Você está na página 1de 4

PROJETO Sobre Educação Inclusiva - EDUCAÇÃO ALÉM

DA INCLUSÃO
TEMA
1EDUCAÇÃO ALÉM DA INCLUSÃO
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A Educação Inclusiva como mera tarefa social imposta por lei ou a
real possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento de pessoas com
deficiência mental, física, intelectual, ou com transtornos globais de
desenvolvimento.
2. PROBLEMATIZAÇÃO
A Educação como um tema geral é um assunto que gera inúmeros
desafios na questão das dificuldades e novos problemas enfrentados pelos
educadores. A Educação Inclusiva não seria o maior dos desafios, o desafio
maior consiste em educar, em acreditar em novas possibilidades, em buscar o
conhecimento, em participar e estar aberto para essas novas mudanças que
estão acontecendo o tempo inteiro ao nosso redor.
3. JUSTIFICATIVA
A Educação Inclusiva é uma conquista recente na educação, e vem
passando por transformações ao longo do tempo. Todos estão caminhando
rumo ao que se almeja para a educação de forma geral, que seja possível a
todos e todas, que respeite a diversidade e se comprometa a ensinar e
proporcionar desenvolvimento aos diferentes ritmos de aprendizagem.

4. OBJETIVOS
Este projeto tem como objetivo pesquisar como tem sido o trabalho
de inclusão realizado nas escolas regulares, buscar reflexões sobre como
podemos contribuir atuando como professores e cidadãos efetivamente para
que esse direito garantido por lei, seja humanizado, que possa sair do papel e
das folhas dos Projetos Políticos Escolares e possibilite aos alunos com
deficiência e a todos os demais alunos, sejam quais forem suas dificuldades ou
deficiências.
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ao longo da história da humanidade a Educação tem passado por
mudanças e adaptações às novas realidades socialmente estabelecidas. Ainda
que precariamente, muitas transformações aconteceram no campo da
educação nos últimos anos. Temos no início do século XX a ingressão das
mulheres nas escolas, a princípio uma educação de forte cunho religioso
porém daí se iniciou efetivamente o acesso feminino a educação. Neste
mesmo período houve a iniciação escolar dos negros, caracterizado uma nova
etapa da educação no Brasil, onde já não era mais privilégio única e
exclusivamente da elite, passa a ser ainda que para a minoria um direito
ofertado. A educação especial começa a caminhar neste período da história do
Brasil, final do século XIX e início do século XX com a criação de duas
importantes instituições: o Imperial Instituto de Meninos Cegos, em 1854, atual
Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos, 1857, hoje
com o nome de Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, no Rio de
Janeiro. Tempos depois já no século XX é fundado o Instituto Pestalozzi em
1926, instituição especializada em atendimento às pessoas com deficiência
mental e em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais – APAE.
A partir de então é dado início ao que conhecemos como Educação
Especial basicamente oferecida por estas instituições de ensino, onde os
alunos frequentavam e ali recebiam estímulos para aprendizagem e
desenvolvimento de suas habilidades. Tais instituições ainda presentes em
nosso tempo, deram início ao ingresso das pessoas com deficiência à
educação, na época ainda existia também a questão assistencialista em razão
de algumas famílias não possuírem estrutura ou condições para integrar esse
indivíduo a sociedade.
Neste trabalho, no entanto, não entraremos na questão em que
muitos acreditam, que tais instituições segregavam crianças/pessoas com
deficiência das demais crianças/pessoas, trata-se de um outro tempo, do início
de uma nova etapa  no campo da educação, onde se buscava ingressar as
pessoas com deficiência ao direito à educação de uma certa forma, acreditava-
se que em uma escola especializada teriam maior atenção e profissionais mais
capacitados, além de terem contato com outras crianças com deficiência.Uma
possibilidade talvez de ser descartado o preconceito devido às diferenças.
Fato, hoje, totalmente inaceitável, pois através da educação inclusiva todos os
alunos se veem como “alunos” efetivamente e através da convivência, no dia a
dia em sala de aula é despertado o respeito, a solidariedade, a afetividade ea
conscientização que todos temos diferenças ou dificuldades. Recentemente em
1994 a Educação mais uma vez caminha para novos rumos, com a formulação
das Políticas Públicas para a Educação Inclusiva, tendo como principal
influência a Declaração de Salamanca (1994).
Esse movimento pela inclusão das pessoas com deficiência nas
escolas regulares, desde então vem enfrentando desafios e mudanças a todo
momento, desde às classes especiais, local  onde eram destinados estes
alunos inicialmente, até as salas de atendimento educacional especializado,
muito tem-se a trabalhar por esta causa. Se para estes alunos é direito
constituído e assegurado por lei, como cidadãos não podemos privá-los desse
direito, ou seja, não podemosescolher não educá-los, cabe a nós educadores
este papel, sermos responsáveis pela educação de todos indiscriminadamente.
Porém ainda temos um longo percurso a seguir nos rumos da
inclusão, já temos o acesso de pessoas deficientes garantido por lei nas
escolas, entretanto, é necessário promover, planejar, possibilitar a esse aluno a
aprendizagem, desenvolvimento em todas as áreas não somente a
socialização, ignorando sua capacidade e potencialidades. Ou seja incluir vai
muito além de receber um aluno com deficiência na escola, deixá-lo
permanecer em sala, a parte do que está “acontecendo” no ambiente escolar.
É necessário entendermos que dentro dessa igualdade onde todos temos o
mesmo direito, existe também as diferenças, a diversidade, que deve ser
respeitada e compreendida. Segundo Mantoan (2006) a escola justa e
desejável para todos não se sustenta unicamente no fato de os homens serem
iguais e nascerem iguais. Ou seja, as diferenças estão presentes no contexto
da educação, e isso é o que enriquece nosso trabalho.

6. METODOLOGIA
O presente projeto tem como base a pesquisa bibliográfica, a partir
de publicações sobre o tema em documentos impressos com livros, artigos e
teses.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de Ação sobre Necessidades
Educativas Especiais.  Brasília: Coordenadoria Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), 1994.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Plano Nacional de Educação.
Lei n° 10.172 de 9 de Janeiro de 2001. Brasília: Diário Oficial da União de 10
de Janeiro de 2001.
MANTOAN, Maria Tereza Égler; PRIETO,RosângelaGavioli, ARANTES, Valéria
Amorim, organizadora . Inclusão Escolar – Pontos e Contra Pontos – São Paulo:
Summus, 2006

Autora: GISELE LADEIRA LOPES SANTOS

Você também pode gostar