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fenómenos acústicos

Reflexão do som
• Sempre que, ao longo da sua propagação, as ondas emitidas por uma
fonte sonora encontram superfícies, duras e lisas, voltam para trás:
as ondas são reenviadas para o meio de onde provêm, mudando apenas
de sentido ou também de direção.
• Diz-se que as ondas sonoras são refletidas, ou seja, que ocorre a
reflexão do som.

Absorção que acompanha a reflexão do som


• O som no ar não é mais do que a propagação da vibração dos corpúsculos
do ar.
• Ao chocarem com a superfície refletora os corpúsculos perdem energia,
passando a vibrar com menor amplitude e, por isso, a intensidade do
som diminui.
• A energia perdida pelos corpúsculos é absorvida pela superfície, logo
há absorção de som.
• Se a superfície é muito lisa e dura há pouca absorção do som e a
intensidade do som refletido é praticamente igual à do som incidente.
• Se a superfície é rugosa e pouco dura há muita absorção do som e a
intensidade do som refletido é bastante menor do que a do som
incidente.
• Nos restaurantes, cafés, salas de espera de locais públicos e mesmo
em casa, para ouvirmos com nitidez é necessário reduzir a reflexão do
som. Para isso usam-se materiais que absorvem bem o som, refletindo-o
pouco.
• Absorvem bem o som os materiais pouco duros e porosos, com superfícies
rugosas, como os tecidos, sofás, cortinas e tapetes, o papel de parede,
o cartão, a esferovite e a cortiça.

Eco e reverberação do som


• O eco resulta da reflexão do som, mas nem sempre que o som é refletido
há eco.
• Consegue-se distinguir dois sons se eles chegarem aos ouvidos
separados por, pelo menos, 0,1s.
• Logo, só há eco se o som refletido chegar aos ouvidos pelo menos 0,1
s depois do som emitido.
• Para que isto aconteça, o som precisa de percorrer pelo menos 34 m no
ar.
• Como metade dos 34 m são percorridos no sentido: emissor — superfície
e outra metade no sentido: superfície — emissor/recetor, pode-se
concluir que a distância mínima entre emissor e superfície refletora
necessária para haver eco é metade de 34 m, ou seja, 17 m.
• Se a superfície refletora se encontra a 17 m ou mais, o ouvido humano
consegue distinguir o som refletido do som emitido, logo, há eco.
• Se a parede se encontra a menos de 17 m, o ouvido humano não consegue
distinguir o som refletido do som emitido, logo, não há eco.
• A reflexão do som nas paredes de uma sala vazia não origina eco.
• Mas, as sucessivas reflexões fazem com que um som ouvido num
determinado momento se prolongue no tempo, sendo sucessivamente menos
intenso-reverberação do som.
• Nas salas de espetáculos são usadas placas de materiais porosos que
absorvem bem o som e placas lisas refletoras devidamente colocadas e
orientadas para conseguir o tempo de reverberação adequado a cada tipo
de espetáculo e ao tamanho da sala. Numa atuação de uma orquestra o
tempo de reverberação deve ser grande.

Aplicações da reflexão de ultrassons


• A reflexão acontece com os sons audíveis e não audíveis, tendo
consequências e aplicações práticas importantes.
• Alguns animais, como por exemplo, morcegos e golfinhos, utilizam o eco
de ultrassons para se orientarem em relação a obstáculos e localizarem
as suas presas.
• Alguns pássaros utilizam este processo para se orientarem em cavernas.
• Estes animais emitem ultrassons que são refletidos em obstáculos e em
insetos de que se alimentam, sendo de novo ouvidos por eles-
ecolocalização nos animais.
• O sonar é uma aplicação prática da reflexão e absorção de ultrassons-
envia ultrassons e recebe os ultrassons refletidos, convertendo o
sinal refletido num sinal elétrico que é depois tratado.
• Este aparelho permite determinar a profundidade da água no local onde
se encontra um barco ou a profundidade a que se encontra, por exemplo,
um cardume.
• A partir do conhecimento da velocidade do som na água do mar e do
intervalo de tempo provoca a reflexão mesa que decorre entre a emissão
dos ultrassons e a receção dos ultrassons refletidos, calcula-se o
valor da distância percorrida
• Metade desse valor corresponde à distância a que se encontra o
obstáculo
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• A ecografia, que permite obter imagens do interior do corpo humano, é
uma aplicação da reflexão e absorção de ultrassons na medicina.

Refração do som
• O som que é produzido num compartimento de uma casa consegue ouvir- -
se noutro compartimento e no exterior da casa.
• As ondas sonoras que se propagam no ar do compartimento atravessam as
paredes, os vidros das janelas, camadas de ar a temperaturas
diferentes, etc.
• A passagem do som de um material para outro onde se propaga com
• velocidade diferente chama-se refração do som.
• Quando o som se refrata a sua direção de propagação muda devido à
mudança de velocidade do som, exceto se incidir perpendicularmente à
superfície de separação de dois materiais.
• Tal como acontece na reflexão, também a refração do som é acompanhada
de absorção. É por isso que a intensidade do som refratado é sempre
menor do que a intensidade do som incidente.
• A refração é acompanhada de reflexão do som.

Isolamento acústico das habitações


• São isoladores sonoros todos os materiais nos quais o som se propaga
com dificuldade, porque refletem bem o som exterior ou porque absorvem
bem o som.
• O isolamento sonoro é tanto melhor quanto menor for a percentagem de
sons indesejáveis e de nível de intensidade sonora elevado transmitido
para o interior das habitações.
• As barreiras sonoras são uma aplicação da reflexão do som na proteção
habitações contra o ruído produzido pelo tráfego automóvel.
• Nas habitações, paredes bem polidas e bastante espessas isolam bem o
som exterior porque o refletem em grande percentagem e também o
absorvem.
• O recurso a materiais nos quais o som se propaga mais dificilmente,
como à cortiça, a borracha ou a esferovite, que se podem usar nos
tetos, soalhos e entre paredes duplas, e também a vidros duplos com
uma camada de ar no interior, dificulta a transmissão do som para o
interior das habitações, contribuindo para o isolamento sonoro para o
interior das habitações, contribuindo para o isolamento sonoro.

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