos outros pelas respectivas a coon cadeias peptidicas. ACB if Representa-se aqui 0 glutdmico éptido de ou Ha muropéptido de Staphylococcus aureus. glutamina re =O NH meteneein L-Lisina HC—{CH)3—CH—NHp =0 NH D-Alanina nd_cHy 00H n [emcee ne ne BB ours ‘0 Representacao simplificada rt da estrutura acima L-Ala

Você também pode gostar