PROFESSOR: JOAB
TURMA: INFO 02
A antiga concepção política é uma extensão da ética e se aplica apenas à vida pública, ao
passo que a concepção moderna de política está tão entrelaçada com o poder que a
política significa poder, moderno ou não.
2) Poder é a posse dos meios que levam à produção de efeitos desejados.
Explique essa afirmação.
É uma instituição política, onde o aparelho administrativo leva avante, em certa medida
e com êxito, a pretensão do monopólio da legítima coerção física, com vistas ao
cumprimento das leis. Max Weber teve como objeto de pesquisa ou inspiração teórica a
análise da estrutura política alemã. A concepção de Estado para Weber estaria
relacionada ao controle do poder estatal por uma burocracia militar e civil. Para Weber
o Estado é: "Uma relação de homens dominando homens, mediante violência
considerada legítima". Para Weber há três formas de ação social: Tradicional, a
Carismática e a Legal. A partir de Weber, podemos derivar o seguinte conceito: Estado
é a instituição que, dirigida por um governador soberano, reivindica o monopólio de uso
legítimo da força física em determinado território, subordinando os membros da
sociedade que nele vivem.
5) Em que sentido pode falar de uma contraposição entre sociedade civil e estado?
ESTADO = Costuma ser entendido como a instituição que exerce o poder coercitivo (a
força) por intermédio pública como no Judiciário e no Legislativo.
SOCIEDADE CIVIL = Costuma ser definida como o largo campo das relações sociais
que se desenvolvem fora do poder institucional do Estado.
6) Qual deve ser a função dos partidos políticos em relação à sociedade civil?
Em sua opinião, eles cumprem essa função no Brasil? Pesquise e justifique sua
resposta.
Ditatorial: tem uma relação fechada com a população, geralmente o líder é algum militar,
ou alguém a favor desse regime.
8)Destaque os aspectos do pensamento político de Platão que culminam com a
ideia de um rei-filósofo.
Em seu livro, A República, Platão faz uma analogia entre o indivíduo e a cidade, pela
qual assim como as três partes do indivíduo (três almas: concupiscente, irascível e
racional) devem alcançar um equilíbrio entre sí, um equilíbrio hierárquico em que a alma
racional pondere, as três partes ou classes da cidade (trabalhadores, guardiões e
governantes) devem fazer o mesmo para alcançar a justiça. Durante a fase de
educação, que seria universal, cada indivíduo seria direcionado para uma destas
atividades de acordo com suas aptidões e os mais aptos continuariam seus estudos até
o ponto mais alto deste processo, a filosofia, a fim de se tornarem sábios e se
habilitarem a administrar a cidade. Aquele que pela contemplação das ideias,
conhecesse a essência da justiça, deveria governar a cidade: seria o rei-filósofo. Ele
não propunha a democracia como a forma ideal de governo e a sua justificativa para
essa posição está na alegoria da caverna. Somente aquele que saindo do mundo das
trevas e da ilusão, e buscando o conhecimento e a verdade no mundo das ideias,
poderia depois voltar para dirigir as pessoas que não alcançaram esse ponto.
Baseando na ideia de que o ser humano é um animal que não consegue viver
completamente isolado de seus semelhantes. Se o fizesse, não sobreviveria. Por isso,
viver em sociedade é um impulso natural do indivíduo.
Se o ser humano é por natureza um animal social, a sociedade deve ser organizada
conforme essa mesma natureza humana. O que deve guiar a organização de uma
sociedade é a mesma busca de cada indivíduo, que é, para Aristóteles, a felicidade.
Isso quer dizer que o objetivo da cidade e da política deve ser também a vida boa e
feliz dos seus habitantes, ou seja, deve ser a busca de um determinado bem,
correspondente aos anseios dos indivíduos que a organizaram. E esse é o bem
comum.
Foi a ideia de que os governantes seriam representantes de Deus na terra. Por isso o
direito de governar dos reis eram divinos, concedidos por Deus. A teoria que se formou
a este respeito na idade moderna, denominou-se teoria do direito divino dos reis. De
acordo com um dos seus principais expoentes, Bodin, a monarquia seria o regime mais
adequado à natureza das coisas, pois a família tem um só chefe, o pai; o céu tem
apenas um sol, o universo, só um Deus criador. Assim, a soberania do Estado só podia
se realizar plenamente na monarquia. O governante eleito deveria fazer tudo de acordo
com a lei de Deus ou seja, de acordo como a “Igreja” desejava. Já no início da idade
moderna o governante não fazia mais como “DEUS” queria, mas sim, como ele achava
correto.
Foi justamente o seu realismo político. Pela primeira vez se escrevia sobre a política
real sem a pretensão de fazer um tratado a respeito da política ideal, mas, ao contrário,
com o propósito de compreender e esclarecer os princípios da política como ela é.
Dessa forma, entendendo que a luta entre os poderosos e oprimidos, governantes e
governados existiriam sempre, evidenciou-se que seria uma ilusão buscar um bem
comum para todos. O objetivo da política seria na realidade a manutenção do poder.
Para isso, o governante
deveria usar de todas as armas, fazer aquilo que, a cada momento, se mostrasse
interessante para conservar ou chegar ao poder. Desmascarando sua lógica mostrou-
se que na política os fins justificam os meios. Assim, a política se constituía pela
primeira vez em uma esfera autônima, desvinculada da esfera da moral e da religião.
12) Hobbes entendia que o “'homem é o lobo de próprio homem”. Explique essa
tese e como ela o levou à sua concepção de Estado?
Locke fez uma reflexão mais moderada a respeito da teoria de Hobbes. Referindo-se
ao Estado de natureza como uma condição na qual na falta de normatização cada um
seria seu próprio juiz o que levaria a problemas.
O Estado seria criado para garantir que a liberdade dos direitos naturais, vida e
propriedade aos indivíduos. Contrário de Hobbes, Locke concebe a ideia da sociedade
política para manter os direitos naturais.
Rousseau, por outro lado, foi mais além, glorificando os valores da vida natural, e
exaltava a liberdade que o selvagem teria desfrutado na pureza do seu estado natural.
Investigando, Ele então defende a tese de que o único argumento político para o poder
é o pacto social. Onde cada um deve se submeter à vontade geral do governante, onde
o interesse é o bem comum. Assim cada um deve obedecer as leis, assim se obedece
à vontade geral e consequentemente a si mesmo.
Ele criticou a ideia de que a concepção liberal do Estado parte da ideia do indivíduo
isolado e que depois se organizou a sociedade. Para ele, o indivíduo é um ser social e
encontra seu sentido no Estado. Para ele não existe ser humano em estado de
natureza, mas unicamente o ser social que só encontra o seu sentido no Estado. E o
Estado vem antes do indivíduo.