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UBERABA
2021
ARTE COMO RECURSO MEDIADOR E ESTUDO NAS ATIVIDADES
DO ENSINO RELIGIOSO COM BASE NOS SABERES DOCENTES
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim
elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita
de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou
daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e
assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª
Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- Esse trabalho pretende levar ao conhecimento e discussão com arte de representar é tão
antiga quanto a religião, e porque não dizer, a própria humanidade. Nossos antepassados se utilizavam das
artes cênicas quando praticavam seus ritos de magia ou para louvar aos seus deuses, utilizando-se de
movimentos corporais, pinturas e elementos musicais. A arte é capaz de transpor o tempo e o espaço, ela
tem algo de transcendente, que nos leva para além dos limites físicos. É possível observar como o ensino
religioso e as artes se relacionam, possibilitando o aprender e ensinar de forma significativa e prazerosa. De
uma forma criativa a arte é um recurso mediador nas aulas de ensino religioso, pois ela não é somente um
elemento formador do patrimônio artístico cultural de uma sociedade, mas também uma forma de
comunicação transmissora de sentimento, entendida e construída como conhecimento do mundo cultural
historicamente elaborada pelo ser criança, jovem e adulto.
A arte é o foco central dessa reflexão, na intenção de que, o exposto aqui possa
servir de subsídio não somente para o Ensino religioso, mas para que outras disciplinas
possam também desenvolver seus conteúdos de uma maneira mais dinâmica e dentro de
uma proposta interdisciplinar.
De acordo com as experiências obtidas e desenvolvidas assistematicamente não só
durante as aulas dos estágios anteriores, mas também atuando como professora nas
series finais do ensino fundamental com a disciplina de ensino Religioso, permiti a mim
mesma pesquisar um pouco sobre as artes, o que veio de encontro com a minha pratica
docente no estágio. Apesar da complexidade de informações sobre o tema, acrescida pela
inexperiência no trato da implementação das artes nos conteúdos de ensino religioso,
entendi que abordar a artes, mesmo que não ampliada, abre possibilidades de analise e
incita não só a mim enquanto educadora, mas a outros reordenar, recriar a arte e a tarefa
de ensinar / aprender com paixão e ousadia.
Dentre os muitos conceitos de arte, neste trabalho me refiro á arte de expressão de
construir, fazer trabalhar, como expressão de sentimento, uma arte entendida e
construída como conhecimento do mundo cultural historicamente elaborada pelo ser
criança, jovem e adulto.
Na perspectiva de uma educação para a cidadania plena, o Ensino Religioso
Escolar como área do conhecimento na educação básica, sustenta que como pressuposto
educacional e, não como argumentação e prática religiosa, são considerados importantes
estes estudos para a formação integral do ser humano. No entanto, esta área do
conhecimento está prevista pela legislação, e inclusa na formação do cidadão, nos
currículos da educação básica, e, não prevê critérios de formação inicial docente, sendo
ministrada por profissionais de diversas áreas de conhecimento.
Lamentável perceber que, na região sudoeste do Paraná, escolas de rede privada e
redes municipais substituíram esta disciplina por outras áreas como informática na
educação, língua estrangeira, ampliação da carga horária em língua portuguesa e, outras
práticas. Questionados sobre esta atitude, todas justificaram que não tem professores
preparados ou que se desafiaram a ministrar a disciplina, e, como não se tem claro o
objeto de estudo da área, tem dificuldades de esclarecerem às famílias, pois as mesmas
tem ainda uma compreensão que o conteúdo de Ensino Religioso Escolar abordaria uma
confessionalidade religiosa.
O pressuposto pedagógico que sustenta a proposta do Ensino Religioso na escola,
com as diferentes crenças, grupos e tradições religiosas e/ou na ausência deles e sem
proselitismo, é dado como antropológico e sociocultural, capazes de fundamentar e
interpretar as ações humanas. Cândido (2002), ao abordar historicamente o contexto da
educação cidadão afirma:
Nesse aspecto, é possível ver que a arte desde a infância contribui para a
socialização do individuo . A partir do envolvimento com os colegas em sala de aula e
trabalhando os temas da cultura local, participando da realidade e saberes da
comunidade, ele consegue produzir novos valores e atitudes, além de compreender
melhor o seu papel de cidadão.
Behrens (2004, p.10) explica que a escola: “passa a ser desafiada a oferecer
processos pedagógicos que tenham como foco a aprendizagem nas suas múltiplas visões
e dimensões”, e apresenta que os professores percebem esta necessidade, porém, alguns
encontram dificuldades para efetivarem a transformação no processo ensino e
aprendizagem, pois encontram arraigados nas escolas os paradigmas conservadores,
derivando um pensamento fragmentado e reducionista que foram úteis em outros tempos
da história.
Ao alertar sobre as múltiplas visões que devem ser consideradas nas práticas pedagógicas,
apresentando-as como sendo a: visão de totalidade; visão de rede, de teia e de conexão; visão de
sistemas integrados; visão de relatividade e movimento; visão de cidadania e ética; visão coletiva
O contexto atual apresenta um terreno muito propício para uma reflexão aprofundada da ação
docente e também da sua formação, visto que a própria exigência externa provoca ou
estimula novos estudos, novas práticas pedagógicas. O contexto tecnológico também
fomenta novas perspectivas pedagógicas, novos olhares sobre o mundo da educação, mundo
visto do ângulo escolar, do ângulo do desenvolvimento humano e social, da ética, do ângulo
dos desafios curriculares e das políticas públicas, do ângulo das concepções a pedagogia.
Gauthier (2013, p. 19) “A ciência do ensino é muito mais uma ideia a ser guardada no velho
baú das utopias educativas do eu uma tarefa já concretizada”.
OLIVEIRA, L.B. et al. Ensino Religioso: no ensino fundamental. São Paulo: Cortez,
2007. 175 p. (Coleção Docência em Formação – série Ensino Fundamental).
CÂNDIDO, V. C. Aprendendo a ensinar. In: Diálogo. Agosto. Ano VII – n. 27. São
Paulo: Pia Sociedade Filhas de São Paulo, 2002.