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iH < e j|2 ‘ 03 05 06 07 08 10 12 13 13 14 15 17 21 24 25 29 31 32 36 38 40 42 45 45 49 49 53 56 60 62 64 65 67 68 69 72 Apresentacao do sistema IAW 1 ABG Estratégias de controle do sistema Particularidades do sistema _ G Principal diferenga do sistema IAW 1 ABG em relagao a outros sistemas Funcionamento geral Localizacéo dos principais sensores Central eletrénica Subsistemas Sistema de admissao de ar Filtro de ar do motor Corpo de borboleta Atuador da marcha lenta (motor de passo) Sensor de posigao da borboleta de aceleragdo Coletor de admissao Sensor de pressao absoluta Sensor de temperatura do ar admitido Sistema de alimentacgao de combustivel Bomba elétrica de combustivel Filtros de combustivel Tubo distribuidor de combustivel Regulador de pressdo Injetores de combustivel Sistema de ignicéo Bobina de ignicéo Outros componentes Sensor de oxigénio (sonda Lambda) Sensor de temperatura do motor Sensor de rotacgao e de PMS Sensor de fase Sensor de detonacao Sensor de velocidade Valvula de alivio do canister Interruptor inercial Fiat Code Tabelas de valores ideais Esquemas elétricos Caro Amigo, Vocé esta recebendo mais um médulo da série VIDEOCARRO - INJECAO ELE- TRONICA, desta vez trazendo o sistema IAW 1 ABG, que equipa o Palio 1.6 16V. Bastante solicitado por nossos clientes, esse sistema € explicado aqui com a clareza e riqueza de detalhes que sempre caracterizam os produtos SETE. Todas as informagoes sobre componentes, sub- sistemas, testes, tabelas e circuitos elétricos vao deixa-lo preparado para atender novos clientes com eficiéncia e qualidade. Como vocé podera notar, o projeto grafico do manual foi reformulado. O objetivo é tornd-lo mais informativo, incluindo mais imagens e melhorando a telagéo entre o texto e as ilustragdes. _ Além disso, 0 padrao estético também sofreu alteracces, de modo a deixar o material mais agradavel de se ver. Assim a SETE - com a filosofia de evoluir mpre, procurando atender as expec- _ tativas do nosso cliente mais exigente. $6 assim poderemos continuar mere- ndo seu respeito e sua confianga. Bom proveito! arcio: Patrus resiclente da SETE EMPREENDIMENTOS Fiat Palio 1.6 16V O Fiat Palio 1.6 16V fabricado no Brasil 6 equipado com eletrénico fabricado pela Magneti Marelli-Weber, denominad ABG, para controlar simultaneamente a mistura do combustivel ignigao do motor. | Esse sistema pertence & categoria dos sistemas de ignicao elt digital, de avanco e distribuicao estatica, integrados com um siste jecao eletrénica de combustivel, que nao emite cédigo de fa por lampejamento, sendo necessaria a utilizagao de um scanner: que possam ser verificadas suas eventuais falhas de funcionamenté ee podendo nao conferir com as indicagées presentes Para confirmar esses valores, contacte o fabricante do O sistema IAW 1 ABG é um sistema do tipo MPI (multipoint), ou seja, possui um injetor de combustivel para cada cilindro do motor, situados no coletor de admissao, posicionados sobre as valvulas de admissao de cada um dos | cilindros. Os injetores atuam de forma seqiiencial fasada, obedecendo ao comando de 4 uma central eletrénica, injetando combustivel em um cilindro de cada vez, no periodo da abertura das valvulas de admissdo desse cilindro. Essa forma de posicionamento e de funcionamento dos injetores, permite o fornecimento de uma quantidade exata de combustivel para se misturar ao ar admitido, obtendo-se desta forma uma mistura ideal para cada momento do funcionamento e de exigéncia do motor. Isto pode ser conseguido porque o controle de todo o sistema é feito por um programa pré-estabelecido da central eletrénica. Essa central eletrénica, além de determinar a mistura ideal, determina também 0 ponto de avango da ignigéo mais apropriado para o motor, em todas as suas condicées de funcionamento. Para que isso ocorra, ela obtém informacées constantes dos seguintes pardémetros: 41, Regime de rotagao instantaneo do motor; 2. Posicao de cada par de pistdes em relacéo ao PMS do cilindro 1; Temperatura do ar admitido; Posicao da borboleta de aceleracao; 5, Temperatura do liquido de arrefecimento do motor; 6. Relagdo efetiva da mistura através do sinal do sensor de oxigénio (sonda Lambda); 7. \acuo existente no coletor de admissao; 8. Velocidade do veiculo; 9. Tensao da bateria, 10. Acionamento do compressor do condicionador de ar (se houver). Aw Estas informagoes sao geralmente do tipo analdgico, sendo convertidas em sinais digitais pelos conversores analdgicos/digitais (A/D) existentes na central eletrénica, para poderem ser utilizados por ela. Por fim, 6 importante lembrar que o sistema de injegdo/ignigdo nao precisa de nenhuma regulagem, sendo de tipo autorregulavel e autoadaptativo. @ ESTRATEGIAS DE CONTROLE DO SISTEMA Dentro da memoria da central eletrénica ha um programa (Software) de controle, composto de uma série de estratégias que comandam separadamente e com grande precisdo as fungGes de controle de cada componente ou sub- sistema, Utilizando as informagGes (input) ja enumeradas, cada estratégia elabora uma serie de parametros, baseando-se nos mapas dos dados memorizados em areas especificas da central eletrénica e, em seguida, comanda os atuadores (output) do sistema, que sao os dispositivos que fazem com que o motor funcione, tais como: ee 5 eletroinjetores; A bobina de ignicao; As eletrovalvulas de diversos tipos; © atuador da marcha lenta A eletrobomba de combustivel; do motor (motor de passo); comando. O relé duplo de A central eletrénica controla também a rotagéo de marcha lenta do motor, compensando todas as situagGes diferenciadas, como: motor frio, motor quente, diferenga de pressio atmosférica, acionamento do sistema de ar condicionado (quando houver) etc.. Também comanda o corte do combustivel em siluagao de freio motor e o corte da ignigao (e conseqiientemente do combustivel) quando a rotagéo do motor ultrapassa os limites de seguranga, ou Se)a, por volta de 6.500 RPM. PARTICULARIDADES DO SISTEMA Como inovagao técnica, esse sistema traz consigo uma estratégia auto- adaptativa, também chamada de auto-aprendizado, que permite a correcao automatica dos principais parametros de funcionamento do motor, tais como avanco do ponto de ignigdo, tempo de injecao etc., visando adequar o sistema ao envelhecimento dos componentes e do préprio motor ou as variagoes da qualidade do combustivel utilizado. IMPORTANTE: * O auto-aprendizado faz com que os valores da programacao interna da central eletrénica sejam reavaliados e reformulados todas as vezes que a ignigdo é desligada. * Para fazer com que essa programacao retorne ao seus valores iniciais, € preciso fazer uso de um scanner que permita a verificacao e a alteracao do programa interno da central eletrénica. CUIDADOS °As correcdes memorizadas pela central eletrénica ndo sao perdidas, mesmo quando ocorrer o desliga- mento da bateria do veiculo. * Esta estratégia de “aprendizado" é desativada durante as aberturas da valvula de alivio do canister. * Se acentral eletrénica for substituida, é preciso deixar o motor devi- damente aquecido funcionar por algum tempo em marcha lenta para que a nova central eletronica absorva Localizacao da Central Eletrénica ‘os valores atuais dos componentes. * As corregoes dos varios regimes de funcionamento do sistema como um todo so absorvidas pela nova central eletrénica durante 0 uso normal do veiculo. * Ao ser acionado o motor pela primeira vez depois da bateria ter sido desligada, havera uma oscilagao na rotacdo de marcha lenta, ja que a central eletrénica perde esse parametro. Havera necessidade do motor funcionar por um determinado periodo para que a central eletrénica volte a reconhecer as necessidades do conjunto em relagdo a marcha lenta do motor. 6) PRINCIPAL DIFERENGA DO SISTEMA IAW 41 ABG EM RELAGAO A OUTROS SISTEMAS O sistema IAW 1 ABG, da mesma forma que o sistema IAW 1-G7 montado nos motores 1.0 € 1.5 do Fiat Palio, nao utiliza distribuidor de ignicéo convencional. A alta tensdo é gerada por uma bobina dupla, que corresponde as duas bobinas presentes no sistema IAW 1- G7, estando montada numa mesma estrutura. Essa bobina dupla atua sob 0 comando da central eletrénica, sendo que cada uma de suas duas dreas fornece centelha simultanea aos pares de cilindros, que efetuam movimentos iguais mas com funcao diferente. Esse tipo de trabalho substitui 0 distribuidor convencional com as vantagens de nao existirem fugas de alta tenséo e nem haver componentes mecanicos que sofram desgastes periddicos. Outra vantagem deste sistema é que alta tensdo nao precisa ser gerada com muita antecedéncia, ja que o caminho do sinal da centelha é mais curto. Além disso, exige um avanco de centelha menor e por conseqiiéncia mais perfeito. Essa caracteristica diminui as perdas que normalmente existem nos sistemas convencionais. O sistema possui 16 valvulas, sendo 2 de admissao © 2 de descarga, As velas estéo localizadas no centro da cimara de combustéo, que contiibui para uma queima mais hemogénea da mistura dentro do cilindro, Este sistema é muito simples e alia as mais modernas tecnologias eletrénicas e mecanicas. Sua base é 0 aproveitamento dé periodos de funcionamento dos quatro tempos dos motores de ciclo Otto para conseguir um controle eficiente da mistura ar/combustivel, e um momento de explosdo muito preciso, de acordo com a necessidade do motor a cada situagéo de funcionamento. O resultado é a concretizagaéo de uma filosofia de trabalho que gerou um sistema de grande eficiéncia. FUNCIONAMENTO GERAL DO SISTEMA Como ja foi dito, o IAW 1 ABG é um sistema digital muito moderno, que usa a tecnologia Speed Density (rotagéo-densidade). A central eletrénica monitora, a cada 180° do girabrequim, a massa de ar admitida, a rotacaéo do motor e a exigéncia a que o motor estd sendo submetido, calculando com muita preciso a quantidade de combustivel necessdria para a mistura e o avanco ideal da centelha das velas para cada momento do funcionamento do motor. Central Eletrénica Os gases de escape dos veiculos equipados com esse sistema sao monitorados por uma sonda Lambda montada no sistema de escapamento. Essa sonda monitora e analisa a composicgao desses gases e comunica os valores a central eletrénica. A central, com base nessas informagées, ajusta o funcionamento do sistema como um todo, buscando permanecer o maior tempo possivel dentro do estreito limite de Lambda 1. Esta atuagao é chamada de funcionamento em close-loop (circuito fechado). Cartucho Kaptor Assim como a mistura de combustivel é monitorada através do teor dos gases do escapamento, 0 avango da centelha também possui um verificador final, que € 0 sensor de detonacao. A central eletrénica determina e aplica um avancgo ideal para a ignicao com base nas informagées dos varios sensores do sistema, buscando o ponto ideal de centelhamento das velas, de acordo com seu programa interno. Porém, no caso da ocorréncia de detonacao, a central eletronica é avisada pelo sensor de detonacao e ajusta a curva do avango. Esse ajuste pode ocorrer tanto individualmente, ou seja, em cada um dos cilindros do motor, como em todos os cilindros simultaneamente. Isto permite um projeto de motor mais ousado, aplicando-se uma taxa de compressdo mais elevada, para se tirar maior proveito da explosdo da mistura nos cilindros, e também para adequar 0 motor ao combustivel utilizado. O sistema IAW 1 ABG também possui um sistema Recovery ou Go Home ("Volta a casa"), que substitui a falha de alguns dos seus sensores por valores médios fixos pré-gravados na meméria do sistema Recovery, permitindo ao motor manter-se em funcionamento até que o veiculo possa chegar numa oficina e efetuar os reparos necessarios. Essa situagéo de irregularidade é alertada ao motorista através de uma lampada que se acende no painel do veiculo (lampada de aviso de defeito). Para se analisar as falhas deste sistema, além das ferramentas tradicionais como. multimetro e caneta de polaridade, é indispensdvel a utilizagéo de um scanner com programa avancado, pois esse sistema nao emite cédigo de falhas por lampejamento e modifica-se periodicamente, exigindo o uso desse ferramental para ajustar seu programa-base. Jogo de chaves tors e alicate de ponta 9) 3) G Atuador de Marcha Lenta (motor de passo) jensor de Posicio ds Boruote a Aceleracao Corpo de Borboleta Sensor de Temperatura do ar admitid Tubulagao de Combustivel Bobina Dupla Injetor de Combustivel CENTRAL ELETRONICA SUBSISTEMAS Como todos os sistemas de injegdo e ignigéo monitorados eletronicamente, este também tem seus subsistemas, que funcionam independentes um do outro, mas que atuam como um conjunto no final, sob a coordenagao da central eletro- nica. Por isso vamos analisar cada uma dessas areas e seus componentes, para podermos conhecer o sistema como um todo. Pelo que ja foi relatado, 0 componente principal do sistema, como ja indica seu nome, é a central eletrénica. Por ser um componente eletro-eletrénico, ela natural- mente precisa ser alimentada com corrente elétrica para exercer sua fungdo. Essa alimentagao é feita pela bateria do veiculo, e por isso, reforgamos constantemente a Central Eletrénica importancia do estado e condicées da bateria, assim como do sistema de carga da bateria, itens que devem ser analisados periodicamente, como indicamos em nosso video “Manutengées Preventivas”. Para que a energia elétrica da bateria chegue a central eletrénica, ela passa pelo controle da chave de ignicdo, da central eletronica de seguranca contra roubo denominada Fiat SISTEMA DE ADMISSAO DE AR CODE (quando houver) e por um relé duplo, que tem seu funcionamento amplamente demonstrado em nosso Video, Manual e Este sistema 6 responsdvel pelo ar que é admitido no motor, que sera misturado CD-ROM Méddulo XI (Palio 1.0/1.5). ao combustivel para formar a mistura que permitiré ao motor efetuar seu trabalho. Bateria O ar é absorvido pelo motor em fungéo da diferenga entre a pressao atmosférica e 0 vacuo criado pelo movimento dos pistes. A quantidade de ar admitida € controlada pela abertura maior ou menor da borboleta de aceleracdo, que encontra-se localizada no corpo de borboleta, sendo acionada através do pedal do acelerador, comandado pelo motorista do veiculo. No Palio 1.6 16¥, a central eletronica esta localizada dentro do veiculo, no lado direito, sob o painel, a frente do lugar do passageiro acompanhante do moto- rista. Lotalizaglo a Central EletrGnica Destaque: sistema de admissao de ar 13, COMPONENTES DO SISTEMA DE ADMISSAO DE AR CORPO DE BORBOLETA FILTRO DE AR DO MOTOR Nesse componente encontra-se uma ao = valvula de borboleta, que atua sob o © comando do motorista do veiculo ¢ fp determina a quantidade de ar admitida no motor. O ar admitido no motor passa primeiramente por um filtro, que tem a fungdo de absorver as impurezas fisicas desse ar. E sempre importante lembrarmos da importancia desse filtro para o funcionamento e para a vida util do motor como um todo. fer quantidadé de cadena é quem determina a rotagéo desse motor, e como conseqiiéncia a velocidade do veiculo. Destaque: Corpo de Borboleta COMPONENTES MONTADOS NO CORPO DE BORBOLETA 1-Conjunto de alavancas de comando da borboleta de aceleracao 2-Batente de encosto da borboleta de aceleracdo 3-Mangueira de entrada do liquido de arrefecimento do motor, no corpo de borboleta 4-Mangueira de saida do liquido de arrefecimento 5-Sensor de posigéo da bor- boleta 6-Borboleta de aceleragéo DEFEITOS MAIS COMUNS * Saturacao do filtro de ar, fazendo com que a mistura se enriquega em demasia e diminua a poténcia do motor. * No caso do veiculo passar por um alagamento, 0 filtro de ar absorve Agua em vez de ar e satura-se de imediato, fazendo o motor parar de funcionar. Depois de filtrado, o ar admitido passa pela borboleta de aceleracao, que esta localizada no corpo de borboleta IMPORTANTE: Um dos pontos basicos desse componente € o fato de que a posicéo do batente da borboleta NUNCA deverd ser alterada, porque essa posicdo é regulada de fabrica em um processo unitdrio, que nao deve ser modificado. 4) DEFEITO MAIS COMUM Motor com alta rotagéo de marcha lenta, causada por: a) Borboleta de aceleragéo que nao se fecha totalmente pela existéncia de sujeira no interior do corpo de borboleta, permitindo uma entrada de ar maior para a marcha lenta, fazendo com que o motor trabalhe acelerado, mas sem alterar a mistura porque o sensor de posigao da borboleta ira identificar a posicdo real da borboleta. b) Folga por desgaste no eixo ou no mancal do eixo da borboleta, nao permitindo que a borboleta se posicione de forma ideal. Este defeito podera causar outros problemas, tais como: . Desgaste prematuro do sensor de posicao da borboleta. . Posigéo errada do sensor de posigao da borboleta, fazendo com que ele informe uma posigao errada da borboleta para a central eletrénica, alterando a rotagdo e a mistura da marcha lenta do motor. Noes Faca aqui suas anotacoes: ATUADOR DA MARCHA LENTA (Motor de Pass: No corpo de borboleta é encontrada uma pas- sagem secundaria para O ar, passagem essa que contorna a borboleta de aceleracdo (by-pass). Quando o motor esta trabalhando em regime de marcha lenta, a borboleta de aceleragdo se mantém fechada. O ar necessario para a mistura que mantém a rotagéo de marcha lenta passa entao por esse canal, sendo dosado pela acao de uma valvula chamada de ATUADOR DA MARCHA LENTA ou MOTOR DE PASSO, cuja agéo € comandada pela central eletrnica. A fungao do motor de passo € permitir uma entrada maior ou menor de ar para a mistura, compensando as varias situagées de funcionamento do motor, como motor quente, motor frio, carga de bateria baixa, peso da acao da direcdo hidraulica etc. ‘Atuador de marcha lenta: Tocalizagao e detalhe FUNCIONAMENTO O motor de passo é composto de um motor elétrico’ com duas bobinas, e que tem a possibilidade de girar nos dois sentidos. No seu eixo com rosca é montada a valvula bloqueadora. A central eletrénica emite pulsos para as duas bobinas alternadamente, e desta forma consegue girar 0 eixo do motor para a \ esquerda ou para a direita, movimentando a valvula bloqueadora que por sua vez abre ou fecha a passagem de ar, na medida da necessidade do motor. leste realizado com ohmimetro 17) Durante as aceleragdes, o by-pass é aberto de forma a permitir uma grande passagem de ar pelo seu duto. Nas desaceleragdes, quando a central eletrénica identifica a posigaéo de borboleta fechada, rotagéo alta do motor e grande depressao no coletor de admissdo, ela determina 0 fechamento da valvula bloqueadora, proporcionando uma desaceleracdo progressiva com emissoes reduzidas. Esta situagdo é chamada de Dash-Pot. Pontas de prova junto ao atuador de marcha lenta Quando a ignicao é ligada, a central eletrénica orienta-se exclusivamente pela informagao de temperatura do motor para posicionar o motor de passo e pré- ajustar a marcha lenta. Mesmo depois do motor entrar em funcionamento, a central eletrénica ira modificar a posigao da valvula bloqueadora do motor de passo em fungao principalmente da informacao das variac6es da temperatura do motor. TESTES DO MOTOR DE PASSO TERMINAIS DO MOTOR DE PASSO Usando um ohmimetro, deve-se veri- ficar a continuidade e a resisténcia das bobinas. Os terminais dos cabos do ohmimetro devem ser ligados aos dois terminais centrais do conector do motor de passo (40 e 3). O valor obtido deve ser entre 45 e 65 ohms. @) Teste do atuador de marcha lenta Ligam-se depois os dois terminais do ohmimetro nos dois terminais externos do conector do motor de passo (20 e 21). O valor obtido devera ser o mesmo, ou seja, entre 45 e 65 ohms. ° c ‘Multimetro mostrando valor obtido em cada teste Se em alguma das medigées for encontrado circuito aberto (infinito), ou se a resisténcia ultrapassar em mais de 10% os valores indicados como ideais, o motor de passo devera ser substitufdo. Com o motor de passo montado no motor e seu conector elétrico ligado, efetue o teste de comando da central eletrénica. Caneta de polaridade utiizada no teste de comando Usando uma caneta de polaridade, verifique cada um dos 4 fios de acionamento do motor de passo durante o acionamento da partida do motor. Nos 4 fios, os 2 LEDs da caneta deverao piscar durante a partida do motor. Se somente 2 ou 3 fios emitirem sinais de piscadas na caneta de polaridade, siga os seguintes passos: Os dois LEDs devem piscar 20 acionar 9 motor de partida 1.Examine os conectores elétricos do motor de passo para verificar se nao existe mau contato. 2.Faca o teste de resisténcia e continuidade das bobinas do motor de passo. 3.Examine a continuidade entre os terminais do conector do motor de passo e os terminais da central eletrénica. (49 DEFEITOS MAIS COMUNS * Bloqueio do eixo nos seus mancais, por motivo de sujeira ou desgaste, fazendo com que o motor de passo nao obedeca ao comando da central eletrénica, causando uma rotacao de marcha lenta errada ou irregular. * Mau contato nos terminais do conector, fazendo com que o motor de passo no receba 0 comando da central eletrénica, causando também uma rotagéo de marcha lenta errada ou irregular. * Sujeira na valvula de bloqueio, causando uma diminuicéo na area da passagem do ar e uma rotacdo de marcha lenta irregular, geralmente baixa, com mistura rica. Faga aqui suas anotagdes: SENSOR DE POSIGAO DA BORBOLETA DE ACELERAGAO O sensor de posigao da borboleta de aceleragao é um potencidmetro (resistor variavel) que esta fixado ao corpo de borboleta, de forma a ficar acoplado ao eixo da borboleta de aceleragdo, sendo acionado por ele. Tem a fungdo de informar a central eletrénica, por meio de variagao da tensao elétrica, qual a posicdo da borboleta de aceleracéo durante todo o tempo em que o motor estiver em funcionamento. Através dessa informagao, a central eletrénica pode efetuar uma série de atuagdes, sendo que a principal @ 0 reconhecimento da quantidade de ar que esta sendo admitida no motor. Com a informagdo da quantidade de ar admitida e mais a informagao da temperatura desse ar (sensor de temperatura do ar admitido), a central eletrénica pode calcular a MASSA DE AR ADMITIDA e entao fornecer a quantidade de combustivel necessaria para se misturar a esse ar. Sensor de posicéo da borboleta Outras fung6es dessa informagao sao a aplicagéo de freio motor (cut-off) e da plena carga. Freio motor - quando o motor estiver a uma rotagao maior que a marcha lenta, a central eletrénica reconhece que a borboleta de aceleragao esta fechada . e que existe um valor alto de vacuo no coletor de admissao. Ela entao interrompe o fornecimento de combustivel para o motor até que a rotagdo caia proxima a rotagao de marcha lenta ou se modifique a posigao da borboleta de aceleracao, de forma a se acelerar 0 motor. Localizagéo do sensor de posicéo da borboleta 21) Plena carga - quando se acelera o motor e 0 2 sensor de posicdo da borboleta indica seu deslocamento para mais que 75% de seu curso, a central eletrénica identifica uma situagao de emergéncia e coloca uma quantidade suplementar de combustivel a disposigao dos injetores, 3 ignorando as informagdes do Sensor Lambda e : D. desligando a embreagem do ar condicionado (se ss , Z houver). Ao se diminuir essa aceleragao, a central Borboleta aberta durante plena carga eletr6nica volta a fornecer combustivel dosado para os injetores. FUNCIONAMENTO A central eletrénica envia um valor de referéncia de 5 V ao sensor através do terminal 16. Este sinal passa pelo potencidmetro, que varia a resisténcia conforme sua posic¢ao, modificando este valor entre 0,45 V (marcha lenta) e 4,8 V (plena carga). Esse valor retorna a central eletrénica pelo terminal 23, para que esta possa entdo identificar a posigéo da borboleta de aceleragdo e calcular a quantidade de ar que esté sendo admitida no motor. TESTE Usando um voltimetro, verifique 0s valores encontrados entre os terminais do conector. Condicées Motor parado, igni¢éo ligada Entre os terminais 16 e 53 5,0 volts constantes Entre os terminais 16 e 23 Com a borboleta toda fechada, entre 0,3 €0,7V Com a borboleta toda aberta, entre 4,1€ 4,8 V Durante a medicao, entre o estdgio de borboleta toda fechada e toda aberta, nao podem existir falhas nos valores do voltimetro. [eee Atengao: Os 5,0 volts de entrada podem variar de acordo com a carga da bateria do veiculo. OBS: Os terminais deste sensor sao banhados a ouro para evitar oxidacao. (22) DEFEITOS MAIS COMUNS * Falhas nas aceleragdes, por desgaste ou defeito na pista do potencidmetro. * Mau contato nos terminais do conector, fazendo com que o sensor de posicéo nao informe a posigdo da borboleta para a central eletrénica, descontrolando todo o sistema de comando da injecéo/ignigao. * Erro de posicionamento fisico, por folga do eixo da borboleta ou pela presenca de sujeira no corpo de borboleta, causando erro na informagao da posigao da borboleta de aceleragao para a central eletrénica REACAO DA CENTRAL ELETRONICA NO CASO DO RECONHECIMENTO DE DEFEITO NO SENSOR DE POSICAO DA BORBOLETA: * No caso de defeito somente deste sensor, ela toma por base a informagao do vacuo do coletor de admisséo (MAP) e emite um valor pré-estabelecido para manter o motor funcionando. * No caso do sensor de vacuo (MAP) também entrar em pane, a central eletrénica determina um valor de referéncia igual a um &ngulo de 50 graus de abertura da borboleta de aceleracéo, para que o motor continue a funcionar. Faga aqui suas anotacgGes: 23) COLETOR DE ADMISSAO FUNGAO © coletor de admissao tem a fungao principal de encaminhar o ar admitido para os cilindros do motor. Como fungéo secundéria, ele aloja o corpo de borboleta com os seus componentes: o sensor de temperatura do ar, o tubo distribuidor de combustivel, os injetores e tomadas de vacuo. ee i odin Posicionamento do coleior de admissao, com destaaue para alojamento do corpo de borboleta e seus componentes O coletor de admissao foi criado para aproveitar as caracteristicas do sistema multiponto seqliencial, que nao necessita de uma elevada velocidade de arraste do ar no interior do coletor para homogeneizar a mistura. Ele tem dutos com grande diametro para a capacidade cubica do motor. Auxiliados por suas curvas suaves, esses dutos contribuem de forma a proporcionar uma menor resisténcia aerodindmica, conseguindo por conseqtiéncia uma boa eficiéncia volumétrica. DEFEITOS MAIS COMUNS * Permitir a entrada falsa de ar, causando o empobrecimento da mistura, pelos seguintes fatores: 1.Mé vedacdo de suas guarnicdes. 2.Mangueiras de vacuo trincadas ou quebradas. 3.Existéncia de trincas na sua superficie. Sensor de presséo absoluta coberto pela capa protetora, podendo-se observar o conector de diagnose do sistema bi : Localizacio do sensor de pressao absoluta O sensor de pressao absoluta tem como fungo verificar a diferenga existente entre a pressdo atmosférica e o vacuo do coletor de admissao, enviando o valor dessa diferenga a central eletrénica, que ajusta o funcionamento do motor a pressao atmosférica e a exigéncia solicitada, em cada momento do seu funcionamento. Fredo | "Haste Vacuo FUNCIONAMENTO © lado externo do sensor esta exposto ao peso da presséo atmosférica e sofre com isso uma deformagao interna. O outro lado do sensor esta ligado por meio de mangueira ao coletor de admissaéo, onde é encontrado vacuo produ- zido pelo movimento dos pistdes, e este vacuo varia de acordo com a exigéncia a que o motor esta sendo submetido. O sensor tem a funcdo de verificar a diferenca entre as duas medidas e informar a central eletrénica essa diferenca, por meio de impulsos elétricos. Desta forma, a central pode manter sempre compensadas as diferengas entre a pressao atmosférica a que o motor esta exposto e a exigéncia que esté sendo feita ao motor. Sinal Positive - 5 V Fixagéo é Negativo Sensor de presséo absoluta (25) Além da corregaéo da mistura ar/combustivel, a central eletrénica também se utiliza desta informacao para outros ajustes, como ponto de avango, freio motor etc: FUNCIONAMENTO O lado externo do sensor esta exposto ao peso da pressdo atmosférica e sofre com isso uma deformagao interna. O outro lado do sensor esta ligado por meio de mangueira ao coletor de admissao, onde é encontrado vacuo produzido pelo movimento dos pist6es, e este vacuo varia de acordo com a exigéncia a que o motor esté sendo submetido. O sensor tem a funcao de verificar a diferenga entre as duas medidas e informar a central eletronica essa diferenca, por meio de impulsos elétricos. Desta forma, a central pode manter sempre compensacas as diferengas entre a pressdo atmosférica a que 0 motor esta exposto e a exigéncia que esta sendo feita ao motor. Além da corregao da mistura ar/combustivel, a central eletrénica também se utiliza desta informagéo para outros ajustes, como ponto de avanco, freio motor etc. O sensor é alimentado com 5 volts constantes pelo terminal 34 da central eletrénica, Pelo terminal 17, recebe seu aterramento. O sensor entao altera esse valor pela sua resisténcia interna e o envia de volta a central eletrénica pelo terminal 14. TESTES Para os testes do sensor de pressao absoluta devemos utilizar uma bomba de vacuo e um voltimetro. TESTE DE VEDACAO DO SENSOR 1.Com o motor parado e a ignigao desligada, retire a ponta da mangueira do vacuo que alimenta o sensor MAP no coletor de admissdo e ligue nessa ponta da mangueira uma bomba de vacuo. 2.Aplique 400 mm/Hg de vacuo no sensor através da mangueira e mantenha. 3.0 ponteiro do vacuémetro NAO PODE retornar por si. Caso isso ocorra, é porque existe entrada de ar pela mangueira ou o sensor esta defeituoso (falta de vedagao). (26) Colocacao da mangueira da bomba de vacua no sensor 4,Desligue a bomba de vacuo da mangueira do sensor e ligue-a diretamente no sensor, efetuando novamente o teste. 5.Verifique onde ocorre o problema e corrija-o trocando a mangueira ou o sensor. ‘Medico no vacémetto Se o sensor passou no teste de vedagao, efetue entao o teste de variagao da resisténcia Ghmica do sensor. Posicionamento durante medigao TESTE DE ALIMENTAGAO E VARIACAO DA RESISTENCIA DO SENSOR 1,.Tendo um voltimetro a m&o, volte a ligar o conector elétrico e a bomba de vacuo no sensor. 2.Ligue somente a ignigao do veiculo. Teste realizado com vacdmetro e voltimetro 3. Verifique se o sensor esta sendo alimentado com 5 volts, ligando o voltimetro entre os terminais 34 e 17 no conector do sensor. 4.Aplique vacuo com a bomba e verifique a tensdo entre os terminais 14 e 17 do sensor, comparando o resultado com os da tabela abaixo. VACUO APLICADO TESS O mm/Hg entre 4,1 € 4.9 V =100 mm/Hg entre 3 =200 mm/Hg entre 2,7 €3,6V 300 mm/Hg [entre 2,Te2.8V_ -400 mm/Hg entre 14 ¢€ 2,1 V. entre 1,0e1,7V -500 mm/Hg IMPORTANTE 1,Este teste € muito importante, porque o sensor podera se apresentar bem vedado no teste de vedacado, mas pode esiar trabalhando fora da faixa de reagdo (vacuo/volts) por estar defeituoso, causando erro de informagao. 2.Se a tensdo de alimentagao estiver errada, o sensor ira trabalhar fora da faixa de atuagao. : CUIDADOS O sensor deve estar com o conector e a tomada de vacuo voltados para o chao, para nao haver problema de actimulo de liquido. Sua posigéo deve ser no Sensor minimo 50 mm mais alta que a aa tomada de vacuo. Torude ompcimento maximo éa evieuo rmanguela = 00 me Amangueira de vacuo deve ter 4 ‘ mm de diametro INTERNO : constante e um comprimento : maximo de 50 cm. DEFEITOS MAIS COMUNS * Sensor com vazamento interno, causando entrada falsa de ar no motor, empobrecimento da mistura, oscilagao da marcha lenta e erro no ajuste do avango da centelha, * Mangueira de ligagdo entre o sensor e o coletor de admissao trincada ou quebrada, ocasionando os mesmos defeitos do sensor com vazamento. Por isso € que se efetua primeiro o teste com a bomba de vacuo colocada na ponta da mangueira do sensor, do lado do coletor de admissao, e no caso de falha do vacuo, fazemos o teste diretamente no sensor. Desta forma, identificamos de uma vez onde é a entrada falsa de ar. ° Erro de informagao porque o sensor esta danificado e funcionando fora de faixa. * Erro de informacao por existir mau contato no seu conector ou falta de continuidade no chicote. SENSOR DE TEMPERATURA DO AR ADMITIDO LOCALIZACAO © sensor de temperatura do ar admitido fica localizado no coletor de admissao do motor. FUNCGAO Verificar a temperatura do ar e enviar esta informagao a central eletrénica, que, conhecendo a quantidade de ar admitido (sensor de posicaéo da borboleta), calcula a massa de ar para liberar © combustivel necessario para uma mistura eficiente. Localizacgo e destaque para sensor FUNCIONAMENTO O sensor € um termistor (resistor) NTC (Coeficiente de Temperatura Negativa) que varia sua resisténcia de acordo com a temperatura a que é exposto. O NTC teage de forma inversamente proporcional a temperatura a que é exposto, ou seja: Sob temperatura baixa | Resist€ncia alta) (Sob temperatura alta | Resisténcia baixa j Pela rapidez da reagao do NTC (1 milésimo de segundo), a central eletrénica tem uma constante informagao dessa temperatura e pode ajustar rapidamente a mistura de acordo com a informacdo recebida. A medida que essa informacao de temperatura se altera, por ser constantemente monitorada, a mistura também sofre as devidas corregdes. £ importante lembrar que o ar frio fica mais compacto e o ar quente fica mais expandido. Devido a esse efeito, a mistura deve sofrer alteracoes. A central eletrénica, recebendo a informacgao da quantidade de ar admitida (sensor de posigdo da borboleta) e da temperatura desse ar, pode entao calcular a MASSA DE AR ADMITIDA e efetuar uma mistura precisa. (29) TESTE A verificagaéo do sensor deve ser feita usando-se um ohmimetro, ligado a principio entre os terminais 5 e 39 do conector da central eletrénica, e um termémetro para verificar a temperatura do sensor, estando ele montado ou desmontado do coletor de admissdo. Os valores encontrados devem estar de acordo com os da tabela abaixo. TEMPERATURA RESISTENCIA 20°C 4.000 ohms (4 K ohms) 30°C 2.500 ohms (2.5 K ohms) 50°C 250 ohms (1,25 K ohms) 60°C 700 ohms (0,7 K ohms) 80°C 400 ohms (0,4 K ohms) Se a leitura nao corresponder, entéo devera se efetuar a medicdo diretamente nos terminais do sensor. Esta atitude de efetuar a medicdo primeiro nos terminais da central e depois nos terminais do sensor Teste realizado com chmimetro nos permite a identificagao de um eventual defeito de terminals 5 ¢ 39 junio aum temd- continuidade, excesso de resisténcia ou curto metro, para verlficar a temperatura s : Bonet fi circuito existente nos fios do chicote do sensor IMPORTANTE: E fundamental fazer a leitura da resistncia 6hmica do sensor em pelo menos 2 temperaturas diferentes. Isso permite verificar se a sua reagao encontra-se dentro da faixa esperada. DEFEITOS MAIS COMUNS * Defeito no sensor, que, emitindo informagao com valor errado para a central eletr6nica, faz com que esta calcule a mistura de forma errada também. |sso altera as emissdes e pode fazer com que seja emitido cédigo de erro do sensor Lambda, que nao consegue fazer com que a central ajuste a mistura. * Defeito ou mau contato no conector do sensor, causando os mesmos problemas do sensor defeituoso. * Circuito aberto ou curto nos fios do chicote do sensor, ocasionando os mesmos problemas do sensor defeituoso. (30) SISTEMA DE ALIMENTAGAO DE COMBUSTIVEL |, Tubo distribuidor de combustivel 2, Tubulagao de envio do filtro aos eletroinjetores 4, Tubulagao de retorno 4, Tubulacao de enviodo tanque ao filtro 5, filtro de combustivel - 6. Bocal de enchimento 7. Tanque de combustivel 8, Eletrobomba de combustivel 9, Regulador de pressao Para controlar o tempo de injecao de combustivel, a central eletrénica precisa da informagao da massa de ar admitida no motor, ou seja, a quantidade de ar admitido e a temperatura desse ar. Essa verificagao acontece a cada 180° de trabalho do girabrequim. O fornecimento do combustivel é feito de forma proporcional a essa massa de ar calculada, sendo que o programa da central eletrénica prevé que a pressdo e a vazdo do combustivel nos injetores seja a prevista pelo fabricante. O programa da central eletrénica nao tem qualquer interferéncia nesse sub sistema, a nao ser a temporizagéo da bomba e a tentativa de corregdo da mistura pela verificacdo final feita pelo sensor Lambda, que somente identifica 0s desajustes da mistura, mas nao corrige erros de funcionamento. (31 BOMBA ELETRICA DE COMBUSTIVEL O sistema IAW 1 ABG, da mesma forma que o sistema IAW 1-G7, usa uma bomba elétrica posicionada dentro do tanque, mergulhada no combustivel, montada no mesmo suporte do indicador de nivel do tanque (bdia), e usa esse combustivel para seu arrefecimento e lubrificagao interna. A bomba é€ acionada pela alimentacao positiva vinda do terminal 4 do relé duplo, e pelo negativo, fornecido e controlado através do interruptor inercial. Bomba eléirica de cambustivel FUNCIONAMENTO DO SISTEMA Quando a ignigao é ligada, a tensao positiva que vem da bateria e passa permanentemente pelo fusivel MAX de 40A energiza com tensao positiva o terminal 12 da bobina do relé duplo. Como a outra ponta dessa bobina (terminal 7 do relé) esta recebendo tenséo negativa constante do terminal 7 da central eletrénica, o relé se arma. A tensdo positiva que vem da bateria passa pelo fusivel MAX de 30A e pelo fusivel de 15A e se mantém bloqueada nos terminais 8 e 15 do relé duplo B. Quando o relé se arma, essa tensdo passa a energizar os terminais 13, 6, 5 e 4 desse relé. Pelo seu terminal 4, 0 relé duplo passa entao a alimentar com tens4o positiva a bomba elétrica de combustivel. O aterramento necessario para fazer a bomba elétrica funcionar chega a bomba através do interruptor inercial. Se ele estiver ligado, a bomba passa a funcionar. 32) Se apos 2 segundos a central eletrénica ndo receber a informacao de que o motor esta girando (sensor de rotagao e PMS), ela desligard o aterramento do seu terminal 7, desativando o relé e conseqtientemente desligando a bomba Esse aterramento (terminal 7 da central eletrénica) somente voltard a ser ligado quando o motor girar. A bomba de combustivel deve fornecer uma pressdo maior que a utilizada pelo sistema, e o regulador de presséo 6 quem determina e mantém a pressao ideal para o funcionamento do sistema. A bomba possui uma valvula de retencado na saida do combustivel para nao permitir o retorno desse combustivel através do seu interior. Este processo mantém uma pressdo residual no sistema quando o motor é desligado, de modo a facilitar 0 préximo funcionamento. TENSAO DE ALIMENTACAO DA BOMBA 42 VOLTS Presséo maxima da bomba 5 bar Presséo de trabalho da bomba (motor em marcha lenta) entre 2,6 € 2,8 bar entre 3,0 e 3,2 bar entre 1,6 € 2,0 /p/m OBS: Para o teste de pressao e de vazao da bomba de combustivel, a carga da bateria é decisiva para se obter um bom diagnéstico. Presséo do sistema (vacuo do regulador desligado) Vazao do sistema TESTE DO SISTEMA Antes de efetuarmos os testes da bomba de combustivel, é preciso examinar o estado e as condigdes de funcionamento do sistema de carga e da bateria, conforme demonstrado no nosso video Manutengoes Preventivas, porque a carga da bateria tem influéncia direta na pressdo e na vazo da bomba de combustivel. TESTE DE PRESSAO DA BOMBA DE COMBUSTIVEL Estes testes, cuja agao jd foi amplamente divulgada em nossos videos anteriores, principalmente no video “Manutencdes Preventivas", deverao apresentar os seguintes resultados: Somente a bomba elétrica funcionando, com o auxilio de um acionador de bomba, e 0 motor do veiculo parado: entre 3,0 e 3,2 bar de Pressao, Com o motor do veiculo funcionando em marcha lenta, com a mangueira de vacuo do regulador de pressao LIGADA: entre 2,6 e 2,8 bar. Com o motor do vefculo funcionando em marcha lenta, com a mangueira de vacuo do regulador de pressio DESLIGADA: entre 3,0 e 3,2 bar. OUTROS RESULTADOS * Pressao baixa de combustivel Sintomas: * Falta desempenho ao motor do veiculo ¢ Falhas no funcionamento do motor, principalmente nos momentos de exigéncia * Mistura pobre de combustivel Causas provaveis: 4.Baixa tensao de alimentagao da bomba de combustivel 2.Bloqueios na linha de alimentagao, como filtros de captacao e de linha entupidos, tubulagao dobrada etc. 3.Bomba de combustivel defeituosa. * Pressao alta de combustivel Sintomas: * Consumo alto de combustivel * Mistura rica * Falta de desempenho do motor * Motor falha nas exigéncias, pelo excesso de combustivel Causas provaveis: 4.Regulador de pressao defeituoso 2.Bloqueio na linha de retorno do combustivel G4) TESTE DA VAZAO DO SISTEMA DE ALIMENTAGAO DE COMBUSTIVEL Uma pressao perfeita nado garante uma boa alimentacdo de combustivel e nem lm bom funcionamento do motor. Para que isso aconteca é preciso que exista, além da presséo, uma quantidade ideal de combustivel que garanta essa alimentagao. Portanto, sempre que for efetuado o exame de um sistema de combustivel, é preciso verificar também a vazao desse sistema, que no caso do Palio 16V devera ser entre 1,6 e 2,0 I/p/m (litros por minuto). SUBSTITUIGAO DA BOMBA DE COMBUSTIVEL Sempre que uma bomba elétrica de combustivel for substituida, principalmente as que se situam dentro do tanque de combustivel, é aconselhavel retirar o lanque para efetuar a limpeza do seu interior. Os residuos que eventualmente possam existir ali poderao estragar a nova bomba e entupir os filtros de captagdo (da bomba) e o da linha. Faga aqui suas anotacgdes: FILTROS DE COMBUSTIVEL Os filtros de combustivel tem como fungao impedir que particulas sdlidas cheguem ao interior da bomba, aos injetores ou ao regulador de pressao, que sao componentes extremamente sensiveis as impurezas. FILTRO DE CAPTACAO * O filtro de captacao esta localizado na entrada (parte de succao) da bomba de combustivel. * Sua manutengéo (limpeza ou substi- tuigdo) exige a retirada da bomba de combustivel, juntamente com o suporte que contém a béia indicadora do nivel de combustivel do tanque. FILTRO PRINCIPAL DE COMBUSTIVEL Depois do combustivel passar pelo filtro de captagao e abastecer a bomba de combustivel, ele é enviado por meio de canalizagéo ao filtro principal de combustivel. Esse 0 filtro mais conhecido pelos proprietarios dos veiculos em geral, e por esse motivo eles somente se preocupam em substituir esse filtro. Cabe a vocé, mec&nico, orienta-los quanto aos outros procedimentos de limpeza e cuidados com o sistema. Este filtro permite a filtragem de uma grande quantidade de combustivel e trabalha sob uma pressao muito alta. Para conseguir esse objetivo, é confeccionado de forma e com componentes especiais, para suportarem essas exigéncias. 4 (36) Localizacao do filtro de combustivel © filtro principal esta loca- lizado sob a carroceria, pré- ximo ao tanque, sendo ligado a linha de combustivel por meio de conexdes do tipo engate rapido. Esta fixado por meio de parafusos a um suporte que precisa ser remo- vido para que o filtro possa ser retirado. CUIDADOS NA MONTAGEM DO FILTRO PRINCIPAL Na montagem do filtro, € preciso observar o sentido de montagem, Identificado por meio de seta existente na sua carcaga externa. Se for montado no sentido inverso, ele nao conseguira efetuar seu trabalho a contento, e em alguns casos podera vir a atrapalhar o funcionamento do sistema. Entrada Filtro principal de combustivel. A seta indica a sentido de montagem do filtro, IMPORTANTE: Nao existe manutengao preventiva para o filtro principal de combustivel, que deve ser substituido a cada 20.000 Km. O filtro principal de combustivel nao pode bloquear mais que 10% da pressdo ou da vazdo da bomba de combustivel. LOCALIZACAO © tubo distribuidor de combustivel esta localizado no motor, sob 0 tubo coletor de admissao. Nele se encontram o regulador de pressao do combustivel, os injetores e as conexdes de alimentagao e de retorno do combustivel. Localizagio do tudo distribuidor, scb o tubo coletor de admissao; destaque para os eletroinjetores FUNCAO © tubo distribuidor de combustivel tem a fungdo de receber e armazenar 0 combustivel enviado pela bomba para suprir os injetores, que estao alojados no préprio tubo. A quantidade de combustivel que ele armazena é superior a quantidade utilizada pelos injetores. Essa quantidade extra de combustivel é enviada de volta ao tanque pela linha de retorno, passando antes pelo regulador de pressao, que tem a funcdo de manter uma pressao constante na linha de alimentacao de combustivel. Para se ter acesso ao tubo distribuidor de combustivel, assim como aos componentes a ele agregados (regulador de pressdo e injetores), € preciso desmontar o coletor de admissdo, onde esta localizado o corpo de borboleta de aceleragao. r 4. Tubo distribuidor de combustivel 2. Eletroinjetores 3, Regulador de pressao 4, Conexao de entrada do combustivel 5. Conexdo de retorno do combustivel ao tanque Faga aqui suas anotagoes: (39) REGULADOR DE PRESSAO O regulador de pressao, conforme ja indica seu nome, tem a fungao de manter a linha de alimentagao de combustivel sob uma pressao constante. Ele também exerce a funcao de amortecedor, compensando as variagdes da presséo que ocorrem durante os movimentos de abertura e fechamento dos injetores. COMPONENTES Mola calibrada Tomada de vacuo s Diafragma Camara de vacuo " Valvula Entrada de combustivel Saida do combustivel para o retorno FUNCIONAMENTO O combustivel que é€ pressionado pela bomba elétrica passa pelo filtro de combustivel e abastece o tubo distribuidor de combustivel para ser utilizado pelos injetores. O excesso de combustivel ndo utilizado € enviado sob pressaéo ao regulador de presséo. Esse combustivel pressiona o diafragma do regulador até vencer a tensdo da mola calibrada. Quando isso ocorre, o diafragma se movimenta, levando consigo a valvula de fluxo, dando passagem ao excesso de combustivel, que volta para o tanque pela linha de retorno. Regulador de pressao, localizado nna ponta do tubo distribuidor O regulador de pressao esta ligado por uma linha de vacuo ao coletor de admissao do motor. De acordo com a variacéo do vacuo no coletor de admissao, existira também uma variagao na pressao da linha de alimentagao de (40) combustivel, porque quanto maior for o vacuo existente agindo contra a tensao da mola calibrada (como acontece na marcha lenta), menor sera a pressao do combustivel, e 4 medida que o vacuo diminui (aceleragao) a pressao da linha aumenta. Desta forma é controlada a pressao da linha de combustivel, em fungao das exigéncias feitas ao motor. TESTE DO REGULADOR DE PRESSAO A atuagaéo do regulador de pressao do combustivel pode ser verificada durante o Teste de Pressdo do Sistema de Alimentagao de Combustivel. O regulador isolado deve ser testado com 0 uso de uma bomba de vacuo, conforme indicado no video "Manutengées Preventivas” DEFEITOS MAIS COMUNS * Mola calibrada quebrada ou fraca, causando uma pressao baixa no sistema de alimentacgao de combustivel. * Diafragma furado. Na maioria das vezes, isto nao altera em demasia a pressao do sistema, porém cria uma penetragdo de combustivel na camara de vacuo do regulador. Esse combustivel é sugado pelo coletor de admissao, enriquecendo a mistura do cilindro mais préximo da tomada de vacuo do regulador de pressao. A principio, o enriquecimento da mistura pode nao ser notado pelo motorista, mas depois de algum tempo, 0 primeiro sintoma é o fato da vela desse cilindro deixar de funcionar por encharcamento de combustivel. IMPORTANTE: Se essa penetracao de combustivel nao for solucionada a tempo, a principio haveré uma lavagem do filme de 6leo lubrificante do cilindro contaminado, seguindo-se a contaminagao do éleo do carter do motor e podendo chegar a.um calgo hidraulico no pistao do cilindro afetado. a INJETORES DE COMBUSTIVEL + O injetor de combustivel é uma valvula eletro- magnética que se abre sob aco de corrente elétrica e se fecha por agao de mola interna. FUNCAO Sua funcdo é pulverizar o combustivel que esta armazenado no tubo distribuidor, sobre a valvula de admissio do motor, no momento e pelo tempo determinado pelo pulso de comando elétrico vindo da central eletrénica, fazendo com que esse combustivel se misture ao ar admitido e forme a mistura que adentrara no cilindro quando a valvula de admissao abrir. Os injetores utilizados no sistema IAW 1 ABG sao do tipo top-feed (alimentacao superior) de duplo jato. Estes injetores sao dotados de pulverizadores inclinados, e por esse fator, o jato do combustivel atinge as valvulas de admissao do motor em um angulo mais favordvel para efetuar uma mistura ar/combustivel mais homogénea, obtendo-se com isso maior desem- penho para o motor com mais economia de combustivel. Terminais do condutor elétrico, Bobina de acionamento. ‘Anel de vedacéo: = ® {indo eo coleor de smiso) A central eletrdnica comanda o momento em que o injetor deve abrir para injetar combustivel e efetuar a mistura, levando em consideragdo as informagdes do sensor de ee rotagao e de PMS, que identificam a posigdo Entrada de combustivel- do girabrequim, e do sensor de fase do eixo comando de valvulas. O tempo que o injetor permanece aberto (Ti = tempo de injecao), fator © responsavel pelo enriquecimento ou empobrecimento da mistura, € determinado levando-se em conta as informagdes dos varios sensores do sistema (tempera- tura do motor, exigéncia do motor, posigao da borboleta de aceleracao etc.) Indicagao do injetor @ junto ao tubo distribuidor © comando de abertura dos injetores deste sistema ocorre de forma seqtiencial fasada. Este acionamento ocorre seguindo a ordem inversa da ignigao, ou seja cada um dos injetores é acionado por ordem da central eletrénica, no perlodo de abertura da valvula de admissao do cilindro. Esta forma de atuacao dos injetores, liberando o combustivel somente no periodo em que a valvula de admissao do cilindro se abre, evita a condensagio desse combustivel no tubo de admissao, fato que ocorre normalmente quando © sistema nao atua de forma seqiiencial, e 0 combustivel injetado fica mantido em uma rea muito quente do motor enquanto aguarda a abertura da valvula de admissao para ser admitido no cilindro. Com isso € conseguida uma melhor homogeneizagdo da mistura, obtendo-se conseqii ntemente um melhor desempenho do motor com mais economia de combustivel e um nivel de gases poluentes mais baixos. LOCALIZAGAO Os injetores sao montados e presos ao tubo distribuidor de combustivel pela sua parte superior, onde sao fixados por meio de travas elasticas e por onde recebem o combustivel sob pressdo. Nessa parte superior dos injetores, fazendo parte deles, sao encontrados os Ultimos filtros de combustivel do sistema. As partes inferiores dos injetores sdo posicionadas no tubo de admissao do motor. Nas suas duas extremidades (superior e inferior), sao montados anéis de vedacgao do tipo "O" Rings, confeccionados em borracha fluorizada, que possuem as _ seguintes funcdes: * Vedar o combustivel entre o tubo distribuidor e o injetor, na parte superior do injetor. e 0 injetor na sua parte inferior. )* Atuar como isoladores térmicos do injetor. “slg * Atuar como amortecedores de vibragaéo entre o motor Indicacéo cos anéis de vedagio € © injetor. i Por esses motivos, os anéis devem ser substituidos todas as vezes que o injetor for retirado do seu alojamento. Na sua substituicdo, recomenda-se 0 uso de vaselina liquida para facilitar a montagem. RESISTENCIA OHMICA DA BOBINA DOS INJETORES Este sistema utiliza inje- tores cuja resisténcia de sua bobina interna de estar entre 15,4 e 17,0 ohms. MANUTENGAO Os injetores devem passar por uma limpeza e teste a cada 30.000 km rodados. A limpeza e o teste de funcionamento (vazao e estanqueidade) dos injetores devem ser efetuados em equipamento apropriado e confiavel para este servigo, de modo a nao causar danos aos injetores. IMPORTANTE: Os detalhes sobre a limpeza e teste dos injetores dependem do tipo e da qualidade do equipamento utilizado. Portanto, deve-se seguir fielmente as instrugdes do fabricante do equipamento ao se efetuar esse trabalho. DEFEITOS MAIS COMUNS * Interrupcao da bobina do injetor (injetor nao funciona). + Injetor bloqueado ou semibloqueado por sujeira existente no seu interior (injetor nao funciona ou funciona de forma deficiente). *Injetor com falta de estanqueidade. O injetor nado veda totalmente o combustivel no seu interior, enriquecendo a mistura, podendo chegar a provocar calgo hidraulico do pistao do cilindro que esta montado. * Mola interna do injetor endurecida pelo uso de banho de ultrassom fora de especificagao, vindo a ocasionar uma mistura pobre, sem causa aparente. @ SISTEMA DE IGNICAO BOBINA DE IGNICAO Localizagio e detalhe da bobina de ignicéo FUNGAO Uma bobina de ignicao dos sistemas convencionais tem a funcao Unica de transformar a corrente de baixa tensdo (da bateria) em corrente de alta tensao (centelha das velas). A tenséo produzida pela bobina de ignicéo nos sistemas convencionais ie enviada para a tampa do distribuidor, passa pelo rotor, que a direciona para 0 cabo de vela do cilindro que esta em tempo de explosao, passa pelo cabo e percorre toda a vela em cuja extremidade ocorre a centelha dentro do cilindro do motor. No caso do sistema IAW 1 ABG, a bobina transforma a corrente de baixa para alta tenséo e ela mesma direciona essa corrente, através dos cabos, para as velas correspondentes. Isso faz com que a atuagao seja mais rapida e com uma intensidade de corrente quase sem perdas. FUNCIONAMENTO A bobina dupla de ignigao utilizada no sistema IAW 1 ABG sao na verdade dois transformadores de poténcia, que chegam a alcangar um valor de saida de aproximadamente 20 KV (20.000 volts) cada um. As bobinas sao duplas porque cada uma delas fornece centelha para dois cilindros simultaneamente. Isso se deve ao fato do sistema nao utilizar distribuidor de alta tensdo convencional. 24 37 Central Eletronien 37da ‘central Uma das bobinas fornece centelha para os cilindros 1 e 4. A outra bobina fornece centelha para os cilindros 2 e 3. As centelhas de cada bobina séo sempre simultaneas nos dois cilindros a que servem. 16) Quando a ignigéo do veiculo é ligada, as bobinas recebem sinal positivo constante no seu primério, proveniente do terminal 13 do relé duplo, sendo protegidas por dois fusiveis: o fusivel comum de 15A € 0 fusivel MAX de 30A, que protegem a entrada 8 e 15 do relé “B" Cada bobina € acionada por um terminal definido da central eletrénica. O terminal 55 da central aciona a bobina dos cilindros 1 e 4. O terminal 37 da central aciona a bobina dos cilindros 2 e 3. Quando a bobina recebe o sinal da central eletrdnica, transforma rapidamente a baixa tensdo em alta tensao e imediatamente descarrega essa alta tensao nos dois cilindros que se movimentam simultaneamente, mas com funcdes diferentes. Essa acdo simultanea ocorre para dar vazdo ao alto potencial de energia gerado no interior da bobina. Se essa vazao nao ocorrer, a bobina pode vir a se danificar pela absorcao da alta tensao. Como um dos cilindros esté em tempo de explosao, ele usa naturalmente essa centelha para inflamar a mistura. No outro cilindro, que est4 terminando o tempo de escapamento e iniciando o tempo de admissao, portanto sem qualquer mistura no seu interior, a centelha se perde, mas consegue dar uma vazao rapida para a alta tensdo gerada na bobina. TESTE DE RESISTENCIA OHMICA DA BOBINA RESISTENCIAS INTERNAS DA BOBINA PRIMARIO. * Entre os terminais +30 e 55 da bobina = de 0,5 e 0,6 ohms a temperatura ambiente * Entre os terminais +30 e 37 da bobina = de 0,5 e 0,6 ohms & temperatura ambiente SECUNDARIO * Entre os terminais do secundario cil, 1 cil. 4 da bobina = de 8.600 a 9.500 ohms (8,5 a 9,5 K ohms) a temperatura ambiente * Entre os terminais do secundario cil. 2 € cil. 3 da bobina = de 8.600 a 9.500 ohms (8,5 a 9,5 K ohms) a temperatura ambiente TENSAO DE ALIMENTAGAO DA BOBINA DE IGNICAO: Tensao da bateria (12 volts nominais) Faga aqui suas anotagées: oO (48) OUTROS COMPONENTES 10 (SONDA LAMBDA) asian : ia Localizagio da sonda Lambda e detalhe do sensor ligado ao conecior Este sensor tem como fungées medir 0 contetido de oxigénio contido nos gases dle escapamento do motor e informar a central eletrOnica, para que ela possa corrigir a mistura. FUNCIONAMENTO Para uma queima perfeita, a mistura de ar/gasolina deve ser de 12,8 partes de ar para 1 parte de GASOHOL (gasolina com 20% de alcool). Essa proporgao de mistura é chamada de Lambda 1. Em um motor de combustao interna utilizado em um veiculo, manter esta proporgao € muito dificil, pois os regimes de funcionamento a que este motor é submetido variam constantemente com as aceleracdes, desaceleragdes, variagdes de temperatura etc.. Temos que contar ainda que o veiculo se mantém em constante movimento, sofrendo essa mistura as influéncias das variagées climaticas como umidade contida no ar e as diferengas da presséo atmosférica. Com todas essas varidveis, manter uma quantidade de mistura ideal para cada momento ou situacdo ficaria muito dificil se nao pudéssemos contar com o auxilio de verificadores (sensores) e atuadores monitorados pela central eletrénica, que possui uma grande velocidade de reacéo, mantendo a mistura mais proxima da ideal nas diversas condigdes de trabalho do motor. 49) Observacées: * Osensor de oxigénio (ou sonda Lambda) inicia seu funcionamento depois de atingir uma temperatura de 300° C. * Antes do sensor atingir a temperatura ideal e iniciar sua funcao, ele estara enviando sinal de mistura pobre para a central eletrénica, que nao leva em conta essa informacao e se utiliza de valores programados em sua meméria para ajustar a mistura nesse periodo. Ao ser enviado o primeiro sinal de mistura rica para a central eletrénica, ela passa a fazer as corregdes necessdrias na mistura, enriquecendo-a e empobrecendo-a de acordo com os valores da informagaéo do sensor de oxigénio. A esta estratégia € dado o nome de c/ose-loop (circuito fechado). Para auxiliar no aquecimento rapido do sensor, é montada no seu interior uma resistencia de aquecimento. O valor da tensdo emitido pela sonda Lambda depois de aquecida deve variar entre 0,2 e 0,8 volts. Quando o sensor de posigaéo de borboleta ultrapassa 70% de seu curso, a central eletrénica deixa de levar em conta as informagdes do sensor de oxigénio, até que a posigaéo do sensor de posicéo de borboleta volte para menos de 70% de seu curso. Isso se deve ao fato de que a central eletronica reconhece essa situagéo como um momento de emergéncia e coloca a disposigao do motor a maior quantidade possivel de combustivel, em funcao da temperatura e da rotacao do motor. TESTE DA RESISTENCIA DE 7 AQUECIMENTO DO SENSOR DE OXIGENIO 1.Com o motor parado e a ignicao desligada, remova o conector elétrico da resisténcia de aquecimento do sensor Lambda. 2.Ligue somente a ignicdo do veiculo e verifique com um voltimetro se chega tensdo de bateria (12 V nominais) no conector da resisténcia. Caso isso nao ocorra, verifique pelo esquema elétrico a alimentacdo do circuito e corrija o defeito de alimentacao da resisténcia. Sem essa alimentacgao correta, a resist€ncia nao se aquece, a sonda leva muito tempo para atingir a temperatura de funcionamento e, nesse periodo, o motor iré trabalhar com uma mistura anormal. “Localizago de teste de aque- cimento do sensor de oxigenio 3.Desligue a ignicdo e meca com um ohmimetro a resisténcia elétrica entre os dois terminais da resistencia de aque-cimento do sensor. O valor devera estar entre 4,2 e 8,0 ohms. 4,Se o ohmimetro indicar "circuito aberto' (infinito), um valor muito acima do especificado ou mesmo 'circuito fechado" (0,00), o sensor deve ser substituido. TESTE DO SENSOR DE OXIGENIO 1,Depois do sensor aquecido, ligue o voltimetro entre o terminal 29, que esta enviando o sinal de retorno para a central eletrdnica, e o terminal 12, que esta fazendo aterramento pela central eletrénica, mantendo todas as conexdes elétricas ligadas. 2.Faga o motor funcionar e verifique o valor indicado pelo voltimetro, que deverda ser entre 0,2 V e 0,8 V, em um numero de intervencdes que devem variar entre 6 e 8 vezes por segundo. Gi 3.Dependendo do voltimetro utilizado, ele poderé ficar parado ou oscilando levemente entre valores préximos de 0,45 V, que também indica o valor Lambda ideal. 4.Se isto nao ocorrer, desligue o fio do voltimetro que esta ligado ao terminal 42 (aterramento) e ligue-o a um bom aterramento no motor do veiculo. Se a situagao se regularizar, verifique 0 aterramento do sensor e volte a fazer o teste. Caso contrdrio, verifique se nao existe algum outro defeito no sistema. 5.Corrija todos os defeitos encontrados durante os testes e volte a fazer o teste do sensor de oxigénio. Se este nao corresponder, substitua-o. 6.Quanto mais vezes 0 sensor intervir na correcao da mistura, melhor sera esse resultado. Se as intervengdes do sensor Lambda ocorrerem com uma freqiiéncia inferior a 6 vezes por segundo, a mistura nao sera corrigida convenientemente, e o veiculo podera apresentar, como indicagao de irregularidade, oscilagdes na rotagao de marcha lenta do motor. Faga aqui suas anotades: SENSOR DE TEMPERATURA DO MOTOR (SISTEMA DE ARREFECIMENTO) FUNGAO O sensor de temperatura tem a fungado de verificar a temperatura do motor e informar essa temperatura a central eletrénica durante todo o tempo em que o motor estiver em funcionamento, para que ela possa ajustar suas fungdes. FUNCIONAMENTO Como se sabe, 0 motor nao pode trabalhar com a mesma mistura quando frio e quando quente. O ponto de avanco da faisca também deve ser ajustado em fungaéo da temperatura do motor, para que este tenha um bom desempenho, uma boa eficiéncia de mistura e longevidade de vida util. Para fazer essa verificacao, o sistema utiliza um sensor do tipo NTC (Coeficiente de Temperatura Negativa), que, da mesma forma que o sensor de temperatura do ar, varia sua resisténcia em funcao da temperatura a que é submetido. Essa variagéo de resisténcia ocorre de forma inversamente proporcional a temperatura a que o sensor é submetido, ou seja, quanto mais frio ele é submetido maior sera a resistencia 6hmica do sensor, € quanto maior o calor, menor sera a sua resisténcia Shmica Como ja foi dito, a resposta do NTC a temperatura é muito rapida e constante, © precisa ser assim para que as alteragGes da central eletrénica também sejam rapidas e constantes. Pelo exposto, podemos notar a importancia desse sensor e a importancia da manutengao do liquido de arrefecimento do motor, ao qual o sensor permanece em contato permanente, para o bom desempenho do sistema.

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