COMO USAR ESTE LIVRO

Use as Leis a Seu Favor é dividido em 15 capítulos e cada um deles fala sobre seus direitos em u m a
diferente área do seu dia-a-dia. Dentro de cada capítulo, várias situações são abordadas no formato Como r e c l a m a r e v e n c e r 6
pergunta-e-resposta a fim de dar acesso fácil e rápido às informações vitais de que você precisa.
Além disso, boxes que ocupam páginas simples ou duplas relacionam assuntos bastante importantes, Comprando produtos 22
como os direitos do consumidor ou as falhas dos serviços de saúde, por exemplo. Fluxogramas,
tabelas e listas ajudam você a identificar seus direitos e as ações que deve tomar.
Contratando serviços 52
Ao final desta obra, você dispõe de Os boxes Regra de Ouro dão
modelos de cartas que o ajudarão a
Entretenimento & viagens 73
a você dicas que ajudam a
redigir u m a correspondência p a r a evitar, logo no início, a l g u m a
uma situação específica. Serviços de saúde 108
situação problemática ou
a ter certeza de que a sua
reclamação é pertinente e
Serviços legais & financeiros 134
está sendo levada a sério.
Sua c a s a , seu lar 164

Locador & locatário 178

Compra & venda de imóveis 190

Compra & uso de c a r r o 210

O mundo do trabalho 234

Danos & acidentes 250

Relacionamentos 268

Serviços educacionais 296

Proteja sua privacidade 312

Disputas de herança 326

Modelos de c a r t a s 336

Endereços úteis 386

Você pode recorrer à seção
Endereços Úteis para desço
b r i r como e n t r a r em contato
com as instituições e organi-
zações citadas no texto.
E m algumas partes do texto
você encontra u m Aviso, que
serve para trazer à tona
alguns assuntos-chave que
você precisa ter e m mente
antes de entrar e m ação.
E m alguns casos, a respcs
é seguida de u m Plano de
Ação, que é, na verdade,
u m guia passo-a-passo dcs
c a m i n h o s a seguir p a r a
fazer valer os seus d i r e i t o
índice 390
O conteúdo deste l i v o reflete o situaçõc legislativo brcsileira ex/senle d data ao
sua conclusão. A própria natureza do assunto e o constante aperec mento de novos
textos legislativos levam a que o obieto desta obra esteo sjiei o o permanente
modificação. Fica-nos a convicção de que o essencial ia disciplino jurídico das
matérias aqui apresentadas se mantém válido e que oíconceit»s básicos e os
princípios fundamentais, que permitirão ao leitor o compreenscc da realidade do
direito, se mantém inalterados. Reader's Digesf Brosil editores colaboradores
D

não aceitam qualquer responsabilidade por algurro oçôu "onadí oli riflo tomada
no ouséncia de um acompanhamento profissional.

COMO RECLAMAR
E VENCER
O seu plano de saúde pode negar um
tratamento que você tem certeza de que está
incluso no contrato? O seu banco pode debitar
de sua conta taxas sem antes avisá-lo?
quanto aos pedreiros ou marceneiros qi
repetidas vezes não conseguem seguir
suas instruções... ou os professores que
se recusam a tomar uma atitude
contra os "valentões" na escola dos
seus filhos? E l e s podem fazer isso?
Seia qual for a resposta, a chave
para fazer valer os seus direitos
está em saber como apresentar
uma reclamação eficaz -
pessoalmente, por escrito ou,
por fim, na Justiça. Há quatro
"regras fundamentais" da
reclamação: conhecer os seus
direitos, manter a c a l m a , ser claro
quanto a seus objetivos e persistir no
que você deseja. Siga essas regras
quando se sentir enganado, roubado ou
lesado; e, seja simplesmente exigindo a
devolução de um bem defeituoso, apelando
a um órgão de defesa do consumidor ou
processando uma organização, você pode
lutar contra a s injustiças, e vencer.
IJUMIKU K C Ü K M 3
FUNDAMENTAIS P A R A QUB SOU FADCA-PeeTA
UMA R E C L A M A Ç Ã O BM BBSISTèNCtA/
REGRA UM
Conheça os seus direitos
Ao ler este livro, você terá uma idéia clara dos seus
direitos básicos em todas as áreas d o dia-a-dia - do
seu direito a reivindicar u m a i n d e n i z a ç ã o por perdas
e danos aos seus direitos como i n q u i l i n o de u m
apartamento; ou, por exemplo, do seu direito de
deixar o trabalho por causa de uma emergência
médica familiar ao direito de reclamar d e um
produto defeituoso. M u n i d o desse conhecimento,
você estará confiante para exigir seus direitos.
Seja rozoável Os direitos nem sempre são tão
óbvios, e você vai achar que a palavra "razoável"
surge repetidamente e de forma inesperada em
vários trechos e leis citados neste livro. O termo
razoável é muito usado na lei para descrever eventos
típicos em determinada circunstância, que não seja
excessiva o u extrema. Isso muitas vezes pode ajudar
quando você depara com uma situação insatisfatória caro do cue comprar uma máquina nova, então você
e e pergunta se o que aconteceu é razoável sob tais
S
tem de cbcidir se quer a substituição d o produto, o
circunstâncias. Se a resposta for " n ã o " , você pro- abatimento do preço ou a devolução da quantia
vavelmente está n o seu direito de exigir que o pro-
paga p o r ele.
blema seja corrigido, ou de cobrar uma indenização
Se o pmblema é u n serviço que não foi executado
por algum dano que lhe tenha sido causado.
de maneira satisfatóra, v o c ê está pronto a dar a
oportunidade ao profissional de refazê-lo ou prefere
R E G R A DOIS
confiá-lo a outro profissional e pedir
Mantenha a calma
uma indenização?
Sua própria atitude também deve ser razoável.
Se você sabe o q u e quer desde o começo, terá
Quando algo dá errado, é compreensível que você
mais chances de alcançar o seu objetivo.
fique impaciente, aborrecido ou irritado, mas é mais
provável que tenha êxito se mantiver a calma e for
REGRA QUATRO
educado. N ã o fique furioso e jamais assuma uma
Persista no que d e s e j a
postura de confronto, agindo de maneira rude ou
Se você não conseguiu l o g o o que queria, precisa
agressiva. Se você se empenhar em expiicar clara e
ser persistente:
racionalmente o problema, mais pessoas estarão
• !\>ça para falar c o m o supervisor ou o chefe, caso
dispostas a tentar corrigir a situação.
não esteja fazendo p-ogresso.
• Registre todas as conversas, se foram por telefone
R E G R A TRÊS
ou pessoa mente, i n c l u i n d o a data, a hora, o nome e
Seia claro sobre seus objetivos
0 cargo da pessoa c o m q u e m vt>cê falou, e sempre
Para fazer uma reclamação com sucesso, é impor-
exija o número d e r e g i s t r o d o atendimento,
tante deixar claro desde o princípio o que você de-
principalrrente se f e r por telefone.
seja obter. Cada problema pode ser resolvido de
• N ã o se deixe i n t i m i d a r p o r afirmações criadas para
diferentes formas: por exemplo, se lhe foi vendida
dissuadi-lo, c o m o " r i o aceitamos devolução"ou
u m a máquina de lavar defeituosa, e a assistência
"essa não ? a p o l í t i c a da c o m p a n h i a " . Essas afir-
técnica autorizada diz que não é possível consertá-
marõp« frpralmpptf» «tjo irre»levantes diante dos seus
| , i , ou i.|iti- não v.ik' , i pena fazè lo pomue
i . i . 1 1 • - m e s m o •n ic v c i i:.,\
^
 • Contanto que o que você deseja seja razoável, não
F I S C A I S E ÓRGÃOS R E G U L A D O R E S profissão de corretor de imóveis. A s s i m , a
permita que o afastem do seu propósito por
Existem vários órgãos aos quais você pode apelar caso tenha tentado outros meios de reclamar, elaboração das normas relacionadas à
mas não tenha obtido resultados satisfatórios. Entre eles estão os diversos órgãos de proteção ou disciplina e à ética do exercício profissional ê comentários sobre as dificuldades em atender ao seu
fiscalização criados pelo governo, como, por exemplo, as agências reguladoras de serviços públicos, o s da responsabilidade do Cofeci, enquanto a pedido, como " n ó s perderemos dinheiro se fizermos
órgãos de proteção e defesa do consumidor; o Ministério Público, que tem autorização da lei para fiscalização e o registro profissional f i c a m a isso"ou algo assim. Isso é problema deles, não seu.
processar órgãos públicos ou privados em casos de irregularidades ou ilegalidades, representando os cargo dos conselhos regionais. • Se as abordagens iniciais não surtirem efeito, você
cidadãos nas ações judiciais; os fiscais preparados para receber reclamações feitas dos órgãos publica pode precisar levar o caso adiante: por exemplo,
administrativos e as Corregedorias, que visam a fiscalizar determinadas atividades públicas, como a Conselho Nacional de Auto-Regulamentação escrevendo uma carta de reclamação para o
polícia ou o Judiciário. Existem, ainda, diversas entidades nao-governamentais que também possuem Publicitária (Conar) O Conar é uma escritório central da companhia, fazendo uma
esse papel, como os conselhos ou as associações representativas de classe, que exercem fiscalização. organização não-governamental que visa a queixa formal em u m órgão competente, ou mesmo
Para detalhes sobre como contatá-los, veia a lista de telefones e endereços úteis no final deste livro. promover a liberdade de expressão publici-
ameaçando entrar com uma ação na Justiça.
tária e defender as prerrogativas constitucio-
• Guarde uma cópia de cada conespondência e
Agência Nacional de Saúde Suplementar ( A N S ) ou regulamentadas pelo Banco Central nais da propaganda c o m e r c i a l . Sua missão in-
clui principalmente o atendimento a denúncias qualquer outro documento relacionado à recla-
Encarregada de resolver reclamações de e m conjunto c o m outras entidades mais
de consumidores, autoridades e associados. mação, como cotações de preços, orçamentos de
pacientes sobre tratamentos de saúde. específicas, de acordo com cada a t i v i d a d e .
serviços, faturas, notas fiscais de compra e recibos.
Banco Central do B r a s i l Regula Comissão de Valores Mobiliários ( C V M ) Conselho Regional de Engenharia e
companhias prestadoras de serviços Regula e fiscaliza, juntamente com o Banco A r q u i t e t u r a (Crea) Fiscaliza os profissionais ANTES DE RECLAMAR
financeiros, incluindo e m p r e s a s que a t u a m Central, os corretores da bolsa de valores. de engenharia e a r q u i t e t u r a . Se possível, tente resolver o problema
no ramo de consórcio, bancos e instituições pessoalmente ou por telefone. Por exemplo, leve o
financeiras que oferecem créditos no Conselho Federal de Corretores de Imóveis Conselho Regional de Medicina ( C R M ) ferro de passar roupas defeituoso de volta à loja
mercado ( e m p r é s t i m o s ) . Algumas (Cofeci) e Conselho Regional de Corretores Fiscaliza os profissionais de medicina. onde o comprou; telefone para o banco e fale sobre
atividades financeiras são fiscalizadas de Imóveis (Creci) Regulam e fiscalizam a vaiores debitados indevidamente de sua c o n t a -
Corregedorias de Policia Civil ou M i l i t a r ,
peça para talar com o gerente.
Federal ou Estadual Investigam denúncias
R E G U L A N D O SERVIÇOS ESSENCIAIS Algumas vezes, os problemas são complicados
sobre a polícia.
Os serviços essenciais são fornecidos aos consumidores. Dessa forma, quando há um demais para serem resolvidos de uma hora para
problema ou uma insatisfação com relação a um serviço essencial, você deve procurar M i n i s t é r i o da Educação e Cultura ( M E C ) outra, pessoalmente. Por exemplo, se a lava-louças
o órgão de proteção e defesa do consumidor de sua cidade. Eles são também fiscalizados Inspeciona e produz relatórios sobre escolas que você comprou está alagando sua cozinha, você
e regulamentados por Agências Nacionais criadas pelo governo. E l a s podem receber públicas e p a r t i c u l a r e s , incluindo creches, precisará de tempo para avaliar 0 dano, descobrir
reclamações e intermediar conflitos entre fornecedores e consumidores. universidades e cursos de extensão. quem é o responsável, checar seus direitos (legais) e,
então, reunir as evidências necessárias. Nesses
M i n i s t é r i o Público Tem como função casos, ou se as suas solicitações iniciais não forem
principal a defesa dos interesses da atendidas a contento, você pode precisar partir para
Água e esgoto A N A - Agência Nacional de Águas
sociedade, bem como fiscalizar a
uma queixa formal. Antes de lançar mão da caneta,
Telefone Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações aplicação e a execução das leis.
você deve seguir três passos:
Postos de gasolina ANP - Agência Nacional do Petróleo 1 Descubra a quem você deve encaminhar
O r d e m dos Advogados do B r a s i l ( O A B )
Energia elétrica Aneel - Agência Nacional de Energia E l é t r i c a Regula e fiscaliza a profissão de advogado. sua queixa - de preferência o nome de
Fiscaliza t a m b é m a condução de reclamações quem ocupa o cargo responsável pelo
Planos de saúde ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar recebimento da reclamação.
contra advogados.
B a r c a s , catamarãs, rios Antaq - Agência Nacional de Transportes Aquaviários 2 Obtenha aconselhamento apropriado.
Ouvidorias I n v e s t i g a m denúncias a respeito 3 Decida o que você quer.
Ônibus, trem, rodovias A N T T - Agência Nacional de Transportes Terrestres
de m á a d m i n i s t r a ç ã o e m órgãos públicos.
PASSO UM
Superintendência de Seguros Privados
Outras agências r e g u l a d o r a s :
Descubra com quem r e c l a m a r
(Susep) Regula e fiscaliza as companhias de
Geralmente, a melhor maneira de começar é com
seguro, p r e v i d ê n c i a privada e capitalização.
Adene - Agência Nacional de Desenvolvimento do Nordeste a pessoa imediatamente responsável pelo seu
A D A - Agência Nacional de Desenvolvimento da Amazônia problema ou com aquela c o m a qual vixrê manteve
T r i b u n a l de Contas da União ( T C U )
Julga as contas dos a d m i n i s t r a d o r e s contato. Escreva à loja de móveis informando
Ancine - Agência Nacional do Cinema que a estante sob medida ficou fora das medidas
e demais responsáveis por dinheiros,
bens e valores públicos. especificadas. Em uma carta ao gerente da loja de
eletrodomésticos, explique exatamente o que há de
errado com o televisor que v o u i omprou nc semana
1
 pussaUa. Avise àu lucadoi pui tsciuo que a uüúüaçdu
detesa do consumidor ou a agencia reguladora
continua, apesar da promessa de conserto. Buscando a orientação mais aaequaaa
responsável pelo serviço.
Se você está lidando com uma grande Há uma série de organizações que podem aiudá-lo a obter sucesso e m sua reclamação.
Algumas vezes, você terá diversos caminhos a
organização, pode ser necessário falar ou escrever Algumas oferecem orientação geral e dão assistência prática p a r a prosseguir com
escolher. Por exemplo, se você sofreu prejuízos cun
para algum superior ou alguém mais especializado - sua queixa. E l a s variam de departamentos do governo a órgãos voluntários, de
um atendimento médico de má qualidade, você organizações comerciais a grupos especializados em fazer pressão e m áreas especificas.
talvez no escritório central (matriz) ou no serviço de
pode contatar seu advogado, utilizar o p r o c e d i m a t
atendimento ao cliente.
de reclamação da A N S (Agência Nacional de S a ú a
Muitas das grandes organizações têm u m
Suplementar), apresentar uma queixa do médice
procedimento oficial para reclamações. A primeira ORGANIZAÇÕES Q U E P O D E M A J U D A R
ao CRM (Conselho Regional de Medicina), Para endereços, telefones, e-mails e sites das organizações a s e g u i r ,
pessoa a quem você se dirige deve ser capaz de lhe
contatar seu plano de saúde, abrir u m processo veia a lista de telefones e endereços úteis no final deste livro.
dizer o que fazer e a quem recorrer. Os detalhes
pedindo indenização, ou tentar uma combinação
podem estar impressos em um boletim ou manual
dessas possibilidades.
de normas da organização. Caso contrário, telefone Órgãos de proteção e defesa do consumidor Associações c o m e r c i a i s Criadas por
e pergunte quem cuida de tais reclamações - Órgãos ou entidades públicas de proteção e comerciantes p a r a proteger os interesses de
PASSO DOIS
consiga o nome e o cargo, e enderece sua carta a defesa do consumidor são ligados às seus m e m b r o s . Geralmente possuem um código
essa pessoa.
Obtenha aconselhamento prefeituras municipais, na maioria dos casos de conduta que prevê sanções, como multas ou
Se o seu problema é complicado nu v«vè v|iiet ter recebem o nome de Procon. Eles prestam expulsão da associação.
Há situações em que você pcxle preferir reconer a
certeza sobre sua situação legal, ou, airda, se informações, esclarecem o respeito de direitos
u m intermediário para resolver a questão, como, por
reclamou e não obteve êxito, v<x:ê provavelmente I e deveres, fiscalizam relações de consumo, e Delegacias de proteção ao consumidor
exemplo, sua empresa de seguros, que, depois de
precisar da orientação de um especialista. Isso irá aplicam penalidades, atuando na busca pelo Delegacias de Policia Civil que atendem a
u m acidente de cano, irá negociar com a companhia consumidores v í t i m a s de otos ilegais ou
ajuda lo ,i decidir se vale a pena pers stir e, e m cat> cumprimento da legislação de proteção ao
de seguros do outro motorista. Km casos como esse, consumidor. São órgãos ou entidades infrações penais praticadas pelos fornecedores
positivo, como proceder.
o intermediário deverá lhe dizer como prixvder. administrativos, e não judiciais. contra as relações de consumo, como:
• omitir informações sobre a nocividade ou
Verifique seu seguro
Avançando degraus Se a sua Ordem dos Advogados do Brasil Entidade periculosidade de produtos ou serviços nos
Muitas pess.ias, rótulos, embalagens, ou em publicidade;
reclamação não foi atendida de de classe responsável pela fiscalização
|i£<? freqüentemente sem se dos advogados e estagiários de Direito. É • deixar de comunicar às autoridades
imediato, você pode leva la adiante
KO .Li: conta lèm proteção organizada e m conselhos federal e estaduais, competentes e aos consumidores a
na escala de hierarquia da
legal inclusa em suas que m a n t ê m u m setor de atendimento aos nocividade ou periculosidade de produtos
empresa ou organização.
apólices de seguro. cidadãos, oferecendo ajuda legal em problemas cuio conhecimento tenha se dado opôs
O número de degraus
Primeiro, verifique se o de toda espécie. T a m b é m dispõe de u m site a colocação no mercado;
que você terá de subir
seguro da sua residência com um diretório para a j u d a r a encontrar • deixar de retirar tais produtos ou
dependerá do tamanho advogados especializados nas diversas áreas
(para aclamações sobre ber* serviços do mercado, após a determinação
da organização. do Direito no seu estado. da autoridade competente;
e serviços) ou d o seu carro
Se a sua queixa for • fazer afirmação falsa ou o m i t i r informação
(paia rei lam.içoes . onlra o u t r w
contra u m profissional Associações de defesa do consumidor F o r a m importante sobre a natureza, durabilidade,
motoristas) cobrem as
liberal ou autônomo, seu criadas diversos associações privadas com o preço ou garantia do produto ou serviço;
respectivas despesas legais.
próximo passo pode estar objetivo de promover a defesa do consumidor. • fazer publicidade enganosa ou abusiva;
Seguros de viagem também
limitado a contatar o órgão Para poderem atuar em iuizo, a lei exige que • deixar de organizar dados fatuais, técnicos
podem cobrir custos legais s e , tenham no mínimo um ano de existência. Como ou científicos que dão base à publicidade;
de proteção e defesa d o
por exemplo, você tiver de f a z e a sociedade civil vem se organizando cada vez • utilizar peças ou componentes de reposição
consumidor, ou a
uma reclamação pm danos mais, a cada dia surge uma nova associação usados na reparação de produtos sem a
entidade à qual ele
contra alguém como resultado d. com esse objetivo. Procure uma em sua cidade. autorização do consumidor;
está vinculado, para
u m acidente ocorrido no e x t e r • fazer cobrança de dívidas utilizando-se de
obter orientação sobre
ou no caso de extravio Núcleos de p r á t i c a j u r í d i c a das faculdades de ameaça, coação constrangimento físico ou
como prosseguir com
de bagagens. Direito São setores vinculados aos cursos de moral, afirmação falsa, incorreta ou enganosa;
sua reclamação.
Direito e m universidades. Prestam orientação • impedir que o consumidor tenha acesso às
Se sua companhia de
Caso você e serviços g r a t u i t o s a todos os cidadãos. Os informações mantidas sobre ele em cadastros, :
seguros oferece esse t i p o d
esteja enfrentando alunos que j á estão terminando a faculdade bancos de dados, fichas ou registros;
cobertura, geralmente há u m prestam atendimento jurídico, supervisionados • deixar de corrigir informações inexatas
diliculdades com a empresa de telef >nu n u c o m
central de atendimento para a q~u por professores e coordenadores, atuando sobre o consumidor nesses mesmos cadastros; •
alguma outra companhia que presta serviços
você pode telefonar e obter orientações iniciais. nos processos judiciais ou administrativos • deixar de entregar ao consumidor o t e r m o de :
essenciais, siga os procedimentos de reclamação da
abertos nos órgãos de proteção e defesa garantia adequadamente preenchido e com
companhia. Se sua queixa não for resolvida
Orientação gratuita do consumidor. especificações coras sobre o seu conteúdo.
s.ilisi.iloi i.imenle, contate o órgão de proteção e
ou barata Muitos advogados ofereci n u m a
w que conâuiui urna ü o u c a r t a ae lecíurnaçaoy
Quando você faz uma reclamação, o resultado vai depender muito da impressão que você c r i a r
com sua carta. É mais provável que as pessoas o levem a sério se sua carta for bem
apresentada e o tom for lúcido e moderado, como no exemplo a seguir.
O que fazer:
• enderece sua carta à pessoa responsável por
resolver o problema;
• seia educado - f i r m e , mas razoável;
• relate o problema de forma clara logo no início;
• forneça cópias de toda a documentação, como
cotações, recibos e notas fiscais de compra
(guarde os o r i g i n a i s ) , ou descreva as demais
evidências que você pode providenciar;
• explique o que você iá fez para tentar
conseguir uma solução;
• exponha claramente o que você quer,
aponte os prazos legais para a solução,
como, por exemplo, o de t r i n t a dias para
o reparo de produto defeituoso.
a n , 1
* « d b c W • ° ' fi^,
O que não fazer:
• parecer constrangido, escrevendo frases
como "sinto muito incomodá-lo";
• usar linguagem hesitante, como " t a l v e z eu
possa ter direito a uma devolução". E m vez
disso, você deve dizer "eu tenho, portanto,
direito a uma devolução";
• ser vago - dê detalhes precisos;
• oferecer alternativas, como "eu gostaria de
uma devolução ou um abatimento do preço" -
se o reparo não for possível, tente a devolução
p r i m e i r o , ainda que deva estor preparado pare
fazer concessões mais tarde;
• mandar sua carta antes de checar a
g r a m á t i c a e a ortografia - peça a alguém que
faça uma revisão (imprecisões fardo sua carte
perder f o r ç a ) .
c , „ , 3 ^ i
í e
"t' ^im d e 2 ,, K
r
**ado
e
'"""'"•i-to.
cunsulta íruaai gratuita ou a u m preço mais baixo.
Para certas reclamações, você pode combinar o
pagamento ao final da ação, com base no valor que
vier a receber.
Associações especializadas ou profissionais
Considere se seu problema pode ser avaliado por
alguma organização especializada com interesse em
ajudá-lo. Sindicatos muitas vezes oferecem
orientação legal gratuita aos seus membros sobre
questões trabalhistas e podem financiar uma ação
desse tipo se parecer que você está sendo tratado de
forma injusta ou abusiva, ou se você tiver sido
dispensado do seu emprego e não houver recebido
todos os seus direitos.
O u você pode pertencer a uma associação
profissional ou de proteção de direitos com
experiência em questões similares - por exemplo,
associações de proteção e defesa do consumidor.
Se você é comerciante e está c o m dificuldades em
relação a cheques sem fundo, pode contar com a
associação de lojistas, que oferece orientação
legal aos seus membros gratuitamente ou a um
preço reduzido.
Justiça gratuita O acessa à Justiça é u m direito
fundamental garantido pela Constituição Federal.
Por isso, o governo tem de manter a assistência
judiciária gratuita para pessoas carentes ou de baixa
renda, que não podem arcar com as custas judiciais
e os honorários de advogados. Assim, você pode
contar com a Defensoria Pública, com o Ministério
Público, ou com a entidade responsável por esse
atendimento no seu estado.
Com esse mesmo objetivo de garantir aos mais
pobres o acesso à Justiça, criou-se uma lei que isenta
as pessoas carentes do pagamento das custas e dos
honorários advocatícios, e isso tanto na hipótese de
ela estar assistida por u m advogado ou por uma
associação de proteção especializada (que terão de
declarar por escrito no processo que não vão cobrar
pelos serviços prestados) como na hipótese de ela
estar assistida pela Defensoria Pública ou entidade
semelhante em cada estado.
Para fazer uso desse benefício concedido por lei é
necessário apenas apresentar a "declaração de
pobreza", ou seja, de que você não tem condições de
arcar com as custas judiciais e honorários de
advogados sem o prejuízo do seu sustento e de sua
família, e a "declaração de assistência gratuita" do
advogado nu da av.on,iç,io especializada ou de
proteção. Mas o juiz, para conceder o benefício, pode
exigir que você comprove o que está afirmando. Essa
comprovação se faz com a apresentação de seu
contracheque ou da carteira de trabalho e previdência
social, ou de outro documento que comprove seus
rendimentos mensais.
E m casos de discriminação A Constituição
Federal determina que todos são iguais,
independentemente de cor, raça, religião o u
sexo. A discriminação racial, de cor, religião ou
nacionalidade é crime. Se você acredita estar sendo
vítima de discriminação ou sendo molestado - por
exemplo, se você acha que deixou de ser promovido
por causa de sexo o u raça ou que está sendo
sexualmente importunado pelo seu chefe - , pode
fazer uma notícia-crime, por meio de um registro de
oconência em uma delegacia da Polícia Civil.
Existem também várias organizações não-
governamentais que oferecem apoio nesses casos.
PASSO T R Ê S
Decida o que você quer
Após receber a orientação correta sobre quais são
seus direitos, você pode decidir o que quer e o que é
viável. Não aja de maneira precipitada, nem
descarregue suas emoções sem pensar no objetivo
de sua reclamação.
Algumas vezes, sua decisão acerca do que quer
pode ser influenciada por fatores emocionais. Uma
explicação, desculpa o u investigação oficial pode ser
tão importante para você quanto uma indenização.
Se você tem uma queixa específica, pode optar por
fazer uma denúncia ou reclamação, para que a
pessoa seja punida individualmente ou até mesmo
para garantir que alguém seja processado
criminalmente pela ofensa.
Na sua vida privada, você pode querer impedir
alguém de fazer algo que seja perigoso ou que seja
um incômodo para você. Em muitas situações você
pode querer que seus gastos sejam reembolsados,
se alguém tiver lhe causado perdas financeiras.
Se souber exatamente o que quer, vai ser mais
fácil fazer sua reclamação.
R E C L A M A N D O POR E S C R I T O
Você já sabe com quem reclamar, conseguiu a
informação pertinente e técnica sobre o caso e está
ciente do que quer. Tentou resolver o problema
pessoalmente ou por telefone, e não obteve sucesso
 apresentar sua reclamação por escrito. «nica u e ir para os Tribunais seja, se você tem uma reclamação sem amparo legal. dueilu de lei o üabailio leieito e também d t ter
Você mesmo pode redigir uma Iniciar uma ação judicial deverá sempre ser o últiir: Por exemplo: reparados os danos causados, do teto até o chão. As
carta ou usar o procedimento recurso, já que pode representar maiores gastos e • se você concordou em pagar por algo e depois despesas acarretadas são u m a conseqüência
demora na solução do descobriu que poderia ter pago mais barato em razoavelmente previsível da falha do encanador e m
oficial de rei i . . ..., S\M fSTO é MBfO ANJíQUAVO,
t
problema. Antes de dar realizar o trabalho de forma adequada. Mas >'0cê
outro lugar;
a organização dtapusei M $ PENSE NA GRANA QUE
A esse passo, esteja certe g • se você fechou contrato para vender sua casa e não pode reclamar contra o encanador, por exemplo,
que você á tentou toca porque você não pôde lavar seu cabelo e, por isso,
' f c a e v a uma carta de BCOjiOMJZAREMOSjAO L6VAM0O depois resolveu desistir;
uma só página - outros
• •-••"» r rtn as outras opções. • se a eletricidade de sua casa foi cortada durante perdeu um contrato como modelo. Isso não poderia
detalhes importantes, como O CASO AOS TRIBUNAIS! Você também deve uma enchente. ser razoavelmente previsto.
considerar se ;> que pode
uma lista cronológica dos
ganhar com uma ação Tipos de ações judiciais
acontecimentos ou cópias Danos causados por negligência, imprudência ou
judicial con | tensa todos ... A maioria das causas que motivam disputas judiciais impericia de alguém Aos olhos da lei,
de documentos, podem
custos de tempo, estresst "negligência"significa deixar de fazer aquilo que a
ser anexados. Envie corno geralmente estão incluídas em uma das hipóteses
e dinheiro. |\tr exemplo,
carta registrada com a seguir: diligência normal exigia; "imperícia" é a falta de
há poucas k 11 hilidades
Aviso de Recebimento • inadimplemento contratual; conhecimento técnico ou teórico para realizar u m
de ganho ao prosseguir
(A.R.) ou por u m serviço • danos causados intencionalmente o u por
com uma ação contra uirc
de entrega especial negligência, imprudência ou imperícia de alguém.
empresa insolvente (falidü
que exige assinatura De acordo com a regra geral, aquele que faz as
já que. inesini i>,inliando VALE A PENA PROCESSAR?
no recebimento - alegações é que tem o ônus de provar o cue está
ação, vai sei hl d l iccebci
dessa forma não será alegando. Então, nos três casos, você terá de provar
pagamento o!,i i ulenizaçãt.. Os prós e contras de m o v e r uma ação
possível alegai que a que a pessoa ou organização que está processando
Contudo, si' vi., ,• não judicial devem ser cuidadosamente avaliados.
correspondem ia n.io l. falhou em cumprir um contrato ou uma ctrigação,
puder resolver nua queixa d; A lista a seguir pode ajudá-lo a t o m a r o
recebida. Guarde uma ou lhe causou u m dano por ter deixado dclomar os melhor decisão.
nenhuma outra I n t u a , p o d e
cópia e faça anotações cuidados mínimos necessários para evitar jonos às
não :er outra opç«o senão
sobre a resposta e o q u : outras pessoas. Prós
mover uma açái > n dicial. E r n
foi combinado. regra, você vai precisar de u m • A ameaça de uma ação na Justiça
Uma carta pode ser Inadimplemento c o n t r a t u a l U m contratoé freqüentemente é o suficiente para levar o
advogado para isso, ,i menos c j i .
tudo o que é preciso firmado quando você e outra pessoa ou utpnização outro lado (a outra parte) a e n t r a r em
i causa possa sei .ivah.ul.i em a t é
para que se chegue a estabelecem obrigações que deverão ser cinpridas u m acordo.
vinte salários m i n i ruis, h i p ó t e s e
por cada um, como, por exemplo, uma pregação de • Processar vai resolver o problema, desde
u m resultado n que será aprcsenl ula nos
que você tenha chances de vencer.
satisfatório. Em luizados lispeci.us. u m serviço ou o fornecimento de bens a você,
• Entrar com a ação na maioria das vezes
outros casos, porém, normalmente e m troca de dinheiro. Entãnse você
garante que a justiça seia feita.
você pode ter de Se v o e estivei UNolviilo a e n encomendou uma nova mesa de jantar, entratou
escrever várias cartas trai com uma açaí» j u l ciai, o m a i s u m encanador, ou :ez uma resen-a num nstmrante, Contras
para negociar um acordo prudente e consultar u n i es vcialistca. 3 você firmou u m contrato - com ou sem arados • Freqüentemente as causas são proteladas e
menos paia continuai se você U m u n i IHIIII caso. por escrito. d e m o r a m muito tempo.
Nõo aceite uma oferta .«otlsfataria Se você A lei pressupõe que se cumpram certa; :ejras • E n t r a r com uma ação judicial pode ser
chegou a um impasse einus negociações, entre em
O que buscar na Justiça? nas negociações - conhecidas como rega; m u i t o estressante.
contato com o órgão do*«ono, órgão de defesa ou V. importante ter em m e n t i q.;e a luslie.i so p o d e vt implícitas - que são obrigatórias: por exrdo, • Processar, às vezes, pode sair caro -
acionada se as reivindicações tiverem liiiulamentr o qualquer objeto que você compre numa deve mesmo que você não esteia pagando as
associação que fiscaliza n f e i t i v a organização,
na lei. Veja alguns casos e m que é possível entrar n ser adequado ao uso, estar em perfeito e;xo, ser custas judiciais, o seu gasto de tempo e
profissão or. nee/xio. EkvJi' ter u m procedimento
Justiça. Se você: esforço podem ser consideráveis.
de conciliação mi media,»»vira ajuda Io. apropriado ao objetivo para o qual é desttío
• comprou bens defeituosos; • Processar pode sair ainda mais caro se você
e corresponder à descrição apresentada pb
perder o ação - você terá de pagar as
P R E P A R A N D O SE P A R A • foi vitima de trabalho malfeito ou tratamento d l í fornecedor. Você também pode estipularam
despesas com honorários de advogados da
saúde de má qualidade; próprios termos de contrato, normalmernfor
M O V E R UMA AÇÃO J U D I C I A L outra parte e as custas judiciais do processo
• foi ofendido o u prejudicado no trabalho; escrito, com os quais a outra parte estará:;acordo.
Se você já escreveu cartis Josou pelos ( q u e m perde paga).
• estiver sendo incomodado pelo seu I, >. ,idur; Se alguém quebra os termos de um corfcto, isso
procedimentos formais l vlamação e não chegou • Ainda que você vença uma causa, pode não
• estiver sofrendo ameaças de v i o l ê n c i a de seu lhe dá o direito a uma indenização por ciruer receber o dinheiro se a outra parte não t i v e r
a lugar algum, p o d e este aproximando do p o n t o
antigo cônjuge.
em que terá de considera» possibilidade de entrar perda causada, desde que seja razoável»'? bens ou se elo não for encontrada na hara de
m m um? nçfVinn Jir.Hr: N ã o c possível acionar a Justiça nosí casos e m c q i previsível. Por exemplo, se u m encanador »<tala u m se fazer a cobrança.
viH'è não lenha 1 '"ito c o n t e i ido r o j ^ ^ chuveiro que ataca n seu banheiro, voce t i o
Ueleimuiáut) serviço uu ato. L ' íuipiuücncid"
significa a falta de cuidado necessário ao realizar
algo, ou seja, quando uma pessoa age de forma
perigosa, colocando outras em risco, sem adotar as
precauções necessárias.
Se você foi prejudicado, fisicamente ou de outras
formas, por causa da negligência, imprudência
ou imperícia de alguém, como, por exemplo, num
acidente de carro, ou ao receber atendimento
médico inadequado, você tem direito a
uma indenização.
Mas atenção: se você contribuiu de alguma forma
para o dano que sofreu, pode ter a indenização
reduzida (é a chamada culpa concorrente) ou
perder o direito a ela (se for o caso de a culpa ser
exclusivamente sua).
Para requerer uma indenização por perdas ou
danos que você tenha sofrido, em regra você terá de
provar tudo o que alega, ou seja, que o dano existe,
que existe uma relação entre ele e o ato praticado
pela pessoa que você quer prixx-ssar, que ela agiu
com a intenção de provocar o dano, ou de forma
inesponsável (com negligência, imprudência ou
imperícia), ou que ela descumpriu o contrato.
Em regra, você terá de provar:
• que a pessoa ou organização responsável lhe deve
uma "obrigação de c u i d a d o " - p o r exemplo, a
obrigação dos motoristas uns com os outros e com
os pedestres, ou a obrigação do síndico de fazer a
manutenção do condomínio;
• que a pessoa o u a organização violou sua
obrigação ao não agir com a precaução e o cuidado
que pcxieriam ter reduzido o risco de lhe causar
prejuízos - por exemplo, se outro motorista bate
no seu cano por dirigir em alta velocidade, ou se u m
tratamento hospitalar não funcionou porque o
médico residente não obteve uma segunda opinião
de u m colega mais experiente.
Determinações judiciais I ou 1'terminação
judicial é qualquer decisão de um juiz que obriga
uma pessoa ou organização a quem é endereçada ao
cumprimento de algo. Para obter uma determinação
judicial, existem várias ações judiciais (ramo, por
exemplo, as ações chamadas cautelares) e
instrumentos jurídicos específicos, como, por
exemplo, u m pedido de liminar ou de uma
antecipação de tutela (quando o juiz antecipa o
resultado da ação, ou seja, a sua decisão, em caso de
urgência, mas só faz isso quando é possível voltar
a l i á s nrss.i d e i isão até o final il<' p i " i c-si
como outei u n i u ueiei mutação luaiciai Você \
precisar contratar u m advogado que moverá uma
ação específica, de acordo com as suas
necessidades. Poderá ser, por exemplo, uma ação
cautelar com pedido de liminar para garantir a
integridade de u m bem ou de uma pessoa, ou de
uma prova de que você precise para mover uma
outra ação; poderá ser um mandado de seguranç.
que visa a garantir u m direito seu que está sendo
violado ou ameaçado por uma autoridade públic;
ou que exerça atividade pública; poderá ser uma
ação de conhecimento com u m pedido de
antecipação de tutela, quando o juiz concede o
pedido de antemão; dentre muitos outros casos
previstos na lei.
Uma vez que a determinação judicial é expedi
0 juiz vai impor a forma como ela deve ser
cumprida, por quem deve ser cumprida, o període
de tempo em que é válida ou obrigatória, ou seja,
por quanto tempo o réu tem de cumprir a obriga
determinada. I )ependendo do caso, por exemplo,
for uma determinação judicial por antecipação de
tutela de u m pedido, o juiz também pexie revoga
determinação após ouvir o réu, caso se convença
que ele tem razão.
Uma determinação deve ser prontamente
obediviila, podendo o juiz, no entanto, estipular
um prazo para o cumprimento da obrigação e u
multa como penalidade para o caso de não ser
cumprida dentro daquele prazo afixado.
M O V E N D O UMA
AÇÃO J U D I C I A L
Se você decidiu | loeessai uma pessoa ou
uma empresa, será tu isái io contratar u m
gado, <ceçio das causas a serem
propostas nos Juizados Es| ds Estaduais
Cíveis que têm o seu valor avaliado em
até vinte salai os mínimos
Fazendo uma reclamação
na Justiça Comum
Na tiibunal estadual ou federal, não há limitação (
ação quanto ao valor da causa. Assim, você p o d e
requerei o v a l o i q u e a c h a i que u-m o direito de
receber, seja com base em u m contrato firmado, <H
com base em u m direito assegurado por lei, o u
decorrente de u m dano que lhe foi causado.
Em qualquer hipótese, você vai precisar contratj.
um a d v o g a d o para ivpn-sentá Io e orienta Io
Q U E TRIBUNAL VAI DECIDIR SUA CAUSA?
Tribunais Superiores
• STF - Supremo T r i b u n a l Federal
• STJ - Supremo T r i b u n a l de Justiça
• TST - Tribunal Superior do Trabalho
• TSE - Tribunal Superior Eleitoral
• STAA - Superior Tribunal M i l i t a r
Tribunais e Juizes Estaduais
• T J - Tribunais de Justiça
• TA - Tribunal de Alçada
• J D - Juizes de Direito
Tribunais e Juizes Federais
• T R F - Tribunal Regional Federal
• J F - Juiz Federal
Cada esfera do Judiciário é responsável por
i u l g a r determinados tipos de causas, de acordo
c o m a sua natureza. Ass m , as causas devem
ser propostas e m cada esfera, conforme sua
classificação. De acordo com a ordem jurídico
de nosso país, as decisões podem ser revisadas
por meio de recursos, se houver insatisfação de
uma das partes.
As causas trabalhistas serão julgadas por u m
juiz do trabalho, que atua na Vara do Trabalho.
Se uma das partes f i c a r insatisfeita com a
decisão desse juiz, poderá recorrer ao Tribunal
Regional do Trabalho. Alguns casos podem ser
revistos pelo Tribunal Superior do Trabalho.
Os cosos em que houver interesse da União,
a u t a r q u i a ou empresa pública federal serão
julgados por u m juiz federal, que atua na Vara
Federal. Se uma das partes ficar insatisfeita,
poderá r e c o r r e r ao TribLnal Regional F e d e r a l .
Os casos cíveis serão i Jlgados por juizes
estaduais, que otuam nos Varas Cíveis; ou nas
Varas de F a m í l i a , se for questão de Direito de
F a m í l i a ; nas Varas Empresariais, se for questão
de falência; nas Varas de Órfãos e Sucessões, se
for questão de herança; nos Juizados da Infância
e da Juventude, se for questão de adoção; nas
Varas C r i m i n a i s , se for questão relacionada a
u m c r i m e , dentre diversos outros órgãos que
integram a Justiça Estadual. Se uma das partes
ficar insatisfeita, poderá recorrer ao Tribunal de
Justiça do Estado. O caso pode, ainda, ser revis-
to pelo STJ e até pelo STF em última instância.
Os juizes eleitorais julgarão os conflitos e
c r i m e s eleitorais apurando denúncias, e, e m
caso de insatisfação de uma das partes, o
Justiças
• TRT - Tribunal Regional do Trabalho
• JT - Juiz do T r a b a l h o
• T R E - Tribunal Regional Eleitoral
• J E - Juiz E l e i t o r a l
• T M - Tribunal M i l i t a r
• J M - Juiz M i l i t a r
Juizados Especiais
• T u r m a s ou Conselhos Recursais
• Estaduais: J E C - Juizado Especial Cível
e J E C r i m - Juizado Especial C r i m i n a l
• Juizados Especiais Federais
recurso será iulgado pelo Tribunal Regional
Eleitoral. Alguns casos podem ser revisados
pelos ministros do T r i b u n a l Superior E l e i t o r a l .
Os juizes militares j u l g a rã o os crimes
praticados por oficiais m i l i t a r e s , e os recursos
serão julgados pelo Superior Tribunal M i l i t a r .
As cousas mais simples t a m b é m poderão
ser julgadas por juizes dos Juizados Especiais
Estaduais e Federais, e os recursos serão
julgados por Turmas Recursais compostas por
três juizes. A decisão pode, ainda, ser revista
pelo STF. Esses juizados f o r a m criados para
i u l g a r causas de menor complexidade, ou de
menor potenciol ofensivo, nos casos dos Juizados
Especiais Estaduais C r i m i n a i s .
Nos Juizados Estaduais Cíveis, o valor da
causa é fixado em até quarenta salários m í n i -
mos (são consideradas causas de menor com-
plexidade). Nas avaliadas e m até vinte salários
m í n i m o s , você não precisa contratar um advo-
gado, somente nas que s u p e r a r e m esse valor.
Nos Juizados Especiais Estaduais C r i m i n a i s
são julgadas as infrações penais de menor
potencial ofensivo, ou seia, os delitos ou
contravenções penais c u i a pena m á x i m a não
ultrapasse dois anos de detenção.
Nos Juizados Especiais Federais Cíveis, o teto
do valor da causa é f i x a d o em até sessenta salá-
rios mínimos. Nos Juizados Federais C r i m i n a i s ,
as infrações penais de menor potencial ofensivo
são os delitos ou contravenções penais cuia pena
m á x i m a não ultrapasse dois anos ou m u l t a . Os
Juizados Especiois receberam esse nome para se
diferenciar da.ustiça C o m u m ; eles integram u m
sistema independente, mas não são u m Tribunal.
p e i d i i l t o juiz. iouiculx: u m advogado conhece us
trâmites legais necessários a uma boa defesa, e, se
ele for especializado no tipo de causa que você
decidiu propor, as suas chances de obter êxito
são maiores.
Você deverá reunir todas as evidências a respeito
do caso e entregá-las ao seu advogado, para que
ele elabore a petição inicial e a apresente ao juízo
competente para julgar a sua causa. Se você tiver
interesse em uma conciliação, informe ao seu
advogado os termos que deixariam você satisfeito,
para que ele possa tentar um contato com a outra
parte e propor uma audiência de conciliação.
Geralmente é o réu quem propõe u m acordo. A
partir daí, você irá conversar com o seu advogado
sobre a proposta, se ela é vantajosa ou não, para
decidir se deve aceitá-la.
R E S O L V E N D O A QUESTÃO POR M E I O D E ACORDO
Freqüentemente, pode ser mais barato para
ambos os lados pôr f i m a uma ação judicial
antes que ela chegue a julgamento. Para isso, as
partes podem fazer u m acordo em qualquer fase
do processo. A lei inclusive determina que o juiz,
dentro dos parâmetros legais, deve tentar, a
qualquer tempo, conciliar as partes.
O acordo pode ser feito diretamente pelas
partes, sem qualquer participação do juiz ou de
um conciliador, mas elas terão de noticiar esse
acordo nos autos, por meio de uma petição,
endereçada ao iuiz, com identificação do juízo e
do número do processo, assinada por ambos. Se
tiverem advogado, ele pode assinar t a m b é m ,
informando os termos e m que foi feito, o que
cabe a cada parte, a penalidade em caso de
descumprimento, a q u e m caberá o pagamento
das custas judiciais, e requerendo o f i m do
processo, iá que a questão foi resolvida.
As partes podem convencionar a quem caberá
o pagamento das custas, iá que se trata de u m
acordo. Mas, c o n f o r m e a lei, o mais adequado é
cada uma das partes pagar a metade das custas
e assumir o pagamento dos honorários de seus
advogados individualmente.
O iuiz vai homologar esse acordo por
sentença, o que significa dar a ele validade por
meio de uma decisão judicial (que é a
sentença), determinando que as partes não
A menus que o seu advogaoo r e q u e i r a ao juiz
que você seja beneficiado pela gratuidade de Justiça
você terá de pagar as custas. O seu a d v o g a d o
poderá informar sobre os valores, que m u d a m
anualmente, mas você também pode consultar o
s/te do Tribunal do seu estado. C o n s u l t a n d o o M/C ca
O A B - Conselho Federal (www.oab.oi g.b), você
tem acesso aos endereços dos S/ÍIN de todos os
tribunais do país.
Quando o juiz receber a sua petição, n, ;
determinar que o réu seja citado paia se defendei
dentro do prazo legal, que em regra e d e \'i dias.
Então, o réu irá apresentar sua contratação (sua
deles.i), o, se ele |iint.u documentos IX >\o, seu
advogado leia um novo prazo paia se mmulestar
sobre esses documentos Se o réu n.u i npiesentar „
su.i defesa, o juiz pode julgai o caso imediatamente,
poderão mais recorrer com base n a q u i l o s f o f a s .
Elas poderão somente requerer a execução d o
acordo caso este sela dcscumprldo. Ou seia, s e
uma das partes nóo c u m p r i r o que f o i a c e r t a d o ,
a outra poderá voltar á Justiça para o b r i g a r ciuo
ela cumpra o que foi combinado, e x i g i n d o o
c u m p r i m e n t o t a m b é m da penalidade a f i x a d a , a
qual, na m a i o r i a das vezes, é uma m u l t a .
Logicamente, se houver inferes»» d e u m a d a s
partes e m fazer u m acordo desde o Inicio do
processo, e ela não conseguir entrar « m conta 1o
com a outra parte, ela pode aguardar a
audiência de conciliação, que será designada
pelo iuiz, para fazer a sua proposta So a o u t r a
porte aceitar o ntoposto, o i u i / lininolouara o
acordo por sentença na própria audiência de
conciliação, determinando quais serão OS
penalidades pelo noo-cumprimento, a quem
caberá o pagamento das custas, o lulgará
extinto o processo, ou seia, determinará o
seu f i m .
Caso não h a j a acordo nessa oportunidade, o
processo continua para que selam produzidas as
provas. Então o juiz ira designar outra
audiência, denominada audiência do Instrução e
julgamento, quando serão verificada» novas
provas, como, por exemplo, o depoimento das
partes e das testemunhas. Mas nessa audiênci o
t a m b é m pode ser feito u m acordo.
COMO F A Z E R UMA RECLAMAÇÃO SOZINHO
Você t e r á de redigir a sua petição inicial
sozinho, mas pode pedir aiuda nos postos de
atendimento dos Juizados.
Nela, você deverá se identificar informando
sua profissão, documentos de identificação,
endereço residencial, a l é m de fornecer essas
informações sobre o r é u .
Você terá de descrever com detalhes
tudo o que aconteceu, apontar suas razões
de direitos determinadas pela lei e os
requerimentos que deseja fazer, incluindo
quanto deseia receber de indenização pelos
danos sofridos. Você t e r á de anexar a essa
Petição todos as provas e evidências
que g a r a n t e m o seu d i r e i t o , e todos os
documentos relacionados ao fato, a l é m
de seus documentos pessoais.
Você pederá requerer o benefício da
gratuidade de Justiça, para não ter de pagar
custas e honorários de advogados se sair
vencido ou for recorrer. Para isso, terá de
anexar à sua petição comprovante de
rendimentos demonstrando que precisa
do benefício.
Você deve endereçar essa petição ao iuiz da
sua região. Para saber qual é o Juizado Espe-
cial e m que você deve propor a ação, consulte
o s/7e do Tribunal do seu estado. Se for uma
causa que envolva relação de consumo, a
ação será proposta no Juizado da sua região.
Se não envolver relação de consumo, a ação
será proposta no Juizado da região do réu.
No mesmo dia em que for dada entrada
nessa documentação, será marcada uma
audiência de conciliação, que ocorrerá no
Juizado, e o órgão enviará uma citação
para que o réu compareça à audiência de
conciliação e apresente sua defesa na
audiência de instrução e julgamento, que
r
pode o c o r e r no mesmo dia da de conciliação.
Se houver u m acordo entre as partes, será
lavrado o t e r m o por escrito, constando as
condições e penalidades para o caso do não-
cumprirnento. Esse acordo será homologado
por sentença pelo iuiz.
Se não houver um acordo entre as partes, o
conciliador irá designar a data da audiência
de instrução e julgamento, na qual o réu
deverá apresentar sua defesa, e deverão ser
produzidas todas as provas de que as partes
disponhom, a l é m dos documentos que iá
fornm nnexodns n inicial. Nessa a u d i ê n c i a .
o iuiz pergunta novamente se é possível f a z e r
um acordo. E m caso negativo, irá p r o f e r i r a
sentença. Se o réu não comparecer à
audiência de instrução e julgamento, a
sentença será decretada à sua revelia.
Se você ficar insatisfeito com a decisão do
iuiz, poderá r e c o r r e r à T u r m a ou Conselho
Recursal, e somente nesse momento você
terá de pagar as custas. (Mas você pode
requerer ao iuiz que seia beneficiado pela
gratuidade de Justiça.)
Fazer u m recurso pode ser complicado, e
você pode precisar da aiuda de u m advogado.
Assim, o mais seguro é p r o c u r a r pela Defen-
soria Pública. M a s se você decidir continuar
sozinho, terá de ser capaz de p r e p a r a r o seu
recurso por si m e s m o . Peça informações no
próprio Juizado sobre como pagar as custas.
Lá você encontrará modelos da guia que deve
ser utilizada para fazer o pagamento.
Você irá endereçar seu recurso ao mesmo
iuiz que julgou a causa, mas irá pedir que ele
encaminhe o caso ao Conselho ou T u r m a
Recursal, para que seia novamente
analisado. Você t e r á de demonstrar nas suas
razões do recurso que o iuiz errou ou
cometeu u m a i n j u s t i ç a , e que por isso você
está recorrendo. Você terá de requerer que a
decisão do iuiz seia substituída para que o
seu pedido seja concedido.
O réu será i n t i m a d o a se defender do seu
recurso, apresentando as suas contra-razões
ao recurso do autor, e a T u r m a ou Conselho
Recursal i r á analisar o caso novamente e
decidir d e f i n i t i v a m e n t e quem tem razão
e quanto o vencido terá de pagar de
honorários advocatícios ao advogado do
vencedor (os honorários são fixados entre
10% e 20% do v a l o r da condenação fixado na
sentença, ou seia, quanto o iuiz acha que
deve ser pago).
Caso a T u r m a ou Conselho Recursal
entenda que você t e m razão, o réu terá de lhe
pagar o que ficou estipulado na sentença e
c o n f i r m a d o pelo T r i b u n a l . Se ele não pagar,
você terá de c o b r a r o pagamento. Isso é feito
Por uma ação de execução.
Nessa ação, o iuiz vai determinar que o réu
pague e m 24 h o r a s . Se ele não pagar, o iuiz
irá d e t e r m i n a r que alguns dos bens dele
sejam vendidos e m leilão para que o valor
apurado pague a d í v i d a .
 se entender que nao ha mais provas a
serem produzidas.
Se o réu apresentar a sua defesa, o juiz pode
designar uma audiência de conciliação. Se houver
acordo, é redigido u m termo e o processo é extinto
(acaba). Se não houver acordo, o juiz irá designar
um nova audiência, se for necessário produzir
provas em audiência, como, por exemplo, o
depoimento das partes e de testemunha. Nessa
audiência também pode ser feito um acordo.
A p ó s produzidas as provas, o juiz irá julgar o caso
e proferir uma sentença, decidindo quem tem razão,
determinando os valores que devem ser
indenizados, as obrigações a serem cumpridas, as
custas a serem pagas e por quem devem ser pagas.
Se uma das partes ficar insatisfeita com a decisão,
poderá reconer ao Tribunal de Justiça do Estado. Tal
expediente é chamado Recurso de Apelação.
Se o réu não cumprir voluntariamente a obrigação
determinada na sentença, o seu advogado terá de
entrar com uma nova ação, com base nessa decisão,
denominada Ação de Execução.
Fazendo uma reclamação
nos Juizados Especiais
Se o valor da causa for maior do que vinte salários
mínimos (e menor do que quarenta salários
mínimos, que é o limite máximo para o valor da
causa nos Juizados), então você terá de contratar u m
advogado. Você também terá de entregar as
evidências a ele de forma que ele possa elaborar sua
petição inicial e apresentá-la ao juízo competente
para julgar a sua causa.
N o mesmo dia em que o seu advogado der
entrada na sua petição inicial, será designada uma
audiência de conciliação. Nessa audiência de
conciliação não é obrigatória a presença de u m juiz
- ela pode ser presidida por u m conciliador, que vai
expor às partes as vantagens da realização de u m
acordo e as desvantagens do prosseguimento
da ação.
Se houver u m acordo entre as partes, o termo será
lavrado por escrito, constando as condições e
penalidades para o caso do não-cumprimento.
Como se trata de Juizado Especial, ninguém terá de
se responsabilizar por pagar as custas, porque elas
não são cobradas nesse primeiro momento. Esse
acordo será homologado por sentença pelo juiz.
Se não houver acordo entre as partes, o
conciliador irá designar a data da audiência de
ins ração e julgamento, na qual o réu devera
apresentar sua deresa, e deverão ser produzidas
todas as provas de que as partes disponham, aln
dos documentos que já foram anexados à inicia
Nessa audiência, o juiz pergunta novamente se;
possível fazer um acordo. Em caso negativo, eleh
proferir a sentença. Por esse motivo, se o réu t é
comparecer à audiência de instrução e julgarreifci
sentença será decretada à sua revelia.
Essa audiência de instrução e julgamento p>j>
ser realizada no mesmo dia da audiência de
conciliação, apenas algumas horas depois deli
Por isso, é importante que nesse dia o seu
advogado esteja com todas as provas que
pretende produzir e que não tenham s i d o
anexadas à petição inicial, inclusive as
testemunhas que você puder apresentar.
Se você ficar insatisfeito com a decisão d o j é .
seu advogado poderá recorrer àTurma ou Corse)
Recursal, e somente nesse momento você terái,.
pagar as custas. Mas o seu advogado pode reajer
ao juiz que você seja beneficiado Dela gratuid;dt
de Justiça.
Se o valor da causa for de até vinte salários
mínimos, você não é obrigado a contratar u m
advogado, e poderá fazer tudo sozinho. T o d o s «
procedimentos serão idênticos a estes descrito;,
você terá de preparar a sua petição inicial e ser
capaz de fazer as provas e demonstrar ao juiz cj
tem razão, que tem direitos conferidos pela !ei.
Reunindo evidências Entregue ao seu a d v o g a
( o u àquele que Ia/ ,is v e / e s d e s l r , c o m o o deferi;,
público, ou o advogado ou estudante de Direib •}
Núcleo de Prática Jurídica instalado na universfcjg
e nos postos de atendimento dos Juizados Esp: j
ou ao advogado da associação que representa
na ação) toda a documentação relativa às evidèrt
de sua reclamação.
Você deve incluir uma breve lista dos acon-
tecimentos que levaram à sua reclamação e um
sumário de todos os documentos que está
apresentando. Tudo isso servirá como prova ou
indício para instruir a ação.
Se esquecer alguma coisa importante, pode s^i
que não consiga provar o que está alegando. Isso
poderá prejudicar o convencimento do juiz de n-
você esteja certo, e você poderá perder a ação <>
condenado a pagar as custas e o honorário co
advogado da outra parte. Lembre-se de que, do
acordo com a regra geral da lei, cabe a q u e m aj
fazer prova da alegação.
VOCÊ E S E U S D I R E I T O S : GLOSSÁRIO
Autor ou Reclamante É a pessoa f isica ou
jurídica que inicia um processo i u d i c i o l - aquela
que vai em busca do seu direito. T a m b é m
conhecida como queixoso, querelante ou autor.
Contestação É a defesa ou resposta f o r m a l do
réu/acusado.
Credor É aquele que t e m algum direito a receber
de outra pessoa.
Danos São os prejuízos sofridos por uma pessoa
resultantes de uma ação de uma outra pessoa ou
de algum fato da natureza. Os danos podem ser
materiais, ou seia, perdas de coisas ou valores
que tenham ficado destruídos; ou podem ser
morais, em caso de ofensa à m o r a l , à honra, à
dignidade, à imagem ou à integridade psicológica
da pessoa.
Devedor É aquele que t e m u m débito a pagar
para alguém.
Dolo Vontade ou intenção.
r
Estatutos legais São as normas, atos
n o r m a t i v o s , resoluções, circulares, decretos
Je
e regulamentações estabelecidos por uma
autoridade local (do Poder Executivo) ou
pelo Poder Legislativa, com força de le
na á r e a específica.
Hipoteca É uma garantia dada ao credor, seia o
banco ou a companhia de financiamento, geral-
c
mente para compra de uma casa. Ela dá ao finan-
v l l
ciador (credor) o direito de tomar o ben ou
vendê-lo para que o valor obtido paguea divida. A
posse do bem dado em hipoteca continua com o
devedor/financiado enquanto ele estiver pagando a
d í v i d a . Ela pode resultar de um contrato, de uma
o r d e m j u d i c i a l , ou de uma determinaçco da lei.
I n t i m a ç ã o U m a ordem judicial obrigcndo alguém
a f a z e r ou a não fazer algo.
Mandado É o documento que contém jma
d e t e r m i n a ç ã o j u d i c i a l . Pode ser, por exemplo:
u m m o n d a d o de citação (determinando ao
r é u / a c u s a d o que tome ciência da recltmação e se
d e f e n d a d e n t r o do prazo l e g a l ) ; um mandado de
i n t i m a ç ã o ( d e t e r m i n a n d o que a pessoc faça
n l n u m o roi«;n): u m mandado de execução
( d e t e r m i n a n d o ao réu/executado que perdeu a
ação que p a g u e o valor devido ou que cumpra a
obrigação r e q u e r i d a pelo a u t o r ) ; u m mandado de
busca e a p r e e n s ã o (que autoriza o oficial de
justiça a r e m o v e r o bem ou a pessoa, tirando da
posse da p a r t e ) ; entre vários outros. E m regra, o
mandado é c u m p r i d o ou entregue à parte por u m
oficial de j u s t i ç a , mas e m alguns casos também
pode ser e n v i a d o pelo correio. Se necessário, o
oficial de i u s t i ç a pode requerer auxílio policial
para g a r a n t i r o cumprimento da determinação
judicial constante do mandado no caso de a parte
se recusar a recebê-lo ou impedir sua ação.
Obrigação de cuidado É a obrigação de uma
pessoa ou organização de tomar o cuidado
razoável p a r a evitar prejuízo de qualquer outra
pessoa que possa ser lesada ou afetada por uma
ação ou falha dessa pessoa ou organização.
Ônus É o dever ou a obrigação de fazer alguma
coisa, impostos pela lei ou pelo iuiz.
Ônus da prova É o dever de quem faz a alegação
de provar aquilo que está olegando.
Pessoa física É uma pessoa comum, o cidadão.
Pessoa jurídica É uma empresa, sociedade,
organização, entidade ou associação,
regularmente constituída.
Petição inicial É o documento que dá início a
uma ação judicial, em que o autor faz seus
pedidos e requerimentos e apresenta suas provas.
Responsabilidade Responsabilidade legal por
alguma coisa - por fazer ou deixar de fazer algo.
Réu ou Reclamado A pessoa contra quem um
processo judicial é aberto, também conhecido
como acusado no ação penal. Ele deve se
defender na ação judicial.
Revelia Ocorre quando o réu deixa de apresentar
a sua resposta em uma ação dentro do prazo
legal ou fixado pelo iuiz. A revelia produz o efeito
de gerar a presunção (relativa) de veracidade
das alegações de fato feitas pelo autor, ou seia,
como o réu não apresentou a sua defesa no
momento oportuno, presume-se que os fatos
alegados na petição inicial são verdadeiros.
C o m e r c i a n t e s não foi trocado deliberadamente - por
exemplo, todos os preços anunciados ti O vendedor é vou ÁTé a l o i a T r o c a i
podem c o b r a r o preço interiores àqueles praticados no intenofl obrigado a c u m p r i r
que q u i s e r e m da loja - , o estabelecimento está agi-d
A MOCHILA... OAQUt A UNS
aquilo que prometeu
ilegalmente. Etiquetas, mostradores, SBtS M&SES EU VOLTO/

P V i , n a v i t r i n e de u m a l o j a , u m catálogos, propagandas e serviços ce

ou ofereceu

c a s a c o à v e n d a por R $ 9 1 6 , 0 0 ,
e entrei para experimentar. Resolvi
levar o casaco, m a s n a h o r a de
p a g a r fui i n f o r m a d a pelo v e n d e d o r
de que o p r e ç o n a vitrine e s t a v a
errado, o casaco custava R $ 114,00
a m a i s . A s lojas podem a n u n c i a r
um p r e ç o e no ato da v e n d a
cobrar outro?
Não. A loja é obrigada a vender o
R prtxluto pelo preço que anunciou,
mesmo quando 0 produto foi etiquetado
enadamente. Inclusive, se o mesmo
produto for oferecido com preços
diferentes, por exemplo, com duas
etiquetas, você tem direito a pagar o
P
atendimento por telefone devem
Antes de comprar u m saco de
informar ao cliente o preço correto.
dormir, informei ao vendedor
Se o comerciante compara seus preço*
que p r e c i s a v a de u m à prova
com o de outro estabelecimento c o n
d á g u a . N a primeira oportunidade
o objetivo de conquistar clientela, ele
e m que u s e i o produto, choveu
deve fazê-lo de forma honesta, ou seja
muito, o saco de dormir se
informar os prjços reais dos serviços
enckarcou e tudo que estava
nu pnxíutos que está oferecendo.
dentro dele ficou molhado. M e u
Você pode obrigar a loja a vende* o final de s e m a n a foi literalmente
casaco pelo preço mais baixo, e tamb
por á g u a a b a i x o . Q u a n d o fui
pode fazer unia denúncia ao órgão de
proteção e defesa do consumidor de <
cidade, como o Procon ou o Codecon. |
reclamar, o vendedor me i n f o r m o u
que o p r o d u t o estava e m perfeita
ordem. N ã o q u i s me r e e m b o l s a r
que irá verificar a iiregular dade,
e nem m e s m o trocar o saco
pi niendo obi igai . i I. >ja a < orrigir (>s
de dormir p o r outro. E l e pode
preços, aplicar uma multa, ou mesmo
fazer i s s o ?
fechar o estabelecimento até que se

R
valor mais baixo. Se o preço informado regularize a situação.
N ã o . O importante é você saber
que toda oferta ou publicidade
obriga o fornecedor a cumpri- aquilo que P L A N O D E AÇÃO
prometeu :iu garantiu. Neste caso, não se 1 Retorne a loia para exigir que se cum-
O Q U E F A Z E R QUANDO SE V E R I F I C A
trata de u m defeito do produto, mas sim pra uma das alternativas as quais você
UM D E F E I T O NUM PRODUTO
de uma falsa afirmação sobre ele. tem direito e apresente a noto fiscal, que
comprova que o produto foi adquirido
A lei garante um prazo durante o qual se pode reclamar, dependendo do tip< Você deve levar o produto de volta à
naquele estabelecimento e a data da
do produto e de quando ele apresenta o defeito. Portanto, não fique com o lojae pode exigir, à sua livre escolha:
produto se ele estiver defeituoso. compra. Explique o motivo da sua
• O c u m p r i m e n t o da obrigação, nos
insatisfação e proponha o reembolso ou
ternos da oferta, apresentação
O que você deve fazer a troca, deixando claro que a loia não
ou publicidade.
Você pode exigir do fabricante o reparo do defeito, ou das partes está cumprindo a oferta feita a você.
• Aceitar o u t r o p r o d u t o ou equivalente,
defeituosas. Se o conserto não for feito em trinta dias, então você
ou seja, se h o u v e r outro saco de dormir
poderá exigir: 2 Alternativamente, você pode
de outra marca, que seja reaimente à
• A substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas
prova d'água, v o c ê pode exigir que seja enviar à loia uma reclamação por
condições de uso.
feita a troca. escrito ou fazê-lo por telefone, caso ela
• A restiluiçâo imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, a l é n
• Desistir d o p r o d u t o e exigir o mantenha um serviço de atendimento
de eventuais perdas e danos.
• O abatimento proporcional do preço, se decidir ficer com o produto reembolso, c o m atualização monetária, ao cliente, geralmente por meio de
mesmo com o defeito. além de u m a c o m p e n s a ç ã o por eventuais telefones gratuitos 0800. Descreva o
Se você e o fornecedor quiserem, podem modificar esse prazo de t r i n t a dia prejuízos - n o caso, os objetos que ocorrido e solicite a troca ou o
para que seja reparado o defeito e combinar um novo prazo. Mas a t e n ç ã o : estavam d e n t r o d o saco de dormir e que reembolso. A carta deve ser
ele não pode ser menor do que sete dias, nem maior do que 18C dias. registrada, para que você fique com
ficcram danificados.
No caso de você optar pela troca por outro produto igual e não h o u v e r o comprovante de envio, e ter o A.R.
Não há d e t e r m i n a ç ã o clara na lei c o m
nenhum disponível (o produto acabou), você pode exigir que a troca se d ô (Aviso de Recebimento) do correio.
relação ao p r a z o no qual você deva
por outro produto, de outra marca, espécie ou modelo, porém mediante Ou anote o número do registro de
complementação ou restituição de eventuol diference de preço. retornar à l o j a , e n t ã o se consideram os
mesmos p r a z o s fixados nos casos em que atendimento telefônico informado
hajr" ( V H t r t r i o p r o d u t o 011 serviço. pelo atendente.
 3 Se não for atendido, você pode
entrar em contato com o órgão de
proteção e defesa do consumidor de
sua cidade, como o Procon ou o
Codecon, visando à solução da questão.
Dessa forma, o órgão poderá agir
entrando e m contato com o fornecedor,
agendando uma audiência de
conciliação entre você e a loia, e
cobrando do fornecedor uma explicação
para a sua atitude, podendo aplicar
penalidades se ficar comprovado que
agiu de f o r m a ilegal.
4 Portanto, se mesmo após
intermédio do órgão de defesa
do consumidor a questão não for
resolvida, você pode processar a loia,
exigindo o pagamento de indenização
pelos danos suportados, ou seia,
tanto pela q u a n t i a gasta com o
produto como pelos objetos que
f o r a m perdidos, e requerendo
ainda uma indenização por danos
morais decorrentes dos transtornos
por que você passou por causa
da oferta f a l s a .
RECLAMAÇÕES A C E R C A D E SERVIÇOS O U P R O D U T O S
• Os órgãos públicos de proteção e defesa do
consumidor são ligados às prefeituras municipais
e, na m a i o r i a dos casos, recebem o nome
de Procon. Para e n t r a r e m contato, ligue
gratuitamente para 1512 e obtenha informações
sobre o telefone do órgão de sua cidade.
• Foram criadas diversas associações privadas com
o objetivo de promover a defesa do consumidor.
Para Poderem atuar e m juízo, a lei exige que
tenham no m í n i m o 1 ano de existência. Uma
instituição m u i t o famosa e de atuação e m â m b i t o
nacional é a B R A S I L C O N (Instituto B r a s i l e i r o
• As agências reguladoras nacionais, como a
de Política e Direito do Consumidor). Sediado
e m São Paulo, pode ser contatado pelo site
www.brasilcon.org.br.
1
O Conar (Conselho Nacional de Auto-Regu-
lamentação P u b l i c i t á r i a ) é u m a organização nâo-
g o v e r n a m e n t a l que visa a p r o m o v e r a liberdade
de expressão p u b l i c i t á r i a e defender as prer- esclarecimento de dúvidas e recebimento de
rogativas constitucionais da propaganda flonóncins *» r e r l o m o r n e s .
O que fazer quando
s e é iludido por u m a
propaganda enganosa
P
E u me inscrevi n u m programa
de emagrecimento, mas
somente depois que me garantiram
que eu perderia peso realmente.
S e i s meses depois, a única c o i s a
m a i s " l e v e " é m i n h a conta bancária.
E u poderia pedir o m e u dinheiro
de volta?
R
Rissivel mente sim, mas neste
caso será necessário verificar
se você realmente cumpriu Iodas
as determinações do programa,
como a dieta e os exercícios
recomendados. l m ciso positivo,
:
será necessário verificar se existe
alguma eficácia no programa.
A oferta obriga o lornecedor a
cumprir o prometido. A propaganda
enganosa, além de ser proibida, é
uma infração penal, sendo prevista
pena de prisão para quem a pratica.
ANUNCIADOS
c o m e r c i a l . É uma instituição que possui uma
preocupação ética com a propaganda e o meio
p u b l i c i t á r i o . Ela t a m b é m recebe denúncias e tem
c a r á t e r fiscalizador e até regulamentador,
apesar de não ser u m órgão g o v e r n a m e n t a l . Suas
decisões c o m relação às propagandas sempre
f o r a m respeitadas e acatadas nos meios de
comunicação, como, por e x e m p l o , a
d e t e r m i n a ç ã o de suspender a exibição de certa
propaganda de televisão.
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações),
a ANS (Agência Nacional de Saúde), a A N A
(Agência Nacional de Á g u a s ) , e n t r e outras, são
agências criadas pelo governo para regulamentai
e fiscalizar os serviços públicos prestados
à sociedade. Elas t a m b é m possuem u m
serviço de atendimento a o consumidor para
Nesse tipo de serviço, que envolve
saúde, é necessário que a empresa em
questão tenha uma licença do
Ministério da Saúde autorizando a
entrada dc produto no mercado. E
mais: neste caso, tais empresas têm de
comprovar a eficácia do serviço
prestado, por meio de estudos
científicos. Checar essa informação
antes de contratar o serviço é mais do
que um direito, é urna obrigaçãc
do consumidor.
Se você quer seu dinheiro de volta, e
não conseguir esse reembolso entrando
em contato com a empresa, deve
procurar agir legalmente. Nesse caso,
você vai ter de demonstrar que s;guiu o
programa e que continua com o mesmo
peso, ou que está ainda mais pesado do
que quando começou. Mas atenção: a
obrigação de provar a eficácia do
programa é da empresa. Ela é que tem de
provar que o serviço é eficaz com base
em estudos científicos, que tem
autorização do Ministério da Saúde, e
que você não emagreceu porque não o
utilizou adequadamente.
Essa questão, na maioria das vezes,
somente é resolvida na Justiça, já que as
empresas normalmente se recusam a
devolver o dinheiro dos consumidores.
Como é um caso mais complicado,
procure a orientação de u m advogado e
lembre-se de que as custas processuais
podem ser maiores que o reemoolso que
você receberia se ganhasse a ação.
D e s i s t i r d e produto por
problemas particulares
TD C o m p r e i u m sofá e m t r ê s
parcelas mensais, dando
uma entrada de K$ 300,00.
A l g u n s dias d e p o i s p e r d i m e u
emprego e telefonei para cancelar
o pedido. A gerente da loja
r e c u s o u - s e a m e d e v o l v e r o valor
da p r i m e i r a p a r c e l a . E l a pode
fazer i s s o ?
PROMOÇÕES C O M
ENTREGAS ESPECIAIS
Alguns restaurantes o u
pizzarias costumam f a z e r
promoções vinculando o prazo
de entrega da refeição a o
pagamento do p r o d u t o . Por
exemplo, se a pizza q u e você
pediu por telefone d e m o r a r
m a i s do que t r i n t a m i n u t o s
p a r a chegar à sua c a s a , você
não paga por ela. Isso é
perfeitamente possível, mas a
loja é obrigada a c u m p r i r o
prometido. G e r a l m e n t e eles
g r a v a m a ligação telefônica e
registram a hora do pedido,
confirmando c o m você esse
horário. Se a pizza não for
entregue no tempo combinado,
é só ligar para a pizzaria e
avisar. Assim você não será
cobrado, podendo c o m e r a
pizza de graça.
R Sim, pode. Quando você concorda,
verbalmente ou em documento
escrito, em comprar algo por um
determinado preço, faz u m contrato com
o vendedor. Se você muda de idéia por
alguma razão, o comerciante não é
obrigado a aceitar a mercadoria de volta
ou reembolsar qualquer pagamento que
você tenha feito, se não houver um
defeito no produto.
N ã o se comprometa com uma compra
a menos que você possa continuar
pagando por ela, mesmo se sua situação
financeira mudar. Você deve fazer um
planejamento prevendo eventualidades
que possam ocorrer. Seu contrato com o
vendedor é obrigatório a menos que os
documentos contenham alguma cláusula
dizendo que você pode mudar de idéia
dentro de u m certo tempo.
Seja cauteloso, e programe-se, porque,
caso você efetue uma compra e não
pngup pelo produto, a loja poderá lhe
cobrar por ele, inclusive judicialmente, e ter o documento a seu tavor no casc;e
se você não tiver como pagar, ela tem o optar por fazer uma reclamação o i . Quem ganha um
NÃO ENTENPO
direito de reaver o produto e continuar mover uma ação contra a loja. presente pode exigir a POR QUE ME MANDARAM
cobrando por ele se sua dívida já tiver troca ou o reembolso? UM CARTÃO D& CRéPfTO,
ultrapassado o valor do produto por
SE NÃO PEDI NADA/ ,
P
causa de juros cobrados pelo arraso n o O c o m p r a d o r pode nío L n i a m i g o me d e u um anel de
pagamento das parcelas. presente de aniversário, mas o
ser o destinatário final
Mas atenção: Caso você adquira

algum produto fora de estabelecimento
comercial, ou seja, por telefone, catálogo
OU televisão, você tem u m prazo de
arrependimento garantido por lei,
mesmo que o produto não apresente
qualquer defeito. Esse prazo é de sete
dias a contar da entrega do produto.
Nesse caso, você devolve a mercadoria e
P
E u decidi v e n d e r u m a m o t «
que comprei a prazo. F u i
informado de q u e a moto n ã o
poderia ser vendida a t é q u e e u
pagasse todas a s p r e s t a ç õ e s .
Isso e s t á certo?
Sim, está. Quando você c o m p t uj
a n e l não coube no m e u dedo.
Q u a n d o o l e v e i de volta à joalheria,
eles se r e c u s a r a m a m e reembolsar
mesmo apresentando o recibo. O
gerente d i s s e que o m e u amigo que
comprou o presente tem de levar o
anel à loja e m pessoa. E l e pode
insistir n i s s o ?

tem direito a receber de volta a quantia veículo a prazo, na verdade está
paga por ela. fazendo uma espécie cie empréstimo qi
funciona da seguinte maneira: a
financeira empresta o dinheiro para
O prazo p a r a entrega comprar o automóvel da loja, que é pa-
à vista, e aí você paga as parcelas paa <
de produtos
financeira. Para conceder esse
R
Não. A lei não exige que o próprio
comprador do produto tenha de
retornar à loja para solicitar a troca. Ela
define como consumidor o destinatário
final do produto, ou seja, aquele que vai
ficar com a mercadoria, mesmo não

P
C o m p r e i u m a mesa de jantar
extensível, e informei que
queria a mesa para uma festa que
ocorreria e m seis s e m a n a s . Agora,
uma s e m a n a antes da festa, o
gerente da loja me ligou para d i z e r
que n ã o pode garantir a entrega n a
data combinada. E u quero cancelar
financiamento, a loja verificou se vo:ê
tinha crédito, ou seja, se tinha condiccí
de pagar. Se voce quiser vender a moto
para alguém, esta pessoa terá de assum
as parcelas que ainda não foram pajps,
mas a loja e a financeira não sabem se
esta pessoa tem crédito, por isso elaí
podem se recusar a aceitá-la.
sendo ele o comprador. Assim, se você
ganhe algo e deseja trocá-lo, não
depende de quem lhe deu esse presente
para fazer a troca.
Produtos que não
foram solicitados
produtos ou prestar serviços ao
consumidor sem a sua prévia solicitação
é uma prática abusiva, e que esses
produtos não solicitados são equiparados
a amostras grátis, não havendo a
obrigação de pagar por eles. As práticas

o pedido, m a s ele se recusa a
aceitar o cancelamento. E l e pode
fazer i s s o ?
Na verdade, a moto só se tomará sja
quando vcxrê tiver pago a última pare-la.
Até lá a financeira é a pmprietária, e voe
precisa da autorização dela para vencer,
P
Recebi u m c a r t ã o de crédito
pelo correio, m a s e u não o
tinha solicitado. E m seguida recebi
a fatura c o m a c o b r a n ç a da
abusivas são proibidas e estão sujeitas a
penalidades, na maioria das vezes
aplicação de multas.

R Não. A obrigação da loja é entregar

dentro do prazo combinado. Isso
porque a lei garante ao consumidor que
seja fixado u m prazo para o
cumprimento da obrigação pela loja.
Caso isso não aconteça, haverá
descumprimento contratual, que autoriza
molo.Vocé não pode vender para outra
pessoa e continuar pagando as pres:ajÕ-|
da compra a prazo, inclusive porque ne^
r
caso não será possível transferir os
documentos da moto para o nome d o
novo dono.
Se você quiser desistir da moto por ni©
anuidade, que ignorei, j á que
nunca utilizei o c a r t ã o . Agora recebi
u m a carta da empresa
administradora do c a r t ã o de crédito
a m e a ç a n d o m e processar. Essa
empresa pode fazer isso?
P L A N O D E AÇÃO
1 Envie uma carta à empresa
administradora do cartão de crédito
ou registre a reclamação por telefone.
Explique que você não fez o pedido de
nenhum cartão de crédito, que não
pretende utilizar o serviço, que iá

o cancelamento do contrato, com o
p e d i d o de reembolso do valor pago.
Geralmente, o prazo de entrega consta
da nota fiscal de compra, inclusive para
que alguém esteja à espera do entregador
na data combinada.
Vale a pena lembrar de verificar se o
prazo está mesmo fixado na nota, para
ter mais condições cie pagar por ela, p o i r
desfazei o contrato, devolvendo a m« 4o,.
pedindo de volta o valor que pagou, rrta-
nesse caso estará sujeito a eventuais
multas de rescisão que estejam prevista*
no contrato, bem como a pagar pelas
multas das parcelas que estejam
em atraso.
R
Não.Você não tem qualquer
obrigação com relação à emoresa, já
que recebeu um produto que não
solicitou. A cobrança só poderia ter sido
feita se o cartão tivesse sido utilizado,
porque, com essa atitude, vocêleria
concordado com a contrataçãodc
serviço. A lei determina que enviar
destruiu o cartão, e que não irá pagar
a fatura, devendo ser suspensas
novas cobranças.
2 Se você continuar a receber esse
tipo de remessa ou de cobrança, entre
em contato com o órgão de proteção e
defesa do consumidor de sua cidade e

SÍNTO MUÍTO, MAS NADA
DíSSO APÍANTA/ SÓ
COM A NOTA FiSCALf
formalize u m a reclamação re-
querendo u m a solução. 0 órgão
público vai e n t r a r em contato com a
a d m i n i s t r a d o r a do cartão de crédito
solicitando informações. Neste caso, o
simples envio da carta de reclamação
ou o contato telefônico com o serviço
de atendimento ao cliente é suficiente
para resolver a questão, mos não se
deve descartar a possibilidade de
m o v e r u m a ação judicial ou fazer
uma reclamação a d m i n i s t r a t i v a
ao órgão de proteção e defesa
do consumidor.
Software que funciona
e m outros computadores
P
C o m p r e i alguns softuares, m a s
quando fui usá-los v i que n ã o
funcionam no meu computador.
Informei à vendedora, n o m o m e n t o
28
u a compra, os u a a o s a respeito de
m i n h a m á q u i n a , m a s e l a não me
falou que os p r o g r a m a s não iriam
funcionar n e s s e m o d e l o . Agora e l
se nega a receber os softwares de
volta. E l a pode agir a s s i m ?
R Não. Essa vendedora não lhe
prestou as informações adequada;
completas e de forma clara, agindo
de má-fé e enganando você, o que
é proibido por lei.Trata-se de uma
infração penal.
Já que este é u m ; d publicidade
a s o e
enganosa, você tem direito à troca dos
toftwares que comprou p outros que
sejam adequados ao seu computador,
ao reembolso do valor p,,g„ mediante ,
devolução dos softwarvs.
Nota fiscal na hora de
solicitar um conserto
T ) U m relógio que comprei h á
-I- seis meses começou a atrasar.
Q u a n d o levei o r e l ó i „ de volta
R
à loja, o gerente recusou-se a
c o n s e r t á - l o porque eu não tinha
o recibo da compra. |;| . „ d
t p
insistir nisso?
R
Sirn. Ele só é obrigado a provi-
deiuiar o c o n s t o . i n cobrar pe|,
M
serviço se o produto ainda estiver dent,'
da garantia, e esta é c o d a por
m p r i ) V a
meio da nota fiscal de compra
O fornecedor é obrigado a emitir a
nota fiscal e a entregar o termo de
garantia, um documento escrito que
confere ama garantia complementar à
legal. Esse termo. ,«mlx'-m chamado d»,
garantia contratual, deve esclarecer e m
que ela consiste, a forma, o prazo, o h j
em que pode ser exercida, e se há algu?
obrigação do consumidor para poder '
usufruir dela, e deve ser entregue no
da compra, juntamente com o manual ]
instrução do produto demais
e
documentos que o acompanham.
a aceitar a devolução. E l e pode
Não há r e e m b o l s o p a r a
fazer i s s o ?
produtos c o m defeito
R
a
conhecido Sim.Você não tem d direito de
devolver a mercadoria se o defeito
P Comprei uma câmera
digital em p r o m o ç ã o por
ser u m modelo antigo. E m b o r a
estava evidente no momento e m que a
comprou. No ato da corrpra, você estava
ciente de que se tratava de u m produto
a c â m e r a funcione, o estojo e s t á antigo, que inclusive per isso estava
bastante a r r a n h a d o em a l g u n s sendo ofertado com desconto. É razoável
lugares, m a s o vendedor recusa-se que u m modelo antigo tenha aparência
S E U S DIREITOS COMO CONSUMIDOR
o r
Como consumidor você está protegido contra eventuais defeitos nos produtos e contra
vendas enganosas. E s s a proteção é conferida pelo Código de Defesa do Consumidor,
que diz que qualquer produto colocado no mercado de consumo deve:
Ser de qualidade Cumprir seus Ser como descrito: Ser semelhante:
satisfatória: objetivos: • corresponder à • deve ser semelhant
• e m boa condição • atingir o propósito descrição dada: seia a qualquer amostra
para uso; para o qual é vendido; por meio de palavras que o fornecedor tenf
ou figures e m etique-
• seguro paro • atingir o propósito apresentado na hora
o consumo; que você deixou claro tas e embalagens, da c o m p r a .
• sem defeitos ou com quando comprou propagandas, ou na
os defeitos à m o s t r a ; o produto. descrição verbal feita
pelo vendedor.
• de aparência e
acabamento razoáveis;
• durável por u m
e
tempo razoável.
• Direito de reclamar Se qualquer uma cessas • Tempo-lirnite O comerciante é responsável até
condições não for cumprida, você tem o direito cinco anos pelos danos materiais ou morais
causados ao consumidor em razão de defeitos dos
de exigir o conserto, a troca, o abatimento do
preço ou o reembolso do valor pago. Você deve produtos. Nesse caso, você terá de demonstrar o
fazer isso dentro do prazo legal para reclamar, dano sofrido e provar que ele decorreu do defeito
denominado garantia legal, ou dentro do prazo do produto.
de garantia contratual. • Se um produto não durável apresenta u m defeito
• Uso e mau uso O comerciante que lhe vendeu dentro de t r i n t a dias, ou um produto durável
u m determinado produto não é responsável por apresenta u m defeito dentro de noventa dias, você
qualquer dano causado ao produto devido o n a u está automaticamente habilitado ao conserto por
uso deste. conta do fo-necedor, à troca, ao abatimento do
• Defeito de difícil verificação Se você comprou preço ou ao reembolso do valor pago, a menos que
u m produto ha a l g u m tempo, usou-o do wrna o comerciante possa provar que a propaganda ou a
correta, e só depois se deu conta de algum defeito mercadoric não era defeituosa no ato da compra,
de fabricação, você tem o prazo da garentia legal que o defeito se deu por mau uso (culpa do
ou da garantia controtual para reclamar e fazer consumidor) ou que ele não colocou o produto
a t i
valer uma das opções a que tem direito. no mercado.
Para informações mais detalhadas sobre os direitos do consumidor,
contate o órgão de proteção e defesa do consumidor de sua cidade.
 de velno ou aiyujib ananxioc». ac a
câmera funciona bem, então é adequada
ao propósito para o qua] foi comprada O
importante é que você tenha sido
informado sobre as condições d o procuro
no ato da compra.
Produtos adequados
p a r a o devido fim
P C o m p r e i u m p a r de botas p a r a
proteger os meus pés no
inverno. M a s quando as usei n u m
dia chuvoso, a á g u a da chuva
molhou m e u s pés. Q u a n d o fui à loja
exigir a troca, me informaram q u e
as botas n ã o deveriam ser usadas
em dias chuvosos. E l e s podem s e
recusar a f a z e r a troca?
R
Sim, mas somente se estiver claro
desde o início que o m -terial usado
c
na confecção do calçado não é resistente
à água, como, por exemplo, camurça eu
tecido. Neste caso, é óbvio que o material
não resistiria se fosse usado num dia
chuvoso. Entretanto, o produto deve ser
adequado ao fim a que se destina. Se as
botas foram anunciadas"para uso e m
qualquer tempo e lugar", então a loja
não pode se recusar a trocá-las. Produtos
anunciados para determinado fim devem
apresentar qualidade correspondente,
ü normal é presumir que as botas sãc
adequadas para o inverno, portanto, s?ria
razoável esperar que elas mantivessem
seus pés secos e aquecidos sempre. N?ste
caso, é necessário observar as condições
em que se deu a venda.
De acordo com a lei, cabe ao
fornecedor provar que não havia defeito
no ato da venda e que não foi feita
propaganda enganosa. Se a loja não
puder provar isso, você poderá requerer a
troca ou o reembolso.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se não era óbvio que as botas
poderiam ficar úmidas por causa do
30
muienut, eniaa retorna u iuiu pura
exigir a troca do produto, o
abatimento do preço ou o reembolso
do valor pago. Apresente a nota fiscai
de compra, explique o motivo de sua
insatisfação e solicite o reembolso
ou a troca, deixando claro que
aquele produto não serve aos
seus propósitos.
2 Você pode enviar à loia uma re-
clamação por escrito, ou registrar
a reclamação por telefone, caso a
loia mantenha um serviço de aten-
dimento ao cliente. Descreva o ocor-
rido e deixe claro que houve uma
falha de informação e que você deseli
cancelar o contrato de venda, exiginíj
a troca ou o reembolso. A carta deve
ser registrada, para que você fique
com o comprovante de envio, e com
o A.R. (Aviso de Recebimento) do
correio. Ou anote o número do regista
de atendimento telefônico informado
pelo atendente.
O S ÓRGÃOS D E P R O T E Ç Ã O
E D E F E S A DO CONSUMIDOR
E m todos os 27 estados do pais iã
estão presentes os órgão públicos
de defesa do consumidor. Na
grande m a i o r i a dos municípios
são denominados Procon, sigla
que se refere à sua função:
proteção ao consumidor. É
possível encontrar a variação
desta denominação, o Codecon
(Conselho de Defesa do Consu-
m i d o r ) , porém a estrutura e os
objetivos são os mesmos.
Contate o Procon de sua cidade
para se i n f o r m a r sobre seus
direitos como consumidor e se
aconselhar sobre problemas
associados a relações de con-
sumo. Para e n t r a r e m contato
c o m o Procon de sua cidade,
ligue para 1512.
3 Se nâo for atendido, você pode
entrar em contato com o órgão de
proteção e defesa do consumidor de
sua cidade, como o Procon ou o
Codecon. Dessa forma o órgão poderá
agir, entrando em contato com o
fornecedor, agendando uma audiência
de conciliação entre vacê e a loia,
e cobrando do fornecedor uma expli-
cação para a sua atitude, podendo
aplicar penalidades se ficar com-
provado que agiu de forma ilegal.
4 Se mesmo após o intermédio do
órgão de proteção e defesa do
consumidor a questão não for
resolvida, você pode processar a loja,
fazendo os mesmos requerimentos e
exigindo o pagamento de indenização
pela quantia gasta com o produto.
U m a c o m p r a feita
por engano
P
C o m p r e i u m gaveteiro para
m i n h a c o z i n h a , m a s quando
cheguei em c a s a percebi que ele n ã o
combinava c o m a d e c o r a ç ã o . L e v e i - o
de volta à l o j a , s e m abrir a
embalagem, e tentei devolver o
p r o d u t o e r e c e b e r c dinheiro de
volta. O v e n d e d o r se r e c u s o u a
aceitar a d e v o l u ç ã o e efetuar o
r e e m b o l s o . E l e pode f a z e r isso?
R
Sim. Desde que o gaveteiro seja
como descrito na embalagem e não
apresente defeitos, o gerente não tem
obrigação de devolver o seu dinheiro.
As lojas não têm de reembolsar seus
clientes por eles terem se enganado na
hora da compra, m a s podem oferecer
a o p ç ã o de trocar o produto por
outro, d e p e n d e n d o da boa vontade
do gerente.
A troca o u o reembolso só são
obrigatórios e m caso de defeito do
produto ou da venda (descumprimento
.l.i cilei l.i feila poli • vendedor).
No entanto, como a t r o c a n ã o é
obrigatória nos casos e m q u e não há
defeito no produto, o u n a q u e l e s em que
há um pequeno defeito a n u n c i a d o
claramente (outlets e p o n t a s d e estoque),
ao contrário de adotar u m a atitude ilegal
ou irregular, o fornecedor estará, na
verdade, cumprindo c o m o dever de
informar aos seus clientes sobre as suas
regras de venda.
Produto d i f e r e n t e d a
amostra apresentada
P Baseado numa a m o s t r a que v i
numa loja, encomendei a z u l e j o s
para o meu banheiro. Q u a n d o os
a z u l e j o s chegaram, a c o r e r a um
pouco diferente da a m o s t r a . Q u e r o
devolvê-los, mas o gerente se
recusa, dizendo que era ó b v i o q u e a
cor n ã o iria ser exatamente igual.
E l e pode fazer isso?
R Não. Este é um caso em que se
verifica a obrigação do fornecedor de
cumprir a oferta. Se ele disponibiliza uma
amostra para que o consumidor faça a sua
escolha, então o produto que será
entregue deve ser igual a ela.
Antes de tomar qualquer atitude, você
deve checar se não havia, na amostra,
alguma observação sobre o produto.
Alguns pnxiutos, como tecidos tingidos a
mão, utensílios e azulejos, variam na
forma, na textura ou na cor. Se havia uma
observação, perto dos azulejos, avisando
que poderia haver alguma variação, você
está obrigado a aceitar esse detalhe ao
receber os azulejos e, portanto, não tem
direito a tnxra ou reembolso.
P L A N O D E AÇÃO
1 Você deve procurar a loia, esclarecer
que os azulejos entregues são de cor
diferente da que você escolheu, e
requerer a troco, inclusive solicitando
que a loja providencie a retirada do
—-« rnan n trnrn n ã n
 d e s d e que e u levasse a t é a loja o a devolver m e u d i n h e i r o . E l e p o d e
forma, o órgão poderá agir, enfrento
seia possível, você pode requerer o q u e estava com defeito. E l a pode me f a z e r isso?
em contato com o fornecedor, agen- REGRA DE
abatimento do preço, se decidir ficar o b r i g a r a f a z e r isso?

R
dando uma audiência de conciliação OURO
com os azulejos de cor diferente, ou o
De acordo com o C ó d i g o de Defesa

PRAZOS PARA
TROCA
De acordo com o
Código de Defesa do
Consumidor, as lojas
são obrigadas a
consertar ou t r o c a r
produtos que
apresentem defeitos
dentro de t r i n t a dias,
se for um produto
não durável, e
noventa dias, se for
u m produto durável -
contados da data da
entrega se o defeito
f o r fácil de v e r i f i c a r ,
reembolso do valor pago, mediante a
devolução da mercadoria.
2 Você pode enviar à loia uma recla-
mação por escrito, ou registrar a
reclamação por telefone, caso a loia
mantenha um serviço de atendimento
ao cliente. Descreva o ocorrido e
deixe claro que houve uma falha de
informação e que você deseja cancelar
o contrato de venda, exigindo a troca
ou o reembolso. A carta deve ser
registrada, para que você fique com
o comprovante de envio, e ter o A.R.
(Aviso de Recebimento) do correio.
Ou anote o número do registro de
atendimento telefônico informado
entre você e a loia, e cobrando do
fornecedor uma explicação para asu«
atitude, podendo aplicar penalidades
se ficar comprovado que agiu de
forma ilegal.
4 Se mesmo após o intermédio
do órgão de proteção e defesa do
consumidor o questão não for resol-
vida, você pode processar a loja,
fazendo os mesmos requerimentos*
exigindo o pagamento de indenização
pela quantia gasta com o produto.
Combinando devoluçõe
c o m a loia
R
Não. Se o produto é defeituoso e você
do Consumidor, não. Neste caso, é
Algumas lojas
notifica isso à loja dentro do prazo comum que as lojas aceitem fazer a troca
oferecem garanl
legal, você tem direito à troca ou, caso esta do produto, já que você alega que há u m
adicional mediar
não seja possível, ao reembolso total do seu defeito e já que cabe ao fornecedor
cobrança de un
dinheiro ou até mesmo a u m abatimento provar que o defeito não existe. Q u a n d o valor em dinheir
do preço se decidir ficar com o produto 0 produto não apresenta u m a qualidade Nesse contrato fi
defeituoso. Como um armário é um item mínima para ser colocado à venda, a determinado un
prazo ainda mai
de grande porte e precisa de transporte troca é garantida ao consumidor, o u , caso
para o consumid
especial para seu deslocamento, é razoável ela não seja possível, é garantido o
reclamar dos
que você peça à loja que faça a coleta. Você reembolso ou abatimento do preço, se o
defeitos do produ
deve dar ao vendedor :empo suficiente para consumidor decidir ficar com o p r o d u t o
prazo este que
que ele planeje o transporte, e até lá você é assim mesmo.
vai além da
responsável pelo produto. Entre em contato
garantia legal e
com a loja e combine uma data para a P L A N O D E AÇÃO da contratual,
retirada e para a troca do armário. 1 Neste caso, em que há um defeito e só começa a
contar depois
de fabricação, você deve reclamar
AVISO primeiro com o fabricante. No caso que estas duas j

P
pelo atendente. De acordo com o Código de Defesa do de ele não ser identificado, você deve tiverem vencido
ou contados da data Q u a n d o nosso a r m á r i o foi
Consumidor, para exigir a troca de u m reclamar com o comerciante.
e m que se detectou o entregue, percebi que uma da!
3 Se não for atendido, entre em produto ou o reembolso do valor pago, Contudo, é muito comum que se
defeito, se este não portas n ã o fechava. L i g u e i p a i a a
contato com o órgão de proteção e é necessário que haja um defeito no retorne à loia onde a compra foi feita
f o r do tipo que se loja n a mesma h o r a e a gerente
verifica f a c i l m e n t e . defesa do consumidor de sua cidade, produto. N o caso de uma disputa judi- diretamente, porque as loias
p r o p ô s entregar u m novo a r m á r i o
como o Procon ou o Codecon. Dessa cial, como o consumidor é considerado a costumam efetuar a troca e depois
parte mais fraca na relação de consumo, contatar o fabricante para proceder
há em favor dele a presunção de que o à troca do produto entre eles. Sendo
DOCUMENTOS D E GARANTIA E PRAZOS LEGAIS PARA RECLAMAR defeito existe, e caberá ao fornecedor a s s i m , retorne à loia com a calça e
provar o contrário. Esta é a chamada a nota fiscal de compra. Peça ao
Esses prazos são considerados g a r a n t i a s lega s
A lei garante u m prazo ao consumidor para que ele regra da "inversão do ônus da prova", gerente que faça a troca do produto,
(pela l e i ) , mas o fornecedor pode assegurar o t t r c
apresente uma reclamação por defeito de produto. aplicada porque se entende que é mais ou que dê um desconto, se você
garantia, que vai ter u m período de validade
É o chamado prazo legal, que vai depender do tipo fácil ao fornecedor produzir provas do decidir ficar com ela assim mesmo,
determinado por ele, e que será chamada de
de produto: que ao consumidor. Para adotar esta ou que reembolse o valor pago
garantia c o n t r o t u a l . Ela é complementar à geran
• t r i n t a dias para reclamar, se for u m produto regra, o juiz vai levar em conta a mediante a devolução da calça. Se a
legal e deve ser conferido mediante documento
não durável; escrito descrevendo e m que consiste essa garenti 1
verossimilhança das alegações do loja se recusar a resolver o problema,
• noventa dias para reclamar, se for um produto durável.
a f o r m a como será preslada, o lugar em que rodi consumidor e os indícios de que ele entre em contato com o fabricante,
O inicio da contagem do prazo pode variar
ser exercida, e se o consumidor t e m de fazer esteja falando a verdade. para fazer as mesmas exigências.
alguma coisa para ter direito a ela (como, por Caso ainda assim não seia solu-
dependendo do tipo de defeito:
exemplo, preencher uma ficha e enviar pelo
Calças que encolhem cionado o problema, será necessário
c o r r e i o ) . Ela deve ser enlregue pelo fornecedor
• defeito aparente (fácil de v e r i f i c a r ) : o prazo procurar o órgão de proteção e defesa
devidamente preenchida no m o m e n t o da c o m p r a na l a v a g e m
começa a contar da data da entrega do produto;

v i r acompanhada do monual de instruções o j oe
• defeito oculto (difícil de v e r i f i c a r ) : o prazo começa
a contar da data em que se detectou o defeito.
No caso de o produto causar u m dano ao consu-
midor (como, por exemplo, u m ferimento ou uma
q u e i m a d u r a ) , o prazo para reclamar é de cinco anos
e começa a contar do dia em que ocorreu o dano.
instalação do produto, sendo escrita e m linguog
didática e de fácil compreensão.
Se o fornecedor deixar de entregar o termo de aa
tia ao consumidor com as especificações claras de
conteúdo, estará praticando uma infração penal q j
prevê pena de detenção de um a seis meses ou nnu
P
Segui as i n s t r u ç õ e s de lavagem
de u m a c a l ç a de a l g o d ã o , mas
ela encolheu m e s m o a s s i m . O
comerciante diz que outros clientes
nunca r e c l a m a r a m e que e u n ã o
devo ter seguido corretamente as
instruções de l a v a g e m . E l e se nega
do consumidor de sua cidade para
reclamar da qualidade do produto
e buscar a solução.
2 E s s e tipo de problema pode ser
difícil de resolver, e você deve ser
prudente e recorrer ò opção mais
simples. Na verdade, neste caso. não
 seria vantajoso mover uma ação
contra a loja para discutir a qualidade
do produto, iá que as custas
processuais (valor necessário a ser
pago ao Estado para entrar com a
a que o fabricante oferece n a
compra do produto. O gerente Assinar recibo de manifestação da loja, você pode entrar
da loja pode negar sua entrega não elimina em contato com o órgão de proteção e
responsabilidade? seus direitos defesa do consumidor de s u a cidade.

ação) poderiam ser mais caras do que
a própria roupa, e assim você
acabaria arcando com o prejuízo.
R
Dessa forma, o órgão poderá agir,
VIesmi: sendo d< i I. hricantc, em
Tj Comprei uma cama nova e s ó entrando em contato c o m o fornecedor,
primeiro lugar, a obrigação ce
-"- desembalei depois de uma agendando uma audiência de
resolver o p-oblema, é c i m u m qu? o
semana da entrega, quando v i que conciliação entre você e a loia, e
consumidor reclame d o produto a -

cobrando do fornecedor uma

Verifique s u a s opções
de g a r a n t i a
U m a m á q u i n a de lavar que
comprei h á u m m ê s , com
garantia extra, quebrou. O gerente
da loja disse que eu deveria entrar
em contato com o fabricante e
estava quebrada. O gerente da l o j a
própria loja, : o m o vendedor. Se z b j ; explicação para a sua atitude, podendo
diz que o recibo de entrega que e u
se recusar a providenciar o conserto
assinei atesta que a c a m a está e m aplicar penalidades se ficar
(que deve se- feito em Hnta dias), v o ê
perfeito estado, e se recusa a m e comprovado que agiu de forma ilegal.
pode reclamar com o fabricante, caso o
reembolsar ou a trocar o produto.
produto ainca esteja coberto pela
Ele diz que e u deveria ter verificado 4 Se mesmo após o intermédio do
garantia con-atual.
o produto assim que ele chegou, e órgão de proteção e defesa do
N o caso ce ter contratado uma consumidor a questão não for
antes de assinar o recibo. E l e
garantia estendida, voei deve reclarna-
e s t á certo? resolvida, você pode processar a loia,
com quem \ contratou:o cotnercianti fazendo os mesmos requerimentos e

reclamar pela garantia contratual - ou o fabricar te.
P L A N O DE AÇÃO
O Q U E CONTA COMO ACEITAÇÃO D E U M P R O D U T O 1 Volte á loia onde você fez a
compra, le/ando a nota fiscal
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, você tem o e o recibo de entrega (se tiver
direito de exigir o conserto ou a troca de um produto dentro recebido o produto e m c a s a ) ,
de trinta dias (se for u m produto não durável) ou noventa dias e solicite o conserto. Você deve
(se for u m produto durável) caso este apresente defeito, não pedir que a loja envie à sua
esteia de acordo c o m a descrição dada no momento da venda, residência um técnico do serviço
ou não atenda ao f i m a que se destina. Sendo assim, você tem
autorizado, :u, se for o caso, quE?
todo o direito de rejeitar o produto que apresente defeito.
remova a máquina de lavar paro
Porém, há alguns fatores que sugerem que você aceitou o
conserto. Dependendo do penada
produto como estava:
dentro do qual você estiver
reclamando uma das três
Uma atitude que mostre ao comerciante que você aceitou o
produto, como, por exemplo, c o n f i r m a r por escrito uma garantias previstas (legal,
contratual, estendida)
entrega e m boos condições.
estará send» usada.
A l t e r a r o produto de alguma m a n e i r a , como, por exemplo:
causando danos a ele porque o usou sem os devidos cuidados 2 Se a loja se recusar a resolver o
ou por não ter seguido as instruções; anexando qualquer item
problema, entre em cantafo com
ao produto (como adesivos ou pinturas...) ou removendo
o fornecedor e peça q j e ele tome
partes do produto. Nesse caso o produto não apresenta um
uma providencia. Caso o deleita
defeito de fabricação, portanto você não t e m d i r e i t o à
garantia legal. não possa s ; r reparaco, é obrigação
do fabricante fazer a troca.
Ficar com o produto depois do prazo legal, se ele não tiver
outra g a r a n t i a , ou depois de vencidas as garantias contratual AVISO
ou estendida. O fato de você não ter reclamado dentro dos Segundo a l á você deve reclamar
prazos de g a r a n t i a vigentes sugere que você tenha aceitado primeiro com o fabricante. Some -ite n<
o produto como estava. caso de ele não poder *er identificado
é que o comerciante assume
suas obrigações.
34
R
Não. Quando você assina u m exigindo o pagamento de indenização
recibo de entrega, não abdica de pelos danos suportados, ou seia, pela
quantia gasta com o produto.
seus cireitos - inclusive o de reclamar
de uma mercadoria defeituosa - , mesmo
AVISO
que a nota ateste que a mercadoria
Sempre verifique os produtos ao recebê-
está em perfeitas condições. Você deve
los e informe qualquer problema ao
desembalar e inspecionar o produto den-
vendedor ou ao fabricante. Se você
tro do prazo de garantia em vigor e,
então, informar ao comerciante se o demorar a comunicar o recebimento de
produto estiver com defeito. Estando u m produto defeituoso, poderá estar
arriscando a perda do seu direito.
dentro dos prazos de garantia (legal,
contratual ou estendida), você
tem o direito de exigir o conserto
NAO PRESTE
ou a troca do produto, sem cus-
ATBNçAO A ESSES
tos adicionais.
PEQUENOS PBTAUHBS.
ASSINE AQUi, MAPAME/
P L A N O D E AÇÃO
1 Volte à loja, explicando a
situação e levando a nota fiscal
de compra, e solicite o conserto,
a troca, o abatimento do preço
ou o reembolso do valor pago.
2 Você t a m b é m pode enviar á
loja uma reclamação por
escrito, ou r e g i s t r a r a
reclamação por telefone, caso
a loia mantenha um serviço de
atendimento ao cliente.
D e s c r e v a o ocorrido e exiia a
troca, o abatimento do preço ou
o reembolso do valor pago.
 g c i e i u e aisse que, c o m o e u tinha
r CU.UU I CCIIIMUIOU
consertado a m a l a em q u a l q u e r
por um r e p a r o l o j a , eu havia infringido o contrai
necessário de garantia. E se r e c u s o u a me
reembolsar pelo conserto. E l e po4
não s e i a possível identificar o
fabricante, você deve procurar o
gerente d a loja (neste caso, ele
será o responsável).
juntamente com todos os outros credores
e clientes da loja.
Para cobrar o crédito da massa falida,
você terá de procurar u m advogado
especialista, para que ele entre com uma

P C o m p r e i u m a m a l a para v i a j a r
para o exterior e durante a
fazer isso? 2 Se o fabricante se recusar a fazer o ação chamada "ação de habilitação de
crédito", no processo da falência. Tenha

r conserto, informe que você vai orçar o
viagem, ela quebrou. A p e s a r de
a i n d a estar d e n t r o do prazo de
garantia, tive d e providenciar u m
conserto e m e r g e n d a l e m qualquer
loja, porque precisava terminar a
v i a g e m . Q u a n d o voltei, levei a m a l a
a t é a loja onde a comprei, e o
NEGOCIAÇÕES D E DÍVIDAS
Por meio da negociação de uma divida, você pode
dividir em parcelas o pagamento devido. Ou seia, você
consegue um prazo maior para pagar. Um empréstimo,
R
Sim. Ao fazer o conserto sem
utilizar o termo de garantia, você
abriu mão dele. Você não tem direito a>
reembolso pelo conserto que decidiu
fazer. Mas atenção: a garantia r ã o se
esgota por isso. Se aparecer outro defe
e a mala ainda estiver dentro d o prazo
garantia, esta poderá ser usada (mas i
se o novo defeito não estiver relaciona
ao conserto feito anteriormente).
O s seus direitos depoi
que a g a r a n t i a e x p i r a
valor do conserto em um serviço
autorizado, para que a fonte do
problema seja identificada. Você terá
de pagar por isso, apesar de ser de
competência do fabricante, mas num
eventual processo contra ele você
poderá receber a quantia gasta.
3 Se o fabricante ou o gerente da loia
se recusarem a resolver o problema,
busque aconselhamento no órgão de
proteção e defesa do consumidor de
sua cidade.
em mente que problemas como este
podem levar muito tempo para serem
resolvidos e que o dinheiro que você irá
gastar no processo poderá ser maior que
o valor da entrada que pagou.
Se você processar a loja falida, será
convidado a uma sessão com os credores
da loja para saber quanto dinheiro será
destinado às pessoas a quem a loja devia
dinheiro. Se os fundos forem suficientes
para atender os créditos prioritários,
como de empregados e impostos, pode
ser que você consiga o seu dinheiro

P
um financiamento, cartões de crédito e de cobrança, de volta.
crédito rotativo do cartão de crédito, compra a prazo e Meu amplifu adoi de s o m
vendas sob condições de parcelamento são todos acordos quebrou exatamente d u a s Depósito feito e m favor
semanas após o término do prazo
C r e d i á r i o e m loia
de crédito ou negociações de dívidas.
estipulado pela g a r a n t i a - p a d r ã o d*
de u m a loia f a l i d a de d e p a r t a m e n t o s
E m regra, a lei não determina um limite de valor
para que você negocie uma divida e nem o número de
parcelas em que será dividido o pagamento. Isso será
parte da negociação que você fará com o seu credor, ou
produto. O gerente da loja e m que
comprei o amplificador diz que eu
tenho de pagar pelo reparo. E l e s
P Fiz o pedido de uma
cozinha planejada a u m distri-
buidor local e dei uma entrada de
P Fiz u m c r e d i á r i o n u m a loja de
departamentos para c o m p r a de
eletrodomésticos. Como vou me
seia, com a empresa á qual você está devendo. podem exigir isso? R S 1.000,00. E m seguida, descobri m u d a r p a r a outra cidade, p e r g u n t e i
Deve ser dada a você uma cópia escrita do acordo ou do
que o distribuidor local está falido. ao gerente se poderia c a n c e l a r o

R
contrato de negociação. E l e deve incluir todos os
detalhes, como, por exemplo, o que acontece se o acordo Sim. Se o prazo legal de noventa É possível que fiquem com o meu c r e d i á r i o . E l e me respondeu que
for cancelado, quais são os seus direitos no caso do dias, a partir da data da compra, dinheiro e n ã o me entreguem i s s o n ã o é possível. E l e pode
pagamento adiantado de algumas parcelas ou do valor para reclamar o produlo durável expir a cozinha? recusar o cancelamento?
total, e que encargos e juros ou multas poderão ser e se também já expirou o prazo dado
cobrados e em que situações. Acordos comuns são:

• Compra a prazo - Você é dono do produto desde o

início, mas paga por ele em parcelas.
• Crédito em loia de departamentos - Um empréstimo
para comprar itens determinados é feito a você por
meio de uma companhia financeira.
• Crédito rotativo do cartão de crédito - Você pode não
pagar o valor integral da fatura, optando por pagar
apenas o valor mínimo, que vem indicado, ou outro valor
entre o mínimo e o débito. A diferença será cobrada na
outra fatura com o acréscimo dos encargos.
Quando você está devendo muito ao cartão de crédito,
pode parcelar a dívida e ficar um período sem fazer
compras. Também serão cobrados encargos que devem
ser informados a você.
pela garantia contratual, você terá de
pagar pelo conserto, liso s ó não
acontecerá se o defeito for de difícil
verificação, como, por exemplo, uma
falha do equipamento ou de seus
componentes que existia quando você
comprou, mas que só apareceu muito
tempo depois. Neste caso, o seu praze
legal para reclamar só começa n o dia t
que o defeito se manifestou. Aí, sim, v
terá direito ao conserto - mas terá de
cobrar do fabricante, não da loja.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o fabrican
peça o conserto do amplificador. C
R Se é o distribuidor local que está
falido, não há maiores problemas,
porque você pode cobrar a obrigação, ou
seja, a entrega da cozinha, da matriz da
lo a. Mas se é a rratriz que está falida,
então a resposta é: sim, ela poderá ficar
cem o seu dinheiro.
O sindico da falência (pessoa
responsável, designada pela Justiça, pelo
controle financeiro e pelos compromissos
de urra firma falida) pode ficar com o
valor da entrada que você pagou porque
é ele quem administra as dívidas da loja.
Você terá o direito de reclamar, mas para
isso vai ter de cobrar da massa falida
(que é a reunião dos bens da empresa),
R Sim. O crediário é uma forma de
comprar a prazo, mas todos os
meses você tem de ir à loja efetuar o
pagamento. Se você vai se mudar e não
poderá comparecer à loja para pagar as
parcelas, poderá quitar toda a dívida de
uma só vez (neste caso, pode pedir u m
desconto, direito que a lei determina), ou
pode tentar negociar com a loja outra
forma de pagamento, como, por
exemplo, emitindo cheques pré-datados.
Mas atenção: a loja não é obrigada a
aceitar a mudança na forma de
pagamento, já que a oferecida por ela é o
crediário e você sabia disso quando fez a
sua onção de comnra
AVISO
Se você não pagar pelos produtos
adquiridos, a loja poderá mover uma
ação de cobrança contra você. Como os
produtos não apresentam defeito, a loja
não é obrigada a aceitar uma devolução
ou cancelar a venda.
Preço de p r o m o ç ã o :
redução real
R Não. Os fornecedores têm o dever
de prestar informações verdadeira;
sobre os produtos, inclusive sobre preça
e promoções, e os consumidores têm o
direito de receber informação precisa
sobre os preços dos produtos.
Essa atitude constitui uma fraude
contra o consumidor, e é definida como
infração penal pelo Código de Defesa d
Consumidor, estando o fornecedor
sujeito a pena de detenção de três mest
a u m ano e multa (que será fixada
facilidade pelo c o n s u m i d o r na hora
da compra.
A i n d a assim, m u i t a s lojas colocam
Você t a m b é m e s t á
protegido n a v e n d a
av sos ao consumidor i n f o r m a n d o que de porta e m p o r t a
não fazem, trocas de produtos que
estão em promoção. Nesses casos, se
mesmo assim você decidir comprar o
produto, estará ciente de que não
P D o i s dias a t r á s , u m c o n h e c i d o
m e u , representante d e v e n d a s
de u m a marca de c o s m é t i c o s ,
paderá trocá-lo. Mas o aviso tem de convenceu-me a e n c o m e n d a r a l g u n s
estar em local de destaque - bem produtos do s e u m o s t r u á r i o . M a s
visível ao consumidor - , caso contrário m u d e i de idéia e t e l e f o n e i para
não terá validade. Se o aviso não cancelar o pedido, e ele m e disse

P C o m p r e i u m microsystem
e s t é r e o para m i n h a filha, n u m a
p r o m o ç ã o que vendia por R $ 500,00
u m produto que n o r m a l m e n t e
custava R $ 700,00. Q u a n d o disse a
ela o p r e ç o que paguei, m i n h a filha
comentou que tinha visto um
aparelho igual na vitrine daquela
loja por R $ 400,00 no dia anterior
ao da p r o m o ç ã o . A loja pode
fazer isso?
pelo juiz).
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você t e m certeza de que o
produto não esteve m a i s caro nos dic
anteriores ao da promoção, peça par
falar com o gerente e reclame. Ele
deverá oferecer-lhe u m desconto.
2 Você pode reportar o problema
ao órgão de proteção e defesa
do consumidor e à delegacia
de polícia mais p r ó x i m a (não
precisa necessariamente ser
a delegacia especializada e m
defesa do consumidor).
Produtos adquiridos
e m promoções
estiver visível, você terá direito a ser
reembolsado, a ter o p r o d u t o trocado
o u consertado por conta da loja. Mas
atenção: reclame o seu direito dentro
d > tempo-limite.
P L A N O D E AÇÃO
1 No caso de o aviso não estar
v i s í v e l , leve a bolsa à l o i a , com a
nota fiscal de c o m p r a , e solicite o
conserto ou a t r o c a . Caso não haja
i r a i s bolsas do mesmo modelo
disponíveis, você t e m d i r e i t o a
escolher outro produto ou a e x i g i r
um a b a t i m e n t o do preço se decidir
f i c a r c o m e l a , ou a i n d a o r e e m -
bolso do valor pago mediante a
devolução do produto.
que e u n ã o podia fazer i s s o . E l e
está certo?
R Não. Você tem o direito de desistir
d o produto em u m prazo de até
sete dias após tê-lo recebido, e o
vendedor deveria ter dito isso quando
você fez a encomenda.
Q U E M VOCÊ P O D E D E I X A R
E N T R A R NA S U A C A S A
Não é muito seguro receber estranhos e m casa, mas sc você
decidir comprar um produto de um representante comercial
que o visite, tome alguns cuidados!
• E x i j a que ele declare seu nome e a empresa ou loia
p a r a a qual trabalha.

P
O fecho de uma bolsa de coun
que comprei n u m a p r o m o ç ã o
quebrou na terceira vez e m que e i
u s e i . A loja se exime da
responsabilidade porque pratica
uma política de n ã o reembolsar
nem trocar produtos a d q u i r i d o s e i
p r o m o ç õ e s . E l e s podem fazer i s s o '
2 5e o gerente se r e c u s a r a resolver
o p r o b l e m a , você pode e n v i a r ò loja
uma r e c l a m a ç ã o por e s c r i t o , ou
r e g i s t r a r a reclamação por telefone,
caso a loia mantenha u m serviço de
a l e n d i m e n t o co c l i e n t e .
3 Se não for atendido, você pode
e n t r a r em contato com o órgão de
proteção e defesa do consumidor de
• Solicite que apresente um d o c u m e n t o de identificoção
c o m o nome, logotipo da empresa e u m a fotografia para
você poder comparar o rosto na foto c o m o da pessoa
que estiver à sua porta.
• Pergunte a ele o propósito da visita.
• Peça o número do telefone da empreso e explique que
você pode usar o número para checar a idoneidade dele.

R
Depende. Em regra, seus direi
com relação aos p r o d u t o s
comprados e m promoções s ã o os
mesmos daqueles relacionados aos
produtos adquiridos fora de
promoções, a menos que haja u m
aviso i n f o r m a n d o que os itens e s t ã o
em p r o m o ç ã o porque apresentam
defeitos, sendo estes percebidos c o r
O número fornecido deve ser de u m telefone f i x o , não de
sua cidade. Dessa f o r m a o órgão
celular ou de pager, e a ligação feita deve ser respon-
poderá a g i r , entrando em contato
dida por uma pessoa, não por uma máquina (mensagem
c o n o fornecedor, agendando uma
eletrônica). 0 número deve constar da lista telefônica
a u d i ê n c i a de conciliação entre você e (páginas amarelas) e de preferência ser um 0800.
a l o i a , e cobrando do fornecedor
uma explicação para a sua atitude, • Procure recebè-lo na presença de outra pessoa,
podendo a p l i c a r penalidades se como u m vizinho, por exemplo.
l i c o r c o m p r o v a d o que a g i u de
I n r m n ilponl
 A lei protege as pessoas que assinam
• Se o contrato não foi entregue no ate produtos colocados no mercado devem
contratos de compra de produtos ou depósito, zwe ter seu dinheiro de v o l t a ,
negociação, a empresa tem de mandar ter uma qualidade razoável. E mais:
serviços em casa ou em qualquer outro sem nenhum desconto.
para você uma cópia do contrato, pelo proíbe que o fornecedor ou o vendedor
lugar que não seja o estabelecimento • Se voes cancelou o contrato nesse
correio, e você tem, a partir da data de che imponham regras se eximindo de
comercial do fornecedor, porque período de sete dias e o vendedor deixou
gada dessa cópia, um período de sete dia responsabilidade. A obrigação do
entende que a pessoa não estava com a com você » procuto, guarde-o até que a
para decidir se quer ou não ficar com o o r l comerciante é verificar se os produtos,
intenção de consumir: ela não foi até empresa vaiha retomá-lo. Você não tem a
duto. O u seja: você pode mudar de idéia. [ mesmo aqueles de segunda mão, são
uma loja ou a u m shopping. Ela estava obrigarác de arzâr com a devolução.
• Se o contrato foi entregue no adequados ao consumo.
em casa e foi surpreendida pela visita de
momento da negociação, então os sete Mas, se a loja divulga que vende
u m representante comercial, ou por u m PLANO DE AÇÃO
dias para desistir começam a contar da produtos com pequenos defeitos,
comercial de televisão que mostrava 1 Entre em contato com a empresa e
data em que você recebeu o contrato, ol justamente porque são produtos usados
produtos milagrosos ou maravilhosos. informe cue não deseja mais o produto
seja, o dia da negociação. (que não são entregues diretamente a
Se você assinou algum tipo de contrato ou serviçD, cancelando o contrato e
• Se você mudar de idéia durante ess eles pelos fabricantes), então ela pode se
oferecido pelo vendedor, e esse contrato informando que pretenáe proceder à
período, tem todo o direito de cancelar recusar a fazer o conserto, a troca ou dar
lhe foi apresentado enquanto o vendedor devolução. Deixe claro que você está
contrato sem despesa alguma (sem pa^ o reembolso. Nesse caso, vai valer a regra
estava em sua casa (e não pelo telefone), fazendo uso do prazo de desistência
qualquer ripo de multa) e sem precisar: da informação prestada ao consumidor.
você tem os seguintes direitos: Previsto rio Código de Defesa do
justificar. Se você pagou algum tipo dt O u seja: ao comprar nessa determinada
Conscrn «íor. Você não deve arcar com
loja, o consumidor deve saber que os
nenhum cusfo dessa devolução.
produtos podem apresentar defeitos, e
2 Se /océ não for atendido, entre em assim terá condições de decidir se deve
C O M P R A F E I T A NO M E R C A D O INFORMAL
contato com o órgão de proteção e ou não correr o risco.
Quando você faz uma compra em feiras de
• Preste bastante atenção ao comprar defesa Co consumidor de sua cidade.
artesanato ou feiras livres (nas quais o
produtos que possam oferecer qualquer tipo AVISO
vendedor não tem qualquer ligação com Quando estiver comprando produtos de
de perigo, como aparelhos elétricos ou
alguma empresa), você não está protegido pelo AVISO
brinquedos que possam machucar ou provocar segunda mão, pergunte se há qualquer
Código de Defesa do Consumidor. Nesses casos, N ã o importa se a visita do representante
choque elétrico. tipo de problema com a mercadoria. Seja
você e o vendedor podem negociar as condições comercial se deu porque você a solicito.:
específico. O vendedor não pode dar
da compra e venda com liberdade. O que você o u n ã o . a lei diz que, em caso de
tem é a proteção geral do Código Civil.
• Preste atenção t a m b é m o informação falsa ou duvidosa porque
produtos que possam ser compras feitas fora do estabelecimento
Geralmente essas feiras se estabelecem estará agindo de má-fé. Se o vendedor
roubados ou falsificados. comercia do fornecedor, o consumidor disser que não há qualquer defeito e você
com certa freqüência e em locais
Se você suspeitar de algo, tern cireiro a desistir do produto em sete depois deparar com algum, terá não só o
determinados, o que torna mais fácil procurar
procure a policia. A dias, e ponto final. Este prazo é chamado
o vendedor se houver algum problema. É direito de receber seu dinheiro de volta
venda de produto roubado
muito comum que os vendedores façam a de p r a z o de reflexão. mas também de processá-lo.
ou falsificado é c r i m e ,
troca de um produto com
com pena de d e t e n ç ã o e
defeito para não perderem
multa. A l é m disso, a
a clientela. Aliás, mesmo P r o d u t o s de segunda
qualidade dos p r o d u t o s Produtos leiloados
os vendedores
falsificados é d u v i d o s a e m ã o d e v e m funcionar
ambulantes, ou devem s e r descritos

P
pode causar danos.
camelôs, adotam C o m p r e i um freezer de uma corretamente

P
essa mesma postura l o j a q u e vende produtos de
quando u m com- s e g u n d a m ã o . Quando o instalei, \ u m leilão, dei u m lance e m
prador os procura p e r c e b i q u e , apesar de ele manter i u m s o f á - c a m a " e m perfeitas
para reclamar de
c o m i d a congelada, e s t á sempre c o n d i ç õ e s " . Q u a n d o o recebi,
algum defeito. constatei q u e ele estava com
vaumdo, o q u e faz com que haja
Mas como nesse defeito. Liguei p a r a o leiloeiro, m a s
caso não há a s e m p r e u m a poça de água na minha
c o z i n h a . R e c l a m e i , mas o gerente ele disse que e u n ã o podia devolver
proteção da lei do
d i s s e q u e n ã o pode fazer nada. Ele o produto. E l e pode fazer isso?
consumidor, é
necessário t o m a r p o d e n e g a r s u a responsabilidade?
Não. A lei determina que qualquer
algumas precauções

T>
N ã o O Código de Defesa do R afirmação feita em relação à
ptialidaóV e a n funcionamento de
, Klorclelerniinafr.iros
onsum
 produtos tem de ser precisa, mesmo e m
REGRA DE se tratando de u m leilão. Isto é
OURO especialmente importante se o
consumidor não tem a chance de
E m leilões, leia
inspecionar os produtos oferecidos antes
cuidadosamente
do momento do leilão, ou de proceder a
avisos ou notinhas
qualquer tipo de perícia sobre os
colocados ao lado do
produtos que quer comprar -
produto em
principalmente se os produtos só são
exposição. Procure
apresentados por meio de catálogo.
por todo o catálogo
ou qualquer outro Nos leilões particulares, os bens são
material impresso geralmente expostos aos compradores e
cláusulas que podem ser analisados antes do dia do
isentem o leiloeiro
leilão ou até no mesmo dia. Espera-se
da responsabilidade.
que os objetos estejam em bom estado e
0 leiloeiro pode não
em perfeitas condições. Quando se trata
ser responsável pela
de jóias ou relógios, é comum possuírem
qualidade dos
uma garantia de autenticidade dada por
produtos vendidos
porque ele funciona um avaliador profissional. Exija esse
como um documento. Se o bem estiver danificado
<• poi isso está sendo leiloado por UTJ1
intermediário na
preço mais baixo do que no mercado,
venda - com isso, o
princípio "deixe o tal ressalva deverá ser feita aos
cliente ciente" tem compradores, que poderão decidir
de ser adotado. Se comprar ou não - estando previamente
houver algum cientes do defeito. Você terá os mesmos
defeito ou algo que direitos garantidos pelo Código de
desvalorize os bens,
I >e:esa do ( onsumidor.
isso terá de constar
de avisos, caso
contrário o
comprador poderá C o m p r a que c a u s a
reclamar com
danos à s u a saúde
o leiloeiro.
P
E u estava bebendo u m café
i n s t a n t â n e o , quando percebi
que nele h a v i a pequenos p e d a ç o s de
vidro. Por s o r t e n ã o engoli n e n h u m .
Posso exigir a l g u m a c o m p e n s a ç ã o ?
R
Não, já que efetivamente você não
sofreu qualquer dano, mesmo que
por sorte. Mas você pode reclamar d o
produto e pedir o seu dinheiro de volta,
por ele não ser seguro para o consumo.
De acordo com a lei, só existe a
obrigação de indenizar, ou seja, de dar
uma compensação, se houver u m dano
comprovado. Se você tivesse engolido os
pedacinhos de vidro, se machucado com
eles, ou se tivesse sofrido algum outro
42
dano em razão de um produto
defeituoso, então poderia exigir uma
indenização, além da devolução do seu
dinheiro, l^ra isse você tem um prazo
cinco anos, que começa a vigorar n o di
em que se deu o dano.
Esses direitos são cobrados do
fabricante do produto. Se não estiver
claro quem é o fabricante do café e o
pessoal da loja não puder dizer ou não
souber dizer de cuem se trata, então v
pode processar a loja.
Como esse tipo de incidente envolve
segurança e pode afetar outros con-
sumidores, você deve reportar o proble
0 mais rápido possível tanto ao for-
necedor como aos órgãos de proteção
defesa i o consumido! e à Saúde Públi
P L A N O D E AÇÃO
1 O melhor é guardar a xícara com
resto do café e os pedacinhos de vidr
Provavelmente outras pessoas lerão
presenciado o ocorrido, anote seus
nomes e telefones de contato. Procu
órgão de proteção e defesa do
consumidor e a Saúde Pública, que
poderão agir d e acordo com o Códig
de Defesa do Consumidor, Regu-
lamentação S a n i t á r i a e do Ministéri
da Saúde. A x í c a r a e as testemunha
serão necessárias como evidência.
2 Se você está preocupado, com me
de ter sofrido d o n o s devidos à inges
do café, procu i~e o médico para f a z e
um exame, e s e u advogado para
aconselhamento. Você vai precisar
evidências m é d i c a s se desejar proc
à alegação p o r danos pessoais.
Aconselhamento
em caso d e dano
P
M i n h a iil ha estava u s a n d o s
s e c a d o r d l e cabelos, que t e m
nove m e s e s dm^ uso, e ele pegou
fogo. O s c a b e V o s dela foram
receber m e u dinheiro de volta, mas
atingidos pio fogo e e l a a i n d a
a pessoa com quem falei ao
queimou a tão. D e p o i s , q u a n d o
telefonar p a r a lá disse que a
soltou o setdor, o c a r p e t e d o
empresa n ã o vai efetuar o
banheiro fc d a n i f i c a d o . P o d e m o s
cancelamento. A e m p r e s a pode
processar a»uém?
deixar um cliente à espera
R
tanto tempo?
Sim. Sn filha t e m d i r e i t o à
R
comp?sação pelos danos morais,
Não. O Código de Defesa do
inclusive estticos, que t e n h a m sido
Consumidor garante que seja
causados, e elos danos materiais
fixado um prazo para o cumprimento
sofridos: o scador, o carpete, despesas
da obrigação e proíbe que a fixação do
médicas ou utra coisa que também
termo inicial fique exclusivamente a
tenha sido dnificada o u queimada no
critério do fornecedor - ou seja, tem
incidente. El vai ter de demonstrar que
de haver uma fixação para o prazo de
seguiu as intruções d o fabricante, que o
entrega da mercadoria e ele tem de
aparelho nãi sofreu n e n h u m ripo de
ser cumprido pela loja. Caso :sso não
alteração e oje não foi usado para fins
aconteça, haverá a falta de cumprimento
aos quais n õ se destina.
da oferta e o descumprimento contratual,
Nos casoíern que há relação de
que autorizam 0 cancelamento do
consumo, fwendo probabilidade de a
contrato com o pedido de reembolso do
alegação doconsumidor ser verdadeira
valor pago.
(verossimilhança da alegação), vai caber
Geralmente, o prazo de entrega vem
ao fabricante, provar o contrário, ou seja,
estipulado na nota fiscal. Se for uma
que o prodito é seguro, adequado ao uso
compra pela Internet ou por catálogo, o
comum, e qae não tinha defeito ou não
apresentava risco. O fornecedor somente
não é obrigido a indenizar o consumidor
se provar qae não colocou o produto no
QUERO CAMCELA& A
mercado, que o defeito não existe, que o COMPRA PO VESTtPO
consumido- ou outra pessoa causou o PE GESTANTE/
defeito por sua própria culpa ou por
mau uso d o produto.
AVISO
Você não terá sucesso em alegar danos
morais ou materiais caso o acidente seja
resultado d e algo que você tenha feito,
como, por exemplo, se você desencapou
o u reencapou os fios do aparelho ou o
colocou d e n t r o d'água.
E s p e r a por pedidos
feitos por correio
P
i l a s e i s meses aguardo um
compputador que comprei por
m e i o d e ruma empresa que trabalha
c o m p e d i i d o s pelo correio. Agora
q u e r o c a m c e l a r o meu pedido»

Proteção para quem
faz compras em casa
Quando você adquire produtos via correio,
telefone, fax, Internet ou canais de compra da
TV, tem os mesmos direitos garantidos pelo
Código de Defesa do Consumidor, exatamente
como quando compra em uma loia.
Você t e m o direito de saber tudo sobre o
produto ou serviço que está comprando ou
contratando, mesmo que por telefone, com
todas as especificações, condições de uso e
direitos que são garantidos por esses serviços
ou produtos. Caso você não tenho total
conhecimento prévio no ato da compra, não é
obrigado a aceitar esse contrato de compra ou
a d q u i r i r esse serviço.
Nesses casos, a lei oferece uma proteção a
m a i s : se você resolver não ficar com o produto
COMPRA SEGURA PELA INTERNET
Siga estas regras para minimizar a
possibilidade de roubo e outros problemas
quando fizer compras pela Internet:
• Só negocie com comerciantes que seiam
reconhecidos pelo mercado e que tenham
endereço fixo (real/geográfico) e telefone f i x o
(sem ser pager ou c e l u l a r ) . Tente negociar c o m
empresas renomadas ou recomendadas por
pessoas que você conheça e em que confie.
• Procure declarações no site que garantam
que ele é seguro. Geralmente o ícone que
indica que o site é seguro é u m cadeado que
aparece na b a r r a de status. Se você não puder
achar nenhuma indicação a esse respeito, não
faça compras nele.
• I m p r i m a os termos e políticas da empresa e
verifique que proteções você t e m contra
Problemas que possam v i r o ocorrer. Guarde
Para diminuir a possibilidade de fraude ou roubo:
• Nunca envie dinheiro por correio.
• Nunca dê detalhes sobre sua
conta b a n c á r i a ou c a r t ã o de
crédito por f a x ou e-mail.
ou serviço porque se decepcionou c o m ele, ou
simplesmente porque desistiu da c o m p r a , você
tem sete dias a con-ar da entrega do produto
para entrar em contato com a loia e dizer que
não o deseia m a i s . você poderá devolvê-lo sem
nenhum custo adicional.
No Brasil iá existe uma preocupação com as
transações feitas pe a Internet. Há órgãos do
Governo Federal que desenvolvem políticas
neste sentido, mas ; i n d a não temos uma
legislaçõo específica regulando o comércio
eletrônico, apesar de iá existirem alguns
proietosde lei que v i s a m a regulamentar a
troca de informação via Internet, como, por
exemplo, os e-mails.
uma cópia do imprESSO. Se for difícil localizar
ou identificar a empresa, você vai encontrar
dificuldodes para resolver problemas eventuais
como atraso na enlrega, produtos com
defeito etc.
• Verifique as taxos de entrega - você pode ser
responsável pelo pagamento de impostos e outra
cobranças extras. N j n c a forneça detalhes do sei
c a r t ã o de crédito, a menos que você esteia n u m
site seguro.
• I m p r i m a e guarde seus pedidos e as confirma-
ções dos pedidos, 'cnto para efetuar cobranças
posteriores da emo-esa que vende pela Internet
c o m o para poder mover uma ação contra e l a ,
se f o r o caso.
• Quando você pagar com cartão de c r é d i t o ,
v e r i f i q u e o extratc do cartão assim que ele
c h e g a r e informe ü operadora se houver
q u a l q u e r discrepância.
• Nunca digite sua senha de cartão
d e débito ou crédito, pelo telefone
o u pela Internet. Os bancos não
c o s t u m a m exigir que você faça isso.
prazo vem descrito junto com as
especificações do produto, preço e taxa
de entrega (frete), inclusive para que
se aguarde o entregador na data
combinada. Vale a pena lembrar de
verificar se o prazo está mesmo fixado,
para ter o documento a seu favor n o
caso de optar por fazer uma reclamação
ou mover uma ação contra a loja.
P L A N O D E AÇÃO
1 Envie uma carta registrada à
empresa, ou entre em contato por
telefone, sempre solicitando o número
de registro da sua ligação. Diga que
você tem o direito de cancelar o pedido
e peça o reembolso do seu dinheiro. Se
você pagou com cartão de crédito,
entre em contato com a administradora
do carlão e peça orientação sobre como
proceder para cancelar a compra.
2 Se a loia não colaborar, procure
o órgão de proteção e defesa do
consumidor de sua cidade para fazer
uma reclamação e pleitear a
devolução do seu dinheiro.
3 Se a problema não for resolvido, você
deve procurar um advogado para
mover uma ação contra a empresa que
vendeu o computador pelo correio.
Neste caso, se você puder demonstrar
que a falta do computador causou
outros danos, como, por exemplo,
prejudicou o seu trabalho (você deixou
de ganhar dinheiro), poderá exigir
indenização também por essas perdas.
Até q u a n d o você pode
f a z e r u m a reclamação?
P
M i n h a f a c a e l é t r i c a parou de
f u n c i o n a r no N a t a l do ano
p a s s a d o , p o r isso comprei uma nova
n u m a l o j a e s p e c i a l i z a d a em
e l e t r o d o m é s t i c o s sofisticados. Não
precisei u s á - l a p o r alguns meses e,
q i i . m d o «> f i z , e l a n ã o funcionou. 0
gerente diz s e r tarde demais para
reclamar. E l e e s t á certo?
R Xão. O Código de Defesa do
Consumidor garante a você o
direito de reclamar dos defeitos dos
produtos ou serviços duráveis dentro de
noventa dias contados a partir do dia em
que o produto apresentou o defeito, no
i . so de ii dcteiti i aconkvci em um
produto ou serviço durável. N o seu caso
específico, você só verificou o defeito
quando tentou usar a faca e ela não fun-
cionou, então o seu prazo para reclamar
começa a partir desse momento.
Você terá direito a exigir o conserto
da faca elétrica. Se não for possível ao
fabricante consertá-la, você terá direito
à troca por outra faca elétrica idêrtica
ou semelhante, mesmo se for de outra
marca. Se essas alternativas não
forem possíveis, você terá direito
ao reembolso.
Antes de tomar qualquer atitude,
verifique se o produto ainda está no
prazo de garantia contratual dado pelo
fabricante. Será bem mais fácil exigir
o conserto utilizando-se da garantia
contratual do que demonstrar ao
fabricante que você tem outros direitos.
Por isso, é importante sempre guardar
os documentos que acompanham o
produto, como a nota fiscal de compra,
0 documento ou termo de garantia
e o manual de instruções.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o
fabricante da f a c a elétrica.
• Se você a comprou há menos de
noventa dias, explique que tem direito à
troca ou ao conserto do produto. Se a
faca elétrica não puder ser consertada
ou trocada, você ainda tem o direito de
exigir o seu dinheiro de volta.
• Se você comprou há mais de noventa
dios, mas só verificou o defeito agora,
explique as circunstâncias e o falo de
que você tem o direito de ter um
preduto com defeito consertado ou
I I U I U U U u e n i i u ue noventa dias a O fornecedor concordou e m
c o n t a r da constatação do defeito. consertar ou trocar a lavadora, nu T E M P O - L I M I T E P A R A P E D I R O CONSERTO, A T R O C A OU O REEMBOLSO
• Se o produto ainda e s t i v e r se recusa a pagar pelo p i s o , ele
Seus direitos O que você Bases legais
d e n t r o da g a r a n t i a c o n t r a t u a l , faça pode fazer isso? Você pode perder Quanto tempo Com quem
deve fazer seu direito se você tem para reclamar
uso d e l a , exigindo o conserta no
reclamar
serviço autorizado sem nenhum Não. Você tem direito ao conserto
Procure o Códiao de Defesa
custo adicional. do produto e à indenização por 0 conserto, a • Aceitar o Se for poduto Com o fabri-
1roca, o fabricante. Se do Consumidor.
dar.os matenais diretamente causados produto sabendo não durável, cante (ou o
abatimento do ele não puder que ele está com trinta dias. Se comerciante, se
2 Se o fabricante não estiver em função do defeito de fabricação do preço ou o ser identificado, defeito e você for durável, o fabricante não
identificável na e m b a l a g e m , você pode produto. Você poderá mover uma ação reembolso do procure o perdeu o prazo noventa dias. O puder ser
valor paço por comerciante. legal para prazo começa identificado ou
p r o c u r a r a loja onde c o m p r o u o contra o fabricante da máquina de lava um produlo que Você deve reclamar. no dia da informado).
produto para fazer sua reclamação e louças (o responsável em primeirc lugí esteia com verificar o • O fornecedor compra ou
e x i g i r os seus direitos. é o fabricante) e, depois, contra a loja r defeito ou que produto assim provar que ele entrego - se for
tenha sido que o receber, e não tinha defeito de fácil
qual você fez a compra (se não for descrito de pode deixá-lo nenhum defeito verificação -, ou
3 Se o fabricante ou a loja se possível identificar o fabricante nos forma imprecisa disponível em ou que este no dia em que
documentos que acompanharam ou falsa sua casa para ocorreu por se manifestou o
recusarem a consertar, t r o c a r ou
(propaganda ou que seia culpa do defeito - se for
lhe reembolsar o valor do produto, 0 produto), afirmação recolhido pelo consumidor, por de difícil
consulte o órgão de proteção e Uma ação de indenização por danos enganosa). fornecedor no uso incorreto ou verificação.
caso de conserto inadequado.
defesa do consumidor de sua cidade materiais poce ser complicada e vocév ou troca.
para saber como proceder à precisar da ajuda de um advogado
sua reclamação. especialista em defesa do consumidor.
Seus direitos O que você Bases legais
Você pode perder Quanto tempo Com quem
deve fazer seu direito se você tem para reclamar
AVISO P L A N O D E AÇÃO
reclamar
Seus diretos baseiam-se no fato de 1 Tire fotos dos danos, iunte o
Receber Demonstrar Constituição
que o p-oduto foi usado com cuidado m á x i m o de documentação que pudei • Contribuiu Até cinco anos Com o produtor,
Federal, Código
indenização por os danos para os danos da data em que construtor,
e guardado em condições adequadas sobre o piso, como orçamentos e danos ma*eriais sofridos e Civil e Código
devido a ações se deu o dano. importador ou o
para a sua conservação de acordo c o m cobranças pelo serviço de reparo, e ou morais mostrar que fabricante (ou o de Defesa do
tomadas
causados oor eles decorreram comerciante, se Consumidor.
suas características. Se, por exemplo, toda e qualquer declaração escrita durante uso do
produtos com do defeito do produto - uso nenhum dos
você guardou a faca elétrica n u m lugar sobre a causa do estrago. Por defeito. 0 valor produto. outros puder ser
incorreto ou
úmido, ela pode ter enferrujado, e exemplo, se u m bombeiro que você será fixado inadequado. identificado ou
você não vai poder reclamar por chamou p a r a conserlar o vazamenfc iudicialmente • O fornecedor informado).
com base nos provar que o de-
isso, porque foi você m e s m o puder dar u m parecer por escrito danos que forem feito ou o dano
quem gerou o defeito. sobre os motivos pelos quais o comprovados não existia e
no processo.
Aí não se trata vazamento o c o r r e u , ou explicar que ele ocorreu
por culpa do
t-v^-g. de u m defeito o que aconteceu, junte t a m b é m
consumidor.
de fabricação. esse documento.
Seus direitos O que você B> ases legais
Você pode perder Quanto tempo Com quem
deve fazer seu direito se você tem para reclamar
2 E n t r e e m c o n t a t o com o fabricant
reclamar
Reclamação da lava-louças e informe que vocêe
ciente dos seus direitos e que vai Desistir de uma Conservar Perder o C odigo de
Sete dias a Com o
por perdas uma indenização pela troca do piso.
compra ou qualquer prazo para contar do dia fornecedor
C>efesa do
pedido leito fora produto deixado desistência. Consumidor.
causadas por em que receber (pelo mesmo
do estabele- na sua casa e o produto. telefone que fez
um bem 3 Se o f a b r i c a n t e se recusar a cimento co- deixá-lo a encomenda).
mercial alo disponível para
defeituoso aceitar que foi a lavadora que gera fornecedor (por que a empresa
problema, envie a ele uma reclam« exemplo, por possa recolhè-lo,

P Minha l a v a - l o u ç a s
nova funcionou
por escrito, a t r a v é s de carta regis-
t r a d a , c o m a v i s o de recebimento.
telefone ou
representante
comerei o I na
sua casa), e
ou devolvê-lo
à custa do
fornecedor
por seis meses, depois É bom n o t i f i c a r os dois sobre o (sem gastos
receber o adicionais
alagou a cozinha, problema, m e s m o se depois você
reembolso do poro você).
estragando meu piso. só processar u m deles. valor paio.
 comum procurar a loja onde foi feita ^|
O V E N D E D O R NÃO É RESPONSÁVEL
O vendedor não é responsável por defeitos decorrentes compre, e muitas vezes eles resolvem
do uso contínuo, do desgaste natural do produto, ou problema para não perderem o clientç]
causados pelo próprio consumidor. O vendedor é O fabricante não pode alegar o
responsável pelo produto que apresente defeitos de desgaste do produto que somente foi
fabricação surgidos após a compra. Isso vai depender usado uma vez, ou que possua tão p o
l
do tempo que passou desde que você comprou o tempo de uso, principalmente quando
produto, do tempo que ele deve durar sem apresentar peça que apresenta o defeito é essenç^
defeito, e de como ele foi manuseado. Se, por exemplo, ao funeonamento dele, e por isso dev,
você derrama café no seu DVD, deixa-o em local não ter uma durabilidade mínima
areiado, sujeito a altas temperaturas, ou não o considerável. Lembre-se: produtos 0141
manuseia com os devidos cuidados, o vendedor serviços colocados no mercado deverrj
não será responsável por defeitos que apresentar uma qualidade razoável.
eventualmente aparecerem.
Você tem direito ao reparo do defeid
do produto, ou seja, pode exigir a troç]
da corda que apresenta o defeito
4 Se você não conseguir uma solução
de qualidade.
diretamente com o fabricante ou com
a loia, será preciso entrar em contato
P L A N O D E AÇÃO
com um advogado especialista em
1 E n t r e em contato com o fabrica^
defesa do consumidor para processar
esclarecendo que a cama elástica ^
a loia e o fabricante.
apresentou qualidade satisfatória.^
AVISO deseja obter o conserto da corda q^J
está se rompendo, ou a troca do
Um processo por danos materiais devido
produto, ou o abatimento do preço J
a um produto defeituoso pode levar u m
caso d e c i d a ficar com ela mesmo c l
longo tempo para ser resolvido. Se os
o defeito - , ou ainda o reembolso rj(J
custos com a troca do piso puderem ser
valor p a g o , mediante a devoluçãoql
cobertos oor seu seguro residencial, você
cama elástica. Esteia de posse dar!
vai, provavelmente, perceber que esta é a
fiscal d e compra, que indica quem,
opção méis rápida e simples.
f a b r i c a n t e , onde o produto foi
a d q u i r i d o e em que data.
Os danos são c a u s a d o s 2 Você pode enviar para o fabricoj
pelo uso ou por defeito? uma r e c l a m a ç ã o por escrito, ou
P r e g i s t r a r a reclamação por telefonai
Comprei uma cama elástica
caso a e m p r e s a mantenha um ser/;]
caríssima p a r a fazer e x e r c í c i o s
de a t e n d i m e n t o ao cliente. OescreJ
e só a u s e i uma vez, m a s u m a das
o c o r r i d o . A c a r t a deve ser registrn,,
cordas parece estar rompendo-se. A
para q u e você fique com o compri.]
vendedora recusa-se a m e
vante d e envio, e ter o Aviso de Rt.
reembolsar, trocar ou consertar a
bimento ( A . R . ) do correio. Ou a n d
cama elástica, dizendo que e s s e tipo
o n ú m e r o do registro de atendimt
de dano no produto é gerado pelo
1(
t e l e f ô n i c o que deve ser informadc
uso. E l a pode alegar isso?
pelo a t e n d e n t e .
R Não.Em primeiro lugar, você deve
reclamar com o fabricante. Somente
3 Se n ã o for atendido, você pode
entrar e m contato com o órgão de
se ele não for identificado é que você
p r o t e ç ã o e defesa do consumidor]
deverá reclamar com a loja. (Mas é m u i t o
sua c i d a d e visando à solução da
48
questão. Dessa forma o órgão poderá
agir, entrando em contato com o
fornecedor, agendando uma audiência
de conciliação entre você e a loja, e
cobrando do fornecedor uma
explicação para a sua atitude, podendo
aplicar penalidades se ficar
comprovado que agiu de forma ilegal.
4 Se mesmo após o intermédio
do órgão de proteção e defesa do
consumidor a questão não for
resolvida, você pode processar o
fabricante, fazendo os devidos
requerimentos e exigindo o pagamento
de indenização pelos danos suportados,
ou seja, tanto pelo preço gasto com o
produto como pelos danos que você
tiver sofrido por causa do defeito
(uma queda, um machucado).
Produtos etiquetados
erradamente
P
C o m p r e i uma c a m i s e t a
etiquetada t a m a n h o M , o que
NÃO se è Rm
PREOCUPE,
HEM/
NA PRÍMEÍRA N£M DEPOiS
LAVAGEM VE CEM
ELA ENCOLHE/ LAVA6ENS!
normalmente uso. Q u a n d o
cheguei e m casa e a e x p e r i m e n t e i ,
ela ficou enorme, p a r e c e n d o s e r
d e tamanho G . Levei a c a m i s e t a à
l o j a e pedi m e u d i n h e i r o , m a s a
vendedora s e recusou a d e v o l v ê - l o ,
dizendo ser obrigação m i n h a
escolher o tamanho correto.
E l a pode fazer i s s o ?
Não. Se o tamanho marcado na
R camiseta está errado, você está
protegido pelo Código de Defesa d o
Consumidor porque houve uma falha na
especificação do produto, ou seja, foi
prestada uma informação errada sobre
ele. Você deve levar a camiseta à loja
dentro d o prazo legal, juntamente com a
nota fiscal de compra, e pedir a troca por
outra camiseta no tamanho certo, ou. se
não tiver mais, a troca por outro produto
semelhante, ou do mesmo preço. Em
último caso, você tem direito ao
reembolso da quantia paga pela
camiseta. Lembre que você tem esse
direito garantido por lei.
Se você comprou o tamanho errado
por engano mas a roupa estava
corretamente etiquetada, você não tem o
direito de devolvê-la a menos que ela
tenha algum defeito, e a loja pode se
negar a reembolsá-lo ou fazer uma troca.
E s t a n t e s que
não ficam de pé
P
C o m p r e i u m a estante do tipo
" m o n t e v o c ê mesmo" e segui à
r i s c a as i n s t r u ç õ e s de montagem.
N o entanto, ela está bamba e
i n s t á v e l . O gerente da loja na qual
f i z a compra afirma que eu não
d e v o ter juntando as partes da
f o r m a correta e que a loja não é
r e s p o n s á v e l por isso. E l e pode
agir assim?
R
Sim, caso não haja um defeito. O
gerente da loja deve ser capaz de
 MC UpiCbClKUI CVU.IVIlvl«l> l l l - q i . f o
estante é perfeitamente funcional, Mas alençào: se estiver faltando
provando que não há nada de errado a.guma peça, ou se elas não têm o
com ela nem com as instruções de tamanho adequado, tomando a
montagem, e que o problema está na montagem impossível, então h á u m S E A S C O I S A S DÃO E R R A D O
forma como você a montou. defeito q u e precisa ser reparado, e
Contudo, se as instruções de ProZn n « ' P r a a
' 9 U
™*>' °m a c o i s a e a 9 0 s a i e r
dano, você tem direito a reclamar. Recolha as
você t e m direito d e exigir o conserto, P oduto nao funciona, não combina com o que você
montagem são incorretas ou incoe- evidências, decida o que você quer fazer, depois
troca da estante, o u o reembolso d o v V Q Z a
' q u e b r a
' « parte, causa qualquer tipo de verifique as opções e tome a providência apropriada
rentes, malformuladas, conduzindo a pago se alternativas anteriores n ã o
erro, o u enganosas, então o produto forem possíveis. Neste caso, é comum J U N T E OS FATOS
apresenta u m defeito. As instruções o consumidor pnxrurar a loja na DECIDA O QUE VOCÊ QUER AJA
fazem parte do produto. Se elas são qual tez a compra, mas o primeiro
incorretas, ou se de alguma forma responsável é o fabricante, é c o m ele q. Aja prontamente Você
São opções: • Estabeleça quais são os
conduzem a erro, então elas não você deve entrar e m contato primeiro.
pode perder seus direitos se
e x p i r a r e m os prazos de seus direitos legais.
cumprem seu objetivo e você tem o • a entrega dos produtos que
Se o vendedor argumentar que você garantia legal ou contratual.
direito de reclamar e pedir orientação ao não chegaram;
não tem direito ao reembolso porque | • Leve o item de volta
fabricante com relação à montagem do
(

montou a estante, caracterizando que Não use a mercadoria à loia, escreva, telefone,
produto. Se não houver indicação de • a troca de produto que envie e-mail para a
você aceitou o produto, você pode defeituosa Não tente
quem seja o fabricante, ou u m meio de veio diferente daquele que empresa responsável.
explicar que a montagem faz parte do consertar a mercadoria por
contato com ele (telefone, e-mair„ ò procedimento de checagem da conta p r ó p r i a . Se possível»
você pediu;
obrigação do vendedor (da loja) recoloque o item na sua • Tente negociar a data, tente
mercadoria, o qual é previsto no contrai
esclarecer as suas dúvidas. embalagem original e retorne
• m a r c a r uma data de e n t r a r num acordo.
de compra, e que isso não caracteriza a \ entrega exata;
à loia para exigir o conserto
aceitação do p n x i u t o .
ou a troca, ou informe ao • Escreva uma carta regis-
comerciante que a mer- • cancelar um pedido; trada f o r m a l com Aviso de
cadoria está disponível para Recebimento para a empresa,
ser retirada na sua casa. • devolver produto com e guarde cópias de todas as
defeito e pedir reembolso cartas que enviou e os com-
Q U A N D O A C E I T A R C R É D O O DA LOJA do dinheiro;
Guarde todos os documentos provantes de postagem.

Se você compra uma .. referentes à compra, c o m o

mercadoria que apresenta a i a . . * « • o conserto de u m produto; • Seia persistente. Se você
aos quais se destina orig
m m a t e r i a l de propaganda ou
- originalmente, ou que f í " * « , •. * ' , e i f o q ü e
" * » cumn S bie v divulgação do produto, or- não conseguir o que quer
exigir o conserto, a troca ou, em mJ^.T^l^^Íl!^ 0 V C 0 r p
° ° " <« dens de pedido, recibos,
• a devolução de u m produto
e troca por outro novo;
imediatamente, fale com o
nao pode negar a você esse direito garantido p o n e , *° " <*o. Í^^SJ comprovantes do cartão de gerente, escreva de novo à
• Ele é nhrianHn „ ,_ crédito, nota fiscal, recibo loia e envie cópias para o
Ele é obrigado a providenciar o conserto do produto, em até t r i n t a dias • reclamar g a r a n t i a ; escritório central da empresa
de entrega, instruções de
S 6 !
conserto não f o r possível ele é obrigado a fazer a troca. 5e, por sua v e z ° uso do produto e documentos
e se o , r C Q t a m b é r n
não for possível, ele será obrigado a efetuar o reembolse do volor «' ° ° B n n
de g a r a n t i a . • r e c l a m a r do c o m e r c i a n t e ; • Se você pagou com cartão
9 m e a i
devolução do produto. °' °nte a de crédito, notifique a opera-
• indenização por perdas d o r a do cartão.
• Ele pode oferecer u m crédito, no mesmo valor do produto, para q v u e ou danos causados por
U t Z e 1
comprando qualquer produto que deseje. Esta é uma forma alternativa d ™ ''' produto defeituoso. • Anote tudo que for acordade
problema, mas você não é obrigado a aceitar isso. e r e s o l v e r
*e na loja
o e guarde cópias de toda
correspondência e recibos
• Verifique se esse crédito possui u m prazo de validade para utilizacnn
V e 9 a r a
que a loia entregar.
seia um prazo razoável. ' " t a que este

• Se você comete u m e r r o na escolha da cor o j do tamonho de uma me • Denuncie o comerciante

0 r e f e r e n t e
aos órgãos responsáveis,
a peças de vestuário, o comerciante não é obrigado a reembolsá-lo e n e m "
r 0 C a r a p e < í a que podem ser as agências
mas ele pode, dependendo da sua boa vontade, oferecer-lhe uma nota de™ V
P r a
reguladoras dos serviços
aquisição de produtos no mesmo valor daquele que você comprou e r r a d o ^ ^ °
públicos, os órgãos de
proteção e defesa do
consumidor, as delegacias
50 especializadas de defesa
do consumidor etc.
E s t i m a t i v a não z i e voce nao esta satisfeito com corretamente, e que ele n ã o
a resposta do bombeiro, deve havia i n s t a l a d o a d e q u a d a m e n t e
é orçamento QUAL O PROBLEMA?
tentar descobrir qual seria o preçi a d»bradiça. Quando reclamei,
A PORTA TA ABRtHDO,

P
C h a m e i um b o m b e i r o
hidráulico para c o n s e r t a r u m
vazamento. Por telefone, ele
estimou o p r e ç o e m torno de R $
iusto para o serviço, solicitando
orçamentos de outros profissional!
Se o preço cobrado por eles for ba
m a i s baixo, considera-se que o
bombeiro não fez um preço razoa,|
o marceneiro d i s s e que o m e u
pagamento pelo s e r v i ç o s i g n i f i c a v a
m i n h a s a t i s f a ç ã o . E l e pode s e
livrar a s s i m ?

60,00, dependendo do tempo de
d u r a ç ã o do serviço. O conserto
durou apenas u m a h o r a . N o
entanto, o bombeiro m e entregou
u m a fatura de R $ 210,00.
E l e pode fazer isso?
Você pode pagar-lhe o valor que
a c h a iusto, retendo a parcela que
ultrapassa o montante cobrado pc
outros profissionais, mas terá de
sustentar esse procedimento caso
o bombeiro o leve à Justiça.
R
Não. Se u m serviço não é
executado da forma adequada
ou de acordo com as especificações
acordadas, você tem direito a uma
compensação - geralmente o valor que
irá custar para reparar o problema. Mas.,

R
Sim. Como o bombeiro calculou o
conserto em torno de R$ 60,00,
qualificando o valor de acordo com o
tempo a ser despendido no trabalho, sua
declaração foi mais uma estimativa do
que um orçamento.
Embora a diferença entre uma
estimativa e um orçamento não esteja
especificada em nossa legislação,
geralmente um orçamento representa u n
preço fixo, ao passo que uma estimativa í
uma referência imprecisa e que não o
vincula ou obriga legalmente.
O custo final dependerá do tempo, da
habilidade e das pessoas envolvidas no
serviço. Dentro desse parâmetro, o
bombeiro pode cobrar da forma que ele
achar mais conveniente.
Mesmo que você não tenha combinado
um preço fixo, ainda tem direito ao ser-
viço feito por um preço razoável.
O conceito do que seja razoável não é
formalmente definido, mas o Dreço com
certeza será considerado exagerado se for
muito mais alto do que a quantia
3 Procure os órgãos de proteção i
defeso do consumidor, a fim de oterj
aconselhamento, registrar uma
reclamação e resolver o problema
Se o bombeiro for membro de
alguma associação que o represeie,
você poderá solicitar u m a tabela ie
serviços dessa organização, a fira
de comparar com o preço pago
por você.
4 Se, ainda assim, o problema não
for resolvido, você pode recorrer c
Justiça a fim de propor a ação
judicial cabível no caso.
AVISO
Se você deseja estar certo d o preço
de u m determinado serviço, deve solciti
um orçamento por escrito antes de
contratar o trabalho. Isso ajuda a eviar
surpresas desagradáveis. N o entanto
uma vez que concorde com o preço,
não poderá contestá-lo depois.
antes, dê ao marceneiro a o p o r t u n i -
dace de corrigir o defeito. Segundo o
Código de Defesa do Consumidor, essas
duas opções ficam à sua escolha.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o marceneiro
e explique que você não ficou satisfeito
com o serviço e por quê. Estipule um
prozo para que ele conserte o defeito, e
uma data para a resposta. 5 Se, ainda assim, o problema não
for solucionado, você pode recorrer
2 Caso o marceneiro não concorde, à Justiça a fim de propor a ação
você poderá tentar uma ação legal judicial cabível no caso.
para receber a compensação. Você
necessitará de, pelo menos, dois
orçamentos formais para o conserto Subempreitada
do serviço defeituoso. Você também
pode solicitar um relatório de um
especialista a fim de demonstrar que
o serviço não está dentro do padrão.
P C o n t r a t e i a reforma da m i n h a
c o z i n h a , mas o ladrilho era de
m á qualidade. Q u a n d o fui me
Ira ajudar se você tiver uma evidência queixar c o m o empreiteiro, ele
escrita de que a colocação devida negou qualquer responsabilidade,
d a dobradiça era parte da d i z e n d o q u e havia "subempreitado"
serviço acordado. s e u t r a b a l h o . Ele pode fazer i s s o ?

normalmente cobrada por outros
profissionais para serviço semelhante.
P L A N O D E AÇÃO
1 Diga ao bombeiro que o preço não
lhe parece razoável. E l e poderá dar
urna explicação (por exemplo, se um
ccessório caro foi necessária), ou
ooderá considerar uma redução
no preço.
Pagamento a
marceneiro
Tj Concordei com o o r ç a m e n t o j
•*- u m m a r c e n e i r o p a r a u m a por
n o v a , e paguei o p r e ç o t o t a l q u ,
ele m e disse ter c o m p l e t a d o o
s e r v i ç o . D e s c o b r i d e p o i s que a
p o r t a n ã o abria n e m f e c h a v a
3 Se o marceneiro for membro de
alguma associação, você poderá
utilizar os serviços de reclamação.
4 Caso não obtenha uma solução
satisfatória, procure os órgãos de
proteção e defesa do consumidor,
a fim de obter aconselhamento,
registrar uma reclamação e
resolver o problema.
R
Não. Geralmente, quando você
contrata uma firma para exeotar
u m determinado serviço de forma global,
esse serviço envolverá profissionais
diferentes. Nesse caso, o contratante
principal é o responsável por todo o
trabalho que está sendo desenvolvido,
incluindo os demais profissicnais
e serviços por ele contratados
ou "subempreitacos".
9
 P L A N O D E AÇÃO
1 Diga ao empreiteiro que ele é o
REGRA DE
OURO principal responsável pelo trabalho
feito em sua cozinha e que o ladrilho
Ao contratar tem qualidade insatisfatória ou está
qualquer tipo de defeituoso. Explique que você poderia
serviço de reforma
lhe dar a oportunidade de solucionar o
ou manutenção em
problema. Sugira um tempo razoável
edificações, evite
para que isso aconteça.
efetuar o
pagamento de
2 Se você não obtiver uma resposta
alguma quantia
satisfatória do empreiteiro, obtenha
antes de começar o
trabalho, exceto se
orçamentos de duas ou três firmas.
houver necessidade
de comprar peças 3 Diga ao empreiteiro que o fato de o
ou materiais (como
serviço não ter sido executado de
luminárias)
forma satisfatória e hábil implica uma
imprescindíveis
rescisão contratual, e que você pode:
para a execução
a) Reter, do total de honorários do
do serviço.
serviço, o /alor referente à
recolocação dos ladrilhos; b) Pagar o
serviço em sua totalidade e contratar
outro profissional que possa efetuar o
trabalho, remetendo ao empreiteiro
inicial a fatura respectiva.
4 Antes de se envolver numa ação
judicial, procure os órgãos de proteção
e defesa do consumidor para tentar
resolver o problema.
Inspecione o
serviço antes
P
Recentemente foi feita a
m a n u t e n ç ã o do telhado d a
m i n h a c a s a , e o pi«fissional
me pediu que assinasse u m a
d e c l a r a ç ã o na qual constava que
e u havia inspecionado o trabalho
e que estava satisfeito. E u
devo a s s i n a r ?
R R
Não. A menos que você tenha
realmente inspecionado o trabalb
o estqa satisfeito.
Se algum prestador de serviço lhe peL
que assine uma declaração desse tipo
imediatamente após o término de u m
serviço, é sempre bom escrever sob a
assinatura: "serviço ainda não verificadi
Ao procedei iles^.i forma, você terá cor
dições e o direito i le solii itai que o pro
tissional refaça o trabalho, caso haja al
problema após a finalização d o serviço.
Da mesma forma, você pode escreve
algo que deixe claro que você não é u i
perito no assunto ou no serviço exe-
cutado - por exemplo, "dentro do m e i
entendimento". Só assim você estará
protegido mais tarde se for necessário
refazer ou complementar o serviço.
O eletricista
sumiu, e agora?
P Contratei um eletricista
para trocar a fiação i n t e r n a
do m e d i d o r de luz, e paguei a e l e
R $ 50,00 como s i n a l . Q u a n d o
ele c o m e ç o u o trabalho, pediu
R $ 2 5 0 , 0 0 e m dinheiro. N ã o o
tenho visto desde e n t ã o e ele nà»
atende o telefone que me d e u .
Há a l g u m a forma de e u c o n s e g u i r
m e u dinheiro de volta?
R Sim. A lei declara que você t e m
direito à restituição da quantia r
caso de o eletricista não completar o
serviço, o u de não tê-lo sequer iniciado.
Na prática, você terá oportunidade de
obter seu dinheiro de volta se tiver como
localizar o profissional, ou se ele ainda
fizer regularmente serviços na
sua redondeza.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se o eletricista for funcionário de
alguma empresa prestadora de
serviços, a firma é responsável pelos
atos dele, portanto entre em contato
com a firma, relate o fato e estipule
um prazo para que o serviço se inicie,
seja com o profissional contratado
ou outro da empresa.
2 Caso o profissional seia autônomo,
tente contatá-lo. Pergunte quando
ele planeja começar o trabalho e
estipule um prazo final razoável para
que ele possa completar o serviço.
Diga que, se o trabalho não for
realizado dentro desse período,
você irá cancelar o contrato pelo
descumprimento por parte dele, e irá
requerer seu dinheiro de volta. Isso
lhe dará o respaldo legal de que
necessita para que mais tarde possa
entrar com uma ação contra ele
na Justiça.
3 É muito importante que você tenha
o recibo dos eventuais valores pagos.
Caso tenha dado algum cheque ao
prestador de serviço, poderá sustá-lo,
indicando como justificativa o
descumprimento contratual.
4 Caso o problema não seja resolvido
e ainda existam valores a serem
restituídos, procure os órgãos de
proteção e defesa do consumidor,
a fim de resolver a questão.
5 Se, ainda assim, o problema não
for resolvido, você pode recorrer à
Justiça a fim de propor a ação
judicial cabível no caso.
Cancelando
serviço a t r a s a d o
P
H á nove m e s e s , contratei u m
carpinteiro para construir
novas estantes para o m e u escri-
tório, e a t é hoje ele ainda n ã o me
informou a data e m que c o m e ç a r á o
serviço. Q u a n d o e u disse que
desejava cancelar o trabalho, ele
a m e a ç o u me processar por r e s c i s ã o
de contrato. E l e pode fazer isso?
Em regra, sim, o que não quer dizer
que ele obterá sucesso. Aliás, para
falar a verdade, ele terá poucas chances.
Se ele o processar, você poderá contrapor
a ação. Se nenhum prazo para o início da
execução do serviço tiver sido estipulado
no contrato, a legislação declara que o
trabalho deve ser iniciado dentro de u m
R E G R A S BÁSICAS D E P R O C E D I M E N T O
Ao contratar qualquer serviço, procure se ater a ^ r e 9 r a
básicas de procedimento. Assim, você pode evitar pro
mais graves que irão causar futuros aborrecimen
1 Para qualquer serviço, sempre contrate firmas
especializadas, que esteiam há algum tempo no merca o e
que sejam conceituadas.
2 Os serviços prestados por profissionais autônomos, quando
possível, devem ser evitados. E m geral, se recorre a
profissionais para serviços caseiros mais simples,
C n t , S
profissional autônomo normalmente não tem ° '^ |
a g u r n
financeiras de efetuar uma compensação, caso ocorra a
acidente ou prejuízo maiores.
3 Prefira sempre contratos por escrito, mesmo que o ™ s e , ç o
não seia muito extenso ou complexo. Peça oo prestador e
- nvpcutado e quais
serviço que discrimine tudo o que vai s e r e*««-
as peças a serem adquiridas e utilizadas.
A „ i r a i r p m problemas,
4 Se, na execução de qualquer serviço, s u r g n ^
esteia certo de que existem organizações e conselhos
_ m p r e o d o , e essas
regionais dos profissionais que atuam no m s ^
A
instituições podem solucionar os problemas, sem que
precise recorrer à Justiça.
 O que fazer para ter um
bom trabalho realizado
Há uma série de precauções e dicas simples que
você deve seguir para se resguardar de futuras
problemas e ter um melhor serviço prestado. Es-
sas dicas estão relacionadas a serviços de constru-
ção, r e f o r m a , decoração ou consertos em geral.
Selecionando pedreiros ou outros profissionais
do r a m o que sejam reconhecidos, qualificados e
ESCOLHENDO O PROFISSIONAL
O QUE D E V E SER F E I T O
• Selecione um profissional do r a m o que
tenha sido recomendado por a l g u m amigo e
obtenha dele outras referências de trabolhos
iá realizados.
• Caso seia possível, escolha alguém que
seia membro de alguma associação ou
conselho profissional.
• Antes de fechar um contrato, consiga pelo
menos três orçcmentos.
• Verifique se os orçamentos incluem
especificações precisas sobre os utensílios e
materiais a serem usados. Isso evita surpresas
futuras indesejáveis.
• Certifique-se de que o orçamento seia exato,
claro, simples, e abrania todo o serviço e
material a ser usado. Assim, legalmente, você
não fica obrigodo a pagar mais nada depois de
concluído o serviço.
• Especifique um tempo para o início e o
término do trabalho, mas lembre-se de que o
próprio profissional tem o direito de estipular o
tempo de duração do serviço, a f i m de obter os
melhores resultados.
• Tenha u m contrato escrito sobre o serviço
principal a ser executado.
• Evite o pagamento em espécie, prefira
o uso de cheques ou do cartão de crédito.
Se preferir o dinheiro, sempre emita
recibo ao fazer o pagamento.
• Exija sempre a nota fiscal de serviços, que
pode ser e m i t i d a pelo profissional autônomo, ou
idôneos, o u concordando e fechando um contr
de serviço, seia ele v e r b a l ou por escrito, vi
estará minimizando a probabilidade de surgirc
eventuais problemas e ainda terá o respaldo I
de que necessita p a r a enfrentar tais situações.
Outra precaução é s e m p r e poder m o n i t o r a r
serviço que está sendo executado.
CERTO
pela empresa prestadora do serviço. Coso sei
emitida pelo próprio profissional, c e r t i f i q u e s
que conste o nome e o endereço dele. Na n o t a
fiscal emitida pela empresa devem c o n s t a r ,
entre outras informações, a razão sociol d a
f i r m a e o número do CNPJ da empresa n a
Receita Federal.
• Antes de contratar, pergunte o prazo de ga-
rantia do serviço, que segundo a l e g i s l a ç ã o è,
regra, de noventa dias. Há t a m b é m a g a r a n t i
contratual que conta a p a r t i r da garantia l e g
• Verifique se a empresa oferece algum s e g u r
e m caso de acidentes que gerem prejuízos n o
lar, e m utensílios ou na propriedade do v i z i n h o
Mesmo não havendo, qualquer prejuízo a d v i n a
culpa exclusiva do fornecedor deve ser r e p a r a
• Dependendo da extensão ou p e r i c u l o s i d a c l e
obra ou reforma a ser executada, o s e g u r o dc
f i r m a prestadora de serviços contrc a c i d e n t e
prejuízos deve ser analisado c o m c u i d a d o .
O QUE D E V E SER E V I T A D O
• Empregar qualquer profissional q u e n ã o te
u m endereço de trabalho certo e f i x o , e u m
telefone que nunca funciona.
• P e r m i t i r que você seia pressionado por um
profissional a aceitar u m serviço que não de
ver executado.
• Concordar com um serviço e x t r a a l é m
do serviço original contratado, a menos
que você tenha certeza de que sua r e a l i z a r ã o
é estritamente necessária.
ACEITANDO UM CONTRATO
U m contrato pode ser escrito ou verbal, ou em
ambas as formos. Tanto a forma escrita
q u a i t o a forma verbal estão previstas e m lei,
embora um contrato escrito torne mais fácil a
constatação do que foi acordado ou aceito por
ambas as partes.
U m contrato escrito
É sempre bom que você tenha u m contrato
escrito especificando o que está sendo
acordado no serviço, para que ambas as
parles estejam cientes de seus direitos e
obrigações. Não há a necessidade de que seia
u m documento f o r m a l , embora seia
importante a assinatura de ambos e a data em
que foi celebrado. Após assinado, cada u m
deve ficar c o m uma cópia.
U m contrato de serviços deve conter:
• O detalhamento completo do trabalho e do
mão-de-obra necessária para a execução.
• As especif icoções precisas sobre os variados
acessórios e materiais apropriados
a serem u t i l izados.
• O detalhamento de qualquer trabalho de
caráter p r e l i m i n a r .
• O detalhamento de como o trabalho deve
ser concluído, : o m o , por exemplo, detalhes
que e n v o l v a m a l i m p e z a e o acabamento do
serv ço, corn a r e t i r a d a do lixo e a limpeza do
locol e m que foi realizado o trabalho.
• O prazo p a r a o início do serviço e o tempo
de duração, com a conseqüente data do
término combinada.
• O preço global do serviço e os detalhes sobre
o pagamento, ^ocê pode optar por efetuar o
Pagamento quando todo o t r a b a l h o estiver
t e r m i n a d o , e você estiver satisfeito, ou ainda
de f o r m a p r o g r e s s i v a , na medida e m que o
serviço e os resultados se evidenciem. Neste
ú l t i m o , é r e c o m e n d á v e l detalhar as etapas
e os p a g a m e n t o s a serem efetuados.
• Os d e t a l h e s sobre o prazo de g a r a n t i a
o u eventual seguro previsto.
• Uma d e c l a r a ç ã o de q i a l q u e r seguro e m vigor.
TENHA CUIDADO COM
O PROFISSIONAL QUE:
• Sugere a necessidade de itens ou
materiais extras, ou procedimentos que
outros orçamentos não tenham mencionado.
• Diz ter encontrado sérios problemas
na sua propriedade, não tendo nenhuma
relação com o serviço em questão.
• F a l a sobre a dificuldade de se executar
um trabalho honesto.
• Pede um adiantamento mesmo não
sabendo ao certo que serviço irá executar.
• F a z promessas verbais sobre aquilo com
que você não concordo em determinada
especificação do contrato.
AVALIANDO O CUSTO
Quando você contratar alguém para fazer um
trabalho, tenha cuidado c o m :
• Os profissionais que c o b r a m o serviço por
dia. Observe se eles chegam atrasados, se
fazem longos intervalos ou se saem mais cedo.
• Os profissionais que saem no meio do
t r a b a l h o para comprar ou obter materiais
para o serviço, e acabam por ficar fora
durante muito tempo.
• Visitas de pessoas estranhas à sua
residência, sem qualquer supervisão, no caso
de t e r p e r m i t i d o ao profissional acesso à sua
casa, mesmo estando você ausente.
• Os problemas "descobertos" pelo prestador
de serviço durante o trabalho e m sua casa.
N o r m a l m e n t e d e v e m ser alvo de suspeitas,
especialmente se você verificar que o defeito
não t e m relação c o m o serviço que está seido
feito (isso é c o m u m entre profissionais
inescrupulosos, que exageram ou até mesmo
c r i a m novos problemas para onerar ainda
m a i s o serviço).
• O superfaturamento nos materiais
(cobrando de você uma quantia muito acima
do valor de mercado, e ainda uma taxa pcra
poder buscar o m a t e r i a l ) .
• A baixa qualidade nos materiais. Alguns
prestadores podem comprar esse tipo de
m a t e r i a l e ainda cobrar como sendo o mais
c a r o e confiável no mercado.
• O trabalho e x t r a não autorizado pelo
contratante e cobrado pelo contratado.
 1 ••• ••
regra específica nesse caso. Portanto, em
1 Entre e m contato com o carpintç
uma disputa, o juiz é quem. irá decidir
e diga que você descia que o trabcii
Para processar você, o carpinteiro teria
seia iniciado a mais breve possível
de provar que urna demora de nove
Estipule um prazo razoável para o
meses para começar o trabalho é bem
início e para o término do serviço.
razoável, o que obviamente não é. Além
P a r a este segundo prazo, você d e v
disso, você pode argumentar e m juízo
ouvir a opinião do profissional. Por
que, em funçãc da demora excessiva do
fim, diga que, se o trabalho não
profissional para iniciar o trabalho,
for iniciado nesse período, o pedido
ocorreu o descumprimento contratual
e o contrato serão cancelados, sem
por parte do prestador de serviço. Só este
nenhum ônus para você.
motivo já lhe daria direito a rescindir o
contrato sem nenhum ônus. Seria o caso
até de considerar a cobrança de uma 2 Uma vez que o profissional
mul:a por conta do atraso excessivo. ultrapasse o prazo para finalizar o
serviço, você poderá cancelar o
Em vez de deixar as coisas serem
contrato, declarando para tanto q u
resolvidas por si sós, a melhor atitude é
razão está no atraso da entrega do
impor u m prazo para o início de u m
trabalho no tempo estipulado.
serviço assim cue contratar u m
prorissional. Você poderá estipular tal
prazo, que deverá constar num simples 3 A partir dai, você poderá obter
documento escr.to. estimativas de outros profissionais
contratar outro.
Peças substituídas
of... sou O SR DEMOROU s e m aprovação
José, o
P
SECUUOS
C o n t r a t e i um profissional pj
CARPINTEIRO/ PRA CHEGAR/ instalar um a r m á r i o de
rj
banheiro em m i n h a c a s a e deixei.,
fazendo o s e r v i ç o . Q u a n d o volte j
trabalho à noite, descobri que as
portas do a r m á r i o eram de
compensado, em vez da madeira
sólida que eu havia escolhido. I,,
me disse q u e as portas fornecidas
s ã o de qualidade s a t i s f a t ó r i a e el«
se recusa a s u b s t i t u í - l a s . E l e porj,
fazer i s s o ?
R Não, se o tipo de portas que\o;i
encomendou tiver sido especifj^,
no acordo original. Quando os materi.,
são fornecidos como parte de u m serv.
;
eles devem estar de acordo com a
descrição dada no momento da
contratação, assim como ser de quali.,
satisfatória e ainda se adequar ao
propósito a que se destinam. Dessa
forma, você tem o direito de exigir que se
coloquem as portas de sua escolha, e não
as que foram instaladas pelo profissional
à sua revelia.
6
P L A N O D E AÇÃO
1 En*re em contato com o gerente
da firma e relate o que ocorreu.
Diga que as portas não eram aquelas
que você havia escolhido, e exija
que sa instale o material descrito
no momento em que o contrato foi
firmcdo com a empresa. Peça ao
profissional que substituo as portas
por aquelas especificadas.
2 Se o pagamento não tiver sido
efetuDdo integralmente, e após a firma
ter tido conhecimento do fato nada
for resolvido, você poderá reter parte
f
do pagamento pelo armário do
banheiro até que as portas corretas
tenham sido instaladas.
3 Se as portas que você escolheu não
estão disponíveis, você tem o direito
de optar por um tipo equivalente ou
solicitar uma compensação monetária,
caso a ofertada seja mais barata.
4 Caso a firma não tome as
devidas providências, você deverá
procurar os órgãos de proteção e
defesa do consumidor a fim de obter
aconselhamento, registrar u m a
reclamação e resolver o problema.
5 Se, ainda assim, o problema não
for resolvido, você pode recorrer à
Justiça a fim de propor a ação
judicial cabível no caso.
Danos causados por
prestador de serviço
M a n d e i instalar uma nova
m á q u i n a de lavar e, n a prii
vez que a usei, a cozinha ficou toda
inund.id.-i, causando uma i n f i l t r a ç ã o
no teto do apartamento abaixo do
meu. A empresa contratada p a r a
fazer a instalação consertou o
vazamento e me ofereceu u m a
pequena quantia a titulo de i n d e -
nização. O gerente, entretanto, ale-
ga que a empresa n ã o é r e s p o n s á v e l
pelo prejuízo c a u s a d o no a p a r t a -
mento v i z i n h o . E l e pode fazer isso?
R
Não. Sua máquina de lavar deveria
ter sido instalada com o devido
cuidado e habilidade, e quaisquer
materiais utilizados deveriam ser de
qualidade satisfatória para evitar que
ocorresse o vazamento.
A companhia que instalou a máquina
do lavar é inteiramente responsável por
quaisquer dar.os resultantes de sua falha
e culpa no serviço, incluindo a reparação
de danos causados a terceiros.
P L A N O D E AÇÃO
1 Peça a seu vizinho que obtenha dois
ou três orçamentos fixos (não apenas
uma estimativa) para consertar o
infiltração no teto e qualquer outro
dano decorrente dela.
2 E s c r e v a ao gerente da empresa
salientando que foi a m á prestação
do serviço que gerou danos ao
contratante e a terceiros. Anexe os
orçamentos obtidos e solicite à
empresa que, na compensação que
fará a você, adicione os custos para
reparo dos danos causados à
propriedade do vizinho.
3 Se você não obtiver uma resposta
satisfatória da f i r m a , procure os
órgãos de proteção e defesa do
consumidor a fim de obter
aconselhamento, registrar uma
reclamação e resolver o problema.
4 Se, ainda a s s i m , o problema
não for resolvido, você pode
recorrer à Justiça a fim de propor
a ação judicial cabível no caso.
 ourunnu muni
P
H.i cinco anos, mandei fazer no
assoalho de minha casa um
serviço de impermeabilização. A
garantia pelo serviço era de dez
anos. D e uns d i a s para cá, tenho
notado várias infiltrações. A
empresa de impermeabilização que
efetuou o serviço foi adquirida por
outra empresa, que afirma não ser
responsável pelo serviço e que pode
a t é solucionai o problema, mediante
pagamento. Isso e s t á certo?
R
Depende. Em regra, quando uma
empresa éadquirida por outra, existe
um contrato que prevê as responsa-
bilidades da nova empresa. Neste caso,
considerando o íato de a nova enipiev
desempenhar o mesno ripo de serviço da
antiga, o direito legal da garantia contratual
deve ter sido transmitido a ela. Esses
assuntos são regalados e decididos entre as
duas empresas. Aparentemente, neste caso
a garantia deve se estender, mas somente
se a empresa que adcuiriu a antiga
mantiver o objeto social idêntico ao da
anterior. Tendo ocorrido falência decretada
na antiga empresa, o direito à garantia é
suprimido, sendo necessário que vixrê
contrate outra empresa do ramo para
executar novamente o serviço.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o gerente da
nova empresa, por telefone au por
carta. Keiate o tato, esclarecendo
que, de acordo com o Código de
Defesa do Consumidor, a garantio
contratual deve ser cumprida pelt
nova empresa especializada, iá qie
ela tem o mesmo objeto social da
antiga e pelo fato de não ter sido
decretada a falência da antiga
empresa. Diga ao gerente que vo<é
deseja que a serviço seia refeito <<
o problema seja reparado.
2 Caso você não obtenha uma
resposta favorável, procure os órgõ
de proteção e defesa do consumidor
a fim de resolver o problema.
3 Se, ainda assim, o problema não
resolvido, você pode recorrer ã Jus
a fim de propor a ação judicial.
Preço diferente
do anunciado
P
V i um a n ú n c i o que oferecia i
serviço de limpeza de carpet
por u m p r e ç o bem atrativo. N ã o
pedi u m o r ç a m e n t o , pois imagiae
que o valor do s e r v i ç o e r a o a n n
ciado. Quando os profissionais c
garam, o supervisor se r e c u s o u a
efetuar o serviço pelo p r e ç o divu
gado, insistindo que deveria s e r
cobrada u m a taxa adicional para
remover a mancha do carpete. E l
podem fazer isso?
R
Não Apesar de você não ter t
acordo definido com a e m p r e
prestadora de serviço, a lei entende
que Ioda publicidade deve ser
considerada parte integrante do
contrato, mesmo que o serviço ainc
ii i< tenha sido iniciado. Se o a n ú m
se refere à lavagem e limpeza de u i
carpete similar ao seu por u m
determinado preço, o anúncio vin_c
o contrato e deve ser c u m p r i d o n o :
termos em que foi apresentado.
Mesmo que a empresa afirme que o
anúncio estava desatualizado, a cobrança
deve ser feita de acordo com o que estava
na propaganda. A empresa só tem :)
direito de não cumprir o anunciado se
provar que a oferta não se referia ao
serviço que você está contratando. Por
exemplo, se o tapete do anúncio for
menor que o seu, ou se a limpeza
anunciada é do ripo simples e você
deseja uma operação mais completa.
Dessa forma, não existe a propaganda
enganosa. N o caso de o anúncio ser
enganoso, e de o prestador de serviços se
recusar ao cumprimento da oferta ou
publicidade, você poderá:
• exigir o cumprimento forçado da
obrigação, nos termos da oferta;
• aceitar outra prestação de
serviço equivalente;
• rescindir o contrato, com direito
a restituição da quantia paga, monetá-
ria mente atualizada, e perdas e danos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você recebeu o anúncio em
algum tipo de prospecto ou, ainda,
se o viu publicado em algum jornal
ou revista, guarde-o e o apresente
ao gerente da empresa, informando
os termos do anúncio e alegando
que você tem direito ao cumprimento
do que estava anunciado.
2 Caso você não receba uma resposta
favorável, procure os órgãos de
proteção e defesa do consumidor, a fim
de obter aconselhamento, registrar uma
reclamação e resolver o problema.
3 Se, ainda assim, o problema não for
resolvido, você pode recorrer à Justiça
a fim de propor a ação judicial.
Equipamento alugado
m a s c o m defeito
P
Aluguei u m a m á q u i n a de
serrar. Ao u s á - l a , v e r i f i q u e i
que u m a lâmina estava defeituosa, o
que a c a b o u por arruinar u m a p e ç a
valiosa de madeira de lei n a qual e u
estava trabalhando. O fornecedor se
r e c u s a a tomar qualquer atitude,
negando s u a responsabilidade.
Ele pode sair desta assim?
R
Não. Produtos e equipamentos
fornecidos ou alugados para a
prestação de u m serviço devem ter quali
dade satisfatória e se encaixar no propó
sito do serviço para o qual se destinam.
A empresa não pode limitar a
responsabilidade dela sobre produtos
alugados. Sendo assim, você tem direito a
uma compensação peles danos causados.
As suas opções, dependendo das
circunstâncias, vão desde a restituição da
quantia paga no aluguel até o pagamento
de indenização por perdas e danos
causados à sua peça de madeira.
As empresas que trabalham com
aluguel de ferramentas têm o dever legal
de manter em condições seguras seus
equipamentos e ferramentas. Cada item
deveria ter sido Inspecionado antes de
ser alugado. Essas revisões e inspeções
devem ser feitas, dependendo do grau
de periculosidade da ferramenta, por
empresas especializadas, e a data em que
a inspeção foi feita deve ficar registrada.
Além disso, as ferramentas devem vir
sempre acompanhadas de instruções
de segurança.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o gerente da
empresa que alugou a ferramenta.
Relate o fato, declarando ainda que a
Â
ALUGANDO FERRAMENTAS
De acordo com a lei, os seus direitos no aluguel de
ferramentas ou equipamentos são os mesmos que aqueles
adquiridos caso você os tivesse comprado. Os equipamentos
devem ser de qualidade satisfatória, se adequar aos seus
propósitos e se encaixar em sua descrição.

empresa forneceu uma ferramenta
defeituosa, e que por sorte não ocorreu
nenhum dano à saúde de nenhum
usuário da máquina. Dessa forma, a
empresa fica responsável pelos danos
e prejuízos decorrentes da má
qualidade e do defeito do produto
alugado. Tal compensação seria a
restituição da quantia paga e o custo
para a reposição da peça danificada
pela ferramenta do fornecedor. Dê ao
gerente duas semanas para tomar
as providências.
2 Se você não receber uma resposta
satisfatória, ou a empresa não tomar
nenhuma providência nesse prazo,
procure os órgãos de proteção e defesa
AVISO
Embora as lojas que fornecem fer-
ramentas para aluguel sejam respo
sáveis em garantir que tais produto
seguros na utilização e não aprese
risco, os usuários desses produtos
também têm sua parcela de respon
sabilidade, que reside na correta u t i
lização e atenção rigorosa às in^tru
de segurança. Muitos acidentes
envolvendo ferramentas perigosas
ocorrer" em lunção do uso impróp
ou por falha na atenção às regras
de segurança.
Preço alto p a r a
conserto
início dos trabalhos, alegando que só
teria noção do valor do serviço quando
abrisse o relógio e fizesse alguns testes.
Se ele não lhe i n f o r m o u o preço nem lhe
pediu a devida autorização, você poderá
contestar o valor do serviço, caso ele seja
superfaturado, o u demasiado alto. E se
você tiver aceitado que o serviço fosse
feito sem a informação d o orçamento
(valor contratual), ambas as partes
agiram erradamente, sendo o problema
resolvido se o preço cobrado estiver de
acordo com o praticado n o mercado.
P L A N O D E AÇÃO
1 Volte à loia e converse com o
gerente. Se o valor do serviço iá tiver
sido ajustado, tente negociar um preço
R
Sim. Se a sola do sapato não durou
três semanas, como você disse, esta
é a prova de que o seniço foi malfeito,
ou que o produto utilizado (solado) é de
péssima qualidade. Numa ou noutra
situação, o sapateiro tem total
responsabilidade. O serviço deveria tei
sido realizado de forma hábil e
profissional. Os materiais utilizados
devem ser de qualidade satisfatória, a fim
de cumprir o objetivo a que se destinam.
Vale lembrar que seus direitos se
aplicam unicamente se você utiliza seus
sapatos de uma forma convencional. O
mau uso exime e exclui a responsabi-
lidade do fornecedor de serviços. Por
exemplo, se você usou um sapato
social para uma partida de futebol, para

do consumidor, a fim de resolver
o problema.
3 Se, ainda assim, o problema não for
resolvido, você pode recorrer à Justiça
a fim de propor a ação judicial.
P
razoável pelo reparo. longas caminhadas ou o expôs a u m
Levei u m valioso r e l ó g i o a
calor extremo.
u m joalheiro, a f i m de que
2 Se vocês não chegarem a um
fosse realizado u m r e p a r o .
acordo sobre o preço e você desejar P L A N O D E AÇÃO
A g o r a , quero negociar o p r e ç o
continuar a contestar o valor, pague 1 Leve os sapatos de volta ao
do conserto. M a s o j o a l h e i r o
a conta para obter o relógio de volta sapateiro, relate o fato e esclareça que,
disse que n ã o vai me devolver 4
e escreva no verso do cheque ou de acordo com o Código de Proteção e
r e l ó g i o a t é que eu lhe pague o
do recibo de pagamento que você Defesa do Consumidor, você tem
valor que ele quer cobrar pelo
está pagando sob protesto. direito a substituição do solado, ou até
s e r v i ç o . E l e pode fazer i s s o ?
mesmo do salto (se já estiver desco-

R
3 A partir daí, procure os órgãos lando) sem nenhum ônus. Explique
Sim. Se você relata que deixo
de proteção e defesa do consumidor, também que você utilizou os sapatos de
relógio para consertar, pressu
a fim de obter aconselhamento, re- forma prudente e convencional, e que o
que já havia contratado o valor do
gistrar uma reclamação e resolver serviço não foi realizado com o razoá-
sen iço ( ) melhi >i m< nto para
o problema. vel profissionalismo e habilidade exi-
n e g o , i.n esse valoi seria quando vo
gidos por lei, bem como o solado utili-
deixou seu relógio na loja. Já tendo
4 Se, ainda assim, o problema zado na troca é provavelmente de bai-
realizado o serviço, até lhe cabe o d
não for resolvido, você pode xa qualidade. Diga que três semanas
de negociação, mas nunca de se rec
recorrer à Justiça a fim de propor de vida útil para um solado é absur-
a pagar o que foi estipulado. Você
a ação judicial cabível no caso. damente inferior ao tempo de duração
precisará ter uma jushficativa sufic;
média de qualquer solado de qualidade.
temente razoável para recusar-se a
O prazo legal de garantia é em regra
o conserto, caso contrário, quem est
descumprindo o contrato será você Sapato consertado... de noventa dias, e existem sapatos e
solados que duram até dez anos.
não o prestador de serviço, o que i até o primeiro uso

P
à loja o direito de cobrar judicialme
Levei meus sapatos ao 2 Se você não receber uma resposta
tal valor.
sapateiro para trocar a sola e o satisfatória, ou a empresa não tomar
No entanto, se não houve esápu
salto, porém a nova sola não durou nenhuma providência, procure os
de valor no início, mesmo que você
três semanas. O sapateiro disse que órgãos de proteção e defesa do
tenha solicitado, a situação se mod
me cobrará pelo novo serviço. E l e consumidor, a fim de obter
Por exemplo, se o prestador tiver se
não deveria trocar a sola sem aconselhamento, registrar uma
recusado a fazer um orçamento ant
cobrar por isso? reclamação e resolver o problema
62
 d Se, ainda assim, o problema não Não é comum, mas a loja pode
R E G R A DE for resolvido, você pode recorrer alegar que sua camisa foi danificada 4 Se, ainda assim, o problema não Caso a empresa apresente algum
OURO à Justiça a fim de propor a ação porque estava em estado precário d e for resolvido, você pode recorrer à documento, seja seu recibo ou pedido,
judicial cabível no caso. conservação, retirando, assim, a pcssfv Justiça a fim de propor a ação indicando que limita sua responsabili-
No caso de a sua dade ao custo do filme, fique atento: tal
falha da máquina ou de quem a l a v o u iudicial cabível no caso.
c a m i s a ter um previsão é ilegal. Não existe limite de
Além de a empresa ter de provar : a l
valor sentimental
particular, e não Roupas danificadas alegação, você poderá rebatê-la corr»u AVISO
responsabilidade nos negócios jurídicos,
isto é, na contratação do que você faz.
ser possível na lavanderia simples alegação: "Se isso é verdade, Você não tem os mesmos direitos a uma

P
empresa deveria ter me advertido dcs compensação se, ao deixar a camisa na U m prestador de serviço não pode
encontrar nada
parecido para Coloquei uma camisa de seda na eventuais riscos que eu corria ao deiia lavanderia, o funcionário lhe avisou dos publicar termos de negócios que limitam
reposição, estamos lavanderia para lavagem a seco. a camisa para o serviço." Lembre-se danos que ela poderia sofrer ao ser sua responsabilidade ou a atenuem.
diante de um valor Q u a n d o fui retirá-la, percebi que sempre de que, numa relação de c o n lavada, e mesmo assim você aceitou. Na Justiça, caberá uma ação de perdas
inestimável. Dessa estava completamente danificada. sumo de serviços, você não é o profis e danos em que o juiz determinará um
forma, a O gerente do estabelecimento me sional, e não se exige que você saiba valor conespondente à compensação
compensação apontou um aviso na loja que dizia: moral e emocional da perda das precio-
sobre questões que envolvam o servip F i l m e extraviado
poderá ultrapassar " N ã o nos responsabilizamos por sas fotografias.
os valores normais
extravies e prejuízos causados pelas P L A N O D E AÇÃO
na revelação

P
de uma camisa
máquinas à s roupas." E l e pode P L A N O D E AÇÃO
comum, saindo o 1 Leve a camisa de volta à lavam* L e v e i u m filme contendo as
fazer isso? 1 Vá à loja, telefone ou escreva uma
caso da esfera do e peça para falar com o gerente. fotos de batismo de m i n h a filha
carta ao gerente relatando o fato. Diga

R
dano patrimonial Relate o fato, esclarecendo que, d; para u m a l o j a de revelação. Q u a n d o
para o dano moral, Não. De acordo com o estabelecido acordo com o Código de Defesa dc fui retirar a s fotos, me i n f o r m a r a m que as fotografias tinham um grande
emocional. n o Código Civil e no Código de Consumidor, todos os serviços de que o filme h a v i a se perdido. valor pessoal e que você gostaria de
Antes de prosseguir Defesa do Consumidor, o prestador de ser prestados com prof issionalism Perguntei s o b r e o pagamento de receber uma compensação propor-
com qualquer serviços é amplamente responsável por cuidado, habilidade, presteza e uma c o m p e n s a ç ã o , m a s o gerente cional á perda e ao desapontamento
espécie de reparo quaisquer prejuízos e danos causados adequação. Tendo ocorrido o dano da l o j a me d i s s e que s ó podia m e sofridos em função do ocorrido.
ou conserto de uma aos produtos que estão sob sua guarda á sua camisa, isso prova que a reembolsar do custo do filme.
peço muito cara ou e proteção nos quais serão realizados 2 Se a oferta da loia não for satis-
lavanderia não atentou para esses E l e pode fazer isso?
de valor pessoal os serviços. fatória, procure os órgãos de proteção
princípios e que ela tem ampla

inestimável,
Os serviços, quando realizados
obtenha sempre um
por máquinas, não excluem a
orçamento por
escrito, contendo responsabilidade da empresa. Isso porque
o máximo de as máquinas exercem o mesmo papel que
especificações os funcionários. Se a empresa responde
do serviço a pelos atos de seus funcionários, também
ser realizado. responderá pelas falhas ou má utilização
de suas máquinas. Os serviços devem
sempre ser prestados de forma
profissional, honesta, hábil, cuidadosa. O
anúncio estampado na loja não tem
validade alguma, pois retira do fornecedor
as responsabilidades inerentes ao
desempenho de suas atividades.
r.m tese você tem direito a uma eairis.
idêntica àquela que foi inutilizada. Exija
da ioja que a compre nas mesmas
especificações. Se isso não for possível,
você tem direito a u m a reparação finan-
ceira pelos danos causados à camisa, que
seria o reembolso d o valor de u m a outra
camisa nas mesmas especificações.
64
responsabilidade pelos prejuízos
causados. Dessa forma, você tem
direito a uma camisa nova nas
mesmas características da s u a e,;
isso não for possível, ao reembalsii
valor atual de uma camisa simila
2 Se você não ficar satisfeito comi
proposta ou o valor oferecido, escr
ao gerente explicando e relatando;
fatos, dando mais uma oportunidoi
oferecer o que lhe é de direito. Pec
Aviso de Recebimento dessa carto.
3 Se, mesmo assim, você não ©br-
uma resposta satisfatória ou a
empresa não tomar nenhuma
providência, você deverá procurai
os órgãos de proteção e defesa do
consumidor, a fim de obter
aconselhamento, registrar uma
reclamação e resolver o problemn
R
Não. O estúdio de revelação é e defesa do consumidor, a fim de obter
responsável pela guarda, bom aconselhamento, registrar uma
manuseio e habilidade nos serviços reclamação e resolver o problema.
prestados ao consumidor. Vale lembrar
3 Se o problema não for resolvido,
que esse serviço requer uma atenção
você pode recorrer à Justiça a fim de
redobrada, uma vez que envolve direitos
propor a ação iudicial cabível no caso.
inerentes à pessoa humana, como as
imagens dos indivíduos, as lembranças
de uma família ou ainda os regisrros de
algum fatc ocorrido. Seu dinheiro de volta
Dessa forma, a empresa tem o
F u i ao cabeleireiro fazer u m a
dever de, n o caso de extravio, perda
permanente muito cara. A l g u n s
ou danificação de u m filme, proceder
dias depois, n o t e i que meu cabelo
ao pagamento de perdas e danos, como
uma forma de compensar o consumidor c o m e ç o u a cair aos tufos. Q u a n d o
do prejuízo a d v i n d o da perda das fotos. fui me q u e i x a r com o cabeleireiro,
Além da restituição d o filme, você tem ele me disse que poderia apenas me
direito a um valor e m função da perda oferecer u m a nova permanente, n ã o
das imagens. C o m o não há "remédio" podendo efetuar a restituição do
para recuperar as suas fotografias meu d i n h e i r o . E l e pode fazer isso?
perdidas, é bastante razoável a
¥^ Não. Todos os prestadores de
idéia de compensação por conta
L \ serviços devem evfrutar seus
in' • eu ilcsnpontamcnto.
 trabalhos com habildade e atenção
razoável, o que evidentemente não
ocorreu neste caso. Dessa forma, ficam
responsáveis por quiisquer eventuais
erros e vícios na exerução e no resultado
do serviço. O cabeleireiro é também
responsável pelo? produtos utilizados em
seu cabelo. Quando alguém lhe presta
um serviço defeituoso, você tem o direito
de ter o serviço refeito, isto é, ter o
problema solucionado. Mas se, no caso
em questão, você teve perda de cabelo,
talvez essa solução não lhe seja Inte-
ressante. Sendo assim, você tem direito à
restituição da quantia paga pelo serviço
e, ainda, dependendo do caso, a uma
compensação por perdas e danos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Tire fotografias d e seu cabelo a fim
de evidenciar que o permanente ficou
insatisfatória. E s s a s fotos serão neces-
sárias para uma eventual ação na Jus-
tiça, caso a sua reclamação não seia
resolvida rápida e amigavelmente.
XL. O QUE
VAMOS VOCÊ, EU KA\0 SEU
FAZER EU VOU
AGORA? USAR
PRO MEU
ADVOSAPO/
2 Volte ao cabeleireiro e mostre;
estado do seu cabelo. Esclareça « .
se o cabeleireiro não pode retifico
todo o prejuízo causado (o que é rti|
difícil de acontecer), você gostarid]
restituição da quantia paga. Tamê
pergunte sobre a procedência dos
produtos aplicados no seu cabelo
3 Se o cabeleireiro não puder
solucionar o problema, isto é, reíicl
todo o prejuízo, e ainda se r e c u s o c |
lhe restituir o dinheiro pago pelo
serviço, procure a opinião de outo
cabeleireiro sobre o acontecido e
pergunte se há algo que possa se FE
para reparar o prejuízo c a u s a d o s
seu cabelo. Se isso for possível, vci
tem o direito de cobrar do cabeltre
original a compensação pelo gaso
feito para solucionar o problema Z
o cabeleireiro diga que não há ccnc'
reparar o problema, você deverc
exigir a restituição da quantia pi?c
4 Se não houver nada que possa siluj
cionar o problema do seu cabelo, rté|
ele cresça novamente, procure osi
de proteção e defesa do consumidir,
fim de resolver o problema.
5 Se, ainda assim, o problema não
resolvido, você pode recorrer à lA
a fim de propor a ação iudicial. Ne
caso, uma ação contra o cabeleireij
o salão de beleza, a fim de exigir
dinheiro de volta e uma eventual
compensação pelos prejuízos sofri
Aceitando c o n t r a t o
de adesão
P
E n t r e i para um curso d e
informática. A s s i n e i o cor
de a d e s ã o , paguei a p r i m e i r a
mensalidade e iniciei o c u r s o .
A l g u m a s semanas depois, t i v e <
desistir do curso. Solicitei, e n t ã
m i n h a e x c l u s ã o , e o diretor m e |
i n f o r m o u q u e e u deveria pagar u m a armazenada no congelador. Posso
m u l t a r e s c i s ó r i a de 10% do exigir u m a c o m p e n s a ç ã o da
REGRA DE
contrato. E l e p o d e fazer isso? companhia de eletricidade? OURO
R R
Sim. Se você assinou u m contrato Provavelmente. Você pode ter o P a r a evitar uma
de adesão, quer dizer que estava dire to a uma compensação da eventual cobrança
concordando c o m todas as cláusulas e concessionária de serviço público de realizada por
fornecimento de energia elétrica. De estimativa de
condições nele previstas. O contrato de
leitura do medidor,
adesão é feito somente por uma das acordo com o Código de Defesa do
sempre cheque e
partes e n o r m a l m e n t e já está pronto, não Consumidor, o prejuízo causado deve ser
analise a sua fatura
podendo a o u t r a parte discuti-lo, apenas compensado. As concessionárias devem
mensal, verificando
ingressar nele. A l é m disso, a previsão de se ater ao^ cuidados de prestação de
se o contador na
multa rescisória contratual não é abusiva serviços adequados, eficientes, seguros e fatura de cobrança
e está prevista e m lei. Isso porque, contínuos, quando essenciais. O serviço confere com o
quando você assina u m contrato com de energi a deve ter regularidade e contador do
alguém, presume-se que você e a outra constância. Qualquer corte de energia, medidor. E m caso
parte querem (manifestação de vontade) feito pela prestadora, deve ser de dúvida, solicite c
cumpri-lo, até o final. previamente notificado ao consumidor. visita de um técnicc
Os fatos imprevisíveis que causam da concessionária
Se há desistência de uma das partes,
para explicar come
ocorre uma espécie de decepção, de as quedas de energia ocorrem,
é realizado o
expectativa frustrada. Legalmente, a mas a suspensão de energia não
procedimento de
empresa tem direito a cobrar uma multa. pode ultrapassar u m período de
leitura do medidor.
Até porque, quando você se inscreveu e horas razoável.
Você tem direito
contratou o curso, ocupou a vaga de N o caso de prejuízos advindos da má a isso.
outro aluno. Sua desistência poce vir a prestação de serviços, eles deverão ser
causar u m prejuízo à empresa. compensados mediante apresentação de
Vale lembrar que o momento da reclamação junto à concessionária de
contratação é muito importante. Se não serviço público.
lhe foi dada a oportunidade de conhecer
o conteúdo do contrato que assinava, o u ,
ainda, se o vendedor lhe garantiu que
10000 1000 100 •0 PI» oiv
não haveria nenhum ônus para você no
caso de desistência, o contrato pode ser
questionado em função da propaganda e
venda enganosas. Importante também é
identificar o motivo da desistência, que kWh ^ , I,
pode ser desde um motivo fútil até u m !ÍT?? * *
motivo fortuito e de força maior.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com a companhia
Custo de cortes
de eletricidade e relate o ocorrido,
de energia
seja a interrupção por um longo
P
Tem havido v á r i o s cortes de período, fazendo estragar a comida
energia em m i n h a c a s a , o que na geladeira, seia uma grande
me deixa sem eletricidade por quantidade de interrupções ao longo
longos períodos. A gota d ' á g u a de dos últimos meses. Registre uma
reclamação e aguarde a resposta da
todos esses tormentos o c o r r e u n a
concessionária. Procure juntar provas
semana passada, q u a n d o tive de
Hn nroii.ÍTo r n u s n d o . como notas
jogar fora toda a c o m i d a
 fiscais aos proautos estragados e uma
declaração de algum vizinho que
tomou conhecimento do episódio.
2 Se a resposta da companhia
for negativa, notifique o órgão de
fiscalização e controle das conces-
sionárias de energia elétrica do pais, a
Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), relatando os fatos ocorridos.
Registre uma reclamação e informe
que iá foi aberto um processo junto à
concessionária, para obtenção de
compensação, mas que ele não foi
deferido. A própria Aneel irá
notificar a empresa concessionária
para levantar detalhes do ocorrido.
Se, após a apuração dos fatos, for
confirmada a ilicitude da companhia
de luz, você terá a restituição ou
compensação dos prejuízos causados.
3 Se você não receber uma resposta
satisfatória da Aneel, procure os
órgãos de proteção e defesa do
consumidor, a fim de obter
aconselhamento, registrar uma
reclamação e resolver o problema.
4 Se, ainda assim, o problema não
for resolvido, você pode recorrer à
Justiça a fim de propor a ação
iudicial cabível no caso.
A AGÊNCIA NACIONAL DE E N E R G I A
E L É T R I C A tem como atribuições regular e fiscalizar
a geroção, a transmissão, a distribuição e a
comercialização da energia elétrica, atendendo a
reclamações de agentes e consumidores com equilíbrio
entre as partes e e m benefício do sociedade; mediar os
conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e
entre estes e o consumidor; conceder, p e r m i t i r e
autorizar instclações e serviços de energia; garantir
tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço; exigir
investimentos; estimular a competição entre os
operadores e assegurar a universalização dos serviços.
A missão da Aneel é proporcionar condições favoráveis
para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com
equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade.
68
AVISO
1 Existe outra reclamação muito co
entre os consumidores de energia
elétrica. É o chamado "pico de I U Í
pico de luz é, em regra, uma desc-
maior o u menor nas instalações
elétricas de uma unidade consu
Tal evento ocorre ou por alguma
intempérie natural, como uma
tempestade, ou por falha no siste
operacional da companhia ce ene
elétrica. Este fato pode danificar e
mesmo inutilizar quaisquer aparei
que estejam na rede elétrica. Para
o procedimento de compensação j
à empresa é o mesmo. Vale sempn
lembrar que, em casos como este,
essencial colher p-ovas que possa
sustentar suas alegações.
2 As companhias de eletricidade nãc
podem garantir a você u m forne-
cimento de energia sob determina
circunstâncias. Falhas no suprime
de energia não são sempre conse-
qüências de erros da empresa. As
tempestades pi •. d.r. e • >s relâmpa
são motivos em que elas não deve
fazer uma compensação.
F o r n e c e d o r não
P
m a n d a a conta
M u d e i - m e para m e u aparta-
mento há 18 meses e, desde
e n t ã o , nunca recebi u m a s ó cont
de luz, mesmo tendo solicitado
várias vezes. Agora c h e g o u - m e
às m ã o s uma conta no v a l o r de
R $ 1.500,00. A companhia de
eletricidade exige que e u pague
esse valor e a m e a ç a cortar o fo
cimento caso o pagamento n ã o
a c o n t e ç a . E l e s podem fazer i s s o ?
R
Não. E você tem meios até
mesmo de acionar judicialment
a empresa por conta dessa ameaça.
A lei que regula os serviços de energi
elétrica diz que a companhia rleve en-v
mensalmente a fatura de cobrança
de fornecimento de energia. O dever
de regularidade do envio da conta
é do prestador de serviço, e nãJ
do consumidor.
Obviamente, é razoável e até
aconselhável que você efetue as devidas
solicitações de envio de sua farura de
cobrança mensal. Não se desespere,
entretanto, se a conta não chegar. Mês a
b r e
mês, proceda à sua reclamação s ° a apuração de sua reclamação e apre-
fatura, anotando o dia, a hora e o
número de solicitação. A enpresa deve
lhe o erecer meios de pagar a dívida de
:
forma economicamente viável.
O mínimo que se espera é que a
empresa divida esse débito em tantas
parcelas quantos foram os meses
referentes às cobranças. Se você deve à
empresa 18 meses, a concess.onária deve
parcelar a dívida em 18 prestações
mensais, sem juros e consecutivas, que
podem o u não vir aglutinadas em suas
(utjras contas mensais.
A s diretrizes de boa prática no
fornecimento de energia elétrica nos
sugerem que, quando o fornecedor está
em falta, não enviando regularmente a
conta de luz por u m longo período, a
empresa pode-á reduzir o débito ou.
ainda, desconsiderá-lo.
PLANO D E AÇÃO
1 Entre e m contato com o
concessionária de energia elétrica:
• informando-lhe a s d a t a s em que você
entrou em contato solicifondo a conta;
• explicando que a dívida acumulada é
conseqüência da falha tio fornecedor
de serviços e m enviar oo consumidor
a fatura de cobrança, que ocorreu
durante todos os m e s e s , mesmo tendo
você efetuado repetidas solicitações;
• e s c l a r e c e n d o que a alitJde de
ameaçar e f e t u a r o corte de lu* nesta
situoção é a b u s i v a e a r b i t r á r i a ;
• sugira u m p a r c e l a m e n t o de forma
economicamente v i á v e l , com um prazo
mínimo de 18 meses p o r a o pagamento
do referido dobrto;
• pergunte ao ronu.-t.euvi ^<
se, levando em conta as circunstâncias
do caso, não há possibilidade de
redução do valor do débito.
2 Se você não receber uma resposta
positiva da concessionária, i m p r i m a
uma cópia da sua c a r t a e envie à
Aneel, informando que deseja
registrar uma reclamação contra a
empresa. A Aneel vai proceder ã
sentar um resultado, que, se positivo,
será a mediação e o acordo do parce-
lamento do débito de forma economi-
camente viável, sem nenhum acrés-
cimo de encargos, ônus ou restrições.
3 Se o parecer da Aneel for des-
favorável, você deverá procurar
os órgãos de proteção e defesa do
consumidor, a fim de obter aconse-
lhamento, registrar uma reclamação
e resolver o problema.
4 Se o problemo não for resolvido,
você pode recorrer à Justiça a fim de
propor a ação judicial cabível no caso.
Contestando a
fatura m e n s a l
P Estive v i a j a n d o durante quatro
meses e, q u a n d o voltei, percebi
que o valor das minhas contas de
l u z n ã o d i m i n u i u e m nada,
mantendo-se na média mensal do
meu consumo. E n t r e i em contato
com a concessionária para contestar
essas contas, mas a empresa me
informou que a leitura do medidor
é feita a partir de dados obtidos do
chamado " r e l ó g i o " da minha casa, e
que eu devo pagar as contas. Eles
podem fazer isso?
R
Depende. A sua situação é a de
contestação de conta, muito
comum nos serviços de fornecimento de
energia elétrica, quando o consumidor
não cuuLuiUd com u que vem
apresentado em sua fatura de cobrança.
Para efetuar a contestação referente ao
medidor de luz, você deverá solicitar tal
c o n t a de l u z . A c o n c e s s i o n á r i a
e n e r g i a e l é t r i c a me disse q u e ,
d é b i t o p e r m a n e c e r , e l a v a i coita
o f o r n e c i m e n t o de e n e r g i a à
de obter aconselhamento, registrar uma
Serviço de i m u n i z a ç ã o reclamação e resolver o problema.
não f u n c i o n a
3 Se, ainda assim, o problema não for

serviço à própria concessionária, que, em
linhas gerais, vai checar o perfeito
funcionamento do aparelho que registra
P
m i n h a residência. E l e s podem
O d e d e t i z a d o r de u m a f i r m a resolvido, você pode recorrer à Justiça
fazer isso?
e s p e c i a l i z a d a esteve n a m i n h a a f i m de propor a ação iudicial.

o consumo de energia de sua casa.
Vale lembrar que a empresa prestadora
do serviço não é responsável pelo
R
casa p a r a efetuar o s e r v i ç o de
Sim, mas isso não acontecerá
descupinização, imunização e
imediatamente. Se você insistir Instalador de
e x t e r m í n i o de insetos em geral.
não pagar a conta, a concessionária
G a s t o u - s e u m d i a inteiro na
gás não a p a r e c e

sistema elétrico interno de sua casa, e
sim pelo externo. Nessa apuração, a
empresa verificará, além do
funcionamento, as eventuais "fugas de
energia" e os chamados "gatos" (ligações
clandestinas). Como em toda contestação
de serviço público, a cobrança deverá ser
suspensa até o resultado do exame, que
P
poderá efetuar o corte, isto é, a
r e a l i z a ç ã o do s e r v i ç o . A g o r a vemos Quando meu boiler quebrou,
suspensão no fornecimento dos
que de n a d a a d i a n t o u , pois as entrei em contato com o
serviços. O prazo para o corte de
baratas e os c u p i n s c o n t i n u a m profissional da companhia de g á s
energia é de 15 dias a contar do prév
assolando n o s s o lar. A empresa, no para consertar o defeito. M a r c o u - s e
aviso formal de inadimplência ao
entanto, se r e c u s a a fazer u m a nova a visita t é c n i c a n u m d i a útil. Perdi
consumidor. Em regra, o aviso de co
v i s i t a para constatar esse fato. u m dia de trabalho à espera do
v e m impresso na conta subseqüente
Podemos fazer algo a respeito? funcionário d a prestadora de
àquela não paga.
serviços, que n ã o apareceu. E l e n ã o

lhe será divulgado por meio de um laudo
técnico emitido por u m profissional da
própria empresa.
Caso reconheça no laudo alguma
disparidade, anomalia, ou erro no
medidor ou em seus periféricos, a
R
Entre em contato com a conces-
Sim. Insista em que a empresa deve me deu qualquer s a t i s f a ç ã o , n e m
sionária tão logo seja possível, para
sanar o problema mandando refazer ligou para cancelar a visita. E u
indagar a respeito da possibilidade d e
0 serviço. Esclareça que, no seu caso, posso exigir u m a r e p a r a ç ã o pelos
parcelamento da conta. Normalmente
ocorreu uma má prestação de serviços, e prejuízos de u m dia de trabalho
consta o número do serviço de aten-
que por isso a empresa fica responsável perdido e m v ã o ?
dimento ao consumidor no verso da
por refazê-lo, sem qualquer ônus para o

empresa deverá efetuar a correção da
fatura, enviando-lhe uma nova fatura
retificada e com prazo de vencimento
razoavelmente postergado.
Caso a concessionária lhe remeta um
laudo apontando perfeito funcionamento
do aparelho medidor e nenhuma
anomaia encontrada, e você, mesmo
assim, queira persistir na contestação,
deve agir da seguinte forma: contrate uma
firma que possa proceder à aferição e
análise do aparelho de medição. (Neste
caso, o custo dos serviços ficará a seu
cargo.) O perito no assunto irá analisar
os componentes em questão e lhe
apresentará u m segundo laudo. Caso este
laudo esteja a seu favor, você poderá
entrar com uma ação na Justiça contra a
concessionária de energia elétrica.
C o r t e de energia por
não-pagamento
R
fatura de cobrança.
cliente, ou ainda por devolver a quantia Sim, e m tese. De acordo com a
A empresa tem o direito ao
paga pelo consumidor. legislação cível, qualquer um que
recebimento d o valor em atraso,
cause prejuízo a outrem fica responsável
porém, segundo as normas de bom
P L A N O D E AÇÃO a indenizar por perdas e danos. Mas veja
procedimento e razoabilidade nas
1 Entre em contato com a empresa bem: a premissa da obrigação de
relações de consumo, elas sempre
prestadora de serviços, por telefone ou indenizar é cheia de nuances. Cada caso
indicam que é possível parcelar a
por meio de u m a carta. Explique e é um caso, e na maioria das vezes esse
conta no caso de inadimplência. Nes:
relate os fatos, descrevendo o tipo de problema só é resolvido na
caso, o valor a ser parcelado seria
problema. Estipule um prazo para que Justiça. Se seu dia de trabalho perdido
incorporado às contas futuras, mês a
a empresa retorne à sua casa e tente não lhe causou um prejuízo considerável
mês. Vale frisar que a negociação de
solucionar o problema. Caso a e, ainda, de fácil comprovação, o mais
dívidas, com o conseqüente contrato
empresa não consiga solucionar o aconselhável seria remarcar uma nova
de parcelamento, está sujeita a juros,
problema numa segunda tentativa, data, de preferência no fim de semana,
que não podem exceder os patamares
você poderá requerer seu dinheiro de para receber o profissional.
dos juros legais. A s concessionárias,
volta, ou contratar uma nova empresa Se os compromissos marcados pela
sua maioria, estão dispostas a oferec
habilitada a prestar o serviço a empresa continuarem a falhar, saindo da
conselhos e orientações sobre como
contento. As despesas por este novo esfera do razoável, aí, sim, você terá mais
reduzir e economizar os gastos com
serviço deverão ficar a cargo da chances de conseguir da empresa uma
energia, evitando, assim, os valores
p r i m e i r a prestadora de serviços. Antes indenização por perdas e danos. Não
altos e a conseqüente inadimplência
de contratar uma nova f i r m a para existe uma delimitação muito clara do
da conta.
execução dos serviços, obtenha três que é razoável, por isso a dificuldade da
Entre em contato com a Aneel,
orçamentos e opte pelo mais em conta. questão. Se você trabalha como autô-
caso você não esteja satisfeito como nomo, ou mesmo empregado, poderá

P
N ã o e s t o u em c o n d i ç õ e s
f i n a n c e i r a s de pagar m i n h a
procedimento da concessionária de calcular mais ou menos de quanto foi o
2 Se você não obtiver uma resposta
energia. Lá você obterá orientação e seu prejuízo por perder, por exemplo, três
satisfatória, procure os órgãos de
esclarecimentos mais detalhados. dias de trabalho Vale lembrar que é
r»rn»i>rnr> t> riofpsa dn consumidor, a f i m
 necessária a prova dos J a n o j suludus, e
que não só os prejuízos são reparáveis.
0 que se deixa de lucrar também deve
ser reparado.
P L A N O D E AÇÃO
1 Escreva à companhia de gás
explicando e relatando os fatos. Junte
a essa carta toda documentação que
comprove os prejuízos sofridos, como,
por exemplo, uma declaração de
ausência no seu emprego; reuniões de
negócios perdidas; ou ainda vendas
que deixaram de ser realizadas.
Explique que as consecutivas
ausências do profissional causaram
esses prejuízos, saindo assim da esfera
do que seria razoável. Sugira, para
tanto, um valor a ser compensado,
pelos lucros cessantes e prejuízos.
2 Se você não obtiver uma resposta
satisfatória, procure os órgãos de
proteção e defesa do consumidor, a
fim de obter aconselhamento,
registrar uma reclamação e
resolver o problema.
PELO VÍSTO, O FUNCIONÁRIO
PA COMPANHIA PB &ÁS
FINALMENTE. APARECEU/
3 Se, a m a a assim, o problema não
for resolvido, você pode recorrer à
Justiça a fim de propor a ação
judicial cabível no coso.
Interrupção no
fornecimento de água
P S e m qualquer aviso p r é v i o , h á
d o i s dias houve uma
s u s p e n s ã o no fornecimento de
á g u a e m m i n h a residência.
N i n g u é m sabe me dizer q u a n d o o
fornecimento estará novamente
n o r m a l i z a d o . A companhia de á g u a
pode f a z e r isso?
R Não, normalrren.e, não. De acordo
com as normas que regulam o
fornecimento de água pelas
concessionárias de serviço público, a
água deve ser constantemente fornecida,
sem nenhuma interrupção.
Vale lembrar que esse seniço, tal como
o de energia elétrica, é considerado
essencial à saúde e à sobrevivência do ser
humano, por isso existe a necessidade de
ser fornecido sem interrupções e de
forma satisfatória. Se, por qualquer razão,
a companhia de água interromper o
fornecimento por mais de quatro horas,
ela deverá:
• Efetuar uma notificação, por escrito,
formal a você até 48 horas antes de
proceder à suspensão.
• Informar qual o prazo para que o
serviço seja restabelecido.
Quando ocorrer uma interrupção
emergencial, a companhia de água tem
um prazo razoável que pode variar de 12
a 48 horas, dependendo da gravidade do
problema ocorrido, para restabelecer o
fornecimento. A empresa prestadora do
serviço também deve informar a você, tão
logo possível, quais são os depósitos de
fornecimento alternativo de água e
qual o prazo para o restabelecimento
do fornecimento. Deve, ainda, fornecer
a você os números de telefones
para a contratação de tais serviços.
P L A N O D E AÇÃO
1 E n t r e em contato com a prestadora
de serviço. Relate o fato, esclarecendo
que você tem direito a um
fornecimento regular e constante de
água e que, no caso de interrupção,
a companhia deveria lhe ter enviado
um aviso prévio formal sobre as con-
dições e o período da suspensão de
fornecimento. Indague o motivo por
que está ocorrendo a interrupção, e os
telefones e endereços de fornecedores
particulares alternativos de água.
Pergunte também qual é o prazo para
que se restabeleça o serviço.
2 Se as explicações que você recebeu
não forem satisfatórias ou se o prazo
dado para o restabelecimento do
serviço for muito extenso, registre
uma reclamação na companhia de
água e procure o órgão responsável
pela fiscalização desse fornecedor de
serviços, que provavelmente será o
poder público estadual ou alguma
agência reguladora.
3 Se você não obtiver uma resposta
satisfatória, procure os órgãos de
proteção e defesa do consumidor, a
fim de resolver o problema.
4 Se, ainda assim, o problema não for
resolvido, você pode recorrer à Justiça
a fim de propor a ação iudicial.
Quem paga pelo
vazamento?
E u moro s o z i n h o e m e u
fornecimento de á g u a é medido
por u m h i d r ô m e t r o . M i n h a última
conta teve u m v a l o r duas vezes
maior que o n o r m a l . Q u e s t i o n e i o
fato, e a c o m p a n h i a de á g u a i d e n -
tificou que a c a u s a do aumento e r a
a e x i s t ê n c i a de u m vazamento e m
m i n h a propriedade. E l e s d i z e m que
sou r e s p o n s á v e l . I s s o e s t á correto?
PADRÕES DE QUALIDADE
Todas as companhias prestadoras de serviços públicos do p<
devem se submeter aos Padrões de Qualidade do Atendimet
ao Cidadão, um proieto implementado pela Secretaria de
Planejamento, Orçamento e Gestão do Governo Federal. Se
texto encontra-se disponível no endereço eletrônico
http://www.planeiamento.gov.br/gestao.
Outros programas de qualidade estão disponíveis no
Programa Qualidade no Serviço Público. Informe-se pelos
telefones: (Oxxól) 429-4914/429-4296; fax: (Oxxól) 429-4961. Se
tais padrões não forem seguidos, você poderá registrar
reclamações nos órgãos públicos responsáveis, nos órgãos d
proteção e defesa do consumidor ou, ainda, poderá entrar c
uma ação iudicial cabível.
Além dos padrões de qualidade no atendimento, há
outros padrões de qualidade que as empresas oferecem.
Informe-se a respeito.
Seus direitos de acordo com a lei
Seus direitos de acordo com os Padrões de Qualidade do
Atendimento ao Cidadão, por exemplo, não excluem seus
direitos básicos de consumidor previstos no Código de Defes
do Consumidor - assim, você ainda pode acionar a Justiça
caso tenha recebido um serviço de má qualidade.
Como conseguir uma cópia
A empresa que está lhe prestando serviço deve lhe fornecer
uma cópia dos Padrões de Qualidade do Atendimento ao
Cidadão e qualquer outro, quando existir.
Como reclamar uma indenização
Se você acredita ter direito a uma indenização ou compen-
sação por uma má prestação de serviços, seia no caso de u
companhia de fornecimento de água, seia de qualquer outrc
prestador de serviço, sempre siga as instruções de
procedimento indicadas neste capítulo, lembrando que a
notificação à empresa é sempre o primeiro passo.
Normalmente, quando devida, a indenização é creditada
em sua próxima conta, mas você tem direito a uma
compensação em dinheiro.
R Sim. A companhia de água somente
é responsável pela água que flui
pelo cano da rua. Você é responsável
por todo o encanamento de sua residên-
cia e por manter o fluxo da água do
hidrômetro da rua até a torneira da sua
casa. Como o seu fornecimento de água é
medido a partir do hidrômetro, você fica
responsável pela .ígíin perdida em demr-
réncia de qualquer vazamento existente
após o aparelho.
Demora na
instalação de linha
P
A empresa de telefonia e s t á
sempre prometendo i n s t a l a r
uma linha em m i n h a residência
"nos p r ó x i m o s d i a s " . N o entanto,
três meses j á se p a s s a r a m e conti-
nuo s e m o serviço. F o s s o exigir q u e
o serviço seja executado?
R Sim. Em regra, quando você faz a
solicitação de linha telefônica fixa à
empresa, ela primeiro irá analisar a
viabilidade técnica para a instalação da
linha. Até esse momento, a empresa não
tem propriamente uma responsabilidade,
pois a instalação irá depender de fatores
técnicos, que não vinculam ou obrigam a
prestadora de serviços a executá-lo.
Porém, logo após essa viabilidade
técnica ter sido verificada, a empresa
deve lhe informar o prazo para instalação
da linha, que, em regra, é de 15 dias
úteis. A partir desse momento, a empresa
fica obrigada a cumprir esse prazo, sob as
penas da lei, que variam desde o pedido
de execução forçada da obrigação de
instalação da linha telefônica até mesmo
uma ação judicial por perdas e danos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com a prestadora
de serviços telefônicos nos postos de
atendimento ou mesmo pelo
serviço de atendimento ao
consumidor ( S A C ) . Relate
o fato, esclarecendo que o
atraso está lhe causando
problemas, e cite os eventuais
prejuízos. Estabeleça um
prazo máximo para que
o serviço seja realizado.
OS R E S P O N S Á V E I S
VARIAM
Os serviços de fornecimento de
água e saneamento básico estão
divididos, hoie, no Brasil, entre
diversas companhias públicas e
empresas privadas. No âmbito
estadual, cada ente federativo t e m ,
em regra, sua companhia de água
e esgoto vinculada direta e indire-
tamente ao poder público estadual.
Há também as prestadoras de ser-
viços municipais por força de con-
cessão, outorga ou autorização.
2 Se a empresa não estipular uma
data certa para instalação da linha, ou
descumprir o compromisso na data
estabelecida, registre uma reclamação
na própria empresa, e logo depois na
Anatel, alegando a má prestação de
serviços e solicitando que o caso
seia investigado.
3 Se você não obtiver uma resposta
satisfatória, procure os órgãos de
proteção e defesa do consumidor, a
fim de resolver o problema.
4 Se, ainda assim, o problema não for
resolvido, você pode recorrer à Justiça
a fim de propor a ação judicial.
Defeito n a linha
telefônica
P Houve u m problema com
a m i n h a l i n h a telefônica e
comuniquei o fato à empresa.
Fiquei s e m telefone por quatro
dias, esperando pelo reparo, o que
me causou perdas financeiras
substanciais. Tenho direito a
uma indenização?
R
Sim, mas isso vai depender de até
onde você consegue comprovar
suas perdas. Primeiramente você tem
direito, de imediato, a uma redução no
Á
TERMOS CONTRATUAIS ABUSIVOS E INJUSTOS

O Código de Defeso do Consumidor cita diversas cláusulas

abusivas e arbitrárias que são consideradas nulas se encontradas
num contrato. As principais são as que:

• impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do

fornecedor por defeitos de qualquer natureza dos produtos e
serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos;
• retirem do consumidor a opção de reembolso da quantia
iá paga, nos casos previstos em lei;
• transfiram responsabilidades a terceiros;
• estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou seiam
incompativeis com a boa-fé ou a eqüidade;
• estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
• deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora
obrigando o consumidor;
• permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do
preço de maneira unilateral;
• autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente,
sem que igual direito seia conferido ao consumidor;
• obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua
obrigação, sem que igual direito lhe seia conferido contra o fornecedor;
• autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou
a qualidade do contrato, após sua celebração, que esteiam em desacordo
com o sistema de proteção ao consumidor.

valor da :arifa da assinatura mensal de período considerável de pane na linha irá

serviços telefônicos. Essa tarifa é cobrada
pela manutenção e disponibilização dos
serviços. Se o seu telefone fica mudo por
defeito na linha durante metade do mês,
você tem direito a pagar somente a
metade da tarifa de assinatura.
Quanto à questão dos prejuízos
advindos do defeito da linha, você deverá
fazer uma reclamação formal à
prestadora, relacionando os prejuízos e
juntando cópia das provas documentais
que confirmem essas perdas.
Nessa reclamação, você irá pedir uma
compensação pelo atraso n o conserto. Se
você tem uma atividade empresarial na
qual um dos objetos mais essenciais é a
sua linha telefônica, é evidente que u m
lhe causar prejuízos financeiros. Em
contrapartida, se o periodo de defeito na
linha não tiver sido extenso, o pedido de
indenização torna-se infundado.
A compensação poderá vir na
modalidade de créditos em contas
futuras ou ainda em dinheiro o u depósito
em conta corrente. Por fim, a empresa
poderá se eximir da responsabilidade
pelas razões legalmente estabelecidas,
como, por exemplo, os casos fortuitos ou
de força maior.
PLANO DE AÇÃO
1 E n t r e em contato com a
prestadora de serviços telefônicos.
Relate o fato, esclarecendo que a
 pane nos serviços lhe causou
prejuízos consideráveis, e remeta à
empresa o material e os documentos
exigidos para que se faça uma
análise do caso. Você deverá efetuar
essa comunicação formal via correio
ou pessoalmente, em um dos postos
de atendimento ao consumidor. A
empresa lhe dará um prazo para que
a reclamação seja apurada.
2 Não sendo julgada procedente sua
reclamação, registre outra, desta vez
na Anatel, e aguarde um prazo para
que esse órgão lhe dê alguma posição
a respeito de uma eventual mediação
com a prestadora de serviços.
3 Caso você não obtenha uma
resposta satisfatória, procure os
órgãos de proteção e defesa do
consumidor, a fim de obter
aconselhamento, registrar uma
reclamação e resolver o problema.
4 Se, ainda assim, o problema não
for resolvido, você pode recorrer
à Justiça a fim de propor a ação
iudicial cabível no caso.
C a n c e l a m e n t o de
linha de c e l u l a r
P T e n h o u m a l i n h a de telefone
c e l u l a r e a o p e r a d o r a de
telefonia n ã o m e o f e r e c e m a i s
p r e ç o s e serviços competitivos.
Quando liguei pedindo o
c a n c e l a m e n t o do c o n t r a t o , a
empresa insistiu na cobrança
de R $ 60,00 c o m o t a x a de
cancelamento. E l e s podem
fazer isso?
R
Talvez sim. Os termos do contrato
de serviço telefônico móvel variam
entre as operadoras. Mas, em regra, para
as linhas pós-pagas ele é assinado com
u m período de carência mínima de doze
meses. Isso quer dizer que, durante esse
período, você ficará vinculado aos
serviços e ao contrato.
Se você assinou u m contrato desse
tipo, e optar por rescindi-lo, deverá
pagar a multa pela rescisão contratual.
Essa multa é legal e exprime a
expectativa que existe entre as partes
contratantes e m ver-se realizada a
finalidade do contrato, que, neste caso,
é a prestação de serviço telefônico
móvel durante doze meses.
Se, entretanto, a operadora de telefonia
passar a utilizar alguma prática que
esteja vedada em lei, você poderá exigir o
imediato cancelamento do contrato sem
nenhum ônus e ainda requerer as
eventuais perdas e danos.
A s situações de descumprimer.to
contratual e evidente má prestação de
serviço também eximem a obrigação de
ENVIANDO OBJETOS DE
VALOR PELOS CORREIOS
E n t r e g a s especiais são ideais
p a r a objetos de v a l o r enviados
p e l o s Correios. Informe-se sobre
a s garantias contratuais que
e s s a s modalidades de envio
o f e r e c e m . P a r a obter mais
i n f o r m a ç õ e s , cheque o endereço
e l e t r ô n i c o dos Correios e m
h t t p : / A w w w . e c t . c o m . b r ou pelo
S A C no n ú m e r o 0800 57001 00.
S e m p r e que possível, não use os
s e r v i ç o s básicos dos Correios
r o a r a as suas entregas de objetos
f r á g e i s , como v i d r o ou
•=>orcelona, ou de valor. Você
d e v e , antes de efetuar uma
r=>ostagem, se i n f o r m a r e decidir
s o b r e qual o tipo de entrega que
• m e l h o r se aplica ao seu caso.
S e você e n v i a u m item que
c z h e g a danificado, a ECT pode
s o l i c i t a r que você submeta o
»=>acote a exame antes de pagar
« q u a l q u e r indenização.
multa rescisória por parte d o assinante
da linha. Procure se i n f o r m a r sobre os
preços de tarifas das outras operadoras
de telebnia celular. Se a diferença
entre os valores for excessivamente
alta, você poderá cancelar seu contrato
sem nenhum ônus. Busque
informações e orientações na Anatel
ou nos irgãos de proteção e defesa do
consumidor, a fim de obter
aconselhamento, registrar uma
reclamação e resolver o problema.
Prejuízo por
carta atrasada
com o coelho quebrado. A e m p r e s a
de entregas se recusa a me p a g a r
u m a i n d e n i z a ç ã o . E l a pode
fazer isso?
R Não. Nos termos do Código de
Defesa do Consumidor, caso o
serviço seja prestado de forma
defeituosa, existe a previsão de perdas e
danos pelos eventuais prejuízos. N o
caso em questão, ainda houve a
danificação do produto que foi postado.
Mais uma vez deve-se provar o evento
danoso, que seria a quebra do coelho
de porcelana durante o trajeto pelos
Correios. Os Correios não estão
obrigados tão-somente ao dever de

P Enviei pelo Sedex m i n h a ficha

de inscrição para concorrer a
u m a oferta de emprego. A
c o r r e s p o n d ê n c i a d e m o r o u 11 dias
para chegar ao seu destino e acabei
perdendo o prazo de i n s c r i ç ã o .
Tenho direito a uma i n d e n i z a ç ã o ?
qualidade no envio e no prazo corretos.
O prestador de serviço tem o dever de
zelo e guarda dos objetos a ele
confiados, até que cheguem a seu
destino. Em se tratando de objetos
frágeis, o mais aconselhável é que você
obtenha orientação nos Correios sobre
qual a maneira mais segura de enviar

R Sim, em regTa. Mas há a

necessidade de se demonstrar e
provar o evento danoso. Os prazos
seu produto.

ORA, MfNHA SENHORA, SB

estipulados pelos serviços de entrega dos
Correios,, sejam eles referentes a entregas
O COELHO PE PORCELANA
básicas ou expressas, devem ser
CHEGOU EM MíL PEDACINHOS,
cumpridos, mas somente caberá o direito POR QUE NÃO USÁ-LO
a algurra compensação se o prazo for COMO UM QUEBRA-CAX3EÇA
notoriamente descamprido e ainda PARA SUA NE^CA?
houver prova de prejuízo real. Os casos
de perda, extravio ou dano a itens
enviades pelos Correios também podem
ser alvo de compensações, desde que
comprovados os eventos.

Indenizações p a r a
itens frágeis
C o m o presente de a n i v e r s á r i o ,
e n v i e i à minha neta, por
s e r v i ç o de encomenda postal, u m
c o e l h o chinês de porcelana que
c u s t o u R $ 90,00. O pacote chegou
d u a s s e m a n a s depois, a m a s s a d o e
 Com isso, essa mudança não seria da
C a n c e l a m e n t o de show responsabilidade da casa, que apenas

P Reservamos uma mesa numa

casa de e s p e t á c u l o s para
assistir a u m show, mas o vocalista
cede o local e organiza o evento.
Se o show tivesse sido cancelado, vocês
teriam direito à restituição do valor.
ficou doente e u m backing vocal
a s s u m i u o s e u lugar. Pedimos a
devolução do valor do ingresso, m a s A c e s s o p a r a deficientes
nos d i s s e r a m que n ã o t í n h a m o s
esse direito. E l e s podem fazer isso?
P S o u deficiente físico e uso u m a
cadeira de rodas. O c i n e m a

R Provavelmente, sim. As casas de

espetáculo partem do princípio de
que os ingressos são vendidos para o
público assistir ao espetáculo propria-
mente dito, e não a u m determinado
integrante da banda.
Normalmente, a administração de casas
de shcrw explica no verso dos ingressos que
não pode ser responsabilizada por pro-
blemas alheios à administração do local.
p r ó x i m o à m i n h a c a s a n ã o possui
acesso especial para pessoas com
esse tipo de deficiência. Tenho como
reclamar disso?
R Sim. A legislação brasileira obriga à
construção de rampas que permitam
o acesso de deficientes físicos que usam
cadeiras de nxlas em determinados locais,
e os cinemas estão entre eles.

LOCAIS OBRIGADOS A O F E R E C E R
A C E S S O A D E F I C I E N T E S FÍSICOS

Uso comercial - Supermercados, shopping centers e loias de departamentos

com área superior a 3.000 m'.

Estabelecimentos administrativos de órgãos públicos - Agências telefônicas,

Agências de correios.

Serviços - Associações beneficentes; associações culturais; associações

comunitárias de vizinhança; ambulatórios; bancos de sangue; casas
de repouso; centros de reabilitação; postos de saúde; pronto-socorros;
associações científicas; espaços e/ou edificações para exposições
ginásios de esportes; museus; pinacoteca; teatros; auditórios poro
convenções, congressos e conferências; autódromos; organizações asso-
ciativas de profissionais; sindicatos; cursos preparatórios para escolas
superiores; hospitais; locais de c u l t o ; templos; centros de orientação
f a m i l i a r ; centro de orientação profissional, e delegacias de policia.

Uso institucional - Ensino básico; pré-escolar; ensino técnico profissional

parques infantis; colégios; faculdades; universidades; clubes associativos;
recreativos e esportivos; bibliotecas; cinemas; administração federal,
estadual e m u n i c i p a l ; terminais de ônibus urbano; terminais de m e t r ô ;
terminais rodoviários interurbanos; administração regional; agências de
órgão de previdência social; estádios; hipódromos; pavilhões paro feiras
de amostras; velódromos; casas de saúde; maternidades; sanatórios;
creches; asilos, e orfanatos.
 Entre em contato com a gerência e
pergunte sobre a possibilidade do
oferecimento de uma entrada alternativa
para a cadeira de rodas. Se não for viável,
é possível que a administração do cinema
se ofereça para conduzi-lo à sala.
Você deve entrar em contato com a
associação dos cinemas da sua cidade e
fazer um pedido formal para que eles
passem a cumprir a lei que garante o livre
acesso a deficientes físicos aos cinemas.
Caso seu pedido não seja atendido,
pense na possibilidade de consultar u m
advogado para que seja movida uma
ação judicial contra os cinemas, bem
como outros lugares destinados à diver-
são que estejam descumprindo essa
determinação legal.
Sem desconto
Tenho direito ao reembolso do valor
pago pelos ingressos?
R Depende. Para que você tenha
direito ao reembolso, terá de ficar
provado que houve uma falha, por parte
da administração do estádio, que teria
provocado a queda da iluminação.
De um jeito ou de outro, como o
jogo foi intenompido com apenas vinte
minutos, ele deverá ser remarcado e os
organizadores deverão oferecer novos
ingressos para o novo jogo.
Tal oferecimento costuma depender da
política sobre ingressos adotada pelos
clubes envolvidos e também da própria
regulamentação das federações futebo-
lísticas locais.
Normalmente, é feito u m anúncio no
próprio estádio sobre as medidas que
serão adotadas.

P Resolvi comemorar meu

a n i v e r s á r i o n u m show de
rock. Q u a n d o fui comprar os
P L A N O D E AÇÃO
1 Se não lhe foi oferecido um novo
ingresso ou sequer um desconto no
ingressos, apresentei a carteira ingresso para o próximo jogo, você
de estudante p a r a obter o
desconto de 50%. N o entanto, o
funcionário d a bilheteria disse
que o desconto para estudantes
n ã o se aplicava a shows inter-
n a c i o n a i s . E l e tem r a z ã o ?

R Não. A Medida Provisória n° 2.208

editada pelo Governo Federal, e
aplicável em todo o território nacional,
garante a meia-entrada a estudantes e a
menores de 18 anos em eventos
culturais que aconteçam no país.

Jogo interrompido

P L e v e i u m grupo a um jogo de
futebol p a r a comemorar o
a n i v e r s á r i o do m e u filho. Vinte
m i n u t o s a p ó s o início do jogo, u m
t e m p o r a l desabou sobre a cidade,
o que provocou u m blecaute no
e s t á d i o . O j o g o foi cancelado.
deve procurar a bilheteria co estádio *
fazer essa requisição.
2 Se lhe oferecerem um desconto ou
mesmo ingressos p a r a o próximo joga
e você preferir optar pelo devolução
do dinheiro, explique suas razões à
administração do estádio. É provável
que você obtenha seu reembolso, pois
os clubes preferem morter um bom
relacionamento com os torcedores.
Ingressos pelo dobro
P C o m p r e i dais ingressos p a r a
a s s i s t i r a uma p e ç a de teatro
por R S 50,00. Q u a n d o chegamos ao
teatro, fomos conduzidos a n o s s o s
assentos. Entretanto, ao f i m d a
peça, descobri que os i n g r e s s o s
para os assentos e m que sentamos
custavam R $ 30,00. Como a
bilheteria j á estava fecftada, voltei
ao teatro no dia seguinte, pedindo
u m reembolso, m a s o funcionário
informou que eu n ã o tinha direito a
tal reembolso, pois a falha t i n h a
sido m i n h a . O teatro pede se negar
a me i n d e n i z a r ?
R Não, mas isso vai deperder
do que realmente aconteceu. Se
você comprou os ingressos na própria
bilheteria do teatro e tive- como provar
que pagou mais caro por eles, deverá
se dirigir à bilheteria e pedir a restituiçãr:
do valor cobrado a mais.
No entanto, se você comprou os
ingressos em outro lugar e não na
bilheteria do próprio teat'o, é possível
que os ingressos custem mais caro, já q u j
os revendedores ce ingressos p o d e m
cobrar uma taxa de conveniência.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você comprou os ingressos na
bilheteria do teatro com cartão de
crédito, deverá apresentar a recibo do
cartão na própria bilheteria iunto com
a canhoto do ingresso, e pedir a
restituição do valor que você pagot
mais. No caso de ler pago com din
ou cheque, a não ser que tenha petí
um recibo, será praticamente
impossível provar que pagou mais
que deveria pelos ingressos.
2 Caso você não consiga uma solt
satisfatória com a bilheteria do te
procure c administração e expliqi
acontecido. É possível que eles llu
restituam o valor cobrado a mais,
maneira que possam manter boas
reloções com seus consumidores.
C i n e m a com s a u n a
Fomos ao c i n e m a a s s i s t i r a
uma c o m é d i a , e o que e r a
p a r a s e r u m programa r o m â n t i c
a c a b o u s e tornando u m pesadel
ar-condicionado não funcionava
calor e r a i n s u p o r t á v e l . N a saída
p r o c u r a m o s a g e r ê n c i a do cinen
p a r a p e d i r nosso dinheiro de vo
m a s fomos i n f o r m a d a s de que r
t e r í a m o s direito à r e s t i t u i ç ã o d<
d i n h e i r o , pois a s s i s t i m o s ao filn
a t é o fina I. E l e s têm r a z ã o ?
R Pouco provável. C serviço pres
peles cinemas é a projeção cie
anunciado em candições confortáve
para os consumidores. Se uma pes;c
ao cinema e a sala está quente e aba
fica claro que houve uma falha na
prestação d o serviço. Tal falha pode
importar no ressarcimento do valo:
pelo consumidor.
Mas se a administração do rinem
colocou u m aviso na própria bilhete
informando sobre o problema, os OJL
insistiram em assistir ao filme não <
direito ac ressarcimento.

Jblerna n a projeção
Levei meus filhos ao cinema
para a s s i s t i r e m a uni desenho
ado, m a s o projetor estava com
lemas e a perna e os pés dos
m a g e n s n ã o apareciam,
stimos de a s s i s t i r ao desenho,
• ã o c o n s e g u i m o s reaver nosso
eira. O c i n e m a n ã o é obrigado
er a d e v o l u ç ã o ?
Sim. Se c problema do proetor não
foi resolvido dentro de um limite de
0 razoável os consumidores que
ram para assistir a essa sessão terão
;ito a solicitar a resrih_ição do vaior
r«los ingressos.
caso de falhas na projeção cabe ao
negado per ela a ustar a imagem, de
•ira que as pessoas passam assistir
me normalmente,
isso não oconer, essas pessoas
II se dirigir à bilheteria do cinema e
a restiti:ção do valer pago pelos
ssos ou mesmo u m novo ingresso
assistir ao mesmo filme ou a outro,
do assirr desejarem.
1 lugar na escada
F u i c o m meu m a r i d o ao cinema
e a c h e i m e l h o r comprar os
essos com a n t e c e d ê n c i a p a r a
ir f i l a s . N a i d a p a r a o c i n e m a , o
3 quebrou e a c a b a m o s chegando
3 m i n u t o s antes de o filme
eçar, quando a s a l a de exibição
ra lotada e h a v i a várias pessoas
adas no c h ã o . Tentamos
dver nossos i n g r e s s o s , m a s a
i l u s t r a ç ã o a l e g o u ter vendido o
e r » correto d e l u g a r e s e disse
n ã o teríamos direito à r esti-
lo. E l e s podem f a z e i i s s o ?
Talvez s.rm. É p o u c o provável que o
cinema tenha v e n d i d o mais
ssos do que o p e r m i t i c o pela sua
lotação iráx ma. Nesses, casos, para
encontrar u m assento vazio, peça a ajuda
de um funcionário do dnema.
Mas se, de fato, todos os lugares
estiverem ocupados, você deve se recusar
a sentar na escada ou no chão e se dirigir
à bilheteria do cinema para pecir u m
ingresse para a próxima sessão o u , se
preferir, requisitar seu dinheiro de volta.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você chegar ao cinemo e as
luzes iá estiverem apagadas, peça
a um funcionário que lhe mostre um
assento vago. É provável que os me-
lhores lugares esteiam ocupados e que
você tenhe de se sentar separado de
seu acompanhante.
2 Todavia, se você realmente
constatar que todos os lugares estão
ocupados, vá até a bilheteria do
cinema, munido do seu ingresso, e
peço o seu dinheiro de volta ou um
ingressa para outra sessão O J para
outro filme exibido no mesmo cinema.
Cancelamento
de r e s e r v a
P F i z e m o s a r e s e r v a de u m a mesa
n u m restaurante mas tivemos
de cancelar n a ú l t i m a hora por
motivo de d o e n ç a . Agora, o gerente
e s t á exigindo u m a c o m p e n s a ç ã o
pelo prejuízo que causamos ao
restaurante. Ele pode fazer i s s o ?
R Pouco provável. De fato quando
fazemos uma reserva de mesa nurr.
restaurante, estamos celebrando um
contrato :nfcrmal c o m o esta:>eleri-
m e r t o para que nos seja prestado um
serviço. O restaurante nos garante que
encontraremos a mesa de nossa prefe-
rência, onde iremos jantar e consumtr
u m valor estimado.
Se desistimos da reserva, estamos
descumprindo nossa parte nc contrato e
 R
p o d e m c s estar, realmente, «'asando u m
ât Quando o restaurante nàc
p r e - j u í z o ao restaurante.
gnrte a mesa reservada, ooor
I S i o entanto, os resiauranfc;, por serem
uma queira no contrato i r f ormal qu
estabelecimentos romerdaiue alta
você re4za com ele na hora da resei
r o t a t i v i d a d e , íém grandes ptiísiblidades
Fores -azão você tem direito a
de o c u p a r a mesa com cutrcsclientes, d e
reclan ;> pagamento de um valor
m o d o a não ter qualquer prtjiízo.
proDoraral ao que teria gasto nc
N e s s e caso, o gerente do rstaurante
restanrarto, além de u m valor reterei
n ã o t e m qualquer diteitc a I h cobrar
ao inco \eiiente que a falha por pai
p e l o preuízo, já que a mesa iri ocupada
da gerência lhe causou.
e o u t r a s pessoas consu nirarr no lugar
r e s e r v a a o para você e seus ccrvioados.
PLANO D E A Ç Ã O
M a s , se você etetuou algum deposito
1 Entram contato com o gerem
para confirmar a reserva, é ptwávd que
restaurante e relate que, ao cheg
o restaurante retenba esse valor, como
estabelecimento, não hovia nenhi
m u l t a p e b não-cornparerimetto.
mesa disponível para você. Se vc
Pagou ohum valor paro garantir
reserve peça a restituição do dii
D u p l a r e s e r v a em e uma compensação.
restaurante

P P a r a comemorai nossoaniver-
s á r i o de casamento, m«u marido
2 Se o 9trente não concordar cor
o seu pecido, mostre algum comp
vante do reserva, como um e-mo,
r e s e r v o u urna mesa ao lado da
ou mesmo o nome do funcionário
j a n e l a n u m restaurante que possui
fez a reswva, e avise-o de que vo
•ma b e l a r í s t a para o mar. Quando
está disposto a levar a questão ac
c h e g a m o s lá, havia uma família
s e n t a d a à « a s s a mesa. C o m * o
3 Se a resposla for insatisfatóric
r e s t a u r a n t e estava lotado, não pude-
você realmente quiser insistir na
mos f i c a r no local desejado. Pode-
questão, procure o Juizado Espei
mos e x i g i r alguma indenização?
Civel mais próximo da sua casa
consulte-o sobre a viabilidade de
entrar com uma ação reparatòri
de danos contra o resteurante.
:asaco
s a p a r e c ido DESSE JEíTO VOCE VAI
ACABAR NÃO CONSEGUINDO
[Fomos j a n t a r n u m restauTante SER REEMBOLSADO, Z.ÉI
Ifrancês e m i n h a m u l h e r d e i - o
aeu c a s a c o na chapelaria.
n d o s a í a m o s , fomos infonma-
J t que ele h a v i a desaparecido,
[•ri ncia n e g a s u a r e s p o n s a i In-
fle. E l e s podem fazer i s s o ?

Provavelmente, não. A não

ser que eles tenham como
orovar que a perda d o casaco não
ulpa deles, como r o caso de você
deixado em algum outro lugar,
>3 auxílio de um funcionário
•staurante.
n ã o for esse c caso, se você
nente entregou o casaco a u m f u n -
j i r o da chapelaria, o restaurante
responsabilizado pela sua perda,
ucé terá condições de fazer urna
írr.ação formal contra a falha do
rurante se:
• u n r i o n á r i o s co restaurante
t i r a m para que você deixasse o seu M o r d i d a em caroço
c o na chapelaria. de azeitona
3 funcionário da chapelaria lhe
;£T>u u m comprovante com u m
j e r o referente ao escaninho ou P G a s t e i R $ 1.000,00 no dentista
para consertar u m dente que
i r r i o no qual seu casaco foi guardado, quebrei a o morder u m a azeitona,
Er indica que outra pessoa pode supostamente sem c a r o ç o , de acordo
retirado. c o m o que informava o c a r d á p i o de
fíotík pagou algum va or para guardar u m restaurante. O d o n o se r e c u s a a
i a casaco na chapelaria. m e reembolsar a s despesas c o m o
ZD funcionário da chapelaria deixou tratamento d e n t á r i o . Posso i n s i s t i r
L sacos abandonados, no reembolso?
i? irrxe seus dados para contato com o
m i e do restaurante e aguarde uns
j-para ver se algum cliente do
i T.irante retornará ao oca] para
R Sim. Se o restaurante lhe serviu
uma refeição contendo azeitonas
com caroço, quando o anunciado no
r amar que levou o casaco errado, cardápio ou pelo garçom eram azeitonas
o seu casaco não reaparecer e sem caroço, e a causa de você ter que-
insistir em um ressarcimento, brado c dente foi, justamente, ter mor-
s - s e ao Juizado Especial Cível mais dido um caroço, você poderá pedir ao
i armo de sua casa e consulte sobre restaurante o reembolso pelo tratamento
?=rssibilidade de entrar com uma dentário, além de uma compensação pelo
reparatória. incDnveniente que lhe foi causado
 Quando as refeições não são iguais ao provar a responsabilidace do restaurra
1

R E G R A DE descrito no cardápio, ocorre u m a cuebra será u m recibo, indicanoo a data e r n

OURO de contrato c u , rrelhor dizendo, urna você esteve lá.
falha n o produto fornecido pelo Se você pagou e m dirheirD e n ã o
Se você tem alergia restaurarte, o que possibilita que o seu recebeu recibo, será difíc 1 provar a
a algum alimento, pedido em juízo tenha maiores chances responsabilidade d o resraurante.
deixe isso bem de ser atendido. De um jeito ou de ou:ro, o m e l h o r
cloro sempre que É possível que o restaurante tenha fazer é pagar a multa que está em s e
estiver num
agido d e boa-fé e servido azeitonas que nDme e discutir a responsabilidade d
restaurante.
comprou como"sem caroços". Se for esse ocorrido em um momento seguinte.
Procure saber os
o caso, o restaurante poderá entrar com
ingredientes
contidos nas uma ação contra o fornecedor de
refeições oferecidas azeitonas, mas ainda será responsável I n f o r m a ç ã o sobre
no cardápio, antes pelo prejuízo que lhe causou.
ingredientes
de fazer o pedido. Consulte u m advogado ou mesmo o
Se o garçom
garantir que a
refeição não contém
Juizado Especial Cível mais próximo de
sua casa, para entrar com uma ação
reparatória de danos.
P S o u a l é r g i c o a nozes e s » £ r i
u m a r e a ç ã o alérgica a p ó s
a l m o ç a r n u m restaurante, t n e s n
certo ingrediente,
tendo avisado sobre a m i n h a a l i
você poderá usar
e eles terem dito que a r e f e i ç ã o
tal declaração
contra o Estacionamento continha nozes. Tenho direito a
restaurente no caso a l g u m a indenização?
irregular

P
de vir a ter
qualquer reação
alérgica.
F u i j a n t a r fora com m i n h a
m u l h e r e entreguei o carro ao
manobrista. N a semana seguinte,
fui s u r p r e e n d i d a com u m a multa
por estacionamento irregular
ocorrida no momento e m que e u
j a n t a v a no restaurante. E n t r e i e m
contato c o m o gerente, q u e negou
q u a l q u e r responsabilidade pelo
o c o r r i d a . E l e s podem se r e c u s a r a
p a g a r a rainha multa?
R Sim.Se você foi l u d i b r i a d o q u ;
ao pedido e, por conta disso, si
uma reação alérgica, poderá pedir u
indenização ao restauiante.
Assim, se o restaurante se recusai
entrar em um acordo e insistir e m r
a responsabilidade, veté poderá
consultar u m advogaao ou m e s m o
Juizado Especial Cível mais próxiirv
sobre entrar com uma ação reparat:
de danos contra o restaurante.
Como ganhar uma ação j u d i d a l Í

R Não. Mas para isso

você precisará pro-
var que realmente entre-
provas do fato aiegado é muito p o i
provável, se a sua reação alérgica fc
imediata e ocorrer no próprio
gou o carro ao manobrista restaurante, leve uma amostra do q
do restaurante e que este estava comenda, para análise.
fei o responsável pelo Se você estava almrjçardo com
estacianamento em alguém, pode pedir a essa pessoa <
lccal proibido. testemunhe e m juízo a seu favor.
E provável que você
não tenha mais o tíquete
entregue pelo manobrista
no momento e m que
deixou o carro sob sua
guarda. Se for esse o
;
caso, a imica mane ra de

ladeio aos
inos
Resolvi c o m e m o r a r o
inivers.ii io d e 15 a n o s de
.1 filha c o m u m a festa n o
urante d e u m hotel. C o m b i n e i
os organizadores u m n ú m e r o
•bida s e t a m b é m a r e f e i ç ã o q u e
servida. E n t r e t a n t o , no dia d a
, a bebida e s t a v a q u e n t e e o
i n c o m p l e t o . Posso pedir u m a
nização a o s organizadores?
Sim. Quando você combinou os
detalhes da festa, fez u m contrato
;les.
nc momento da festa, a bebida
a quente e o oufê ir.eompleto, houve
quebra de contrato por parte deles.
;im, você poderá pedir u m
-nenro no preço, caso ainda não
i pago o valor total,
a poss bilidade de "equerer uma
irzação superior ao valor do cue já
j c u mesmo uma indenização
ior ao valor total ajjstado, mas para
leverá consultar um advogado sobre
sibilidade de entrar : o m uma ação
atória de daneis, o cue pode incluir
nos morais que você fo obrigado a
rtar em razão do constrangimento
ido a você e à sua filha.
•viço r u i m
F o m o s j a n t a r num restaurante
e fomos m a l atendidos. Por
r a z ã o , decidimos n ã o incluir os
cobrados pelo serviço. O
n t e veio à nossa mesa e
r m o u que a taxa de serviço e r a
g a t ó r i a . E l e e s t á certo?
Pouco provável. Os 1090 cobrados a
título de gorjeta, junto com o que
rmsumido pelos clientes em bares e
urartes, normalmenre são opcionais.
ü cliente escolhe se eeja pagai o
valor que, em regra, <j revertido ao R E G R A DE
garçom que o atenda OURO
Entretanto, e m algnestados
brasileiros, a legislaçâxral exige que Quando for rogar
0 pagamento da taxakserviço seja a conta num
obrigatcSrio. Nesse ca ainda que o restaurante, bar,
c a s a noturna ou
serviço seja péssimo, 'dente terá de
similar, certifique-se
pagar a taxa de serviç.
de que os 10%
Informe-se sobre aestura adotada em
referentes à toxa de
seu estado, pois a nâor em caso de lei
serviço não foram
expressa nesse sentidos donos de incluídos no valor
restaurantes e bares rio poderão t o a i da conto. E m
obrigá-lo a pagar essrlaxa. grande parte dos
estados brasileiros
PLANO DE AÇÃI c pagamento da
1 Se você pagou pel: serviço por taxa de serviço é
facultativo, cobendo
ocreditar que estaverárigado a isso e
sempre aos clientes
descobriu que tal paiimento era
decidir se pagarão
opcional, entre em entalo com o
ou não pelo serviço
gerente do restauraite e peça a oferecido pelo
restituição da quantt. estabelecimento
comercial.
2 Se o gerente se r e « o r a devolver
seu dinheiro, expliquque, se o
problema não for revivido até um
determinado prazo, wcé estará
disposto a denunciaro estabelecimento
comercial às autoridides competentes,
delegacins de proteçio e defesa do
consumidor, sobre o cobrança
compulsória da taxade serviço no
local, e até mesmo de fazer a
cobrança na Justiço.
Consumação m í n i m a
P F o m o s a u m bar. M i n h a amiga
t o m o u u m a ganafa d e água
mineral e eu, u m a taça d e vinho.
A conta cobrava R $ 30,00 de cada
uma de n ó s . O gerente explicou que
esse valor correspondia à c o n s u m a -
ção mínima, por conta de um con-
junto musical que estava tocando
no l o c a l . Eles podem cobrar isso?
R Sim. A consumação mínima ou
mesmo a taxa do ccuvert artístico
referente a apresentação de uma banda,
oferecimento de mesa ou outros serviços é
legalmente permitída, desde que os
clientes tomem conhecimento dela ao
chegarem ao restaurante.
Essa informação deve ser exibida,
de preferência, logo na entrada do
estabelecimento. Se o aviso da cobrança
da consumação mínima ou couveri
artístico estiver em destaque, você não
terá alternativa senão pagar a taxa.
For outro lado, se não havia qualquer
divulgação sobre a cobrança de
consumaçã' < mínima e Víxrê for surpreen
dido por tal cobrança na hora de quitar
a conta, poderá se recusar a pagar o
valor cobrado.
Além disso, ainda é possível denunciar
o estabelecimento ao órgão de defesa do
consumidor pela cobrança abusiva de
consumação mínima.
Infecçõo a l i m e n t a r
P I u i a l m o ç a r com colegas de
trabalho n u m restaurante
j a p o n ê s . N o dia seguinte, todos
fomos p a r a r no hospital com infec-
ção alimentar, A c h a m o s que foi algo
que c o m e m o s no restaurante, m a s o
gerente n e g a a responsabilidade.
Ele pode fazer i s s o ?
R Provavelmente, não. Mas a decisão
sobre a responsabilidade do
restaurante depende de a prova estar
evidenciada e disponibilizada para que
possa ser examinada. Uma análise e m
laboratório clínico de uma amostra
daquilo que vocês comeram no
restaurante será o suficiente para
comprovar a responsabilidade
do estabelecimento.
Vocês devem entrar em contato com
agentes da vigilância sanitária, que têm
poder para determinar a coleta de uma
amostra n o próprio restaurante, de
maneira a verificar se a mesma subs-
tância encontrada no organismo de vocês
está presente em itens da cozinha ctesse
estabelecimento.
Esses agentes podem, inclusive,
determinar que restaurantes sejam
fechados ao longo da investigação ou até
que eventuais elementos infecciosos
sejam erradicados do local.
É essencial que vocês ajam
rapidamente. Atrasos e demoras podem
importar em uma interrupção na cadeia
de evidências, o que pode dificultar a
investigação e a prova da contaminação.
Se já se passaram mais de dois dias
sem que você tenha procurado u m
médico, peça orientações aos agentes da
vigilância sanitária sobre o procedimento
a ser adotado.
R e s e r v a p a r a festa
P R e s o l v i comemorar m e u
a n i v e r s á r i o c o m familiares e
amigos n u m a c a s a noturna e, para
isso, combinei c o m a gerente o d i a
da festa, o valor que cada u m de
m e u s convidados teria de pagar
para participar d a festa e fiz a
reserva. Q u a n d o cheguei lá, me
disseram que a m i n h a reserva n ã o
tinha sido confirmada e, por conta
disso, o desconto dos meus convida-
dos n ã o teria validade. Posso pedir
alguma c o m p e n s a ç ã o à casa n o -
turna pelo ocorrido?
R Sim. Você celebrou um contrato
com a casa noturna e esta
descumpriu a sua obrigação. Por
isso você merece uma compensação.
N o caso de você já ter adiantado
algum valor ao estabelecimento pela
realização da festa, terá direito a
ser reembolsado.
Além disso, você tem direito a uma
indenização razoável e proporcional ao
dano, em razão do constrangimento que
sofreu diante de seus familiares e amigos
ao descobrir que a sua reserva não havia
sido confirmada.
 Se vocês acabaram indo para outro
local e lá gastaram mais do que o
previsto a ser gasto na primeira casa
noturna, também poderá pedir uma
compensação por essa despesa.
Consulte um advogado de sua
confiança sobre o procedimento que
deve adotar, no caso de a casa noturna se
recusar a indenizá-lo.
Lembre-se de que e-maifc ou outro tipo
de documento capaz de provar que você
fez a reserva devem ser utilizados como
evidência quanto à celebração do
contrato com a casa noturna.
R e s e r v a e m hotel
P
F i z u m a reserva n u m hotel para
u m feriado na praia, m a s m e u
filho adoeceu e tive de c a n c e l á - l a .
C o m o j á havia feito u m d e p ó s i t o
como s i n a l , o gerente do h o t e l se
recusa a devolver m e u dinheiro.
E l e pode fazer isso?
R
Sim. Quando você faz uma reserva
para um quarto de hotel e essa
reserva é aceita, você está celebrando u m
contrato informal com o estabelecimento.
Este se obriga a lhe disponibilizar u m
quarto nas condições solicitadas e você se
obriga a se hospedar r.a data reservada e a
pagar por esse serviço.
O depósito que você faz em favor d o
hotel é uma garantia, u m sinal de que
você vai aparecer e se hospedar na data
combinada. Se você cancela a sua reserva
em cima da hora, perde o valor
depositado em favor do hotel, como uma
espécie de multa pela quebra d o contrato
por sua parte.
Todavia, para que ele possa reter o seu
depósito é necessário que tal condição
lhe tenha sido informada no momento
em que você solicitou a reserva.
Aviso negando
REGRA DE
responsabilidade OURO
P Hospedei-me num hotel e deixei
na suíte u m a valise com jóias no
valor de R $ 2.000,00, que desapare-
Sempre que
possível, programe
suas viagens de
ceram quando me ausentei do local.
férias e fins de
A gerência do hotel me mostrou um semana com um
aviso na porta do quarto informando agente de viagens,
que o hotel n ã o assumiria a respon- que ficará
sabilidade por objetos perdidos ou responsável pelas
roubados com valor superior a reservas de hotéis,
R S 300,00. Eles podem fazer isso? passagens aéreas
e rodoviárias e
R Não. O hotel não pode negar a também pelo
aluguel de carro.
responsabilidade pelo furto de suas
Se durante a
jóias com base no aviso afixado na porta
viagem alguma
do quarto.
coisa for diferente
\ o momento em que uma pessoa se daquilo que você
hospeda num hotel e deixa sua bagagem escolheu na
no quarto, o hotel assume a posição de agência de viagens
guarda ou depositário dos objetos você poderá
pessoais de seus hóspedes e, por essa solicitar uma c o m -
razão, responde por eventuais perdas e pensação, ainda qu"
danos causados a esses objetos. iudicial, da parte
Contudo, para que você possa exigir da agência de
viagens responsável
que o hotel reembolse o valor de suas
jóias, terá de provar que portava uma
valise com jóias n o momento em que
se hospedou n o hotel.
Você vai ter de provar que estava
de posse de cada uma das jóias que
sumiu, além de provar o valor de cada
uma delas.
No caso de o hotel lhe ter oferecido
u m cofre para guardar objetos pessoais
de valor e, ainda assim, você ter pre-
ferido guardar as jóias no quarto, o seu
pedido pode ser enfraquecido, mas,
mesmo assim, se você provar o que
aconteceu, o hotel será responsabilizado
pelo desaparecimento.

Mudança em
nossa v i a g e m
P M e u agente de viagens
transferiu a reserva, que fizemos
há m a i s de seis m e s e s , para passar o
feriado n u m determinado resort para
outro de categoria semelhante, mas
que n ã o é o de nossa preferência.
Posso cancelar a v i a g e m ?
R Provavelmente, sim. Uma vez que
vocês celebraram u m contrato com
a agência de turismo para a compra de
um pacote de viagens, qualquer alteração
feita pelo agente de turismo implica
alteração contratual, e ela depende da
anuência de vocês.
Portanto, teoricamente, vocês têm
direito a cancelar a viagem e pedir a
restituição de valores já pagos.
N o entanto, é possível que a mudança
de resort tenha uma justificativa razoável,
como, por exemplo, o resort onde vocês
ficariam hospedados estar passando por
obras. Se for esse o caso, vocês devem
levar tal detalhe em consideração.
Além disso, ainda que esse não seja o
hotel de sua preferência, o agente de
turismo conseguiu uma reserva n u m
resort de categoria semelhante ao que
vocês escolheram inicialmente. Isso pode
ser suficiente para minimizar a
responsabilidade da agência de turismo
pela mudança nos planos.
Por outro lado, se a mudança foi feita
sem que vocês fossem informados, de
maneira que só ficaram sabendo que se
hospedariam em outro hotel quando
chegaram ao local, vocês poderão fazer
uma reclamação tormai contra a agencia,
objetivando a compensação por even-
tuais transtornos e prejuízos decorrentes
da modificação.
Lembre-se de que, para isso, vocês terão
de provar que sofreram tais transtornos e
prejuízos, o que pode ser de difícil com-
provação, uma vez que foram levados a
um hotel de mesma categoria.
Obviamente, se a escolha desse resort
foi feita por motivos pessoais, como, por
exemplo, no caso de ter sido esse o
hotel onde você e seu marido passaram
a lua-de-mel, vocês terão mais condi-
ções de pedir uma indenização pela
substituição do hotel realizada pelo
agente de turismo.
Seguro de v i a g e m
P M e u agente de viagens insiste
em dizer que e u tenho de com-
prar o seguro de viagem da agência,
como parte do pacote que estou com-
prando com eles. E l e pode fazer isso?
R \ ã o . Uma agência não pode
obrigar um cliente a contratar o
seguro de viagem oferecido por eles. O
que eles podem fazer é incluir o seguro
no valor total do pacote, desde que tal
medida não onere demasiadamente o
preço desse pacote.
Do contrário, o cliente é livre para
escolher o seguro de sua preferência e, se
for o caso, não escolher seguro algum.
Algumas agendas exigem que o cliente
faça um seguro pelo tempo que irá durar a
viagem, mas a escolha do tipo de seguro e
da seguradora cabe, sempre, ao cliente.
 T a x a s aéreas
P
Reservei u m a p a s s a g e m de
avião para m i n h a f i l h a , que
está viajando para a E s p a n h a , pelo
valor de 800 dólares sem a inclusão
da taxa de embarque. N o m o m e n t o
em que fui pagar a passagem n a
a g ê n c i a onde fiz a reserva, o
operador de turismo me informou
que e u teria de pagar, a l é m das
taxas de embarque, um v a l o r
pela taxa de e m i s s ã o da p a s s a g e m ,
outro pela taxa de combustível
e m a i s outro pela taxa de s e g u r a n ç a ,
o que elevou o p r e ç o final da
passagem para 1.000 d ó l a r e s . S o u
obrigada a pagar essas taxas?
R
Sim. As companhias aéreas come-
çaram a cobrar u m valor correspon-
dente à taxa de segurança e de combus-
tível a partir de julho e agosto de 2004.
A justificativa dessa cobrança feita pelas
companhias aéreas, em se tratando de
vôos internacionais, é, no caso da taxa de
segurança, o perigo de atentados terroris-
tas como os que foram praticados nos últi-
mos anos com O uso de aeronaves civis.
Já a taxa de combustível é justificada
pela freqüente oscilação do preço do
petróleo, o que estaria encarecendo
demasiadamente as viagens aéreas.
O valor da taxa de segarança costuma
girar em tomo de dez dólares, ao passo que
o valor da taxa de combustível costuma
variar entre trinta e dnqüenta dólares.
A taxa de emissão, cobrada em alguns
casos, diz respeito à despesa que a com-
panhia aérea teria ao realizar e lançar a
reserva do passageiro no sistema. Essa
taxa, que normalmente tem o valor de
cinqüenta dólares, é cobrada mesmo nos
casos em que o passageiro viaja com u m
bilhete eletrônico, isto é, quando a com-
panhia aérea não emite os vouchers refe-
rentes à passagem, já que basta que o
passageiro se dirija ao guichê da com-
panhia aérea com o código da sua reserva
pnrn que r i r possa fazer n rhrrk-m.
S E G U R O D E V I A G E M - VOCÊ ESTÁ COBERTO?
As apólices de seguro de viagem variam quanto à cobertura
que oferecem. Você deve ler toda a apólice antes de assinar
o contrato. No caso de estar solicitando o serviço per telefone
ou pela Internet, peça que uma cópia da apólice lhe seja
enviada para que você possa ler e conferir todos os detalhes
da cobertura.
A cobertura do segurado normalmente é e m relação a:
• Doença ou ferimento enquanto você estiver viaiando.
• Perda ou roubo de objetos pessoais.
• Perda ou roubo de dinheiro, cartões de crédito e
traveler's checks.
• Cancelamentos e diminuição na duração da viagem.
Nesse caso, normalmente para a cobertura é necessário
que você tenha contratado o seguro logo após a reserva da
passagem aérea.
• Atraso e perda de vôos e conexões.
• Responsabilidade c i v i l contra danos a terceiros.
• Gastos com a viagem de um parente, no caso de o
segurado precisar f i c a r hospitalizado por longo período.
As apólices-padrão de seguro costumam excluir
da cobertura perdas e danos causados p o r :
• Impossibilidade de o segurado obter um passaporte ou visto.
• Taxas referentes ao câmbio de moedas.
• Acidentes causados quando da prática de esportes radicais
• Comportamento deliberado adotado pelo segurado que
aumentou os riscos de danos, como consumo excessivo
de álcool e uso de outras substâncias entorpecentes.
• Problemas associados, direta ou indiretamente,
à Aids/HIV.
• Eclosão de guerra ou outros conflitos armados, além de
perturbações civis no local em que o segurado se encontra.
Uma vez que a companhia aérea
decida cobrar essas tarifas, você não terá
alternativa senão pagá-las, para que
possa viajar.
Propaganda enganosa
P V i u m a n ú n c i o no j o r n a l de t u -
r i s m o sobre u m pacote de v i a -
gem por R $ 8 7 5 , 0 0 . Q u a n d o fui à
agência fazer a reserva, m e infor-
m a r a m sobre a s t a x a s e x t r a s que e u
deveria pagar, o q u e elevou o valor
do pacote p a r a R$ 1.100,00. E l e s
podem f a z e r i s s o ?
R Sim, embora essa prática não seja
considerada leal e, dependendo
do caso, possa configurar propaganda
enganosa (aquela inteira ou parcial menti.'
falsa, capaz de induzir a erro o consumi-
dor no que diz respeito a características
do produto ou serviço, preço, condições
de pagamento, entre outros elementos).
É c o m u m que, em anúncios de
viagens, as agências coloquem u m
asterisco no preço, com uma informação
em letras miúdas alertando para o fato
de que o valor anunciado não inclui taxas
de embarque, além de outras taxas
cobradas pela companhia aérea.
Também é comum que o preço anun
ciado seja o preço inicial. Nesse caso, o
anúncio normalmente estipula um preço
"a partir" de determinado valor.
Obviamente, se a diferença entre
o valor anunciado e 0 valor cobrado
for considerável, você terá direito a
reclamar do anúncio como sendo
uma propaganda enganosa.
O Código de Defesa do Consumidor
dispõe que a própria agência de viagens
terá de provar que a sua propaganda
era legítima.
Caso você se sinta lesado, procure um
advogado de sua confiança e discuta a
possibilidade de entrar com uma ação de
reparação de danos.
Cancelamento
de depósito
P
R e s e r v a m o s u m pacote de
v i a g e m para percorrer toda
a E u r o p a e pagamos u m valor
no c a r t ã o de crédito, como s i n a l .
Acontece que a a g ê n c i a de viagens
n ã o estava credenciada n a E m b r a t u r
e e s t á e m processo de f a l ê n c i a . S e r á
que existe a possibilidade de
reavermos nosso d i n h e i r o ?
I I I. pouco provável. A nao sei que- d
I V administradora do cartão ainda não
tenha repassado o valor referente ao
sinal à agência de viagem, será muito
difícil para vocês reaver o valor pago.
Se a agência de viagens realmente está
em processo de falência, vocês terão de
esperar que todos os credores
preferenciais da agência recebam o que
lhes é devido para que, no caso de ainda
ter restado algum patrimônio capaz de
saldar as demais dívidas, vocês possam
receber a quantia gasta com a viagem
que não se realizou.
Consulte u m advogado ou entre em
contato com a Defensoria Pública local e
se informe sobre os seus direitos.
C a b i n e inadequada
P A o fazer u m a reserva n u m
cruzeiro, informei que sou
deficiente física e uso uma cadeira
de r o d a s . A a g ê n c i a de viagens
garantiu que e u teria acesso a todos
os lugares c o m a cadeira, m a s
quando embarquei, fui informada
de que a cabine estava situada n u m
andar alto e que o acesso a
restaurantes e a outras a t r a ç õ e s n ã o
era adequado à cadeira, de m a n e i r a
que e u n ã o poderia desfrutar de tais
entretenimentos. O s organizadores
n ã o s ã o obrigados a oferecer
a c o m o d a ç õ e s propícias a pessoas
com deficiência física?
R Em princípio, sim. A legislação
brasileira determina que lugares
destinados a cultura, esporte e lazer
ofereçam acesso a deficientes físicos que
façam uso de cadeira de rodas.
O grande problema é que, muitas
vezes, os navios em que são realizados os
cruzeiros pertencem a companhias
estrangeiras, o que dificulta a fiscalização
e aplicação da lei.
Fbr essa razão, o que você deve fazer
ao reservar uma viagem de navio é entrar
em contato com os responsáveis pelo
cruzeiro e pedir uma descrição minuciosa
sobre as facilidades oferecidas a
deficientes físicos.
Obviamente, se lhe for garantido que o
navio está equipado para atender às
necessidades de usuários de cadeira de
rodas e, ao embarcar, você perceber que
foi enganado, terá elementos suficientes
para entrar com uma ação de reparação
de danos.
N o seu caso específico, se a sua
agência de \iagens garantiu que essas
facilidades seriam oferendas e isso não
aconteceu, é provável que você possa
entrar com uma ação reparatória contra a
própria agência de viagens que lhe
vendeu um produto enganoso.
Lembre-se de que se você fez
solicitações específicas para que a sua
locomoção fosse facilitada dentro do
navio e recebeu alguma confirmação por
escrito, deverá usar esse documento
como prova da quebra de contrato.
Time-sharíng
P
Q u a n d o estava r e s e r v a n d o u m
pacote de viagem p a r a a m i n h a
família em O r l a n d o , a o p e r a d o r a
de v i a g e m m e ofereceu estadia
n u m resort n a Flórida, p o r meio
do s i s t e m a de time-sharing. C o m o
a oportunidade me p a r e c e u boa,
r e s o l v i a c e i t á - l a . D e p o i s u m amigo
me d i s s e que a troca de v a g a s nesse
resort por outros é m u i t o difícil. E u
posso desistir do n e g ó c i o ?
R Isso vai depender de u m a cláusula
de desistência no contrato que você
assinou com a agência de viagens ou
representante d o time-sharíng.
Essa cláusula determina o período
dentro do qual o cliente pode desistir do
negócio, de maneira a reaver aquilo que
já tenha sido pago.
Esse período de desistência varia de
acordo com a«= regras do país cm que o
TIME-SHARING, PACOTE
DE FÉRIAS E RESORTS
Nesse sistema, o interessado c o m p r a o direito à hospedagen
por uma semana ao ano em u m determinado resort.
Esse sistema, t a m b é m c h a m a d o de tempo c o m p a r t i l h a d
de hospedagem, permite que os vários proprietários desse
plano possam utilizar o local de férias e m momentos pred
terminados e compatíveis c o m a escolha uns dos outros.
A l é m disso, através do sistema de time-sharing existe a
possibilidade da troca de uma semana de hospedagem no
resort contratado por vagas em outros hotéis, de maneira a
variar o local das férias, e, em alguns casos, é até possível
trocar uma semana de hospedagem em u m sistema de ponti
que oferece passagens de avião e aluguel de carros.
O preço de uma unidade costuma variar em torno de 7.00C
dólares, e é inferior ao que uma pessoa gastaria com hotéis
se viaiosse por uma semana a cada ano, por vinte anos.
Para quem viaia com a f a m í l i a , a economia parece certa,
iá que cada unidade de time-sharing abriga de quatro a
seis pessoas.
Outro vantagem do time-sharing é a qualidade e variedad
de hotéis.
Por outro lado, esse sistema oferece muitas desvantagens,
entre elas o prazo de antecedência com que o interessado pn
cisa agendar suas férias, iá que aqueles turistas que preten-
dem conseguir vagas nos hotéis mais procurados precisam
fazer a reserva com pelo menos dois anos de antecedência.
Os interessados também devem estar atentos às
estipuloções contratuais no momento de assinar o contrato.
E m b r a t u r recomenda que os contratos de time-sharing seia
claros quanto às condições da rescisão. Isso só vale, contudc
para empresas com sede no B r a s i l .
Para evitar maiores problemas, ao contratar o serviço de
time-sharing no exterior, certifique-se de que, em caso de
arrependimento, você poderá contar com representantes da
empresa vendedora aqui no país.
representante do time-sharing está
baseado, mas, em geral, o cliente tem dez
dias úteis para desistir do negócio.
Se você assinou o contrato há menos
de dez dias úteis, tem todo o direito de
desistir e pedir a restituição dos valores
que já pagou para utilizar esse serviço.
Caso contrário, é possível que você
tenha de pagar uma multa contratual
para que possa rescindir o contrato.
Obviamente, essa multa dependerá de
provisão rnntrnhinl.
 Dicas e curiosidades sobre viagens
JEITINHO BRASILEIRO
Uma pesquisa encomendada
pela E m b r a t u r e realizada em
2002 pela Fipe (Fundação Insti-
tuto de Pesquisas Econômicas),
da Universidade de São Paulo
( U S P ) , traçou u m perfil do via-
jante b r a s i l e i r o e revelou dados
interessantes sobre o nosso
ieitinho brasileiro de viajar.
Estes são alguns destaques:
• 46,9% dos brasileiros realizam al-
gum tipo de viagem regularmente.
• 65,7% das viagens de lazer são
para visitar amigos.
• Outros 21,5% responderam
que o objetivo da viagem é a
fuga da rotina.
• 29% dos brasileiros v i a j a m
por motivos profissionais.
• O carro próprio é o principal
meio de transporte de quem faz
turismo interno. E m seguida, a
preferência fica c o m os aviões.
DICAS PARA A M U L H E R QUE
ESTÁ SOZINHA V I A J A R
TRANQÜILA
1. É possível v i a j a r sozinha
para qualquer país, mas é
preciso levar e m consideração
que há regiões no mundo onde a
mulher desacompanhada ainda
enfrenta tantas restrições no
dia-o-dia que a v i a g e m acaba
perdendo a graça. É o caso de
alguns países muçulmanos. E m
viagens para destinos menos
óbvios, o melhor que a mulher
desacompanhada t e m a fazer é
se encaixar em uma excursão.
Pode não ser a opção ideal para
a mulher independente, mas é
prática e segura.
2. E m alguns poises, os homens
costumam ser m a i s atirados.
Já é folclórico o estilo
galanteador de gregos, italianos
e espanhóis. Indianos e
muçulmanos não f i c a m muito
atrás quando se trata de estar
diante de u m a mulher sozinha.
Motoristas de t á x i , a l é m de
vendedores de lojas, costumam
ser bastante inoportunos. Evite
dar m a r g e m para muita con-
versa. Se você não dominar o
idioma local, um olhar sério e
decidido dispensa tradução.
3. Albergues, pousadas e os
chamados bed & breakfast
recebem com maior freqüência
mulheres que estão viajando
sozinhas. A l g u m a s mulheres
preferem se hospedar em hotéis
de grande porte, onde é mais
fácil passarem despercebidas.
Qualquer que seia a sua prefe-
rência, procure se hospedar
num local movimentado.
4. Lembre-se de que nos países
islâmicos as mulheres não
podem c i r c u l a r com braços e
pernas à mostra e, e m alguns
casos, é necessário cobrir os
cabelos. Ademais, em outras
portes do mundo as mulheres
não podem e n t r a r em templos
religiosos com tops e saias
curtas, inclusive no verão.
5. Quando estiver andando pela
cidade, seia de noite ou de dia,
demonstre segurança, como se
você conhecesse bem a cidade
em que se encontra. Por isso, só
vá para a rua depois que t i v e r
estudado bem o caminho que
deseja percorrer.
6. E m se tratando da bagagem,
a m u l h e r que está viajando sem
acompanhante deve levar a
menor e mais leve possível,
para que não precise pedir
aiuda a ninguém. E m
aeroportos, estações de t r e m e
pontos de ônibus, toda atenção é
pouca ao vigiar sua bagagem.
Evite carregar casacos,
cãmeras fotográficas e bolsas,
pois o risco de perder a l g u m
item é grande.
7. O meio de transporte mais
seguro para a mulher
desacompanhada é o avião,
onde, dificilmente, ela será
importunada. Se estiver
viaiando de t r e m ou de ônibus,
procure sentar-se p r ó x i m o a
famílias ou casais.
B. infelizmente, a mulher
brasileira ainda é vista como
objeto sexual e m alguns países
do mundo. Para evitar
transtornos, adote uma postura
séria e decidida e evite usar
roupas muito coladas ao
corpo e decotadas, de modo
a desencorajar qualquer
contato malicioso.
9. Se você pretende sair à noite,
mesmo estando
desacompanhada, peça dicas às
funcionárias do hotel onde
estiver hospedada. A l é m disso,
é aconselhável fazer uma
pesquisa na Internet antes
de v i a i a r .
10. As medidas de segurança a
que a mulher independente que
está viaiando sozinha deve
obedecer são aquelas que todos
nós devemos adotar e m grandes
cidades, entre elas: procure
chegar sempre durante o dia ao
seu local de destino; se estiver
perdida, peça aiuda a quem tra-
balha e m lojas ou a quem faz
o policiamento das r u a s ;
mulheres com idosos ou
crianças costumam ser fontes
seguras de informações; no
hotel, nunca abra a porta do
quarto se não souber quem está
batendo e o motivo da v i s i t a ;
leve na bolsa apenas a cópia
dos documentos e não guarde o
dinheiro em u m único lugar.
 COMO F A Z E R L O N G A S V I A G E N S D E AVIÃO C O M A L G U M
A N T E S DE VOAR
Se você vai encarar uma longa
v i a g e m de avião e nãc é u m
felizardo que viaia nrj classe
executiva ou, melhor ainda, na
p r i m e i r a classe, você deve
adotar alguns cuidados
especiais para viaiar c o m u m
m í n i m o de conforto.
No dia antes de voar, procure
d o r m i r bem. As dificuldades
com o fuso horário podem ser
amenizadas se você conseguir
ajustar o seu relógio biológico
(indo para a cama mais tarde
ou m a i s cedo) conforme a hora
do local do seu destino f i n a l .
U m pouco de exercício, como
uma pequena caminhada pelo
t e r m i n a l do aeroporto após o
check-in, pode aiudar você
a relaxar.
Opte por uma refeição leve no
dia anterior à sua partida. Beba
bastante água e poucc, ou quase
nenhum, álcool, café O J chá.
Faça suas refeições levando
em consideração a hora do local
para onde você está v b j a n d o .
Use roupas confortáveis e
l a r g a s (aquelas corn Fibras
naturais são as m e l h o r e s ) . O
m e s m o se aplica aos sapatos
que você vai usar. Lsmbre-se
de que o corpo incha durante
o vôo, p r i n c i p a l m e n t e os
pés. A l é m disso, u m bom
h i d r a t a n t e é indicado para
proteger sua pele do ar
seco do avião.
D U R A N T E O VÔO
Não se sente durante muito
tempo na mesma posição.
Evite sentar-se com as pernas
cruzadas, pois isso restringe
a circulação.
Procure estimular a
circulação sangüínea
levantando-se do seu assento e,
sempre que for possível,
procure dar pequenas
caminhadas pela cabine do
aeronave, esticando as pernas e
os braços. Você pode se sentir
mais confortável se estiver
sem sapatos.
Evite a ingestão de comidas
pesados d u r a n t e o vôo. Beba
bastonte água e pouco álcool e
café. Isso o a i u d a r á a d o r m i r
melhor e a se sentir bem
quando chegar ao seu destino.
VOCÊ T E M M E D O D E V O A R ?
Uma pesquisa recente
demonstrou que 30% dos adultos
têm medo de voar, emboro seia
CONFORTO
infinitamente menos perigoso
v i a i a r de aviõo do que na
m a i o r i a dos outros meios
de transporte.
A causa mais freqüente
desso fobia é o fato de o
passageiro ter de confiar
plenamente na aeronave, nos
pilotos e na equipe de bordo.
Por mais difícil que seja,
procure se l e m b r a r de que
você está sendo "confinado"
por uma equipe extremamente
competente e m uma aeronave
altamente sofisticada, obieto
de controle e fiscalização
severos. As aeronaves são
construídas para enfrentar
todo tipo de turbulência.
Se você t a m b é m t e m esse
medo, procure r e l a x a r . Incline
sua poltrona e tente relaxar ao
m á x i m o todo o corpo, toda a
m u s c u l a t u r a . Respire devagar,
inspirando o a r pelo nariz,
deixando-o descer até o
eslòmago e segure-o lá por três
segundos. E x p i r e lentamente.
Repita esse exercício dez vezes.
Uma conversa, a l e i t u r a de
u m bom l i v r o ou r e v i s t a ,
assistir a u m f i l m e ou ouvir u m
POJCO de música pode aiudá-lo
a relaxar.
 Espaço e m construção aamissivel que os hospeues paguem por
serviços que não foram disponibilizados.

P R e s e r v a m o s u m hotel p a r a
n o s s a s férias. D e acordo c o m o
prospecto oferecido na a g ê n c i a de
viagens, o hotel possuía u m a m p l o
e s p a ç o destinado a atividades
de l a z e r e r e c r e a ç ã o . Q u a n d o
chegamos lá, descobrimos que a
academia de ginástica, bem como
as q u a d r a s de esportes e outros
s e r v i ç o s de spa, estavam em
c o n s t r u ç ã o . T i v e m o s de p a g a r para
fazer e s s a s atividades n u m clube
a dez q u i l ô m e t r o s do hotel.
Solicitamos u m desconto no valor
de n o s s a s diárias, mas o gerente do
hotel se negou a fazer q u a l q u e r
abatimento. E l e s podem fazer isso?
No momento em que um hotel divulga
os serviços que disponibiliza para seus
hóspedes e eles fazem uma reserva
nesse hotel, é realizado um contrato
em que o hóspede se obriga a chegar
na data ajustada, ficar até o fim do c o m -
binado e, obviamente, a pagar por isso.
Por sua vez, o hotel deve disponibilizar
as acomodações reservadas, bem como
os serviços oferecidos no prospecto
de divulgação.
Se uma dessas obrigações não é
cumprida por qualquer das partes,
ocorre uma quebra contratual que deve
ser indenizada.
Você deve juntar todas as evidências
que conseguir, como, por exemplo, o
prospecto do hotel incluindo as tais

R Provavelmente, não. Se o hotel

anunciou que oferecia tais serviços e
os incluiu no valor da diária, não é
atividades no valor da diária, além de
evidências de que esses serviços não
foram oferecidos, como, por exemplo,
fotografias da piscina em construção e do
espaço destinado à recreação interditado.
No caso de a administração do hotel
realmente se recusar a negociar u m
QUE HISTÓRIA VIU? PELO
desconto no valor da diária, você deverá
É ESSA?/ MENOS A SUA
eu TlHHA PASO entrar em contato com um advogado de
CARTEIRA ZÁ
ADIANTADO PICOU MENOS sua confiança para pedir orientações
PELO USO PA PESAVA/ quanto às medidas jurídicas cabíveis.
ACADEMIA/
PLANO DE AÇÃO
1 Ao retornar à sua casa, entre em
rWiSOJ contato com a agência de viagens e
relate o acontecido, juntando ao relato
ACADE/UfA as evidências que coletou.
/ 1 DO HOTEL
FECHADA 2 Se a agência não puder interceder
2-,
PAPA OBRAS / por você, procure um advogado e
consulte-o sobre a possibilidade de
entrar com uma ação reparatória de
danos contra o hotel.

3 Se você realmente decidir entrar

<&=> com uma ação reparatória de danos,
deverá incluir no seu pedido o reem-
bolso do valor pago pelos serviços que
não foram oferecidos, bem como um
valor razoável pelo transtorno que você
e sua família tiveram para se deslocar
até o clube onde praticaram suas
atividades físicas.
Prospecto enganador
P F i z e m o s reserva n u m hotel de
praia descrito como p a r a d i s í a c o ,
mas, ao chegar lá, descobrimos que
o hotel ficava a poucos q u i l ô m e t r o s
do aeroporto, longe do m a r e s e m as
facilidades descritas no prospecto.
Ficamos decepcionados e revoltados
por termos gasto tanto dinheiro com
u m a viagem que não valeu a pena.
N o s s a a g ê n c i a de viagens não é
obrigada a nos reembolsar?
R Sim. Mas para isso você terá de
provar que no momento em que
pagou pela viagem não foi informado
sobre a localização do hotel e que
acreditava que o hotel ofereceria os
serviços e amenidades divulgados.
Mo momento em que você compra
um pacote de viagem, escolhe o hotel
de acordo com a descrição que lhe é
oferecida, seja por meio de fotografias,
seja por meio de u m prospecto.
Se você foi enganado quanto às
características do hotel, certamente tem
direito a u n a reparação, em razão da
quebra de contrato.
TAXAS DE E M B A R Q U E
Vale informar ao passageiro que, mesmo com
bilhete emitido, muitas vezes ele ainda terá de
pagar taxe de embarque, no caso de esse
pagamento não ter sido adiantado à agência de
viagens ou companhia aérea. Se ela estiver incluída
no volor da passagem aérea no Brasil, provavel-
mente não vai estar no trecho do exterior.
É importante esclarecer ao passageiro que a
taxa de embarque é uma t a r i f a aeroportuária
recolhida pela Infraero, para uso das instalações
do aeroporto.
Essas taxas são cobradas em todos os aeroportos
do mundo.
Será necessário apurar se a agência
de viagens tinha conhecimento das
reais condições do hotel. Se for esse o
caso, você poderá entrar com uma ação
de reparação de danos contra o hotel
que fez a propaganda enganosa e
contra a agência de viagens que agiu de
má-fé ao colocar à venda u m pacote de
viagem cuja descrição não eqüivalia
à realidade.
R e e m b o l s o por perda
de conexão
P M e u vôo do R i o para Brasília
atrasou muito e, por isso, perdi
a c o n e x ã o para M a n a u s , que seria
realizada por outra companhia
a é r e a . Tenho direito a reembolso?
R É pouco provável, já que você
celebrou dois contratos com duas
companhias aéreas distintas. Por esse
motivo, a companhia aérea responsável
pelo primeiro trecho da sua viagem não
era responsável por assegurar que você
chegasse a tempo de sua conexão.
A Associação Internacional de
Transportes Aéreos recomenda que, em
caso de atrasos de vôos, as companhias
aéreas disponibilizern lugares em outros
vôos após o passageiro perder a conexão,
ou mesmo que essas companhias
No B r a s i l , o valor em reais é, em média,
o equivalente a 36 dólares por bilhete aéreo.
Nos E U A , nos aeroportos da Flórida e d e Nova
Y o r k , por exemplo, o valor da taxa esto em
torno de 40 dólares.
U m a boa dica é deixar o dinheiro separado.
Há companhias aéreas que não aceitam cartão
de c r é d i t o , uma vez que o valor terá de ser
repassado ao órgão que a d m i n i s t r a o aeroporto.
Nos vôos domésticos, as taxas costumam ser
menores. No Brasil, custam no máximo R$ 10,00.
Nos casos de viagens e m navios, também é c o b r a d *
dos passageiros a chamada t a r i f a portuária.
 reembolsem os passageiros pelos
prejuízos causados.
Todavia, no seu caso, a primeira
companhia aérea não era responsável
pela garantia de sua conexão em Brasília,
mas apenas por transportá-lo até Brasília
dentro de um limite razoável de tempo.
Há de se levar em consideração que as
causas do atraso nem sempre podem ser
atribuídas à companhia. Condições
climáticas e até o tráfego aéreo podem
provocar atrasos nos vôos.
Normalmente, quando o atraso é
considerável, as companhias aéreas são
obrigadas a oferecer alimentação e, se for
caso, hospedagem aos passageiros que
estão aguardando o vôo.
Você poderá tentar obter algum
tipo de compensação da companhia
aérea responsável pelo atraso. Para isso,
consulte seu advogado sobre seus
direitos, no caso de a companhia se
recusar a entrar em u m acordo com você.
Vôo d e s v i a d o
P M e u v ô o foi desviado para
u m a c i d a d e p r ó x i m a ao destino
original e t i v e de e s p e r a r por
AS L E T R A S MIÚDAS DA P A S S A G E M AÉREA
puelas linhas impressas em letras miúdas normalmente
"icontradas no verso da sua passagem aérea estabelecem as
andições que você aceito ao pagar por ela, b e m como os
reitos que você t e m em relação às obrigações das
ampanhias aéreas. Essas condições dizem respeito ao contrato
3 transporte aéreo que você está celebrando.
Os termos e condições impostos pelas companhias aéreas
í s p e i t a m o disposto pela Convenção de Varsóvia, além de
Jtros acordos internacionais envolvendo questões relativas a
• xas, câmbio, emissão de passagem, cancelamentos,
sembolsos e check-in.
Essas condições implicam o fato de que você não poderia
s d i r qualquer compensação, além do que estiver previsto a l i ,
~n razão de prejuízos, frustração ou constrangimento causados
3 passageiro por atrasos nos vôos, o que à luz do Código de
efesa do Consumidor é altamente questionável.
muitas h o r a s a t é q u e c o n s e g u i s s e
u m ônibus que me l e v a s s e ao m e u
local de destino. A c o m p a n h i a
aérea não nos prestou qualquer
tipo de a u x i l i o . E l e s p o d e m se
negar a nos r e e m b o l s a r pelo
prejuízo c a u s a d o ?
R Pouco provável. Uma vez que a
companhia aérea está obrigada a
transportar seus passageiros até o local de
destino contratado, ela fica responsável
em conseguir u m outro vôo para seus
passageiros, em caso de desvio de rota.
Se isso não for possível, a comoanhia
aérea deverá providenciar que o
transporte seja feito de outra maneira e
na impossibilidade de se concretizar esse
transporte, a empresa deve providenciar
acomodação para os passageiros no local
para onde o avião foi desviado até que
seja possível o transporte para o local
contratado, ou, ainda, poderá oferecer
uma compensação financeira pelo
imprevisto.
N o seu caso, a companhia aérea
estava obrigada a prestar algum tipo de
auxílio a você e aos demais passageiros,
como providenciar um ônibus para levá-
los ao destino final ou mesmo arranjar-
lhes acomodações.
Obviamente, se o vôo foi desviado em
razão de condições climáticas
desfavoráveis, a companhia aérea não
poderia ser responsabilizada pelo
ocorrido, embora problemas como esse
estejam dentro de uma cadeia de
possibilidades de ocorrências que devem
ser levadas em consideração pelas
companhias aéreas, a fim de que possam
se preparar e oferecer a seus passageiros
u m a alternativa razoável em situações
como esta.
Se a companhia aérea realmente se
negar a reembolsar as despesas que você
teve com o transporte de ônibus, procure
o Juizado Especial Cível mais próximo da
sua casa para consultar sobre a possibi-
lidade de entrar com uma ação repa-
ratória em face da empresa aérea.
 Vôos a t r a s a d o s
P M e u vôo para M i a m i a t r a s o u
por mais de 1 2 horas e m razão
de problemas apresentados pela
aeronave. A companhia a é r e a se
recusou a nos oferecer estadia num
hotel ou mesmo u m a refeição ou
reembolso referente à s despesas
que tivemos com o atraso. E l e s
podem fazer isso?
R Em regra, não. A Convenção de
Varsóvia, que trata do transporte
aéreo internacional, estabelece que as
companhias aéreas devem tomar as
devidas providências caso seus
passageiros não sejam transportados ao
local de destino n u m período de tempo
razoávei, desde que as razães do atraso
possam ser atribuídas a essas
companhias, como, por exemplo,
problemas mecânicos corr a aeronave.
N o entanto, essa mesma convenção
informa que, se a companhia aérea
adotar todas as medidas para evitar o
atraso, ela não estará obrigada a pagar
qualquer indenização aos passageiros.
Fbr outro lado, o Código de Defesa do
Consumidor brasileiro vislumbra a res-
ponsabilidade das companhias aéreas
numa situação como essa, ainda que a
causa do problema não possa ser dire-
tamente relacionada a essa companhia.
Por essa razão, os passageiros que
enfrentam longos atrasos têm de ser
compensados pelo inconveniente, ou, no
mínimo, têm direito a u m vale-refeição
para que possam se alimentar no
aeroporto, e, dependendo da duração do
atraso, têm ainda direito a hospedagem
custeada pela companhia aérea.
Consulte um advogado de sua
confiança sobre os direitos que você tem
e sobre a possibilidade de ajuizar uma
ação reparatória de danos contra a
companhia aérea.
Vôo lotado
P M e u namorado e e u r e s e r v a m o s
u m v ô o p a r a F o r t a l e z a . Nos
apresentamos no g u i c h ê d a com-
panhia a é r e a p a r a o check-in com
duas h o r a s de a n t e c e d ê n c i a , mas a n -
tes de embarcarmos f o m o s avisados
de que o vôo estava l o t a d o , devido a
u m overbookittg, e fomos i m p e d i d o s
de embarcar. Podemos p e d i r uma
indenização à c o m p a n h i a ?
F R A N Q U I A P E R M I T I D A N O S VÔOS
NACIONAIS E INTERNACIONAIS
DOMÉSTICOS
Nas linhas domésticas, a franquia
de bagagem por passageiro é de:
• Trinta quilos para a p r i m e i r a classe.
• Vinte quilos para as d e m a i s classes.
• Dez quilos para as aeronaves de até vinte assentos.
A franquia de bagagem não pode ser usada para transporte de
animais vivos.
Nas linhas domésticas em conexão com linhas internacionais,
quando conjugados os bilhetes de passagem, prevalecerá o
sistema correspondente ao limite de franquia de bagogem
estabelecido paro as viagens internacionais.
Para crianças de colo que não ocupam um assento, você deve
consultar a franquia com a companhia aérea. Normalmente,
nesse caso, é permitido o transporte de um carrinho de bebê
(do tipo desmontável, que se fecha totalmente), ou de uma
cesta para acomodar o bebê.
INTERNACIONAIS
Nas linhas internacionais, a franquia de bagagem por
passageiro adota o sistema de peças (ou volumes). Assim,
de acordo com a r e g r a , o passageiro pode transportar até 2
peças (ou 2 volumes) pesando no m á x i m o u m total de 64 kg.
Antes de viaiar, consulle a empresa áerea, pois pode haver
mudanças na franquia permitida de acordo com o destino.
Notas
• As viagens com destinos para países do Mercosul são
consideradas vôos domésticos, por isso seguem as mesmas
regras de franquia acima.
• E m todos os casos a bagagem de mão não pode ultrapassar
5 kg por medida de segurança.
 REGRA DE K Sim.Vòces podei ao pedir a restituição
do valor pago pela passagem ou
poderão optai pelo pedido de vagas no
OURO
próximo vôo para o mesmo destino.
Tome nota do peso A reclamação deverá ser feita contra a
de sua bagagem, companhia aérea que descumpriu o
uando você fizer o contrato de compra e venda da passagem
heck-in. Você pode aérea com você e seu namorado.
precisar dessa Uma vez que vocês tinham feito a
informação caso reserva no vôo com antecedência, a
sua bagagem se
companhia aérea tinha a obrigação
extravie e você
contratual de transportá-los até Fortaleza,
resolva pedir uma
indenização à
e como isso não foi feito em razão de a
companhia aérea. companhia haver vendido mais lugares
do que tinha disponíveis no vôo, ela
agora fica obrigada a lhes compensar de
alguma maneira.
Caso vocês optem por viajar no próximo
vôo, a companhia aérea terá de arcar com
as eventuais despesas de hospedagem e
alimentação até que vocês possam
embarcar no vôo seguinte.
Se a viagem em vôo diverso não
for possível, vocês têm direito a u m
reembolso proporcional à quantia gasta
com as passagens e, se for o caso, tal
reembolso poderá incluir os prejuízos
que vocês tiverem com hotéis e perda
de compromissos.
Bagagem extraviada
P M e u v ô o chegou ao s e u destino
no momento a j u s t a d o , m a s a
m i n h a bagagem, dois dias depois,
o que fez com que e u tivesse de
gastar u m a considerável quantia
e m dinheiro para c o m p r a r roupas
e objetos de uso p e s s o a l . A c o m -
p a n h i a a é r e a se r e c u s a a me r e e m -
bolsar, já que, embora dias depois,
recebi m i n h a bagagem intacta.
E l e s podem fazer isso?
R Não. A Convenção de Varsóvia
determina que as companhias
aéreas indenizem os passageiros que
tiverem suas valises extraviadas durante
a viagem.
L s b d indenização d e v e uicluu aao
somente u m valor estimado e m relação à
bagagem extraviada, mas também as
despesas que o passageiro teve ao
comprar novas roupas, além de outros
objetos pessoais.
N o que tange ao valor da indenização
em relação aos objetos extraviados com a
mala de viagem, esse valor,
normalmente, é estimado com base no
peso da bagagem, haja vista que o
passageiro dificilmente tem como provar
0 que havia dentro da sua bagagem.
Obviamente, no seu caso, você não
receberá uma indenização integral, uma
vez que a sua bagagem foi localizada e
enviada a você com todos os seus
pertences. A sua indenização deve ser
proporcional aos artigos mais urgentes
que você teve de comprar.
E preciso esclarecer que, embora o
Brasil seja signatário da Convenção de
Varsóvia, o Código de Defesa do
Consumidor possui regras mais
favoráveis aos passageiros que tiveram
sua bagagem extraviada.
Logicamente, a legislação brasileira só
poderá ser aplicada se a passagem foi
comprada no Brasil e se a origem do vôo
tiver sido o Brasil.
Consulte um advogado para que você
possa obter orientações sobre o
procedimento que deve adotar para obter
uma compensação justa.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se a sua bagagem não aparecer na
esteira rolante, diriia-se ao guichê da
companhia aérea, com o comprovante
de que a bagagem foi despachada,
e faça uma reclamação formal sobre
o desaparecimento de sua bagagem.
2 A companhia aérea irá lhe fornecer
um comprovante de que a sua
reclamação foi registrada e anotará
seus dados para que possa entrar em
contalo com você no casa de sua
bagagem ser localizada.
3 Algumas companhias aéreas
adiantam um valor em dinheiro para
que o passageiro possa comprar
roupas e objetos pessoais, por isso,
pergunte no guicfiê da companhia se é
esse o caso. Obviamente, tal valor
será deduzido da indenização final,
se a bagagem for encontrada.
4 Caso sua bagagem não seja
localizada, você deverá entrar em
contato com a sua seguradora, se tiver
um seguro de viagem que cubra
extravio de bagagem, e solicitar uma
indenização pelo extravio. Todavia,
se a companhia aérea o indenizar,
você dificilmente terá direito a obter
qualquer quantia do seu seguro
de viagem.
5 Se nenhuma indenização lhe for
oferecida, você terá de entrar em
contoto com j m advogado para que
seja ajuizada uma ação reparatória
de danos.
A s s e n t o s separados
|D Ao r e s e r v a r u m v ô o , p e d i m o s à
* companhia a é r e a que a n o s s a
família de dois a d u l t o s e t r ê s
crianças sentasse junta. Quando
e s t á v a m o s fazendo o check-in,
fomos i n f o r m a d o s de que
§1
sentaríamos separados. Poderíamos
ter insistido para que outros
passageiros trocassem de lugar,
de maneira que pudéssemos
sentar juntos?
R Provavelmente, não. A não ser, é
claro, que você tivesse recebido uma
confirmação por escrito da companhia
aérea referente à sua reserva com a indi-
cação dos lugares em que vocês sentariam.
Não é muito comum que as
companhias aéreas façam reservas cie
assentos com muita antecedência.
Normalmente, a reserva de lugares é feita
no momento do chcck-in, isto é,
momentos antes de embarcar.
Por isso, 0 ideal é chegar ao aeroporto
u m pouco antes do previsto, para que
você e sua família possam escolher os
lugares onde querem sentar.
Passageiros com necessidades
especiais, aqueles que viajam com
crianças ou aqueles muito altos devem
ser os primeiros a fazer o check-in, de
maneira que possam ter mais opções no
momento de escolher os lugares
na aeronave.
R e s e r v a pela Internet
P R e s e r v e i um v ô o para Porto
Alegre com u m a companhia
a é r e a que cobrava u m a tarifa bem
\
Am m a
m a i s barata que ais c o m p a n h i a s
convencionais. N o m e s m o site havia
u m link para u m a c o m p a n h i a que
alugava carros e t a m b é m fiz a
reserva, mediante p a g a m e n t o e m
c a r t ã o de c r é d i t o , d e u m a u t o m ó v e l .
I m p r i m i os c o m p r o v a n t e s de
pagamento nos sites, m a s , q u a n d o
apresentei o recibo à l o c a d o r a de
v e í c u l o s , fui i n f o r m a d o de que
aquele recibo n ã o t i n h a v a l i d a d e e
que, para alugar u m a u t o m ó v e l , eu
teria de fazer u m novo pagamento.
E n t r e i e m contato c o m a companhia
a é r e a , que disse n ã o t e r q u a l q u e r
responsabilidade s o b r e o ocorrido.
E l e s e s t ã o corretos?
R Sirn. Uma vez que você reservou o
vôo e o carro e m sites diferentes, a
companhia aérea não pode ser respon-
sabilizada pelo problema, por se tratar de
contratos independentes e desvinculados.
É muito comum que e m sites nos quais
passagens aéreas são vendidas apareçam
links para sites que façam reservas de
carros e hotéis.
Esses banners não implicam
responsabilidade da companhia aérea só
porque foram originados em seu site.
Contudo, se você realmente fez a
reserva do carro n u m site da própria
locadora de veículos, você deve exigir que
a sua reserva seja validada.
Como você fez o pagamento por meio
de cartão de crédito, a sua
administradora de cartão de crédito tem
condições de identificar o estabele-
cimento comercial que foi beneficiado
pelo pagamento da locação do veículo.
Se, de fato, a locadora de veículos foi a
beneficiaca com o pagamento realizado
por meio do seu cartão de crédito, eles
não poderão se recusar a lhe fornecer o
serviço pelo qual você já pagou, isto é, o
aluguel do carro.
D o contrário, se outro estabelecimento
comerdal foi beneficiado pelo
pagamento ou, ainda, se você foi vitima
de uma fraude, você terá de pagar pela
locação do veículo, se realmente quiser
alugar um automóvel, e tentar reaver o
dinheiro de outra maneira.
Inra que isso seja possível consulte um
advogado sobre a possibilidade de ajuizai
uma ação para que você possa cobrar de
quem se beneficiou da quantia paga pele
aluguel do carro na Internet.
Aluguel de c a r r o
P Logo que voltei de viagem fui
surpreendida com a c o b r a n ç a
em meu c a r t ã o de crédito de des-
pesas no valor de R $ 500,00 em
razão de supostos danos causados
ao carro. Até onde me lembro, o
carro estava em perfeitas condi-
ç õ e s . Eles podem me cobrar
essa despesa?
R Talvez. Se você assinou u m
contrato com a locadora de veí-
culos, e esse contrato continha uma
cláusula autorizando tal cobrança, você
dificilmente terá como recuperar o valor
lançado em seu cartão de crédito.
Essa cláusula normalmente vem
apresentada em letras miúdas no recibo
que você assina no momento da locação.
Por meio dessa cláusula, as locadoras
de automóveis se reservam o direito de
debitar um valor em seu cartão de
crédito para cobrir pequenos danos,
como ananhões e amassados, além de
cobrir despesas com multas por excesso
de veloddade ou estacionamento
proibido, por exemplo.
Lembre-se de que você é responsável
pelo carro até o momento em que o
veículo seja vistoriado por u m
funcionário da locadora de automóveis.
Ainda que você deixe o carro
n u m estacionamento, onde a locadora
de automóveis deverá recuperá-lo,
você continuará responsável pelos
danos causados ao veículo, mesmo que
já tenha deixado o local onde alugou
o cano.

Aluguel de c a r r o
• Ao fazer sua reserva,
informe a agência sobre o
modelo de c a r r o que você
deseia: tipo, ano de fabricação,
equipomentos opcionais etc.
Lembre-se de que quanto mais
simples o modelo, m a i s barato
será o aluguel.
• Verrique antecipadamente as
exigências para locação,
utilização, devolução,
prorrogação de uso do veículo
e rescisão do contrato (as
locadoras de veículos
costumam e x i g i r o número do
cartão de crédito do cliente,
especiolmente como garantia à
cobertura de eventuais danos).
• Não assine notas ou faturas
em branco.
• Ao alugar u m veiculo pora
ser usado em outro pais,
procure v e r i f i c a r se as diárias
poderão ser pagas
antecipadamente, aqui no
Brasil. Os encargos extras -
como seguros opcionais ou
obrigatórios, impostos e
combustível - normalmente
são quitados no local
da devolução.
• Faça sempre o seguro
equivalente ao CDW (Collision
Damage W a i v e r ) dos E U A , que
prevê danos contra o
automóvel alugado e contra o
c a r r o de terceiros. Verifique,
no entanto, se o seu cartão de
crédito não oferece o produto.
Por esse motivo, você deve examinar o
carro no momento em que este lhe for
oferecido. Deve também certificar-se de
que não tem n e r h u m arranhão ou
amassado, além de não apresentar
proble nas mecâ úcos.
D I R I G I N D O NO E X T E R I O R
• É essencial avisar à locadora
o período em que pretende
utilizar o veículo, a companhia
aérea, o número e horário de
chegada do vôo, a data da
retirada, bem como a data
e o local previstos para a
devolução do veículo.
• Deixe para abastecer fora da
locadora, onde o combustível
será mais barato.
• Ao r e t i r a r o c a r r o , examine-o
cuidadosamente para v e r i f i c a r
se ele se encontra e m per-
feitas condições.
• Tenha sempre à mão o
telefone da policia e do serviço
de atendimento ao cliente
da empresa.
• Avise imediatamente à
locadora caso o c a r r o seia
roubado, danificado ou esteia
apresentando problemas de
ordem mecânica, pora que a
troca possa ser efetuada.
• Respeite as leis de trânsito e
os limites de velocidade no ex-
terior, pois as multas são bem
altas e você terá de pagá-las.
• E m alguns países o leasing
(ou arrendamento m e r c a n t i l )
de u m c a r r o zero quilômetro é
mais barato do que o aluguel,
mas isso só vale para períodos
de quinze dias ou mais.
Carteira de motorista
É aconselhável t i r a r a c a r t e i r a
internacional de habilitação,
apesar de boa parte dos países
Faça a mesma coisa n o m o m e n t o
e m que devolver o carro à locadora;
p o r isso, procure devolver o veículo
diretamente à empresa, de maneira
q u e você possa estar presente no
m o m e n t o em qup fnr feita orna
aceitar o documento de
habilitação brasileiro.
Portanto, se você vai fazer
uma longa v i a g e m passando
por vários países, esta pode ser
uma boa recomendação.
Para tirá-la é preciso
levar uma cópia da c a r t e i r a
nacional de habilitação, u m a
cópia do documento de
identidade e duas fotos 3x4
coloridas a uma auto-escola
ou ao Touring, empresa
responsável pela emissão do
documento no B r a s i l .
A carteira internacional t e m vali-
dade de u m ano e pode ser usada
no mundo todo. Tirando o docu-
mento diretamente no Touring,
a taxa cobrada é de R$ 75,00.
Regras de trânsito
Informe-se a respeito de regras
especiais sobre as condições de
trânsito no pais onde você
estará viaiando, principalmente
no que diz respeito a :
• Idade m í n i m a para
conduzir veículos.
• Regras de prioridade sobre
cruzamentos e preferências.
• L i m i t e de velocidade.
• Exigência de cinto
de segurança.
• Regras sobre a condução de
crianças e m automóveis (em
alguns países, não se permite
que crianças de uma determi-
nada idade v i a j e m no banco
da frente).
vistoria nu automóvel poi u m de
seus funcionários.
5e algum dano for detectado e você,
de fato, for responsável por ele, deverá
entrar em acordo com a locadcra, mas
esteja ciente de que cairá sobre você a
responsabilidade de arcar com o p r e -
juízo causado.
Algumas locadoras de veículos chegam
a fotografar o carro antes de entregá-lo ao
cliente, para que possarr comparar as con-
dições no momento da devolução d o veí-
culo, quando outra fotografia sera tirada.
N o caso de o automóvel sofrer algum
arranhão ou amassado enquanto estiver
em sua posse, você deve fotografar o
veículo, para, se for preciso, ter alguma
evidência da extensão co dano que
provocou ao automóvel, de moco que
possa negociar um preço justo em
relação ao conserto.
Não esqueça que é comum a
celebração de u m contrato de seguro no
momento da locação do automóvel;
assim, se você estiver assegurado, deve
certificar-se de que o seguro cubra as
despesas com o conserto ou mesmo
multas de trânsito.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com a locadora de
automóveis, informe-se sobre a co-
brança feita em seu cartão de crédito
e, se for o caso de danos causados ao
automóvel, peça uma descrição minu-
ciosa do problema. Se você esliver cer-
to de que não tem qualquer responsa-
bilidade pelo ocorrido, informe à loca-
dora de automóveis que os danos foram
causados após você ter entregado o
carro e que, por isso, não está obrigado
a pagar pelo prejuízo que não causou.
2 Caso a quantia cobrada seia a l t a ,
você deve considerar a hipótese de dis-
cutir a questão em juízo. Para isso, con-
sulte um advogado de sua confiança.
Dieta p a r a diabético
P
Sou diabético e, por isso, tenho
de seguir uma dieta rigorosa com
restrição de açúcar. Recentemente, fiz
u m a viagem internacional e no
momento de reservar minha passa-
g e m informei sobre minhas restrições
alimentares. Recebi uma confirmação
por e-mail da companhia aérea de que
minha refeição especial estaria a
bordo da aeronave no momento da
viagem, o que não aconteceu. Como a
viagem duraria mais de nove horas,
acabei tendo de comer uma refeição
comum, sem qualquer restrição de
açúcar. A o chegar ao meu destino, tive
uma crise de hiperglicemia que me
levou ao hospital. A companhia a é r e a
nega sua responsabilidade pelo a c o n -
tecido. Eles podem fazer isso?
R De maneira alguma. As companhias
aéreas são obrigadas a oferecer,
em viagens de longa duração, refeições
especiais aos passageiros cujos estado
de saúde, hábitos alimentares ou crença
religiosa requerem algum tipo de restri-
ção alimentar, seja no caso de passageiros
diabéticos, vegetarianos, religiosos etc.
Por essa razão, no momento em que o
passageiro solicita a refeição especial e a
companhia aérea confirma o pedido, esta
fica obrigada a cumprir o compromisso
assumido com o passageiro no curso
da viagem.
Se a refeição especial não é senida ao
passageiro com restrições alimentares, a
companhia aérea está descumprindo
uma obrigação contratual e. por isso,
responde pelas perdas e danos causados
em função desse descumprimento.
A companhia aérea não pode negar
sua responsabilidade com base no
argumento de que o passageiro decidiu
comer a refeição-padrão servida aos
demais passageiros, uma vez que aquele
se vê sem opções: ou come algo que
poue lhe fazei mal ou passa fome, o que
certamente também lhe fará mal.
 Dessa forma, se a companhia aérea se
negar a indenizar você pelos danos
causados, 0 melhor a fazer é consultar
u m advogado sobre o procedimento que
deve adotar para ajuizar uma ação de
reparação de danos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre e m contato com a companhia
aérea e relate o que aconteceu,
incluindo as informações referentes à
confirmação de sua refeição especial e
à internação hospitalar a que você foi
submetido, e peça uma compensação
pelo ocorrido.
2 Se a companhia aérea se negar
a lhe oferecer qualquer tipo de com-
pensação e não aceitar um acordo, a
única maneira de ser indenizado será
por meio do ajuízamento de uma ação
de reparação de danos em face da
companhia aérea.
APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO D E VARSÓVIA O U
DO CÓDIGO D E D E F E S A DO C O N S U M I D O R
No momento em que um passageiro que se sentiu lesado
durante u m a viagem de ovião decide aiuizar uma ação
reparatória de danos e m face da companhia aérea
responsável pela v i a g e m , surge uma dúvida sobre a legislaçc
que deve ser aplicada ao caso concreto.
0 Brasil é signatário da Convenção de Varsóvia, que, come
foi dito, é u m tratado internacional que dispõe sobre o direite
aeroespacial, isto é, sobre aquelas regras aplicadas aos caso
de danos ou extravio de bagagem, acidentes, atrasos, entre
outras questões relativas ao transporte aéreo.
Porém, a legislação brasileira, notadamente o Código de
Defesa do Consumidor, garante uma maior proteção ao
consumidor brasileiro do que a Convenção de Varsóvia.
Por essa razão, as empresas aéreas se opõem à aplicação
da legislação brasileira, insistindo nas orientações da
Convenção de Varsóvia.
Os tribunais brasileiras c o s t u m a m aplicar as normas
previstas no Código de Defesa do Consumidor por serem
mais benéficas ao passageiro, desde que, e m se tratando
de vôos internacionais, a viagem tenha sido iniciada e m
t e r r i t ó r i o brasileiro.

3 Para que possa ter êxito nessa ação

j u d i c i a l , você precisará de elementos
que evidenciem o que ocorreu. Por
esse m o t i v o , além da confirmação do
pedido de refeição especial e dos
recibos médicos e hospitalares, você
deve contar com testemunhas, outros
passageiros que estavam na mesmo
vôo que você e que poderão c o n f i r m a r
suas alegações. Se possível, anote os
nomes dos integrantes da tripulação
do avião, que também poderão servir
de testemunhas.

4 Lembre-se de que você terá de

provar que a ingestão do açúcar se
deu dentro da aeronave, tendo e m
vista a sua f a l t a de opção.

C r i a n ç a de colo

P A o reservar uma passagem

a é r e a para visitar m e u s pais no
norte do pais, informei à c o m p a n h i a
a é r e a que eu estaria viajando com
 m e u filho de 1 ano. For conta disso,
REGRA DE solicitei u m l u g a r n a primeira fileira
OURO de assentos do avião, por ser a parte
m a i s e s p a ç o s a e confortável p a r a
Quando v i a j a r quem viaja com c r i a n ç a s de colo.
de avião, evite Q u a n d o embarquei no avião, a
obrecarregar suas a e r o m o ç a me levou a u m assento
malas de viagem imprensado entre outros dois, onde
com objetos
fui obrigada a seguir viagem, pois o
pesados, além
vôo estava lotado e os assentos
daqueles que
ocupam m u i t o preferenciais j á estavam ocupados.
spaço. Assim você Tenho direito a u m a c o m p e n s a ç ã o ?
l ã o carrega muito
peso nem corre o
risco de ter sua
»agagem impedida
R Sim. N o entanto, para que
possa obter uma indenização pelo
transtorno que lhe foi causado, você terá
l e ser despachada, de demonstrar que a reserva do seu
3U de ter de pagar
assento foi confirmada pela própria
pelo excesso
companhia aérea.
de peso.
Dessa forma, se você recebeu qualquer
tipo de confirmação da reserva do lugar
na primeira fileira de assentos, como, por
exemplo, u m e-mail ou fax, a companhia
aérea se comprometeu a disponibilizar
tais assentos para você, e, se não o fez,
descumpriu a sua obrigação.
Você deve levar em consideração que
as companhias aéreas não costumam
fazer a marcação de lugares com muita
antecedência. Normalmente, essa
marcação é feita alguns dias antes da
vagem ou, na maioria cios casos, no
momento em que o passageiro se
apresenta para o check-in.
Por essa razão, antes de decidir
adotar qualquer medida mais drástica
contra a companhia aérea, você deve
se certificar de que a sua reserva de
assento estava mesmo confirmada
pela própria empresa.
De uma maneira ou de outra, no seu
caso específico, não se pode perder de
vista que a legislação brasileira determina
que sejam concedidos assentos
preferenciais a pessoas com crianças de
colo, o que, obviamente, não foi levado
em consideração pela companhia aérea
com a qual você negociou e viajou.
Se você realmente se sentir lesada e
quiser uma compensação, procure u m
oigao de pioleçao ao consumidor e con-
sulte-o sobre a possibilidade de entrar
com uma ação reparatória contra a
companhia aérea que desrespeitou o
seu direito.
Quando você solicitar a reserva de uma
passagem de avião, não se esqueça do
pedido de refeição especial, ou qualquer
outra solicitação específica, mesmo a
reserva de assentos, que você queira
fazer à companhia aérea.
Se essa reserva for feita com muita
antecedência, o melhor é confirmá-la
poucos dias antes do embarque.
As companhias aéreas aconselham que
esses pedidos sejam feitos com 72 horas
de antecedência.
Lembre-se de que pedidos e m cima da
hora podem se revelar impossíveis de
serem atendidos e cumpridos.
B a g a g e m não
embarcada
P R e c e n t e m e n t e , fui v i s i t a r
m i n h a m e l h o r amiga e m
P a r i s e acabei c o m p r a n d o muitos
presentes p a r a a família d e l a .
Por i s s o , o r g a n i z e i os objetos que
eu t e r i a de levar e m três m a l a s
relativamente leves, ainda dentro
do p e s o permitido pela c o m p a n h i a
a é r e a . Q u a n d o f u i f a z e r o check-in
no aeroporto, a f u n c i o n á r i a da
c o m p a n h i a a é r e a d i s s e que eu teria
de p a g a r u m a q u a n t i a a b s u r d a -
mente a l t a para d e s p a c h a r o ter-
ceiro volume, j á q u e e u a p e n a s
teria direito a d e s p a c h a r d o i s v o l u -
mes, i n d e p e n d e n t e m e n t e de n ã o
u l t r a p a s s a r o p e s o a que e u tinha
direito. E l e s p o d e m me cobrar isso?
R Sim. Em se tratando de viagens
aéreas internacionais, cada
passageiro só pode despachar dois
volumes com peso até 64 kg, além da
bagagem de mão que será transportada
na cabine, com até 5 kg.
 REGRAS GERAIS SOBRE O TRANSPORTE
Se você vai fazer uma viagem de ônibus, certifique-se de que conhece as regras a que os passageiros
rodoviários devem obedecer. Obviamente, as empresas de ônibus t a m b é m têm regras a seguir.
Responsabilidade das empresas de ônibus
por danos causados aos passageiros
A empresa de ônibus responde por todos os danos
que causar ao passageiro e à sua bagagem.
Ainda que do contrato de transporte conste uma
cláusula no sentido de excluir a responsabilidade
do transportador, essa cláusula não é válida.
Por outro lado, o transportador t e m o direito de
exigir que o passageiro declare o valor dos
pertences contidos e m sua bagagem, de maneira
a l i m i t a r o valor da indenização e m caso
de extravio.
Se por acaso ocorrer algum acidente com o
ônibus, mesmo que tal acidente tenha sido
provocado por terceiros, a empresa de ônibus
ainda será obrigada a indenizar aqueles
passageiros que sofrerem olgum tipo de dano em
razão do acidente.
A única situação que pode excluir a respon-
sabilidade do transportador é a chamada força
maior. Assim, se ocorrer u m fato imprevisível
e inevitável, como a queda de uma ponte no
momento e m que o ônibus a atravessava,
é bem provável que a empresa se e x i m a
da responsabilidade.
No que se refere aos horários e itinerários, as
empresas t a m b é m respondem por perdas e danos
suportados pelos passageiros, na hipótese de tais
horários e itinerários não serem c u m p r i d o s .
M a i s uma vez, se o atraso demasiado ou a
mudança de itinerário puderem ser atribuídos a
uma causa imprevisível e inevitável, o
transportador não precisará responder por
qualquer dano que o passageiro venha a sofrer,
uma vez que a responsabilidade pelo atraso ou
mudança de itinerário não lhe pode ser atribuída.
E m se tratando de interrupção da v i a g e m ,
ainda que o transportador não tenha dado causa a
essa interrupção, ele será obrigado a concluir o
transporte contratado em outro veículo da mesma
categoria ou, com a anuência do passageiro, em
categoria diferente.
Nesse caso, a empresa de ônibus deverá arcar
com as despesas da viagem, inclusive no que diz
respeito à estadia e à alimentação dos passageiros
durante a espera do novo veículo de transporte.
RODOVIÁRIO
Direito dos passageiros de rescindir
o contrato de transporte
O passageiro tem direito a desistir da viagem
e a rescindir o contrato de transporte antes de
iniciada a v i a g e m , o que lhe dará o direito à
restituição do valor pago pela passagem de
ônibus, desde que seja feita a comunicação ao
t r a n s p o r t a d o r e m tempo hábil p a r a que a
empresa possa negociar e vender aquela
passagem a outro interessado.
Obviamente, o passageiro t a m b é m poderá
desistir do transporte mesmo iniciada a v i a g e m .
Nesse caso, o passageiro terá direito à restituição
proporcional ao trecho da viagem percorrido.
Todavia, isso só se v e r i f i c a r á se outro passageiro
for transportado e m seu lugar.
Aquele passageiro que deixa de embarcar no
trecho inicial da viagem não t e m direito à
restituição do valor da passagem, a não ser que
outro passageiro seia transportado em seu lugar.
Mesmo que o passageiro adote o procedimento
indicado nos parágrafos a c i m a , a empresa de
ônibus ainda terá o direito de reter até 5% da
i m p o r t â n c i a a ser restituída ao passageiro, a
título de m u l t a compensatória.
Deveres dos passageiros
A pessoa transportada deve se sujeitar às normas
estabelecidas pelas empresas de ônibus.
Essas normas, geralmente, constam do verso
das passagens rodoviárias ou, e m alguns casos,
são afixadas à vista dos passageiros, no interior
do ônibus.
Os passageiros devem se abster de praticar
quaisquer atos que causem incômodo ou prejuízo
aos demais passageiros, bem como aqueles atos
que possam danificar o veículo ou aqueles que
possam impedir a execução normal do serviço
de transporte.
Se o passageiro sofrer a l g u m dano ou preiuízo
decorrente do seu próprio descumprimento das
normas e instruções destinadas aos passageiros,
o iuiz poderá reduzir o valor da indenização a
que esse passageiro terá d i r e i t o , na proporção
da sua responsabilidade pelo acidente.
 REGRAS GERAIS SOBRE O T R A N S P O R T E
Se você vai fazer uma viagem de ônibus, certifique-se de que conhece a s regras a que os passageiros
rodoviários devem obedecer. Obviamente, as empresas de ônibus t a m b é m têm regras a seguir.
Responsabilidade das empresas de ônibus
por danos causados aos passageiros
A empresa de ônibus responde por todos os danos
que causar ao passageiro e à sua bagagem.
Ainda que do contrato de transporte conste uma
cláusula no sentido de excluir a responsabilidade
do transportador, esso cláusula não é v á l i d a .
Por outro lado, o transportador tem o direito de
exigir que o passageiro declare o valor dos
pertences contidos em sua bagagem, de maneira
a l i m i t a r o valor da indenização e m caso
de extravio.
Se por acaso ocorrer algum acidente c o m o
ônibus, mesmo que tal acidente tenha sido
provocado por terceiros, o empresa de ônibus
ainda será obrigada a indenizar aqueles
passageiros que sofrerem algum tipo de dano em
razão do acidente.
A única situação que pode excluir a respon-
sabilidade do transportador é a chamada força
maior. Assim, se ocorrer um fato imprevisível
e inevitável, como a queda de uma ponte no
momento e m que o ônibus a atravessava,
é bem provável que a empresa se exima
da responsabilidade.
No que se refere aos horários e itinerários, as
empresas t a m b é m respondem por perdas e danos
suportados pelos passageiros, na hipótese de tais
horários e itinerários não serem cumpridos.
Mais uma vez, se o atraso demasiado ou a
mudança de i t i n e r á r i o puderem ser atribuídos a
u m a causa imprevisível e inevitável, o
transportador não precisará responder por
qualquer dano que o passageiro venha a sofrer,
uma vez que a responsabilidade pelo atraso ou
mudança de i t i n e r á r i o não lhe pode ser atribuída.
E m se tratando de interrupção da v i a g e m ,
ainda que o transportador não tenha dado cousa a
essa interrupção, ele será obrigado a concluir o
transporte contratado em outro veículo da mesma
categoria o u , com a anuência do passageiro, e m
categoria diferente.
Nesse caso. a empresa de ônibus deverá arcar
com as despesas da v i a g e m , inclusive no que diz
respeito à estadia e à alimentação dos passageiros
durante a espera do novo veículo de transporte.
RODOVIÁRIO
Direito dos passageiros de rescindir
o contrato de t r a n s p o r t e
O passageiro t e m direito a desistir da viagem
e a r e s c i n d i r o contrato de transporte antes de
iniciada a v i a g e m , o que lhe dará o d i r e i t o à
restituição do v a l o r pago pela passagem de
ônibus, desde que seia feita a comunicação ao
transportador e m tempo hábil para que a
empresa possa negociar e vender aquela
passagem a outro interessado.
Obviamente, o passageiro t a m b é m poderá
desistir do transporte mesmo iniciada a viagem.
Nesse caso, o passageiro terá direito à restituição
proporcional ao trecho da viagem percorrido.
Todavia, isso só se verificará se outro passageiro
for transportado e m seu lugar.
Aquele passageiro que deixa de e m b a r c a r no
trecho inicial da viagem não tem direito à
restituição do valor da passagem, a não ser que
outro passageiro seia transportado e m seu lugar.
Mesmo que o passageiro adote o procedimento
indicado nos parágrafos a c i m a , a empresa de
ônibus ainda terá o direito de reter até 5% da
importância a ser restituída ao passageiro, a
titulo de multa compensatória.
Deveres dos passageiros
A pessoa transportada deve se s u i e i t a r às normas
estabelecidas pelas empresas de ônibus.
Essas normas, geralmente, constam do verso
das passagens rodoviárias ou, e m alguns casos,
são afixadas à vista dos passageiros, no interior
do ônibus.
Os passageiros devem se abster de p r a t i c a r
quaisquer atos que causem incômodo ou preiuízo
aos demais passageiros, bem como aqueles atos
que possam danificar o veiculo ou aqueles que
possam impedir a execução n o r m a l do serviço
de transporte.
Se o passageiro sofrer a l g u m dano ou preiuízo
decorrente do seu próprio d e s c u m p r i m e n t o das
normas e instruções destinadas aos passageiros,
o iuiz poderá reduzir o valor da indenização a
que esse passageiro terá d i r e i t o , na proporção
da sua responsabilidade pelo acidente.
 O fato de você ter distribuído o peso
da sua bagagem em três valises, ainda
que estivesse respeitando o peso final
permitido da bagagem, não lhe dá o
direito de despachar u m terceiro volume
sem que para isso tenha de pagar uma
quantia determinada.
O valor cobrado para despachar u m
terceiro volume de bagagem costuma ser
excessivamente alto, de maneira a não
estimular o passageiro a transportar u m
volume extra de bagagem.
Esse valor dificilmente corresponde ao
peso do volume a ser transportado, mas,
sim, a u m valor predeterminado pelas
companhias aéreas.
Em alguns casos, é mais barato
despachar o volume em questão por
meio do serviço de carga da própria
companhia aérea, e sai até mais em conta
despachá-lo pelo correio. Obviamente,
nesses dois casos, a bagagem levará mais
tempo para chegar ao destino.
P a s s a g e m de a v i ã o ,
v i a g e m de ônibus
C o m p r e i uma passagem a é r e a
de S a l v a d o r p a r a C a m p i n a s
c o m c o n e x ã o em S ã o P a u l o . M a s o
a v i ã o s ó s a i u da c a p i t a l b a i a n a
q u a t r o h o r a s depois do p r e v i s t o ,
e, c o m i s s o , perdi a c o n e x ã o e m
S ã o Paulo para C a m p i n a s . Como
o p r ó x i m o v ô o s ó s a i r i a no f i m
da tarde, acabei aceitando viajar
n u m ônibus oferecido pela com-
p a n h i a a é r e a . A viagem, que de-
v e r i a l e v a r a l g u n s m i n u t o s de
a v i ã o , d e m o r o u h o r a s de ô n i b u s .
A companhia aérea agora se nega
a r e e m b o l s a r a q u a n t i a que
p a g u e i p e l a v i a g e m de a v i ã o .
E l e s p o d e m fazer i s s o ?
R Não. Embora a obrigação da
companhia aérea seja a de
transportar os passageiros até o destino
final, o que foi feito, ainda que de ônibus,
não há como negar que existe uma
diferença considerável entre o valor de
uma tarifa aérea e outra rodoviária.
Além disso, há que se levar em
consideração que a viagem de ônibus é
mais demorada e, normalmente, mais
desconfortável, o que serve para constatar
0 prejuízo que tem u m passageiro que
paga por uma passagem de avião e acaba
tendo de viajar de ônibus.
Também há que se considerar que o
simples atraso já pode ser motivo de
prejuízo ao passageiro, que acaba se
vendo obrigado a aceitar a viagem
de ônibus.
Portanto, compete à companhia aérea
reembolsar o passageiro com quantia
proporcional à diferença entre uma
passagem de avião e uma de ônibus
entre São Paulo e Campinas.
Se ficar demonstrado que a
companhia aérea agiu de má-fé ao não
informar os passageiros que concor-
daram em fazer a viagem de ônibus de
que não teriam direito ao reembolso
pela diferença entre a tarifa de ônibus e
a de avião, você ainda poderá exigir uma
compensação pelas perdas e danos
causados pelo atraso.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o
departamento de reembolso da
8

companhia aérea e relate o que
aconteceu. Deixe claro que você não foi
informado de que perderia o direito ao
reembolso proporcional à diferença
entre a passagem de ônibus e a
passagem de avião.
2 Se a resposta não for satisfatória,
consulte u m advogado sobre a
possibilidade do ajuizamento de u m a
ação reparatória de danos. Você
poderá t a m b é m recorrer ao Juizado
Especial Cível mais próximo da
sua casa.
Bagagem desaparecida
em ônibus
P F i z u m a viagem de ônibus
para o s u l do p a í s e, por e s t a r
viajando c o m m i n h a filha de 7
anos, preferi colocar m i n h a m a l a
de viagem no bagageiro inferior
do veículo. Q u a n d o cheguei ao
m e u destino, fui s u r p r e e n d i d a a o
constatar q u e m i n h a bagagem h a v i a
desaparecido. A e m p r e s a de ô n i b u s
nega q u a l q u e r responsabilidade n o
ocorrido, j á que eu poderia ter
levado m i n h a bagagem comigo n a
cabine. E l e s t ê m r a z ã o ?
R Não. A empresa de ônibus celebra
u m contrato de transporte com seus
passageiros e se obriga a transportá-los,
juntamente com sua bagagem, ao destino
contratado. Se, por alguma razão, os
passageiros não chegam ao seu destino
ou chegam sem a sua bagagem, a
empresa de ônibus violou o seu dever
•
contratual e, por isso, será obrigada a
indenizar o passageiro.
Ainda que você pudesse levar sua
bagagem na cabine, onde poderia vigiá-
la. esse lato i i j i H M i i H a
1
responsabilidade da transportadora.
fim qualquer situação, a empresa de
ônibus tem de transportar com segurança
a bagagem e os objetos pessoais de seus
passageiros. Mesmo que tais pertences
estejam na cabine, isto é, sob a vigilância
do próprio passageiro, a empresa de
ônibus ainda é a responsável pelo
transporte de tais objetos.
O contrato de transporte tem início no
momento em que o passageiro chega à
rodoviária para embarcar no ônibus e
entrega a bagagem ao funcionário da
empresa para que seja guardada no
bagageiro ou, se for o caso, quando o
passageiro embarca com a bagagem.
A partir desse momento, a empresa de
ônibus fica responsável por danos ou
extravio que a bagagem de seus
passageiros venha a sofrer.
P L A N O D E AÇÃO
1 Você deve e n t r a r em contato com a
empresa de ônibus e relatar o que
aconteceu c o m a sua bagagem. Tente
fazer um acordo com a transportadora
e, para isso, deixe claro que você está
disposta a lever a situação à Justiça.
2 Se a resposta não for satisfatória,
você terá de consultar um advogado
sobre o procecímento que deverá
adotar para que possa obter u m a
indenização referente ao extravio da
sua bagagem.
 estado, já que todos os médicos são
R e c u s a de médico
obrigados a manter um cadastro e u m

P TJma amiga me i n d i c o u u m
m é d i c o em quem ela confia,
m a s ele se recusou a m e atender.
E l e pode fazer isso?
registro no CRM. Essa informação
também pode ser obtida no Conselho
Federal de Mediana (CFM), que fornece
informações sobre todos os conselhos
regionais. Se você tiver plano de saúde,

R De acordo com o Código de Ética

Médica, sim, já que ele estabelece
que o médico deve exercer a p-ofissão
pode encontrar o nome de um médico
no IÍVTO de cadastrados ou ligando para a
empresa ou operadora do seu plano.
com arr pia autonomia, não sendo
obrigado a prestar serviços profissionais
quando não julgar necessário. Mas Obtendo u m a
fique atento: ele não pode recusar
segunda opinião
atendimento se não houver outro
médico e m caso de emergência ou
urgência, ou se a recusa puder trazer
danos rre\'ersíveis ao paciente.
P E s t o u insegura com r e l a ç ã o ao
d i a g n ó s t i c o do meu m é d i c o e
disse a ele que desejo consultar
Você pode obter informações sobre outro profissional para ouvir u m a
médicos e especialistas n o Conselho segunda opinião. E l e disse que n ã o
Regional de Medicina (CRM) c o seu tenho esse direito. Isso é correto?

PBLO V&TO,
AQUI AS
RBVÍSTAS
VELHAS SÁO 7*h m
O VB MENOS/ • t ;,:<

ISíta ••»»•»
mo
 R Não. O paciente tem direto a
buscar mais cie uma opinião; na
verdade, quantas desejar até que se sinta
segura sobre o tratamento ao qual irá
se submeter.
Se o seu médico não concorcar com a
sua decisão., você pode:
• procurar o Conselho Regional de
Medicina (CRM) do seu estado ou
mesmo o Conselho Federal de Medicina
(CFMi, para apresentar uma reclamação,
já que essa é uma atitude antiética do
médico, e solicitar indicação de
outro profissional;
• procurar outro médico no livro
de médicos cadastrados no seu plano
de saúce, e entrar em contato com o
seniço de atendimento ao cliente deles,
para fazer uma reciamação sobre o
seu médico;
• procurar a associação ou sociedade
de médicos especialistas da área médica
que trata do seu problema (por exemplo,
a Sociedade Brasileira de Cardblogia),
porque eles também podem indicar
especialistas e receber reclamações sobre
os seus membros.
Se, depois de consultar outros
especialistas, ficar constatado cue o
diagnóstico de seu médico estava errado,
você pede fazer uma reclamação nos
Conselhos de Medicina e também
processá-lo se o atraso do diagnóstico
lhe causou algum prejuízo. Para isso, terá
de procurar u m advogado especializado
em responsabilidade civil.
AVISO
Tentar obter outro diagnóstico sem que o
seu médico saiba não é proibido ou
errado, mas pode prejudicar seu
relacionamento com ele. Tente discutir o
assunto novamente, antes de decidir trocar
de mécbco ou consultar outro especialista.
Seu médico
pode dispensá-lo?
REGRA DE
OURO
P M i n h a m é d i c a n ã o quer mais
me atender porque me recusei
a fazer o exame que pediu. E l a pode
Se houver qualquer
problema com um
médico, você pode
reclamar ao C R M e r a
fazer isso?
que ele é cadastrada»
R
E m toda clínica
Em regra, um médico não pode médica deve haver
abandonar um oaciente, mas pode um setor ou pessoa
excluí-lo de sua lista de pacientes por nomeada para
não ser obrigado a prestar serviços receber reclamações
profissionais a quem não deseje. Nesse Informe-se sobre
caso, ela deverá avisá-lo previamente esse atendimento e
dessa decisão, assegurando-se de que sobre como fazer
uma reclamação.
você irá continuar o tratamento com
outro médico, indicado por ela, e
fornecendo a ele todas as informações
sobre o seu tratamento.
Responsabilidade
do paciente
E u estou u m pouco acima do
peso e fumo m u i t o . M i n h a m é -
d i c a disse que se r e c u s a r á a c o n -
t i n u a r o m e u tratamento de a s m a a
n ã o ser que eu concorde em ter
m a i s responsabilidade com a m i n h a
p r ó p r i a s a ú d e . E l a pode fazer i s s o ?
R Se sua médica achar que o seu
comportamento corre o risco de
prejudicar o tratamento, ela pode desistir
de tratar sua asma, pois, se você não se-
guir as recomendações médicas, é prová-
vel que o tratamento não seja efetivo,
que os remédios não façam o efeito espe-
rado, e que você nunca se cure da asma.
Isso não será considerado negligência
ou erro médico, já cue é você quem está
se recusando a seguir o tratamento de
forma adequada.
Ela poderá indicar outro profissional e
passar para ele todas as informações
sobre o seu problema.
Mas atenção: n u m hospital público ou
posto de saúde, <> módico; jamais ira se
 negar a atender a u m paciente, mesmo
que ele se recuse a fazer exames ou se-
guir orientações médicas, porque nesse
caso a pessoa não pode procurar atendi-
mento em outro lugar.
Médico aproveitador
e a dssu*.idi,au ou soLiedude dos m é -
dicos ginecologistas.
Os médicos não podem se aproveitar
da situação decorrente da relação m é d i -
co/paciente para obter qualquer vanta-
gem do paciente, seja ela física, emocio-
nal, financeira ou política. Além disso,
eles não são autorizados a ter relações ín-
timas com os pacientes, ou seja, ele não

P P r o c u r e i um ginecologista para
c o m e ç a r a tomar pílula. E l e
i n s i s t i u em e x a m i n a r m e u s seios e o
procedimento pareceu d e m o r a r
m u i t o . A l g u n s dias depois,
encontrei-o n a r u a e ele me
convidou para tomar u m d r i n q u e .
Isso não é antiético?
deveria tê-la convidado para u m drinque.
As penalidades a serem aplicadas
aos médicos em caso de violação
da conduta ética são: advertência confi-
dencial em aviso reservado; censura
confidencial em aviso reservado; censura
pública em publicação oficial; suspensão
do exercício profissional por até trinta
dias; e cassação do exercício profissional.

R Sim. Você deve fazer uma denúncia

ao Conselho Regional de Medicina P L A N O D E AÇÃO
1 Informe o que aconteceu ao
responsável pela clinica, ou ao serviço
O QUE O CONSELHO REGIONAL de atendimento ao cliente do plano de
DE MEDICINA PODE FAZER saúde, ou ao serviço de assistência
social do hospital público.
> Conselho Regional de Medicina é o órgão que licencia os
nédicos a p r a t i c a r e m a profissão em cada estado. Ele 2 Faça uma denúncia ao Conselho
n a n t é m u m registro de médicos que podem clinicar,
Regional de Medicina e eles darão inicio
l e t e r m i n a condutas-padrão e cuidados clínicos da prática
a uma investigação, abrindo um proce-
médica. É o Conselho que i r á investigar reclamações do
L dimento administrativo, que resulta na
>úblico feilas contra médicos, e, se eles tiverem implicações
luanto à aptidão, à prática e à ética, o Conselho poderá aplicação de uma das penalidades pre-
j p l i c a r penalidades. E m uma investigação o Conselho i r á vistas legalmente, se for verificado que
v e r i f i c a r , por exemplo, se: ele realmente agiu de forma antiética.

• o médico foi acusado de algum c r i m e , se responde a 3 Se você desejar, independentemente

a l g u m a ação penal ou se iá sofreu condenação p e n a l ; do procedimento administrativo, poderá
• há suspeitas de comportamentos profissionais i m p r ó p r i o s ; denunciar o médico às autoridades
• o desempenho profissional foi deficiente; policiais, já que ele pode ter abusado
• u m médico com problemas de saúde continua atuando sexualmente de você, o que é um
q u a n d o está inapto (período durante o qual fica suspenso, c r i m e , e pode mover uma ação judicial
não podendo exercer a profissão). contra o médico.

O Conselho Regional de Medicina é responsável por fiscalizar AVISO

o exercício da profissão e punir as condutas antiéticas. Assim Uma reclamação ao Conselho Regional de
sendo, pode: dar conselhos ou advertências, fazer censuras Medicina pode ter u m efeito devastador na
confidenciais ou públicas, solicitar ao médico que receba carreira de u m médico, portanto, considere
m a i s treinamentos, suspender o exercício profissional ou
tomar essa decisão apenas se todas as
cassar o registro do médico, retirando-lhe
outras ações apropriadas falharem e o
o direito de praticar a profissão.
assunto que você está pensando em
denundar for muito sério.
 Tratamento
longe de c a s a
P
Passei m a l q u a n d o estava de
férias e m outra cidade e
procurei u m m é d i c o n u m posto de
saúde, mas ele me falou que eu
deveria p r o c u r a r o m e u m é d i c o .
Ele deveria ter me atendido?
R Não necessariamente. Se houver
uma urgência ou emergência, ele é
obrigado a atender você e encaminhá-lo
a um hospital, se isso for preciso; mas se
ele verificar que não há necessidade e
que é mais seguro você procurar o seu
médico, ele pode fazer isso. I\irque,
se for indispensável iniciar um. trata-
mento, é melhor que ele seja indicado e
acompanhado pelo seu médico, que
conhece seu histórico.
P r i v a c i d a d e de
registro médico
P U m a a m i g a da m i n h a m ã e é
médica d a clínica onde venho
fazendo tratamento de disfunção
alimentar. E l a achou m i n h a ficha
m é d i c a e contou m e u problema a
m i n h a m ã e . I s s o é permitido?
R N ã o . O Cócigode Ética Médica
determina que detalhes pessoais de
u m paciente devem ser vistos somente por
aqueles diretamente envolvidos com o
cuidado desse paciente. O médico e seus
assistentes são obrigados a manter em p r i -
varidade o registro dos pacientes, além de
informações sobro diagnósticos e trata-
mentos, por causa do sigilo profissional.
As exceções à regra acontecem quando:
• houver justa causa, como, por
exemplo, se o paciente estiver correndo
risco de vida e o médico tiver ce avisar os
familiares ou o representante legal;
• o médico age no cumprimento d o
dever legal, como, por exemplo, no caso
de diagnostico positivo uV I IV em que u
FISCALIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES D E SAÚDE
As pessoas que praticam a maioria das profissões
ligadas à saúde são controladas, fiscalizadas e
assistidas por um corpo de profissionais organizados
em conselhos. Como essas organizações oferecem
assistência aos profissionais e exercem fiscalização
sobre as atividades, possuem procedimentos de
reclamações para pacientes e códigos de ética
próprios, bem como têm o poder de adotar medidas
disciplinares contra membros que não sigam os
códigos de ética. Alguns conselhos estão presentes
em todos os estados e outros são divididos por
regiões. Veja alguns exemplos de conselhos que
regulam determinadas atividades:
Dentistas
CRO (Conselho Regional de Odontologia)
e CFO (Conselho Federal de Odontologia)
Médicos
C R M (Conselho Regional de Medicina)
e C F M (Conselho Federal de Medicina)
Fonoaudiólogos
CFF (Conselho Federal de Fonoaudiologia)
e CRFa (Conselho Regional de Fonoaudiologia)
Enfermeiros
Coren (Conselho Regional de E n f e r m a g e m )
e Cofen (Conselho Federal de E n f e r m a g e m )
Psicólogos
CRP (Conselho Regional de Psicologia)
e C F P (Conselho Federal de Psicologia)
Os conselhos regionais são divididos por regiões
e não estão presentes em todos os estados
médico pode comunicar a seus parceiros
ou familiares se o paciente não o fizer
dentro de trinta dias;
• o paciente consente que o seu
registro seja divulgado.
A proibição do médico de revelar fatos
de que tenha conhecimento pelo
exercício de sua profissão permanece
mesmo que o fato seja de conhecimento
público, quando o paciente já tenha
m u i l i c : o . ('li q t i . n i . l ' • i i i n é i l v o fliliii<«i"i• -
uiinu Lesleiuunhd eni processo )UUia<al,
e, nessa hipótese, deverá comparecer
perante a autoridade para declarar
seu impedimento.
P L A N O D E AÇÃO
1 Informe o que aconteceu ao
responsável pela clinica, ou ao serviço
de atendimento ao cliente do plano ou
operadora de saúde. Se desejar, pode
fazer uma reclamação na sociedade
médica da especialidade do médico.
2 Apresente uma denúncia ao Conselho
Regional de Medicina e eles vão fazer
uma investigação, abrindo um proce-
dimento administrativo, que resulta na
aplicação de uma das penalidades
previstas legalmente, se for verificado
que ele violou o dever do sigilo médico.
A c e s s o a registros
P M e u m é d i c o permitiu que e u
visse m e u s registros m é d i c o s ,
mas eles e s t ã o incompletos e c o m
u m a série de erros. Q u a n d o retor-
nei ao c o n s u l t ó r i o , o gerente d a clí-
nica disse que e u n ã o poderia alte-
r á - l o s de forma alguma. E l e s podem
me impedir de corrigir os e r r o s ?
R Você deve conversar com seu
médico e pedir que ele faça as
alterações que você acha necessárias.
Como os registros são o histórico da sua
saúde e servem para orientar o médico,
eles não devem conter erros. Você tem o
direito de ver todos os registros da sua
saúde e pode requerer cópias. É provável
que seja cobrada uma pequena taxa para
isso. Você pode solicitar ao seu médico
uma explicação de tudo aquilo que não
enterde nos registros, e deve apontar
qualquer erro, incluindo fatos que
estejam faltando.
r LHuy UC AÇAU
1 Converse com seu médico, digo que
deseia ver os registros e solicite expli-
cações, indicando os pontos dos quais
você discorda ou aqueles que acha que
devem ser corrigidos. Se você deseia
ver registros de um hospital, entre em
contato com o atendimento do hospital
e faça a solicitação. Talvez seia neces-
sário marcar horário para vê-los e
preencher um formulário ou apresen-
tar a identidade. Você não precisa
explicar por que deseia vê-los.
2 Se você for impedido de ver tudo ou
parte dos seus registros, ou não
conseguir que as correções sejam
efetuadas, pode fazer uma reclamação
no Conselho Regional de Medicina e
pedir orientação sobre como agir. Se
você está entrando com uma ação na
Justiça, solicite ao seu advogado que
requeira ao iuiz um mandado de
segurança ou uma ordem judicial em
pedido liminar para ter acesso aos
seus registros ou para corrigi-los.
R e g i s t r o s médicos
de crianças
P M i n h a s o l i c i t a ç ã o para ver os
registros m é d i c o s do meu filho
foi r e c u s a d a . P o s s o insistir em ver
esses registros?
R Se o seu filho tiver mais de 12 anos,
provavelmente não. Pais ou
responsáveis legais podem solidtar
acesso aos registros médicos de crianças,
e na maioria dos casos eles são
concedidos. Porém, se o médico achar
que pode ser melhor para os interesses
da criança não mostrá-los à família, o
acesso pode ser negado. Por exemplo,
nos casos e m que se constate maus-
tratos ou abuso sexual pelo responsável
que deseja ver os registros.
N o caso de adolescentes, ou seja,
pessoas com idade entre 12 e 17 anos
que o médico julgue maduras o bastante
para consentir com c> tratamento, ele
pode e deve insistir em manter o sigilo
médico, já que o Código de Ética o
autoriza a agir dessa forma. Em tais
circunstândas, o médico pode não
revelar as informações aos pais sem a
permissão do adolescente, a menos
que isso represente riscos à saúde
dele, hipótese na qual o médico é obri-
gado a comunicar o problema aos pais
o u responsáveis.
E m p r e g a d o r quer
v e r registros
V E N D O OS R E G I S T R O S
DE OUTRAS PESSOAS
E m regra, somente o próprio
paciente pode ver os seus
registros, mas se você tiver uma
autorização dele por escrito, se
for o responsável legal por uma
criança ou por uma pessoa
incapaz de avaliar e resolver seus
problemas por si só, o u , ainda, se
tiver uma autorização iudicial,
será permitido ter acesso aos
registros. M a s , ainda assim, o
médico poderá o m i t i r detalhes
que o paciente solicitou que não
fossem revelados. Você t a m b é m

P
Sofro de a s m a c r ô n i c a e m e u
empregador quer ver m e u s
registros m é d i c o s o u e n t ã o que e u
m e consulte c o m o m é d i c o da
e m p r e s a . E l e pode i n s i s t i r n i s s o ?
pode pedir que um f a m i l i a r ou
outra pessoa solicite ver seus
registros em seu n o m e , e terá de
fornecer os documentos que o
hospital ou médico solicitar para
isso. O mesmo acontece com
pessoas iá falecidas, e, neste

R
caso, o hospital ou médico poderá
As empresas podem e devem exigir
solicitar uma autorização j u d i c i a l .
que o candidato a uma vaga de
trabalho faça u m exame admissional,
antes de ingressar na empresa. Em regra,
se elas verificam algum problema com a
saúde do candidato que possa prejudicar
o desenvolvimento do trabalho ou que
possa agravar suas condições de saúde, a
empresa pode requerer que u m médico
particular ateste que o candidato está
apto a realizar aquele trabalho. Além
disso, a empresa deve exigir que o
empregado faça exames periódicos de
saúde, oferecidos por ela, que em regra
são anuais, com os mesmos objetivos. O
médico da empresa poderá encaminhar
o empregado a u m especialista para
fazer u m tratamento ou acompa-
nhamento de saúde.
Sendo assim, a empresa pode exigir
que você se consulte com um médico
dela, mas não tem direito de exigir os
seus registros médicos para verificação
ou análise, ou qualquer outro fim,
inclusive porque é proibido ao médico,
de acordo com o Código de Ética, revelar
informações confidenciais obridrS em
 O direito de reclamar
de serviços de saúde
Se você t e m preocupações com os cuidados que
recebe, está insatisfeito com a l g u m atendimento
ou acredita que foi v í t i m a de e r r o médico, deve
exigir seus direitos. Para isso, reúna as testemu-
nhas, documentos e evidências ligados aos fatos,
que serão necessários para o apresentação de
uma reclamação ou ação iudicial. Você poderá
se valer das regras do Código de Defesa do
Consumidor para fundamentar sua reclamação,
já que o atendimento médico é uma prestação
de serviço.
Geralmente, em casos de pouca gravidade, o
melhor é f a l a r com seu médico ou com alguém
diretamente envolvido no caso, como a direção
de u m hospital ou clínica particular, ou o serviço
de assistência social de u m hospital público, que
está preparado para receber reclamações e
buscar soluções para eventuais problemas entre
paciente e instituição.
As secretarias estaduais e municipais de saúde
devem manter ouvidorias e serviços de
atendimento para esclarecer dúvidas e receber
reclamações de todos os serviços públicos
prestados, incluindo a área de saúde.
Hospitais e clínicas particulares devem manter
serviços de atendimento a clientes, fornecendo
formulários próprios para reclamações e
sugestões, nos quais deve constar o número de
identificação de quem está reclamando, inclusive
c o m a apresentação de documento de identidade
(requisito legal para reclamações que visa a
evitar difamações e queixas infundadas), e
podem adotar medidas punitivas contra
profissionais contratados se receberem
reclamações graves.
Nos casos de problemas com médicos ou
instituições conveniadas com o seu plano de
saúde, a l é m de procurar um responsável pela
instituição, você deve r e c l a m a r ao serviço de
atendimento ao cliente da empresa ou operadora
do plano de saúde. Se o problema é com a
operadora, você deve p r o c u r a r a ANS (Agência
Nacional de Saúde Suplementar) para fazer
a reclamação.
Sempre é possível fazer uma denúncia ou recla-
mação de u m profissional de saúde ao Conselho
que fiscaliza e regulamenta essa atividade.
Se houver a l g u m problema grave com o
atendimento ou tratamento e m entidade pública
ou privada, é possível buscar medidas judiciais
para garantir seu direito. Para isso você pode
recorrer ao Ministério Público do seu estado
ou a outros órgãos ou institutos públicos, como
assistência judiciária g r a t u i t a da Defensoria
Pública do seu estado, ou mesmo procurar u m
advogado especializado para m o v e r uma
ação iudicial.
AVISO
Um pedido de desculpas feito pelo médico não é
uma confissão de que ele tenha agido com impru-
dência, imperícia ou negligência. Isso não será
motivo ou fundamento suficiente para que você
mova uma ação iudicial.
 FAZENDO UMA RECLAMAÇÃO
Motivo
U m requisito essencial para obter êxito numa
reclamação é ter certeza de que você tem motivo
para reclamar. Para isso, reúna todas as evidên-
cias possíveis sobre o fato, documentos (incluindo
cópias de seus registros médicos, que devem ser
fornecidas obrigatoriamente pelo médico ou ins-
tituição de atendimento), e r e c o r r a a testemu-
nhas. É importante pedir esclarecimentos ao
médico, obter o m á x i m o de informações e t i r a r
dúvidas. Se achar necessário, procure uma se-
gunda opinião e peça u m laudo ou atestado do
médico que ajudou a v e r i f i c a r o problema.
2 Identificação
Você é obrigado a se identificar ao fazer u m a
reclamação, ou seia, deve apresentar documento
de identidade.
3 Prazo legal
Você t e m um prazo legal para reclamar judi-
cialmente. Para identificar esse prazo, será
necessário consultar u m advogado, porque o
prazo poderá variar de acordo com cada caso,
dependendo de que lei deverá ser aplicada (o
Código C i v i l , o Código de Defesa do Consumidor
ou a Lei dos Planos de Saúde). Após esse período,
mesmo que tenha razão, não poderá mais c o b r c r
seus direitos em juízo, porque eles estarão pres-
c r i l o s . De qualquer m a n e i r a , você deve t o m a r as
providências cabíveis o mais rápido possível, iá
que será mais difícil provar as suas alegações e
os danos podem ser agravados, ou desaparecer,
se você deixar passar m u i t o tempo.
O resultado de uma reclamação, dependendo do
seu objetivo e do órgão oo qual você a apresente,
pode v a r i a r entre uma punição, a realização de
u m acordo ou a obrigação do médico ou hospital
de indenizar você.
4 Ação iudicial
Será necessário contratar u m advogado e forne-
c e r a ele todas as informações e documentos que
puder reunir. Ele irá esclarecer todos os proce-
dimentos, suas chances de êxito, e de que f o r m a
o caso deve ser conduzido, orientando sobre quem
você deve processar e que exigências pode fazer.
Cinco orientações para uma reclamação
ao Conselho Regional de Medicina:
• A denúncia deve ser dirigida ao presidente do
Conselho Regional de Medicina do locol onde
o c o r r e r a m os fatos a serem apurados.
• Os Conselhos de Medicina aceitam apenas
denúncias por escrito (manuscritas,
digitadas e t c ) .
• Por imposição l e g a l , as denúncias devem ser
necessariamente assinadas e conter telefone e
endereço do denunciante.
• As denúncias devem ser, sempre que possível,
documentadas (com cópia de quaisquer
documentos referentes ao atendimento).
• Devem conter: identificação do denunciante e
seu endereço; n a r r a t i v a dos fatos que, na visão
do denunciante, possam ser ilícitos; nome da
instituição e m que a v í t i m a foi atendida; nome
dos profissionais envolvidos no a t e n d i m e n t o ;
nome de testemunhas dos fatos, se houver. A
falta de algumas dessas informações não impede
que o Conselho Regional apure a denúncia,
porque ele tem mecanismos legais para obter
essas informações. A denúncia deve conter,
ainda, a solicitação de que o Conselho apure os
fatos, data e assinatura do denunciante.
5 Para Reclamar de uma
operadora de plano de saúde
E n t r e em contato c o m a Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) pelo site
www.ans.gov.br e faça sua denúncia preen-
chendo o f o r m u l á r i o acessível na seção da
o u v i d o r i a . É necessário i n f o r m a r : m o t i v o
do contato (sugestão, d ú v i d a , denúncia ou
r e c l a m a ç ã o ) ; nome c o m p l e t o ; data de
nascimento, CPF, sexo, e-mail para contato,
telefone, endereço c o m p l e t o , nome da operadora
de plano de saúde, nome do plono, n ú m e r o de
m a t r í c u l a , tipo de c o n t r a t o ( i n d i v i d u a l ou
f a m i l i a r , coletivo por adesão, coletivo
e m p r e s a r i a l ) , data de adesão, data de
adequação, e fazer os c o m e n t á r i o s .
6 Para reclamações ao
Ministério da Saúde
L i g u e g r a t u i t a m e n t e p a r a o Disque
Saúde: 0800-611997
exames de trabalhadores, inclusive por
exigência dos dirigentes de empresa ou
associação, a menos que o silêncio ponha
em risco a saúde dos outros empregados
e da coletividade (no caso de doença
infecto-contagiosa, por exemplo). Assim,
mesmo que você solicite, o seu médico
não irá fornecer qualquer documento ou
relatório sobre os seus registros.
AVISO
Se você omitir detalhes importantes no
exame admissional ou periódico de sua
empresa, poderá comprometer seu tra-
balho, sua saúde e futuras oportunidades
no emprego, se isso for descoberto. E a
empresa não será responsabilizada se
você tiver sua saúde agravada por exercer
atividade que não deveria, já que foi você
quem omitiu o problema.
Tratamento
confidencial
P Eu e u m antigo nos consultamos
com o mesmo m é d i c o . U m a vez,
quando m e u amigo estava no con-
sultório, ouviu por acaso nosso m é -
dico falar sobre o meu problema com
outro médico. E l e pode fazer isso?
R Não. Todos os pacientes têm o
direito de manter seus detalhes
médicos em privacidade, e, de acordo
com o Código de Ética da profissão, o
médico tem o dever de manter o sigilo,
podendo ser inclusive punido pelo
Conselho Regional de Medicina se não
obedecer a essa regra.
P L A N O D E AÇÃO
1 Converse sobre o que aconteceu com
o seu médico, diga que f i c o u bastante
insatisfeito c o m a situação e peça a
ele que seia mais cuidadoso. Se você
desejar, pode se queixar c o m o
responsável na clínica, no plano ou na
operadora de saúde, ou no serviço de
assistência social do hospital público.
L se voce nao estiver sansreito w i n u
resposta, poderá fazer u m a reclamação
ao Conselho Regional de M e d i c i n a do
seu estado.
Possibilidade de
ter filho e m c a s a
P
E u gostaria de ter m e u f i l h o e m
casa, com a ajuda de u m a p a r -
teira, m a s meu m é d i c o d i s c o r d a . E l e
diz que é perigoso. E l e e s t á c e r t o ?
R Sim. Essa situação é muito comum
nas regiões do interior do país, onde
a assistência médica é precária e ainda
existem parteiras que auxiliam as mulheres
em trabalho de parto. Geralmente, as par-
teiras são mulheres mais velhas, conhe-
cidas na região e indicadas por outras
mulheres que já rcceberam ajuda. Você até
pode conversar com uma delas para pedir
informações, mas o acompanhamento de
um médico é essencial e não deve ser
descartado. A atividade das parteiras não é
legalizada e pode ser considerada como
exercício ilegal da profissão de médico.
Não há lei que proíba de ter seu filho
em casa, porém é mais seguro ter o
bebê no hospital, com acompanhamento
adequado, seguindo os procedimentos de
segurança, porque você pode predsar de
ajuda especializada em casos de c o m -
plicação na hora do nascimento do bebê.
Devo c o n c o r d a r e m
fazer u m a cesariana?
P Q u a n d o estava em trabalho de
parto de m e u primeiro bebê, fui
persuadida a fazer u m a cesariana,
e m b o r a n ã o estivesse certa de que
h a v i a motivos médicos suficientes
p a r a tal. E s t o u para ter meu s e g u n -
do bebê e desta vez quero que o
parto s e j a normal, m a s os médicos
i n s i s t e m e m fazer a cesariana. E l e s
podem agir assim?
R Não. U m cirurgião não pode operá-
la sem o seu consentimento, e ne-
n h u m médico pode obrigar u m paciente
a realizar um procedimento médico
contra sua vontade. O paciente tem o
direito de decidir sobre a realização de
práticas de diagnósticos (exames) ou
terapêuticas (tratamentos). O que o
médico deve fazer é esclarecer sobre a
necessidade de fazer u m determinado
exame, tratamento ou cirurgia, e sobre os
riscos que o paciente corre se decidir não
seguir as orientações dele.
Ele é provavelmente a pessoa mais
indicada para apontar os métodos que
devem ser adotados no seu caso,
principalmente num parto. Pode haver
riscos em fazer um parto normal após ter
feito uma cesariana, portanto converse
com seu médico e peça esclarecimentos
até que todas as suas dúvidas sejam
sanadas. Você terá de concordar em fazer
a cesariana, se isso for necessário, e o
médico poderá adotar esse procedimento
se sua vida estiver em risco, mesmo
contra sua vontade.
Opção por c e s a r i a n a
Q u e r o fazer u m a c e s a r i a n a ,
mas m i n h a obstetra se recusa
e m concordar com isso. E l a disse
que devo esperar e v e r o q u e vai
acontecer. E l a pode s e r e c u s a r ?
R Em regra, não; já que o médico não
pode desrespeitar o direito da pa-
ciente de decidir sobre o método do par-
to. A obrigação da obstetra é esclarecer
sobre as hipóteses de indicação, segu-
rança e riscos de cada método. Assim,
você pode optar por uma cesariana.
Por outro lado, você não pode forçar
qualquer profissional de saúde a dar um
tratamento que pareça desnecessário.
Preferir ou ter vontade de fazer uma
cesariana não parece uma razão
importante para justificar uma cirurgia
dessas proporções, que envolve risro de
complicações. A melhor dedsão é
conversar com sua obstetra e esclarecer
exatamente por que você deseja fazer
uma cesariana. Se ela discordar, você
poderá procurar outro médico.
Quando a esterilização
não funciona
E u deveria ter sido e s t e r i l i z a d a
depois do nascimento do m e u
s e g u n d o filho, mas fiquei g r á v i d a
novamente a p ó s apenas t r ê s m e s e s .
Posso r e s p o n s a b i l i z a r o m é d i c o pela
falha e exigir u m a i n d e n i z a ç ã o ?
R Sim. Mas para isso você terá de
contratar u m advogado especialista
em ações de responsabilidade civil ou de
erro médico para mover uma ação judi- á
ciai requerendo seus direitos, pois o m é - J
dico que a atendeu dificilmente con-
cordará com a sua reivindicação.
Não há dúvida de que ocorreu um
erro na cirurgia em que você deveria ter
sido esterilizada, e o juiz pode entender
que caberá ao médico provar que o erro
não existiu.
Você poderá requerer indenização por
danos morais decorrentes da angústia e
inconveniênda de uma gravidez
indesejada, ou outros danos que entenda
que tenha sofrido, como uma
complicação de saúde, além de
indenização por danos materiais, que
envolvem reembolso de todos os gastos
que você teve (incluindo gastos médicos
com pré-natal, parto, nova esterilização,
enxoval ou tratamentos necessários
durante a gravidez e logo após o
nascimento do bebê). Poderá requerer
também uma pensão para ajudar a
sustentar seu filho até que ele atinja a
maioridade, quando em regra será
possível se sustentar sozinho.
Processar o médico o u o hospital
não afasta a possibilidade de fazer
uma acusação ou denúncia de erro
médico no Conselho Regional Ho
 Medicina, cobrando as providencias
e punições cabíveis, providenciando
uma investigação.
R e c u s a de vacinação
R O Lslutulu da Criança e do
Adolescente diz que é obrigatória
a vacinação das crianças nos cases
recomendados pelas autoridades
médicas, justamente o caso dessa vacina,
mas não prevê nenhuma punição.
Ninguém irá à sua casa obrigá-la a

P E u n ã o quero que minha filha

tome vacina contra sarampo,
caxumba e rubéola. Posso fazer isso?
O B R I G A Ç Õ E S DOS P R O F I S S I O N A I S D E SAÚDE
vacinar sua filha, se você não for ao posto
de saúde. Mas se você estiver agindo de
forma irresponsável com o seu filho,
poderá ser denunciada ao Conselho
Tutelar ou à Justiça da Infância e
Juventude, que podem determinar
aplicações de ações socioeducabvas à sua
família e penalidades, como tirar de você
todos os direitos sobre os seus filhos.

"odos os que trabalham no campo da saúde têm a obrigação

sgal de dar a cada paciente o melhor cuidado possível,
í ualquer falha na sua "obrigação de cuidado" pode ser A v a l i a ç ã o de paciente

onsiderada negligência se causar algum mal ao paciente.
E s s a obrigação de cuidado envolve não somente o
liagnóstico e o tratamento, mas também, por exemplo, a
aplicação sobre as doenças e o propósito do tratamento,
issegurando-se de que o paciente entenda as conseqüências,
kualquer falha nesses propósitos é considerada negligência.
/Védicos são negligentes se fazem algo que cause ou
:ontribua para um problema médico, ou leve ao
igravamento deste.
s s o significa que um m é d i c o :
• Não precisa ser um expert em tudo, mas deve t r a t a r os
P
D u r a n t e a noite, m e u filho teve
u m a febre alta e p a r e c e u
desorientado. Liguei p a r a m i n h a
m é d i c a , que sugeriu que e u desse
paracetamol e muito líquido, e s e
r e c u s o u a ir lá em c a s a e x a m i n á - l o .
N a m a n h ã seguinte, levei-o a u m a
e m e r g ê n c i a , onde foi diagnosticada
meningite. A médica pode se
r e c u s a r a visitar o paciente?

R
>acientes usando o cuidado e as habilidades que são
«speradas em situações semelhantes, aplicando a melhor Sim. U m médico não é obrigado a
^ c n i c a ou procedimento de que tenha conhecimento. visitar você em sua casa. O mais
• Não será negligente se outros médicos acham que suas adequado, numa situação como essa,
ações são aceitáveis, mesmo quando havia v á r i a s opções e é levar a criança a uma emergência ou
> u t r o s médicos t e r i a m agido de f o r m a diferente. marcar uma consulta urgente com o
pediatra, que terá condições de examiná-
= xemplos de violação de responsabilidade podem i n c l u i r : la e solicitar os exames para apurar qual o
» Falha em diagnosticar a doença de um paciente, problema e fazer um diagnóstico.
g u a n d o é esperado que u m médico experiente o faça.
Conselhos por telefone não são consultas
m Falha em perguntar ao paciente se ele concorda com o
médicas, apesar de ser comum o médico
- r a t a m e n t o - o paciente t e m direito de não querer realizar
:r> tratamento. dar uma orientação para aliviar a dor do
mt O m i t i r ao paciente os riscos e efeitos colaterais de um paciente ou outro sintoma. O que o
- r a t a m e n t o proposto. médico não pode é prescrever u m
• Negligenciar e m oferecer um t r a t a m e n t o apropriado tratamento sem examinar u m paciente.
^quando outros médicos responsáveis o f a r i a m .
m Atrasos sem razão nos diagnósticos ou t r a t a m e n t o .
• Erros nos diagnósticos ou tratamento que u m médico
-razoavelmente competente não cometeria.
 Contraceptivo
p a r a adolescentes
I j Descobri que n o s s a
JL ginecologista t e m prescrito
pflulas anticoncepcionais para
m i n h a filha adolescente, sem meu
consentimento. E l a pode fazer isso?
R
Sim. E, de acordo com o Código
de Ética, o profissional é proibido
de revelar informações sobre padente
menor de idade, inclusive a seus pais e
responsáveis legais, se o menor tiver
condições de compreender o tratamento
e de avaliar e resolver seus problemas
sozinho. Se a sua filha solidtar conselhos
contraceptivos e a médica julgá-la
madura o suficiente para entender as
conseqüências envolvidas, pode
prescrever a pílula sem o seu consen-
timento e sem dizer a você. E você não
pode rejeitar suas decisões. A médica só
será obrigada a avisar sobre o tratamento
se a sua filha coner algum risco ou puder
sofrer algum dano.
E r r o ou negligência
P M i n h a cirurgia n ã o me
i n f o r m o u sobre u m a i n f l a -
m a ç ã o decorrente d a o p e r a ç ã o de
r e t i r a d a do a p ê n d i c e . S i n t o - m e pior
a g o r a do que antes da o p e r a ç ã o .
Posso processá-la?
R Só há motivos para processar u m
médico se ele tiver cometido u m
erro ou causado um dano a você.
Complicações na rurais de uma cirurgia
não são motivo para isso. Toda cirurgia
envolve um risco, e a recuperação após
uma intervenção médica depende de
cada pessoa, da gravidade do problema
que foi tratado e da técnica utilizada. Os
cirurgiões devem alertar sobre isso,
destacando os riscos e benefícios do
tratamento. Isso é um dever do médico,
pofc um paciento r ã o c obrigado a sc
ADOLESCENTES PODEM DECIDIR SOBRE
S E U S T R A T A M E N T O S MÉDICOS?
Adolescentes - E m r e g r a , podem concordar com
um tratamento médico por conta própria se f o r e m
considerados, pelo médico, capazes de entender plena-
mente o que é proposto. Nesse caso, os direitos dos pais
ou responsáveis legais no assunto f i c a m restritos.
Quem decide? O médico responsável pelo t r a t a m e n t o
tem condições de decidir se deve informar os pais ou
responsáveis o respeito do tratamento, caso verifique
que o seu silêncio pode prejudicar o adolescente, m a s ,
em regra, ele deve obediência ao dever do sigilo médico.
Um adolescente pode recusar tratamento médico? E m
regra, s i m , e o médico irá adverti-lo das conseqüências
e mostrar a importância do tratamento para a sua
saúde. Caso o t r a t a m e n t o não seia seguido
adequadamente,
isso não será considerado uma negligência ou u m e r r o
médico, iá que a culpa é do adolescente, a menos que
ele sofra algum dano, porque nesse caso o médico é
obrigado a i n f o r m a r aos pais ou responsáveis.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adoles-
cente, pessoas de até 12 anos incompletos são consi-
deradas crianças, e entre 12 e 17 anos são adoles-
centes. Os adolescentes podem tomar suas próprias
decisões sobre seus tratamentos médicos se forem
considerados capazes para isso. As crianças serão
sempre assistidas pelos pais ou responsáveis, aos quais
os médicos devem dar todas as informações sobre seu
problema de saúde, cabendo a eles concordar ou não
com um tratamento, advertidos da necessidade, impor-
tância e conseqüências da recusa do tratamento. Nesse
caso, não prevalece o dever de manter o sigilo médico,
porque crianças não são capazes de se cuidar sozinhas.
sujeitar a u m tratamento com o qual não
concorde. Mas a falta desse aviso não é
exatamente uma negligência e não
representa um dano a você. Cabe ao
paciente se informar sobre tudo, fazer
perguntas, tirar dúvidas, inclusive avisar
o médico sobre alguma insegurança e dar
informação sobre sintomas e históricos
na família que possam influenciar no
tratamento, como, por exemplo, casos de
alergia a anestesia.
Acelerando o
tratamento
P D e acordo com o diagnóstico feito
num hospital público, eu preciso
fazer uma operação de hérnia, m a s a
data mais próxima que o hospital pode
oferecer é daqui a cinco meses. Posso
antecipar essa data?
R Provavelmente, não. Em regra,
nos hospitais públicos você deve
aguardar em uma fila para ser operado,
e esses procedimentos são marcados
considerando a urgência de cada caso.
Provavelmente, no seu caso isso também
foi considerado. Saiba que sempre
são levadas em conta as necessidades
médicas: pacientes que têm grandes
necessidades ou que estejam correndo
iminente risco de vida devem ser tra-
tados primeiro. As decisões são normal-
mente baseadas no julgamento do
médico, calcadas nos seus exames bem
como na gravidade e urgência de cada
caso. Em regra, não é possível acelerar o
tratamento a não ser que as suas con-
dições se modifiquem.
Remédios
experimentais
P M i n h a médica prescreveu u m
novo r e m é d i o para m i m , que
d i z n ã o estar completamente
disponível ainda. E s t o u preocupado
e m e s t a r participando de u m teste
c o m u m medicamento experimental
s e m saber. I s s o pode acontecer?
R Não. É proibido ao médico realizar
pesquisa com uma pessoa sem que
ela tenha dado o seu consentimento por
escrito, após ser devidamente esclaredda
sobre a natureza e conseqüências da
pesquisa, inclusive sobre os riscos de sua
participação nos testes. Da mesma forma,
também é proibido ao médico usar
experimentalmente qualquer tipo de
terapêutica ainda nao liberada para uso
no país sem a devida autorização dos
órgãos competentes, como a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), e sem o consentimento do
paciente ou de seu responsável legal.
P L A N O D E AÇÃO
1 Converse com seu médico e pergunte
se o prescrição desse remédio constitui
uma pesquisa médica. Se você deseiar
participar do estudo, terá de dar o seu
consentimento por escrito. Se não tiver
interesse em participar, ele terá de
receitar outro remédio iá liberado
para comercialização.
2 Se você está sendo usado para um
teste clínico de remédios sem o seu
consentimento, poderá fazer uma
denúncia ao Conselho Regional de
Medicina, porque o seu médico está
violando o Código de Ética. Você
poderá denunciá-lo também à
associação ou sociedade dos médicos
de sua especialidade. A opção por
mover uma ação judicial não é
afastada. Neste caso, já que se trata
de violação do Código de Ética e de
atitude ilegal do profissional, você
pode requerer uma indenização por
danos que tenha sofrido.
Fertilização em
hospital público
P U m a amiga que mora em outro
estado v e m recebendo u m
tratamento de infertilidade e m u m
hospital que atende pelo Sistema
Único de Saúde ( S U S ) , mas e m m e u
estado n ã o existe nenhum hospital
que ofereça tal tratamento. E l e s
informam que n ã o possuem
recursos. I s s o pode ser verdade?
R Sim. O SUS é o sistema de saúde
pública de nosso país. Como os
hospitais públicos e os privados
conveniados recebem recursos dos
governos municipais, estaduais e fede-
rais, os serviços podem ser diferer.dados,
havendo certas especialidades em uns
hospitais e em outros não.
No caso dos tratamentos de
fertilização, que dependendo das técnicas
utilizadas podem ser muito caros, não
é possível o oferecimento em muitos
hospitais e em muitas regiões do país.
Nesse caso, não há muito a fazer, senão
procurar por u m tratamento mais barato
nos hospitais privados ou arcar com os
custos de uma viagem para um estado
onde ele seja oferecido.
Hospital psiquiátrico
conduzir sua vida sozinha. Será nomeado
um curador que ficará responsável
por ela.
A interdição pode ser temporária, por
exemplo, no caso de pessoas que fazem
uso de entorpecentes, ou permanente,
dependendo das condições de saúde, o
que sempre será objeto de avaliação
médica. Somente um juiz pode decidir a
favor de uma interdição. Nesse caso, a
pessoa pode ser obrigada a se tratar,
mesmo contra a sua vontade, porque ela
não é capaz de decidir isso sozinha.
PLANO DE AÇÃO
1 Entre em contato com o médico de
sua irmã e explique a situação. E l e
pode conseguir convencê-la a se tratar
e fazer exames mais específicos.

P M i n h a i r m ã v e m se
comportando de forma
e s t r a n h a . Temos u m histórico de
2 Se sua irmã fizer alguma coisa
que ponha em risco a sua própria
distúrbio mental n a família e eu segurança ou a de outras pessoas,
e s t o u preocupado c o m que ela
p o s s a fazer algo perigoso. Ela se
r e c u s a a i r ao m é d i c o . Quero
que ela aceite u m tratamento
psiquiátrico. Posso forçá-la?

R Você não poderá obrigá-la a se

consultar contra a sua vontade, e
nenhum médico irá aceitar vê-la se não
for da vontade dela. Mas caso sua irmã
tenha u m ataque, se torne incontrolável
e agressiva, é possível chamar uma
emergência, e ela poderá ser levada
para u m hospital psiquiátrico. Será
medicada, e lá os médicos irão indicar
de que tipo de tratamento ela precisa.
Mas, para tratar uma pessoa que
apresenta algum distúrbio mental e que
se recuse ao tratamento, é necessário
requerer a interdição dela judicialmente.
U m juiz vai analisar se ela não está e m
pleno domínio de suas faculdades
mentais. Para isso, deverá ser feita u m a
perícia, sendo necessária uma junta de
três médicos para diagnosticar o caso e
atestar que a pessoa deve ser
interditada se não estivei capaz de
 você deve chamar o Corpo de Bom-
beiros, que t e m uma emergência
especializada para casos como esse.
3 Consulte u m advogado para obter
mais informações sobre a necessidade
de u m processo de interdição.
Encaminhando
a um especialista
P M e u p a i teve u m t u m o r n o
cérebro em seus últimos anos
de v i d a . C o n f o r m e vou ficando m a i s
velho, intensificam-se m e u s temores
de que a m e s m a coisa p o s s a
acontecer comigo. M a s m e u m é d i c o
n ã o quer m e e n c a m i n h a r a u m
especialista, pois ele diz que
tumores cerebrais n ã o s ã o
h e r e d i t á r i o s . Posso i n s i s t i r ?
R Vncé tem toda a liberdade de
procurar um especialista, que
poderá requerer os exames específicos
que achar necessários depois de
examiná-lo. Se você não apresentar
nenhum sintoma, o especialista
também poderá achar desnecessário
esse tipo de investigação, mas pode ser
VOCÊ PODE S E R MANTIDO NUM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO?
Uma pessoa só pode ser mantida num hospital
psiquiátrico se:
• tiver u m distúrbio mental diagnosticado por
médico psiquiatra;
• tal distúrbio requerer avaliação e tratamento
e m hospital;
• for avaliado que a pessoa possa oferecer perigo a
ela e a outros;
• houver uma ordem iudicial, por exemplo, e m
caso de interdição ou aplicação de pena decorrente
de um c r i m e praticado pelo paciente (internação
e m hospitais psiquiátricos penais).
U m pedido para manter uma pessoa em hospital
psiquiátrico tem de ser feito por:
que não se recuse a pedir os exames,
se você insistir.
No caso de você depender do
atendimento em hospital público, saiba
que os médicos não são obrigados a
encaminhá-lo a uma avaliação de u m
especialista do serviço público se acha-
rem que não é caso para tal, se você não
apresentar qualquer sintoma ou se
não existe n e n h u m motivo razoável que
justifique a realização desse exame. N o
nosso sistema público de saúde, nem
todos os hospitais são bem equipados, e,
provavelmente, você terá de aguardar em
uma fila e poderá estar prejudicando
outra pessoa que necessite com maior
urgènda desse serviço.
R e m o ç ã o de órgão
P Estou indo ao hospital para u m a
cirurgia investigativa de u m
tumor no ú t e r o . Tenho medo que o
cirurgião decida remover meu ú t e r o
sem meu consentimento, e quero ter
certeza de que ele não o fará. T e n h o
como me assegurar disso?
R A princípio, seu médico deverá
retirar material suficiente para
• u m médico ou agente social, especialista em
distúrbio mental, que faça o acompanhamento
médico do paciente;
• ordem judicioI no caso de interdição ou pena apli-
cada quando houver c r i m e praticado pelo paciente
O tempo que uma pessoa pode ficar internada vc
depender do trctamento indicado, destacando-se
que atualmente as políticas de saúde adotadas ne
caso são voltadas para a ressacialização do pacie
te, incentivando-se o retorno dele ao seio f a m i l i a r
com oferecimento de suporte e tratamento para que
o MUO
o paciente consiga levar uma vida n o r m a l , inclusix
lusive
fazendo uso de medicamentos com acompanha-
mento médico permanente quando necessário.
:
realiza! uma biópsia, cumprindo
exatamente o procedimento necessário à
iv, l i / . \ \ m d. i exame como ele lhe
esclareceu ao prescrever-lhe tal proce-
dimerto. Mas se, durante a realização do
exame, ele constatar que se trata mesmo
de um tumor, e que o único ou o mais
recomendável procedimento seja a retirada
d o órgão, ele poderá fazê-lo, porque será
em seu benefício. É uma decisão muito
ditcil a ser tomada pelo medico, e e m
regra ele só a toma se verificar que sua
vida corre risco.
Essa possibilidade existe porque o
Código de Ética autoriza, nos casos em
que haja iminente perigo de morte, que o
médico adote um procedimento sem
esclarecimento e consentimento prévios
do paciente ou de seu responsável. Mas o
médico sabe que será responsabilizado se
praticar atos danosos ao paciente, ou que
possam caracterizar que agiu ce forma
imprudente, negligente ou com impericia.
C a r t ã o de doador
P Tenho u m c a r t ã o de doador de
ó r g ã o s , mas soube que isso n ã o
assegura q u e m e u s ó r g ã o s s e r ã o
utilizados para pesquisas ou usados
por outra pessoa a p ó s a m i n h a
morte. I s s o é verdade?
R Sim. U m cartão de doador de
órgãos e o registro da opção pela
doação na carteira de identidade apenas
indicam o seu desejo de se tornar doador
em transplante de órgãos em pessoas
vivas. Eles não autorizam a doação para
pesquisas médicas. Embora a pessoa
tenha o direito de decidir ser um doador
de órgão, a lei determina que os médicos
solicitem u m consentimento dos
parentes do doador. Eles não podem
fazer um transplante ou retirar seus
órgãos se a sua família fizer uma objeção.
Mostre claramente seus desejos à sua

Deixando o hospital

P E s t o u muito ansioso p a r a
deixar o hospital, mas m i n h a
m é d i c a i n s i s t e que eu tenho de
ficar. E l a pode fazer isso?

R Sua médica é a pessoa mais

indicada para decidir o momento
certo de lhe dar alta. Mas você não é
obrigado a se submeter a um tratamento
que não deseje; então, é possível deixar o
hospital. Na prática, você deve assinar
u m documento declarando que está
ciente dos riscos de sair do hospital antes
da alta e da liberação do médico. É bem
verdade que esse dcxrumento não afasta
a responsabilidade do médico caso você
tenha algum problema, mas será levado
em conta por qualquer investigação,
tribunal o u junta médica se você desejar
mover uma ação judicial ou apresentar
uma reclamação mais tarde. Sempre é
mais seguro e adequado seguir as
orientações médicas
família agora e esclareça que essa e a
sua vontade.
Sempre carregue seu cartão de doador
de órgão. Se for o caso, as equipes dos
hospitais irão entrar em contato com a
sua família para pedir a autorização.
Também é importante informar a seus
parentes se você não quer que partes do
seu corpo sejam doadas a outros ou
usadas para pesquisa após sua morte.
Se você não tiver registrado isso, seus
parentes podem permitir que seus
órgãos sejam doados.
Desligando
os a p a r e l h o s
P M e u i r m ã o e s t á em coma e n ã o
há e s p e r a n ç a de r e c u p e r a ç ã o .
N ó s sabemos que ele n ã o gostaria
de viver a s s i m , m a s os m é d i c o s do
hospital se r e c u s a m a desligar os
aparelhos, e m b o r a n o s s o s familiares
t e n h a m solicitado i s s o . Podemos
exigir que o f a ç a m ?
R Não. Esse procedimento é
denominado eutanásia, e é proi-
bido em nosso país. Os médicos estão
certos em recusar esse pedido e deverão
continuar tratando o seu irmão até que
ele venha a falecer naturalmente ou por
alguma outra complicação, ou apre-
sente alguma melhora e desperte do
coma. Saiba que os médicos são
proibidos de utilizar, em qualquer caso,
meios destinados a abreviar a vida do
pariente, mesmo que seja a pedido dele
próprio ou de seu responsável legal.
Chance de ressuscitação
P Tenho 82 anos e terei de fazer
u m a pequena o p e r a ç ã o . Tenho
problemas de saúde crônicos e
estou preocupado com que alguma
coisa dê errado e que os cirurgiões
p o s s a m n ã o me ressuscitar. E l e s
p o d e m d e s i s t i r de m e r e s s u s c i t a r
p o r e u ser m u i t o v e l h o ?
R Não. E dever do médico atuar
sempre em benefício do paciente,
inclusive utilizando a melhor técnica
para isso. Seu maior objetivo é a saúde
do ser humano, e m benefício da qual
deverá agir com o máximo de zelo e o
melhor da sua capacidade profissional.
Ele está ciente de que deve exercer sua
profissão sem discriminação de qualquer
natureza, inclusive de idade, e de que
pode ser processado por erro médico se
não adotar todos os procedimentos
possíveis e necessários para garantir a
vida e a saúce do paciente. Antes de ir
para o hosoi:al, converse com o seu
médico e também com o cirurgião que
realizará o procedimento, esclarecendo
sobre sua insegurança, e procure estar
acompanhado durante essa conversa.
T e s t e de H I V
P M e u obstetra acabou de me
informar que m e u s resultados
do p r é - n a t a l m o s t r a r a m que sou
H I V negativo. E u n ã o sabia que
t i n h a feito esse teste. E l e s não
deveriam ter me consultado?
R Sim, deveriam. Mesmo em se
tratando de exame pré-natal, que
inclui vários outros testes de inúmeras
doenças, inclusive as sexualmente trans-
missíveis, no caso da Aids é necessário
que você tenha dado autorização ex-
pressa para que seja feito o exame. Sem
essa autorização o laboratório não pode
realizá-lo. mesmo a pedido do médico.
Negligência
do c i r u r g i ã o
M e u pai fez u m a p e q u e n a
o p e r a ç ã o para r e m o v e r u m
cisto do p e s c o ç o . O c i r u r g i ã o c o r t o u
u m nervo por acidente e agora m e u
pai n ã o pode falar direito. E l e p o d e
exigir c o m p e n s a ç ã o ?
R Sim, ele pode fazer várias coisas.
Ele deve fazer uma denúncia ao
Conselho Regional de Medicina e
solicitar uma investigação para ter
certeza de que houve erro médico.
Também poderá fazer uma denúncia na
associação ou sociedade dessa
especialidade médica, que mantém
registros e fornece informações sobre os
médicos cadastrados. Deve também
procurar um advogado especializado em
ações de responsabilidade civil ou de
erro médico, e mover uma ação contra o
médico. Ele tem direito a uma
indenização, já que sofreu uma lesão
decorrente do erro médico. O valor
dessa indenização dependerá da
gravidade da lesão causada, ou seja. das
capacidades ou funções que seu pai
perdeu ou teve prejudicadas. O
Conselho Regional de Medicina também
deve aplicar uma punição, que pode até
ser o cancelamento do registro do
médico, que não poderá mais exercer
a profissão.
Defeitos no nascimento
P V á r i a s coisas deram errado
no parto da m i n h a filha e
constatou-se que ela teve uma
pequena paralisia cerebral após o
nascimento. E l a agora tem 2 anos e
n ã o e s t á se desenvolvendo direito.
Acredito que o hospital cometeu
uma falha e q u e r o reivindicar uma
indenização e m benefício dela.
Posso fazer isso?
R Se ficar comprovado que houve erro
do médico que fez o parto, você
poderá requerer uma indenização e uma
assistência para sua filha, que pode ser
u m a pensão para ajudar nos tratamentos,
além de indenização pelos danos
irreversíveis sofridos pela criança. Mas
atenção: isso só é possível em casos em
que se verifique, de fato, que houve e n o
médico; em caso de doenças congênitas
ou problemas naturais decorrentes do
parto, não é possível pleitear uma
indenização porque não houve
negligênda, imprudência, imperícia ou
culpa do médico.
P L A N O D E AÇÃO
1 Você terá de c o n t r a t a r um advogado
especialista em ações de responsabili-
dade civil ou de erro médico para
mover uma ação i u d i c i a l requerendo
os direitos de sua f i l h a , porque difi-
cilmente o médico, ou o hospital onde
se deu o parto, i r á atender esponta-
neamente à sua reivindicação. Seu
advogado irá orientá-la da melhor for-
m a , mas sem dúvida é mais apro-
priado mover a ação contra o hospital
- que terá condições de c u m p r i r uma
condenação que abarque todos os seus
pedidos - do que contra o médico que
fez a cirurgia. O iuiz i r á analisar seus
pedidos e, de acordo com o que ficar
provado, verificando-se negligência,
imprudência ou i m p e r í c i a do médico
nos procedimentos do parto, ele
poderá reconhecer os seus direitos.
2 Processar o médico ou o hospital
não afasta a possibilidade de fazer uma
acusação ou denúncia de erro médico ao
Conselho Regional de Medicina cobrando
as providências e punições cabíveis,
providenciando uma investigação.
P r o c e d i m e n t o incorreto
P Após u m acidente de carro, o
médico que me atendeu na
e m e r g ê n c i a diagnosticou apenas
u m a lesão no m e u joelho. Só que,
desde e n t ã o , tenho tido dores nas
costas. E m outra consulta, fui
informado de que os danos na minha
coluna s ã o permanentes, mas que
essa condição n ã o estaria t ã o grave
se o médico tivesse identificado
imediatamente o problema. Posso
processar o hospital por negligência?
R Sim. O médico agiu com negligência
ou imperícia e deve ser respon-
sabilizado por isso. Mas não será muito
fácil provar que o diagnóstico foi incor-
reto e que os danos que você sofreu são
decorrentes disso. Você vai precisar do
laudo do médico que fez a segunda
avaliação. Você poderá exigir uma
indenização pela falha no atendimento
do médico da emergência, mas, para isso,
terá de mover uma ação judicial contra o
médico ou contra o hospital.Você tam-
bém pode apresentar uma reclamação ao
Conselho Regional de Medicina e exigir
uma investigação para que o médico seja
punido. E poderá requerer indenização
por danos morais decorrentes da angústia
de ficar com lesões mais graves do que
deveria, além de indenização por danos
materiais, que são reembolsos por todos
os gastos que você teve com o tratamento
prolongado do problema que poderia ter
sido minimizado.
Dentadura mal
colocada
P Tive de colocar d e n t a d u r a ,
mas a primeira p r ó t e s e não se
ajustou e teve de ser s u b s t i t u í d a
por outra, c o m custo a d i c i o n a l .
Passados a l g u n s m e s e s , a i n d a e s t o u
sentindo dor e desconforto. P o s s o
exigir u m a i n d e n i z a ç ã o ?
K Só ha motivos para processai u
dentista se ele tiver c o m e t i d o u m
erro ou causado u m dano a você. C o m -
plicações naturais de u m tratamento não
constituem motivo para isso. Toda colo-
cação de prótese envolve u m risco, e a
adaptação a ela depende de cada pessoa.
Os profissionais da saúde devem
esclarecer sobre todos os aspectos do
tratamento, inclusive sobre as possíveis
complicações ou desconfortos que
podem surgir, mas a falta desse aviso não
é exatamente uma negligência e pode
não representar u m dano a você. Cabe ao
paciente se informar sobre tudo, fazer
perguntas, tirar dúvidas, inclusive avisar
ao profissional sobre alguma insegurança
e dar informação sobre sintomas e
históricos na família que possam
influenciar no tratamento, como, por
exemplo, casos de alergia.
N o seu caso, o resultado dependerá
dos fatos. Você reclamou sobre a
primeira dentadura? Por que ela não se
ajustou? Você falou com o seu dentista
sobre os problemas que tem agora 7
Talvez você seja uma daquelas pessoas
que precisam se acostumar ao uso da
dentadura. Marque um horário com o
dentista e pergunte por que está tendo
tal desconforto. Se não ficar satisfeito
c o m a explicação do dentista, você
poderá decidir fazer uma reclamação ao
Conselho Regional de Odontologia ou
mover uma ação, se estiver certo de
que houve erro.
Dentistas do SUS
P M e u dentista era conveniado
com o S U S e estava me tra-
t a n d o como um paciente do serviço
p ú b l i c o , mas, da última vez que fui
ao c o n s u l t ó r i o , ele me informou
q u e n ã o m a n t é m mais o convênio,
e q u e p a s s a r i a a me cobrar uma
t a x a de consulta particular. O
d e n t i s t a pode parar de me tratar
pelo SUS?
R Sim, mas ele deveria ter avisado,
antes da consulta, que não possui
mais o convênio. Assim, você poderia
decidir continuar ou não se consultando
com ele. Saiba que nenhum médico
conveniado com o SUS, quando está
prestando o serviço público, pode cobrar
taxas ou consultas, porque ele já está
sendo pago pelo governo. Seu dever é
atender aos pacientes gratuitamente.
Se ele não mantém mais o convênio,
será necessário pedir informações
na Secretaria de Saúde do seu estado
ou m u n i d p i o sobre outro médico
conveniado, ou procurar u m posto
de saúde ou hospital público para
continuar o tratamento.
T r a b a l h o desnecessário
P Suspeito que meu d e n t i s t a
particular está fazendo u m
tratamento desnecessário no m e u
dente. E l e pode fazer i s s o ?
R Não, mas is*> é difícil de se provar.
Primeiro, marque um horário para
discutir suas preocupações com seu
dentista. Então, se ainda ficar insatisfeito,
solicite uma segunda opinião de u m outro
dentista. Ele terá de avaliar sua saúde
dental e a qualidade do trabalho feito. Se
essa verificação ajudá-lo a provar que o
dentista fez u m trabalho desnecessário,
você terá razão para reclamar ao Conselho
Regional de Odontologia e solicitar uma
indenização judicialmente.
D e n t i s t a de emergência
P M e u filho teve dor de dente
n o s á b a d o noite e e u l i g u e i
p a r a m i n h a dentista, m a s s ó h a v i a
u m a m e n s a g e m da s e c r e t á r i a
e l e t r ô n i c a . N ã o seria o b r i g a t ó r i o
ela t e r u m serviço de e m e r g ê n c i a
p a r a a t e n d e r durante a n o i t e e nos
f i n a i s de semana?
R Não. Médicos e dentistas não são
obrigados a atender em residências
ou a qualquer hora do dia e da noite.
Geralmente, eles deixam seus telefones
com os pacientes para casos de
emergência, demonstrando boa vontade
e disponibilidade, mas não são obrigados
a trabalhar 24 horas por dia. Como
qualquer profissional, têm uma rotina de
trabalho e direito a uma vida privada e
outros compromissos. Provavelmente,
ela não pôde atender o telefone.
Nesses casos, você deve procurar
um hospital que ofereça esse serviço
de emergência o u em esquema de
plantão. Algumas clínicas odontológicas
estão preparadas para prestar esse
atendimento. Informe sua dentista
de que você procurou uma clínica de
emergência e quais foram os proce-
dimentos, para que ela anote nos regis-
tros ou dê mais alguma informação que
julgar necessária.
Cobrança por serviços
P E s t o u fazendo u m tratamento
de implante dental. S a b i a que
seria caro, m a s na conta existem
itens pelos quais eu não esperava, e
o total é bem maior do que o
e s t i m a d o . O dentista pode cobrar o
quanto ele quiser?
R Não. Ele deve fazer um orçamenti'
antes de começar o tratamento,
para que você decida se deseja mesmo
fazê-lo. Nesse orçamento deverão estar
especificados todos os procedimentos
que vão ser adotados e o custo de cada
u m deles. Você pode exigir que essas
informações sejam passadas de forma
detalhada. E se, por acaso, o dentista
achar necessário fazer algo que signifique
u m gasto extra, decorrente de algum
imprevisto ou complicação, ele tem de
avisá-lo previamente disso.
Você só vai descobrir o motivo do
aumenlo do pmço do serviço
conversanuo com ele. Verifique a conta,
mostrando as discrepâncias da estima-
tiva, e peça explicações. Tente negociar
uma redtção e, se o tratamento ainda
não tiver terminado, peça-lhe que
informe previamente se haverá mais
alguma alteração de preço, para que você
dê, ou não, o seu consentimento.
L u v a s de b o r r a c h a
P
N o t e i que m e u dentista n ã o usa
l a v a s de borracha. E l e pode me
tratar s e m elas?
R Em regra, médicos e dentistas
devem adotar todas as medidas de
higiene e segurança possíveis, tanto para
evitar cortágio de doenças entre os
pacientes como entre o paciente e eles
próprios. Mas pode ser que haja proce-
dimentos e m que determinados materiais
possam ser dispensados. Converse com
seu dentista e pergunte se isso não é
necessário no procedimento que ele está
realizando. Se você se sentir mais
confortável, peça que ele utilize as luvas.
Doença preexistente
P M e u p l a n o de s a ú d e me n e g o u
u m tratamento, a f i r m a n d o q u e
eu j á t i n h a a d o e n ç a a n t e s de ter
contratado o plano. E l e s p o d e m
fazer isso?
R Essa é uma questão complicada. A
legislação sobre os planos de saúde
sofreu grande alteração em 1999.
Dependendo de quando você contratou
o plano, a operadora de saúde é obrigada
a garantir, ou não, o atendimento. E m
regra, doenças existentes antes da
contratação do plano de saúde t ê m
tratamento garantido. Nos planos de
saúde contratados a partir de 1999,
apenas alguns procedimentos mais
complexos ficam temporariamente
restritos. Hara esclarecer essa duvida
você deve entrar em contato com a
ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) - www.ans.gov.br ou pelo
telefone 0800-7019656 - ou consultar
um advogado especializado.
A A N S informa que nenhuma doença
pode ser excluída da cobertura de planos
de saúde. Nos planos contratados a partir
de 1999, doenças como câncer, Aids e
transtornos psiquiátricos têm cobertura
obrigatória, mas as operadoras de plano
de saúde v ê m bngando na Justiça por
causa dessa orientação da agência
reguladora, afirmando que tais
tratamentos são muito caros, e elas não
possuem estrutura para garanti-los.
Portanto, sempre negocie com a
operadora e verifique quais são os
direitos constantes do contrato e as
políticas de exclusão, para evitar
problemas futuros.
Aumento das
mensalidades
P R e c e b i o boleto de pagamento
da mensalidade do m e u p l a n o
de s a ú d e e constatei u m aumento de
mais de 50% no valor da m e n s a l i -
dade. A operadora pode fazer esse
reajuste s e m me avisar?
R De acordo com o Código de Defesa
do Consumidor, não. Qualquer
reajuste abusivo pode ser questionado
judirialmente. Se for verificado que o
consumidor está sofrendo desvantagem
excessiva perante a prestadora do serviço,
o juiz poderá determinar de quanto deve
ser o aumento.
Mas é importante saber que há u m
conflito sobre o assunto aguardando a
solução da Justiça. A partir do ano 2000,
a A N S ficou responsável pelo controle
dos aumentos de preço dos planos de
saúde, e esse controle varia de acordo
com o motivo do aumento e o tipo de
cada contrato de prestação de serviços de
saúde. A mensalidade pode ser corrigida doras têm de informar no boleto de co-
e m três casos: alteração dos custos brança o percentual e o tipo de aumento
assistenciais, mudança de faixa etária do que estão aplicando à sua mensalidade.
consumidor ou reavaliação do plano. Em
1999, quando a Lei dos Planos de Saúde
foi aprovada, constatou-se que os planos Convênio com o S U S
contratados por pessoas físicas
predsavam de proteção especial, já que o
poder de negociação de u m indivíduo
ante uma operadora é despropordonal.
P F u i informado, no posto
de s a ú d e onde f a ç o u m
tratamento, de que m i n h a o p e r a ç ã o
Mas os planos contratados antes da s e r á feita e m hospital particular,
vigènda da lei não estão ao alcance das m e s m o e u sendo u m paciente
novas regras e podem ser reajustados do S U S . I s s o porque o hospital
pelas operadoras em índices acertados m a n t é m u m convênio com o
nos contratos. Em. tese, é possível u m governo. M a s ouvi d i z e r que n ã o
plano sofrer n u m só ano mais de t e r e i n e n h u m direito, se algo der
u m aumento, mas é aconselhável con- e r r a d o . I s s o é verdade?
sultar a ANS para verificar se são aumen-
tos autorizados. O índice máximo admi-
tido pela A N S para reajuste no período
£
de 1 de maio de 2004 a 30 de abril de
2005 foi definido em 11,75%, mas as ope-
radoras estão brigando na Justiça contra
essa limitação. Mas lembre-se: as opera-

ré
I J Nau. U hospital e UUi piesladol de
A V serviço conveniado ao SUS, e
recebe uma remuneração ajustada nesse
convênio, por isso presta o serviço
gratuitamente. Você tem todos os direitos
de u m paciente comum, e os médicos
mantêm todas as suas responsabilidades
com você e com o seu tratamento.
Rejeitando uma
solicitação
P M e u plano de s a ú d e rejeitou
m i n h a s o l i c i t a ç ã o para u m a
cirurgia de c o r a ç ã o e n ã o me
disseram o motivo. E l e s podem
fazer isso?
R Não. Alguns atendimentos não
podem ser negados. São tidos como
coberturas básicas que têm de constar
dos contratos de planos de saúde, e são
determinadas pela ANS. Nesse caso,
nem mesmo com uma justificativa
um atendimento pode ser recusado.
Existem muitos motivos para uma
recusa da seguradora, entre eles a
hipótese de que o seu contrato não
oferece determinadas coberturas, ou que
exige uma carência. Quando você
contratar u m plano de saúde, leia o
contrato com atenção, cheque todas as
exclusões, tenha certeza de que lhe foram
informados todos os detalhes relevantes e
declare todos os seus problemas de saúde
antes de assinar o contrato. Se
informações importantes sobre seus
problemas de saúde estiverem erradas ou
omitidas, a empresa pode se recusar a
prestar o serviço. Mas, se houver alguma
cláusula abusiva ou incompreensível no
contrato, ela pode ser anulada ou
interpretada favoravelmente a você em
uma ação judicial.
Alguns planos de saúde podem não
cobrir quaisquer doenças presentes antes
de assinado o contrato. Muitas doenças
crônicas (de longa duração, como artrites,
que podem durar anos) podem não ser
cubei ta>, nem serviços uwxticos <JU
tratamentos que sejam de escolha do
paciente, e não por necessidade médica,
como uma cirurgia plástica. Muitos planos
também excluem parto e tratamentos de
Aids. Verifique as exclusões antes de
agendar qualquer tratamento. Se o
tratamento de que você precisar não
estiver incluído no seu contrato, a
empresa pode se recusar a oferece lo.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com sua
operadora ou empresa de plano de
saúde e peça explicações sobre a
recusa. Se deseiar, faça u m a
reclamação por meio do serviço de
atendimento ao cliente.
2 Você t a m b é m pode fazer uma
reclamação à ANS e procurar u m
advogado para mover uma ação
contra a empresa de plano de saúde,
se quiser discutir as cláusulas do
contrato que não f o r a m esclarecidas
e tentar exigir que se faça o trata-
mento. Muitos iuízes entendem que
a obrigação da empresa é oferecer
o t r a t a m e n t o se as informações
não f o r a m prestadas ao consumidor
de f o r m a adequada.
D e v e r e s do médico
P
A n t e s de me submeter a u m a
o p e r a ç ã o de retirada de catarata,
informei à enfermeira, que fez as
devidas a n o t a ç õ e s , que sou alérgico
ao látex de luvas cirúrgicas. Durante
a o p e r a ç ã o , tive u m a reação e pre-
cisei ficar no hospital por mais t r ê s
dias. O cirurgião disse que não teve
culpa, pois m i n h a alergia não cons-
tava nos registros. Acho que a enfer-
meira esqueceu de passar as infor-
m a ç õ e s . E l e s podem ficar impunes?
R Não. Nesse caso houve uma
negligência, e o responsável pelo
ato é o médico. Ele é quem deveria
perguntar sobre alergias e procurar
Tratamento
REGRA DE
obter todas as informações necessárias, complementar OURO
antes do procedimento. Mesmo que isso
não constasse do prontuário, era
obrigação dele se informar antes da
cirurgia. Além disso, o sistema do
P Venho pagando p o r u m
tratamento particular de
homeopatia p a r a riu ire há m e s e s ,
Verifique se você
tem provas antes d«
decidir processar
hospital tem de confirmar que detalhes m a s u m amigo me i n f o r m o u que eu um terapeuta
importantes fornecidos pelo paciente posso consegui-lo a t r a v é s do S U S . complementar.
sejam comunicados aos médicos e aos I s s o é verdade? E s s a s atividades
não são regu-
outros responsáveis por seus cuidados.

Você tem direito de exigir uma
indenização pelos gastos suportados
decorrentes da negligência d o médico,
por ter ficado mais tempo do que
o previsto n o hospital, e por outros
danos que talvez tenha sofrido
por causa da alergia. Como dificil-
mente eles atenderão a seu pedido
espontaneamente, você terá de mover
uma ação judicial contra o médico
ou contra o hospital.
R
lamentadas e não
Sim. Alguns hospitais públicos
sofrem fiscalização
e particulares que mantêm
de um órgão
convênio com o SUS, e m algumas específico. Um pro-
regiões do país, já oferecem trata- cesso pode ser lon-
mentos homeopáticos. Você terá go e muito caro.
de pedir informações na Secretaria de
Saúde d o seu estado ou município
para saber que hospitais oferecem
esses serviços, que problemas podem
ser tratados com esse método e
como ter acesso a eles.

R E C L A M A N D O S O B R E T R A T A M E N T O D E SAÚDE PARTICULAR

Você pode fazer uma reclamação diretamente ao
médico se ficar insatisfeito com o atendimento dele,
ou oo Conselho Regional de Medicina. Se sua
insatisfação for com o hospital ou com a clinica onde
foi atendido, você deve procurar o setor de
reclamações da instituição. A maioria dos grupos de
hospitais particulares e companhias de plano de
saúde possui um procedimento de reclamação do
tipo atendimento ao consumidor. A ANS também
recebe reclamações e realiza fiscalizações. E , se o
problema for com relação a higiene, você pode
procurar a Anvisa.

AÇÃO L E G A L
Uma ação iudicial não está descartada, e, na maioria dos casos, principalmente quando se verifica
um erro médico por imprudência, negligência ou imperícia, esse é o único meio de se obter u m a
indenização. Se a sua operadora ou empresa de saúde se recusar a c u m p r i r os padrões mínimos de
cobertura impostos pela ANS ou as condições do seu contrato (e, por isso, você t i v e r de arcar com
gastos para obter um t r a t a m e n t o ) , você poderá processá-los para requerer o reembolso do valor
que gastou indevidamente.

Você pode processar a empresa ou operadora de plano de saúde por:

• Negligencio, imprudência ou imperícia no t r a t a m e n t o coberto pelo plano de saúde, se houver erro

médico ou se você receber tratamento abaixo do padrão.
• Quebra de contrato: se for recusado algum tratamento que está incluído na cobertura do plano ou
atendimento sem uma justificativa, estando suas prestações em dia.
D I R E I T O S DO P A C I E N T E AO ATENDIMENTO MÉDICO PÚBLICO OU PRIVADO
E m u m atendimento médico, seio ele prestado
por instituição pública ou p a r t i c u l a r , que inclua
exames, consultas, c i r u r g i a s ou internações,
todo cidadão tem direitos que não podem ser
desrespeitados, e que estão dispostos na Cons-
tituição Federal, no Código de Ética Médica,
no Estatuto da Criança e do Adolescente, na
Declaração Universal dos Direitos Humanos,
e m leis federais e estaduais e em portarias do
Ministério da Saúde. São eles:
• Todo cidadão tem direito a cuidados
médicos, sem distinção de qualquer espécie,
seia de raça, sexo, idade, condição social,
nacionalidade, opinião política, religiosa ou de
outra natureza, ou por ser portador de qualquer
doença, infecto-contagiosa ou não.
• A maternidade e a infância requerem
cuidados especiais.
• Todo paciente tem direito a atendimento
g r a t u i t o e atencioso, e m instituição pública ou
privada conveniado com o SUS, respeitados
seus interesses, segurança e pudor, em local
digno e adequado.
• Serão utilizados todos os recursos
disponíveis para exames e t r a t a m e n t o em
favor do paciente.
• É d i r e i t o do paciente receber tratamento de
urgência em períodos festivos, feriados ou du-
rante greves profissionais, devendo os hospitais
e clínicas manter serviços de emergência
preparados para prestar atendimento.
• E m caso de urgência, o paciente tem direito
a atendimento imediato na unidade e m que
estiver, se não houver outro médico ou serviço
de saúde em condições de fazê-lo.
• O paciente, ou seu responsável, tem direito a
ficha clínica ou prontuário médico individual,
com resultado dos exames, descrição de seu
estado de saúde e do tratamento a que está
sendo submetido.
• Os estabelecimentos de atendimento à saúde
deverão proporcionar condições para a
permanência, e m tempo integral, de u m dos
pais ou responsável, nos casos ce internação de
crianças e adolescentes (até 17 anos).
• É obrigatório aos hospitais públicos,
contratados ou conveniados com o SUS,
v i a b i l i z a r meios que p e r m i t a m a presença de
acompanhante de pacientes maiores de 60 anos
de idade, durante o período de internação.
• Qualquer procedimento médico (exame ou
t r a t a m e n t o ) será realizado c o m o
conhecimento e consentimento prévio
do paciente. Para isso, ele pode exigir
explicações claras sobre seu estado de saúde,
os métodos e resultados de seus exames,
o t r a t a m e n t o a que deve ser submetido,
bem como os riscos, objetivos e a provável
duração deste. A l é m do m a i s , o médico deverá
fornecer todas as explicações necessárias,
em linguagem clara e acessível ao paciente,
de f o r m a que ele compreenda plenamente
todas as questões envolvidas.
• Se o médico iulgar que uma comunicação
direta ao paciente pode causar-lhe danos, ou,
ainda, se ele não estiver e m condições de
compreender, as explicações serão fornecidas
a seu responsável, que d a r á , ou não,
consentimento para os procedimentos médicos.
O paciente, ou seu responsável, tem direito de
desistir do consentimento dado anteriormente.
O médico poderá solicitar que o paciente, ou
seu responsável, dê o consentimento por
escrito, assim como declaração da desistência
do e x a m e ou tratamento.
Quando o paciente estiver correndo risco de
vida, o médico responsável determinará os
exames e tratamentos necessários,
independentemente de conhecimento ou
consentimento prévios do paciente.
• Serão informadas ao paciente as prováveis
causas de sua doença e as condições que
podem agravá-la. Quando trabalhador, o
paciente será alertado sobre condições de
trabalho que coloquem em risco sua saúde.
• As receitas médicas serão dadas por escrito,
e m letra legível, e nelas deverão constar
identificação clara do nome do médico e seu
número de registro no Conselho Regional de
Medicina. Delas constarão o nome comercial
do medicamento e do genérico, quando houver,
e a f o r m a de utilização.
• É d i r e i t o do paciente solicitar todo escla-
recimento que iulgar necessário para o
t r a t a m e n t o correto.
• As informações sobre o paciente são segredos
profissionais. O médico só poderá revelá-las
com autorização expressa do paciente
ou se houver riscos à saúde de
terceiros, à saúde pública ou por
imposição legal. Se o paciente não tiver
capacidade de ovaliar e solucionar seus
problemas, e o não-revelação de seus
segredos puder acarretar danos à sua
saúde, as informações serão reveladas
a seu responsável.
• É direito do paciente exigir que todo
material utilizado nos procedimentos
médicos seia descartável ou esteri-
lizado e manipulado higienicamente.
Quando estiver internado, o paciente
tem direito a alimentação adequada e
higiênica, preparada sob orientação
de nutricionista.
• Nos casos de procedimentos
especiais, como doação e transplante,
esterilização, fecundação a r t i f i c i a l e
abortamento, é direito do paciente
receber todos os esclarecimentos,
inclusive sobre seus aspectos legais.
• O paciente t e m direito de recusar ou
consentir em ser submetido a exames
ou tratamentos experimentais ou que
façam parte de pesquisa. Caso o
paciente seia consultado sobre
consentimento para utilização de
métodos experimentais ou médico e seu número de registro no
participação em pesquisas, é seu Conselho profissional.
direito ser informado sobre os • É direito dos familiares de paciente
benefícios, riscos e probabilidades de falecido serem imediatamente
alteração em suas condições de dor, avisodos de sua morte e receberem
sofrimento e desenvolvimento da declaração de óbito emitida pelo
doença. O consentimento será feito por médico que o assistia, exceto quando
escrito. Se o paciente não estiver e m houver evidências de morte violenta.
condições de decidir, qualquer • Ao prestar serviço em unidades
experiência ou pesquisa só poderá ser públicas, o médico é proibido de
feita se for para seu próprio benefício encaminhar o paciente a serviços
e com o consentimento por escrito de particulares, que acarretem despesas
seu responsável. ao paciente.
• É direito do paciente receber • O paciente tem o direito de não ser
declaração, atestodo ou laudo médico abandonado pelo médico que o
para apresentoção a seu empregador, m a n t é m sob seus cuidados. Para
assim como para fronsferència ou renunciar ao atendimento, o médico
encaminhamento a outro profissional deve comunicar a renúncia ao
ou unidade de saúde para continuidade paciente ou ao seu responsável legal,
do tratamento ou na alta. Tais assegurando-se da continuidade dos
declarações serõo dadas por escrito, cuidodos e fornecendo todas as
e m letra legível, assinadas, com informações necessárias ao médico
identificação clora do nome do que o suceder.
 cheque, já fornecidas ao correntista,
Tarifas bancárias ainda não tiverem sido liquidadas);

P Verifiquei e m m e u extrato
b a n c á r i o a c o b r a n ç a de t a r i f a s
sem a m i n h a a u t o r i z a ç ã o p r é v i a .
O banco pode fazer isso?
a substituição do cartão magnético,
no vencimento de sua validade; o
fomedmento dos documentos que
liberem garantias de qualquer espécie;
a devolução de cheques (exceto se por

R Sim. A o abrir a conta, você assinou

um contrato que fixa os seus
direitos e obrigações como cliente, assim
motivo de insuficiência de fundos); a
manutenção de conta de poupança,
exceto das contas de poupança inativas
como os da instituição financeira. (aquelas com saldo igual ou inferior a
Os termos desse contrato são R$ 20,00 e que não apresentem movi-
estabelecidos pela instituição nos limites mentação pelo periodo de seis meses); a
e condições fixados pelo Banco Central manutenção de contas à ordem do poder
do Brasil (Bacen). O cliente não tem o judidário e de contas decorrentes de
poder de decidir sobre o seu conteúdo, ações de depósitos em consignação de
apenas pode aderir ou não a ele. pagamento; e o fornecimento de u m
Pelas regras do Bacen, apenas as extrato mensal, contendo toda a
contas-salário - que se destinam unica- movimentação da conta no mês.
mente a receber salários, aposentadorias, Além das tarifas, os bancos estão
pensões e similares, sem a possibilidade autorizados a debitar diretamente da
de movimentação por cheques - estão conta do cliente taxas relativas aos
isentas da cobrança de tarifas. seguintes serviços públicos: devolução de
Quanto às demais contas, permite-se a cheque pelo sistema de compensação
cobrança de tarifas relativas aos serviços destinados à Câmara de Compensação; e
listados em quadro demonstrativo. Esse solicitação de exclusão de nome do
quadro deve estar obrigatoriamente Cadastro de Emitentes de Cheque sem
afixado na agenda,
em local visível ao
público, com trinta
XU LÁ VEM
dias de antecedên-
O &ERENTE DO BANCO/
cia do início da co- CWPADO, ESSES CARAS
brança ou da alte- &OSTAM DE ARRANCAR
ração de valores. O NOSSO COURO/
Mas nem todos
os serviços podem
ser cobrados. A lista
de seniços gra-
tuitos engloba:
o fornecimento,
a critério do
correntísta, de
cartão magnético
ou de u m talão de
cheques, com pelo
menos dez folhas
por mês (que
poderá ser sus-
penso quando vinte
o u mais fn'h.is de
Fundos, CCF, destinados ao Fundo
Garantidor de Crécito - FGC.
P L A N O D E AÇÃO
1 Verifique se o quadro demonstrativo
de tarifas do seu banco foi afixado em
tempo hábil para a cobrança, se o
serviço não está entre os gratuitos, e
se o preço cobrado corresponde ao
serviço prestado.
2 Se você não concorda com alguma
cobrança, fale com o seu gerente ou
c o m alguém que possa resolver o
problema rapidamente.
3 Caso não obtenha resposta
satisfatória, solicite a intermediação
do Banco Central.
Salário a t r a s a d o
P M e u salário é geralmente
creditado diretamente na
m i n h a conta no primeiro dia útil
do m ê s . Este mês, inadvertida-
m e n t e , emiti u m cheque s e m fundos
porque o meu salário n ã o foi cre-
ditado até o quinto d i a útil. Posso
exigir c o m p e n s a ç ã o do m e u banco
o u do m e u empregador?
R Talvez. Vias, primeiro, você terá de
descobrir se houve falha, e onde ela
ocorreu. Lembre-se de que, pela
legislação trabalhista em vigor, caso não
ha a acordo ou convenção mais favorável
ao trabalhador, os salários relativos ao
mês trabalhado devem ser pagos até o
quinto dia do mês seguinte.
Caso o seu empregador tenha
realizado o depósito ou a transferência
e m tempo hábil, o problema pode ter
ocorrido por responsabilidade do banco.
Se o depósito em sua conta tiver sido
efetuado em cheque ou em documentos
de crédito ( D O C ) , é importante verificar
os prazos máximcs de compensação
p e r m i t i d o s a o s bancos.
OS BANCOS E O CÓDIGO DO C O N S U M I D O R
O Código de Defesa do Consumidor ( C D C ) aplica-se à
relação entre bancos e clientes. Devido à complexidade
dessa relação, regras mais especificas são impostas pelo
Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional.
O chamado "Código do Consumidor Bancário" e outras
normas esparsas do Banco Central contêm exigências
muito mais amplas, complexas e especificas do que
aquelas genericamente fixadas pelo C D C , mas não
podem contrariá-lo.
0 sistema de atendimento ao público implantado pelo
Banco Central em todo o Brasil tem índices e prazo médio
de soluções que podem ser classificados como bons, e
costuma receber atenção prioritária dos bancos. Isso porque
o elevado grau de competitividade obriga grandes bancos
a manterem um bom padrão de atendimento, sem o qual
não sobrevivem no mercado.
Portanto, não hesite em tirar proveito dessa condição,
e exija tratamento e vantagens diferenciados.
Embora a automação bancária tenha
alcançado elevado gTau de desenvol-
vimento no Brasil, os prazos de bloqueio
de valores depositados normalmente
variam de u m a cinco dias úteis,
dependendo da praça de proveniência,
e podem chegar, em casos de praça de
difícil acesso, a vinte dias úteis.
Hoje, com a entrada em vigor do
Sistema Brasileiro de Pagamentos, a
maior parte das transferências de valores
mais elevados é feita por meio de
Transferências Eletrônicas de Crédito
(TED), que possibilitam a redução dos
custos bancários e a disponibilização de
recursos no mesmo dia, assim que o
banco destinatário recebe a mensagem
de transferência.
Caso fique comprovado que o seu
empregador depositou o valor e que o
banco o bloqueou por tempo superior
ao permitido, você deve pedir reparação
pelos prejuízos causados.
P L A N O D E AÇÃO
1 V e r i f i q u e a Tabela de Prazos dos
Cheques Compensáveis e compare
com o tempo decorrido no seu caso.
 2 Se você confirmar que a responsa-
bilidade foi do banco, faça uma recla-
mação f o r m a l ao seu gerente.
3 Solicite o ressarcimento de todos os
custos decorrentes do problema, tais
como perdas de rendimentos, tarifas ou
multas por atraso de pagamentos;
além das taxas por emissão de cheque
sem fundos. Você pode também adi-
cionar um valor menor, por conta dos
prejuízos morais que sofreu pelo erro
do banco. Se achar conveniente, utilize
os sistemas centralizados de atendi-
mento ao cliente para prestação de
informações e registro de reclamações,
mantidos pela maioria dos bancos.
4 Se não houver resposta satis-
f a t ó r i a , faça reclamação à Central de
Atendimento ao Cidadão do Banco
Central, que o a u x i l i a r á na situação,
exigindo que o seu banco tome as
devidas providências.
DÉBITO E M CONTA C O R R E N T E
Z> pagamento de faturas de diversos serviços e produtos pelo
s i s t e m a de débito em conta corrente iá está disponível nos
p r i n c i p a i s bancos. O sistema funciona como uma autorização
p a r a que seia debitado periodicamente da sua conta corrente
r> v a l o r correspondente à fatura de u m determinado serviço
D I produto. O cliente recebe a fatura apenas para conferência
& controle pessoal. É u m sistema muito utilizado paro
p a g a m e n t o de contas de energia elétrica e de telefone e
—epresenta vantagem para todos os agentes envolvidos.
Para o consumidor, significa uma preocupação a menos, iá
==iue, desde que tenha saldo suficiente em conta corrente, não
z a r c a r á com possíveis atrasos no pagamento de contas, que
s e r ã o de responsabilidade do banco ou da empresa, conforme
z u caso. Para a empresa, o sistema garante a pontualidade no
^ p a g a m e n t o dos seus clientes. Para os bancos, a l é m de
rrrJiminuir as filas nas agências, o serviço é t a r i f a d o , e é todo
F=>rocessado por sistemas de informática.
A autorização para o débito é feita por escrito, na própria
= r j g ê n c i a , por meio de formulários próprios, ou por máquina de
=zjuto-atendimento do banco, pelo próprio cliente.
Para suspender a autorização, basta ir à agência e solicitar
= o cancelamento do serviço.
D Por tim, se n a u a u i » u u e i L Ó iu C U
preiuízo for de até o equivalente a vinte
salários mínimos, o melhor caminho é
recorrer aos Juizados Especiais Cíveis.
Caso o valor seja maior, você precisará
de u m advogado para ingressar com
ação iudicial de reparação por danos
materiais e morais.
E r r o e m débito
P A u t o r i z e i o débito e m c o n t a da
fatura m e n s a l do m e u c a r t ã o de
c r é d i t o . N o m ê s passado, o banco
n ã o debitou o valor da fatura, o que
r e s u l t o u na c o b r a n ç a de m u l t a e
j u r o s por parte da a d m i n i s t r a d o r a .
T e n h o de arcar com esse p r e j u í z o ?
R Não. No caso de faturas entregues
pelo correntista para débito e m
conta, o atraso no pagamento da conta
não pode ser cobrado do cliente. A res-
ponsabilidade peio arraso pode ser tanto
do banco, por faiha de processamento,
quanto da própria administradora, por ter
retardado o envio da informação. A multa
e os juros deverão ser imediatamente
devolvidos, já que o erro não foi seu.
PLANO DE AÇÃO
1 Ligue para a central de atendimento
da sua administradora de cartão de
crédito e relate os fatos ocorridos. Peça
u m estorno imediato da quantia refe-
rente a iuros e multa. E m regra, isso é
feito provisoriamente, enquanto se apu-
r a m as responsabilidades pelo atraso.
2 Caso não obtenha sucesso, faça uma
reclamação formal por escrito, de pre-
ferência por meio de carta com Aviso
de Recebimento (A.R.) ou por e-mail
ao serviço de atendimento ao cliente
do banco.
3 Se não f i c a r satisfeito, reclame à
Central de Atendimento ao Cidadão
do Banco Central.
 F i m de conta conjunta pessoa; escolher senha óbvia, com
combinação fácil de adivinhar.

P M i n h a n a m o r a d a e eu t í n h a m o s
uma conta conjunta. Nos
separamos há alguns meses, mas
ela continua emitindo cheques que
s ã o debitados daquela conta. O
banco diz que eu s o u responsável
pelos gastos. E l e pode fazer isso?
O ônus de provar a sua culpa é sempre
do banco, portanto, não é você que,
inicialmente, deve provar a sua inocência.
P L A N O D E AÇÃO
1 Escreva uma c a r t a ao banco
explicando a situação e solicitando o
estorno da quantia debitada.

R Normalmente, sim. Os contratos

de conta conjunta, em geral,
estabelecem que todos têm direitos e
2 Se o banco se recusar a devolver o
dinheiro, faça uma reclamação oficial
deveres idênticos. Todos são obrigados a ao serviço de atendimento ao cliente
garantir a existência de saldes para fazer da instituição.
face aos cheques emitidos. Mesmo que
você seja o primeiro htular da conta, o 3 Se não houver resposta sa-
banco exige a concordância dos dois para t i s f a t ó r i a , r e c l a m e à Central de
encerrar a conta ou excluir um dos A t e n d i m e n t o ao Cidadão do Banco
titulares. Caso isso não seja possível, C e n t r a l , que o a u x i l i a r á na situação,
entre em contato com o seu gerente e exigindo que o seu banco tome as
solicite o bloqueio da emissão de talão de devidas p r o v i d ê n c i a s .
cheques para a sua namorada. Solicite
também o impedimento para a reno-
vação do seu cartão magnético. Peça
também que cancelem qualquer limite
do seu cheque especial.
p£Po?& o SR. TROCA

Retirada fantasma

P M e u extrato a c u s a u m a reti-
rada e m d i n h e i r o de u m ter-
m i n a l de atendimento a u t o m á t i c o ,
no valor de R $ 500,00, que e u
n u n c a fiz. O banco a l e g a que e u
sou r e s p o n s á v e l . I s s o é verdade?

Xão. A não ser que o banco

possa provar que você cometeu
uma fraude, o valor deverá ser estornado.
Você pode ser responsabilizado se o
banco provar que você faltou com os
cuidados necessários para proteger
o seu cartão de mau uso, o u seja, se
provar que você foi negligente ou
imprudente. Essa falta de cuidado
abrange: escrever a sua senha no cartão
ou em algum lugar próximo ou junto
úVlc; foifiver a sua senha pai .1 nutri:
C h e q u e forjado
P M e u último extrato a c u s a u m
s a q u e feito com u m cheque que
e u n ã o emiti. L i g u e i i m e d i a t a m e n t e
para minha agência para avisar o
b a n c o da o c o r r ê n c i a . O gerente com
o q u a l falei me disse que já era
tarde p a r a tomar alguma
p r o v i d ê n c i a . E l e pode f a z e r isso?
R Não. O banco deve abrir uma
sindicância para apurar o caso.
Enquanto se apuram as responsa-
bilidades, o valor, em geral, é estornado
para a sua conta, até a conclusão da
investigação. Você agiu corretamente ao
alertar o banco tão logo verificou o
problema. Se o cheque tiver sido forjado,
trata-se de crime, que deverá ser
comunicado à polícia.
Você só terá de assumir o prejuízo se
tiver infringido alguma das condições ou
limites estabelecidos no contrato, tais
como: emitir cheques em branco ou
deixar espaços exagerados entre as
palavras em um cheque que tenha
preenchido - o que poderia permitir ao
fraudador modificar o valor original.
P L A N O D E AÇÃO
1 E s c r e v a para o seu gerente expli-
cando o que o leva a pensar que o che-
que foi falsificado. Anexe cópia do seu
extrato. Solicite o estorno imediato
do valor.
2 Caso não obtenha sucesso, faça uma
reclamação formal ao serviço de aten-
dimento ao cliente do banco e peça
cópia do cheque em questão.
3 Caso ainda não tenha resolvido o
problema, entre em contato com a
Central de Atendimento ao Cidadão
do Banco Central.
4 Proceda, também, à ocorrência
policial, com uma cópia do
cheque adulterado.
Talão roubado
P F u i alvo de furto. O s l a d r õ e s
me levaram d o c u m e n t o s e t a l ã o
de cheque. D e m o r e i a l g u n s dias a t é
me dar conta do ocorrido. A s s i m
que percebi, avisei o banco, m a s f u i
informado de que poderia ter de ar-
car com o prejuízo decorrente de
cheques emitidos no p e r í o d o , c o m a
assinatura falsificada. O b a n c o pode
fazer isso?
R Não. Desde que você notifique o
banco imediatamente, pedindo a
sustação do pagamento dos cheques
perdidos, não poderá ser responsabilizado
por qualquer cheque com assinatura
falsificada. Como cuidado adicional, não
deixe de fazer uma ocorrência policial.
Os termos e condições do contrato de
sua conta normalmente exigem que você
aja com os cuidados mínimos para evitar
o uso inadequado dos seus cheques.
Assim, se você guardar juntos o talão e o
respectivo cartão magnético, e eles forem
roubados, possivelmente terá de arcar
com o prejuízo durante o intervalo entre
o desaparecimento do talão e a
comunicação ao banco.
Mas se a falsificação de sua assinatura
for grosseira, a responsabilidade pelo
pagamento será toda do banco, já que ele
tem a obrigação de conferi-la com o
cartão de autógrafo, sobretudo para
pagamento de valores elevados.
C a r t ã o engolido
no c a i x a automático
P U m caixa de atendimento
a u t o m á t i c o n ã o devolveu m e u
c a r t ã o e me impediu de fazer
p a g a m e n t o s . O banco diz que a
r e t e n ç ã o do c a r t ã o obedeceu a o s
procedimentos de segurança
n o r m a i s e que n ã o é responsável
pelas i n c o n v e n i ê n c i a s e prejuízos
c a u s a d o s . E l e s e s t ã o certos?
 R Sim. A maioria dos bancos inclui
no contrato, entre os termos e
condições para abertura de conta
corrente, cláusula na qual se compromete
a devolver ou fornecer novo cartão., o
mais breve possível, em caso de violação
dos seus procedimentos de segurança.
Entretanto, essa mesma cláusula
resguarda a responsabilidade do banco
pelos possíveis inconvenientes causados
ao cliente durante o tempo necessário à
substituição do cartão.
Em regra, existem três motivos pelos
quais o seu cartão pode ser "engolido"
pelo terminal de atendimento:
• Você (ou outra pessoa) digitou
erradamente a senha da sua conta. Essa
técnica de tentativa e erro é muito
utilizada para cometer fraudes, e a
máquina é programada para reter o
cartão após três tentativas incorretas.
• O cartão já está com a data de
validade vencida, caso em que,
normalmente, o banco já emitiu u m
novo para substituí-lo. Não sendo este o
caso, pode ter acontecido de o seu novo
cartão ter sido interceptado por
fraudadores nos Correios.
•Você pode estar sendo alvo de uma
fraude no terminal. Criminosos utilizam-se
de aparelhos que costumam reter
cartões. Assim que a vítima se afasta do
terminal, eles usam o seu cartão e os
dados já inseridos para furtar dinheiro da
sua conta ou, simplesmente, vão às
compras com ele. Às vezes, essas pessoas
ficam próximas ao terminal, oferecendo
"ajuda"em caso de dificuldade, o que
lhes dá a chance de observar e
memorizar a sua senha.
Caso o seu cartão fique retido,
notifique a administradora. Normal-
mente, os caixas eletrônicos têm u m
telefone para contato direto. É melhor, no
entanto, usar o número de contato de
emergência do banco ou da adminis-
tradora que normalmente consta no
verso do cartão.
Se o seu cartão for "engolido" num
terminal localizado junui a um baneo no
horário do expediente bancário, entre e
relate o ocorrido. Talvez os funcionários
da agência possam recuperar o seu cartão
na hora.
Caso o caixa eletrônico não seja anexo
à agência, e você estea com o seu
telefone celular, ligue enquanto ainda
estiver no terminal, bloqueando o cartão.
Isso impedirá a aplicação do golpe
já mendonado.
Caso você esteja no exterior, utilize o
serviço de assistênda de viagem oferecido
pelas principais administradoras.
Se o seu cartão for retido durante
seu período de férias, e você tiver feito
u m seguro de viagem, entre em
contato com a seguradora. Talvez a
cobertura do seu seguro inclua a
possibilidade de saque em caso de
emergência. Hoje. algumas a d m i -
nistradoras de cartão de crédito
providenciam o envio de u m novo
cartão n u m prazo de até 24 horas.
Saque c o m cartão
roubado
P M e u c a r t ã o do banco foi
roubado. Antes que eu pu-
d e s s e b l o q u e á - l o , o l a d r ã o sacou
RS 1.000,00 e a m i n h a conta ficou
negativa e m R $ 300,00. N ã o tenho
limite e m cheque especial. Pensei
que n ã o p u d e s s e s e r responsabili-
zado, m a s o b a n c o d i z que, como
escrevi a s e n h a n o m e u c a r t ã o , terei
de a r c a r c o m todos os p r e j u í z o s .
E l e s p o d e m f a z e r isso?
R Não. Como você não tem limite no
cheque especial, só terá de arcar
com a quantia que t i r h a na conta. O
banco não pode obrigá-lo a cobrir o
resto, pois não havia previsão contratual
para que se pudesse exceder o limite do
saldo existente.
Você só será responsável pelo
pagamento, até o limite do seu saldo, se
o b a n c o p r o v a r q u e v:>cê n ã o teve os
cuidados necessários para evitar mau uso
do cartão.
Escrever a sua senha no cartão é uma
situação que caracteriza uma falta grave
com relação ao dever de cuidado mínimo
para evitar fraudes com o cartão. Se o
banco conseguir provar isso, você é
passível de responsabilização.
De qualquer forma, você deve avisar à
polícia do ocorrido, e comunicar o fato ao
gerente do banco. Mostre interesse em
resolver o problema e peça o estorno do
valor sacado até que tudo seja esclarecido.
J u r o s e m cartão
de crédito
P F i z o pagamento integral da
m i n h a fatura do c a r t ã o de
c r é d i t o no mês passado, m a s a i n d a
a s s i m me cobraram j u r o s . E l e s
podem f a z e r isso?
R Depende. Em algumas
circunstâncias você pode ter de
pagar juros, mesmo efetuando o
pagamento integral do seu cartão. Isso
poderá ocorrer nas seguintes situações:
• Você utilizou o seu cartão para sacar
dinheiro, inclusive em moeda estrangeira.
Muitas administradoras cobram juros a
partir da data do saque até a data do
vendmento da fatura, e não simples-
mente até a data de sua emissão.
• Voce nao p a g o L uilegialiiiente o seu
débito do mês anterior. Os cartões têm
diferentes metodologias para calcular os
juros, e isso se aplica aos cartões que
cobram juros até a data do vencimento
da fatura, e não apenas até a data de
sua emissão.
Lembre-se de que o Código de Defesa
do Consumidor obriga os bancos a
conceder descontos para faturas pagas
antes da data do vencimento. Assim, se
você puder quitar os seus débitos com
o cartão antes da data de v e n d m e n t o ,
dificilmente você conseguirá taxas
equivalentes àquelas obtidas se mantiver
o seu dinheiro ern alguma aplicação para
pagar a fatura na data de vendmento.
V í t i m a de " c l o n a g e m "
P U s e i m e u c a r t ã o de c r é d i t o
p a r a p a g a r u m a conta n u m
restaurante no exterior. A g o r a ,
apareceu n a m i n h a fatura u m a
despesa de R $ 300,00 em l i g a ç õ e s
telefônicas que eu n ã o fiz. O c a r t ã o
pode me obrigar a pagar por
essas l i g a ç õ e s ?
R Não. Você não pode ser respon-
sabilizado nela perda ou mau uso
das informações de seu cartão se ele
permaneceu na sua posse. Provavel-
mente, você foi vitima de uma fraude
conhedda como "clonagem". Quando
você fez uma transação normal, o seu
cartão pode ter sido passado em uma
máquina que copia os dados contidos na
tarja magnética. Esses detalhes são
utilizados em cartões falsos. O fraudador
vai às compras e as transações feitas são
debitadas e m sua fatura. Esse tipo de
fraude é comurr. em postos de gasolina,
restaurantes, bares e hotéis, locais em
que o seu cartão pode ficar fora de seu
raio de visão por alguns momentos.
Sempre verifique cuidadosamente a sua
fatura. Se ela contiver alguma operação
que você não realizou, utilize o número
no verso do cartão para entrar em contato
com a administradora. Ela irá apurar o
ocorrido, fazendo um estorno provisório
da quantia cobrada. Além disso, blo-
queará o seu cartão e enviará outro em
substituição ao anterior. Para sua segu-
rança, faça uma oconência policial.
L i m i t e de crédito
P
Recebi u m a c o r r e s p o n d ê n c i a
da administradora do m e u
c a r t ã o de c r é d i t o i n f o r m a n d o - m e
do aumento do limite do c a r t ã o .
E u n ã o desejava a m p l i á - l o .
A companhia pode a u m e n t a r
meu limite de crédito sem a
minha concordância?
R Sim. Na forma da lei, se ela consi-
derar que você está apto a receber
esse aumento de limite, nada impede
que o faça. Essa prática, diferentemente
da remessa de cartão de crédito sem o
consentimento do cliente, é considerada
legítima, mas nada impede que você
recuse a oferta. Se você não desejar a
elevação do limite de crédito, basta que
manifeste esse desejo à administradora.
R e e m b o l s o de despesa
P
A d q u i r i u m a cota de tempo
compartilhado e m um imóvel
e m I l h é u s , n a B a h i a , e paguei a
p r i m e i r a parcela, equivalente a
R S 1.500,00, com meu c a r t ã o de
c r é d i t o . A g o r a que a n a l i s e i m e l h o r
o n e g ó c i o , percebi que fui enganado
e que o empreendimento e s t á longe
de c o r r e s p o n d e r à propaganda que
v e i c u l a . C o m o a empresa se recusa
a me devolver o dinheiro, e u
poderia p e d i r a devolução do valor
pago ao c a r t ã o de c r é d i t o ?
Não. A administradora é mera
intcrmcdicrin na oponrpía. O qur
A S E N H A E OS CHIPS
E m breve as administradoras de cartão esperam
conseguir substituir todos os cartões com taria magnético
por cartões com microchips. Uma vez feita a troca, todas
as operações com cartão serão efetuadas por meio da
utilização de senha, em substituição aos boletos assinados.
O chip - um minúsculo computador - vai armazenar o
seu nome, o número e a data de validade do seu cartão,
além de outros dados de identificação, tudo criptografado.
Essa codificação, junto com as informações de seguranço
adicionais trazidas pelo chip, dificultam a cópia dos
dados, razão pela qual as administradoras acreditam que
a clonagem diminuirá bastante.
ela pode fazer, caso o pagamento ainda
não tenha sido efetuado e a execução
do contrato seja impossível, é - a seu
pedido e por sua conta e risco -
bloquear provisoriamente o pagamento,
de forma semelhante à sustaçáo de um
cheque, até que a questão seja apurada.
Enquanto isso, recomenda-se que você
faça uma queixa formal ao Procon. Caso
isso não surta o efeito desejado, recorra
COMO PREVINIR-SE
CONTRA FRAUDES E M
CARTÃO D E CRÉDITO
• Tome conta do seu cartão como
se ele fosse dinheiro e m espécie.
• Decore a senha do seu cartão
sem escrevê-la em nenhum lugar.
• Destrua a correspondência
remetida pelo banco para lhe
i n f o r m a r a sua senha.
• Nunca revele a ninguém a
sua senha.
• Jamais perca de vista
o seu cartão quando for
realizar pagamentos.
• Verifique atentamente as
faturas com a descrição de suas
despesas realizadas com o cartão.
• Notifique a administradora se
suspeitar de que o seu cartão esteia
sendo usado de modo fraudulento.
a u m juizado Especial Civil. Vale lembrai
que, caso a sua reclamação seja consi-
derada improcedente, é legítimo que a
fatura da despesa no cartão de crédito
seja acrescida dos respectivos juros
e multas.
D í v i d a s do filho
P M e u filho de 18 anos
preencheu uma solicitação e
recebeu u m c a r t ã o de c r é d i t o . A t é o
momento, e l e a c u m u l o u u m a dívida
de R $ 3.000,00, que a a d m i n i s t r a -
dora do c a r t ã o e s t á me cobrando.
E l a pode fazer isso?
R Não. Como seu filho é maior de
idade, com capacidade jurídica
plena, você não pode ser responsa-
bilizado pe.as dívidas dele, a não ser que
seja seu avalista para esse fim específico.
Contas do m a r i d o
M e u marido fez dívidas elevadas
no c a r t ã o de crédito dele com
hotéis e restaurantes. A administra-
dora do c a r t ã o e s t á agora me cobran-
do por elas. E l a pode fazer isso?
R Não. Você não é responsável pelas
dívidas contraídas pelo seu marido
no cartão de crédito dele. Os cartões são
normalmente emitidos no nome do
correntista, que será o responsável pelo
pagamento de tais dívidas.
0 titular pode, no entanto, solicitar
cartões adicionais em nome de depen-
dentes, caso em que será solidariamente
responsável, ou seja, responderá da
mesma forma que o detentor do cartão,
ainda que o cartão não contenha o seu
nome. Mas os detentores de cartões
adicionais não se tornam responsáveis
pelas dívidas dos titulares.
Débito e m duplicidade
P Solicitei o débito a u t o m á t i c o
de m i n h a conta de luz e m c o n -
ta corrente. N o m ê s passado, o d é -
bito foi efetuado duas vezes, o que
resultou e m falta de fundos n a m i -
n h a conta. O b a n c o me cobrou j u -
ros e taxa por e m i s s ã o de cheque
s e m fundos. A e m p r e s a de eletri-
cidade diz que a culpa n ã o é dela.
E l a pode fazer i s s o ?
R Sim. O débito em conta é u m
serviço prestado pelo banco, e é
ele o responsável pelo erro. Sendo
assim, independentemente de quem
tenha errado, é o banco que responde.
Ele deve reparar o erro fazendo todas as
correções, inclusive a retirada do seu
nome de qualquer cadastro de proteção
ao crédito que tenha ocorrido em
função desse eno.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o banco e
explique a situação. O banco não deve
criar problemas para estornar o valor
excedente e as taxas, além de retirar
o seu nome do cadastro de emissores
de cheques sem fundos ou similares.
2 Peça ao banco que ofereça alguma
compensação pelo constrangimento
causado, o que poderá, ou não, ser
aceito pela instituição.
Concessão de
empréstimo
P M e u marido faleceu ano
passado e agora tive u m
e m p r é s t i m o recusado porque n ã o
h a v i a qualquer registro de c r é d i t o
efetuado em meu nome. Posso ter
outros pedidos a s s i m r e c u s a d o s ?
R Sim. Os bancos não são obrigados a
conceder crédito a quem quer que
seja, o que eqüivale a dizer que não há
direito automático a crédito. O agente
financeiro vai basear sua decisão nas
informações contidas no seu cadastro e
nos bancos de dados dos serviços de
proteção ao crédito. Para que ele
concorde em lhe fazer u m empréstimo,
irá, certamente, consultar o seu histórico.
Se você e o seu marido tinham
empréstimos em conjunto, eles
aparecerão nos seus registros pessoais.
Mas se todos os financiamentos tiverem
sido feitos em nome dele, nenhum
aparecerá no seu histórico, e o agente
financeiro não terá em que se basear.
A ausência de registros de crédito pode
causar dificuldades em outras situações,
como, por exemplo, na hora de alugar
u m carro. Jovens sem registro de crédito,
por vezes, enfrentam problemas
semelhantes quando solicitam crédito
pela primeira vez.
P L A N O D E AÇÃO
1 Ligue para o estabelecimento e peça
paro f a l a r com o gerente. Pergunte se
a instituição poderá reconsiderar a
decisão, caso seiam apresentadas
informações adicionais, como, por
exemplo, a de que agora você é a
proprietária do imóvel da família,
e documentos, tais como uma decla-
ração do seu empregador de que você
tem emprego regular e fixo, ou uma
referência bancária.
2 Se ainda assim for recusado, tente
outra instituição.
3 Se você não conseguir nenhuma
instituição, peça a um parente
próximo ou a um amigo que seia seu
avalista. Isso significa que a pessoa
escolhida, caso aceite, se respon-
sabiliza pela quitação de dívidas que
você não conseguir pagar.
Empréstimo recusado
P
Solicitei u m e m p r é s t i m o de
R $ 5.000,00, que me foi r e c u -
sado. N u n c a devi a n i n g u é m e s e m -
pre paguei m i n h a s contas e m d i a . A
e m p r e s a pode negar s i m p l e s m e n t e ?
R Sim. Você não pode obrigar alguém
a lhe emprestar dinheiro. A decisão
de conceder u m empréstimo tem
natureza comercial e é exclusiva de quem
empresta. A financeira costuma verificar
o histórico d o cliente, pedir que se
preencha u m cadastro, e checar suas
referências comerciais. A informação
fornecida, juntamente com as obtidas de
bancos de dados de serviços de proteção
ao crédito, é usada para que seja feita
uma classificação do cliente.
Essa classificação é um segTedo
comercial, mas não é muito difícil
descobrir por que você teve um pedido
recusado. Você tem garantido
constitucionalmente o direito de
conhecer informações a seu respeito
contidas em bancos de dados de caráter
p ú b i c o rnmn n Serviço de Pmteção ao
 J
Credito (òl C). Portanto, exija que Üie
forneçam ao menos o nome da
instituição que prestou a informação.
P L A N O D E AÇÃO
1 Pergunte a instituição por que o
seu crédito foi recusado.
2 Faça valer o seu direito de ter
acesso às informações existentes
em cadastros, fichas, registros
e dados pessoais e de consumo
arquivados, bem como sobre as
suas respectivas fontes.
Cobradores que
importunam
P A l g u n s anos a t r á s , fiz u m
e m p r é s t i m o . A g o r a v e n h o tendo
dificuldades em m a n t e r os
pagamentos em d i a . U m cobrador
tem m e importunado a todo o
momento. E l e pode fazer isso?
T " 3 N a o . Mesmu que você esteja
J L V devendo, a lei lhe protege desse
constrangimento Você deve deixar claro
para o cobrador que conhece seus direitos
e que ele está violando a lei. Ameace
chamar a polícia. Credores e empresas de
cobrança que trabalham para eles têm
autorização legal para relembrá-lo de
pagar as suas dívidas - mas não de
maneira que possa assustá-lo, causar
desconforto ou humilhá-lo. Não podem
tomar atitudes como: telefonar para a sua
casa tarde da noite; ligar freqüentemente
para sua casa ou para seu trabalho;
estacionar u m carro com a inscrição
"cobrador" na porta da sua casa, ou
reclamar em seu emprego ou escola.
Você pode fazer queixa ao Procon,
fornecendo detalhes da empresa de
cobrança e de cada vez que foi
importunado, tanto por telefone quanto
pessoalmente, no trabalho ou em casa
(anote a data, o horário e o tempo de
duração da conversa).
É importante saber que, por força
do Código de Defesa do Consumidor,
se lhe for cobrado valor acima daquele
realmente devido, você terá direito a
receber a devolução, por valor igual ao
dobro do que pagou a mais, acrescido de
correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável.
Eu? Insolvente?
P A l g u é m que me e m p r e s t o u
dinheiro protestou o t í t u l o que
emiti a s e u favor. D i s s e r a m - m e que
isso significa que estou insolvente.
E isso mesmo?
R Não. Mas pode ser u m dos passos
para que a sua insolvência seja
requerida. U m protesto é uma cobrança
formal de algum título de crédito, feita
por cartório, necessária para que seja
promovida uma execução contra u m
devedor. E uma cobrança, não uma
declaração de insolvência.
 C O M O OS B A N C O S O P E R A M C O M A
Muitos bancos oferecem a seus clientes a
possibilidade de operar sua conta pela Internet.
Os clientes podem fazer transferências eletrônicas
de crédito para outras contas, pagar contas,
consultar saldos, verificar e imprimir extratos,
entre outros serviços.
E s s a possibilidade é conhecido como e-banking ou
nome banking. Para prevenir fraudes de hackers
(pessoas que entram em contas alheias para furtar
Q U E M R E G U L A A ATIVIDADE
BANCÁRIA NA I N T E R N E T ?
As regras para regular a atividade bancária
no Brasil são muito antigas e rão têm sido
atualizadas. Por esse motivo, a quantidade hoje de
hackers na Internet no Brasil é maior do que e m
qualquer outro lugar do mundo Os grandes bancos
têm investido altas somas e m dinheiro para
aumentar a segurança e estimular o uso da web
pelos seus correntistas. Mesmo assim, o volume de
fraudes via Internet tem sido muito elei/ado.
Q U A L O G R A U DE SEGURANÇA
DO E-BANKING?
A legislação referente à matéria é atrasada e
insuficiente para conter os desvios de dinheiro de
contas bancárias via Interne" no Brasil. Portanto,
cuidado com o uso da web para fazer as suas
operações bancárias.
Nem mesmo os altos investimentos leitos pelos
bancos, com a adoção de diversos dispositivos
destinados a aumentar a segurança, c.3imo a
certificação d i g i t a l , podem garantir segurança
total às operações.
Não se pode esquecer, no entanto, de que, para
d i m i n u i r custos, é do interesse dos bancos que o
m a i o r número de transações possível seia feito
pela rede. E m b o r a a questâc ainda não esteia
c l a r a m e n t e determinada na legislação, na
ocorrência de fraudes, os bancos, n a maioria dos
casos, e s t o r n a m os valores de saques
fraudulentos. Isso, claro, desde que você não
demonstre ter sido descuidcdo e i m p r u d e n t e .
INTERNET
dinheiro), os clientes recebem senhas e outros
códigos de segurança para acessar suas contas.
As pessoas que usam as facilidades do nome
banking continuam a poder usar os outros
serviços tradicionais dos bancos, como fazer
depósitos ou s a c a r dinheiro nas agências ou
em caixas automáticos.
Toda a regulamentação referente aos serviços
bancários é aplicável ao home banking.
O QUE FAZER E M CASO DE F R A U D E E M SUA
CONTA C O R R E N T E P E L A I N T E R N E T ?
1. Se você v e r i f i c a r que houve a l g u m saque
indevido na sua conta, entre em contato com a
central de atendimento 24 horas do seu banco,
cujo n ú m e r o se encontra no verso do seu cartão.
2. A l é m disso, bloqueie sua antiga senha da
Internet para evitar outras fraudes. Isso pode ser
feito digitando-se a senha erradamente por três
vezes seguidas.
3. Recebido o aviso, o banco protocolará a ocor-
rência e iniciará um inquérito p a r a apurar o caso.
Enquanto isso, ele costuma fazer u m estorno
provisório da quantia transferida da sua conta.
4. Ainda que lhe seia fornecido u m número de
protocolo pelo telefone, convém fazer uma
comunicação f o r m a l por escrito da ocorrência,
pelo correio ou por e-mail, no serviço de
atendimento ao cliente da Internet do seu banco.
5. É provável que o banco solicite o seu
comparecimento à agência para que seiam
fornecidas maiores informações quanto ao caso.
6. Mesmo se houver receptividade por parte
do banco, é prudente ir a uma delegacia de
policia para registrar o ocorrido, pois se trata
de u m c r i m e .
7. N o r m a l m e n t e , quando não se consegue provar
a responsabilidade do cliente, o banco assume o
preiuízo e torna o estorno definitivo.
 U protesto só pode ser leito com base
em título exigível, ou seja, tem de ser
baseado em título vencido, líquido (cujo
valor se possa determinar), e certo (não
sujeito a qualquer condição). Qualquer
pessoa portadora de um título desse tipo
pode requerer o protesto a u m cartório
de protesto de títulos, desde que pague
as taxas necessárias.
Pata evitar o protesto de u m título
legítimo e a posterior execução da dívida,
você tem três opções:
• quitar a dívida;
• oferecer algum bem em garantia;
• pedir o parcelamento da dívida.
INSOLVÊNCIA PESSOAL
insolvência é uma declaração judicial de que todos os
ns de uma pessoa ou firma não são suficientes para pagar
das as suas dívidas iá vencidas. No caso de pessoa fisica,
processo é o seguinte:
Após protestar o título correspondente à divida, o credor
opõe uma ação de execução contra você.
Intimado a pagar, você não o faz e não indica nenhum bem
penhora. O credor, ou mesmo você, pede que o iuiz declare
sua insolvência.
E s s a declaração tem como primeiro efeito fazer com que
das as suas dívidas vençam automaticamente e com que
dos os seus bens sejam arrecadados pela Justiça. Você
erde o poder de dispor dos seus bens, que serão
dministrados por alguém nomeado pela Justiça, com direito
uma remuneração.
Elaborada uma lista de credores, que serão comunicados da
ituaçâo, é feito um leilão dos bens arrecadados, cuio produto
m dinheiro será rateado entre Iodos os credores, de acordo
om a ordem de prioridade dos respectivos créditos.
Se o dinheiro arrecadado não for suficiente, você continuará
esponsável pela parcela não paga, até a quitação dos débitos
u a sua prescrição.
Enquanto todas as suas obrigações no processo de
nsolvência não tiverem sido declaradas extintas, você não
erá qualquer pedido de crédito aceito, além de uma série de
utras restrições legais.
V bem já entregue ao comprador até o
A prazo x consórcio
P C o m p r e i u m a p a r e l h o de s o m ,
fínanciando-o em dez vezes.
Infelizmente, n ã o e s t o u
conseguindo pagar a s p a r c e l a s .
E s t o u preocupado. A e m p r e s a pode
m e tomar o aparelho?
R Não. Se você financiou o bem, a
venda já se consumou. É como se a
empresa tivesse lhe vendido o bem e, ao
mesmo tempo, lhe concedido u m emprés-
timo para pagá-lo. Assim, a venda se con-
solida no ato da compra, ou seja, o som é
seu, ainda que não termine de pagar todas
as prestações. As abtudes que a empresa
vai tomar serão todas no sentido de reaver
o dinheiro emprestado para a compra, e
as conseqüências para você serão as
mesmas sofridas por alguém que tome
um empréstimo e não consiga honrá-lo.
O que a empresa fará é protestar a
duplicata de venda e promover uma
execução contra você. Assim, você
responderá como devedor de um
empréstimo vencido, e não terá de
devolver o bem.
Tal situação é bem diferente da
aquisição de u m bem por meio de
consórcio. Nesse caso, enquanto você
não termina de pagar as prestações
mensais, tem o direito de usar o bem,
mas terá de devolvê-lo ao alienante em
caso de não pagamento (inadimplência).
Para se ressardr, a empresa, com a
intervenção da Justiça, terá o direito de
lhe tomar o bem, que será levado a
leilão. O credor ficará com o dinheiro até
o limite da dívida. Caso o preço obtido
no leilão exceda esse valor, o excedente
lhe é devolvido. Caso falte, ainda restará
dívida a ser paga, e você continuará
devedor por essa diferença, mesmo que
lhe tenham tirado o bem adquirido.
Por fim, é necessário também verificar
se a compra foi feita com a cláusula de
reserva de domínio, que, por sua vez,
garante ao vendedor a propriedade do
 pagamento total do preço. Nesse caso, se
a dívida não for paga, o vendedor poderá
executar a cláusula, ou seja, exigir a
imediata restituição do produto.
Antecipando prestações
D o i s anos a t r á s , comprei u m a
cozinha financiada e m 60
p r e s t a ç õ e s mensais, mas agora te-
nho c o n d i ç õ e s de pagar todo o f i -
nanciamento. O gerente d a loja fez
os c á l c u l o s e o valor que me p a s s o u
é bem mais alto do que o que e u
devia originalmente. É i s s o m e s m o ?
capital de giro tem custo elevado para as
empresas, vale a pena negociar. Além de
deixar de ter o risco de inadimplemento
por parte do cliente, a empresa poderá se
capitalizar sem ter de tomar dinheiro no
mercado. Assim, a quitação antecipada
pode ser vantajosa para ambos, consu-
midor e empresa. Argumente com o ge-
rente sobre não estar de acordo com o
valor final e peça que refaça o cálculo.
M a u s conselhos
P Recentemente perdi muito
dinheiro com investimentos
e acho que o m e u consultor me

R Provavelmente, não. Isso era

possível na época em que havia
inflação elevada no país. Hoje, com a
estabilização da inflação, a não ser que o
financiamento seja muito longo, dificil-
mente o seu valor nominal superará o
valor original.
N o caso mencionado, é importante
saber que o Código de Defesa do
Consumidor obriga à concessão de
desconto proporcional de juros e demais
acréscimos em caso de pagamento
antecipado de débitos.
C o m o raramente o consumidor dis-
põe de dinheiro para antecipar o paga-
mento de dívidas e o empréstimo para
prestou um m a u aconselhamento.
Reclamei e pedi c o m p e n s a ç ã o , m a s
ele me disse q u e todo investimento
envolve risco e que ele não é r e s -
ponsável pela queda da bolsa. E l e
pode f a z e r isso?
R Sim, em alguns casos. No Brasil, a
Comissão de Valores Mobiliários
i C V M ) é o órgão regulador que tem por
missão fiscalizar, regulamentar e desen-
volver o mercado de valores mobiliários,
visando ao seu fortalecimento. As regras
existentes não o protegem dos riscos
normais dos investimentos, como, por
exemplo, a queda no valor de determina-

DIREITOS D E Q U E M COMPRA A PRAZO

No fornecimento de produtos ou serviços que e n v o l v a m concessão

de crédito ou de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá,
entre outros requisitos, i n f o r m á - l o a respeito d e :

1 Preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional.

2 Montante dos iuros de mora e da taxa efetiva anual de juros.

3 Acréscimos legalmente previstos.

4 Número e periodicidade das prestações.

5 Soma total a pagar, com e sem financiamento.

das ações, mas elas podem lhe proteger se
você for vntima de um mau profissional.
Quando seu consultor lhe falou dos
produtos que eram adequados ao seu
caso, ele deveria procurar conhecer a sua
situação financeira pessoal, o seu perfil
como investidor, e, sobretudo, a sua
disposição de correr riscos. Deveria ter
explicado em detalhes os investi-
mentos que lhe apresentou e se certifi-
cado de que você estava satisfeito com o
grau de risco envolvido. Além disso, se
você já era cliente antigo, deveria ter
conferido se as informações sobre a sua
situação financeira estavam atualizadas.
Se o seu consultor tiver falhado em
algum desses procedimentos, você pode
ter chance de sucesso em uma recla-
mação contra ele na CVM. Você terá boas
chances, especialmente se ele reco-
mendou u m investimento de risco mais
elevado do que o grau de risco que você
poderia ter assumido, e se você conseguir
provar que não tinha condições de
entender o tamanho desse risco.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você acha que o consultor não
seguiu as regras determinadas pela
C V M , entre em contato com ele e veri-
fique quais os canais da corretora ou
banco para uma reclamação formal.
2 Se você ficar descontente com a
resposta, faça uma reclamação formal à
Superintendência de Proteção e Orien-
tação aos Investidores (SOI) da CVM.
Protegendo seus
investimentos
E s t o a p r ó x i m o de me
aposentar. M e u s poucos bens
e s t ã o divididos entre fundos de
investimentos, p o u p a n ç a , a ç õ e s e
apólices de s e g u r o s . Há a l g u m a
forma de me proteger contra a
falência das e m p r e s a s n a s q u a i s
mantenho investimentos?
R Na verdade, o risco existe, mas ele
pode ser diluído. O rsco faz parte
das decisões de investimento no mercado
de renda variável. Isso é natural e é por
isso que você precisa ter uma"carteira"
diversificada para minimizar o seu risco.
O ideal é mesclar as aplicações,
mantendo parte do seu patrimônio em
renda fixa, que representa riscos
menores. Eles são geralmente compostos
de títulos do governo, que têm u m
rendimento menor, mas que envolvem
menor risco.
Entretanto, se você perder dinheiro
porque foi enganado, isso não é nada
natural, trata-se de um sério problema.
As vezes, você só precisa ligar para
o profissional de investimentos para
resolvê-lo. Pode ter ocorrido simples-
mente um engano e a falha pode ser
corrigida. Se a conversa não resolver o
problema, fale com o gerente e escreva
uma carta confirmando o que foi dito. Se
isso também não resolver, orocure a
bolsa de valores e a CVM.
As reclamações são importantes para a
CVM, pois, às vezes, a reclamação de um
único investidor é o bastante para
desencadear uma investigação que expõe
um mau profissional de mercado ou u m
esquema ilegal.
Você também pode recorrer ao Fundo
de Garantia das bolsas de valores, caso
esteja enfrentando problemas com
corretoras de valores.
Além disso, você deve estar atento aos
prazos e tomar medidas necessárias com
 U S A N D O OS SERVIÇOS D E U M P R O F I S S I O N A L D E I N V E S T I M E N T O
Os profissionais de investimento são qualificados
para aiudá-lo a a d m i n i s t r a r suas necessidades e
prioridades financeiras, para depois recomendar
produtos financeiros - tão diversificados quanto
apólices de seguros e investimentos - adequados à
sua situação e exigências particulares. O profis-
sional que o estiver assessorando deve ter conhe-
cimento de seus objetivos de investimento, ou seia,
se você está poupando para a compra de casa
própria, para a educação dos seus filhos ou para
gozar de uma aposentadoria confortável.
O seu profissional de investimento deve t a m b é m
conhecer a sua tolerância ao risco. Isto é, até
quanto você está disposto a perder, caso o valor de
um de seus investimentos venha a decrescer.
O melhor profissional de investimento é aquele
que compreende integralmente os seus objetivos e
faz recomendações de investimento voltadas para
as suas metas. O ideal é que seia alguém e m quem
você possa confiar, pois ele deve ensiná-lo sobre
como e em que produtos investir. É recomendável
a contratação de profissionais registrados na C V M .
A assessoria em investimentos pode ser obtida na
maioria das instituições financeiras, especialmente
nas corretoras de valores, nas distribuidoras e nos
bancos. Mas você t a m b é m pode contratar uma
pessoa físico como consultor de investimentos para
auxiliá-lo na tomada de decisões.
Há algumas diferenças entre corretoras de
valores e distribuidoras de valores, assim como
há diferenças entre consultores de investimento,
administradores de carteira e analistas de
mercado de capitais.
E m linhas gerais, são os seguintes os
profissionais de investimento:
Consultor de investimento
Orienta o cliente sem poder de decisão sobre a
compra e a venda de valores mobiliários.
Administrador de c a r t e i r a
Geralmente empregado de instituição financeira
que administra carteira de valores de clientes.
Analista de mercado de capitais
Analisa as opções de mercado, mas não está
autorizado a indicar alternativas de investimentos.
Agentes autônomos de investimentos
São agentes de u m dos integrantes do sistema
de d i s t r i b u i ç ã o de valores m o b i l i á r i o s ( c o r r e t o r a s
e bancos de investimentos) que agem por conta
das instituições que representam. Não t ê m
r e g i s t r o na C V M .
AUTORIZAÇÃO
As corretoras são instituições financeiras com
diversas funções. Toda corretora necessita de
autorização prévia do Banco Central do Brasil par
ser constituída, estando sujeita à fiscalização da
própria bolsa de valores, da CVM e do Banco
Central. Todos cobram taxas e comissões por
seus serviços.
As sociedades distribuidoras de valores são
instituições financeiras também autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, atuando n
intermediação de títulos e valores mobiliários. Nã
estão autorizadas a operar em bolsas de valores e
quando o fazem, operam por meio de u m a
corretora. Da mesma f o r m a , toda distribuidora
cobra taxas e comissões por seus serviços.
PERGUNTAS IMPORTANTES NA
CONTRATAÇÃO DE U M PROFISSIONAL DE
INVESTIMENTOS
Antes de contratar um profissional de investimento;
para assessorá-lo, não se constranja em lhe fazer
perguntas. As mais importantes são:
1. Que tipo de treinamento e experiência você t e n
2. Há quanto tempo você trabalha na área?
3. Qual é a sua filosofia de investimento? Você
assume muitos riscos ou se preocupa m a i s com a
segurança do meu dinheiro?
4. Como você é pago? Por comissão? Pelo valor
dos ativos que você administra? Por outro métodi
5. Você pode me fornecer como referência nomes <
pessoas que investem com você há muito tempo?
6. Quais os impostos e taxas que terei de pagar?
7. Qual o meu custo total para negociar com você
8. Quais as gorantias que tenho ao investir no mercad
R E C L A M A Ç Õ E S E COMPENSAÇÃO
Se u m profissional de investimento lhe vender
um produto diferente do que descreveu, mais caro
do que o combinado, ou inadequado para as suas
necessidades, procure a bolsa de valores e
a CVM.
Você t a m b é m pode recorrer ao Fundo de Garant
das bolsas de valores, caso esteia enfrentando pro-
blemas com corretoras de valores.
Fique atento aos prazos para poder t o m a r as
medidas necessárias com rapidez. Caso seia precis
entrar com alguma medida iudicial, você deverá
procurar u m advogado especializado e m mercado
de valores mobiliários.

ROTEÇÃO CONTRA D I S S A B O R E S AO INVESTIR
idos os investimentos envolvem riscos, mas você pode
oteger-se contra maus conselheiros e fraudes.
Verifique se a companhia ou produto
com que está lidando são autorizados
Administradores de carteira, consultores de investimento,
fundos mútuos de investimento, fundos imobiliários, certifi-
cados de investimento audiovisual, empresas incentivadas e
auditores independentes são obrigados a se registrar na
CVM. Certifique-se de que a instituição ou o consultor que
está lhe oferecendo um produto de investimento está regu-
larmente autorizado a atuar no mercado. Isso lhe dará a
certeza de que terá a quem recorrer em caso de problemas
futuros e poderá lhe dar uma idéia antecipada da idonei-
dade do profissional que pretende contratar.
Não faça nenhum investimento sem estar
adequadamente informado ou aconselhado
Se você for inexperiente no ramo de investimentos,
procure informar-se com u m profissional da sua confiança,
obtendo o m á x i m o de informações possível sobre a
rentabilidade e a liquidez do investimento, assim como a
taxa de administração cobrada pela instituição financeira.
Faça o seu dever de casa
Você será alvo fácil para maus conselheiros se não verificar
com cuidado e em detalhes o grau de risco existente e se o
investimento oferecido preenche o seu perfil de investidor.
Entenda que risco e recompensa andam lado a lado
Se u m investimento oferece um retorno mais alto que a
média, ele deve envolver risco mais elevado. Verifique
quais são os riscos e veia se você está disposto a corrê-los.
Leia todo o contrato, principalmente
o que estiver em letra miúda
Descubra as taxas e custos descontados e qual o grau de
liquidez do investimento, ou seia, o tempo necessário para
que o investimento seia novamente transformado e m dinhei-
ro disponível para gastos. Pesquise ao máximo as opções
existentes e leia atentamente os pequenos detalhes dos
contratos. Se tiver dúvida, não tenha vergonha de perguntar.
Se não se sentir suficientemente capaz para investir por
conta p r ó p r i a , é recomendável recorrer a uma assessoria
profissional em investimentos. Essa assessoria pode ser
conseguida na maioria das instituições financeiras, como
as corretoras de valores, as distribuidoras e os bancos.
Você t a m b é m pode contratar uma pessoa física como
consultor de investimentos para aiudá-lo na tomada
de decisões.
rapidez. Caso seja preciso entrar com
alguma medida judicial, procure u m
advogado especializado em mercado de
valores mobiliários.
C o r r e t o r a incompetente
P
Para ter c e r t e z a de que minhas
a ç õ e s s e r i a m vendidas rapida-
mente se o p r e ç o delas caísse, dei
uma o r d e m de v e n d a à minha corre-
tora e m caso de baixa do preço a
partir de u m determinado patamar.
C o m o ela n ã o fez a venda, perdi
muito dinheiro. A g o r a , ela n ã o quer
me indenizar. E l a pode fazer isso?
R
Não. De acordo com as regras da
C V M , dada uma ordem de venda, a
corretora deverá executá-la na forma e
nas condições que você definiu. Com
isso, a corretora pode, sim, ser respon-
sabilizada pela demora no cumprimento
de uma ordem ou pelo descumprimento
dessa ordem, cabendo, nesse caso, recla-
mação à C V M , que analisará a situação.
Se corsiderar procedente a reclamação,
o órgão poderá aplicar as seguintes san-
ções, previstas em lei:
• advertência;
• suspensão da autorização ou do
registro para o exercício das atividades
previstas em lei;
• cassação de autorização ou de
registro, para o exercício das atividades
descritas em lei;
• proibição temporária, até o máximo de
vinte anos, de praticar determinadas
atividades ou operações, para os
integrantes do sistema de distribuição ou
de outras entidades que dependam de
autorização ou de registro na C V M ;
• proibição temporária, até o máximo
de dez anos, de atuar, direta ou i n d i -
retamente, em uma ou mais modali-
dades de operação no mercado de
valores mobiliários.
É importante lembrar que os proce-
dimenros efetuados pela comissão não
 ESTRATÉGIAS P A R A L I D A R C O M DÍVIDAS

Todos os tipos de empréstimo trazem consigo sérias conseqüências, caso você não consiga pagá-los no
prazo previsto. Por isso, é essencial que você analise com cuidado antes de solicitar crédito, já que a s
taxas de juros são muito elevadas. Um descuido moior, além de trazer sérios problemas por inclusão em
cadastro de serviços de proteção ao crédito e no Serasa, pode levá-lo à insolvência. Portanto, aia c o m
decisão se, por descuido, você se endividar muito. Elabore um plano de pagamento e discuta-o com os
seus credores, não esquecendo da importância de honrá-lo.

TIPOS DE CRÉDITO f a v o r da instituição poderá ser protestado e

A concessão de crédito pelas instituições
financeiras pode ser de duas categorias principais:
Créditos não-garantidos. Você satisfaz as condições
estabelecidas pelo emprestador (por exemplo,
idade, renda e cadastro), assina u m contrato e o
dinheiro é entregue. Se você não conseguir pagar
conforme o contrato, o título emitido por você e m
executado judicialmente. A dívida proveniente é
chamada de obrigação pessoal.
Créditos garantidos. A l é m de satisfazer aos
c r i t é r i o s estabelecidos pela instituição f i n a n c e i r a <
assinar u m contrato, você é obrigado a o f e r e c e r
a l g u m b e m , imóvel ou móvel, que, em caso de nã<
pagamento, será vendido para c o b r i r as despesas.

FAÇA U M PLANO DE P A G A M E N T O FAÇA U M A LISTA DE P R I O R I D A D E S

1 Calcule o seu rendimento mensal, o quanto
necessita para seus gastos essenciais, e elabore
u m orçamento.
2 Estabeleça quanto pode utilizar mensalmente
para pagar os débitos.
3 E n t r e em contato com os seus credores e
negocie prazos e valores menores.
4 No caso de bancos c o m e r c i a i s , troque dividas
de cheque especial, cuias taxas de iuros são
m a i s elevadas, por e m p r é s t i m o s do tipo, por
exemplo, " c r é d i t o direto ao c l i e n t e " - CDC -,
que cobra iuros menores.
Faça uma lista de prioridades das suas dívidas
em relação às conseqüências jurídicas pelo nâo-
pagamento. São elas:
Aluguel. Três meses de inadimplência podem
levar ao despejo.
Financiamento garantido por hipoteca. O agen-
te financeiro pode levar o imóvel a leilão e m
caso de não-pagamento.
Imposto de Renda. O fisco pode incluí-lo no Cadin,
o que poderá lhe trazer diversos contratempos e m
qualquer relação que venha a ter com o Poder
Público, como na aprovação e m concursos
públicos ou na obtenção de financiamentos.
Impostos municipais e estaduais. O atraso no
pagamento do IPTU e do IPVA tem efeitos seme-
lhantes aos da inadimplência referente ao Impos-
to de Renda. Além de poder lhe trazer constran-
gimentos na hora de vender o imóvel ou o veículo.
Contas de serviços públicos. Alguns serviços,
como o fornecimento de energia elétrica e
telefone, podem ser cortados e m caso de atraso
prolongado no pcgamento das faturas mensais.
Multas de trânsito e outras estabelecidas pelo
Poder Público. O não pagamento pode t r a z e r
embaraços, como a apreensão d<3 /eículo ou a
impossibilidade de aliená-lo.

5 Dê preferência aos pagamentos que podem

lhe acarretar conseqüências m a i s sérias, como
contas de luz e égua, e àqueles que cobram
iuros mais elevados.
substituem aqueies que, porventura, o
acionista queira empreender junto ao
Poder Judiciário.
Também é bom saber que as bolsas de
valores mantêm u m fundo de garantia
com a finalidade exclusiva de assegurar o
ressarcimento de prejuízos ocorridos aos
clientes de sociedades corretoras, em
função de má execução de ordem, falha
operadonal na liquidação de operações e
na administração da custodia, entre outros.
Profissional não
autorizado
P C o n h e c i u m a profissional de
investimentos na academia de
ginástica e ela me convenceu a apli-
car minhas economias e m um " i n v e s -
timento com lucro certo". N a ver-
dade, esse investimento n ã o existia e
a mulher desapareceu, junto com o
meu dinheiro. O que faço agora?
K Quando ela aceitou o dinheiro que
você lhe deu, estava agindo de
forma ilegal e criminosa. Casos assim
devem ser relatados à polícia. Verifique se
ela é ou não autorizada como consultora
ou analista de investimentos na
Comissão de Valores Mobiliários (o que
deveria ter sido feito previamente). N o
seu caso, é provável que essa pessoa não
esteja registrada na C V M , n e m no
Registro Geral de Agentes de
Investimentos. Como as regras e
determinações da C V M se aplicam aos
consultores autorizados no curso da
realização de negócios, as sanções que o
órgão pode impor não poderiam ser
aplicadas à sua conhecida da academia.
E r r o do contador
P D o i s anos a t r á s , m e u contador
deixou de declarar parte da m i -
nha renda na declaração de ajuste
anual. Agora estou sendo notificado
pela Receita Federal para pagar os
impostos correspondentes, acrescidos
de juros. Eles podem fazer isso?
R Sim. O fisco está agindo
conetamente. Não interessa à
Secretaria da Receita se você pediu a
ajuda de contador, ou de quem quer que
seja, para fazer a sua declaração anua Ide
Imposto de Renda. Em última instância,
para o Poder Público, o único
responsável pelo pagamento preciso e
em dia dos seus impostos é você mesmo.
Se você não concorda com o que está
sendo cobrado, entre com u m recurso r.a
Delegacia da Receita Federal, mostrando
os comprovantes necessários. Há mais de
urna instânda para recorrer adminis-
trativamente, antes de entrar com ação
judicial. Faça uso delas se tiver convicção
de que o tributo não era devido.
C o m u m pouco de sorte, você pode
conseguir recuperar do seu contador pelo
menos os valores referentes a multas e
iuros de mora, já que. se o imposto era
devido, é correto que você arque corr
aquilo que teria de pagar originalmente.
E claro que isso só será possível se você
conseguir provar que entregou a ele, em
tempo hábil, toda a documentação ne-
cessária, e que o erro que levou à autua-
ção do fisco foi realmente dele. Se não
conseguir provar isso, a c u b a não terá
sido do contador, mas sua, não cabendo,
portanto, qualquer ressarcimento.
Contador negligente
P Descobri que, durante anos, o
contador ao q u a l deleguei mi-
n h a s contas tem agido de forma
inadequada, o que resultou numa
s i t u a ç ã o financeira falsa, melhor do
que n a verdade é. C o m o resultado
disso, estou tendo de fazer uma
r e e s t r u t u r a ç ã o na e m p r e s a . O con-
tador diz que n ã o tenho razão para
pedir c o m p e n s a ç ã o . E l e e s t á certo?
R Provavelmente, não. Tudo depende
dos detalhes do caso. Em termos
gerais, você tem um contrato de serviços
com esse contador, e ele é obrigado a
prestá-los com cuidado e perícia. Caso
não se comportem com o zelo e a pericia
necessários, os contadores estão sujeitos
a responsabilização e a sanções do
Conselho Regional de Contabilidade da
área em que atuam. Hoje, dado o risco
do exercício da profissão, é recomen-
dável que contadores ccntrataterr.
seguro de responsabilidade profissional,
0 que, infelizmente, não é obrigatório
no país.
P L A N O D E AÇÃO
1 Agende um encontro com o
contador para discutir a matéria
em detalhes. Se ele se eximir da
responsabilidade, faça uma
reclamação formal por escrito.
2 Se você nao for indenizado pelos
preiuízos, ou se o seu contador for
autônomo, leve a reclamação ao
Conselho Regional de Contabilidade.
3 Não obtendo ressarcimento de forma
amigável, restará a você contratar um
advogado e entrar com ação iudicial
contra ele.
Desconto de
previdência
P Comecei a trabalhar numa
e m p r e s a e, q u a n d o recebi o
c o n t r a c h e q u e , v e r i f i q u e i que foi
descontado do m e u s a l á r i o u m valor
referente à c o n t r i b u i ç ã o do I N S S .
I s s o e s t á correto?
R Sim. A empTesa é obrigada a
recolher esse valor e inscrever você
no INSS (Instituto Nacional de Seguro
Social), que é responsável pelo Regime
Geral de Previdência Social. A seguridade
social é um direito assegurado pela
Constituição. Para fazer jus a esse direito,
você é obrigado a contribuir para a
previdência para que possa receber
benefícios pagos pelo governo. Os bene-
fícios podem ser pagos em forma de
cobertura ou pensão devido a doença,
invalidez, morte, aposentadoria, proteção
à maternidade, pensão por morte ao
marido ou a esposa do(a) contribuinte,
entre outros casos.
Se você tiver alguma dúvida ou
necessitar de algum esclarecimento,
procure o departamento pessoal da
empresa onde trabalha, o sindicato da
sua categoria profissional ou a Delegacia
Regional do Trabalho de sua cidade.
 Seus direitos com
relação à Previdência
A Previdência Social é u m direito de todos os cidadãos garantido pela Constituição
Federal. São três os regimes previdenciários previstos legalmente:
Regime Geral de Previdência Social - Prove um
padrão mínimo de remuneração das necessidades
básicas do cidadão, visando ao bem-estar e à
justiça social da coletividade, sendo seu objetivo
principal resguardar os necessidades decorrentes
de determinados riscos. Tem caráter público, é
mantido pelo governo e as contribuições são
obrigatórias. Por isso, as empresas são obrigadas a
descontar as contribuições dos salários dos seus
funcionários, como se fosse um imposto (INSS). As
prestações previdenciárias concedidas pelo regime
geral são: aposentadoria por invalidez; aposen-
tadoria por idade; aposentadoria por tempo de
contribuição; aposentadoria especial; auxílio-
doença; auxílio-acidente; sclário-maternidade;
salário-familia; auxílio-reclusão; pensão por morte
do segurado ao cônjuge ou companheiro e depen-
dentes; reabilitação profissional; serviço social.
Apenas aqueles que se f i l i a r e m ao regime e
contribuírem terão direito a receber as prestações
previdenciárias. São eles: os segurados (todos os
trabalhadores ou pessoas que exercem atividade
remunerada, efetiva ou eventual, permanente ou
t e m p o r á r i a , com ou sem vínculo empregatício) e
os dependentes dos segurados (aqueles que
receberão pensão por morte, auxílio-reclusão,
abono anual e serviços de assistência social).
Regime Próprio dos Servidores
Públicos Civis e Militares - Na verdade são dois
os regimes que regem essas categorias: um
garantido àqueles que ingressaram no serviço
públicc antes da mudança na lei em 1998, que
é um regime de transição para se adequar a
essas mudanças, e outro que regula aqueles
que iá mgressaram no serviço público após
as mudanças. Também tem caráter público
e é mantido pelo governo com base nas
contribuições. Visa assegurar o pagamento
de benefícios aos servidores titulares de cargos
efetivos e vitalícios da União, estados e
municípios, e suas autarquias e fundações. Os
benefícios sãa: aposentadoria por invalidez
permanente e pensão por morte (sem prejuízo
dos inúmeros benefícios previstos em leis
próprias de cada estado ou município).
Regime de Previdência Privada - Tem c a r á t e r
complementar e facultativo. É independente e
autônomo em relação ao regime g e r a l . Baseia-se
na constituição de reservas que g a r a n t a m o
benefício contratado e regulado por lei. Os inte-
ressados poupam para fins de eventualidade e
velhice, iá que o regime geral não permite o
pagamento de benefício no valor igual ao da
ú l t i m a remuneração do segurado (é paga u m a
média das contribuições, limitada a um teto
fixado pela l e i ) .
Este regime sofreu grande alteração em 2001,
com a edição de uma nova lei que trata da fisca-
lização das empresas de previdência privada por
órgãos do governo, da intervenção, da liquidação
e x t r a j u d i c i a l , do regime disciplinar, e que deter-
minou a criação de entidades abertas e fechadas
para a d m i n i s t r a r e m os planos de previdência,
inovou com a criação de novos planos e garantiu
novos direitos aos beneficiários.
É importante saber u m pouco mais a esse
respeito para ter noção dos seus direitos:
• As entidades fechadas oferecem planos
aos servidores públicos e aos empregados
de uma empresa, a qual funcionará como
p a t r o c i n a d o r a ; e t a m b é m aos associados
ou membros integrantes de pessoa j u r í d i c a
profissional, classista ou setorial, que fun-
cionarão como instituidores. Os patrocinadores
ou instituidores podem pagar contribuições
e m favor dos seus empregados ou associados,
ajudando no i n v e s t i m e n t o . Em t r o c a , rece-
berão, benefícios fiscais.
• As entidades abertas oferecem planos a
quaisquer pessoas físicas.
• Os planos podem ser: individuais ou
coletivos; de benefício definido (o valor que
será recebido ao f i n a l do período de
contribuição é pré-fixado), de contribuição
definida (é fixado o valor a ser pago durante o
período de c o n t r i b u i ç ã o , e recebe-se o resultado
do investimento que é v a r i á v e l ) , ou de
contribuição v a r i á v e l (o valor da contribuição
não é f i x o , podendo v a r i a r de acordo c o m a
vontade do investidor e, ao f i n a l , recebe-se o
resultado do investimento, que vai depender de
quanto c o n t r i b u i u ) .
• Os valores pagos durante o período de
contribuição f o r m a m u m fundo (investimento)
que irá garantir o pagamento dos benefícios.
Assim, o dinheiro deposilado é investido e renta-
bilizado pela empresa de previdência privada,
visando obter rendimentos aos participantes,
bem como a manutenção do próprio plano.
• É possível resgatar (sacar) ou transferir
os valores investidos, de acordo com as regras de
cada plano. Pode-se optar por receber uma pensão
vitalícia ou por prazo determinado, ou ainda pelo
pagamento do resultado do investimento de umo
só vez, dependendo do plono, além de pensão para
os dependentes em caso de morte. Esses e vários
outros detalhes podem ser esclarecidos pelas
diversas empresas de previdência privada ou pelas
seguradoras que administram tipos de planos de
segmentos diferentes.
• Observe que quem faz os pagamentos dos
benefícios não são os empregadores, mas s i m a
empresa de previdência privada com quem você
fez o contrato, mesmo que o empregador aiude
nas contribuições. A s s i m , os benefícios pagos não
são parte do seu salário, da sua aposentadoria
garantida pelo regime geral, e não t ê m relação
com nenhum benefício ou direito trabalhista,
dado o seu caráter complementar.
0 QUE ACONTECE SE A E M P R E S A DE
PREVIDÊNCIA PRIVADA FALIR?
0 termo usado com reloção à quebra de uma
empresa de previdência privada é "liquidação
extrajudicial", um procedimento que t e m regras
próprias diferentes das regras da falência. Para
do governo para funcionar, é obrigada a
apresentar um patrimônio que seia suficiente para
garantir o negócio e pode fazer a contratação
de u m resseguro, garantindo o pagamento aos
participantes. A l é m disso, sofre fiscalização do
governo, que estará atento aos negócios realizados
por ela, não permitindo que os investidores sejam
prejudicados - podendo, inclusive, d e t e r m i n a r a
intervenção das empresas. No caso de uma inter-
venção, o governo nomeia u m interventor que
ficará responsável pela administração da empresa
visando garantir os direitos dos participantes.
Portanto, hoie, os participantes dos planos de
previdência privada complementar d i f i c i l m e n t e
ficarão sem receber os benefícios contratados.
Tudo depende de u m a boa administração dessas
empresas e de uma fiscalização rigorosa dos
órgãos responsáveis do governo.
Se mesmo após u m a intervenção não for
possível recuperar a empresa e ela sofrer u m a
liquidação e x t r a j u d i c i a l , então, o ente regulador
do governo vai nomear um "liquidante", uma pes-
soa que vai apurar os bens e as dívidas de tal
empresa para pagar aos credores dela. Dentre
esses credores estão os investidores e os
beneficiários dos planos: eles recebem antes dos
outros credores da empresa (mas somente depois
de serem pagos os trabalhadores e os impostos
devidos). E m p r i m e i r o lugar recebem os
beneficiários, ou seia, aqueles que iá recebem ou
já a d q u i r i r a m o d i r e i t o ao pagamento da pensão
ou benefício; e em segundo lugar recebem os
investidores que ainda estavam contribuindo.
E m casos de falência ou liquidação
extrajudicial sempre há u m prejuízo,
principalmente para os investidores que não
conseguem receber os benefícios para os quais
estavam contribuindo. Por isso, fique atento ao
escolher o tipo de plano, optando por um que
ofereça menos risco (cuios investimentos do
fundo seiam mais seguros) e por uma empresa
que apresente solidez e confiança no mercado.
Previdência reserva foi constituída, limitado ao
m í n i m o de 15 anos.
complementar
Se você não quiser transferir o

P A empresa em que e u trabalhava

oferecia u m plano de previ-
dência privada complementar p a r a
os funcionários, a l é m do I N S S , m a s
fui mandado embora. E u queria
continuar com o m e u plano, m a s a
empresa informou que isso n ã o era
possível. E l a pode agir a s s i m ?
investimento, tem direito ao recebimento
proporcional do valor acumulado, que
inclui as contribuições feitas por você e
pelo empregador. Nessa hipótese, você
perdeu o vínculo empregatício antes de
cumprir os requisitos contratuais
necessários ao recebimento do benefício
previsto pelo plano.

R Sim. O seu plano com a

participação daquela empresa será
interrompido, mas, em caso de perda do
vínculo empregatício, a lei permite que
você transfira os valores investidos para
u m outro plano, do mesmo tipo, e m
seu nome. A transferência pode ser
feita tanto para u m plano de outra
empresa para a qual você vá trabalhar,
como para u m plano de uma entidade
aberta de previdência privada. Mas,
nesse segundo caso, a transferência
somente será admitida se todos os
recursos financeiros acumulados por
você no primeiro plano forem utilizados
para nova contratação de renda mensal
vitalícia ou por prazo determinado, que
não pode ser inferior àquele em que a
Pedido de pensão
M e u plano de p r e v i d ê n c i a
privada e s t á p a r a vencer. No
entanto, ele tem sofrido com as
perdas do mercado financeiro e e u
soube que os j u r o s que e s t ã o sendo
pagos agora e s t ã o cotados muito
em baixa. M e u filho me disse que é
m e l h o r esperar a t é que as taxas de
j u r o s do mercado s u b a m novamente
para que e u faça o resgate do valor
investido. F o s s o fazer isso?
R Provavelmente, não. Você não
poderá adiar o vencimento do seu
plano, já que o contrato de previdência

RECLAMANDO ATIVOS ESQUECIDOS

Você tem um prazo de até três anos para cobrar o resgate do montante
acumulado ou os benefícios que não tiverem sido pagos pela empresa de
previdência privada. Assim, se você fez um resgate parcial do montante
investido, e restou algum valor no fundo, o que pode acontecer em determi-
nados planos de previdência privada, você tem até três anos para cobror este
valor. Mas, caso você tenha deixado de pagar alguma das contribuições, a
empresa de previdência privada tem um prazo de cinco anos para cobrá-la de
você, não podendo suspender o pagamento do beneficio ou do resgate.
Para isso, basta entrar em contato com a empresa administradora do seu
plano. Entretanto, caso surjam problemas, será necessário contratar um
advogado especializado pora cobrar judicialmente o valor ao qual você
tem direito.
Se desejar, você também poderá apresentar ao órgão público fiscalizador e
regulador competente uma reclamação para tentar resolver o problema
administrativamente antes de procurar a Justiça.
privada é u m contrato de adesão,
redigido em forma de formulário pré-
pronto, contendo todas as regras,
inclusive sobre os vencimentos, bastando
apena>o preenchimento dos dados
pessoei; e a assinatura do contratante
para ing-essar no plano. Assim, se
não houver uma cláusula permitindo
uue você adie este prazo, ao final dele
você resgatará todo o valor investido
ou passará a receber os benefícios
contratados, dependendo do plano ao
ciuai você aderiu.
Sendo assim, verifique se as regras
permitem que você prorrogue a data d o
recebimento do benefício. Se isso for
possiW, e se o seu plano prevê o paga-
mento do montante acumulado ao final
do prato de contribuição de unia só
vez, basta esperar que os rendimentos
melhorem u m pouco para solicitar o
resgate do valor investido, e o valor
continaará rendendo. Mas se você c o n -
tratou u m plano para pagamento de uma
renda mensal (por prazo determinado ou
vitalícia! ao final do prazo de contri-
buição, o qual é fixado no momento da
adesão ao plano, então você não pode
adiar c -ecebimento do benefício, que
é 0 pagamento dessa renda.
plano de previdência diretamente com a
empresa)., os valores não podem ser
transferidos. Se você está insatisfeito
com os rendimentos, poderá somente
resgatar o valor investido, encerrando o
plano, e fazer u m novo investimento
com o valor resgatado.
Se você possui um plano de previ-
dência administrado por uma entidade
fechada de previdência, em que
contribui com uma parte do valor
investido e a empresa na qual você
trabalha contribui com outra parte, a lei
lhe permite, caso você seja demitido e
deseje manter u m plano de previdência,
fazer uma transferência dos valores
investidos para outro plano de outra
empresa. Se você não for mandado
embora, somente restará a alternativa
do resgate se não tiver mais interesse
e m permanecer no plano.

T r a n s f e r ê n c i a de plano

P M e u p l a n o de previdência
privada n ã o v e m apresentando
bons r e n d i m e n t o s , e eu decidi f a z e r
u m a t r a n s f e r ê n c i a para outra e m -
presa a d m i n i s t r a d o r a . A g o r a , r e c e b i
um aviso de que isso somente s e r i a
possível no caso de e u ser m a n d a d o
e m b o r a do m e u emprego. A e m -
presa que a d m i n i s t r a meu plano
pode me i m p e d i r de transferir os
valores para outro plano?

R Sim. Se você possui um plano

crxitratado com uma entidade
aberta ce previdência privada (caso e m
que qiuujLu-i ot'-;s<?.i p o d i i i-n il.n u m
 Omitindo informações Exclusões n a apólice

P P
ÍEGRA D E
OURO M i n h a seguradora recusa-se a M e u carro foi roubado e n q u a n -
ndo você renova p a g a r a i n d e n i z a ç ã o do seguro to eu fechava a p o r t a da g a r a -
u m contrato do m e u c a r r o e a i n d a c a n c e l o u gem, m a s a s e g u r a d o r a se recusou a
de seguro, m i n h a a p ó l i c e porque e u n ã o pagar a i n d e n i z a ç ã o do seguro
rmalmenre não informei a eles que t i n h a u m a porque m e u c o n t r a t o exclui roubo
n de preencher m u l t a de alta velocidade. E l e s de veículo q u a n d o é deixado c o m as
ormulários de chaves na i g n i ç ã o . O segurador
podem agir a s s i m ?
>vas propostas,
pode se r e c u s a r a m e pagar?

R
s deve i n f o r m a r
Sim. Mas só se você omitiu essa

ao segurador
luaisquer m u - informação antes da aceitação pela
íças que possam seguradora de sua proposta de pedido de
itar a cobertura seguro, quando estava fazendo o
iu o prêmio do contrato. Isso porque, no caso de
seguro. Mas declarações falsas feitas na proposta, se
tenção: a lei só ficar comprovado que você agiu de má-fé
permite a (sabia da multa e a omitiu), a seguradora
renovação do pode rescindir o contrato, você perde o
n t r a t o uma vez.
direito à indenização e ainda é obrigado
jpois disso, você
a pagar as prestações do seguro (prêmio).
eve f i r m a r u m
novo contrato, Será ainda mais difícil apresentar uma
-eenchendo toda reclamação contra a seguradora para
documentação obrigá-la a pagar a indenização se o
cessaria, m e s m o problema com o seu carro for resultante
íue seia com a de excesso de velocidade (você avançou
isma seguradora. u m sinal ou bateu porque estava cor-
rendo). Mas se você foi multado após a
contratação do seguro, então a segura-
dora não pode se recusar a pagar a inde-
nização, porque isso faz parte do risco
que ela assumiu quando aceitou sua
proposta de seguro.
R
Sim. Mas a seguradora terá de provar
que você contribuiu para o risco inten-
cionalmente, ou que teve culpa pelo roubo
do seu carro por ter agido de forma negli-
gente. Se você deixou a chave na ignição e a
porta da garagem aberta e se ausentou,
mesmo que por pouco tempo, contribuiu
para o furto com a sua negligência.
Mas se você foi vitima de roubo,
sofrendo ameaça, mesmo que a chave
estivesse na ignição, a seguradora não
poderia se recusar a pagara a indeni-
zação, porque nesse caso você não
contribuiu para o evento: você foi vitima
dele. E foi justamente para isso que você
contratou o seguro. Obviamente, cada
caso é analisado pela Justiça, que irá
verificar se houve ou não negligênda
por parte do segurado.
PLANO DE AÇÃO
1 Entre em contato com o corretor ou
com a seguradora e argumente que
você não pode cuidar do carro enquanto
abre o portão, que não contribuiu para

ACONSELHE-SE ANTES DE
P E D I R COBERTURA DO SEGURO

Quando fizer um contrato de seguro, procure um profissional avaliador de

bens. Isso é muito importante, porque o valor do seguro deve corresponder ao
valor do bem. Em regra, é a seguradora quem estipula esse valor, mas você
pode indicar u m , que poderá ser aceito pela seguradora. Na apólice não pode
constar valor maior nem menor do que o do bem. Se se tratar do seguro de
um carro novo, o valor da apólice deve corresponder ao valor da nota fiscal de
compra; se for o seguro de um imóvel novo, na apólice deve constar o valor
do imóvel apontado pela construtora no ato da compra ou financiamento.
 OBSERVE OS DIREITOS E D E V E R E S , AS COBERTURAS E
EXCLUSÕES DO SEGURO ANTES DE ASSINAR A APÓLICE
A seguradora pode se recusar a pagar o seguro
tendo como base as políticas de exclusão existentes
no contrato. Sendo assim, verifique cuidadosamente
todas as cláusulas antes de assinar a apólice. A
seguradora deve deixar claras as políticas de
exclusão no memento da realização do seguro,
justamente porque a lei prevê que as cláusulas
restritivas ou ambíguas serão interpretadas a seu
favor e não a favor da seguradora.
Elo t a m b é m pode se recusar a pagar a indenização
se você violar alguma cláusula ou se não seguir os
termos do contrato. Quando esse fato for relevante
para o seu pedido de indenização, ela vai negar o
pagamento com base no seu descumprimento. No
entanto, a posição dela deve ser diferente se essa
atitude não for relevante para a ocorrência do
sinistro que gera o pagamento da indenização.
Quando u m contrato contém termos que não são
comuns ou que são desvantaiosos para o
consumidor, o Código de Defesa do Consumidor
o risco e que o evento foi inevitável.
Peça que registrem sua reclamação no
serviço de atendimento ao cliente.
2 Se a seguradora se recusar a pagar c
indenização, você terá de procurar um
advogado para resolver judicialmente o
questão. Lembre-se de que cabe ò
seguradora provar que você agiu de
forma intencional ou negligente,
contribuindo para o risco.
C o r t a de advogado
P Acabo de receber a conta da
m i n h a advogada. Foi u m a c a u s a
relativamente pequena, em que n ã o
f o i n e c e s s á r i o entrar com a ç ã o
j u d i c i a l . N o f i n a l , e l a me cobrou
quase o dobro do que havia
estimado. E l a pode fazer isso?
I I Sim. A não ser que vocês já
_L\ tlvpwcrr assinado contraio fixando
exige que eles sejam destacados, de f o r m a que o
cliente fique ciente deles antes de assinar a apólice.
Se a seguradora não fez isso, você pode mover uma
ação iudicial para obter a indenização do seguro,
alegando que não estava ciente da c'áusula, que ela
não era de fácil compreensão e que não recebeu o
destaque na forma exigida pela lei.
Se preferir, você pode tentar resolver o problema
amigavelmente com a seguradora, entrando em
contato c o m o corretor ou com o setor de aten-
dimento ao cliente, e esclarecendo que as cláusulas
do seguro não foram bem explicadas, ou que os
documentos do seguro, como a apólice, o manual do
segurado, as condições gerais e outros, não foram
entregues (se for o caso). Você também pode tentar
uma solução administrativa procurando o setor de
reclamações da Susep, que é o órgão regulador e
fiscalizador das seguradoras, ou mesmo o órgão de
proteção e defesa do consumidor de sua cidade
para f o r m a l i z a r uma reclamação.
os honorários. Mas você talvez possa
conseguir u m desconto.
De acordo com o Estatuto da
Advocacia, o advogado deve cumprir
rigorosamente as obrigações constantes
do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Lá está determinado que os honorários
devem ser fixados com moderação e de
acordo com alguns critérios, entre eles, a
complexidade das questões e o trabalho e
tempo necessários à sua execução.
Como o caso não envolveu uma ação
judicial, você deve solicitar ao seu
advogado uma revisão do valor. Se não
estiver de acordo, procure outro
advogado, a f i m de promover ação de
consignação em pagamento do valor
originalmente proposto. Nessa ação,
você deposita o valor que acha justo e
devido, que será oferecido ao profis-
sional, em uma conta judicial. Caso essa
quantia não seja aceita, o juiz analisará
os argumentos e as provas trazidas por
você e pela parte contrária e fixará o
valor q u e julgar correto.
 Caso esteja configurada uma infração
disciplinar da advogada com relação à
cobrança, faça uma representação à OAB. a
fim de que a conduta dela seja submetida
ao Tribunal de Ética e Disciplina.
Maus serviços de
advocacia
faça uma representação a U A B . Prepare-
se para esperar por alguns meses.
P L A N O D E AÇÃO
1 Descubra quem é o responsável pelas
queixas no escritório ao qual pertence o
seu advogado e peça detalhes de como
proceder. Se ele trabalhar sozinho,
outra firma ou a OAB poderão tratar
da matéria em seu nome.

P M e u advogado deveria e s t a r me
ajudando a acionar j u d i c i a l -
mente u m a e m p r e s a de a r - c o n d i -
cionado, m a s n ã o me prestou c o n t a s
de n e n h u m progresso n a a ç ã o h á
a l g u m tempo e n ã o responde à s
m i n h a s c a r t a s o u telefonemas. E l e
pode me tratar a s s i m ?
2 Faça uma queixa formal, de prefe-
rência pelo correio, com Aviso de
Recebimento ( A . R . ) , pedindo reem-
bolso dos custos de telefone e cartas,
além de qualquer outra compensação
que julgue devida. O prazo para res-
posta deverá ser de cerca de 15 dias.

R Não. Você deve fazer uma queixa

formal contra o advogado no
escritório dele. Esse tipo de tratamento
contraria o previsto no Estatuto da
Advocacia e no Código de Ética e
Disciplina. Se, depois da sua queixa, a
matéria não for tratada satisfatoriamente.
3 Se a firma recusar o seu pedido ou
deixar de responder dentro de 28 dias,
leve o caso à O A B .
4 Se a OAB não lhe der resposta satis-
fatória, recorra da decisão no próprio
Tribunal de Ética e Disciplina da O A B .

R E C L A M A N D O D E SERVIÇOS D E A D V O C A C I A

Os advogados no Brasil são considerados pela Constituição como

indispensáveis à administração da Justiça. Gozam, por isso, de muitas
prerrogativas e direitos ligados à profissão. Mas nem por isso são imunes
a reclamações.
A fiscalização da atividade do advogado é, hoie, concentrada quase que
inteiramente na Ordem dos Advogados do Brasil ( O A B ) . A conduta do
advogado é regulada pelo Estatuto da Advocacia e pelo Código de Ética e
Disciplinar da OAB. E m linhas gerais, o advogado deve atuar com inde-
pendência, destemor, honestidade, decoro, veracidade, lealdade e boa-fé.
O código traça as obrigações e os direitos dos advogados na sua relação c o m
o cliente e contém a definição das principais infrações. Para essas condutas, as
sanções previstas no Estatuto dos Advogados, a serem aplicadas pelo órgão de
classe, v a r i a m de acordo com a gravidade. São elas: advertência, censura,
suspensão ou exclusão da advocacia.
As reclamações devem ser dirigidas á Seccional da OAB e m que o
advogado atuar. As consultos e reclamações feitas serão dirigidas ao
Tribunal de Ética e Disciplina, que tem a competência para instaurar e
iulgar processos disciplinares.
Queixas que visam à reparação de danos causados por culpa de advogados
podem ser resolvidas por meio de acordo extrajudicial ou por ação iudicial.
M u d a n ç a de advogado
P E u n ã o estava satisfeito c o m o
trabalho do meu advogado e
decidi contratar outro e m seu lugar.
O primeiro advogado s e recusa a
transferir os d o c u m e n t o s do c a s o
a t é que os h o n o r á r i o s s e j a m pagos.
E l e pode fazer isso?
R Em termos. A revogação do mandato
do advogado não desobriga o cliente
dos honorários devidos, nem retira o
direito de receber eventual verba honorária
de sucumbência, que será calculada
proporcionalmente ao serviço prestado
pelo advogado substituído.
Reça a intervenção da OAB. Ela pode
recomendar que os documentos sejam
devolvidos, desde que você se
comprometa a pagar a conta.
Se você está no meio de uma ação. o
advogado não poderá deixar a sua causa
ao abandono. Terá ainda de subestabelecer
o mandaro (procuração), o que é ato
privativo dele, mas que só poderá ser feito
com a sua concordância. O Código de
Ética proibe ao novo advogado aceitar
procuração de u m cliente quando outro
advogado já estiver patrocinando a causa,
sem o conhecimento prévio do anterior, a
não ser por motivo justo ou para tomar
providências urgentes.
Quanto à retenção dos documentos, se
você está no meio de uma causa e os
documentos são essenciais, você pode
conseguir uma ordem judicial para que
sejam apresentados.
Você também pode conseguir um acordo
entre o advogado recém-contratado e 0
anterior para que os honorários sejam
pagos ao final da questão.
Se você não concorda com o valor dos
honorários e não tiver assinado contrato
que os tenha fixado, pode ainda entrar com
uma ação de consignação em pagamento,
depositando o valor que achar devido em
uma conta judicial. Caso o advogado saque
o dinheiro depositado, considera-se que
aceitou a quantia oferecida
M a u desempenho
P O advogado que me
representou em j u í z o n ã o se
preparou para o caso e falhou e m
apresentar as provas de m a n e i r a
adequada. Posso p r o c e s s á - l o ?
R Sim. Mas você deve primeiro
discutir a questão com um
advogado de confiança, que talvez possa
orientá-lo sobre a condução da matéria.
0 advogado, no exercício da profissão,
deve comportar-se com todo o zelo,
empenhando-se para que a causa tenha
desenvolvimento regular.
P L A N O D E AÇÃO
1 Recolha provas de que houve uma
infração disciplinar, para, então, fazer
uma representação contra o advogado
no Conselho Seccional da OAB. Entre
outros motivos, podem configurar
infração: prejudicar, por culpa grave,
interesse confiado ao seu patrocinio;
acarretar, conscientemente, por ato
próprio, a anulação ou a nulidade do
processo em que funcione; ou
abandonar uma causa sem iusto
motivo ou antes que prescrevam os
dez dias da comunicação da renúncia.
2 Se a decisão do Tribunal de Ética e
Disciplina da OAB não for satisfatória,
faça um recurso.
3 Caso pretenda uma reparação
em dinheiro, você tem o direito de
acionar a Justiça para processar
o mau advogado.
Negligencia
profissional
P O advogado que e s t á
patrocinando u m a c a u s a em
m e u nome contra a e m p r e s a
construtora do p r é d i o onde moro,
por prejuízos ocorridos por conta
de u m a i n u n d a ç ã o , perdeu o prazo
p a r a entrar com a a ç ã o devida,
e a c a u s a prescreveu. I s s o n ã o
é negligência?
R Sim. É possível que a demora em
tomar as providências necessárias
possam configurar negligênda. Ele tem o
dever de ser diligente e executar os
serviços especificados em contrato, em
tempo hábil. Mas a negligênda não é
fácil de ser comprovada. Você deve
apresentar provas consistentes, como
correspondências, mensagens eletrônicas
ou informações sobre telefonemas, com
datas e conteúdo detalhado.
N o âmbito disciplinar, deve-se fazer
uma representação contra o advogado no
Conselho Seccional da OAB.
A maneira mais rápida de ser
indenizado pelos prejuízos é se o
advogado tiver algum seguro
profissional, o que no nosso país ainda é
muito raro.
Caso não ter.ha, o jeito será recorrer à
Justiça, mediante ação de reparação civil,
comumente chamada ce ação de indeni-
zação por perdas e danos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Escreva ao seu advogado pedindo
compensação pelos prejuízos por não
ter acionado a construtora em
decorrência da negligência dele,
anexando cópia de provas. Se ele
estiver coberto por seguro profissional,
encaminhará o pedido à seguradora,
que analisará o caso, e esta, se achar
a queixa procedente, f a r á uma oferta
de indenização. Se não for segurado, a
negociação terá de ser feita dire-
tamente com o próprio advogado.
2 -ocu r e c u ^ ,
u o.^., ,u nau
conseguir chegar a um acordo, deve
levar o caso à Justiça. E n t r e e m
contato com outro advogado para
obter mais informações.
Conflito de interesses
P Acabo de descobrir que a firma
de advocacia que e s t á me repre-
sentando numa a ç ã o de divórcio é
t a m b é m representante do m e u m a -
rido. E l a pode fazer i s s o ?
R Não. O Código de Ética e Disciplina
da OAB diz expressamente em dos
seus artigos que advogados de uma
mesma sociedade não podem representar
em juízo clientes com interesses opostos.
No caso de divórcio litigioso, ainda cue
vocês dois tenham consentido, eles
estariam infrirgindn o código.
Agindo des^a forma, estarão incor-
rendo em falta que os sujeita às penali-
dades disciplinares por má conduta a ser
imposta pelo órgão de classe. Se você se
sentir lesado, faça uma representação
formal ao Conselho Seccional da OAB.
Mas lembre-se: isso não dará direito a
qualquer indenização, já que a OAB
tem competência, apenas, para impor
sanções disciplinares.
T r a b a l h o delegado
a estagiário
P Solicitei os s e r v i ç o s de u m
especialista para me a c o n s e l h a r
sobre u m contrato comercial. Pouco
depois, descobri que o m e u conse-
lheiro era u m e s t a g i á r i o que traba-
lhava para o advogado que e u h a v i a
contratado. A firma pode fazer isso?
R Sim. Advogados não consideram
errado delegar trabalho a urr.
estagiário, desde que este seja
supervisionado por u m profissional
qualificado. À medida que progridem,
estagiários recebem mais e mais
responsabilidades. Assim, quando estão
próximos do final do treinamento,
conseguem realizar quase todo o trabalho
em u m caso. O Estatuto da Advcxcacia
assegura que o estagiário de advogado,
regularmente inscrito, pode praticar todos
os atos do advogado, r.a forma do
regimento geral, em conjunto com
advogado e sob responsabilidade ceste.
A relação"advogado-cliente"é,
essencialmente, de confiança, e deve ser
a mais transparente possível. Quando
contratar uma sociedade de advogados,
exija que se especifique o profissional
que ficará responsável pelo seu caso. Você
deve exigir, também, ser avisado sempre
que algum novo advogado for participar,
ou quando algum advogado participante
deixar de tratar do caso.
Peça para falar com o responsável
técnico pelo estagiário e expresse a sua
insatisfação. O responsável deve
explicar e desculpar-se. Se houver
cláusula que lhe garanta o atendimento
por u m especialista, especifique o
advogado responsável pelo seu caso e
faça uma queixa formal, solicitando o
reembolso dos honorários. Se não
obtiver resposta satisfatória, faça uma
representação n o Conselho Seccional
da O r d e m dos Advogados.
Honorários
condicionados a êxito
P Recentemente, quebrei o pulso
ao t r o p e ç a r n u m buraco na
c a l ç a d a . Recebi u m a carta de u m
e s c r i t ó r i o de advocacia oferecendo
seus s e r v i ç o s p a r a processar a
municipalidade e m m e u nome.
O e s c r i t ó r i o disse que s ó receberia
h o n o r á r i o s quando do pagamento
da indenização. E l a pode fazer isso?
R Sim. Mas é prudente que você
verifique a sociedade na OAB para
ver se está regularmente inscrita no
órgão de classe.
A contratação de advogado por
honorários em caso de êxito da de-
manda não é proibida pelo Código de
Ética, mas é, de certa forma, desacon-
selhada, já que ele proíbe o aviltamento
de valores dos serviços profissionais, que
não devem ser fixados de forma irrisória
ou abaixo da tabela de honorários
divulgada pela OAB.

P a r a quando o
volume aumentar
P M e u v i z i n h o ouve rádio no
volume m á x i m o a q u a l q u e r
h o r a do d i a e da noite, e com a
j a n e l a e s c a n c a r a d a , tornando a
minha vida u m martírio. E u já
reclamei do b a r u l h o , m a s de nada
adiantou. E l e pode fazer isso?
R Não. As autoridades locais têm o
poder legal de combater o barulho
prejudicial ao sossego, pois o barulho
excessivo é ilegal, seja qual for a hora em
que ele ocorra, pr.ncipalmente depois
das 22h. Antes de qualquer tipo de ação
ou reação, é aconselhável buscar u m
entendimento amigável, para evitar que,
logo de início, o problema venha a
antagonizar as partes. Você pode falar
com outros vizinhos que também acham
0 barulho incômodo e fazer uma
aproximação conjunta ao vizinho
barulhento. Se 0 seu vizinho agir de
forma ameaçadora ou violenta quando
se tentar a aproximação, você deve
informar à polícia.
P L A N O D E AÇÃO
1 E m se tratando de condomínio
vertical, é sempre aconselhável
recorrer ao sindico, que, se for
habilidoso, e m i t i r á primeiro uma
c i r c u l a r impessoal. Depois, caso esta
não surta efeito, t e n t a r á u m
entendimento direto com o condômino
barulhento e p r o c u r a r á a solução mais
pacífica p a r a o p r o b l e m a .
2 Esgotados todos os meios de
entendimento a m i g á v e l , pessoais ou
pelo condomínio, p a r a coibir a
violação, independentemente das
sanções previstas na convenção ou
regulamento do edifício, é de toda
conveniência, agora em tom mais
enérgico, que o síndico ou o vizinho
prejudicado notifique, por escrito, o
infrator que esteia perturbando o
sossego dos outros, mostrando-lhe as
conseqüências que podem advir, se
continuar desrespeitando a lei.
3 Se o barulho persistir, deve-se
aplicar a m u l t a prevista na
convenção. Se esta for omissa,
providenciar para que, na ordem do
dia da p r i m e i r a assembléia seguinte,
seia incluído um i t e m prevendo a
fixação dessa penalidade, pois sem
normos internas f a l t a base legal para
aplicação da m u l t a . Havendo previsão
de m u l t a , o síndico deve aplicá-la e
cobrá-la e m ação executiva. Se não
houver multa fixada na convenção ou
no regulamento, o síndico poderá
propor ação c o m i n a t ó r i a . A
importância reverterá em beneficio
do condomínio.
4 Esgotadas as vias internas de
solução, restará a via iudicial para
coibir os atos ou omissões de
condôminos que sejam prejudiciais à
vida condominial ou a determinado
morador. Dependendo do caso, a ação
será proposta pelo condomínio,
representado pelo síndico, ou pelo
condômino prejudicado. E m
geral, o procedimento a ser
seguido será a ação ordinária
de caráter cominatório,
solicitando-se ao juiz que
estabeleça uma muita diária contra o
Comportamento
Infrator, multa esta que será revertida
em beneficio do condomínio. perigoso

5 Tanto o condômino quanto o pro-

prietário particular podem a j u i z a r
uma ação com base no cireito de
Vizinhança, previsto no Código Civil.
55o regras básicas o direito à segu-
rança, à tranqüilidade, ao sossega.
Tudo sob pena de uma multa d i á r i a
que pode ser f i x a d a pelo iuiz en-
quanto d u r a r o aborrecimento.
O procedimento cível não anula o
c r i m i n a l , para os casos de infração
à legislação penal. Dessa f o r m a ,
paderá o síndico ou o prejudicado
direto apresentar queixo à polícia,
munindo-se das testemunhas
necessárias para t a l .
A l a r m e que d i s p a r a
constantemente
P O s filhos dos nossos v i z i n h o s
t ê m espingardas e as u s a m no
j a r d i m . N ó s achamos cartuchos de
bala no nosso lado da cerca e
suspeitamos que as c r i a n ç a s
estejam atirando em p á s s a r o s . N ó s
podemos fazer algo contra isso?
R Sim. Primeiro é aconselhável ter
uma conversa franca com o seu
vizinho a respeito de suas suspeitas. Se
essa atitude não surtir efeito, comunique
o fato à polícia. Seus vizinhos podem
utilizar espingardas em sua propriedade,
desde que suas ações não prejudiquem
nem causem danos à propriedade alheia.
Sem esquecer que matar espécimes da
fauna silvestre configura crime, cuja pena
pode ser de seis meses a u m ano de
prisão e multa.
Espingardas precisam ser licenciadas e,

P O a l a r m e do carro do m e u
v i z i n h o tem disparado toda
noite, e e u estou perdendo o sono.
para possuir porte de arma, é necessário
ter 21 anos. Se algum prejuízo ocorrer
em propriedade alheia, os pais dos
F e d i - l h e v á r i a s vezes que o menores que estejam, envolvidos podem
consertasse, m a s ele se r e c u s o u . ser responsabilizados.
Ele pode fazer isso?

R Não. A situação é semelhante à da

questão anterior, que diz respeito
ao barulho vindo da casa do vizinho.
Como antes, recomenda-se tentar buscar
uma solução amigável com o
proprietário do carro que produz o
a.arme e, sendo infrutífera a tentativa,
procurar auxílio das autoridades locais,
pois, neste caso, também se aplicam as
regras relativas às normas de silêncio.
Se o proprietário do veículo deixar
que o alarme contra furto de seu carro
produza sons e ruídos que perturbem o
sossego público, além de ser multado
por cometer uma infração média, o
veículo poderá ser removido e apreen-
dido, conforme o previsto no Código
Nacional âo Trânsito
F u m a ç a de q u e i m a a a s
P T e n h o reparado q u e m i n h a
propriedade tem s i d o i n v a d i d a
p o r f u m a ç a proveniente de u m
terreno v i z i n h o . S u s p e i t o que m e u s
v i z i n h o s estejam provocando
q u e i m a d a s na propriedade, p a r a
l i m p e z a d a á r e a . C o m o posso
p r o c e d e r nesta s i t u a ç ã o ?
R O uso d o fogo, conhecido como
queimada, é disciplinado pelo
Ibama. Assim, o cidadão que desejar
manipular o fogo em sua propriedade
estará obrigado a procurar antes o órgão
ambiental do seu estado ou a unidade do
Ibama mais próxima.
As queimadas causam imensos danos
à natureza. Sendo assim, seus autores,
ao praticá-las de forma irregular, estão
sujeitos à fiscalização do Poder Público,
que poderá autuar os responsáveis,
lavrando multas, embargando e inter-
ditando a propriedade, e, em certos
casos, poderá até levar à prisão aquele
tipo de infrator. Em caso de dúvidas
sobre o uso do fogo, ligue para o
telefone 0800-618080.
Neste caso, o aconselhável é que você,
inicialmente, converse com seu vizinho
para verificar se ele está agindo dentro da
lei, e, não obtendo êxito, informe às
autoridades ambientais competentes.
Vizinho não controla
seu cachorro
P N o s s o vizinho permite que seu
cachorro faça s u a s " n e c e s -
s i d a d e s " n a calçada e m frente ao
nosso p o r t ã o . Podemos evitar isso?
R Sim. Uma obrigação que deve
sempre ser cumprida à risca pelos
donos de cachorros diz respeito a
questões de higiene, limpeza e saúde
pública. Cocô na rua é proibido - se o
cão usar a calçada como banheiro, o
d o n o tem a obuga^ao Je limpar.
Inicialmente, você deve tentar conversar
com o d o n o do animal, no m o m e n t o
em que presenciar o ato, com o
propósito de resolver o problema,
dizendo que se trata de u m ato ilegal.
Caso não obtenha êxito, você deve
procurar as autoridades policiais e
informá-las do problema, para que
tomem as medidas cabíveis.
Coitado do c a c h o r r o
do vizinho
P M i n h a família vê o c a c h o r r o
do v i z i n h o sendo maltratado
constantemente. C o m o devo
proceder p a r a impedir que
isso a c o n t e ç a ?
R A primeira previdência a tomar é
chamar a Polícia Militar ou a Polícia
Civil e noticiar o crime de maus-tratos de
animais praticado por seu vizinho. Faça
uma denúncia púbiica e outra à Secre-
taria de Segurança Pública. Ligue para o
disque-denúncia da sua cidade. Na
delegacia, faça um boletim de ocorrência
para que seja aberto um inquérito.
Também é aconselhável que você
procure a entidade de proteção animal da
sua cidade para que seja encaminhada
uma carta de advertência à pessoa que
está abusando do animal, para que ela
conheça as leis e as conseqüêndas d o
seu descumprimento. Essas entidades
mantêm sigilo absoluto sobre quem fez a
denúncia, mas necessitam dos dados de
quem está cometendo os abusos.
P i c h a r muros é c r i m e
U m grupo de adolescentes se
mudou para a m i n h a
vizinhança. Eles u t i l i z a m spray para
escrever em vários muros da r e g i ã o .
Podemos fazer a l g u m a coisa p a r a
evitar que eles continuem com i s s o ?
 OS C A C H O R R O S E A L E I

Locais permitidos vítima ou que houve interferência de motivos de

O acesso dos animais a shopping centers, parques,
restaurantes, praças, transportes coletivos, clubes,
praias etc. é regulamentado pelos municípios e,
portanto, varia de cidade p a r a cidade. Impetrar u m
mandado de segurança para g a r a n t i r o direito de
ficar, ir e vir do animal e possível, porém traba-
lhoso. Tal ação pode ser útil para quem dependa do
a n i m a l , como um cão-guia, no caso de deficientes
físicos ou visuais.
Onde é permitida a presença de animais,
recomenda-se que o donc os conduza com responsa-
bilidade. E, em casos de acidentes, poderá demons-
t r a r que foi cauteloso e procurou utilizar meios
para evitá-los. A vacinação anti-rábica anual é obri-
gatória e pode ser comprovada por qualquer docu-
mento que a ateste, expedido e m campanhas públi-
cas ou pelo veterinário. É i m p o r t a n t e a condução
de cães com guia e coleíra.
A n i m a i s que representem ameaça à segurança
das pessoas também podem ser regulados por lei. A
legislação pode determinar o uso de focinheiras,
impedir a circulação de animais entre a população,
proibir sua condução por pessoa que não tenha
idade nem força suficiente para controlá-los etc.
Danos
O Código Civil atribui responsabilidade ao dono de
u m a n i m a l que cause acidentes, a menos que ele
prove que o guardava e vigiava c o m cuidado; que
foi provocado por outro; que houve imprudência da
força maior (como fuga de cão bravo, em caso de
enchente ou t e r r e m o t o } .
A Lei das Contravenções Penais determina pena
de prisão simples, de dez dias a dois meses, a quei
incorrer e m omissão de cautela na guarda ou con-
dução de animais.
Os proprietários de animais bravos devem alerte
soóre a existência deles, com a utilização de placa
visíveis na rua.
Registro
Alguns estados podem d e t e r m i n a r o registro
de cães no Centro de Controle de Zoonoses para
p e r m i t i r a localização do proprietário, se o cão
for eventualmente recolhido por essa instituição.
A identificação pode se d a r por meio de uma
plaquinha com um número. O dono recebe
t a m b é m uma carteirinha de identidade. Os
dedos relativos aos cães devem ser mantidos
sempre atualizados.
Condomínios
A manutenção de animais e m edifícios condomini-
ais é regulamentada pelas convenções. A presençc
de animais inconvenientes, que perturbem a arder
a higiene e o sono dos outros moradores, t a m b é m
pede ser obieto das convenções.
Quem tem animais na zona urbana também pre
cisa observar as leis que d e t e r m i n a m a quantidad
m á x i m a permitida por residência.

R Sim. Pichar, grafitar ou utilizar

outros meios para danificar
edificações ou monumertos urbanos é
considerado crime ambiental, e o infrator
está sujeito a pena de detenção, de três
meses a u m ano, e multa. Se o ato for
realizado em monumento ou construção
tombada em virtude do seu valor
artísrico, arqueológico ou histórico, a
pena é de seis meses a u m ano de
detenção, e multa.
Procure a autoridade policial para
notificar a conduta dos adolescentes, a
qual, dependendo do caso, pode também
ser enquadrada como outros crimes. N o
caso de menores de 18 anos, a
rríainnsarHlidade «íorá Ho^ p.n'<-.
J a n e l a e x t r a no vizinho
P Ao r e t o r n a r m o s de u m a
viagem, encontramos a c a s a
v i z i n h a com u m a grande janela
voltada p a r a nossa propriedade,
s e m termos recebido antes qualquer
aviso. A e x i s t ê n c i a da janela
devassou enormemente nossa c a s a .
Nosso v i z i n h o pode fazer isso?
R Depende. A legislação brasileira
proíbe a abertura de janelas ou a
feitura de terraço, varanda ou eirado a
menos de u m n e t r o e meio de distância
c o terreno vizinho. As janelas cuja visão
não ÍTÍH.I snW|p .-) linha divisória do
terreno, assim como as perpendiculares,
não poderão ser abertas a menos de 75
centímetros. Entretanto, essas hipóteses
não dizem respeito às aberturas para a
luz ou ventilação não maiores que dez
centímetros de largu-a por vinte centí-
metros de comprimento e construídas a
mais de dois metros de altura de cada
piso. Em se tratando de vãos ou aber-
turas para luz, seja qual for a quantidade,
altura e disposição, 0 vizinho poderá, a
qualquer tempo., levantar a sua edificação
ou contramuro ainda que vede a clari-
dade obtida anteriormente.
Já nas propriedades rurais, não é per-
mitida a construção de edificações a menos
de três metros da propriedade vizinha.
As pessoas que violam essas proibições
são obrigadas, por lei, a demolir as
construções feitas, respondendo por
perdas e danos.
C e r c a v i v a tão grande
quanto a c a s a
P A s plantas que medeiam m i n h a
propriedade e a do meu vizinho
e s t ã o d a altura do teto. Além de blo-
q u e a r e m a luz do m e u j a r d i m , e s t ã o
tornando a terra muito seca. Pedi
a ele que aparasse a cerca viva, mas
ele se r e c u s o u . E l e pode fazer isso?
R Sim. De acordo com o Código Civil,
as sebes vivas, as árvores ou plantas
quaisquer que servem de marco divisório
só podem ser cortadas, ou arrancadas, de
comum acordo com os proprietários.
Diante dessa norma, se as plantas em
questão são o marco civisório da proprie-
dade e você gostar.a de cortá-las, o ideal
seria ter uma conversa com seu vizinho
para que possam chegar a um acordo.
Árvores cortadas
sem autorização
P Verifiquei que o m e u vizinho
começou a derrubar várias
á r v o r e s grandes e m s u a propriedade
para fazer a l g u m a s o b r a s . E l e pode
agir dessa forma s e m q u e tenha
consentimento do Poder Público?
R Xão. N e n h u m particular pode
abater árvores sem autorização
prévia do poder executivo municipal,
ainda que em área particular, pois
algumas leis municipais consideram a
vegetação de porte arbóreo do município
como de "interesse c o m u m de todos", e
fixam regras para árvores tanto em área
pública quanto privada.
Além disso, o poder de conceder tal
autorização não existe para que a
Prefeitura o utilize sem qualquer critério
e a seu bel-prazer. É preciso que haja u m
motivo relevante para autorizar tal corte
e que esse motivo conste do documento
de autorização emitido pela Prefeitura.
Além disso, a Prefeitura pode fixar a
obrigação do interessado de plantar
novas árvores na mesma quantidade em
que retirou (de acordo com algumas leis
municipais), de preferência no mesmo
bairro. Assim, se não forem cumpridas as
condições mencionadas anteriormente e
se o motivo alegado para autorizar o
corte não tiver razoabilidade, ou se não
houver motivo expresso no documento, o
corte será ilegal.
Árvore aparada
s e m permissão
P Retornei de u m a viagem
de n e g ó c i o s e descobri que
m e u vizinho tinha aparado u m a
á r v o r e minha, cujos galhos
estavam do lado da s u a proprie-
dade. Ele pode fazer i s s o sem
o m e u consentimento?
R Sim. De acordo com a lei
brasileira, as raízes e os ramos de
árvore que invadirem a propriedade
vizinha podem ser cortados pelo pro-
pi ni.irii) do terreno invadido, até o
plano vertical divisório. Assim sendo, o
seu vizinho pode agir dessa forma sem
precisar consultá-lo antes.

Acesso ao jardim
da vizinha

P Meu pedreiro está fazendo

uma obra em m i n h a c a s a e
n e c e s s i t a e n t r a r no j a r d i m da
v i z i n h a para c u m p r i r u m a e t a p a
do trabalho. E n t r e t a n t o , a v i z i n h a
se recusou a p e r m i t i r que ele
e n t r a s s e em s u a p r o p r i e d a d e .
E l a pode f a z e r i s s o ?

R Não. O proprietário ou ocupante

do imóvel é obrigado, por lei,
a tolerar que o vizinho entre em seu
terreno, após aviso prévio, para
utilizá-lo temporariamente quando
for indispensável à reparação,
construção, reconstrução ou limpeza
de sua casa ou do muro divisório.
Todavia, se do exercício desse direito
R Não. Os muros e outros marcos
divisórios presume-se, até prova
em contrário, pertencerem a ambos os
provier dgum dano. o prejudicado proprietários, sendo estes obrigados, de
terá direito a ressarcimento. Diante acordo com os costumes do local, a
disso, antes de qualquer atitude, é concorrer, igualmente, para o
aconselhável que se consulte u m pagamento das despesas de sua
advogado para avaliar melhor a construção e conservação. O interesse
situação e determinar a conduta dos vizinhos no restabelecimento e
adequada para o caso. conservação do limite da propriedade é
comum; por isso as despesas repartem-
se entre os interessados.
Quem paga pela
conservação do muro?
Acertando limites
P Ha u m m u r o e n t r e a m i n h a
casa e a propriedade
de propriedade
vizinha. Ele está em péssimo
e s t a d o de c o n s e r v a ç ã o e n e c e s s i t a
de reparos. M e u vizinho nega s u a
P A cerca do vizinho e s t á
alguns metros a l é m do limite
da sua propriedade, invadindo
responsabilidade pela c o n s e r v a ç ã o nosso terreno, mas ele se recusa
do m u r o . E l e pode f a z e r i s s o ? a admitir isso e nos devolver a
faixa de terra " u s u r p a d a " .
O que podemos fazer?
R Procure se informar sobre o
tamanho exato do seu terreno no
título do imóvel. Se tiver certeza quanto
à demarcação, converse com seu vizinho
para que este proceda aos ajustes
necessários. Caso ele ofereça resistência,
configurando, assim, incerteza sobre os
limites divisórios, procure u m advogado
para buscar soluções acertadas quanto ao
caso, entre elas o ajuizamento de uma
ação demarcatória.
Colocando os vizinhos
e m risco
P Coloquei u m a cerca de arame
farpado em volta da minha
propriedade para dificultar a entrada
de ladrões. O filho do meu vizinho
tentou pular a cerca para buscar uma
bola que havia caído em meu terreno,
e cortou a mão. A m ã e dele me acusa
de ser responsável pelo machucado
do menino. Ela está certa?
R Não. A colocação de cacos de vidro
em cima do muro, arame farpado e
outras formas de proteger a propriedade
são legítimas. O proprietário não
extrapola o seu direito ao colocar o arame
farpado com o intuito de ferir quem tentar
ingressar em sua propriedade, pois isso
tem por objetivo a defesa preventiva.
Dessa forma, pelo fato de você estar
agindo em conformidade com o seu
direito de propriedade, não o extra-
polando, não é responsável pelo dano ao
terceiro, mesmo sendo ele inocente.
F u m a ç a incômoda
P E m u m a parede v i z i n h a b e m
p r ó x i m a à m i n h a j a n e l a foi
colocada uma c h a m i n é que e x a l a
fumaça. I s s o incomoda a todos em
m i n h a família. M e u v i z i n h o pode
fazer isso?
R Não. Segundo previsão expressa na
lei brasileira, não é lícito ao vizinho
encostar à parede divisória de outro:
fomos, fogões ou chaminés suscetíveis de
causar interferências prejudiciais aos
vizinhos, quer seja devido à fumaça e até
mesmo com infiltrações. Quando o
vizinho viola tal disposição, ele é
obrigado a demolir a construção feita,
respondendo por perdas e danos.
P a s s a g e m forçada
P F u i procurado pelo m e u
v i z i n h o , que me pede p a r a
possiblitar a passagem dele pela
m i n h a propriedade, por s e r essa
a s u a única forma de acesso à
via pública. S o u obrigado a
permitir isso?
R Sim. De acordo com o previsto no
Código Civil, o dono do prédio que
não possuir acesso à via pública pode,
através de pagamento de indenização,
constranger o seu vizinho a lhe
proporcionar a passagem necessária, cujo
rumo é fixado judicialmente, caso seja
preciso. Deve-se verificar antes,
entretanto, se a sua propriedade é
mesmo a única possível para a realização
do acesso à via pública.
Estacionando
na calçada
P M e u vizinho possui u m a e m -
p r e s a de c o n s t r u ç ã o e estaciona
os s e u s veículos n a c a l ç a d a de nossa
rua, inviabilizando a p a s s a g e m de
pedestres. O que pode ser feito p a r a
evitar e s s e problema?
R De acordo com o Código Brasileiro
de Trânsito, estacionar o veículo na
calçada é infração grave, cujas pena-
lidades são: aplicação de m u l t a de 120
UFIR, registro de 5 pontos e remoção
do veículo.
Você pode denunciar a irregularidade
ao Detran ou ao órgão competente
da Prefeitura.
Vasos que caem
da janela
P H á muito venho a l e r t a n d o o
síndico do meu p r é d i o d e q u e
m u i t o s moradores deixam v a s o s e
outros objetos nas j a n e l a s . C a s o
a c o n t e ç a u m acidente por c a u s a
disso, q u e m é o r e s p o n s á v e l pela
r e p a r a ç ã o dos danos: o d o n o do
apartamento ou o c o n d o m í n i o ?
R N o caso apresentado, se for
identificado de qual apartamento
veio o objeto que causou o prejuízo a
outrem, a resposta é: o dono do aparta-
mento. Se não for identificado, o condo-
mínio arca com o prejuízo. O síndico tem
a responsabilidade de alertar quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas
na convenção, não podendo, contudo, ser
responsabilizado por eventuais danos
físicos ou materiais causados por objetos
que caem dos parapeitos ou são atirados
pela janela, quando não for identificado o
causador do inddente.
Roubo de moto
na garagem
P M i n h a moto foi furtada dentro
d a garagem do prédio onde
resido. Posso responsabilizar o
c o n d o m í n i o por esta perda?
R Em princípio não, pois o condomínio
não tem o dever de vigilânda ao seu
veículo. Mas o caso concreto deve ser
analisado, pois se o condomínio oferece o
spp.iço de prrnrr/sfn. manobrista ou cV
vigilância e segurança, ele passa a assumir
o dever de guarda dos veículos, devendo
responder por danos advindos de ação ou
omissão de seus funcionários. Mas, em
regra, não existindo essa espécie de serviço
e nem mesmo previsão de responsa-
bilidade na convenção condominial, o
condomínio não pode ser responsabili-
zado, pois não possui nenhuma relação
de guarda ou de depositário.
Construção vizinha
causa danos
P M e u vizinho realizou algumas
obras na c a s a dele, as quais,
acredito, tiveram impacto na
estrutura da m i n h a , pois
apareceram r a c h a d u r a s n a parede.
C o m o devo agir nesta s i t u a ç ã o ?
R Primeiro, deve ficar caracterizado e
provado que as rachaduras em sua
casa apareceram em decorrência da obra
realizada na casa ao lado. Após isso, seu
vizinho deve ser reponsabilizado pelos
prejuízos causados, pois não é permitida
a execução de qualquer obra ou serviço
que comprometa a segurança da casa
vizinha. Caso isso aconteça, o
proprietário da construção danificada
tem direito a ressarcimento pelos
prejuízos que sofreu.
Vagas na garagem
P Sou p r o p r i e t á r i a de u m
apartamento com u m a v a g a n a
garagem. C o n s t a t e i que u m v i z i n h o ,
que p o s s u i dois a u t o m ó v e i s , e s t á
estacionando s e u carro n a m i n h a
vaga. E l e pode fazer isso?
Evidentemente, nenhum morador
ou qualquer outra pessoa pode
ocupar a sua vaga somente pelo fato de
você não a estar utilizando. Quem usar
vaga alheia deve pagar o aluguel

referente. Caso a pessoa se negue a
ajustar o pagamento do aluguel com
você, o síndico deverá tomar
providências administrativas para
impedir que o outro condômina continue
utilizando sua vaga. Não é aconselhável
colocar grades ou impedir o acesso à
vaga. Se a situação persistir, você poderá
acionar seu vizinho pelo Juizado Especial.
Utilização a d v e r s a
do imóvel
P No regulamento interno do
meu c o n d o m í n i o está
estabelecido que os apartamentos
devem ser utilizados para fins
residenciais e f a m i l i a r e s .
Constatou-se que u m dos
apartamentos v e m sendo usado
como e s c r i t ó r i o de advocacia,
inclusive com atendimento a
clientes. C o m o os outros c o n d ô -
m i n o s podem exigir o estrito
cumprimento do regulamento e
a s s i m ter mais s e g u r a n ç a ?
R Se o seu condomínio é exclu-
sivamente residencial, conforme o
regulamento interno, qualquer atividade
comercial nele realizada, incluindo
prestações de serviços, é ilegal, inde-
pendentemente de o escritório, no caso
apresentado, receber clientes ou não.
Cabe ao condomínio, por meio do seu
síndico, ou por parte de qualquer
condômino, coibir essa prática nos
apartamentos por meio da via judicial.
Vizinho não quer
pagar reparos
P M e u edifício necessita de
reparos n a e s t r u t u r a física,
p o r é m alguns c o n d ô m i n o s se
r e c u s a m a contribuir p a r a o
pagamento das obras. Q u a i s as
p r o v i d ê n c i a s que o c o n d o m í n i o
pode tomar para f o r ç a r a
p a r t i c i p a ç ã o de todos n o rateio?
R Primeiro, o síndico deve convocar
uma assembléia, apresentando três
orçamentos e explicando os seniços que
deverão ser executados, que material será
utilizado e o prazo para término da obra.
Nesse memento, ele deve apresentar
os orçamentos para a aprovação dos pre-
sentes á assembléia. Segundo, ele precisa
arrecadar o valor correspondente antes de
iniciar a obra. Terceiro, deve cobrar j u d i -
cialmente daqueles que se opuseram.
P r o b l e m a s na
área comum
No edifício onde m o r o , u m a
c o n d ô m i n a colocou v á r i o s
vasos de plantas n a f r e n t e da p o r t a
do elevador, no andar de acesso ao
s e u apartamento e m a i s t r ê s ,
prejudicando a s s i m a p a s s a g e m . A
c o n v e n ç ã o de c o n d o m í n i o p r o í b e
q u e isso a c o n t e ç a n a á r e a de u s o
c o m u m . F o s s o exigir que os v a s o s
s e j a m retirados, m e s m o sabendo
que a convenção não está
registrada conforme p r e v ê a
l e g i s l a ç ã o e m vigor?
R Sim. Constitui uma das
prenogativas do síndico exigir
que a condômina cumpra 0 que reza
a convenção, pois a função dele é
representar o condomínio na defesa
dos interesses comuns. O fato de a con-
venção não estar registrada não impede a
possibilidade de cobrar o cumprimento
da obrigação lá estipulada, pois o registro
só é indispensável para que a convenção
seja oposta contra terceiros, mas jamais
para valer entre as partes, ou seja, os
condôminos. Diante disso, você tem
toda a legitimidade para exigir que a
condômina retire as plantas colocadas
na área comum.
Defesa ou ataque?
P Houve, há pouco tempo, u m a
tentativa de invadir a casa do
m e u filho durante a noite. E l e pegou
u m martelo, correu ao a n d a r de
baixo e atacou o invasor pelas
costas. Bateu nele, quebrando-Ihe o
b r a ç o . Agora a polícia reportou
n o t í c i a - c r i m e contra m e u filho por
l e s õ e s corporais. Eles podem
fazer isso?
R Sim. Você tem o direito de usar de
"força razoável" para se defender,
mas não pode usar de "força excessiva".
Não existe definição exata para "força
razoável", mas ela geralmente acontece
quando você deixa de ser o defensor e
passa a ser o agressor. X o caso apre-
sentado, se o invasor avançou contra o
seu filho com uma faca e seu filho se
defendeu com um martelo, isso pode
ser mnsiderado um raso dc"força
razoável", isto é, legítima defesa. Agora,
se o invasor fugiu e seu filho correu
atrás dele para fora da casa e o
machucou pelas costas, isso pode
ser considerado excessivo.
O resultado do caso vai depender das
circunstâncias, como o fato de o invasor
estar armado, ou se ele atacou o seu
filho, ou se já estava fugindo quando
foi atacado.
Redutores de
velocidade barulhentos
P R e d u t o r e s de velocidade f o r a m
i n s t a l a d o s n a nossa r u a como
u m a medida para melhorar o
t r â n s i t o . E l e s s ã o muito altos e
c a u s a m solavancos quando os
carros p a s s a m por eles. O s m a i s
pesados fazem u m barulho e n o r m e .
Podemos fazer a l g u m a coisa p a r a
modificar e s s e s quebra-molas?
R Possivelmente. As autoridades
locais provavelmente não irão
responder a u m pedido isolado e
individual, por se tratar de asssunto que
envolve toda a comunidade de uma rua,
mas se u m número grande de pessoas
residentes na sua rua tem a mesma
opinião que você, é possível fazer uma
pressão maior sobre o órgão responsável,
com o intuito de modificar o redutor
de velocidade. Procure a Secretaria de
Transportes de sua cidade. Algumas
possuem formulários específicos para a
retirada de redutores de velocidade.
Instalação de antena
parabólica
P É n e c e s s á r i o pedir a
a u t o r i z a ç ã o do c o n d o m í n i o
para a i n s t a l a ç ã o de uma a n t e n a
p a r a b ó l i c a ? Posso instalar a
parabólica onde eu quiser, o u h á
um lugar específico para i s s o ?
 K h necessário pedir autorização
ao condomínic para instalar a
antena parabólica. Só não precisa de
autorização quem tem uma casa
própria, isolada, já que nessa situação a
instalação não interfere na vontade ou
decisão de qualquer outra pessoa ou
conjunto de pessoas, como ocorre
n u m apartamento.
A parabólica pode ser instalada em
qualquer local, desde que esteja a céu
aberto, ou seja, nãc tenha qualquer tipo
de objeto entre a antena e o satélite.
Barulhos do salão
P Sou moradora do primeiro
andar de um p r é d i o . Embaixo
do meu apartamento existe u m a
á r e a destinada a u m s a l ã o de jogos
e a um s a l ã o de lestas. O barulho
tem sido insuportável, tanto de dia
quanto à noite. G o s t a r i a de saber se
*iAO SEI POR QUE O SR. RECLAMA
TANTO... O PRIMEIRO DONO NUNCA
SE QUEIXOU PE INFILTRAÇÕES/
estou a m p a r a d a p o r a l g u m a l e i
especifica, ou que m e d i d a s poderia
tomar para r e s o l v e r m e u p r o b l e m a .
R Primeiro, é aconselhável buscar
uma solução amigável para o
problema, o um > o mversai com os
moradores que causam o barulho. O
silêncio é matéria inerente ao direito de
vizinhança. Os excessos devem ser
coibidos, utilizando-se, se for o caso,
da autoridade policial para fazer
com que eles cessem.
Infiltrações antigas,
problemas novos
P M e u apartamento, que fica no
último andar, apresenta
infiltração desde q u a n d o o comprei.
J á notifiquei ao z e l a d o r e ao
síndico. Tentei fazer o conserto
a s s i m que me m u d e i , m a s de n a d a
adiantou, pois o problema é maior.
A g o r a a s i t u a ç ã o se agravou, com
goteiras, rachaduras nas paredes,
umidade, mofo etc. Posso acionar o
c o n d o m í n i o na J u s t i ç a , ou devo
fazer a obra e deixar que a
administradora arque com
a s despesas?
R Antes de qualquer providência,
procure um técnico, que pode
ser u m bombeiro experiente, para
que ele emita um laudo, por escrito
o u verbal, e diga, se possível, a
origem da infiltração e de quem é a
responsabilidade por sua reparação. Se
for do condomínio, não execute a obra:
proponha uma ação para obrigá-lo a
executá-la, sob pena de pagamento
de multa diária. Se preferir fazer você
a obra, consulte um advogado para
propor uma medida cautelar de
produção de provas, apure o valor da
obra e, a seguir, a execute, cobrando-a
posteriormente da responsável,
o condomínio ou terceiros.
Transporte pelo
elevador
P Transportei u m sofá pelo
elevador de s e r v i ç o há m a i s
de ura m ê s , e só hoje recebi u m a
carta do síndico informando que
o elevador foi danificado e que e u
devo pagar o valor do conserto.
Existe um p r a z o para esse tipo
de r e c l a m a ç ã o caducar, visto
que podem ter ocorrido outros
danos nesse p e r í o d o ?
R Não existe u m prazo para que uma
cobrança de multa prescreva. O que
o condomínio terá de fazer, neste caso, é
provar que o dano foi causado pelo
transporte do seu sofá. N o entanto,
devidc 10 tempo que se passou entre o
transpDrte e a carta que você recebeu,
será difícil obter essa prova para exigir o
pagamento da multa.
Atribuições de
um síndico
F u i eleita síndica no condo-
mínio onde resido. Tenho
u m a vaga idéia de quais seriam
as minhas a t r i b u i ç õ e s . Q u a l é o
p a p e l do s í n d i c o em u m condo-
m í n i o ? E l e t e m direito a receber
um salário?
R O síndico exerce a administração
interna do prédio, referente a
vigilância, moralidade e segurança. Ele
tambérr representa O condomínio em
juízo ou fora dele, defendendo os
interesses comuns. Seleciona, admite e
demite runcionários, fixando-lhes os
salários de acordo com a verba do ano,
respeitando o piso salarial da categoria.
Aplica as multas estabeleddas na lei,
na convenção o u no regulamento
i n t e r n o Presta contas somente na
assembléia. Guarda toda documentação
contábil J e n l r o do prazo da lei.
Arrecada as taxas condom.niais.
Procede à cobrança executiva contra
os devedores. Escolhe as empresas
prestadoras de seniço ou terceiros para
execução das obras que interessem ao
edifício, desde que aprovadas por
assembléia. Contrata o seguro contra
incêndio. Convoca assembléia-geral
ordinária e extraordinária. Comunica
aos condôminos, nos oito dias
subseqüentes à assembléia, o que foi
deliberado. Pratica os atos que lhe
foram atribuídos pela lei do
condomínio, a convenção e o
regimento interno.
Com relação ao recebimento de salário,
o síndico terá direito à remuneração se
estiver previsto em convenção, ficando
determ.nado, na assembléia que o
eleger, se ficará isento da taxa do
condomínio ou se receberá algum
tipo de honorário, lembrando sempre
que o síndico não é funcionário
do condomínio, muito embora
possa contribuir para a previdência
sodal incividualmente.
Multa: mudanças
na lei
P E s t o u com duas p r e s t a ç õ e s
do c o n d o m í n i o atrasadas e
verifiquei que a m u l t a , para cada
u m a delas, é de 20%. E s s e valor e s t á
correto? Há possibilidade de pedir
u m parcelamento da dívida?
R Se a convenção d o condomínio foi
realizada antes da vigência do
Novo Código Civil, ou seja, 11 de janeiro
de 2003, o condomínio pode ap.icar
a multa prevista na convenção.
Caso contrário, a multa deverá,
obrigatoriamente, ser de até 2%. O
condomínio também pode aceitar u m
parcelamento das cotas a pagar, mas não
poderá fazer nenhum desconto nem
sobre as multas nem sobre o
valor a sei pago.
R e t i r a d a do sindico
P Existe uma insatisfação geral
por parte dos moradores e m
r e l a ç ã o ao s í n d i c o . Há como os
c o n d ô m i n o s o d e s t i t u í r e m antes
de o mandato t e r m i n a r ?
R Sim. Para que 0 síndico seja
destituído, u m quarto dos
condôminos que estão em dia com os
pagamentos do condomínio
(adimplentes) :êm de assinar uma
convocação, e dois terços dos
adimplentes presentes na assembléia
devem aprovar a saída dele. Antes,
porém, é necessário que o condomínio
mande uma carta a ele informando-o de
que desejam destituí-lo, para que ele
tenha direito de resposta às acusações
feitas. Se o condomínio não fizer tal
comunicação, • síndico pode cancelar a
assembléia que o destituiu.
M e d i ç ã o de água
e m edifício
P No edifício onde moro, as
despesas com consumo de á g u a
s ã o calculadas por rateio com base
no n ú m e r o de moradores de cada
apartamento. E s s a é a forma correta
de fazer a m e d i ç ã o para a c o b r a n ç a ?
Normalmente, o rateio de água é
feito pela fração ideal das unidades.
Mas o rateio poderá ser feito da forma
como você descreve, se assim constar na
convenção do prédio. No entanto, se essa
foi uma dedsão tomada em assembléia,
sem que a convenção do condomínio fosse
modificada, ela poderá ser contestada.
Inadimplente
e m reuniões
P G o s t a r i a de saber se q u e m
e s t á com o pagamento do
c o n d o m í n i o a t r a s a d o pode p a r t i -
cipar d a s a s s e m b l é i a s r e a l i z a d a s .
De acordo c o m a nova legislação,
para participar das reuniões e
votar nas deliberações do condomínio,
o condômino precisa estar quite com a
prestação. Todavia, n ã o é aconselhável
que o c o n d o m í n i o vete a participação
dos condôminos inadimplentes, para
não cercear o direito à liberdade de ir
e vir. O direito à votação, porém, é
exclusivo de q u e m está em dia com
c pagamento.
Direito de o condômino
cobrar dívida
P Verifiquei que a sindica do meu
prédio n ã o e s t á cobrando n a
Justiça os valores de c o n d o m í n i o s
atrasados de outros moradores.
Posso acionar judicialmente a
síndica por n ã o cobrar a dívida dos
c o n d ô m i n o s inadimplentes?
R
Sim. A nova lei civil estabelece que
compete ao síndico impor e cobrar
as multas dev.das. E diz, ainda, que a
assembléia pcderá dererminar que outra
pessoa no lugar do síndico mova a ação
em nome do condomínio.
B r i g a por v a g a s
na g a r a g e m
P O meu p r é d i o é bem antigo e
tem um n ú m e r o reduzido de
vagas na garagem. Todo d i a há
alguma c o n f u s ã o entre moradores
por vagas, pois n ã o existe u m a
separação bem delimitada. Q u a l é o
critério para distribuição das vagas
na garagem de u m edifício?
R
No caso de vagas indeterminadas,
não existe local certo Dara
estacionar o carro. Nesses casos, o
condonrinio precisaria ter manobristas
para estacionar os carros que chegam e
saem, a u m custo elevado. Quando o
condorrínio não quer arcar com essa
cespesa, normalmente é feito um acordo
amigável entre os condôminos pelo qual
se faz um rodízio ou sorteio das vagas.
situação do imóvel na prefeitura de sua
cidade. Os condôminos também estarão
sujeitos a pagar o IPTU devido (se
houver) retroativo a até cinco anos, além
de arcar com as despesas nara
regularização das escrituras.

Fiscalização
Regularização de compras
de documentos

P Moro num edifício que já foi

reformado diversas vezes. Por
ser um prédio antigo, não p o s s u i
muitos documentos relativos à
metragem correta dos
apartamentos. C o m o podemos
regularizar a s i t u a ç ã o ?
P Q u a l q u e r c o n d ô m i n o pode
solicitar todos os documentos
envolvendo compras no c o n d o m í n i o
para fiscalização?
R Todo condômino pode solicitar a
pasta de prestação de contas e
todas as contas podem ser contestadas e
auditadas enquanto não forem

R Lm engenheiro deverá ser

contratado para regularizar a
aprovadas. Uma vez aprovadas em
assembléia, não há o que fiscalizar.

DIREITOS E DEVERES DOS MORADORES

Direitos do morador Deveres do morador

• Usar com exclusividade sua unidade autônoma
(apartamento), segundo seus interesses, desde
que tal uso não implique prejuízo para os
demais condôminos.
• Utilizar áreas e partes comuns do condomínio
de forma convencional, sem causar danos,
incômodo ou embaraço aos demais moradores.
• Participar das assembléias-gerais, discutir,
votar e ser votado. Ter as chaves da porta de
ocesso ao prédio e do portão da garagem e
evitor o acesso de pessoas estranhas.
• Estar ciente das despesas, das obras
e dos problemas de seu condomínio.
• Pedir esclarecimento ao síndico sobre questão
que considere relevante e inerente ao seu direito
de morador. E, sempre que houver dúvidas,
deve ter acesso a todos os documentos.
« Denunciar ao síndico irregularidades
no condomínio.
« Recorrer à assembléia-geral dos atos ou
decisões do síndico que gerem preiuízo a
você ou ao condomínio em g e r a l .
• A assembléia de moradores pode destituir
o síndico e m caso de i rregularidades.
• Respeitar os direitos dos moradores,
funcionários e vizinhos.
• Pagar e m dia os valores relativos à
cota-parte das despesas ordinárias.
• Pagar, sempre que exigida, a cota-parte
nas despesas c o m obras necessárias
à manutenção do prédio - mesmo que o
objeto da despesa não seia de seu interesse.
• Contribuir para a constituição
do fundo de reserva.
• Não a l t e r a r a f o r m a externa da fachada.
• Não usar a unidade para fins diferentes
da utilização do prédio - como o funcionamento
de uma empresa ou a realização de
cultos religiosos.
• Não i m p e d i r o uso das partes comuns
do condomínio.
• M a n t e r e conservar as áreas comuns do
condomínio - que são c o m p a r t i l h a d a s c o m
todos os condôminos - , tais como hall social,
salão de festas, garagens e piscina.
• Não decorar as partes externas do prédio
com tonalidades ou cores diferentes das
usadas no conjunto do bloco.
 • o contrato de locação deverá ser
V e n d a de imóvel registrado, no Cartório de R e g i s t r o
alugado de Imóveis no qual o i m ó v e l e s t e j a
inscrito, pelo menos t r i n t a dias antes

P M i n h a tia alugou u m imóvel

com prazo de vigência de trinta
m e s e s . O contrato findará no p r ó -
x i m o m ê s . Agora, o locador resolveu
v e n d e r o apartamento e colocou u m
a n ú n c i o n o j o r n a l sem c o m u n i c a r a
e l a . E l e pode fazer isso?
de sua venda. Por isso, tão logo t o m e
conhecimento de que o locador
colocou à venda o i m ó v e l ,
o locatário deverá providenciar o
registro do contrato de locação;
• o locatário deverá depositar e m juízo
o preço e demais despesas r e l a t i v a s
à compra do imóvel pretendido, para

R Não. O locatário tem o direito de

preferência na compra do imóvel. É
certo que não cabe a ele qualquer recurso
para impedir a venda do imóvel em
condições menos vantajosas ao locador,
somente para se beneficiar. Contudo, a
lei impõe ao locador a obrigação de levar
ao conhecimento do locatário sua inten-
ção de vender o imóvel. É indispensável
que dessa notificação constem todas as
informações referentes à venda do
apartamento. Sua tia terá o prazo de
trinta d as para se manifestar sobre a
intenção ce compra do imóvel. Caso
esse prazo expire sem que ela se mani-
feste, o locador poderá dar prossegui-
mento à venda do apartamento para
outros interessados.
P L A N O D E AÇÃO
1 Notifique o locador, alertando-o sobre
os riscos do descumprimento da legis-
lação, em caso de não-atendimento ao
direito de preferência do locatário para
compra do imóvel alugado.
que possa provar que t e m condições
financeiras de comprar o i m ó v e l ;
• a ação judicial deverá ser proposta
no prazo de seis meses, após o
registro da compra do imóvel no
Cartório de Imóveis.
4 A p a r t i r daí, o locatário deverá
aguardar a decisão iudicial, que,
caso lhe seia favorável, d e t e r m i n a r á
que o imóvel seja registrado em
seu nome.
Morte do locatário
P M o r o com m i n h a m ã e n u m a
casa alugada desde outubro de
2 0 0 3 , cujo contrato de l o c a ç ã o é
de trinta m e s e s . O contrato, p o r é m ,
e s t á em n o m e do meu pai, que

2 Caso o locador insista no descum-

primento da legislação, o locatário
poderá propor uma ação judicial con-
t r a o locador, requerendo u m a indeni-
zação por perdas e danos, e m que o
iuiz avaliará os prejuízos sofridos pelo
locatário em razão do não-atendimento
ao direito de preferência.

3 O locatário pode, ainda, p r e f e r i r a

aquisição do imóvel, m a s para isso
deverá atender às seguintes condições:
 SUCESSÃO DO C O N T R A T O D E LOCAÇÃO
POR M O R T E DO L O C A D O R E DO L O C A T Á R I O
0 contrato de locação não se extingue com a
morte do locador. Os herdeiros desle serão, a
parlir de então, os respcnsáveis pelo continuidade
do contrato, devendo respeitar a locação em
todos os seus termos.
Assim, ocorrendo a morte do loccdor, o
responsável pelo recebimento dos aluguéis e
demais otos referentes co imóvel será o
inventariante dos bens deixados pelo locador.
Da mesma f o r m a , a morte do locatário não
extingue o contrato de locação, afinal não seria
iusto que a família do locatário morto ficasse
sem m o r a d i a .
A questão que se deve avaliar nesse caso é a
que envolve a garantia do contrato de locação,
faleceu e m j a n e i r o de 2004.
Recentemente, o locador nos pediu
que d e i x á s s e m o s a casa, pois teme
que não t e n h a m o s condições de
arcar com o s custos do aluguel.
E l e pode f a z e r i s s o ?
R No caso da morte do locatário,
podem ser transferidos os direitos e
deveres deste, em primeiro lugar, ao
côn uge sobrevivente ou companheiro,
em seguida, aos filhos e pais c o locatário
falecido, respectivamente. Portanto, como
você e sua mãe, ou seja, filho e cônjuge,
residem no imóvel, os direitos e deveres
do contrato de locação passarão a ser de
vocês, 0 que os obriga ao cumprimento
das cláusulas contratuais, tal como seu
pai se obrigou.
Reajuste de aluguel
P H á pouco tempo aluguei u m
imóvel com prazo de trinta
meses. A c r e d i t o que aluguei por
u m p r e ç o muito abaixo do m e r c a d o ,
sendo a s s i m , gostaria de r e a j u s t á - l o .
Posso f a z e r i s s o ?
pois sendo a fiança uma garantia pessoal, que
se funda na plena confiança entre o fiador e
o locatário, é direito do fiador liberar-se da
f i a n ç a ; contudo, o fiador tem de comunicar
sua intenção ao locador.
Pora que permaneça a garantia após a morte
do locador, deverá haver a concordância por
escrito do fiador quanto a manutenção de
sua responsabilidade.
Aquele que se sub-rogar ao contrato de locação, ou
seia, aquele que irá suceder o locotário deverá
apresentar novo fiador, no prazo de trinta dias, ou
qualquer outra garantia prevista em lei, sob pena de,
não o fazendo, ser proposta uma oção de despeio por
descumprimento de cláusula contratual.
R A lei prevê um prazo de
três anos a partir d o contrato
de locação para que se possa
exercer o direito á revisão do valor
do aluguel. O que se pretende
por essa via é a atualização do
aluguel para elevá-lo ao nível do
mercado, o que pode aumentá-lo
ou reduzi-lo. Se o locador pretender
exercer seu direito em prazo inferior
aos três anos previstos na lei, deverá
provar que está sendo lesado. Para
tanto, terá de recorrer ao Judiciário
para pleitear o aumento.
Contudo, se houver u m acordo entre o
locador e o locatário, nada impede que
o valor do aluguel seja revisto, sendo
certo que o prazo para propor uma ação
judicial, visando a uma eventual revisão
do valor de aluguel, deverá ser contado
a partir do acordo celebrado e não da
assinatura do contrato de locação.
Contrato de locação
P M o r o n u m i m ó v e l alugado,
m a s n ã o a s s i n e i u m contrato de
l o c a ç ã o . O l o c a d o r disse q u e eu n ã o
preciso de u m . E l e pode se recusar a
me fomeccr o c o n t r a t o ?
R Não. É u m direito seu exigir um
contrato, no qual constarão os
termos da locação. Entre outras coisas,
constarão nele o início e o término da
locaçãc, o valor do aluguel e seus rea-
justes, a garantia da locação, os direitos e
os deveres de ambas as partes (locador e
locatário) etc.
Entretanto, o contrato pode ser verbal,
mas é evidente que a forma escrita é
mais praticada no mercado, pois confere
maior segurança, como explicado acima,
definindo melhor as obrigações e os
valores devidos.
Mudança c o m c a c h o r r o
P Concordei e m alugar o apar-
tamento de u m amigo. Tenho
um cachorro de pequeno porte,
bem-educado, m a s o contrato de
locação permite somente a pre-
sença de a n i m a i s presos em gaiolas.
Terei de desistir da m u d a n ç a ?
B QUANTOS ANOS
VOCê PBGOU?
R Sim. Se no contrato consta uma
cláusula que impede que moradores
mantenham no apartamento animais que
não estejam em gaiolas, essa cláusula
deverá ser respeitada e acatada.
Locatário inadimplente
P Aluguei um imóvel, com
prazo de t r i n t a m e s e s , p a r a
u m a pessoa que agora se m u d o u
e m r a z ã o de u m novo e m p r e g o .
E l a pagou dois m e s e s de a l u g u e l
e i n t e r r o m p e u os demais paga-
m e n t o s , abandonando o i m ó v e l . E
e s t á fugindo quando tento entrar
e m contato com ela. E l a
pode fazer isso?
R Não. Nesse caso, se o locatário
mudou de emprego e esse novo
emprego fica em outra cidade, ele pode
rescindir o contrato de locação sern que
se;a obrigado a pagar a multa estipulada
no contrato para casos de descum-
primento das obrigações da locação.
Contudo, ele deverá entregar as chaves
do imóvel com os aluguéis quitados até
essa data. Caso ele insista em não pagar
o aluguel, você deverá notificá-lo para
que efetue o pagamento dos aluguéis e
demais encargos devidos. Se ele, rnesmo
após a notificação, não efetuar o paga-
mento, você deverá entrar com uma ação
de cobrança de aluguéis e encargos.
Cabe esclarecer que o locador pode, a
qualquer tempo, em caso de atraso no
pagamento do aluguel, notificar o
locatário e/ou propor a ação contra ele.

Cobrança indevida
P Descobri que estou pagando
u m aluguel muito mais alto do
qae o que outros l o c a t á r i o s pagam
em imóveis similares n a mesma
á r e a . O I Í K ,n: or pode fazer isso?
R Sim. O v a or do aluguel é
aquele acordado por locador e
locatário. O que existe são valores de
referência per ocalidade; quer dizer, é
vá do fazer irna pesquisa de preços de
móveis no local, antes de firmar o
co" trato de locação.
Após a assinatura do contrato de
locação, não ha mais possibilidade de
NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE REPAROS U R G E N T E S
Uma das otrigações do locador é
manter o imóvel em condições de
-abitabilidade, realizando os reparos
necessários daqueles danos que se
o r i g i n a r a m pelo decurso do tempo
ou do uso n o r m a l .
O locatário é obrigado a permitir
que se r e c l i i e m os reparos urgentes
e necessários ao i m ó v e l , mesmo que
para isso tenha de se r e t i r a r ,
provisoriomente, do i m ó v e l .
Deve ser lembrado que a
realizaçco dos reparos reverte em
benefício do locatário, melhorando
sua qualidade de v i d a , não se
justificando, a s s i m , que ele os
impeça. Zaso isso ocorra, o locador
poderá propor uma ação de despejo
contra o locatário. Antes, p o r é m ,
da medico j j d i c i a l , o locador deve
notificar o locatário da realização
das o b r a s , da data de seu início,
tempo provável de duração e dos
i-cômodos previstos.
É claro q i e o locatário poderá, de
ccordo c o m a urgência da obra,
r e g o c i a r corn o locador a época
r a i s proaicia para a realização dos
reparos, especial mente se ele tiver
de se r e t i r a r do i m ó v e l .
questionar o valor do aluguel, a não
ser no momento de reajuste, quando,
então, caso o reajuste esteja incompatível
com o valor de mercado do imóvel, você
poderá entrar com uma ação revisional
de aluguel.
Consertos no imóvel
P Depois de esperar v á r i o s meses
para que o locador efetuasse os
reparos n e c e s s á r i o s no imóvel,
resolvi que a única s o l u ç ã o seria eu
mesmo providenciar e pagar pelos
consertos e, depois, deduzir o custo
do aluguel. E u posso fazer isso?
Contado, para que se justifique
uma medida iudicial, como a ação
de despeio, é necessário que a
iniciativa da obra parta do locador,
ou por imposição de autoridade
competente ou a pedido do próprio
locatário. O que se exige é que haia
u m dano e que sua reparação seia
de responsabilidade do locador.
O locatário pode, ainda, realizar
diretamente a obra, desde que
autorizado pelo locador, que
deverá reembolsar ao locatário
o valor despendido.
Hipótese bastante c o m u m é a de
vazamentos e infiltrações originadas
do imóvel alugado.
A lei permite, ainda, caso s e i a m
necessários mais de dez dias para
os reporos, a redução proporcional
do aluguel.
Se a obra ultrapassar t r i n t a dias,
são concedidas ao locatário duas
opções: ou ele permanece no imóvel
suportando-as, não mais sendo
devido o aluguel, ou, se p r e f e r i r ,
poderá rescindir o contrato, ficando
liberado do pagamento da m u l t a por
devolução do imóvel antes do
prazo contratual.
 • _ J Qualquer reparo necessário deve
A \ . ser feito com a autorização expressa
do locador. Para isso, é preciso que o
locatário notifique o proprietário acerca
dos reparos que devem ser realizados e
aguarde que ele os providencie, dentro
do prazo solicitado, se tais reparos
couberem ao locador.
O locatário poderá apresentar três
orçamentos ao locador, para que este
possa escolher o preço mais acessível. É
importante, também, que sejam tiradas
fotografias daquilo que precisa ser repa-
rado, a fim de comprovar a necessidade
dos consertos.
Se o locador não se manifestar e
os reparos forem de necessidade i m i -
nente, o locatário poderá arcar com
os custos e, então, deduzir do valor
do aluguel, sempre informando o
proprietário sobre cada medida que
esteja sendo tomada.
Caso o locador não concorde com a
dedução do aluguel, o locatário poderá
entrar com uma ação de restituição dos
6ASTOU O WNHBteO
00 OBPÓSffO £M
valores pagos a titulo de reparos, com
base nas provas reunidas.
Existe, ainda, o caso em que o locatário
poderá notificar o locador sobre a neces-
sidade dos reparos, solicitando as provi-
dências dentro de u m determinado
prazo. Caso não haja manifestação d o
locador sobre o pedido em u m prazo de
trinta dias, o locatário poderá rescindir o
contrato, antes do prazo ajustado, sem o
pagamento da multa contratual.
Depósito como g a r a n t i a
P D e i x e i , recentemente, o
imóvel que estava alugando,
m a s o locador a i n d a n ã o devolveu
o valor correspondente ao d e p ó s i t o .
N ã o existe r a z ã o para ele reter o
dinheiro. E l e pode fazer isso?
R Depende. O depósito é feito em
garantia da locação, a fim de
resguardar o locador por eventual
descumprimento de cláusula contratual.
O depósito, que é limitado a três vezes o
valor do aluguel, poderá ser retido pelo
locador quando o locatário deixar de
cumprir qualquer cláusula do contrato
que tenha gerado dano de ordem
financeira para o locador, por exemplo:
danos ao imóvel, sem que tenha feito
o reparo devido; não-pagamento do
aluguel; abandono d o imóvel sem a
quitação dos débitos locatícios, quer seja
o aluguel ou qualquer outro encargo de
responsabilidade do locatário, como luz,
telefone, gás, IPTU e t c ; entrega do
imóvel antes do término do prazo de
locação sem a justificativa legal, entre
outras que deverão estar previstas no
contrato. Contudo, o locatário deverá ser
notificado acerca das razões que levaram
o locador a não efetuar a devolução d o
depósito. Caso a retenção seja indevida, o
locatário terá de notificar o locador para
que ele reshtua, dentro de u m prazo de
48 horas, o valor corrigido, sob pena de
sofrer uma ação judicial de cobrança e
 até mesmo uma ação penal por
apropriação indébita.
T é r m i n o do contrato
de locação
P M u d e i - m e para um
apartamento em j u n h o , mas
e m j u l h o fui transferido pelo m e u
emprego para outra localidade.
Informei ao locador que terei de
entregar as chaves em agosto, m a s
ele quer m e obrigar a pagar os
meses r e s t a n t e s até o fim do
contrato. E l e pode fazer isso?
R Não. Em caso de transferência de
emprego para outra cidade, o
locador não pode obrigar o locatário ao
pagamento da multa contratual.
Contudo, caso não seja possível resolver
a questão amigavelmente, você deverá
propor uma ação udicial visando à
rescisão do contrato de locação, e
devirá depositar judicialmente o valor
do aluguel, mês a mês, até que seja
dividida a questão A o final d o processo,
. ' . I M I . I decisão seja favorável a o
locatário, ele poderá levantar todo o
valor depositado. O mesmo procedi-
tnentO vale para o locador, caso a
decisáo seja favorável a ele.
Imóvel i n a d e q u a d o
P
M i n h a m ã e idosa s o f r e de
•• r i riu> e b r o n q u i t e . O p o r ã o d o
iiium-l que e l a a l u g o u s e t o r n o u
m i n i . , ú m i d o , e m r a z ã o de u m a
i n i i l i i .i<, ,10, o q u e e s t á c o l o c a n d o
s n . i H iiule e m risco. O l o c a d o r se
'«'< '»»«• a e f e t u a r os r e p a r o s . E l e
pmlr fazer i s s o ?
R Não. Irata-se de u m reparo
.Urgente, o que obriga o locador a
elrluii .e. obras necessárias, arcando
Q U A N D O UMA CLÁUSULA
CONTRATUAL É INJUSTA?
As cláusulas de um contrato de locação que
coloquem o locatário em desvantagem na relação
são denominadas cláusulas leoninas.
São, por exemplo, nulas, entre outras:
• os que estabeleçam, num mesmo contrato,
duas modalidades de g a r a n t i a ;
• os que renunciem ao locatário o direito de
preferência para aquisição do imóvel alugado;
• os que obriguem o locatário ao pagamento da
totalidade dos aluguéis que vencerão, até o f i m
do contrato, e m caso de finalização do contrato
antecipadamente por iniciativa do locatário;
• as que adotem periodicidades de correção do
aluguel inferiores ao mínimo legal (doze meses)
ou indexadores proibidos por l e i ;
• as que e x i j a m pagamento antecipado do aluguel;
• as que repassem ao locatário a responsabilidade
pelo pagamento das despesas extraordinárias do
condomínio, ou seia, aquelas que cabem ao locador,
de constituição do fundo de reserva, de taxa de
cadastro ou de qualquer outro encargo que a lei
a t r i b u o , com exclusividade, ao locador.
P L A N O D E AÇÃO
1 Comunique ao locador, por escrito, o
reparo que deverá ser feito no imóvel,
informando-o, ainda, do problema
causado à saúde de sua mãe, e
aguarde que o locador se manifeste
sobre o pedido.
2 Coso o locador não providencie o
conserto, notifique-o para que o faça
no prazo de 48 horas, juntando um
laudo médico que ateste que a saúde
de sua mãe está prejudicada em
conseqüência da infiltração, e avise
que i r á propor uma ação de rescisão
do contrato de locação, com pedido de
danos materiais (que deverão ser
c o m p r o v a d o s ) , assim como dano
m o r a l , pelos aborrecimentos e trans-
tornos que sua mãe está passando
e m razão do defeito apresentado no
i m ó v e l , sem que tenha sido efetuado
o reparo necessário
 Ação de d e s p e i o
P Solicitei a d e v o l u ç ã o do m e u
i m ó v e l ao l o c a t á r i o antes do
t é r m i n o do contrato, p o r é m ele se
nega a m e entregar as chaves,
alegando que s ó d e i x a r á o i m ó v e l
por força de u m a d e c i s ã o j u d i c i a l .
E l e e s t á certo?
R Sim. Durante o prazo contratado o
locador não pode reaver o imóvel,
mas se admite a retomada nas hipóteses
relacionadas na lei, como, por exemplo,
a falta de pagamento dos aluguéis e
encargos, o descumprimento de alguma
cláusula do contrato pelo locatário e a
necessidade de realização de obras
urgentes determinadas pela autoridade
pública e que não podem ser realizadas
com a presença do inquilino no imóvel.
Mas, mesmo que tais circunstândas
criem para o locador a necessidade de
retomada, ele terá de mover uma ação
de despejo se o locatário se recusar a
entregar o imóvel.
BXPO QUB
PBVOLVA A
MINHA CASA!
R e a v e n d o imóvel
P S o u p r o p r i e t á r i o de um imóvel,
c u j o p r a z o do contrato de loca-
ç ã o t e r m i n o u h á t r ê s meses. Agora
i n f o r m e i a o l o c a t á r i o que quero o
apartamento de volta, mas ele se
recusa, a l e g a n d o que o contrato foi
prorrogado automaticamente e que,
por i s s o , n ã o v a i me entregar o
imóvel. E l e pode fazer isso?
R Depende. Se a locação foi ajustada
pelo prazo de trinta meses, você
pode exigir seu imóvel a qualquer tempo,
concedendo u m prazo de trinta dias para
a desocupação. Mas se o prazo do
contrato era inferior a trinta meses, você
só poderá retomar o imóvel em uma das
hipóteses previstas na lei, como falta de
pagamento de aluguéis, por exemplo.
Despeio ilegal
P O locador de m e u apartamento
notificou-me de que eu devo
entregar as chaves do imóvel no
prazo de trinta dias, s e m que tenha
terminado o contrato. E l e m e
informou que, se e u n ã o deixar o
imóvel, ele t r o c a r á a fechadura para
que eu n ã o p o s s a mais e n t r a r no
apartamento. E l e pode fazer i s s o ?
R Não. O locador fica obrigado ao
prazo estipulado no contrato, e
somente pode notificar o locatário para
deixar o imóvel se ele tiver descumprido
alguma cláusula contratual, ou nos
outros casos especificados na lei.
P L A N O D E AÇÃO
1 Apresente uma resposta à
notificação enviada pelo locador,
informando que você não t e m
interesse e m entregar o imóvel
antes do término do contrato.
2 Se o locador insistir na idéia de tro-
c a r a fechadura do imóvel, você pri-
meiro deverá apresentar uma queixa
na delegacia de seu bairro, para regis-
trar o caso e propor uma ação judicial
contra o locador, a fim de que lhe seia
assegurada a posse mansa e pacifica
do imóvel, um direito seu durante o
contrato de locação.
Devolução da caução
E l e disse que s ó o fará quando e u
efetuar a devolução do depósito
dado como garantia ao contrato de
l o c a ç ã o , para que p o s s a reverter o
valor para o pagamento do aluguel.
Contudo, ele n ã o levou em conta os
reparos que d e v e r ã o ser feitos e os
encargos que ainda n ã o foram
quitados e que s ã o de s u a respon-
sabilidade, e cujo valor a caução n ã o
a l c a n ç a . E l e pode fazer isso?

P O locatário do meu imóvel s e

recusa a pagar o último aluguel. R Não. A caução em dinheiro é uma
forma de garantia do contrato de

COMO S E P R E V E N I R D E UMA GARANTIA INEFICAZ

Não há g a r a n t i a absoluta que torne o locador
i m u n e a riscos, o que se pode fazer é reduzi-los
o m c i s oossível, mas i a m a i s eliminá-los. As
modalidades de garantia relacionadas na Lei
do I n q u i l i n a t o são a caução em dinheiro, ou
depcsito, a f i a n ç a e o seguro de fiança
locaricia, cabendo ao locador o direito de
escolher. No que se refere ao depósito, seu
v a l o r se l i m i t o a três meses do aluguel vigente
à época de sua constituição, o que, e m g e r a l ,
se mostra insuficiente p a r a c o b r i r todo o
débito deixado pelo locatário. A caução deverá
ser o b r i g a t o r i a m e n t e depositada em uma conta
c o n j j n t a , e m caderneta de poupança. O
l e v a i t a m e n t o só será p e r m i t i d o quando
autorizado por ambos os t i t u l a r e s da conta, ou
então, exclusivamente pelo locatário, desde
que apresente a quitação plena fornecida pelo
locador Nos demais cosos, a m o v i m e n t a ç ã o da
conto dependerá de autorização i u d i c i a l . Os
i u r o s e a correção monetária que incidam
sobre o v a l o r depositado r e v e r t e r ã o em
beneficio do locatário, caso ele esteia quite
c o m suas obrigações locatícias. Recusando-se
o locador, sem iusta causa, a r e s t i t u i r ao
l o c a l á r i o a caução em d i n h e i r o , p r a t i c a r á
c r i m e de a p r o p r i a ç ã o indébita, sujeitando-se
aos rigores da legislação penal. No que se
r e f e r e à f i a n ç a , deve o locador ser
e x t r e m a m e n t e cauteloso ao aceitá-la, quanto à
v e r i f i c a ç ã o do estado c i v i l do fiador, visto que
se exige a assinatura do cônjuge, sob o risco
de ser considerada sem efeito. Se o cônjuge fc
representado por procuração, os poderes para
prestar ou concordar com a fiança devem ser
expressos. É certo, t a m b é m , que, em caso de
ação de revisão de aluguel, deve o fiador ser
notificado, pois, se isso não for feito, o fiador
não poderá ser responsabilizado por novo
aluguel definido em ação revisional da qual el
não tomou conhecimento. Nas ações de despei
por f a l t a de pagamento propostas em face do
locatário, o locador deverá requerer que o
fiodor seia comunicado, para que ele passe a
responder por eventuais ônus a que o locatárii
for condenado. O seguro de fiança locatícia,
tem a finalidade de g a r a n t i r ao locador o
ressarcimento do preiuízo que venha a sofrer
e m razão de não-pagamento dos aluguéis pelo
locatário. Essa garantia poderá ser adotada
mediante o pagamento de um prêmio adicio-
nal, e m cuia apólice poderão ser incluídas as
sublocações, multas contratuais e os danos
causados ao prédio por culpa do locatário. O
contrato de seguro de fiança será celebrado
pelo período de doze meses, podendo ser
sucessivamente renovado, mediante endosso,
até o t é r m i n o do contrato, a critério da segu-
r a d o r a . Esta se obriga a adiantar ao locador
segurado o valor de cada aluguel ou encargo
vencido e não pago, deduzida sua participaçâr
o b r i g a t ó r i a . Contudo, a seguradorc somente
responderá, quanto à cobertura, por até trintc
vezes o valor do aluguel mensal.
 loca«,uo. A devolução do dmlieiro dado
como caução somente se efetivará após a
quitação plena do locador. Se ainda
existem reparos a serem feitos e taxas a
serem pagas, o locador não poderá ser
obrigado a devolver o dinheiro. Assim,
caso o locatário insista em não pagar o
último aluguel, você poderá reverter o
valor do depósito para pagamento
dos débitos locatícios, devendo restituir
o que sobrar ao locatário. Agora, caso o
depósito não seja suficiente para cobrir
os débitos, você deverá propor uma ação
judicial de cobrança contra o locatário.
Conserto do aquecedor
P
A c o r d e i com o locador que eu
s e r i a o r e s p o n s á v e l pelos
consertos no i m ó v e l . T r ê s semanas
a p ó s fazer a m u d a n ç a , o aquecedor
quebrou, por ser m u i t o velho. Terei
de arcar com o custo do conserto?
QUERO SABER QUANDO
' SENHOR VAÍ SE DIGNAR A
ONSERTAR O AQUECEDOR
DO MEU APARTAMENTO/
Nao. be o deieilo do aquecedor n ã u
J L v tiver sido provocado pelo mau uso
do locatário, mas sim pelo desgaste
comum, cabe ao locador arcar com o
conserto. Nesse caso, o locador pode
solicitar ao locatário que providencie três
orçamentos e optar pelo mais acessível.
0 locador, embora obrigado a custear o
conserto, não pode ser obrigado a arcar
com o custo superior ao necessário e
usualmente praticado pelo mercado.
Sublocaçõo de quarto
P E s t o u sublocando u m quarto
n u m imóvel alugado por u m
amigo. P o r é m , m e u amigo deixou
de pagar o aluguel há t r ê s meses,
e m b o r a e u continue pagando a ele
a parte que me cabe no a l u g u e l .
A g o r a o locador e s t á exigindo
que e u deixe o imóvel. E l e pode
fazer i s s o ?
R Inicialmente, é preciso saber se o
locador sabe que você está
sublcx:ando parte do imóvel. A lei exige
consentimento prévio e por escrito do
locador, que poderá constar do contrato
de locação ou de u m instrumento à
parte. Se o locador não sabia que você
era sublocador do imóvel, e se o contrato
de locação está em nome do seu amigo,
ele tem o direito de exigir que você deixe
o apartamento, independentemente de
ser você quem paga a maior parte do
valor do aluguel. Se o seu amigo permitiu
que você ocupasse algum cômodo do
apartamento em troca do pagamento de
u m "aluguel", e esse tipo de situação não
está prevista no contrato de locação
assinado entre seu amigo e o proprietário
do imóvel, você não tem qualquer
garantia de permanência no aparta-
mento, ou qualquer direito que lhe
garanta isso. Seu amigo nem sequer
precisaria entrar com uma ação na Justiça
para despejá-lo do imóvel. Ele poderia
simplesmente não permitir mais sua
entrada rio apartamerto; afinal, ele tem
Um contato que prova que o locatário é
ele, e você, u m estranho à relação entre
locador e ocatário.
Se no ccntrato de locação estivesse
p-evisto cue o locatário poderia sublocar
Um cômcco do apartamento, aí, sim, você
teria as gaantias necessárias para perma-
necer no imóvel.
R Sim. Ele tem o direito de exigir que
o imóvel esteja nas mesmas
condições de quando foi entregue a
vocês, os locatários. A responsabilidade
por qualquer dano ao imóvel, enquanto
durar o contrato de locação, é do
locatário; portanto, você e os demais
locatárias deverão efetuai o s reparos
necessários e solicitados pelo locador

Interferência Q u e m pode d e s p e j a r ?

P
no contrato O imóvel que estou alugando

P M e u marido e eu nos mudamos

recentemente para u m aparta-
mento. O locador costuma i r ao i m ó -
é financiado por u m banco.
C o n t u d o , o locador i n t e r r o m p e u
o pagamento do financiamento, o
vel, quando n ã o estamos em casa. que gerou a r e s c i s ã o d a promessa
Ele a l e g a que quer verificar as con- de compra e venda com o banco.
dições d i apartamento. C o n s i d e r a - O banco em q u e s t ã o pode propor
dos e s s e comportamento uma u m a a ç ã o de despejo c o n t r a m i m ?
invasão. Ele pode fazer isso?
Sim. Não tendo o banco que
R
R N ã o O locador tem o direito de financiou o imóvel participado do
verificar as condições do imóvel,
rias, por determinação legal, a visita deve
I r previamente agendada com os E M B U S C A D E U M B O M LOCATÁRIO
hcatários, oara evitar abuso por parte do
k
*cador, perturbando a privacidade, o O locador pode se cercar de • Exigir o fornecimento de
alguns cuidados na hora da comprovante de rendimentr
descanso ou o lazer do locatário.
escolha de um locatário podendo ser os três últimos
N o t i f i q u e o locador, informando-o
confiável, tais como: contracheques ou as três
de q u e o imóvel somente pode ser
últimas declarações do
C a r i a d o com agendamento prévio, sob Imposto de Renda.
• I n i c i a l m e n t e , exigir o
i*"a d e p»egamento de multa contratual • Exigir que seiam fornecid
f o r n e c i m e n t o dos dados
per p a r t e co locador. pelo menos o nome e o tele-
pessoais e c o m e r c i a i s
do l o c a t á r i o . fone de duas pessoas que
• E f e t u a r u m a pesquisa no possam atestar a idoneidad*
do locatário; em caso de se
Dano feito por SPI ( S e r v i ç o de Proteção ao
optar, como garantia do
I n q u i l i n a t o ) , onde será feita
ex-locatário contrato, pelo fiador, exigir
u m a busca e m nome do
que este dê em garantia um
A l u g u e i u m apartamento pretenso i n q u i l i n o , p a r a que
P j u n t o com t r ê s a m i g o s , s e n d o se v e r i f i q u e se existe a l g u m a
ação i u d i c i a l proposta contra
imóvel livre e desembaraçai
de qualquer ônus, ou seia, d
•i-.' u m d e l e s , que n ã o e s t á m a i s qualquer divida, que seia de
ele, e m razão de não-paga-
' " r . i 11 d n conosco, d a n i f i c o u a propriedade do locador e,
m e n t o de a l u g u e l . Sendo
[arede dkb quarto que o c u p a v a , sendo este cosado, deve-se
e f e t u a d a , da m e s m a f o r m a ,
'ize n d o diversos furos p a r a exigir, no contrato de locaçã
u m a pesquisa em nome do
" r n c a ç ã - c de q u a d r o s . A g o r a , a concordância do cônjuge e
f i a d o r do i m ó v e l , pelas
1
t>cadn r está e x i g i n d o que n ó s relação à garantia oferecida
m e s m a s razões.
hcamos os r e p a r o s n e c e s s á r i o s ,
f r - p o d e - fazer isso?
 contrato de locação nem dele tomado locador exigir a devolução do imóvel.
conhecimento, poderá requerer a devo- Entretanto, o locatário deve ser notificado
R E G R A DE
OURO lução do imóvel, para tanto, se neces- acerca do assunto, para ter a chance de
sário, propondo a ação de despejo. parar de praticar aqueles atos que estão
Nunca alugue perturbando a ordem do condomínio, sob
seu imóvel sem pena de desocupação do apartamento.
verificar os Motivo p a r a d e s p e i o
antecedentes
do locatário.
P A l u g u e i u m a p a r t a m e n t o para
a l g u n s estudantes. T e n h o rece-
Relação de bens
bido diversas r e c l a m a ç õ e s dos v i z i -
nhos quanto a m ú s i c a a l t a e portas
q u e b a t e m durante a m a d r u g a d a .
P Pretendo a l u g a r um sítio
que fica d i s t a n t e da cidade,
para p a s s a r as f é r i a s de v e r ã o . A
F o s s o pedir a d e s o c u p a ç ã o do casa e s t á toda mobiliada e o locador
i m ó v e l por essa r a z ã o ? fez uma r e l a ç ã o , no contrato de
l o c a ç ã o , de todos os bens que se

R Sim. A legislação prevê que o

locatário respeite a convenção e cs
regulamentos internos do condomínio,
encontram dentro do imóvel.
Ele pode fazer i s s o ?

ressaltando, ainda, que as normas de

convívio social de/em ser incluídas nessa
categona. Portanto, sua não-observânc:a
R Sim. A lei exige que conste do
contrato de locação a descrição dos
móveis e utensílios existentes no imóvel,
acameta u m descumprimento de cláusula bem como o es:ado em que se
de contrato de locação, o que permite ao encontram. Kssa relação pode constar
ou do próprio contrato, ou de u m
documento à parte, que passará a
QUANDO O LOCATÁRIO P R E C I S A integrar o conrrato, devidamente
E N T R E G A R AS CHAVES DO IMÓVEL assinado por locador e locatário. Seria
aconselhável, também, para o locador,
1. Antes do término do contrato: que constasse a avaliação dos referidos
• ele terá de pagar a multa pactuada, propor- bens, caso suna a necessidade de uma
cionalmente ao tempo que cumpriu o contrato;
ação judicial de perdas e danos, diante
• se não era prevista a multa, ela será
de eventual perda ou deterioração dos
estipulada judicialmente;
objetos, por culpa do locatário.
• fica dispensado da multa se devolver o imóvel porque
foi transferido para outra localidade em seu emprego.

2. Após o término do prazo contratado, quando o aluguel Ligações telefônicas

ficou prorrogado por prazo indeterminado:
• o locatário terá de avisar por escrito ao locador
com antecedência mínima de 30 dias;
• se a aviso não for dado, o locador poderá exigir
P Vou alugar meu apartamento
por temporada, no carnaval,
e existe u m a l i n h a telefônica
o pagamento de um mês de aluguel e encargos. instalada no imóvel. Posso exigir
u m a c a u ç ã o do locatário como
E m qualquer hipótese, se o locador se recusar a receber
forma de garantir o pagamento
o imóvel, o locatário terá de mover uma ação para a
das l i g a ç õ e s telefônicas
entrega das chaves e rescisão do contrato, para ficar
livre das cobranças do aluguel. efetuadas por ele?
Nesse caso, as chaves serão entregues em juízo,
e a multa também será depositada judicialmente.
R Sim. Muitos locadores que atuam
no mercado de locação por t e m -
porada exigerr do locatário uma caução
 em dinheiro, para assegurar,
especificamente, o pagamento das
ligações feitas pelo inquilino. Contudo,
não pode haver no contrato de locação
mais de uma modalidade de garantia;
por essa razão, deve-se exigir uma
única modalidade, que seja suficien-
temente idônea para que possa
responder pelos danos causados no
imóvel e pelos encargos e taxas,
inclusive a conta de telefone.Também
será válida a cláusu.a que inclua entre
as obrigações do locatário a exibição da
conta do mês anterior devidamente
quitada, sob pena de exigir a deso-
cupação do imóvel.

OS D I R E I T O S E D E V E R E S DO L O C A D O R E DO LOCATÁRIO

Esses direitos encontram-se previstos em caso contrário, a cláusula que não esteia
lei. Portanto, o contrato de locação deve ser adequada poderá ser declarada nula quando
redigido em conformidade c o m a legislação; questionada em iuízo.

É dever do locador: É dever do locatário:

• entregar o imóvel alugado em estado de
servirão uso a que se destina, devendo estar
em perfeitas condições de habitabilidade, com
suos instalações elétricas, hidráulicas e de
esgoto em funcionamento;
• garantir o uso pacífico do imóvel alugado,
assegurando ao locatário a utilização do imóvel
sem qualquer ameaça durante o prazo
do contrato;
• responder por aqueles vícios que não são apa-
rentes, como, por exemplo, m a u funcionamento
das instalações ou sua insuficiência;
• descrever o estado do i m ó v e l , sem que
sejam omitidos quaisquer defeitos;
• fornecer o recibo de quitação
• pagará i m o b i l i á r i a a taxa ce administração
do imóvel;
• o pagamento dos impostos e taxas, podendo
ser repassada a obrigação oo locatário por
expressa disposição c o n t r a t j o l ;
• exibirão locatário, quando este solicitar, os
comprovantes dos encargos que lhe esteiam
sendo exigidos;
• pagar as despesas e x t r a o r d i n á r i a s do
condomínio, ou seia, aquelas que se referem à
conservação do imóvel que r e v e r t a m na
valorização deste.
• pagar regularmente o aluguel e os encargos
da locação;
• usar o imóvel para aquilo a que se destina,
seja para locação residencial ou c o m e r c i a l ;
• conservar o imóvel, tratando-o com o mesmo
cuidado que o t r a t a r i a se fosse seu;
• entregar o imóvel no mesmo estado em
que o recebeu;
• c o m j n i c a r ao locador qualquer dano que tenha
sofrido o imóvel, ou eventuais invasões, ameaça
de invasão ou ocupação indevida por qualquer
pessoc estranha ao c o n t r a t o ;
• realizar os reparos dos danos causados ao
imóvel por sua culpa;
• não realizar obras que m o d i f i q u e m o i m ó v e l ,
interna ou externamente, sem a concordância
do locador;
• entregar imediatamente ao locador os
documentos de cobrança de tributos ou encargos
referentes ao i m ó v e l ;
• pogar as despesas de telefone e consumo de
f o r ç a , luz e gás, água e esgoto;
• p e r m i t i r a vistoria do imóvel pelo locador,
desde que c o m dia e hora m a r c a d o s ;
• c u m p r i r a convenção e os regulamentos
internos do condomínio;
• pagar o prêmio do seguro de fiança, caso se
opte por esse tipo de g a r a n t i a ;
• pagor as despesas o r d i n á r i a s de condomínio,
ou seia, aquelas que i n t e g r a m a rotina e a
previsibilidade da vida c o n d o m i n i a l ;
• c o m p r o v a r as despesas de condomínio.
 devem agir com honestidade e lealdade,
Vendedores podem uma vez que, dependendo do caso,
a u m e n t a r o preço... poderá ser responsabilizado aquele que
injustificadamente frustrar as legítimas

P E s t o u tentando comprar um
apartamento e já fiz uma oferta
que foi aceita pelo proprietário.
expectativas criadas na outra parte.

D e i entrada na documentação . . . E compradores

n e c e s s á r i a e paguei pelo serviço
de corretagem. N a véspera da
c e l e b r a ç ã o do contrato de compra
e venda, o vendedor recebeu uma
oferta m e l h o r do que a minha e a
aceitou. E l e pode desistir do
n o s s o acordo?
podem e x i g i r d e s c o n t o
P A c e i t e i a o f e r t a de u m a f i r m a
que q u e r i a c o m p r a r m i n h a
c a s a e, na v é s p e r a de c e l e b r a r o
contrato de c o m p r a e v e n d a , a
c o m p r a d o r a d i s s e que s ó f e c h a r i a
o n e g ó c i o se eu d i m i n u í s s e o p r e ç o

R Depende. Em regra, o proprietário

não é obrigado a lhe vender o apar-
tamento, se ele recebeu uma oferta de
em cinqüenta mil reais. E l a
pode fazer i s s o ?

compra mais vantajosa do que a sua. A

não ser, é claro, que vocês terham assi-
nado um contrato de promessa dc compra
e venda de caráter irrevogável. Se for esse
o caso, nem você nem ele podem desistir
do negócio sem que seja paga urra multa
rescisória. Se você chegou a pagar pelas
certidões necessárias à celebração do
negócio, poderá pedir ao proprietário o
reembolso da quantía gasta no cartório.
N o entanto, é necessário destacar que,
mesmo antes da celebração do contrato,
as partes envolvidas e m uma negodação
R Provavelmente, sim. Qualquer
oessoa que formula uma proposta
para a realização de u m contrato se
mostra, a prinrípio, vinculada aos termos
daquela oferta. No entanto, se as partes
se encontram ainda na fase de nego-
ciações que precede a própria oferta final
ou a celebração do contrato, não haveria,
a rigor, entre elas qualquer vínculo
convencional. Dessa forma, se durante as
tratativas, uma delas constatar que o
preço discutido anteriormente não era
conveniente, é possível que ela exija

C O M O E V I T A R P E R D E R A C H A N C E D E U M A B O A AQUISIÇÃO

• Quando decidir comprar um imóvel, faça u n a previsão do quanto pretende

pagar, levando em consideração o valor de mercado dos imóveis que se
encaixam nas suas perspectivas de compra.
• Consulte sobre a possibilidade de obter um financiamento para o imóvel,
caso você não disponho da quantia necessária. Certifique-se de que as taxas de
iuros cobradas são proporcionais ao seu orçamento e de que você terá uma
quantia disponível para o pagamento de um srial pelo imóvel de sua escolha.
• De posse dessas informações, você poderá procurar o auxílio de uma
corretora de imóveis OJ, se preferir, fazer a pesquisa por conta própria.
• Quando você se decidir por u m imóvel, negccie o preço. Se as condições
oferecidas lhe agradarem, celebre um contrato de promessa de compra e
venda, o que impedirá que o proprietário do imóvel em que você está interes-
sado desista do negócio sem que você seia indenizado. Essa indenização será,
certamente, um valor equivclente ao sinal que você iá pagou pelo imóvel.
a sua redução para, somente assim,
celebrar o contrato.
Por isso, o melhor a fazer quando
for vender um imóvel é celebrar u m
contrato de promessa de compra e
venda e exigir o pagamento de u m
sinal, que será abatido do valor fina!
do imóvel. Dessa forma, você terá o
direito de reter esse sinal, caso o
comprador desista do negócio (se
o contrato contiver uma cláusula
de arrependimento).
D u a s pessoas podem
c o m p r a r um imóvel
\J U m amigo me propôs que eu
comprasse u m a casa junto com
ele. C a d a um de nós pagaria 50%
do valor do imóvel. Ele diz que, se
fizermos isso e eu morrer, ele herdará
a minha parte na casa. Ele tem razão?
cônjuge e irmãos) vão herdar os bens
deixados por você. A única maneira de o
seu amigo herdar a sua parte nessa casa é
se você fizer um testamento, deixando
para ele a sua parte.
Só que, no Brasil, o testador somente
poderá dispor da metade da herança,
pois a outra metade constitui a legítima,
que deverá ser assegurada aos seus
legítimos herdeiros (descendentes,
ascendentes, cônjuge e irmãos). Por sua
vez, se ele for casado no regime da
comunhão universal de bens. o
patrimônio do casal será dividido em
dois, de forma que havendo herdeiros
necessários, somente será possível
dispor, em testamento, de 25% do
patrimônio total. Por isso, você só
poderá fazer u m testamento deixando a
sua parte da casa para seu amigo se
tiver outros bens para deixar para seus
herdeiros legítimos, ou se não tiver
nenhum herdeiro legítimo (ou seja, se
você não tiver filhos, pais, avós, netos,

R Xão. Se você morrer e deixar bens,

nesse caso, parte de um imóvel seus
herdeiros (descendentes, ascendentes,
irmãos ou cônjuge, será permitido fazer
um testamento deixando a totalidade de
seus bens para quem você desejar).

DICAS PARA COMPRADORES E V E N D E D O R E S DE IMÓVEIS

Ao comprar ou vender u m imóvel, compradores e vendedores devem ter algumas precauções,
pora garantir que estão fazendo um bom negócio.

VENDEDORES
• Devem provar que são os verdadeiros proprie-
tários do imóvel, exibindo a escritura de pro-
priedade, que deve estar lavrada em cartório.
• Devem i n f o r m a r aos interessados na compra
que tal imóvel é objeto de hipoteca, ou qualquer
outra condição a que esteia submetido.
• Devem elaborar u m relatório descrevendo as
características do i m ó v e l , como benfeitorias
realizados e reais condições de uso; o ideal
é que tal relatório seia elaborado por
profissionais especializados - eletricistas,
bombeiros e empreiteiros.
• Devem i n f o r m a r aos interessados as condições
do negócio que pretendem realizar, como preço
e forma de pagamento, além das garantias que
pretendem e x i g i r para a conclusão do negócio.
COMPRADORES
• Devem fazer um orçamento sobre a quantia
que podem gastar na aquisição de um i m ó v e l ,
levando em conta não só o seu preço, m a s ,
t a m b é m , as despesas com obras e reparos que
vão precisar realizar, além dos gastos c o m a
conclusão do negócio - n o r m a l m e n t e , os
compradores assumem as despesas com
certidões, impostos, taxas e c a r t ó r i o .
• Devem fazer uma consulta p r é v i a a
instituições financeiras sobre as condições de
empréstimos, para que possam f i n a n c i a r a
aquisição do imóvel, se for o caso.
 V e n d a de a p a r t a m e n t o
ocupado por locatário
P R e c e b i u m a proposta pelo m e u
apartamento, que e s t á a l u g a d o .
O contrato de l o c a ç ã o s ó t e r -
m i n a r á daqui a seis m e s e s e a
pessoa interessada n a c o m p r a diz
que não pode e s p e r a r por mais de
t r ê s . Q u e r o v e n d ê - l o e despejar o
inquilino que e s t á m o r a n d o l á .
Posso fazer isso?
R Não. Se você pretende vender u m
imóvel que está alugado, tem de
notificar o inquilino sobre a venda. A
legislação brasileira garante ao locatário o
direito de preferência na compra do imóvel
que ele está alugando. Fbr isso, se você
recebeu uma proposta, terá de notificar o
locatário sobre as condições da proposta.
P L A N O D E AÇÃO
1 Notifique o locatário sobre a
proposta para a compra do seu
imóvel, detalhando o valor oferecido,
bem como as condições de pagamento.
Peça ao interessado que lhe faça uma
proposta por escrito, de maneira que
você possa anexar tal proposta à
notificação de seu inquilino.
SISTEMA F I N A N C E I R O DE HABITAÇÃO
Foi criado para facilitar e promover o financiamento da
construção e aquisição da casa própria. E s s e sistema é
fiscalizado pelo Banco Central e dispõe de regras
próprias para a concessão de recursos aos interessados.
Dessa forma, embora o SFH não mais imponha um
limite ao número de imóveis que uma mesma pessoa
pode financiar, o valor unitário dos financiamentos,
compreendendo a despesa principal e as despesas
acessórias, não pode ser superior a R$ 150 mil. O limite
máximo do valor de avaliação do imóvel financiado
é de R$ 300 mil.
Os prazos dos financiamentos são livremente
estabelecidos entre as partes, e sobre o financiamento
podem incidir iuros, comissões e outros encargos. Tais
encargos financeiros devem respeitar o limite de 12% ao
ano do valor do imóvel, acrescidos dos custos de seguros.
z o locatário fera o prazo ae trinta
dias para responder se tem interesse e
condições de cobrir a proposta feita.
Se a resposta for afirmativa, você terá
de vender o imóvel a ele.
3 Caso ele não responda, ou se ele não
tiver interesse em comprar o imóvel,
você terá de pedir a rescisão do
contrato, de maneira que o locatário
tenha de deixar o imóvel dentro de um
determinado prazo. Tal prazo deverá
ser aquele ajustado entre as partes no
momento da celebração do contrato.
4 Se o contrato foi celebrado
com um prazo determinado para
terminar, você será obrigado a
indenizar o locatário.
À e s p e r a do " h a b i t e - s e "
P E s t a m o s comprando u m a
casa em c o n s t r u ç ã o e j á
pagamos u m s i n a l . O construtor
d i s s e que a casa estava pronta
e decidimos a data e m que deve-
ríamos fazer a m u d a n ç a . P o r é m ,
a instituição financeira que nos
concedeu o e m p r é s t i m o para a
c o m p r a do imóvel n ã o quer liberar
a quantia que falta para perfazer o
v a l o r da casa, porque o " h a b i t e - s e "
a i n d a n ã o foi concedido. E l e s
podem fazer isso?
R
Talvez. Isso vai depender do que
ficou estipulado no contrato de
concessão de crédito que vocês firmaram
com a instituição financeira. Se havia
uma cláusula dizendo que ela apenas
liberaria a totalidade do valor emores-
tado após a concessão do"habite-se"e
se i sse ainda não fo concedido, não há
muito que vocês possam fazer. Por outro
lado, se o contrato não mencionava essa
questão, a instituição financeira não
pode exigir o "habite-se" como condição
para liberar a quantia restante.
Mobília danificada
pela t r a n s p o r t a d o r a

P Q u a n d o a transportadora
entregou nossa m o b í l i a na c a s a
nova, algumas de n o s s a s l o u ç a s
favoritas estavam quebradas. A
transportadora alega que i s s o ocor-
reu porque eu m e s m a empacotei a
mobília, e se negou a i n d e n i z a r m e u
prejuízo. E l e s podem fazer isso?

R Não. A partir do momento que a

transportadora, seja de móveis ou
cie pessoas, aceita uma mercadoria para
transportar, ela assume a responsa-
bilidade de entregá-la intacta no destino
combinado. A não ser que ela faça u m
relatório especificando a mercadoria e
citando eventuais defeitos dos objetos, a
mercadoria será considerada em perfeitas
condições. No caso de algum dos objetos
Tansportados chegar ao local contratado
com algum tipo de defeito, a transpor-
"adora será responsabilizada por isso
e obrigada a pagar uma indenização
oelos danos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Ao contratar os serviços de uma
transportadora, certifique-se de que ela
tem u m a boa reputação no mercado.
2 Caso p r e f i r a empacotar seus
objetos mais frágeis, procure embalá-
os e m plástico-bolha ou iornais e, se
jossível, leve você mesmo tais objetos
sara a casa nova. Deixe que a
transportadora se encarregue dos
inoveis mais pesados.
3 Se a empresa contratada ficar
encarregada de fazer, t a m b é m , o
transporte dos objetos mais frágeis,
verifique se estes estão sendo
embalados corretamente e peço ao
encarregado que faça u m relatório
descrevendo os objetos, bem como o
?stado e m que eles se encontram
CARTÓRIO D E
R E G I S T R O S PÚBLICOS
De acordo com a legislação
b r a s i l e i r a , u m a propriedade imóvel
é adquirida no momento e m que
a e s c r i t u r a é lavrada e m C a r t ó r i o
de Registro de Imóveis. Sendo
a s s i m , para a sua aquisição ter
validade, você deve promover o
registro do seu contrato de
c o m p r a e venda.
P a r a que seia feito o registro
propriamente dito, o imóvel deve
ser m a t r i c u l a d o no Registro Geral
do cartório. Você será obrigado a
pagar as taxas do registro,
n o r m a l m e n t e pagas na proporção do
valor do imóvel e, e m alguns casos,
na proporção de suas dimensões.
Os contratos de promessa de
c o m p r a e venda de imóvel, tenham
ou não cláusula de arrependimento,
t a m b é m devem ser registrados e m
c a r t ó r i o para que tenham validade,
assim como hipotecas e outras
garantias lançadas sobre o i m ó v e l .
4 Assim que você receber a
mercadoria t r a n s p o r t a d a , confira, na
presença de u m funcionário da
empresa, se os obietos estão nas
mesmas condições e m que foram
entregues. Caso tenha ocorrido algum
dano, entre em contato com o gerente
e solicite o ressarcimento do prejuízo.
5 Caso a transportadora não assuma a
responsabilidade pelo ocorrido, você
terá de consultar u m advogado sobre a
possibilidade de e n t r a r com uma ação
de reparação de danos.
Antigo proprietário
retirou benfeitorias
P
Q u a n d o nos m u d a m o s para
nosso apartamento, desco-
brimos que os antigos p r o p r i e t á r i o s
retiraram torneiras, pisos e tomadas
e l é t r i c a s . A c a s a e s t á diferente e a
r e p o s i ç ã o de tais itens c u s t a r á caro.
E l e s podem f a z e r i s s o ?
R Xão. Os antigos proprietários
têm o direito de retirar do imóvel
vendido apenas seus objetos pessoais,
a não ser, é claro, que algo diferente disso
tenha ficado acordado entre vocês no
contrato de compra e venda do imóvel.
Em alguns casos, o imóvel é vendido
com armários embutidos e prateleiras,
que os novos proprietários devem
encontrar na casa quando a ocuparem.
Revestimentos, pisos e torneiras inte-
gram a estrutura do imóvel e, portanto,
só em caso de estipulação entre as
partes poderão ser retirados pelos
antigos proprietários.
P L A N O D E AÇÃO
1 Quando acertar a c o m p r a de u m
i m ó v e l , faça constar do contrato de
compra e venda os itens acessórios
que compõem o imóvel e que deverão
ser entregues aos novos p r o p r i e t á r i o s .
A r m á r i o s , prateleiras, chuveiros.
torneiras, esquadrias de janelas e, em
alguns casos, até a linha telefônica
podem estar entre esses itens.
2 No caso de você não encontrar esses
objetos ao ocupar o i m ó v e l , t e r á de
notificar o antigo p r o p r i e t á r i o para
que ele os devolva no prazo de trinta
dias ou para que lhe pague o valor
desses itens, bem como a mão-de-obra
com a instalação dos obietos retirados.
3 Se o antigo p r o p r i e t á r i o se recusar a
devolver os obietos retirados ou a
reembolsar a despesa que você terá
para substitui-los, você deverá
consultar um advogado sobre a
possibilidade de entrar c o m uma ação
para pedir a reparação do prejuízo.
Q u e m é responsável
pela r e f o r m a
P Logo a p ó s nossa m u d a n ç a para
a casa nova, descobrimos que as
t u b u l a ç õ e s de banheiros e cozinhas
estavam enferrujadas e entupidas, já
que nunca haviam sido trocadas. O
antigo proprietário pode transferir
e s s e problema para n ó s ?
R Provavelmente, não. O proprietário
de u m imóvel deve comunicar aos
interessados em adquiri-lo eventuais
problemas com encanamentos que preci-
sam ser trocados, tendo em vista que tais
problemas diminuem o valor do imóvel.
A pessoa que adquire u m imóvel deve
recebê-lo em plenas condições de uso e
deve ser informada sobre quaisquer pro-
blemas que esse imóvel possa apresentar.
O proprietário que não avisa os
adquirentes sobre os problemas de que
t e m ciência age de má-fé e, por isso,
pode ser responsabilizado em juízo.
Obviamente, a má-fé deve estar c o m -
provada, e por essa razão o adquirente
de u m imóvel deve fazer constar do
contrato de compra e venda uma
cláusula dispondo sobre as condições do deve pagar os impostos, para evitar uma
imóvel que está adquirindo. execução fiscal sobie o seu imóvel. R E G R A DE
Ao visitar um imóvel que você esteja Obviamente, você terá direito a OURO
interessado em adquirir, certifique-se de ser reembolsado pelo antigo propr.etário,
que torneiras e chuveiros estão funcio mas para isso é provável que você Antes de c o m p r a r
nando adequadamente. Tubulações de gás tenha de entrar c o r uma ação contra um imóvel,
também devem ser examinadas, assim o verdadeiro devedor do imposto compareça a um
como instalações elétricas e telefônicas. para cobrar a quantia que pagou à posto da Fazenda
Pública Municipal
Se você detectar qualquer problema, Fazenda Municipal
solicite um " n a d a
solicite o conserto ao proprierário antes
consta" referente
de celebrar o comrato, ou, se preferir,
ao I P T U desse
peça um abatimento no preço Meu vizinho quer i m ó v e l . Caso
combinado, na proporção das despesas constem parcelas
invadir m e u terreno
que você terá com o reparo do imóvel. em atraso, entre
Não se esqueça de levar com você u m
especialista, u m bombeiro ou eletridsta,
para que possa obter uma estimativa
P L o g o a p ó s nos m u d a r m o s p a r a
nossa c a s a nova, d e s c o b r i m o s
que há uma d i s p u t a c o m o v i z i n h o
em acordo com o
proprietário para
que este pague o:
impostos atrasada
predsa da quantia necessária para s o b r e as d i m e n s õ e s de nossos
ou faça u m
realizar os reparos no imóvel. terrenos. Nosso vizinho entrou
abatimento no
c o m uma a ç ã o para q u e fosse preço cobrado
declarado q u e a cerca dele deve pelo imóvel.
Impostos atrasados a v a n ç a r dois metros e m nosso
t e r r e n o . O antigo p r o p r i e t á r i o n ã o

P C o m p r e i u m imóvel há dois
meses e, ontem, recebi u m a
notificação da prefeitura infor-
d e v e r i a ter n o s comunicado sobre
tal disputa?

mando que m e u apartamento s e r i a

leiloado caso eu não pagasse o I P T U JÁ QUB TOCOU NO ASSUNTO...
atrasado. O antigo proprietário d i z SIM, exisTe UMA PBQUBNA
que desconhece o problema, pois
PíSPUTA TSRRflORíAL POR AQUI'
s e u filho estava morando no i m ó v e l
e costumava pagar todas as des-
pesas do apartamento. E l e pode se
isentar d a responsabilidade?

R Não. A responsabilidade dos

impostos atrasados é do antigo
proprietário, tendo em vista que o IPTU
cobrado pela prefeitura é anterior ao
momento em que você adquiriu o
imóvel. N o entanto, o IPTU está v i n -
culado ao imóvel e não ao proprietário,
de maneira que, se você não pagar os
impostos atrasados, seu apartamento, de
fato, será levado a leilão pela Fazenda
Pública M u n i c i p a l .
O melhor a fazer, nesse caso, é ne-
gociar com o antigo proprietário o pa-
gamento dos impostos atrasados e, caso
tal tentativa de acordo fracasse, você
cláusula dispondo sobre as condições do deve pagar os impostos, para evitar uma
imóvel que está adquirindo. execaçâo fiscal sobre o seu imóvel. REGRA DE
Ao visitar um imóvel que você esteja Obviamente, você terá direito a OURO
interessado em adquirir, certifique-se de ser reembolsado pelo antigo proprietário,
que torneiras e chuveiros estão funcio- mas para isso é provável que você Antes de compre
nando adequadamente. Tubulações de gás tenha de entrar com uma ação contra u m imóvel,
também devem ser examinadas, assim o verdadeiro devedor do imposto compareça a u n
como instalações elétricas e telefônicas. para cobrar a quantia que pagou à posto da Fazend
Pública M u n i c i p a
Se você detectar qualquer problema, Fazenda Municpal.
solicite u m " n a d
solicite o conserto ao proprietário antes
consta" referent
de celebrar o contrato, ou, se preferir, oo I P T U desse
peça u m abatimento no preço Meu vizinho quer i m ó v e l . Caso
combinado, na proporção das despesas constem parcela
invadir meu terreno
que você terá com o reparo do imóvel. em a t r a s o , e n t n
Não se esqueça de levar com você um
espedalista, um bombeiro ou eletricista,
para que possa obter uma estimativa
P Logo a p ó s nos m u d a r m o s para
nossa casa n o v a , d e s c o b r i m o s
q u e há u m a disputa c o m o v i z i n h o
em acordo c o m
proprietário par
que este pague o
impostos atrasad
precisa da quantia necessária para sobre a s d i m e n s õ e s de n o s s o s
ou faça u m
realizar os reparos no imóvel. t e r r e n o s . Nosso v i z i n h o e n t r o u
obatimento no
c o m u m a a ç ã o para q u e f o s s e preço cobrado
d e c l a r a d o que a c e r c a dele deve pelo imóvel.
Impostos a t r a s a d o s a v a n ç a r d o i s metros e m n o s s o
t e r r e n o . O antigo p r o p r i e t á r i o n ã o

P C o m p r e i u m imóvel há d o i s
meses e, ontem, recebi u m a
deveria ter nos c o m u n i c a d o sobre
t a l disputa?
notificação da prefeitura infor-
mando que m e u apartamento s e r i a
leiloado caso e u n ã o pagasse o I P T U JÁ QUB Tocou HO ASSUNTO...
atrasado. O antigo proprietário diz SIM, BXiSTB UMA PBQUBHA
que desconhece o problema, pois
PISPUTA TeRRfTOWAL POR AQUI!
seu filho estava morando no imóvel
e costumava pagar todas as d e s -
pesas do apartamento. Ele pode se
isentar da responsabilidade?

R Não. A responsabilidade dos

impostos atrasados é do antigo
proprietário, tendo em vista que o IPTU
cobrado pela prefeitura é anterior ao
momento em que você adquiriu o
imóvel. N o entanto, o IPTU está v i n -
culado ao imóvel e não ao proprietário,
de maneira que, se você não pagar os
impostos atrasados, seu apartamento, de
fato, será levado a leilão pela Fazenda
Pública Municipal.
O melhor a fazer, nesse caso, é ne-
godar com o antigo proprietário o pa-
gamento dos impostos atrasados e, caso
tal tentativa Je acordo fracasse, você
cláusula dispondo sobre as condições d o deve pagar os impostos, para evitar uma
imóvel que está adquirindo. execução fiscal sobre o seu imóvel.
R E G R A DE
A o visitar u m imóvel que você esteja Obviamente, você terá direito a
OURO
interessado em adquirir, certifique-se de ser reembolsado pelo antigo proprietário,
que torneiras e chuveiros estão funcio- mas para isso é provável que você Antes de comprar
nando adequadamente. Tubulações de gás tenha de entrar com uma ação contra um i m ó v e l ,
também devem ser examinadas, assim o verdadeiro devedor do imposto compareça a um
como instalações elétricas e telefônicas. para cobrar a quantia que pagou à posto da Fazenda
Se você detectar qualquer problema, Fazenda Municipal. Pública M u n i c i p a l
solicite o conserto ao proprietário antes solicite u m "nada
consta" referente
de celebrar o contrato, ou, se preferir,
ao I P T U desse
peça u m abatimento no preço Meu vizinho quer i m ó v e l . Caso
combinado, na proporção cas despesas
invadir meu terreno constem parcelas
que você terá com o reparo do imóvel.

N ã o se esqueça de levar com você u m
especialista, u m bombeiro ou eletricista,
para que possa obter uma estimativa
precisa da quantia necessária para
realizar os reparos no imóvel.
Impostos atrasados
P
em atraso, entre
L o g o a p ó s nos m u d a r m o s p a r a em acordo c o m o
n o s s a c a s a nova, d e s c o b r i m o s p r o p r i e t á r i o para
que h á u m a d i s p u t a c o m o v i z i n h o que este pague os
s o b r e a s d i m e n s õ e s de n o s s o s impostos atrasados
terrenos. Nosso vizinho entrou ou faça u m
c o m u m a a ç ã o para q u e f o s s e abatimento no
preço cobrado
d e c l a r a d o que a cerca d e l e deve
pelo i m ó v e l .
a v a n ç a r dois metros e m n o s s o
terreno. O antigo proprietário n ã o

P C o m p r e i u m imóvel há dois
m e s e s e, ontem, recebi u m a
notificação da prefeitura infor-
d e v e r i a ter n o s c o m u n i c a d o sobre
tal disputa?

mando que m e u apartamento seria

leiloado caso eu n ã o pagasse o I P T U JÁ QUB TOCOU NO ASSUNTO...
atrasado. O antigo proprietário diz SIM, BXISTB UMA PEQUENA
que desconhece o problema, pois
DISPUTA TBRRfTORIAL POR AQUI/
seu filho estava morando no imóvel
e costumava pagar todas as des-
pesas do apartamento. Ele pode se
isentar d a responsabilidade?

R Não. A responsabilidade dos

impostos atrasados é do antigo
proprietário, tendo em vista que o IPTU
cobrado pela prefeitura é anterior ao
momento em que você adquiriu o
imóvel. N o entanto, o IPTU está vin-
culado ao imóvel e não ao proprietário,
de maneira que, se você não pagar os
impostos atrasados, seu apartamento, de
fato, será levado a leilão pela Fazenda
Pública Municipal.
O melhor a fazer, nesse caso, é ne-
gociar com o antigo proprietário o pa-
gamento dos impostos atrasados e, caso
tal tentativa de acordo frarrwe. você
 R Sim. A o vender u m imóvel, o
proprietário deve entregar a quem o
comprou u m bem livre de problemas e,
se isso não for possível, deve comunicar
ao novo proprietário sobre os problemas
que o imóvel enfrenta.
Você deverá defender a sua
propriedade em juízo e, conforme o
resultado, poderá entrar com uma ação
de reparação de danos contra o antigo
proprietário do imóvel, pedindo uma
indenização pela quantia despendida
com o processo judicial. Se o juiz
determinar que a área que você
considerava sua pertence, de fato,
a seu vizinho, você poderá pedir ao
antigo proprietário do seu imóvel
uma indenização por ter pago por
uma área que não fazia parte da
propriedade adquirida.
Vista para o m a r
bloqueada
Tj H á cinco anos comprei u m
J- apartamento com vista para o
mar, achando que desfrutaria
dela para sempre, uma vez
que o gabarito local n ã o permitia
que fosse construído u m prédio
mais alto do que o m e u . Só que,
há seis m e s e s , e s t ã o construindo
um edifício n a frente do m e u
e j á fui i n f o r m a d a de que o
prédio s e r á m a i s alto. Tenho
como evitar a perda da m i n h a
vista para o m a r ?
R Talvez. Isso vai depender do que
estabelece o gabarito para a
construção no local. Se é verdade o cue
lhe informaram no momento da
compra, você poderá denunciar essa
obra às autoridades locais, que deverão
impedir a construção do edifício. Ainda
que a construção já tenha ultrapassado
o limite permitido pela lei, o responsável
por tal edificação terá de demolir aquilo
que exceder a altura que a lei permite.
Consulte u m advogado o quanto
antes para saber se a obra poderá ser
embargada, antes que você perca
a sua vista.

AQUISIÇÃO D E U M I M Ó V E L P O R USUCAPIÃO

A aquisição de um imóvel por usucapião ocorre desse imóvel o reclame. A pessoa que ocupa um
quando uma pessoa se encontra de posse de um imóvel nessas condições pode recorrer ao
imóvel que não lhe pertence, por determinado Judiciário para que seia declarada a perda da
período, sem que o verdadeiro proprietário propriedade pelos antigos donos em seu favor.

Existem algumas modalidades de usucapião:

• A p r i m e i r a diz respeito a quem ocupa um imóvel sem oposição do proprietário por quinze
anos. Esse tempo de ocupação é suficiente para que o Judiciário o declare legítimo proprietário
do imóvel.
• Outra modalidade de usucapião é aquela em que quem ocupa o imóvel possui algum tipo de
contrato, na maioria dos casos uma promessa de compra e venda. Nesse caso, o tempo de
ocupação exigido pela lei è de apenas dez anos. Esse prazo de dez anos pode ser aplicado
t a m b é m à primeira modalidade de usucapião, desde que o ocupante do imóvel esteia morando lá
ou se tiver realizado obras e serviços no imóvel. Neste ú l t i m o caso, não será necessário que o
ocupante tenha qualquer contrato ou estipulação para poder ocupar o imóvel.
• Uma terceira modalidade de aquisição de imóvel por usucapião é aquela que diz respeito ao
imóvel urbano de até duzentos e cinqüenta metros quadrados ocupado para moradia,
ininterruptamente, por cinco anos.
U m problema não
comunicado
P A c a b a m o s de descobrir que
existe, n a entrada de nossa c a s a
nova, uma s e r v i d ã o beneficiando
u m terreno v i z i n h o ao nosso. A
vendedora n u n c a nos informou
s o b r e tal passagem, e, quando
r e c l a m a m o s , fomos informados de
que n ã o h a v i a nada que ela pudesse
f a z e r por n ó s . Podemos
r e s p o n s a b i l i z á - l a por isso?
R Sim. A servidão é c direito de
passagem que o proprietário de
u m terreno sem saídas tem em relação
ao terreno vizinho que dê acesso à rua.
A vendedora do imóvel deveria ter
informado a vocês essa situação, uma
vez que uma servidão de passagem em
uma propriedade, certamente, diminui o
valor c o imóvel, além de representar
uma inconveniência para os
proprietários do imóve. que serve de via
de acesso. Por isso, se a vendedora não
assumir a responsabilidade pelo
problema, vocês poderão entrar com
uma ação pedindo um abatimento n o
valor pago pela propriedade ou até
mesmo a anulação do contrato de
venda. Para isso, vocês terão de
comprovar que r.ão tinham conheci-
m e n t o da servidão de passagem no
imóvel adquirido.
R e c l a m a ç ã o sobre
a pintura
P Q u a n d o nos mudamos para
nossa casa nova, percebemos que
a pintura dos quartos apresentava
rachaduras. O antigo proprietário
havia prometido entregar a casa
pintada e negou qualquer
responsabilidade. Ele pode fazer isso?
R Não. Se o antigo proprietário havia
prometido pintai acusa anles ue
e n t r e g á - l a a vocês e a pintura apresenta
d e f e i t o s , vocês devem exigir que a
p i n t u r a seja refeita e que o problema das
rachaduras seja resolvido.
N a entrega das chaves, o comprador
d e v e se certificar de que o imóvel se
e n c o n t r a nas condições ajustadas com o
a n t i g o proprietário. Se houver alguma
coisa em desacordo, ele não deve aceitar o
i m ó v e l e deve solicitar que o proprietário
faça os reparos imediatamente.
P L A N O D E AÇÃO
1 E n t r e em contato com o antigo
proprietário, solicitando o reparo.
2 C a s o ele se recuse a fazer outra
pintura, você terá de consultar um
advogado sobre a possibilidade de
e n t r a r com uma ação para que a obra
s e i a executada à custa do antigo pro-
prietário. Se preferir, você poderá pe-
dir um abatimento no preço pago pelo
imóvel ou mesmo uma indenização
pelo prejuízo que tiver com o conserto.
AVISO
Apenas aqueles defeitos que não eram
facilmente percebidos poderão ser objeto
de u m a ação judicial para obrigar o
antigo proprietário a consertá-los.
V i o l a ç ã o de gabarito
P M i n h a c a s a possui u m anexo
c o n s t r u í d o pelo antigo
p r o p r i e t á r i o . U m v i z i n h o me d i s s e
que t a l anexo viola o gabarito do
local e que o município pode me
o b r i g a r a d e m o l i r essa c o n s t r u ç ã o .
I s s o é verdade?
R Sim. Se a construção do imóvel
não respeitou os limites impostos
pelo gabarito - regras sobre a cons-
trução impostas pelo município - ,
você pode ser obrigado a demolir aquilo
que estiver em desacordo c o m a legis-
lação municipal.

Obviamente, você terá o direito de
reaver d o antigo proprietário do imóvel a
quantia paga pelo anexo que foi
demolido, além do reembolso das
despesas com a demolição.
A l a g a m e n t o antes d a
entrega d a c a s a
P
Entre a c e l e b r a ç ã o do contrato
de compra e venda e a entrega
das chaves de n o s s a casa, u m a
tempestade causou u m alagamento
n a propriedade, danificando o piso
de madeira. O s vendedores d i z e m
que n ã o s ã o responsáveis por tais
danos. E l e s podem alegar isso?
R Sim. Os vendedores apenas
poderiam ser responsabilizados se
tivessem dado causa ao problema. Tendo
em vista que o piso de madeira foi
danificado por uma encnente, isto é, u m
fenômeno da natureza, e o contrato de
compra e venda já havia sido celebrado,
vocês não poderão responsabilizar os
vendedores pelo ocorrido.
F a l t a de pagamento
leva o imóvel a leilão
P E s t o u sem dinheiro e, por isso,
há seis meses não pago as
p r e s t a ç õ e s do financiamento do
meu apartamento. Ontem, recebi
uma notificação da instituição
financeira informando que, caso e u
não acerte as contas em 48 horas,
eles v ã o entrar com uma ação de
e x e c u ç ã o contra m i m e que posso
perder meu apartamento. Eles
podem fazer isso?
R Sim. Normalmente, o empréstimo
concedido por uma instituição
financeira para o financiamento de
imóveis é garantido por hipoteca. Isso
significa que o valor emprestado pela
instituição financeira ao proprietário
do imóvel tem como sua maior garantia
o imóvel propriamente dito. No caso de
o proprietário se tornar inadimplente, a
instituição financeira (credor hipotecário)
poderá entrar com uma execução da
hipoteca contra o devedor e, se este não
tiver condições de pagar a dívida, o
imóvel pode ser levado a leilão. N o seu
caso, o que você pode fazer é tentar
negociar um acordo com a instituição
financeira a fim de impedir que o seu
apartamento seja objeto de uma
execução judicial.
Vencimento antecipado
da hipoteca
P i l a cinco anos comprei uma
casa mediante financiamento
hipotecário e venho pagando a s
p r e s t a ç õ e s . A g o r a recebi u m a
proposta de compra da m i n h a casa
e resolvi a c e i t á - l a . O interessado
concordou em a s s u m i r a dívida
restante do f i n a n c i a m e n t o . M a s ,
quando i n f o r m e i à financeira que o
novo comprador a s s u m i r i a o
financiamento, e l e s n ã o
concordaram e e x i g i r a m q u e e u
pagasse a totalidade da dívida.
Eles podem exigir isso?
R Sim. Mas para que a instituição
financeira exija o vencimento
antecipado da sua dívida é necessário que
OORJte do contrato de financiamento uma
dausala prevendo tal situação. Se for esse o
caso, não haverá nada que você possa fazer.
Entretanto, se tal situação não f o i pre-
vista por cláusula contratual expressa, a
irstituição financeira não pode exigir-lhe
0 vencimento antecipado da dívida, mas
poderá se recusar a aceitar o comprador
do seu imóvel como o responsável por
ela.Você continuara obrigadi apagai a
d Vida referente ao empréstimo.
AVISO
Se você comprou um imóvel hipotecado
sem saber, e se essa hipoteca estiver
prestes a sofrer uma execução judicial, o
melhor a fazer é pagar a dívida e cobrá-la
em juízo do verdadeiro devedor. D o
contrário, você poderá percer o imóvel
para o credor hipotecário.
A m o r t i z a ç ã o no
financiamento
P R e c e n t e m e n t e , comprei u m
a p a r t a m e n t o e solicitei u m
e m p r é s t i m o a u m a instituição
f i n a n c e i r a . H á u m m ê s recebi u m
a u m e n t o de s a l á r i o e gostaria de
a d i a n t a r o p a g a m e n t o do finan-
c i a m e n t o . A i n s t i t u i ç ã o financeira
a f i r m a que i s s o n ã o é possível e que
CLÁUSULA D E I N A L I E N A B I L I D A D E D E IMÓVEL H I P O T E C A D O
A cláusula de inalienabilidade de um
imóvel hipotecado proíbe a venda
deste enquanto perdurar a hipoteca.
Tal prática era permitido por lei, e
diversos contratos de financiamento
de bens imóveis continham essa
terei de r e s p e i t a r as datas de
v e n c i m e n t o das p a r c e l a s . E l e s
REGRA DE
podem f a z e r i s s o ? OURO
R Provavelmente, sim. Em primeiro
lugar, você deve verificar se a
Quando for
comprar um
instituição financeira impôs, no contrato, imóvel, certifique
uma cláusula expressa vetando o paga- se de que este nã
mento antecipado da dívida. Se for esse o seia objeto de
caso, você não poderá amortizar a dívida, hipoteca. A
isto é, não será permitido adiantar o hipoteca está
pagamento cias prestações não venddas. vinculada ao
O devedor não tem meios para obrigar o imóvel e não ao
credor a receber o pagamento da dívida proprietário, e po
antes ou mesmo fora do prazo acordado. isso o credor
Ainda que o seu contrato não tenha hipotecário terá (
uma cláusula expressa que inviabilize o direito de promovi
pagamento antecipado da dívida, se a a execução
instituição financeira se negar a receber iudicial pela
o pagamento fora do prazo acordado, divida garantida
você não terá uma medida legal para pelo imóvel,
obrigá-la a receber tal pagamento. Nesse não importando
caso, o melhor a fazer é guardar o quem seia o
dinheiro e honrar o pagamento das atual proprietário
parcelas na data prevista.
Hipoteca sobre um
bem i á hipotecado
P
C o m p r e i meu apartamento por
meio de e m p r é s t i m o feito a
u m a i n s t i t u i ç ã o financeira, que
exigiu como garantia a hipoteca
desse imóvel. S o u comerciante
e precisei agora pedir u m e m p r é s -
timo. C o m o n ã o possuo outros
bens, tentei hipotecar m e u apar-
tamento, mas a instituição
estipulação. Mas com a entrada e m
vigor, em 2002, do novo Código C i v i l
Brasileiro, tal prática foi vetada e,
por isso, a p a r t i r dessa data, as
estipulações contratuais nesse sentido
não terão validade.
Medidas que você deve adotar
antes de comprar o seu imóvel
CUIDADOS NA COMPRA DE I M Ó V E L NA P L A N T A OU E M CONSTRUÇÃO
Embora você ainda tenha de esperar a construção do i m ó v e l , as prestações iniciais são
mais baixas do que as prestações referentes a imóveis prontos. Entretanto, é preciso
prestar atenção às condições contratuais para evitar que u m negócio que, à p r i m e i r a vista,
parece vantaioso se transforme num problema futuro.
O comprador deve solicitar u m a minuta do documento para lê-la atentamente.
Recomenda-se, t a m b é m , a consulta a u m advogado, que deverá ler o contrato e orientar os
interessados sobre suas condições.
O comprador, antes de assinar o contrato, deve v e r i f i c a r c o m atenção os seguintes itens:
o índice de correção das parcelas, o mês de correção, a previsão de cobrança de resíduo
nos contratos com reajuste anual (que não pode ser acrescido de i u r o s ) , o mês e o ano em
que o imóvel será entregue.
Caso haja financiamento bancário, o comprador t a m b é m deve v e r i f i c a r se o imóvel
vai ser hipotecado. A multa por atraso no pagamento das prestações não pode ser superior
a 2% da prestação.

CUIDADOS NA HORA DE COMPRAR U M I M Ó V E L USADO

O comprador deve verificar não somente as condições físicas do imóvel, mas t a m b é m a
documentação do imóvel e do vendedor.
Para v e r i f i c a r as condições físicas do imóvel, é recomendável que você o visite durante o
dia, o que lhe p e r m i t i r á t a m b é m v e r i f i c a r a posição dos cômodos em relação ao sol. Em
alguns imóveis, os problemas de construção, como rachaduras, infiltrações e mofo, estão
aparentes, mas podem passar despercebidos por u m comprador distraído.
E x p e r i m e n t e verificar a pressão da água, abrindo torneiras. Não esqueça de acender
as luzes para checar as instalações elétricas do imóvel.

D E T A L H E S A S E R E M OBSERVADOS D U R A N T E A NEGOCIAÇÃO
É aconselhável consultar os serviços de u m advogado de sua confiança para que você
possa estar bem assessorado na hora de realizar o negócio.
O sinal deve ser simbólico, apenas para assegurar a c o m p r a , mas pode ter o caráter
de cláusula de arrependimento.
De posse de toda a documentação, o pagamento pode ser integralizado.
Para a d q u i r i r a propriedade do i m ó v e l , o comprador deve encaminhar o contrato de
compra e venda para a escrituração no Cartório de Notas e para o registro do imóvel no
Cartório de Registro de Imóveis.
Num controto de compra e venda simples, o comprador terá de pagar o Imposto Sobre a
Transmissão de Bens Imóveis - Inter Vivos ( I T B I - IV) à prefeitura, correspondente a 2%
do valor do i m ó v e l , mais as despesas c o m a escritura, e m qualquer Cartório de Notas do
país, e o registro desse documento no Cartório de Registro de Imóveis do local onde o
imóvel está situado.
Uma vez que o imóvel iá esteja devidamente registrado, o novo proprietário pode então
efetuar a transferência do I P T U para o seu próprio nome.
financeira não aceitou porque tal
Financiamento
imóvel j á está hipotecado. E l e s
podem fazer isso? de outros bens

R Sim. Apesar de ser permitido pela

legislação brasilera oferecer um
bem já hipotecado corno garantia de
uma outra dívida, mediante nova
hipoteca, não existe u m meio de se
obrigar uma instituição financeira a
concordar em receber como garantia de
um empréstimo um bem já hipotecado.
Isso porque o segundo credor hipote-
cário não terá como garanbr o seu
crédito no caso de o devedor não honrar
a primeira dívida e, com isso, provocar a
execução da hipoteca oelo primeiro
credor. Se o imóvel foi levado a leilão,
a preferência será do primeiro credor,
e por isso o segundo verá sua garantia
do crédito emprestado se extinguir sem
que ele venha a recebe' o seu dinheiro.
A m e a ç a de
r e i n t e g r a ç ã o de posse
P Q u e r o comprar u m trailer, m a s
nenhuma instituição financeira
quer me conceder o e m p r é s t i m o
mediante a hipoteca do b e m . E l e s
podem fazer i s s o ?
R Sim. A hipoteca é a garantia de dí-
vida feita por bem essencialmente
imóvel. U m trailer é um bem móvel e, por
isso, não poderia ser objeto de hipoteca.
A melhor maneira de se conseguir u m
empréstimo para a compra de u m trailer
é fazendo u m contrato de arrenda-
mento mercantil. Esse contrato é nor-
malmente uti izado para financiar a
compra de automóveis.
Apartamento
sem garagem
P C o m p r e i u m apartamento n u m
p r é d i o com u m a pequena

P E s t a m o s com o pagamento do
financiamento do nosso apar-
tamento atrasado há t r ê s m e s e s . INFBLIZMENTB, VOCBS
O n t e m , recebemos uma c a r t a da NÃO POPBM p/a»? SUAS
i n s t i t u i ç ã o financeira i n f o r m a n d o CASAS COMO GARANTIA.
que, caso n ã o paguemos o total d o SÓ ACEITAMOS BBNS
valor financiado - e n ã o a p e n a s a s IMÓVBISJ
p a r c e l a s em a t r a s o - , eles i r ã o pedir
a r e i n t e g r a ç ã o de posse do i m ó v e l .
E l e s p o d e m fazer i s s o ?

R Não. A instituição financeira não se

torna a proprietária do imóvel pelo
simples fato de ter concedido o
empréstimo para que o apartamento
rosse pago. Por essa razão, não existe a
possibilidade de a insttuição financeira
:omar posse do apartamento.
Contudo, em caso de falta de
oagamento, a instituição financeira
pode promover a execução judicial da
dívida, o que pode ocasionar o leilão
do opnrtnmentn
garagem. D u r a n t e a m u d a n ç a , fui
impedido de p a r a r m e u c a r r o lá
dentro, pois n ã o teria d i r e i t o à
vaga, por n ã o t ê - l a c o m p r a d o .
Q u a n d o adquiri o i m ó v e l , acreditei
que a vaga estava incluída n a
compra. Estou e n g a n a d a ?
R Sim. E necessário que conste do
contrato de compra e venda de um
apartamento que a vaga de garagem está
incluída no preço pago pelo imóvel.
Entre em contato com o antigo
proprietário do seu apartamento e
pergunte se ele possuía uma vaga na
garagem do seu edifício. Em caso
afirmativo, negocie com ele a compra da
vaga. Do contrário, sua única alternativa
será tentar comprar a vaga de outro
morador ou alugar uma vaga na
garagem de seu edifício.
Desrespeito à f a c h a d a
do edifício
P S o u dona de u m apartamento e
resolvi construir u m a parede na
varanda para a u m e n t a r o quarto.
O n t e m , recebi u m a n o t i f i c a ç ã o do
c o n d o m í n i o determinando que eu
demolisse a parede, pois ela estava
destoando da fachada do edifício.
Serei obrigada a fazer isso?
R Sim. A legislação brasileira proíbe
que um condômino realize obras
em seu apartamento que ocasionem a
alteração da fachada do edifício, por isso
você será obrigada a demolir a parede.
Caso você se recuse a fazê-lo, o condo-
mínio poderá entrar com uma ação, obri-
gando-a a mandar demolir a parede, e
ainda pode exigir que você pague uma
multa, caso esse expediente esteja pre-
visto na convenção do condomínio.
Seguros r e s i d e n c i a i s
P Q u a n d o c o m p r a m o s nossa
casa, a c e i t a m o s o s e g u r o
oferecido pela i n s t i t u i ç ã o
financeira que n o s c o n c e d e u a
empréstimo. Porém, encontramos
propostas de s e g u r o m a i s
favoráveis. Agora a imobiliária
q u e r nos cobrar uma m u l t a p e l a
r e s c i s ã o do contrato q u e fizemos
c o m eles. E l a pode f a z e r i s s o ?
R Provavelmente, sim. Mas, para que
a obrigatoriedade de contratar o
seguro com eles e a cob-ança de multa
por rescisão sejam legítimos, isso deve
estar previsto expressamente no contrato.
Do contrário, a instituição financeira não
p<xierá obrigá-los a contratar o segaro
com eles e vocês não estariam obrigados
a pagar a multa pelo cancelamento d o
seguro contratado.
Contrato de corretagem
com exclusividade
P Instruí meu corretor para que ele
vendesse minha casa, mas já se
passaram seis meses e ele ainda não
efetuou a venda. Quando disse que
contrataria outro corretor, ele alegou
que, com isso, eu estaria violando
nosso contrato. E l e tem r a z ã o ?
R Provavelmente, não. Isso dependerá
do tipo de contrate de corretagem
que você firmou com ele. Se foi u m
contrato de corretagem com
exclusividade, a não ser que você prove
que o corretor não está desempenhando
seu trabalho com dedicação, você
somente ptxlerá dispensá-lo se pagar a
ele uma multa rescisória. Por outro lado,
se a corretagem não foi contratada com
exclusividade, você poderá dispensá-lo
sem que tenha de pagar a referida multa,
salvo se houver no contrato uma cláusula
dispondo em contrário.
Comissão de corretagem
P Contratei u m a c o r r e t o r a de
imóveis para v e n d e r m e u a p a r -
tamento. A g o r a recebi u m a boa pro-
posta de u m amigo e a aceitei.
Q u a n d o informei à imobiliária que
o n e g ó c i o estava fechado, eles e x i -
giram uma c o m i s s ã o de 5 % sobre a
v e n d a . Eles podem fazer isso?
R Sim. Mas para isso é preciso que
você tenha celebrado u m contrato
de corretagem com exclusividade. Isso sig-
nifica que, mesmo que o corretor não
participe do negócio, ele receberá uma co-
missão sobre o valor da venda do imóvel.
A única maneira de evitar o pagamento
de tal comissão será provando que o
corretor não estava trabalhando
corretamente. Porém, se o corretor vinha
trabalhando bem e você recebeu uma
oferta para vender seu apartamento a u m
amigo e a aceitou, você terá de pagar ao
corretor a comissão ajustada quando
contratou a corretora de imóveis.
Dúvidas quanto à
orientação do corretor
P D e m o r e i para vender m i n h a
c a s a e baixei o p r e ç o t r ê s vezes
por o r i e n t a ç ã o do corretor. Recebi
CONTRATO DE ARRENDAMENTO M E R C A N T I L
No contrato de arrendamento m e r c a n t i l , uma
instituição financeira adquire um bem para um
interessado que pagará a essa instituição o valor
do bem, em quantas parcelas forem ajustadas,
com iuros e correção monetária.
E m b o r a a propriedade do bem seia
da instituição financeira, a posse desse bem
fica com o interessado, que assume a posição
de depositário até que o valor do bem seia
integralmente pago. Nesse momento, a ins-
tituição financeira transfere a propriedade
do bem ao depositário.
u m a oferta i n f e r i o r ao m e n o r valor
e o corretor me aconselhou a
a c e i t á - l a . A g o r a descobri que o
c o m p r a d o r é s o b r i n h o do corretor.
S i n t o - m e lesado. Posso r e c l a m a r ?
R Sim. E provável que o corretor
tenha agido de má-fé. Ele deveria
lhe ter informado que conhecia a pessoa
interessada em comprar sua casa. Tendo
em vista que isso não foi feito, e se você
realmente sentir que foi prejudicado,
deve consultar u m advogado de sua
confiança sobre a possibilidade de entrar
com uma ação civil. Tal ação teria o
objetivo de pedir a anulação do contrato
de compra e venda de seu imóvel, em
razão de ter sido induzido a erro pelo
próprio corretor, isto é, pela pessoa que
você contratou para auxiliá-lo na venda
da casa e em quem você depositava
inteira confiança.
P L A N O D E AÇÃO
1 E n t r e em contato com a i m o b i l i á r i a
e peça ao gerente que lhe explique a
razão de você ter sido orientado a
vender sua casa por u m preço bem
inferior ao valor de mercado.
2 Pergunte o motivo de você não ter
sido informado sobre o conflito de
interesses que surgiu no momento
A instituição f i n a n c e i r a , por ser a p r o p r i e t á r i a ,
pode requerer u m a medida iudicial de busca e
apreensão do b e m , e m caso de falta de
pagamento do depositário.
E m caso de transferência do bem a terceiros,
o depositário continuará como o responsável pela
dívida. A não ser, que a instituição financeira
aceite a substituição do depositário pelo terceiro
que adquire a posse do bem.
Esse sistema é, n o r m a l m e n t e , utilizado para a
aquisição de bens m ó v e i s , p r i n c i p a l m e n t e carros,
embora t a m b é m s i r v a p a r a c o m p r a de imóveis.

CONSELHO REGIONAL
DE CORRETORES
Quando for contratar o serviço de corretagem, certifique-
se de que o corretor está inscrito no Conselho Regional
de Corretores de Imóveis local. O Conselho determina
regras que devem ser seguidas por seus membros, de
maneira a protegê-los e, também, a resguardar clientes
contra possíveis problemas.
em que o sobrinho do corretor se
interessou e m c o m p r a r sua casa.
3 Caso você não fique satisfeito com
as j u s t i f i c a t i v a s da i m o b i l i á r i a ,
consulte u m advogado sobre a
possibilidade de a n u l a r o contrato de
compra e venda, se este realmente já
estiver celebrado, e m razão do erro ao
qual você foi induzido pelo corretor.

O CORRETOR D E V E
• agir dentro da lei e recusar transação que considere
ilegal, injusta ou i m o r a l ;
Quando a c e i t a r
• inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, exclusividade
antes de oferecê-lo;
Aceitei u m a oferta para vender
• apresentar dados corretos, nunca o m i t i n d o detalhes
que o d e p r e c i e m , informando o cliente dos riscos e meu apartamento a u m
demais circunstâncias que possam comprometer comprador que p e d i u exclusividade
o negócio; nas n e g o c i a ç õ e s de compra e venda
• comunicar ao cliente o recebimento de valores ou do imóvel. E l e pode pedir isso?
documentos a ele destinados;
• prestar contas ao cliente, quando este as solicite ou
logo que concluída a transação;
• zelar pelas atividades que deve desempenhar na
R Sim. Ele pode pedir, mas isso não
1
significa que vcxx precisa aceitar tal
condição. Se deddir aceitar, você deve
orientação técnica do negócio;
celebrar com ele u m contrato preliminar,
• dar recibo das quantias que o cliente lhe pagou ou
isto é, um contrato de promessa de
entregou a qualquer título;
compra e venda, em que deve ser exigido
• contratar a prestação dos serviços profissionais
necessários à celebração do negócio; que ele pague um sinal pelo apartamento.
• receber comissões pelo serviço prestado. Se você realmente confia em
que a venda será concluída por esse
O CORRETOR NÃO PODE comprador, deverá celebrar o contrato
• aceitar tarefas para as quais não esteia preparado ou preliminar com caráter irrevogável.
que não se ajustem às disposições vigentes, ou, ainda, Com isso, o sinal que o comprador lhe
que possam prestar-se a f r a u d e ; pagar ficará com você, ainda que ele
• promover a intermediação c o m cobrança de desista do negócio. Isso deverá estai
sobrepreço;
previsto expressamente no contrato de
• receber comissões em desacordo com a tabelo
promessa cie . ompra e venda como uma
aprovada ou vantagens que não correspondam a
cláusula de arrependimento.
serviços efetiva e licitamente prestados;
• desviar, por qualquer modo, u m cliente de outro
corretor de imóveis;
• desatender às notificações para esclarecimento à
fiscalização ou às intimações para instrução de processos;
• abandonar os negócios confiados a seus cuidados, sem
motivo iusto e sem a prévia ciência do cliente;
• fazer propaganda enganosa nos anúncios que oferecer;
• reter e m suas mãos um negócio quando não tiver
probabilidade de realizá-lo;
; • receber sinal nos negócios que lhe forem confiados,
• caso não esteia expressamente autorizado para tanto.
 - uma pessoa só pode dispor livremente
Imposto de renda de 25 % de seu patrimônio - , eles
sobre venda de imóvel poderão vender o imóvel ao seu marido.

P L ma semana a p ó s e u ter
comprado ema casa, recebi
u m a oferta irrecusável por ela e
Você não p r e c i s a
tirar o carpete
decidi v e n d ê - l a . F u i informado
de que terei de recolher imposto
de renda sobre a venda do
P Nossos compradores q u e r e m
examinar o chão d a casa, m a s
n ã o queremos tirar o carpete, j á
i m ó v e l . E verdade? que não temos certeza se eles i r ã o
m e s m o comprar a casa. E l e s p o d e m

R Sim, mas só se for proprietár o de

outro bem imóvel. Nesse caso, você
exigir que tiremos o carpete?

deverá lançar na sua declaração de imposto

de renda, do ano seguinte ao da venda, a
quantia que pagou pela casa e a que
recebeu pela venda dela. O imposto será
recolhido na proporção da diferença entre
o preço da compra e o preço da venda.
Todavia, se você só possuía essa casa
como oem imóvel, não será obrigado a
recolher imposto ce renda sobre a venda.
C o m p r a de i m ó v e l
por descendentes
R Não. Pessoas interessadas em
comprar u m imóvel não podem
exigir que os proprietários retirem
carpetes, papéis de parede, armários
embutidos ou qualquer outro item que
impeça a verificação de pisos e paredes.
Contudo, pode ser cue os compradores
queiram qae conste do contrato de compra
e venda que eles foram impedidos de
examinar as condições de pisos e paredes,
o que, certamente, responsabilizaria os
antigos proprietários pela má condição das
instalações, se for esse o caso.

P M e u s pais querem vender o

apartamento deles. M e u marido
resolveu comprar o imóvel para
AH/ ZHTAO Z*A AQU\ QUB
o HAMsree BSTAVAI
d á - l o à nossa filha que v a i se casar.
M e u s i r m ã o s dizem que m e u marido
n ã o pode comprar o a p a r t a m e n t o
dos m e u s p a i s . Isso é v e r d a d e ?

R Sim. Seus pais não poderão vender

o apartamento para seu marido,
tendo em vista que você e sua filha são
herdeiras legítimas deles.
A legislação brasileira proíbe a chamada
antedpação de legítima, isto é, a venda de
imóveis entre ascendentes e descendentes,
já que o descendente (filhos, netos) que
compra do ascendente (pais, avós), e m
algum momento, vai herdar aquela
quantia que pagou pelo imóvel.
N o entanto, caso seus pais tenham u m
patrimônio que supere e m três vezes o
valor d o opartnrrrnto que querem vender

Remarcando a
entrega das chaves
P O s compradores de nossa casa
querem adiar a entrega das
chaves. Acontece que isso nos
causará problemas. Além do m a i s ,
não estou certa de que deva fazer
isso, do ponto de vista legal. T a l
pedido é razoável?
R Sim, mas é provável que eles
tenham de pagar uma multa peio
atraso. Na prática, é comum os
contratantes acertarem que ao menos
uma parcela do preço será paga no
momento da entrega das chaves, como
um ato simbólico referente à ocupação
do imóvel pelos novos proprietários.
Por isso, se os compradores pedem u m
adiamento desse prazo, eles são
considerados em mora e, portanto, ficam
obrigados ao pagamento de multa
contratual, bem como ao pagamento de
juros de mora.Tal multa deve estar
prevista no contrato, bem como o valor
dos juros que serão cobrados.
P e r d a da certidão de
c o m p r a do imóvel
P M e u pai pretende vender s u a
c a s a para comprar u m a p a r t a -
mento, mas perdeu a c e r t i d ã o de
registro do imóvel e diz que pos-
síveis compradores n ã o a c e i t a r ã o
fechar o negócio até que ele apre-
sente tais documentos. I s s o é fato?
R Sim. O comprador do imóvel pode
exigir a certidão de registro do
imóvel de seu pai para que possa se
certificar de que a casa realmente
pertence a ele. Isso é também u m meio
de verificar a pendência de hipotecas ou
penhor sobre o imóvel.
Contudo, o fato de seu pai ter perdido
a certidão não o impede de ir ao cartório
onde esse documento esta registrado e
solicitar a extração de uma nova certidão.
Dessa maneira, ele poderá apresentá-la
aos interessados em comprar a casa, sem
maiores problemas.
PLANO DE AÇÃO
1 Caso você não consiga localizar a
certidão de registro de imóvel, deverá
se dirigir ao Cartório de Registros
Públicos onde a escritura do imóvel foi
lavrada e solicitar uma nova certidão
referente a seu imóvel.
2 Você terá de pagar uma taxa para
a extração de uma nova certidão e,
dependendo do cartório, obterá esse
documento no mesmo dia.
Construtora foi
à falência
P C o m p r a m o s um a p a r t a m e n t o
a i n d a n a planta e c o m e ç a m o s
a pagar as p r e s t a ç õ e s do f i n a n -
ciamento. N o entanto, a
construtora e financiadora do
edifício e s t á falida e a obra foi
s u s p e n s a , s e m prazo para ser
c o n c l u í d a . Tentamos obter nosso
dinheiro de volta, mas fomos
informados de que teremos de
e s p e r a r o processo de falência
da construtora terminar p a r a
s a b e r m o s se teremos direito a u m a
i n d e n i z a ç ã o . I s s o está certo?
R Sim. Vocês têm direito a reaver o
dinheiro que pagaram pelo
apartamento que nem sequer foi
construído. Porém, vocês realmente terão
de aguardar o processo de falência
terminar para saber se a construtora
ainda dispõe de capital para indenizar as
pessoas que adquiriram o imóvel que
estava sendo construído.
Infelizmente, as chances de vocês
reaverem o dinheiro pago são bem
pequenas. Isso ocorre porque a
construtora deve ter dívidas com outros
credores que. em razão da natureza de
seus créditos, têm preferência na ordem
de pagamento.
Apenas após a construtora ter saldado
todas essas dívidas, considerando que ela
disponha de patrimônio para fazê-lo,
vocês poderão receber algum dinheiro, se
a empresa ainda tiver capital para isso.
Lembre-se de que. em caso de fraude
provocada pelos sócios da construtora,
vocês poderão entrar com uma ação
contra eles para reaver o dinheiro pago
pelo apartamento.
Consulte um advogado sobre as
medidas que se podem adotar para
tentar reaver o valor que já foi pago
pelo apartamento.
C o m p r a de imóvel
ocupado
tempo que um comodatário pode ocupar,
para moradia, u m imóvel.
Dessa forma, caso o irmão do
proprietário se recuse a deixar o imóvei,
você terá de entrar com uma ação para
que ele desocupe a casa. A t é que você
obtenha uma decisão favorável que
condene o comodatário a deixar o
imóvel, você não poderia ocupá-lo.
Pense bem na hora de comprar um
imóvel ocupado por u m comodatário. Se
realmente pretende comprar o imóvel,
certifique-se de que ele deixará o imóvel
artes que você tenha qualquer despesa
com a compra da casa.
CONTRATO PRELIMINAR
DE COMPRA E VENDA
O contrato p r e l i m i n a r de compra e venda de u m
imóvel é a promessa de compra e venda realizada
entre o comprador e o vendedor do bem. Tal contrato

P E s t o u interessado em comprar é celebrado para g a r a n t i r a conclusão do negócio e m

u m a casa que, no momento, se
encontra ocupada pelo i r m ã o do
p r o p r i e t á r i o , que n ã o paga aluguel
para m o r a r lá. O p r o p r i e t á r i o diz
que s e u i r m ã o d e i x a r á o imóvel
a s s i m que eu p a g a r um s i n a l pela
casa. M e u corretor diz que n ã o devo
fazer essa c o m p r a . E s t o u c o r r e n d o
um risco?
momento posterior, principalmente quando o negócio
é celebrado entre particulares e o preço do imóvel
não é pago à vista.
0 contrato p r e l i m i n a r de compra e venda pode, ou
não, ter uma cláusula de arrependimento. Se t i v e r e
o comprador desistir do negócio, ele perderá o sinal
pago ao vendedor, ou outra prestação aiustada entre
as partes. Já o vendedor que desiste pode ser

R Sim. O irmão do proprietário da

casa na qual você está interessado
ocupa esse imóvel na posição de
comodatário. Isso quer dizer que o
proprietário do imóvel permite que ele
more na casa sem que tenha de pagar
nada por isso.
O contrato de comodato se caracteriza
por ser u m contrato de empréstimo
gratuito que pode ter u m prazo de
duração determinado o u pode ser
contratado sem qualquer estipulaçáo do
prazo do término do contrato.
Por se tratar de u m contrato informal,
é pouco provável que tenha prazo de
duração, e por isso é difír-l n f i r m n r o
 p r o p r i e t á r i a do imóvel e que a
Direito de p r e f e r ê n c i a m u l h e r q u e me v e n d e u o imóvel
dos inquilinos era a l o c a t á r i a . E l a diz que a m i n h a
e s c r i t u r a é falsa e que terei de lhe

P Comprei, há um m ê s ,
u m apartamento mobiliado.
O n t e m , u m a família bateu à m i n h a
e n t r e g a r o i m ó v e l . E l a pode
fazer isso?

p o r t a dizendo que eles e r a m o s

l o c a t á r i o s do m e u a p a r t a m e n t o e
q u e a v e n d a n ã o p o d e r i a ter sido
feita s e m que eles f o s s e m
consultados. Eles têm razão?
R Sim. Uma vez que você não
comprou o imóvel do verdadeiro
proprietário, sua aquisição não tem
efeito legal. Ainda que você tenha feito
o registro da propriedade em cartório, tal
registro foi irregular, pois o contrato de

R Sim. O locatário tem direito

de preferência sobre a vende
do imóvel, e no caso de esse d i r e t o
ce preferência não ser respeitado o
locatário poderá reclamar ao proprietário
perdas e danos, e pode até reivincicar
para si o imóvel.
Se os locatários do apartamento que
você comprou realmente quiserem e
puderem adquirir o apartamento, você
terá direito a reaver do antigo proorie-
tário a quantia paga pelo imóvel, com
correção monetária.
Locatário vendeu o
imóvel do locador
compra e venda não foi assinado pela
real proprietária.
O proprietário de u m imóvel não pode
ser prejudicado pela fraude praticada
pelo locatário. O verdadeiro proprietário
está protegido pela lei, que considera
inválida e nula a venda de seu próprio
imóvel por terceiros.
O comprador do imóvel também está
protegido pela lei, mas a única medida
que poderá adotar é entrar com uma
ação de reparação de danos contra a
pessoa que lhe vendeu o imóvel e pedir a
restituição da quantia paga, além de uma
indenização por perdas e danos.
Outra maneira de minimizar o seu
prejuízo seria tentar entrar com uma

P
Há t r ê s meses c o m p r e i u m a
c a s a . F i z o registro do contrato
de c o m p r a e v e n d a no c a r t ó r i o e j á
m o r o n e l a há dois m e s e s . O n t e m ,
recebi a v i s i t a de uma s e n h o r a que
a f i r m a ser a verdadeira
ação para responsabilizar o cartório que
fez o registro do imóvel, que deveria ter
conferido as assinaturas do proprietário
legítimo e do golpista.
Mas, se o cartório provar que não tinha
como evitar a fraude, você não terá como
responsabilizado pelo ocorrido.

D I R E I T O D E VIZINHANÇA

A legislação brasileira prevê algumas regras que devem ser respeitadas nas
relações entre vizinhos. Assim, proprietários ou possuidores de u m imóvel
t ê m o direito de:
• Interromper situações provocadas pela utilização da propriedade vizinha
que sejam prejudiciais à segurança, à saúde e ao sossego da vizinhança.
• Exigir do dono do terreno vizinho a demolição ou reparação de construção
e m ruína ou, ainda, exigir uma garantia monetária pelo perigo i m i n e n t e .
 direito de preferência dele, poderá ser
Depósito no j a r d i m obrigado a pagar-lhe u m a indenização
do vizinho por perdas e danos.

P M e u vizinho usa s e u quintal

para guardar carros e móveis
v e l h o s . G o s t a r i a de v e n d e r minha
c a s a , mas temo que a v i s t a para o
q u i n t a l do m e u vizinho diminua o
v a l o r do imóvel. E l e diz que não
tem onde guardar tais objetos. E l e
pode mesmo se recusar a retirar
s e u s objetos do j a r d i m ?
PLANO DE AÇÃO
1 Se você decidir vender um imóvel
que foi comprado com cláusula de
preferência, deve notificar o antigo
proprietário sobre o preço e as con-
dições de c o m p r a do imóvel que
você estipulou.
2 O antigo proprietário deve responder
se t e m ou não interesse em r e a d q u i r i r

R Sim. Seu vizinho apenas seria

obrigado a retirar tais pertences
do jardim dele se esses pertences
representassem um risco para os outros
moradores. Se os objetos não juntam
água da chuva e não provocam mau
cheiro, por exemplo, o seu vizinho tem
todo o direito de guardá-los em sua
propriedade. Com isso, você e os futuros
compradores de sua casa terão de
conviver com a vista para o quintal dele.
o imóvel no prazo determinado pelo
contrato, ou e m sessenta dias, no caso
de o contrato ter sido omisso quanto
ao prazo.
3 Caso o antigo proprietário de seu
imóvel não tenha interesse em
comprá-lo, ou se ele não se manifestar
a respeito, você poderá vender o
imóvel a quem se interessar por ele.

Cláusulas r e s t r i t i v a s
no contrato

P E u estava para vender meu

apartamento, quando o corretor
m e informou que o n e g ó c i o não
poderia ser feito porque o contrato
de compra e venda do imóvel que
celebrei com o antigo p r o p r i e t á r i o
continha u m a cláusula exigindo que,
caso eu decidisse vender o imóvel,
deveria primeiro oferecer o aparta-
mento à pessoa que me v e n d e u .
Tenho mesmo de fazer i s s o ?

R S i m . Se você realmente celebrou

u m contrato com o a n t i g o p r o -
prietário que continha essa cláusula
que dá direito de preferência ao
antigo proprietário d o seu i m ó v e l e m
readquiri-lo, caso você decida vendê-lo,
terá de respeitá-la. Se você decidir
prossnrpiir r o m n venda s e m respeita:' o
D e m o r a na e n t r e g a
de c a r r o
P H.i seis m e s e s , e n c o m e n d e i
u m carro que a i n d a n ã o foi
entregue. A c o n c e s s i o n á r i a alega
que a fábrica n ã o i n f o r m o u a data
de entrega. J á paguei u m s i n a l à
c o n c e s s i o n á r i a , que se r e c u s a a me
devolver esse valor. E l e s podem
fazer isso?
R Possivelmente. Se no contrato que
você celebrou com a concessionária
constava uma cláusula de
arrependimento, eles poderão se negar a
devolver a quantia que você pagou.
A cláusula de arrependimento é uma
garantia do vendedor contra possível
anependimento e desistência do
comprador em seguir adiante na
transação. Por meio de retenção do sinal
que você pagou, a concessionária poderá
cobrir eventuais gastos com a
encomenda do seu carro ao fabricante.
For outro lado, se a concessionária
havia combinado um prazo para a
entrega e esse prazo não está sendo
resoeitado, você deverá consultar um
advogado sobre a possibilidade de entrar
com uma ação de rescisão do contrato
por culpa exclusiva da concessionária.
Você poderá, ainda, pedir a restituição da
quantia já paga, tendo em vista que a
única razão pela qual você quer desistir
do contrato é a demora excessiva na
entrega do carro.
Aumento de preço
na entrega
P E n c o m e n d e i um carro a uma
c o n c e s s i o n á r i a por um preço.
Agora eles me l i g a m informando
que houve u m aumento no valor e
que, se eu ainda tiver interesse e m
adquiri-lo, terei de pagar u m
a c r é s c i m o . E l e s podem fazer isso?
R Suit. Se voce uieguu <a a s s u i a i j i n
contrato com a concessionária, ele
deve conter uma cláusula informando
que, em caso de aumento do valor do
automóvel pelo fabricante, a conces-
sionária repassaria tal aumento para o
preço final do automóvel n o momento da
entrega. Em razão dessa cláusula, você
não poderá pedir a rescisão contratual por
culpa exclusiva da concessionária, haja
vista que tal situação foi orevista e aceita
por você, no momento da celebração do
contrato. Se você tiver pago um sinal pelo
carro e optar pela rescisão do contrato, irá
perder tal quantia em dinheiro.
Devolução de
automóvel
P M e u marido detestou a cor
do nosso carro novo, mas a
c o n c e s s i o n á r i a se recusa a aceitar
o a u t o m ó v e l de volta. E l e s podem
fazer i s s o ?
R Sim. Se vocês escolheram a cor do
automóvel num mostruário de cores
da concessionária e a cor que o seu marido
detestou confere com a cor escolhida, não
há o que fazer para obrigar a conces-
sionária a aceitar o carro de volta.
Contudo, se, entre a escolha da cor e a
entrega do carro, o fabricante modificou
a tonalidade das cores e não os informou
disso, vocês poderão se recusar a receber
o carro.
Tal recusa deve ser feita no momento
da entrega, obviamente, sem que o carro
tenha sido usado. A partir do momento
que vocês aceitarem o carro, não mais
poderão voltar atrás e exigir a devolução
do carro à concessionária.
C a r r o novo a r r a n h a d o
P M e u carro novo chegou com
u m a das laterais arranhada,
Posso me recusar a r e c e b ê - l o ?
 ACEITANDO UM CARRO NOVO

: Examine o carro Test-drive

• • Combine a entrega do carro para uma hora
• do dia e m que ainda esteja c l a r o . E x a m i n e com
• cuidado o exterior e o interior à procura de
'• deleitos e arranhões. Poeira e água podem
: disfarçar pequenos defeitos, por isso somente
: oceite u m carro limpo e seco.
: • Tenha certeza de que ele é do mesmo modelo e
: cor que você encomendou e que contém os
: ocessórios escolhidos.
• • Veja se a quilometragem e o número do chassi
• estão corretos.
\ • Confira a licença do carro e t a m b é m o
'• pa nel do veiculo e estofamentos. Não assine
: o termo de recebimento até que tenha conferido
: todos esses detalhes.
: Examine a documentação
• • Caso seu carro iá esteia emplacado, observe
• se os placas conferem com o número apontado
• na documentação.
\ • Certifique-se de que o imposto sobre o veículo
j automotor ( I P V A ) foi recolhido e q u e as taxas do
: emplacamento t a m b é m foram pagas.
• Se tudo parecer em o r d e m , dê uma volta com o
c a r r o e peça a um vendedor que o acompanhe.
Pequenos defeitos
• Se você detectar um pequeno defeito, como u m
arranhão ou mesmo um problema nas travas
elétricas, por exemplo, consulte a concessionária
sobre a possibilidade de lhe emprestarem u m c a r r o
enquanto o seu é consertado.
• Se o defeito for pequeno, o vendedor poderá su-
g e r i r que você aceite o c a r r o e o deixe no conserto
da própria concessionária. Não concorde com isso.
Um c a r r o novo deve estar em perfeitas condições.
E x i j a o conserto antes de aceitar o automóvel.
Defeitos mais graves
• Se o defeito for mais sério, como, por exemplo,
u m defeito na pintura ou u m problema mecânico,
não aceite o carro.
• E m caso de defeitos mais sérios, a concessionárii
poderá pedir-lhe um prazo para o conserto e para
entregar o c a r r o após o reparo. Você não precisa
concordar com isso, pois a lei garante a você o
direito de reieitar um automóvel com defeitos.

R Sim.Você poderá se recusar a

receber o carro e pedir a restituição
d o valor pago por ele ou pedir u m
NÃO, SENHOR, NÁO
TENHO A MENOR IDÉIA DE
abatimento no preço. Se preferir, poderá COMO ESSES ARRANHÕES
op:ar pelo conserto, que deverá ser VIERAM PARAR NO
realizado pela concessionária em tnnta SEU CARRO/
dias. Caso o conserto ultrapasse esse
prazo, é possível pedir a substituição do
carro por outro do mesmo modelo.Você
poderá, ainda, levar o veículo a uma
ofidna mecânica de sua confiança e
fazer o reparo do carro à custa da
concessionária. Lembre-se de que,
qualquer que seja a sua decisão, você
terá de fazer a reclamação no prazo de
noventa dias ou perderá o seu direito.

T a x a s de i m p o r t a ç ã o
I J C o m p r e i u m carro importado
d i r e t a m e n t e do fabricante na
r r a n ç a . P o r é m , as taxas que e s t o u U tMIU U t VUIIU
pagando pela i m p o r t a ç ã o s ã o
superiores à s que e u p a g a r i a no
B r a s i l por u m carro de m e s m o
modelo e ano. I s s o e s t á correto?
P N o s s o carro tem apenas
a l g u m a s s e m a n a s de uso, mas
a p r e s e n t a tantos problemas que
passa m a i s tempo n a oficina

R Sim. Ao importar um carro, ou

qualquer outro produto, você não
somente arca com a variação cambial
(no seu caso, d o euro, que é uma moeda
mais valorizada do que o real) como
com as elevadas taxas de importação.
O imposto de importação leva em
consideração o valor da mercadoria que
está sendo importada, convertido na
moeda nacional, e sobre esse valor é
aplicado u m percentual, de maneira a
se obter o valor final do tributo que o
importador deve pagar. E, se você estiver
utilizando os serviços de u m despachante
para cuidar do processo, também terá de
arcar com o pagamento de tal serviço.
Não faz sentido pagar tão caro pela
importação de u m carro, quando é
possível comprar, no Brasil, carros
importados pelas próprias
concessionárias. Essa é uma maneira
mais fácil de adquiri-los. Mesmo assim,
você ainda arcará com taxas e impostos
de importação do automóvel, que são
incluídos no preço final do carro.
m e c â n i c a do q u e na nossa c a s a . E u
gostaria de t r o c á - l o , m a s soube que
a c o n c e s s i o n á r i a pode se negar a
realizar a troca se eu demorar
muito. E l e s p o d e m fazer isso?
R Sim. O Código de Defesa do Con-
sumidor prevê u m prazo para a
devolução de mercadoria defeituosa.
N o caso de defeitos em automóveis,
esse prazo é de noventa dias a contar do
dia em que os problemas do cano torna-
ram-se aparentes, isto é, quando seu euto-
móvel começou a apresentar os defeitos.
É provável que, no momento em que
você apresentar a reclamação à concessio-
nária, esta se proponha a consertar o auto-
móvel. A concessionária tem esse direto,
uma vez que vocês já aceitaram o carro.
No entanto, a concessionária não
poderá levar mais do que trinta dias
consertando o carro. Se isso ocorrer, você
poderá pedir a restituição do valor pago
pelo automóvel, u m abatimento no r i e ç o
ou mesmo a substituição per outro carro.

PROTEÇÃO PARA C O M P R A D O R E S
E PROPRIETÁRIOS D E CARROS

Quando comprar u m carro, seia ele novo ou usado, ou mesmo quando

precisar consertá-lo, certifique-se de que a concessionária ou (se for o caso)
a oficina mecânica é confiável.
• Procure comprar seu automóvel e m concessionária de vendas autorizado
pelo fabricante do veículo.
• Verifique a documentação, para não cair no golpe de estelionatários que se
passam por proprietários de veículos e, com uma documentação falsa,
conseguem vender o veículo, muitas vezes obieto de furto e, em algumas
situações, obieto de clonagem.
• Fique atento também, no caso de carros usados, para a venda de veículos
com documentação irregular e t a m b é m de carros multados pelo Departa-
mento Estadual de Trânsito ( D e t r a n ) , uma vez que o adquirente terá de
se responsabilizar e arcar com o pagamento de tais multas, para depois
reclamar perante o antigo proprietário o ressarcimento daquilo que pagou.
 C A R T E I R A N A C I O N A L D E HABILITAÇÃO (CNH)

Para ter direito à primeira Carteira Nacional • Ser m a i o r de 18 anos.

de Habilitação, o candidato deve preencher • Ser penalmente imputável.
os seguintes requisitos: • Saber ler e escrever.
• Possuir carteira de identidade.
• Possuir CPF próprio.

O candidato que preencher os O candidato será subrretido a A troca da permissão

requisitos dispostos acima
deverá agendar por telefone ou
pela Internet a data e m que
deverá comparecer a um dos
postos do Detran com a
documentação que lhe será
informada no momento
do agendamento.
Após a entrega de tais docu-
mentos, o candidato i n f o r m a r á
a região e m que prefere fazer
os exames médicos e psicoló-
gicos. Esses exames são
cobrados à parte pelas clinicas
em que f o r e m realizados.
O candidato deverá, ainda,
se m a t r i c u l a r em u m Centro
de Formação de Condutores
(auto-escola) para ter aulos
de legis lação de trânsito.
uma avaliação, que deve ser
agendada pela própria auto-
escola. Se aprovado, deve
começar a ter aulas praticas
de condução de veículos, iá
que t a m b é m será submetido
a uma avaliação prática.
Aprovado em todas as etapas,
o candidato receberá a licença
para d i r i g i r , com validade de
u m ano, em que se encontrará
em período probatório. No
término desse prazo, ele
receberá a carteira definitiva
( C N H ) . É importante saber que,
durante o período probotório, o
motorista não poderá cometer
qualquer infração gravíssima ou
grave, ou ainda cometer m a i s
de uma vez infrações médias.
para d i r i g i r pela CNH deverá
ser agendada (telefone ou
I n t e r n e t ) , devendo o candidato
comparecer a u m posto do
Detran, na data marcada,
com a documentação exigida
e o DUDA (Documento Único do
Detran de Arrecadação) pago.
Com o vencimento da
data de validade da habi-
litação, o motorista deverá
agendar a renovação, de
m a n e i r a que possa compa-
recer, mais u m a vez, a
um posto do D e t r a n , com
a documentação exigida e
o D U D A pago. O motorista
será submetido a novo exame
médico e deverá pagar por
tal exame, novamente.

P L A N O DE AÇÃO fabricação, a concessionária será

1 Faça uma lista dos problemas apre-
sentados no c a r r o , anotando as datas
em que tais problemas ocorreram, fa-
zendo uma descrição minuciosa dos de-
feitos, e apresente essa lista à concessio-
nária onde você adquiriu o automóvel.
2 No caso de a concessionária decidir
consertar o veículo - apenas se estiver
evidente que os defeitos do carro fo-
r a m originados na fabricação e não du-
rante o tempo e m que você o utilizou - ,
você poderá pedir à concessionária que
lhe empreste u m outro c a r r o .
obrigada a lhe reembolsá-la pelo
preiuízo suportado.
4 Se a concessionária não quiser se
responsabilizar pelas defeitos do
automóvel, você deverá consultar
u m advogado sobre a possibilidade
de e n t r a r c o m u m a ação de
reparação de danos p a r a reaver
a quantia gasta no conserto.
B u s c a e apreensão

3 Pode ser que você prefira se encar-

regar do conserto do veículo. Se ficar
provado niip n t r i i r . ; r ~ < -
P T i u n c J c ; da
P E m razão de dificuldades finan-
ceiras, deixei de pagar a l g u m a s
prestações do financiamento do m e u
carro. H o j e , f u i s u r p r e e n d i d o p o r u m
l u n c i o n a n o da instituição financeira divida. U u seja, nao so pelas prestações
que veio rebocar m e u carro. E l e s em atraso, mas também por aquelas cue
podem fazer isso? ainda não venceram, acrescidos a esse
valor as custas judiciais e os honorárias

R Não. Embora a instituição financeira

seja a proprietária de seu automóvel
(ver quadro sobre arrendamento mercan-
til), ela não tem legitimidade para rebo-
car e retomar o automóvel. A instituição
financeira que tentar reaver o carro por
suas próprias forças estará infringindo a
lei, e, mesmo que esteja em atraso com
as suas prestações, você poderá fazer uso
dos meios de defesa, garantidos pela lei,
da posse de seu carro.
Apenas mediante ordem judicial,
concedida em ação de cobrança ajuizada
pela instituição financeira contra
você, é que você poderá perder a posse
do automóvel. Nesse caso, a busca e
apreensão do automóvel será realizada
por u m oficial de justiça.
É possível, também, que você seja
condenado a pagar pela totalidade da
advocatícios da instituição financeira e os
seus, caso você contrate urn advogado
particular para defendê-lo.
For isso, em caso de dificuldades para
pagar o financiamento de seu automóvel,
o melhor a fazer é entrar em contato com
a instituição financeira e tentar u m acoxlo.
Conserto de freios
P C o m p r e i u m carro novo e, dois
anos e trinta mil quilômetros
depois, p r e c i s e i fazer u m a
m a n u t e n ç ã o n o s freios, o que me
custou dois m i l reais. A c h e i que tal
m a n u t e n ç ã o estivesse coberta pela
garantia do v e í c u l o , que a i n d a e s t á
em curso, m a s a c o n c e s s i o n á r i a
discorda. E l e s e s t ã o corretos?

CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL

Quando você compra um c a r r o , seia ele novo ou usado, t e m a opção de

financiar o valor total da c o m p r a . Na grande m a i o r i a dos casos, esse
financiamento é feito por meio de contrato de arrendamento m e r c a n t i l .
Esse contrato funciona da seguinte m a n e i r a : o comprador pede u m
e m p r é s t i m o a uma instituição financeira no v a l o r que pretender financiar,
No caso de o comprador se encaixar no perfil t r a ç a d o pela instituição,
seu crédito será aprovado e a quantia será paga d i r e t a m e n t e à
concessionária. O comprador t e r á , então, um prazo para pagar por esse
e m p r é s t i m o . O prazo, bem como o valor, vencimento das prestações e
taxas de iuros serão fixados no momento da celebração do c o n t r a t o .
A peculiaridade desse contrato é que, no momento em que o consumidor
aceita as condições do financiamento, ele estará transferindo a propriedade
do automóvel à instituição financeira, de maneira que ele assume a posição
de depositário e usuário do c a r r o .
É por essa razão que, e m caso de atraso no pagamento das prestações, a
instituição financeira tem o direito de ajuizar uma ação de cobrança
antecipada de todas as prestações, não só as atrasadas, mas t a m b é m
aquelas ainda por vencer, e pedir a busca e apreensão do veículo, iá que é
a real proprietária do b e m .
E m casos extremos, como, por exemplo, quando o depositário não m a i s
estiver de posse do veículo, u m iuiz de direito poderá determinar a sua prisão.
R Provavelmente. A garantia oferecida
pelas concessionárias costuma ter
regras bem específicas a respeito dos
serviços que cobrirá, e. a não ser no caso
de previsão expressa, a garantia é referente
a seniços de rotina realizados durante as
revisões pelas quais o carro deve passar.
Em regra, essas revisões devem ser
realizadas pela própria concessionária e o
proprietário do carro deverá arcar com
eventuais despesas com a troca de peças,
de modo a ter direito à garantia do veículo
pelo prazo estipulado.
Fortanto, a concessionária poderá estar
certa ao afirmar que não tem qualquer
responsabilidade quanto ao pagamento do
serviço de manutenção dos freios que você
predsou fazer.
Conserto e m
c a r r o usado
P O vendedor de um c a r r o usado
que comprei me g a r a n t i u que o
veículo estava em perfeitas
condições. Seis meses após a
compra, o carro quebrou e o levei a
u m a oficina. Lá descobri que ele j á
h a v i a sofrido acidentes, tal o seu
estado, e que o conserto m e
custaria muito c a r o . O vendedor
pode ser responsabilizado por isso?
R Sim. Desde que você prove que não
tinha conhecimento dos defeitos
que detectou no cano seis meses anos a
compra, poderá responsabilizar o
vendedor por isso.
N o caso de o vendedor não assumir a
responsabilidade, você poderá entrar com
uma ação de reparação de danos centra
ele, pedindo o ressarcimento do prejuízo
ou mesmo que o negódo seja desfeito,
de maneira que você possa lhe devolver
0 carro e receber de volta o valor pago.
Lembre-se de que você tem noventa
dias para fazer a reclamação, contados
a partir do dia em q u e os defeitos fo-
ram descobertos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Peça um laudo completo à oficina
mecânica onde os defeitos f o r a m
detectados, bem como a descrição do
conserto que t e r á de ser feito. Se Antes de c o m p n
achar necessário, tire fotografias do u m carro usada
c a r r o e iunte todas as evidências que tente levar u m
conseguir coletar. Se ainda estiver de mecânico de su
confiança p a r a
posse do anúncio que g a r a n t i a per-
examinar o c a r r
feitas condições de uso, guarde-o.
tanto na parte
externa como n
2 Entre em contato com o antigo pro- interna. Peça a e
p r i e t á r i o e informe-o do acontecido. que verifique se i
É possível que ele desconheça os peças utilizadas i
defeitos, o que não será suficiente veiculo são
para eximi-lo da responsabilidade. originais e se a;
condições gerais
carro são boas.
3 Caso ele realmente se recuse a
pagar pelo conserto, consulte u m
advogado a respeito da possibilidade
de e n t r a r com u m a oção de repa-
ração de danos contra o antigo
proprietário do automóvel.
C a r r o roubado
P C o m p r e i u m carro usado por
meio de u m a n ú n c i o n a s e ç ã o
de classificados de u m j o r n a l . Po-
rém, esse carro havia sido roubado e
a polícia diz que tenho de devolvê-
lo ao proprietário. Isso está certo?
R Sim. Se você comprou u m carro
usado que havia sido roubado, não o
comprou do legítimo proprietário., que está
protegido pela lei, e por isso está obrigado
a entregar o cano ao verdadeiro dono.
Se você não o fizer, poderá responder
pelo crime de receptação de veículo rou-
bado. Ainda que 0 proprietário do veículo
não seja encontrado, você terá de entre-
gar o carro à autoridade policial local.
Se você conseguir localizar a pessoa
que lhe vendeu o carro, o que será pouco
provável, poderá ajuizar contra ela uma
ação de indenização por perdas e danos,
de maneira a reaver o que já pagou
polo vpfmlo.

Atenção: caso o automóvel esteja
assegurado e a seguradora já tenha pago
o prêmio ao real proprietário, em razão
do roubo, você deverá entregar o carro à
seguradora, que passou a ser a real
proprietária do automóvel.
Se, ainda assim, o antigo proprietário
exigir que o automóvel seja entregue a
ele, tal questão deve ser decidida em
juízo. Até que o processo seja concluído,
é provável que o juiz nomeie u m de-
positário para o carro, que deverá recebê-
lo e mantê-lo até a conclusão do pro-
cesso judicial.
Q u i l o m e t r a g e m de
carro alterada
P
C o m p r e i u m carro c u j a
quilometragem rodada era de
cinqüenta m i l . D e p o i s de u m a pane
no h o d ô m e t r o , a oficina m e c â n i c a
aonde levei o carro descobriu que a
quilometragem h a v i a sido adulte-
r a d a . Tenho como devolver o carro
e pedir m e u dinheiro de volta?
NÃO FALE! QUE EPA BOU3ADO?
VEJA, O ANTIGO PONO AJNPA ESTÁ
NO POPTA-MALAS/
K
Sim. Mas para isso voce tera
de provar que o hodômetro foi
adulterado, visando a parecer que
a quilometragem do carro era relati-
vamente pequena comparada à idade
do automóvel.
Se você tiver como provar a fraude,
poderá ajuizar uma ação de reparação de
danos e, com isso, conseguir devolver
0 carro e ter restituído o dinheiro
que pagou.
Se preferir ficar com o carro, é possível
negociar u m abatimento no preço já
pago, tendo em vista que comprou o
carro acreditando que ele tivesse sido
menos usado.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se o anúncio do carro mencionava a
quilometragem e você ainda o tiver,
guarde-o para usá-lo como prova.
2 Peça um laudo ao mecânico da ofi-
cina onde foi detectada a adulteração
do hodômetro, descrevendo o ocorrido.
3 Entre em contato com o vendedor e
informe-o do acontecido, exibindo a
documentação que você tiver reunido.
Sempre existe uma chance de ele não
ter conhecimento da fraude, o que não
excluirá a sua responsabilidade.
4 No caso de o vendedor não querer
assumir a responsabilidade pelo ocor-
rido, consulte um advogado sobre a
possibilidade de entrar com uma ação
de reparação de danos contra ele.
Condições de uso
duvidosas
P H.i duas semanas, comprei u m
carro usado e o vendedor me
garantiu que o veículo estava em
excelentes condições de uso, tendo
emitido inclusive os recibos das
revisões pelas quais o carro passou.
Tive um problema com os freios e
levei o carro a u m a oficina mecânica
onde fui informado de que os freios
precisariam ser trocados, já que
estavam em p é s s i m a s condições.
Tenho como fazer o vendedor pagar
por esse conserto?
R Sim. O Código de Defesa do
Consumidor garante ao comprador
o direito de adquirir u m produto, nesse
caso um carro, novo ou usado, em plenas
condições de uso.
Se o seu carro apresentou problemas
nos freios logo após a compra e a
oficina mecânica garantiu que os freios
não estavam em boas condições, é
provável que esse problema preexis-
tisse ao momento da venda. Assim,
0 vendedcr realmente desconheda o
problema, o que não o exime da
responsabilidade, ou ele realmente
agiu de má-fé e tentou enganá-lo
ao afirmar que o carro apresentava
excelentes condições de uso.
De um jeito ou de outro, você poderá
pedir ao antigo proprietário o reembolso
das despesas com o conserto dos freios,
e, se ele se recusar, consulte u m advo-
gado sobre a possibilidade de entrar com
uma ação de reparação de danos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o vendedor e
explique o que aconteceu, informando
a quilometragem que você percorreu
com o c a r r o .
2 Mostre ao vendedor o laudo da
oficina mecânica descrevendo o
problema com os freios.
CONFERINDO O HISTÓRICO
DE UM CARRO USADO
• Vá ao Detran e procure saber se o carro que você está
pensando em c o m p r a r t e m alguma irregularidade, como
multas não pagas ou qualquer outro problema com a
documentação. Peça u m "nado consta".
• Verifique se o veículo está registrado no nome da pessoa
que está tentando lhe vender o c a r r o , e se este é obieto de
arrendamento m e r c a n t i l .
3 L e m b r e ao vendedor que, de
R E G R A DE
acordo com o Código tíe Defesa do
OURO
Consumidor, ele é o responsável pelos
defeitos do carro preexistentes ao Se o vendedor
momento da venda.
4 Se o vendedor, realmente, não quiser
de um carro
usado não apre-
sentar toda a do
assumir a responsabilidade pelo defeito cumentação do
dos freios, consulte u m advogado sobre veículo, não
a possibilidade de entrar com uma efetue a compra
ação c i v i l de reparação de danos. seia qual for o
motivo alegado
pelo vendedor.
AVISO
O certificado da vistoria do Detran
apenas dispõe sobre qu estões específicas,
como lanternas, cano de descarga e
documentação do veículo, e por isso
não serve como garantia contra
problemas mecânicos que, no futuro,
o carro possa apresentar.
Propaganda enganosa
P
C o m p r e i u m carro usado cuja
d e s c r i ç ã o no a n ú n c i o do j o r n a l
era de que estava em ó t i m a s
condições de uso. U m a semana
a p ó s a compra, o carro n ã o dava mais
a partida, e a oficina mecânica para
onde o levei afirma que o carro ficou
parado por a n o s e que precisaria de
consertos. Tenho como fazer o antigo
dono a r c a r com essa despesa?
R
Talvez. Se você conseguir provar que,
ao fazer a compra, foi enganado
quanto ás reais omdições de i s«>
do U i i l i o , podciu p c d i l J U uuügo p l u p d e -
tário que repare eventuais defeitos qae o
veículo possa apresentar ou que reembolse
as suas despesas com o conserto.
O Código de Defesa do Consumidor
não é aplicável à compra de u m cairo de
um particular, mas isso não quer dizer
que o comprador não esteja proteg.do
pela lei contra defeitos que o carro venha
a apresentar, desde que preexistentes à
data da venda.
Tais situações são protegidas pelo
próprio Código Civil Brasileiro e
garantem ao comprador o direito de
receber u m carro, o u qualquer outro
produto, em perfeitas condições de uso.
A diferença é que, no caso de uma
ação judicial, o comprador terá de
provar que os defeitos eram
preexistentes ao momento da venda,
embora ele os desconhecesse. Já nas
relações protegidas pelo Código de
Defesa d o Consumidor cabe ao
coiiieicianlc vendedor do vcicu.o
provar que os defeitos apenas apare-
ceram quando o carro já estava em
posse d o comprador.
PLANO D E AÇÃO
1 Peça um laudo ã oficina mecânica
onde o problema foi detectado,
descrevendo os defeitos que o carro
apresenta e quais as conseqüências
práticas de tal problema.
2 Mostre o laudo e o anúncio do cerro,
se ainda o tiver, ao antigo proprietário
e peça a ele o ressarcimento das
despesas, caso você já tenha mandado
consertar o veículo.
3 Se o vendedor não assumir a
responsabilidade por tais defeitos,
contate um advogado e consulte-o
sobre a viabilidade de entrar com
uma ação de reparação de danos.
Comprador se
r e c u s a a pagar
P Vendi m e u carro a u m
v i z i n h o que pagou u m a
parcela do p r e ç o do carro e
prometeu q u e pagaria o restante
do dinheiro u m a s e m a n a depois.
P o r é m , ele b a t e u com o carro e
agora s e recusa a pagar a quantia
que ainda m e deve. Ele pode
fazer isso?
R Não. A n d a que vocês não tenham
assinado um contrato formal, o
simples acordo verbal tem força de
contrato e, por isso, seu vizinho está
obrigado a pagar o restante d o valor cue
lhe deve pela compra do automóvel.
O fato de o seu vizinho ter tido urr
problema com o carro, quando já estava
de posse do veículo, não implica dizer
que você deve esperar mais d o que o
tempo combinado para obter o res:ante
do dinheiro.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se u m a conversa amigável não for
suficiente p a r a convencer seu vizinho
de que ele deve lhe pagar o restante
do dinheiro na data combinada,
notifique-o exigindo o pagamento
dentro de u m a semana.
2 Se ainda assim ele se recusar a
pagar, você terá de consultar um
advogado sobre a possibilidade de
entrar com u m a ação de cobrança
contra seu vizinho.
Defeitos desconhecidos
PRECAUÇÕES QUE VOCÊ D E V E ADOTAR
QUANDO V E N D E UM CARRO
• Espere o pagamento do preço total do veiculo para, então,
entregar as chaves ao comprador.
• Se você receber u m sinal, entregue um recibo ao
comprador, descrevendo o carro e mencionando o valor
ajustado, bem como o valor recebido a título de sinal. Inclui
o prazo para o pagamento da quantia restante e, se for o
caso, estipule uma data para o pagamento das prestações
restantes. Vendedor e comprador devem assinar o recibo en
duas vias, uma para cada u m .
• Quando o v a o r ajustado estiver integralmente
pago, você deverá fornecer ao comprador um recibo
de quitação, transferindo o propriedade do veiculo,
definitivomente, ao comprador.

P Recentemente, v e n d i m e a c a r r o
por m e i o de a n ú n c i o n u m
j o r n a l . O comprador diz qne a e m -
PLANO D E AÇÃO
b r e a g e m estava com defeito e agora
1 Comunique ao comprador que
e s t á a m e a ç a n d o ajuizar u m a a ç ã o
você desconhecia o problema da
j u d i c i a l contra mim. E u realmente
embreagem do cerro. Caso você
n ã o sabia que havia qualquer
tenha recibos de revisão de oficinas
problema com a embreagem q u a n d o
mecânicas aonde tenha levado seu
v e n d i o carro. Ainda a s s i m ele
carro, mostre-os o ele.
poderá me levar à Justiça?

R
2 Caso o comprador realmente decida
Sim. O comprador do veículo
entrar com uma ação de reparação
poderá ajuizar uma ação de
de danos contra você, consulte um
reparação de danos contra você, tendo
advogado sobre a sua defesa em juízo.
em vista que o falo de desconhecer o
problema não significa que você não é o
responsável por tal defeito, uma vez que
tal problema já existia quando você L i m i t e de v e l o c i d a d e

vendeu o carro.
Contudo, se o comprador testou o
carro e não percebeu o problema na
embreagem, ele terá de provar em juízo
que, embora não tenha percebido, o
problema já exisba.
Por isso, você não responderá por
má-fé, mas, na pior das hipóteses, po-
P
Recebi u m a multa por excesso
de velocidade, m a s tenho
certeza de q u e e s t a v a obedecendo
ao limite i m p o s t o . A ú n i c a prova d e
m i n h a falta é a fotografia a n e x a d a à
multa. S e r e i o b r i g a d o a p a g a r p o r
essa m u l t a ?

R
derá ser condenado ao ressarcimento das
Sim. As multas aplicadas em função
despesas com o conserto do automóvel.
do uso de radares eletrônicos
Obviamente, se o problema com a
possuem credibilidade perante o
embreagem apenas se manifestou após
Judiciário. Por isso, ainda que você
a venda e isso ficar comprovado, você
apelasse à Justiça contra decisão
não pcderá ser responsabilizado por
administrativa do Detran, que certamente
tal defeito
seria no sen'ido de reconhece a
legitimidaue ua uiulla, diliuliuciile
você conseguiria ser autorizado a
deixar de pagá-la.
Todavia, se você tiver alguma prova
concreta de que a fotografia não retrata
seu carro ou qualquer outra prova que
considere pertinente, faça uma reclama-
ção ao Detran e, caso seu pedido seja i n -
deferido, você poderá ajuizar uma ação
solicitando a declaração de invalidade
da multa.
PLANO D E AÇÃO
1 Entre em contato com o Detran
o mais rápido possível e faça um
requerimento para o cancelamento da
multa, oferecendo as justificativas que
julgar pertinentes. Você será obrigado
a pagar uma taxa, para que possa
contestar a multa no Detran.
2 Enquanto seu requerimento estiver
sendo analisado pelas autoridades
competentes, você não precisará pagar
a multa, mas caso seu requerimento
seja indeferido, você terá de arcar
também com os iuros pelo atraso
no pagamento.
3 Você poderá, ainda, recorrer ao
Judiciário (mesmo sem ter feito a
reclamação ao Detran), se acreditar
que tem fundamentos para entrar com
uma ação declaratória de invalidade
da multa. Lembre-se de que, caso seu
pedido seia julgado improcedente,
você será obrigado a arcar com as
custas judiciais do processo, além dos
honorários advocatícios de ambas
as partes.
AVISO
Se u m carro registrado em seu nome for
flagrado por um radar eletrônico em
excesso de velocidade e você não o
estava dirigindo, mas sim outro
motorista, você poderá denundá-lo ao
Detran, para que os pontos referentes à
fal:a cometida sejam inscritos na carteira
de habilitação do motorista infrator e
uuo na aUa. LcuiJlc se de que VOCÇ
ainda será obrigado a pagar a multa, que
é vinculada ao veículo e não ao infrator.
M u l t a por e x c e s s o
de v e l o c i d a d e
P Fui surpreendida por uma
m u l t a por excesso d e v e l o c i -
dade que teria sido aplicada quando
eu estava fora do p a í s . I n f o r m e i ao
D e t r a n sobre m i n h a v i a g e m , m a s
eles i n s i s t e m que terei de pagar
pela multa. I s s o e s t á c e r t o ?
R Sim. A não ser que você prove que
seu carro estava parado na
garagem, no momento em que a multa
foi aplicada, você será obrigada a pagar a
multa por excesso de velocidade, uma
vez que o fato de você não o estar
dirigindo não quer dizer que outra
pessoa não estivesse.
Ibrtanto, a única maneira de evitar o
pagamento da multa já aplicada é provar
que o seu carro não estava sendo
utilizado no período em que você esteve
fora do país.
Certifique-se de que ninguém tenha
usado seu carro sem a sua autorização
enquanto você esteve viajando e procure
investigar a possibilidade de a placa do
veículo ter sido clonada, o que poderia
lhe causar graves prejuízos.
No primeiro caso, você l i n d a terá de
pagar a multa, tendo em vista que o seu
cano foi realmente flagrado em excesso
de veloddade.
Todavia, no segundo caso você deverá
entrar com um requerimenro no Detran,
solidtando o cancelamento da multa, já
que não foi o seu carro c veículo flagrado
em excesso de velocidade e sim outro,
com uma placa clonada rcêntica à sua.
 P l a c a do c a r r o caída
P
R e c e b i uma multa por e s t a r
trafegando sem a placa do carro,
que deve ter caído numa estrada em
p é s s i m a s condições de uso por que
passei. Terei de pagar a m u l t a ?
R
Sim. A legislação brasileira prevê a
aplicação de multa caso u m veículo
esteja trafegando de maneira irregular,
sem a placa. O fato de ter trafegado
numa estrada em péssimas condições de
uso não é justificativa eficaz para impedir
que você seja multado.
Caso você seja parado por u m guarda
de trânsito ou por u m guarda rodoviário,
tente explicar a ele o acontecido. Pode ser
que você consiga apenas uma
advertência no iugar da multa.
AVISO
A placa do carro é a identidade do
veículo, por isso, certifique-se de que as
placas dianteira e traseira estejam bem
presas e legíveis.
P a r a d o em blitz
P
F u i p a r a d a n u m a blitz da p o l í -
cia, pois a luz do freio do m e u
carro estava q u e i m a d a . A polícia
a m e a ç o u m e multar, m a s a c a b a r a m
me deixando ir. A luz do freio
estava funcionando e m e u c a r r o
p a s s a r a n a vistoria do D e t r a n u m a
semana antes. O Detran poderia
ser responsabilizado por ter a p r o -
vado m e u carro na vistoria c o m
esse problema?
R
N ã o . O Detran não éresponsável
pela manutenção do seu carro;
essa é uma obrigação do proprietário
do veículo. .Além disso, ele não funciona
como órgão certificador de qualidade.
A vistoria não visa garantir a adequação
mecânica dos veículos, visa apenas
fifrnnVrr* o n;mprimenro drr<! rrrrms
CERTIFIQUE-SE DE QUE SEU CARRO
ESTEJA E M CONDIÇÕES PARA VIAJAR
Você é responsável pelas condições de seu carro numa
viagem, portanto, se estiver pensondo e m pegar a estrada
com seu automóvel, certifique-se de que ele esteia em
condições para isso. Lembre-se de que você poderá ser
porado pela polícia rodoviária e, dependendo do caso,
ser impedido de seguir v i a g e m , tendo o carro recolhido
a u m depósito e sendo multado.
Pneus
• Os pneus devem estor em boas condições, principalmente
em relação ao tamanho e à t e x t u r a . Pneus " c a r e c a s " são
muito perigosos e colocam e m risco não somente a sua
vida, m a s , t a m b é m , a vida de o u t r e m .
• Certifique-se de que os pneus estão calibrados de acordo
com o indicado no manual de instrução do corro. Lembre-
se de que a colibragem para a estrada é diferente daquela
usada na cidade.
• Verifique ainda se o macaco e outras ferramentas
necessárias à troca de pneus estão no c a r r o , a l é m , é c l a r o ,
do estepe, que t a m b é m deve ser calibrado.
Faróis, lanternas e placas
• As placas do c a r r o devem estar bem fixadas ao veículo e
ser legíveis.
• Faróis devem ser regulados, de modo a p e r m i t i r que o
motorista enxergue bem à noite - lembre-se de que as
estradas brasileiras nõo costumam ser iluminadas - e que
não atrapalhem os outros motoristas.
• As lanternas sinalizadoras (setas) devem estar em
perfeitas condições.
Pára-brisa e janelas
• Devem estar limpos. Verifique se o dispositivo de água
que l i m p a o pára-brisa está em perfeitas condições.
• Certifique-se de que sua visão não está bloqueada,
especialmente em relação ao v i d r o traseiro.
Certifique-se, ainda, de que o c a r r o está com os
dispositivos de óleo e água completos.
Lembre-se de que o mais prudente é levar o c a r r o para
uma revisão numa oficina mecânica de sua confiança.
básicas de segurança de trânsito. Por issso
o Detran não tem responsabilidade pelos
defeitos apresentados pelo seu carro. É
possível que a luz do freio tenha quei-
mado após a vistoria do Detran Sr vncè
 for parado pela polícia e multado por
algum defeito do seu carro verificado na
blitz, você terá de pagar a multa e os pon-
tos referentes à infração serão registrados
no seu prontuário junto ao Detran.
Se você acha que existe alguma
irregularidade na realização da vistoria,
faça uma reclamação ou denúncia ao
órgão competente do Detran, geralmente
é uma ouvidoria ou a corregedoria.
T e s t e do bafômetro
P Ao voltar de uma festa,
fui parada pela polícia e fiz
o teste do bafômetro. E u tinha
bebido apenas uma t a ç a de vinho,
m a s o teste deu positivo e f u i
detida. F u i conduzida a u n a
delegacia onde fiz um novo teste
que, dessa vez, deu negativo.

O Q U E F A Z E R Q U A N D O VOCÊ F O R P A R A D O P E L A POLÍCIA

Mantenha-se colmo e seia educado.

Coopere.

Pergunte a razão por que foi parado.

Se você tiver u m compromisso importante e estiver atrasado, tente explicar ao policial a

situação, de m a n e i r a educada.

Se o policial lhe pedir que mostre a c a r t e i r a de habilitação e a documentação do veícalo e

você não estiver c o m elas, você será multado.

De acordo c o m o Código de Trânsito Brasileiro, d i r i g i r um veiculo sem portar o documento

de habilitação ou a documentação do c a r r o constitui infração, punida com multa e c o m pontos
que serão computados em sua c a r t e i r a de habilitação. Caso você não esteia de posse dcs
documentos do c a r r o , é provável que, a l é m da multa e do cômputo de pontos em sua corteira
de habilitação, seu carro seia rebocado. Dessa m a n e i r a , você terá de comparecer ao depósito
para onde seu c a r r o for enviado e pagar pela d i á r i a . A l é m disso, poderá ser obrigado a pagar
eventuais impostos vencidos que ainda não tiverem sido quitados.

Se o policial pedir que você saia do c a r r o , faça isso calmamente. É provável qje seu c a r r o
(e até mesmo você) seja revistado. Tecnicamente, você não é obrigado a concordar c o m a
revista, porém a recusa a u m a ordem policial pode ser interpretada como desacato à
autoridade, c r i m e definido pelo Código Penal Brasileiro.

Infelizmente, há casos de algumas pessoas que t i v e r a m substâncias ilícitas colocadas e m

seus carros, sem que elas percebessem, no momento da revista pela polícia. Se isso
acontecer, o melhor a fazer é ir até a delegacia de polícia mais p r ó x i m a , acompanhado de um
advogado, para tentar apurar a situação.

Na prática, as pessoas acabam pagando propina ao policial e sendo liberadas. Tal

comportamento é considerado pela legislação brasileira como crime de corrupção ativa
(praticado pelo motorista) e passiva (praticado pela autoridade policial).

Lembre-se de que a autoridade policial tem fé pública, o que significa que aquilo que f o r
afirmado pela polícia será considerado verdadeiro.

Portanto, procure manter o seu c a r r o e m boas condições de uso, ande sempre com os seus
documentos e com os do c a r r o e mantenha em dia os impostos do veículo. Além disso, procure
d i r i g i r com cuidado, respeitando os l i m i t e s de velocidade e obedecendo à sinalização. Isso
d i m i n u i r á as chances de você ser parado pela autoridade policial, o que é, seguramente, o
caminho mais fácil para se e v i t a r e m problemos. •
A polícia pode obrigar qualquer
pessoa a fazer o teste?
R Não. Nem a polícia, nem qualquer
outra autoridade pode obrigar
quem quer que seja a se submeter ao
teste do bafômetro. A legislação
brasileira garante ao indivíduo o direito
de se recusar a fazê-lo.
Entretanto, ao se recusar a fazer o teste
do bafômetro, você, provavelmente, será
conduzida à delegacia de polícia mais
próxima, onde terá de justificar a razão
pela qual não quis fazê-lo.
Tal justificativa não impedirá que seja
registrado um boletim de ocorrência e m
razão de a motorista estar dirigindo
alcoolizada, desde que haja outros indí-
cios sobre a sua embriaguez.
Tendo em vista que dirigir alcoolizada
constitui infração de trânsito, se você
estiver certa de que não bebeu mais d o
que o permitido pela lei (ver, ao lado,
o quadro sobre o teste do bafômetro),
faça o teste.
Essa é a maneira mais fácil de se ver
livre de problemas.
P e r d a d a habilitação
P F u i detida e m u l t a d a por e s t a r
dirigindo alcoolizada. Trabalho
como representante de vendas e,
TESTE DO BAFÔMETRO
O bafômetro é um a p a r e l h o eletrônico utilizado pelas
autoridades policiais p a r a detectar a quantidade de
álcool ingerido por u m o pessoa.
A lei brasileira não o b r i g a a pessoa a se submeter ao
teste do bafômetro, m a s a recusa pode ser interpretada
como desacato à a u t o r i d a d e e implicar a condução do
motorista à delegacia, p a r a esclarecimentos.
0 fato de o teste não l e r sido realizado não é suficiente
para que se impeça a instauração de inquérito p a r a
apuror a prática da i n f r a ç ã o de d i r i g i r embriagado.
Porém, o resultado n e g a t i v o no teste é motivo suficiente
para que não seia i n s t a u r a d o o inquérito.
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, u m
motorista não pode t e r r n a i s do que 0,6 g r a m a de álcool
por litro de sangue.
A infração é considera da gravíssima e i m p o r t a , a l é m
do pagamento de m u l t o n o valor de novecentos U f i r s
(Unidade Fiscal de R e f e r ê n c i a ) , no registro de pontos na
carteira de habilitação d o motorista, na perda do direito
de d i r i g i r e ainda pode r e s u l t a r em instauração de
processo c r i m i n a l c o n t r a o infrator, cuia pena v a r i a de
seis meses a três anos d e detenção, conforme o caso.
O motorista que fizer o teste e obtiver o resultado
positivo será conduzido ã delegacia de polícia, onde será
aberto um boletim de o c o r r ê n c i a . Tal fato,
provavelmente, i m p l i c a r á a abertura de inquérito
policial, culminando c a r n a instauração de processo
c r i m i n a l contra o m o t o r i s t a que dirigia alcoolizado.
por i s s o , preciso do carro p a r a
v i s i t a r m e u s clientes. Se e u p e r d e r a
h a b i l i t a ç ã o , terei dificuldades para
trabalhar. Tenho como r e c o r r e r à s
autoridades, para que e u n ã o perca
a m i n h a carteira de h a b i l i t a ç ã o ?
R Não. O Código de Trânsito
Brasileiro determina a perda da
habilitação daquele motorista que for
flagrado dirigindo alcoolizado.
Por se tratar de infração considerada
"gravíssima", o legislador brasileiro
decidiu punir o infrator com a perda da
habilitação, o que também tem caráter
preventivo, já que aquele motorista será
retirado das ruas e, assim, não vai colocar
em risco a sua própria vida e a de
outras pessoas.
A perda da habilitação para dirigir é
determinada por um juiz de direito, no
curso do processo criminal. Como você
terá assegurado o seu direito de defesa,
sempre poderá tentar convencer o
magistrado a não suspender o seu
direito de dirigir.
Multado falando
no c e l u l a r
P A c a b e i de receber u m a m u l t a
de t r â n s i t o por estar, ao m e s m o
tempo, dirigindo e falando n o tele-
fone celular. Como n ã o costumo
f a z e r i s s o , penso que pode ter
havido a l g u m engano. U m colega
de trabalho me disse que, p a r a
e s s a m u l t a ser válida, o g u a r d a
deveria ter me parado e, e n t ã o ,
m e multado. Isso é verdade?
COMO A P E L A R CONTRA MULTAS
Verifique, no verso da notificação, o órgão que aplicou a multa. Cada órgão
autuador tem suo p r ó p r i a Junta Administrativa de Recurso de Infrações
( J a r i ) , onde você deverá i m p e t r a r recurso. Compareça ao local adequado e
preencha o f o r m u l á r i o do recurso contra a multa aplicada.
R Não. A infração de trânsito é
comprovada mediante a decla-
ração da autoridade que lavrar o auto
de infração.
Obviamente, o mais correto seria a
autuação em flagrante do infrator. N o
seu caso, se o agente de trânsito que o
multou tivesse solicitado que você
parasse o carro e anotasse o número de
sua documentação, bem como de seu
veículo, não haveria dúvida de que você
realmente cometera a infração.
Contudo, a legislação de trânsito
brasileira permite que o auto de infração
seja lavrado sem que o motorista precise
ser parado.
Imagine a dificuldade que as
autoridades teriam para aplicar multas
todas as vezes que precisassem solicitar
aos motoristas que parassem seus carros
para serem multados.
Por isso, os agentes de Trânsito têm
fé pública, e aquilo que eles afirmarem
será tido como verdadeiro, a não ser, é
claro, qae você prove que a acusação
é indevida.
De um jeito ou de outro, você poderá
recorrer da aplicação dessa multa, mas
lembre-se de que caso seu recurso seja
indeferido, você será obrigado a pagar a
multa acrescida de juros de mora.
Estacionamento
proibido
P Recebi u m a multa por ter
estacionado o carro sem o
tíquete do estacionamento rotativo.
C o m o não encontrei o fiscal que
deveria ter me vendido o t í q u e t e .
deixei u m bilhete no carro em que você estacionou o carro, porém
explicando a s i t u a ç ã o , o que n ã o as chances de ter seu recurso deferido
impediu que eu fosse multada. são pequenas.
A i n d a a s s i m terei de pagar a multa?

R Sim. Você não pode estacionar o

carro nas vagas destinadas ao
estadonamento rotativo sem o tíquete.
O fato de não ter encontrado o fiscal
ou de esse fiscal alegar estar sem o talão
de tíquetes não ihe dá o direito de
estacionar o cano sem apresentar o
tíquete de estacionamento.
Certamente, você tem o direito de
entrar com u m recurso no órgão
competente (ver o quadro de apelação de
multas, abaixo), pedindo que a multa seja
cancelada sob o argumento de que o
fiscal que deveria ter lhe vendido o
tíquete não estava no local no momento
EVITANDO MULTAS POR
ESTACIONAMENTO
PROIBIDO
C a r r o rebocado
P E s t a c i o n e i o carro no estacio-
namento de u m supermercado
e fui ao banco que ficava do outro
lado da r u a . Q u a n d o voltei, u m a
h o r a depois, m e u carro h a v i a
sido rebocado e e u t e r e i de pagar
a s taxas do reboque e a diária
do carro no d e p ó s i t o . I s s o
e s t á correto?
R Não. Os estacionamentos de
supermercados e de outros
estabelecimentos comerciais constituem
propriedades privadas, cujas regras são
impostas pelo proprietário
Contudo, o fato de u m motorista
deixar seu carro estadonado ali, embora

« Ao estacionar o c a r r o na
rua, fique atento às placas de
estacionamento proibido e
privativo (vagas especiais para
carros de autoridades públicas,
deficientes físicos, veículos de
carga e descarga, moradores
e desembarque).
• Não estacione e m frente à porto
de garagens, ainda que apenas
uma parte do c a r r o esteia
obstruindo a passagem.
• Não estacione e m curvas ou
sobre a faixa de pedestres.
• Estacione bem rente à calçada
e nunco sobre ela.
• Fique atento à f a i x a amarela
que pode estar pintada na
calçada. Se esse for o caso, o
estacionamento ao longo da f a i x a
pode ser proibido.
• Não esqueça de apresentar o
tíquete do estacionamento rotativo
no painel do c a r r o , quando for
o caso.
 não pretenda sequer entrar no
estabelecimento comercial que tem a
posse do estacionamento, não autoriza o
reboque do carro, a não ser, é claro, que
este esteja obstruindo uma passagem ou
causando qualquer outro inconveniente.
O máximo que o proprietário poderá
fazer é exigir que o motorista pague uma
tarifa de estacionamento, e, caso ele se
recuse a pagar tal tarifa, não será
permitido ao proprietário do
estacionamento impedir a saída do carro.
Para cobrar a tarifa do estacionamento
que não foi paga, o proprietário do
estacionamento particular será obrigado
a recorrer à Justiça.
Mas cuidado: se você se recusar a
pagar pelo estacionamento, o
proprietário poderá chamar a polícia, o
que lhe causará u m problema.
Portanto, se fizer uso de
estacionamento particular, certifique-se
de que você concorda com as tarifas
cobradas e pague-as.
PRONTO/ CONSEGUI
ARRUMAR UMA VAGA/
P L A N O Ofc A t y A O
1 Certifique-se de que o seu c a r r o foi,
realmente, rebocado e por quem. É
pouco provável que o reboque tenha
sido feito por órgão de autoridade
pública, u m a vez que tal reboque não
está amparado pela l e i .
2 Se o carro realmente foi rebocado,
diriia-se ao depósito p a r a onde ele foi
levado e pergunte sobre a razão do
reboque, bem como sobre o
procedimento que você deve a t o l a r
para liberá-lo.
3 Se você for obrigado a pagar pela
taxa de reboque e depósito, peça u m
recibo e consulte um advogado sobre
a possibilidade de e n t r a r com u m a
ação de reparação de danos contra
o proprietário do estacionamento.
Estacionamento
rotativo
P Estacionei o carro n u m
estacionamento rotativo onde o
período m á x i m o de p e r m a n ê n c i a
era de duas horas. Q u a n d o voltei,
u m a hora depois, n ã o conseguia dar
a partida no carro. Por isso, deixei
u m bilhete preso ao painel e fui
procurar u m m e c â n i c o . Quando
cheguei ao estacionamento com o
m e c â n i c o , pouco m a i s de uma hora
depois, o carro havia sido rebocado.
M e u carro poderia, realmente,
ter sido rebocado?
R Provavelmente. Se você estivesse
no estacionamento no momento em
que o carro estava sendo rebocado, po-
deria ter tentado convencer o fiscal de não
rebocá-lo, embora as chances de evitar o
reboque talvez tivessem sido pequenas.
Lembre-se de que é da essência desse
tipo de estacionamento a rotatividade, e
u m ca"ro enguiçado impede que outros
estacionem ali. Não importa a rczão
 de você não ter retirado o carro da vaga
no momento oportuno, o reboque
poderia ter sido realizado. O que não
quer dizer que você não possa entrar
com u m recurso, para que a multa
aplicada seja cancelada.
Batida no shopping
P
M e u carro foi batido, e n -
quanto estava no e s t a c i o n a -
mento de u m shopping. O admi-
nistrador do estacionamento se
recusa a pagar pelo meu prejuízo.
E l e pode fazer isso?
R Xão. N o momento em que
você deixa o carro sob a respon-
sabilidade de um estacionamento
rotativo particalar, o proprietário deste
assume a posição de depositário do seu
carro e, por isso, torna-se responsável
por qualquer dano causado a qualquer
automóvel lá estacionado, pouco
importando que o dano tenha sido
provocado por terceiros.
Ainda que no tíquete de
estadonamento esteja escrito que
qualquer dano provocado no veículo
não será de responsabilidade do
estacionamento, tal estipulação
não será considerada válida.
AVISO
Sob hipótese alguma retire o carro do
estadonamento antes de ter sido
inspecionado pela perícia, ainda que a
administração do estacionamento diga
que vai assumir o dano.
F u r t o no s u p e r m e r c a d o
Vj Há d u a s s e m a n a s , tive o
* meu carro furtado dentro
d o e s t a c i o n a m e n t o de u m s u p e r -
mercado. Infelizmente, eu n ã o
p o s s u í a s e g u r o de a u t o m ó v e i s e
q u a n d o fui r e c l a m a r c o m a
R E S P O N S A B I L I D A D E DO
ESTACIONAMENTO PARTICULAR
Ainda que o motorista receba um tíquete em cuio verso esteia
escrito que a a d m i n i s t r a ç ã o do estacionamento não se
responsabilizará por furtos ou danos causados aos veículos
nele estacionados, a administração é, s i m , responsável pelos
donos suportados pelo p r o p r i e t á r i o do veículo.
Trata-se de uma relação de consumo, em que caberá à
administração do estacionamento provar que o dano não
acorreu em suas dependências.
Ainda que o dano tenha sido causado por terceiros, o
proprietário do veículo terá direito a uma indenização
proporcional ao preiuízo que lhe foi causado.
Por sua vez, a a d m i n i s t r a ç ã o do estacionamento poderá
ajuizar uma ação contra o real causador do dano, para que
seia ressarcida dos gastos com a reparação do automóvel.
a d m i n i s t r a ç ã o do estacionamento
onde m e u carro foi furtado, eles
m e d i s s e r a m que n ã o e r a m
r e s p o n s á v e i s pelo acontecido e que
n ã o m e deviam q u a l q u e r tipo de
i n d e n i z a ç ã o . E l e s podem s e r
r e s p o n s a b i l i z a d o s pelo o c o r r i d o ?
R Provavelmente, sim. N o momento
em que deixa seu carro n u m esta-
cionamento particular, neste caso no
estadonamento de u m estabeledmento
comercial, a administração desse
estacionamento assume a posição de
guardiã ou depos.tária do automóvel.
Por isso, se você recebeu u m tíquete no
m o m e n t o em que estacionou o carro, a
administração do estacionamento
assumiu o dever e a responsabilidade de
guardar, em segurança, o seu automóvel,
enquanto você fazia as compras
n o supermercado.
O estabelecimento comercial oferece
o estacionamento para a maior
comodidade e conforto de seus clientes,
que deixam seus carros ali estacionados
enquanto estão fazendo suas compras.
Portanto, a administração do
r estacionamento - que pode não estar
viiii ul.id,' .i« • supeiineri ;ulo é, s i m .
responsável peius uanos causados ao seu
carro, inclusive o furto.
Lembre-se de que a prova do contrato
de guarda ou de depósito é justamente
o tíquete do estacionamento que você
recebe logo na entrada.
Mais razão ainda você terá em pedir
uma indenização à administração do
estacionamento na hipótese de ter
pago para estacionar ali.
AVISO
Procure guardar o tíquete do
estacionamento todas as vezes que deixar
o carro n u m estacionamento particular.
Esse tíquete é a prova ma.s eficaz de que
você realmente celebrou u m contrato de
depósito ou guarda de seu veículo com a
administração do estacionamento.
M u l t a e m dia
permitido
P M o r o na G r a n d e S ã o P a u l o e
recebi uma multa por ter usado
o carro no dia proibido pela política
de revezamento. Tal multa, p o r é m ,
foi aplicada em r e l a ç ã o ao dia em
que e u poderia u s a r o carro. Terei
de a r c a r com e s s a multa?
R Não. Você poderá interpor u m
recurso pedindo o cancelamento da
multa, mas para isso terá de provar que
ela foi aplicada no dia em que estava
permitida a circulação de seu veículo.
Pode ser que tenha havido algum erro
no momento da emissão da multa e você
tenha sido multado por engano. Pode
ser, ainda, que a placa de seu carro esteja
clonada, e que esteja sendo utilizada
por outro automóvel.
Deficiente multado
P S o u deficiente físico, o que me
garante estacionar e m vagas
e s p e c í f i c a s . M a s quando estacionei
em frente a u m banco, descobri n a
volta que t i n h a sido multado. Tenho
de pagar por essa multa?
R Sim. A condição de deficiente físico
não garante o direito de estacionar
em locais proibidos.
Portanto, se, realmente, o estaciona-
mento em frente ao banco, ou em qual-
quer outro lugar, era proibido, o fato de
você ser deficiente físico não o isenta de
ser multado.
A condição de deficiênda física
não garante o estacionamento em
local proibido, mas, sim, u m número
específico de vagas, não apenas em
estacionamentos públicos, mas também
em estacionamentos particulares, onde
tais vagas devem ser próximas à entrada
dos prédios onde se encontrem tais
estacionamentos.
AVISO
Motoristas portadores de deficiênda
física ou aqueles motoristas que
conduzem deficientes físicos devem ter
no seu carro o adesivo que indica tal
condição, de maneira a garantir o
estacionamento nas vagas privativas de
deficientes físicos. Caso contrário, se
sujeitarão a ser multados, podendo,
inclusive, ter o carro rebocado.
Oficina mecânica
P E s t o u contestando o valor que
me foi cobrado pelo conserto de
meu carro por u m a oficina m e c â n i c a ,
e essa oficina se recusa a liberar o
veículo a t é que e u pague o total da
dívida. E l e s podem fazer isso?
R Provavelmente. A retenção de seu
carro é a garantia que a oficira
mecânica tem de que você irá efetuar
o pagamento do serviço prestado.
Você deve perguntar ao encarregado
do conserto sobre o serdço realizado
no seu carro.
 Pergunte sobre o valor das peças utili-
zadas e sobre o valor da mão-de-obra
empregada no reparo do automóvel.
Tente negociar um desconto ou mesmo
uma forma de pagamento mais favorável.
Caso tal negociação não atenda a seus
interesses, o mel f o r a fazer é oagar a
conta e contestá-la na Justiça.
P L A N O D E AÇÃO
1 Pague a conto e peça umo nota
fiscal discriminonda o serviço
prestado, bem como as peças que
tenham sido substituídas.
2 Entre em contato com o gerente da
oficina mecânico, explique o ocorrido
e tente fazer u m acordo com ele.
3 Caso ele insista no valor cobrado e
você ainda discorde, o melhor a fazer
será consultar um advogado sobre a
possibilidade de entrar com uma ação
para que você possa contestar o valor
cobrado e pago pelo conserto.
4 Tenha em mente que o custo de uma
ação judicial pode ser mais alto do que
o valor referente ao conserto do c a r r o ,
iá que seu pedido pode ser considerado
improcedente e ai você terá de arcar
com custas judiciais, honorários
advocalícios de ambas as partes, além
do valor do conserto que já pagou.
AVISO
Antes de autoriza: o conserto do seu
carro numa oficina mecânica, peça u m
orçamento em que estejam discriminados
os serviços que serão prestados, bem
como as peças que serão trocadas. Caso
você não concorde com O valor cobrado,
ou se achar determinado procedimento
desnecessário, não autorize o conserto.
COMO E V I T A R D I S P U T A S
COM O F I C I N A S MECÂNICAS
• A o levar o carro a uma oficina mecânica, certifique-se de
que tal oficina goza de boa reputação no mercado. Peça
referências a conhecidos.
• Converse com o gerente e explique o que está
acontecendo com o seu carro.
• Peça u m orçamento detalhado e não esqueça de
perguntar sobre as condições de pagamento e o tempo
estimado para a conclusão do serviço.
• Compare orçamentos. Leve o c a r r o a mais de uma oficina
mecânica e escolha aquela que oferecer as melhores
condições de serviço, de pagamento e o melhor preço.
• Escolhida a oficina, peça ao encarregado do serviço que
guarde as peças que forem trocadas em seu carro para que
você possa ter mais uma garantia de que o conserto era
mesmo necessário.
• Quando for buscar o c a r r o , confira se o serviço dis-
c r i m i n a d o na nota fiscal foi mesmo realizado. Caso você
tenha olguma dúvida, entre em contato com o gerente.
Conserto malfeito
P Recentemente, deixei m e u carro
n u m a oficina m e c â n i c a . U m a
s e m a n a depois, o a u t o m ó v e l
c o m e ç o u a apresentar os m e s m o s
p r o b l e m a s e precisei l e v á - l o a outra
o f i c i n a , onde fui informado de que
o c a r r o n ã o h a v i a s i d o consertado
pela primeira. Quero meu dinheiro
de v o l t a , m a s a p r i m e i r a oficina
m e c â n i c a a l e g a ter feito o conserto
e que não pode ser r e s p o n s a b i l i z a d a
pelo p r o b l e m a . E l e s t ê m r a z ã o ?
R Não. Mas tenco em vista que a
oficina não quer assumir a
responsabilidade pelo conserto que não
resolveu o problema de seu automóvel, é
provável que você tenha de recorrer à
Justiça para receber seu dinheiro de volta.
Em se tratando de relação de consumo,
cabe ao prestador do serviço, nesse caso
à oficina mecânica, a prova de que o
automóvel foi consertado e que deixou o
estabelecimento otn perfeitas < ondiçoON
 Pergunte sobre o valor das peças utili-
zadas e sobre o valor da mão-de-obra
err pregada no reparo do automóvel.
Tente negociar u m desconto ou mesmo
uma forma de pagamento mais favorável.
Caso tal negociação não a:enda a seus
interesses, o melhor a fazer é pagar a
conta e contestá-la na Justiça.
P L A N O D E AÇÃO
1 Pague a conta e peça uma nota
fiscal discriminando o serviço
prestado, bem como as peças que
tenham sido substituídas.
2 Entre e m contato com o gerente da
oficina mecânica, explique o ocorrido
e tente fazer u m acordo c o m ele.
3 Caso ele insista no valor cobrado e
você ainda discorde, o melhor a fazer
será consultar um advogado sobre a
possibilidade de entrar com uma ação
para que você possa contestar o valor
cobrado e pago pelo conserto.
4 Tenha e m mente que o custo de uma
ação iudicial pode ser mais alto do que
o valor referente ao conserto do c a r r o ,
iá que seu pedido pode ser considerado
improcedente e aí você tera de arcar
com custas judiciais, honorários
advocaticios de ambas as partes, além
do valor do conserto que i á pagou.
AVISO
Antes de autorizar o conserte d o seu
carro numa oficina mecânica, peça u m
orçamento em que estejam discriminados
os serviços que serão prestados, bem
como as peças que serão trocadas. Caso
você não concorde com o valor cobrado,
ou se achar determinado procedimento
desnecessário, não autorize o conserto.
COMO E V I T A R DISPUTAS
COM OFICINAS MECÂNICAS
• Ao levar o c a r r o a uma oficina mecânica, certifique-se de
que tal oficina goza de boa reputação no mercado. Peça
referências a conhecidos.
• Converse com o gerente e explique o que está
ocontecendo c o m o seu c a r r o .
• Peça u m orçamento detalhado e não esqueça de
perguntar sobre as condições de pagamento e o tempo
estimado para a conclusão do serviço.
• Compare orçamentos. Leve o c a r r o a mais de uma oficina
mecânica e escolha aquela que oferecer as melhores
condições de serviço, de pagamento e o melhor preço.
• Escolhida a oficina, peça ao encarregado do serviço que
guarde as peças que forem trocadas em seu c a r r o para que
você possa ter mais uma garantia de que o conserto era
mesmo necessário.
• Quando for buscar o c a r r o , confira se o serviço dis-
c r i m i n a d o na nota fiscal foi mesmo realizado. Caso você
tenha alguma dúvida, entre em contato com o gerente.
C o n s e r t o malfeito
P R e c e n t e m e n t e , deixei m e u carro
n u m a oficina m e c â n i c a . U m a
semana depois, o automóvel
c o m e ç o u a a p r e s e n t a r os mesmos
p r o b l e m a s e precisei levá-lo a o u t r a
o f i c i n a , o n d e fui informado de que
o carro n ã o h a v i a sido consertado
p e l a p r i m e i r a . Q u e r o meu dinheiro
d e v o l t a , m a s a primeira oficina
m e c â n i c a a l e g a ter feito o conserto
e que n ã o pode s e r responsabilizada
pelo problema. Eles têm razão?
R Não. Mas tendo em vista que a
oficina não quer assumir a
responsabilidade pelo conserto que não
resolveu o problema de seu automóvel, é
provável q u e você tenha de recorrer à
Justiça para receber seu dinheiro de volta.
Em se t r a t a n d o de relação de consumo,
cabe ao prestador do serviço, nesse caso
à oficina mecânica, a prova de que o
a u t o m ó v e l foi consertado e que deixou o
• •si.iliciet iineiihi em perfeilas m n d l ç o r s
 N o caso de o prestador de serviço nao
conseguir provar e m juízo que o seu
carro foi efetivamente consertado, ele
será condenado a devolver o valor que
você pagou pelo conserto, acrescido de
juros e correção monetária.
Cobrança indevida
P D e i x e i o carro na
c o n c e s s i o n á r i a para que
passasse por u m a r e v i s ã o . A u t o r i z e i
a s u b s t i t u i ç ã o de p e ç a s que
estivessem desgastadas. Q u a n d o fui
b u s c a r o carro, recebi u m a nota
fiscal com a d e s c r i ç ã o e o valor do
serviço. P o r é m , a l g u m a s p e ç a s , que
constam da nota como trocadas, n ã o
foram s u b s t i t u í d a s . E l e s podem me
cobrar por i s s o ?
R Não. Leve o cano de volta à conces-
sionária e peça ao gerente que apon-
te, em seu cano, as peças substituídas.
É comum as concessionárias com boa
reputação no mercado guardarem as
peças substituídas, para mostrar ao
cliente. Pergunte a razão de isso não ter
sido feito pela concessionária que con-
sertou o carro, se esse for mesmo o caso.
Se as peças não foram, de fato, substi-
tuídas, é provável que o gerente se
prontifique a fazê-lo.
Do contrario, você terá de consultar
um advogado sobre a possibilidade de
ajuizar uma ação de reparação de danos
contra a concessionária.
P L A N O D E AÇÃO
1 Entre em contato com o gerente
da concessionária onde a revisão de
seu carro foi feita e converse sobre
o que aconteceu. Se você estiver
lidando com uma concessionária
que tenha um bom nome no mercado,
é provável que o gerente assuma o
erro e determine que as peças seiam
trocadas, se for necessário, ou deduza
do valor final da nota fiscal o valor
das peças nao substituídas e, lambem,
do serviço que não foi prestado.
2 Se a concessionária não assumir
sua responsabilidade, você terá de
recorrer a um advogado, para que ele
entre com uma ação de reparação de
danos, de modo que a concessionária
seja condenada a lhe restituir o valor
cobrado indevidamente.
3 É provável que seu carro tenha de
ser submetido a uma perícia para que
se possa confirmar que as peças pagas
não foram trocadas, ao contrário do
que afirma a concessionária.
Dano por á r v o r e
P E s t a c i o n e i o carro p r ó x i m o a
u m a pracinha e fui trabalhar.
C a í a u m a tempestade e as r u a s fica-
ram alagadas. Quando cheguei ao
m e u carro, havia u m a á r v o r e caída
sobre ele e a á g u a da c h u v a t i n i u
invadido o s e u interior. M e u carro
foi rebocado para u m a oficina m e -
c â n i c a , onde fui informada de que o
motor tinha sido irremediavelmente
danificado, bem como a estrutura
do carro. Q u a n d o informei à
seguradora o ocorrido, eles me
d i s s e r a m que o seguro n ã o cobria a
perda total do veículo c a u s a d a por
fato da natureza. E l e s t ê m r a z ã o ?
R Provavelmente, sim. Mas tudo vai
depender daquilo que ficou
acertado no seu contrato de seguro.
Se você concordou que a perda total do
seu automóvel em razão de fato da natu
reza. como alagamentos ou queda em
buracos, não estava coberta pelo seguro,
você não poderá exigir a indenização
da seguradora.
É comum que as seguradoras
coloquem no contrato de seguro uma
cláusula de exclusão de responsabilidade
em casos como esse.
 A única alternativa, nesse caso, é tentar
responsabilizar o município ou o estado,
conforme o caso, para que você possa ser
indenizado pelo prejuízo em razão da
perda total do veículo.
Se este for o seu único recurso, saiba
que terá de enfrentar uma longa batalha
pela frente. Ainda que você ganhe a ação,
provavelmente terá de aguardar alguns
anos para receber a indenização.
Por essa razão, o melhor a fazer n o
momento de contratar um seguro para o
seu automóvel é certificar-se de que tal
contrato inclui a possibilidade de perda
total do veículo causada por evento da
natureza ou caso de força maior.
Conserto em pneus
Arranhão em l a v a a iato
P M e u carro ficou bastante
a r r a n h a d o a p ó s ter sido lavado
n u m posto de gasolina que se
recusa a pagar pelo m e u p r e j u í z o .
E l e s podem fazer i s s o ?
R Não. Ainda que o posto de gasolina
tenha informado que não se res-
ponsabilizaria por eventuais danos cau-
sado ao cliente em razão da lavagem, o
cliente tem o direito a u m serviço eficiente
que não cause qualquer dano ao veículo.
No seu caso, os arranhões provocados
no carro certamente representam um
prejuízo econômico pelo qual o posto de
gasolina deve responder.
Portanto, se você tiver como provar que

P
os arranhões, realmente, foram
Fiz u m a viagem com meu provocados durante a lavagem do carro,
carro por ama estrada que o posto de gasolina será obrigado a arcar
estava em p é s s i m a s condições d e com o conserto.
uso, embora tenha pago p e d á g i o É provável que você tenha de recorrer
para ali trafegar. A s rodas e os à Jusbça. Para isso, deverá consultar um
pneus do m e u carro sofreram d a n o s advogado sobre a viabilidade de ajuizar
e precisaram s e r substituídos. essa ação.
A concessionária responsável pela
m a n u t e n ç ã o d a estrada s e r e c u s a O QU&? LHE VENDERAM GATO
a reembolsar m e u prejuízo. POR LEBRE? UM MOMENTíNHO,
Ela pode f a z e r isso? VOU PASSAR PRO NOSSO
ESPEC (ALISTA/
R Não. A concessionária responsável
pela exploração de rodovias é t a m -
bém responsável pela manutenção delas.
Pbr isso a concessionária não pode se
recusar a lhe reembolsar a quantia que
você pagou pelo conserto das rodas e dos
pneus do seu cano.
Entretanto, você terá de provar que
o dano no carro foi causado enquanto
trafegava por essa estrada.
T a x a pelo seguro meu a u t o m ó v e l r e c é m - a d q u i r i d o
e, a p ó s p r e e n c h e r o f o r m u l á r i o da

P M e u carro sofreu graves danos

ao colidir com outro automóvel,
cujo motorista fugiu sem arcar com
a responsabilidade Não tive outra
alternativa senão solicitar que a mi-
n h a própria seguradora pagasse pelo
conserto. A seguradora quer me co-
brar u m a taxa por eu estar solici-
tando o prêmio, pois, embora eu não
seja o responsável pelo acidente, sou
eu q u e m está requerendo a indeni-
z a ç ã o . E l e s podem fazer isso?
s e g u r a d o r a , f u i informada de que
teria direito a u m b ô n u s , já que
nunca tive p r o b l e m a s com m e u
antigo c a r r o . E s s e b ô n u s me
g a r a n t i u u m desconto no valor
do s e g u r o que e u j á paguei. N a
s e m a n a p a s s a d a , m e u carro foi
roubado. E n t r e i e m contato com
a s e g u r a d o r a para saber que
procedimento a d o t a r para receber
a i n d e n i z a ç ã o e fui informada de
que n ã o t e r i a direito a qualquer
i n d e n i z a ç ã o , pois eu n ã o t i n h a

R Provavelmente, sim. Se do contrato

que você assinou com a seguradora
constava uma cláusula sobre o paga-
direito ao b ô n u s que me foi c o n -
cedido. E l e s podem fazer i s s o ?

mento de taxa ao requerer uma ndeni-

zação, eles, obviamente, poderão lhe
cobrar tal taxa.
As cláusulas cessa natureza têm o
objetivo de desencorajar o segurado de
pedir 0 pagamento do prêmio.
Se você decidir ir a juízo para contestar a
validade de tal cláusula, as chances de sair
vencedor num processo como esse são
pequenas, tendo em vista que, teorica-
mente, você concordou com essa cláusula,
no momento em que assinou o contrato.
E r r o de seguradora
R Não. Tendo em vista que você iá
pagou pelo seguro nas condições
que a seguradora determinou, você :em
direito a receber o prêmio - indenização
- pela ocorrência do sinistro, isto é, Delo
roubo de seu cano.
Se você não tinha direito ao bônus, a
seguradora não deveria tê-lo concedido.
Já que o fez, determinando o valor do
seguro, e que já recebeu esse valor, ela
não pode se negar a indenizá-la p e b
roubo de seu carro.
Na pior das hipóteses, a seguradora
poderá cobrar a diferença entre o valor
que você deveria ter pago e o valor que
efetivamente pagou.

P F i z um seguro contra
acidentes, roubos e furto do
Essa diferença deve vir descontada da
indenização que a seguradora acordou

V E R I F I Q U E O CONSERTO D O S E U CARRO

Se o seu carro esteve envolvido em algum acidente e você o levou a uma

oficina mecânica para que fosse consertado, certifique-se de que:
• O capo, o porta-malas e as portas esteiam abrindo normalmente.
• A instalação elétrica, também, esteia em boas condições.
• A lataria do corro esteie como você queria; verifique a pintura, amassados
e protetores do carro, como, por exemplo, o pára-choque.
Caso você identifique problemas com o carro que d e v e r i a m ter sido
consertados, mos que nõo foram, nõo aceite receber o veículo de volta, ainda
que a oficina mecânica se comprometa a consertá-lo em outro momento.
 com você no momento em que cele-
braram o contrato de seguro.
Contudo, caso você tenha omitido infor-
mações com o objetivo de conseguir uma
apólice de seguro mais favorável, e a
seguradora consiga provar sua má-fé no
momento da contratação, ela não será
obrigada a lhe pagar a indenização.
E evidente que o valor que você pagou
deverá ser restituído, do contrário a se-
guradora estaria sendo paga para nada.
P L A N O D E AÇÃO
1 A p r i m e i r a coisa que você deve
fazer ao ter seu carro roubado é se
d i r i g i r à delegacia mais p r ó x i m a e
r e g i s t r a r o ocorrido. A seguradora vai
exigir o boletim de ocorrência da
delegacia para indenizá-lo.
2 E n t r e em contato com a seguradora
e peça informações sobre o
procedimento que deve ser adotado
para requerer a indenização.
3 Caso a seguradora se recuse a pagar
a indenização, pergunte a razão da
recusa e tente negociar. Se u m acordo
amigável não for possível, r e c o r r a a
um advogado e pergunte sobre a
viabilidade de uma ação de cobrança,
para que você consiga a indenização
pelo roubo do c a r r o .
C a r r o roubado x
seguradora
P Q u a n d o contratei o seguro do
meu a u t o m ó v e l , informei à
s e g u r a d o r a , p o r meio do f o r m u -
l á r i o que determina o perfil do
segurado, que não costumo dirigir
meu carro tarde da noite e em
bairros considerados perigosos.
N a semana passada, tive o carro
roubado enquanto ele estava
estacionado n u m a r u a conhecida
pelo crescente n ú m e r o de veículos
roubados. A seguradora se nega
a pagar o p r ê m i o do seguro,
afirmando que eu menti, no m o -
mento da c o n t r a t a ç ã o do seguro.
E l e s podem fazer isso?
R Não. As perguntas que o
contratante responde à seguradora
têm o objetivo de ajudar os especialistas
em seguro a traçar um perfil do
segurado, de modo a estipular cláusulas
contratuais proporcionais ao risco de
ocorrência do sinistro, isto é, o fato que
determinará o pagamento da indeni-
zação, nesse caso, o roubo ou furto.
Isso não quer dizer que o fato de
o segurado ter feito algo que, no
momento da celebração do contrato,
declarou não ter o costume de fazer
implica a perda do direito ao recebi-
mento da indenização.
Por isso, a seguracora está obrigada a
lhe pagar a indenização em razão de
você ter tido o seu carro roubado.

DPVAT - SEGURO OBRIGATÓRIO

; O seguro de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, o DPVAT,
m a i s conhecido como "Seguro O b r i g a t ó r i o " , é o seguro pago pelo proprietário do veículo iunto
: com o licenciamento anual.
: Poucos pessoas sabem para que serve e como funciona esse seguro. Se você foi v í t i m a de
• a l g u m acidente de trânsito, você t e m direito a indenização.
0 pagamento da indenização é feito mediante comprovação do ocidente e dos danos pessoais
dele decorrentes, não importando de auem seia a r n l D a . :

R e t i r a d a da oferta
de emprego
P Aceitei u m a oferta de trabalho.
A n t e s m e s m o de eu começar a
trabalhar, m e u futuro empregador
mudou de idéia. E l e pode fazer isso?
R Provavelmente, sim. O contrato de
trabalho exige que haja livre expres-
são da vontade de cada uma das partes
envolvidas. Se ele não deseja mais
contratá-lo, não pode ser obrigado a fazê-
lo. A situação seria diferente caso você já
estivesse prestando serviços a esse empre-
gador e o contrato de trabalho apenas não
estivesse formalizado. Nesta hipótese,
você teria seu vínculo empregatício
reconhecido pelo tempo em que tra
balhou para o empregador e teria direito a
receber as verbas rescisórias devidas.
Antigo e m p r e g a d o r não
quer d a r referências
P Recebi uma oferta de trabalho,
mas m e u antigo empregador
recusa-se a fornecer uma carta de
r e f e r ê n c i a s . E l e pode fazer isso?
R Sim. Seu empregador anterior
não é obrigado a fornecer carta de
referência porque não existe obrigação
legal nesse caso.
Contrato de trabalho
por escrito
P C o m e c e i a trabalhar há t r ê s
meses, mas m e u empregador
não me d e u qualquer confirmação
escrita sobre m e u emprego. E l e e s t á
agindo de acordo com a lei?
R Não. Seu empregador tem de
anotar na carteira de trabalho
informações sobre seu contrato
imediatamente apus a sua contratação.
0 empregado não pode começar a tra-
balhar sem essas anotações. Onde não
existir órgão emissor regular de expe-
dição de carteiras de trabalha a empresa
deverá fornecer um documento contendo
a respectiva data da contratação, a
natureza d o emprego, o valor do salário e
a forma de pagamento. No seu caso, a
empresa está sujeita c penalidades
administrativas por não ter feito as
anotações. De qualquer forma, sua rela
ção de trabalho (ot vinculo empregatício)
será reconhecida em case de reclamação
perente a Justiça doTraoalho.
Descontos salariais
por quebra de c a i x a
P Trabalho no caixa de uma
grande loja. Minha gerente me
disse, ontem, que houve u m a
d i f e r e n ç a , para menos, de R $ 22.00
no caixa durante o meu turno e que
ela n ã o tem outra escolha s e n ã o
descontar esse valor de meu s a l á r i o .
E l a pode fazer isso?
R Sim. Mas só se houve acordo
prévio quanro a essa eventualidade.
A lei trabalhista prevê que só é possível
existir esse tipo de desconto quando o
empregado causa-dano à empresa ou
quando situações como essa tiverem
sido objeto de acoido prévio.
P L A N O D E AÇÃO
1 Reclame na Comissão de
Conciliação Prévia, se liouver.
2 Acione seu advogado, quando da
rescisão de seu contrate.
3 Se for o caso, você poderá pedir à
empresa que reembolse os desconlos
indevidos feitos em seu salário.

R e t i r a d a d a oferta
de emprego
P Aceitei u m a oferta de trabalho.
A n t e s mesmo de e u c o m e ç a r a
trabalhar, m e u futuro empregador
m u d o u de idéia. E l e pode fazer isso?
R Provavelmente, sim. O contrato de
trabalho exige que haja livre expres-
são da vontade de cada uma das partes
envolvidas. Se ele não deseja mais
contratá-lo, não pode ser obrigado a fazê-
lo. A situação seria diferente caso você já
estivesse prestando serviços a esse empre-
gador e o contrato de trabalho apenas não
estivesse formalizado. Nesta hipótese,
você teria seu vínculo empregatício
reconhecido pelo tempo em que tra-
oalhou para o empregador e teria direito a
receber as verbas rescisórias devidas.
Antigo e m p r e g a d o r não
quer d a r referências
P Recebi u m a oferta de trabalho,
mas m e u antigo empregador
r e c u s a - s e a fornecer u m a carta de
r e f e r ê n c i a s . E l e pode fazer isso?
R Sim. Seu empregador anterior
não é obrigado a fornecer carta de
referência porque não existe obrigação
legal nesse caso.
Contrato de trabalho
por e s c r i t o
P C o m e c e i a trabalhar há t r ê s
m e s e s , m a s meu empregador
n ã o me d e u qualquer c o n f i r m a ç ã o
escrita s o b r e m e u emprego. E l e e s t á
agindo de acordo com a lei?
R Não. Seu empregador tem de
anotar na carteira de trabalho
informações sobre seu contrato
imediatamente apos a sua contratação.
O empregado não pode começar a tra-
balhar sem essas anotações. Onde não
existir órgão emissor regular de expe-
dição de carteiras de trabalho, a empresa
deverá fornecer u m documento contendo
a respectiva data da contratação, a
natureza do emprego, o valor dc salário e
a forma de pagamento. N o seu c aso, a
empresa está sujeita a penalidades
administrativas por não ter feito as
anotações. De qualquer forma, sua rela-
ção de trabalho (ou vinculo empregatício)
será reconhecida em caso de reclamação
perante a Justiça do Trabalho.
Descontos s a l a r i a i s
por quebra de c a i x a
P Trabalho no caixa de uma
grande l o j a . M i n h a gerente me
disse, ontem, que houve uma
diferença, para m e n o s , de R$ 22,00
no caixa durante o m e u turno e que
ela não tem outra escolha senão
descontar esse valor de meu s a l á r i o .
E l a pode fazer i s s o ?
R Sim. Mas só se houve acoido
prévio quanto a essa eventualidade.
A lei trabalhista prevê que só é cossível
existir esse tipo de desconto quando o
empregado causar dano à empresa ou
quando situações como essa tiverem
sido objeto de acordo prévio.
P L A N O D E AÇÃO
1 Reclame na Comissão de
Conciliação Prévia, se houver.
2 Acione seu advogado, quando da
rescisão de seu contrato.
3 Se for o caso, você poderá pedir à
empresa que reembolse os descontos
indevidos feitos em seu salário.
 pleiteando o cargo. De acordo com
Redução s a l a r i a l a Consolidação das Leis dc Trabalho, A QUEM É

P M e u gerente disse que a

empresa teve u m ano muito
difícil e que todos os empregados
é possível alegar justa causa para
resdndir o contrato de trabalho, por
mau procedimento do empregado.
DEVIDO O
SALÁRIO
MÍNIMO
terão de aceitar u m a redução
(No B r a s i l , o direita
salarial para que ela sobreviva.
a recebimento do
Isso e s t á certo? Direito ao salário salário mínimo

R
mínimo é garantia cons-
Sim, mas desde que a carga

P
titucional. Dessa
horária dos empregados seja M e u filho conseguiu u m f o r m a , todo tra-
reduzida. Quando a empresa estiver em emprego em caráter tempo- balhador tem
dificuldades financeiras comprovadas r á r i o n u m a loja. A gerente d i s s e direito a receber
devidas à conjuntura econômica, ela que, por se tratar de emprego por pelo menos o
poderá, temporariamente, reduzir a prazo determinado, p a g a r á a ele u m correspondente ao
valor estipulado
jornada de trabalho ou o número de valor inferior ao do s a l á r i o m í n i m o .
como salário
dias trabalhados, com a correspondente E l a pode fazer isso?
mínimo pelo
redução salarial. As condições para que

R
Governo Federal.
isso ocorra são: terá de ser feito um Não. Seu filho deverá receber
a:ordo com o sindicato da categoria pelo menos o salário mínimo por
profissional., que deverá ser homologado uma jornada de oito horas diárias.
pelo delegado regional do trabalho. Mesmo que ele trabalhe apenas por
Se não houver acordo, o caso será alguns meses, tem o direito ao salário
submetido à Justiça do Trabalho. Tal mínimo legal.
acordo poderá durar três meses, sendo
porrogável em iguais condições se a
situação da emoresa não tiver mudado.
A redução salarial não poderá ser supe- A SENHORA HA... SíM/
rior a 25% do salário contratado, e o é VERSAVA EU PAÇO
salário final não poderá ser inferior ao EM VERSOS
salário mínimo Gerentes e diretores COMPUTADOR? LINDOS
terão de ter remunerações e gratifi- NELEJ
cações reduzidas proporcionalmente.

Declarações f a l s a s
no c u r r í c u l o
P P e n s e i ter c o n t r a t a d o a pessoa
certa p a r a u m c a r g o vago d a
e m p r e s a , m a s descobri q u e m e u
novo empregado falsifk om seu
currículo. Isso é válido?

R Não. Uma vez constatado que as

declarações feitas por ele não são
verdadeiras, o próprio contrato de
trabalho fica comprometido, pois a
ventade do conrratante se baseou em
falsas informações da pesco? qop estava
 O contrato ce trabalho que estabelece
salário inferior ao mínimo não tem qual-
quer valor legal. Ele terá direito a recla-
mar as diferenças entre o salário que re-
cebeu e o valor do salário mínimo legal.
P L A N O D E AÇÃO
1 Procure saber se existe uma
Comissão de Conciliação Prévia
estabelecida para a categoria sindical
a que pertence seu filho. E m caso
positivo, poderá ser feita uma tenta-
tiva de acordo entre ele e a dona da
loia. E s s e acordo, se descumprido,
poderá ser executado judicialmente.
2 E m caso de não existir tal comissão
ou de não se ter obtido o acordo
anteriormente mencionado, apresente,
por meio de um advogado, reclamação
perante a Justiça do Trabalho.
T r a b a l h o aos domingos
P Trabalho n u m a g r a n d e loja
que abre nos fins de s e m a n a .
M e u marido tem folga todos os
domingos. Pedi a meu chefe que
me dispensasse do trabalho nesses
dias e ele se recusou. E l e pode
f a z e r isso?
R Sim. Porém, ele terá de garantir
que você folgue pelo menos uma
vez aos domingos, a cada quatro
semanas. O descanso semanal deve
preferencialmente coincidir com esse
dia da semana. No entanto, para certas
atividades, é permitido o funcionamento
dos estabelecimentos aos domingos.
O comércio é uma dessas atividades.
Nesse caso, o repouso semanal remu-
nerado deverá coincidir com o domingo
pelo menos uma vez a cada quatro
semanas trabalhadas.
Férias para
trabalhadores em
tempo p a r c i a l
P T r a b a l h o e m tempo parcial
como recepcionista n u m a
c o n s t r u t o r a . M i n h a chefe m e d i s s e
que, por i s s o , n ã o posso esperar
receber pagamento e m m i n h a s
férias. E l a e s t á certa?
R Não. ü s trabalhadores em tempo
parcial têm direito a 18 dias de
férias (jornadas de 22 horas a 25 horas
semanais); 16 dias (jornada superiora 20
horas e até 22 horas); 14 dias (jornada
superior a 15 horas e até 20 horas); 10
dias (jornada de 5 horas a 10 horas)
e 8 dias (jornada inferior a 5 horas).
Você não poderá converter nenhum
período de suas férias em abono salarial.
Suas férias não poderão ser parceladas
em dois períodos, e você tem direito a
receber sua remuneração acrescida de 1/3
de seu valor.
Caso seu gerente não lhe conceda
férias, você poderá apresentar reclamação
trabalhista na Justiça do Trabalho com a
ajuda de um advogado.
Direito a férias a n u a i s
P Todos nós, em nosso
departamento, trabalhamos
muito e nem sempre é possível
gozarmos férias anuais. N o s s o chefe
disse que só poderemos t i r a r férias
no a n o que vem. E l e está certo?
R Provavelmente, não. Todo empre-
gado adquire o direito a u m
período de férias remuneradas a cada 12
meses de trabalho prestado. O em-
pregador tem o direito de escolher o
período em que concederá as férias, mas
não poderá ultrapassar os 12 meses que
se seguem ao período em que o
empregado adquiriu o direito às feras.
Caso ultrapasse esse prazo, o empre-
-
gado terá de pagar, em dobro, o valor
das férias ao empregado.
(1 empregado pode perder o direito às
férias dependendo do número de faltas
injustificadas que teve durante os 12
meses de aquisição do direito a elas,
ou em casos de licença por acidente de
traba.ho ou auxílio-doença por mais de
seis meses. Em casos excepcionais, as
férias poderão ser concedidas em dois
períodos, sendo que um deles não pode
ser inferior a dez dias.
Direito ao recibo de
pagamento de salário
CONTRATO D E TRABALHO
0 contrato de t r a b a l h o é o acordo tácito ou expresso
correspondente à r e l a ç ã o de emprego. Pode ser verbal
ou escrito, e ter, ou n ã o , prazo determinado.
No B r a s i l , a c a r t e i r a de trabalho e o inscrição na
Previdência Social são obrigatórias para o exercício de
qualquer e m p r e g o , inclusive os de natureza rural
e doméstica.
O empregador t e m 48 horas p a r a anotar na carteira de
trabalho a data de admissão, a remuneração e as condições
especiais, se houver. O empregador só estará desobrigado
desse prazo se na localidade não existir órgão expedidor da
carteira. Nesse caso, ele t e m de entregar ao trabalhador
um documento em que constem os dados mais importantes
de seu contrato. Devem ser anotados: reajustes salariais,
rescisão de contrato e férias.
Mas atenção: se você trabalhou para alguém com conti-

P M e u chefe me paga em d i n h e i r o
a cada semana, mas se recusa a
me dar uma cópia do recibo de
nuidode e recebeu salário, será considerado empregado pela
Justiça do Trabalho, mesmo que nunca tenha havido anota-
ção em sua carteira profissional. A existência do vínculo
empregatício entre você e seu patrão será reconhecida.
pagamento. E l e pode fazer isso?

R Não. O recibo de pagamento deve

ser emitido por ele com o lança-
mento de todas as verbas pagas e os
descontos efetuados. Deve ser feito e m
duas vias, uma para você e outra para DUAS
seu cnefe. A lei determina que cada MOEDAS
parcela deva ser descriminada com seus DE OURO £
valores específicos. CARTEIRA
ASSINADA/
PLANO D E AÇÃO
1 Peça a m i g a v e l m e n t e a seu chefe
que lhe forneça os recibos, por se NÃO
t r a t a r de u m a obrigação l e g a l . PODEMOS
CONTINUAR
2 E m caso de recusa, p r o c u r e u m advo- NO
gado para que ele possa apresentar MERCADO
uma reclamação t r a b a l h i s t a (se não INFORMAL?*
conseguir u m acordo diante da Comis-
são de Conciliação P r é v i a , se h o u v e r ) .

E m p r e s a não p a g a p o r
serviço p r e s t a d o

P Sou autônomo. Prestei serviços

a uma empresa e eles n ã o me
pagaram. E l e s podem f a z e r isso?
 Não. Se você contratou a prestação
de seus serviços com a empresa
Direito dos e m p r e g a d o s
REGRA DE
OURO em troca de um determinado valor, domésticos
estabeleceu um contrato de prestação de
Sempre exiia a
anotação de seu
>ntrato na carteira
serviços, mesmo que tenha sido apenas
um contrato verbal. A lei garante que
você deve receber pelo serviço prestado.
P Contratei u m a m o ç a para
prestar s e r v i ç o s d o m é s t i c o s .
A s s i n e i a carteira dela e recolhi
de trabalho. Isso Nesse caso, não se trata de reclamação mensalmente sua c o n t r i b u i ç ã o
evitará m u i t a
trabalhista, mas de ação cível perante a previdenciária. Q u a n d o q u i s demiti -
dor de cabeça e
Justiça Comum. Ia, ela exigiu o pagamento de aviso
iroblemas futuros,
f i n a l , é direito seu p r é v i o . E l a tem e s s e direito?
ter registradas, P L A N O D E AÇÃO
)rretamente, todas
as informações
e alterações.
1 Escreva uma carta amigável
de cobrança do débito e tente entrar
em acordo com a empresa para
R Sim. A empregada doméstica tem
direito ao recebimento de aviso
prévio proporcional de, no mínimo, trinra
o pagamento. dias. Você tem duas opções: dar o aviso
prévio e deixá-la trabalhar por trinta dias
2 Se não conseguir receber amigavel- ou demiti-la desde já, indenizando o
mente, peça a seu advogado que entre valor do aviso prévio. Vale lembrar que os
com uma ação de cobrança adequada domésticos também têm direito ao 13 s

ao tipo de contrato existente. salário e férias proporcionais quando ds

rescisão do contrato de trabalho.

Registros pessoais
de e m p r e g a d o s

P
ALGUM &ECAPO, Nossa empresa m a n t é m r e g i s t o
BENZÍNHO? de empregados. Pedi para ver
meu registro e isso me foi negado
sob a alegação de que as informações
eram privilegiadas. E l e s podem
esconder de mim o m e u registro?

R Não. Não há por que ocultá-lo di

você. Não pode haver ali qualquf
informação privilegiada. O registro de
empregados é obrigatório e deve ser
preenchido no momento em que o
empregado é contratado, devendo ser
sempre atualizado pelo empregador.
Nele devem constar sua identificação,
o número de sua carteira de trabalho,
concessão de férias, entre outros. O
empregador é responsável por qualqui
informação falsa que for feita em seu
registro. Ele não pode fazer qualquer
anotação em sua carteira que abone a
desabone sua conduta, o que acarretai
inutilização da carteira e aplicação de
 HORÁRIO D E T R A B A L H O , D E S C A N S O S , I N T E R V A L O S E
Jornada de trabalho
A jornada m á x i m a de trabalho é de oito horas
diárias e 44 horas semanais, com o limite mensal
de 220 horas. O empregador é livre para ajustar
c o m a trabalhador a jornada diária a ser traba-
lhada. É possível pactuar uma jornada inferior c o m
pagamento proporcional às horas trabalhadas.
Horas extras
As horas suplementares extraordinárias, no
m á x i m o de duas diárias, deverão ser remuneradas
c o m um adicional de pelo menos 50% em relação
ao valor da hora normal contratada. O percentual
pode ser maior que 50% se assim determinar a
convenção coletiva da categoria profissional.
Se a prorrogação da iornada de trabalho for
habitual, deverá ser feito u m acordo individual de
prorrogação do horário de trabalho, e m duas vias,
uma para o empregado e outra para o empregador.
Trabalho noturno
É o trabalho realizado no período que se estende
das 22 horas de um dia até às 5 horas do dia
seguime, cabendo nesse caso um adicional de 20%
sobre o valor da hora n o r m a l .
Descanso
E n t r e duas jornadas de t r a b a h o , o empregado
deve ter um período de descanso de, no m í n i m o ,
onze horas consecutivas.
multa. A ausência de anotação poderá vir
a acarretar a rescisão de seu contrato de
trabalho por culpa do empregador.
Você poderá apresentar reclamação
trabalhista exigindo as anotações em sua
carteira de trabalho e e m seu registro de
empregados, caso constate que há neles
incorreções que não sejam corrigidas
espontaneamente pelo seu empregador.
C o m o lidar c o m
assédio s e x u a l
P M e u supervisor vive contando
piadas de m a u gosto e continua
a f a z e r gracejos de c o n o t a ç ã o s e x u a l ,
FÉRIAS
Intervalos
Se você t r a b a l h a mais de seis horas, é obrigatória
a concessão de u m intervalo para repouso e
alimentação de, no m í n i m o , uma hora, e que não
poderá exceder duas horas. Esse horário mínimo
só pode ser reduzido por acordo coletwo e com
a autorização do delegado regional do trabalho.
Se sua jornada for entre quatro e seis horas, seu
intervalo será de quinze minutos, e ccso seu horá-
rio seia inferior a quatro horas, não é obrigatória
a concessão de repouso.
Férias
Você adquire direito a férias depois de
transcorridos doze meses de vigência :Jo contrato d
trabalho. As férias deverão ser concecidas nos dozi
meses que se seguem à aquisição do direito de
gozar férias, sob pena de serem pagas e m dobro.
mesmo depois de eu ter reclamado.
H á algo que eu possa fazer para
impedir esse tipo de atitude?
R Sim. O comportamento do seu
supervisor pode ser classificado
como assédio. Em primeiro lugar, você
deve procurar O superior hierárquico
desse supervisor e queixar-se de seu
comportamento, cabendo àquele tomar
as medidas disciplinares cabíveis.
I )s juizes trabalhistas entendem que
o assédio sexual, dependendo dos fatos
envolvidos em cada caso, pode ser
enquadrado nas hipóteses de: serviços
contrários aos bons costumes ou alheios
r<n rnntTatn atentado lesivo à honra ou
até ofensa física. Fbrém, é preciso avaliar a
gravidade das ofensas, porque somente
uma conduta grave e que não possa ser
resolvida de outra forma disciplinar pelo
empregador levará a esse tipo de rescisão.
É bom lembrar que você terá de ter provas
das condutas ofensivas à sua pessoa.
P L A N O D E AÇÃO
1 Leve os fatos ao conhecimento
do chefe do seu supervisor para que
ele tome as medidas necessárias.
2 Consulte um advogado para juntos
a v a l i a r e m a possibilidade de uma ação
trabalhista visando a reconhecer a
rescisão indireta e receber as
correspondentes verbas rescisórias.
3 E m caso de uma avaliação positiva,
seu advogado levará a questão à
Comissão de Conciliação P r é v i a , se
houver. Se não for feito nenhum
acordo, ele poderá apresentar uma
reclamação à Justiça do Trabalho.
Pagamento igual por
trabalho igual
P M i n h a irmã descobriu que
recebe muito m e n o s do que um
colega de trabalho que r e a l i z a as
m e s m a s tarefas que e l a . E l a pode
r e c l a m a r por pagamento i g u a l ?
R A princípio, sim. Mas é preciso
examinar se, no caso específico de
sua irmã, todos os requisitos para a
existência da equiparação salarial, ou
seja, para 0 pagamento do mesmo salário
para ambos, estão presentes. Há
requisitos para que essa equiparação seja
reconhecida judicialmente. É necessário
que ambos realizem trabalhos idênbcos
(e não parecidos), que trabalhem para o
mesmo empregador, no mesmo local e
que tenham o mesmo tempo de exercício
da função. Há outros fatores, previstos
em lei. que podem afastar a possibi-
lidade de equiparação: diferença de
perfeição técnica na realização do tra -
balho, diferença de produtividade e n - tre
ambos, diferença de tempo de serviç=*) n j
função não superior a dois anos e exrris-
tência de quadro de carreira na emprrresa
(corn promoções alternadas por m e r e -
cimento e antigüidade). Como você ^ > de
ver, é uma questão que deve ser anadft-
sada em detalhes por um advogado, para
saber se é possível pleitear essa equi ope-
ração perante a Justiça do Trabalho.
Muito velho para
uma entrevista?
P T e n h o 55 anos e estou à p r o -
cura de emprego. I n t e r e s s e ã - m e
por u m a oferta de trabalho q u e vi
num anúncio, e para o qual e s t o u
bem qualificado, m a s e l e s q u e n e m
profissionais r e c é m - f o r m a d o s . E l e s
podem fazer essa e x i g ê n c i a ?
R Sim. As empresas podem escolher o
perfil do profissional que q u e r e m
contratar. Aparentemente, quando
pedem profissionais recém-graduadcs,
querem pagar menores salários ou
pretendem moldar os profissionais a o
esdlo da empresa. Você, com sua
experiência, não é o profissional talhado
para esses fins. As vezes, experiênc i a
demais gera frustração se você ocupa um
cargo aquém de suas possibilidades. De
qualquer forma, é a empresa que decide
quem vai contratar, embora não possa
publicar anúncio no qual haja referência
à idade, exceto quando se tratar de
atividade que assim o exija.
Discriminação
P M e u chefe s ó oferece c a r g o s
superiores p a r a p e s s o a s com
m e n o s de trinta a n o s e que p o s s a m
t r a b a l h a r em h o r á r i o flexível. D e s s a
forma, ele e s t á excluindo a m i m e
outra colega, uma vez que temos
laços familiares e não podemos
trabalhar em h o r á r i o flexível.
Isso é permitido?
como: qualificação, tempo de serviço,
e se há quadro de carreira estabe-
lecido. Seu empregador sempre poderá
alegar que essas promoções se deram
por outros motivos que não racismo.

R Provavelmente, não. É proibido

considerar sexo, idade, cor cu
situação familiar como variável
determinante para oportunidades de
ascensão profissional. Nesse caso. a
promoção não é negada às mulheres,
mas a todos com menos de 30 anos e
que não podem trabalhar em horários
flexíveis. Essa é uma situação que
dependerá da avaliação de um jui2 do
trabalho, caso a questão seja levada à
Justiça sob alegação de discriminação
sexual indireta. Já uma alegação de
discriminação por idade teria mais
chances de prosperar.
Raça x promoção
3 Procure um advogado trabalhista
para que ele avalie a possibilidade e
a viabilidade de você ser bem-sucedido
em uma reclamação trabalhista
dessa natureza.
Adequações para
deficientes
P U s o cadeira de rodas para me
locomover, m a s o dono da
empresa para a q u a l trabalho, que
tem cinco empregados, se recusa a
fazer algumas m u d a n ç a s que tornem
o banheiro mais acessível. Tenho de
ser ajudada cada vez que vou ao

P Trabalho h á 15 a n o s para
a m e s m a e m p r e s a . S o u asiático
e estou convencido de que, por
e s s a r a z ã o , n ã o s o u promovido -
por d i s c r i m i n a ç ã o racial. E l e s
podem fazer i s s o ?

R Não. A raça ou cor não pode ser

uma barreira à sua ascensão
profissional. Entretanto, caso você
precise levar essa questão à Justiça do
Trabalho, terá de provar que não é
promovido por questões raciais e não
per outros motivos, como difererças
técnicas entre seu trabalho e o de outros
funcionários que foram promovidos.
Provas como essas dificilmente são
fáceis de ser obtidas.

P L A N O D E AÇÃO
1 Procure evidências de ocasiões em
que outros trabalhadores foram
Promovidos e você não.

2 Procure evidências de que elas

llnhorn condições Iqwnl? ir? - —
 banheiro. S u a recusa e m fazer as
a d a p t a ç õ e s n e c e s s á r i a s é legal?
R Não. Se seu empregador contratou
uma pessoa com deficiência, deverá
adaptar o ambiente de trabalho para que
ela possa exercer com tranqüilidade suas
funções, como mobiliário, local de traba-
lho, condições sanitárias e de locomoção.
Estabilidade das
empregadas grávidas
S o u g a r ç o n e t e n u m restaurante
sofisticado. N a s e m a n a pas-
s a d a , c o m u n i q u e i a o m e u chefe
m i n h a gravidez e, no dia seguinte,
ele avisou que estava me demitindo
porque u m a g a r ç o n e t e g r á v i d a não
combinava com a i m a g e m do
restaurante. E l e pode fazer isso?
E M P R E G A D O OU T R A B A L H A D O R
•= importante podermos reconhecer quando estamos
d i a n t e de uma situação de emprego, mesmo sem
c a r t e i r a de trabalho assinada e quando nosso
Empregado
Você provavelmente é u m empregado quando
a empresa para a qual t r a b a l h a :
• decide quais são suas tarefas, quando e
onde realizá-las;
• t e m obrigação de fornecer seu trabalho;
• t e m de pagar seu salário haia ou não trabalho
a ser realizado;
• paga a você por hora, dia ou mês t r a b a l h a d o ;
• só admite que seu trabalho seia realizado por
você pessoalmente, ou seia, você não pode
subcontratar outra pessoa para fazê-lo;
• espera que você realize as tarefas para
as quais foi contratado;
• fornece os instrumentos de trabalho;
• deduz de seu salário imposto de renda,
INSS e outros descontos obrigatórios;
• paga seu salário quando você adoece
ou t i r a férias;
• assume os riscos financeiros e econômicos
do trabalho realizado.
R Não. Nossa Constituição garante a
estabilidade à empregada gestante,
desde a confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto, a não ser que a
empregada dê justa causa para sua
demissão, ou seja, pratique os atos
previstos na lei como justas causas roara
resdsão do contrato de trabalho. N o
entanto, é necessário lembrar que a
empregada doméstica não tem direito à
estabilidade conferida às demais gestantes.
Você poderá reclamar perante a
lustiça do Trabalho e esperar u m dos
seguintes resultados:
• o juiz poderá mandar seu
empregador reintegrá-la ao trabalho e
pagar-lhe os salários relativos ao
período de afastamento;
• se a reintegração não for aconselhável,
dada a incompatibilidade criada pela
situação entre você e seu empregador, o
juiz mandará seu empregador indeniza-
AUTÔNOMO
trabalho tem caráter autônomo. Isso porque as leis
que regulam cada uma dessas situações são bem
diferentes. Eis as diferenças.
Autônomo
Você é provavelmente um trabalhador
autônomo guando:
• decide quando e se vai aceitar trabalho de
uma empresa ou pessoa;
• decide quando e onde você t r a b a l h a ;
• recebe pelo trebalho para o qual foi
contratado, negociando o preço dele;
• tem liberdade de subcontratar alguém para
realizar o trabalho;
• possui e mantém suas ferramentas e
instrumentos de trabalho;
• zela pessoalmente pelo pagamento de sua
contrifcuiçõo previdenciária e demais impostos
devidos decorrentes de sua a t i v i d a d e ;
• pode escolher prestar serviços a mais de u m
contnradoao mesmo tempo;
• paga pessoalmente por suas férias e Por seus
problemas de saúde.
Ia com o valor correspondente aos trabalhista que poderá chegar às
salários devidos durante todo o período soluções anteriormente descritas.
de estabilidade.

P L A N O D E AÇÃO
1 Procure fazer um acordo com seu
empregador na Comissão de Conciliação
Prévia, se houver em sua categoria.
2 Caso não exista a Comissão ou o
acordo não se realize, seu advogado
deverá apresentar reclamação
Estabilidade da
gestante empregada
E s t o u grávida e devo s a i r de
licença em quatro m e s e s . M e u
chefe diz que m e u departamento
n ã o pode prescindir da m i n h a
p r e s e n ç a , e quer que e u volte ao

COMO R E C E B E R O SALÁRIO-MATERNIDADE

0 salário-maternidade é a proteção previdenciária garantida à

trabalhadora gestante. Corresponde ao salário pago à segurada gestante
durante o afastamento de suas atividades no prazo de 28 dias antes e 91
dias após o parto, portanto, com duração de 120 dias. É um benefício que
deve ser pago integralmente pela Previdência Social, e o valor é o da
remuneração mensal da empregada.

Período de carência
A concessão do salário-maternidade independe do número de contribuições
pagas pelas trabalhadoras seguradas empregadas, avulsas e domésticas.
Para as seguradas contribuintes individuais e seguradas facultativas, o
prazo de carência é de dez contribuições mensais. Já para as seguradas
especiais é necessário comprovar, no m í n i m o , dez meses de trabalho r u r a l .

Data de inicio do benefício

Tem início na data fixada por atestado médico do SUS (Sistema Único de
Saúde) ou por perícia médica do INSS, quando o parto ocorrer sem assis-
tência de médico do INSS ou de instituição pública. Caso o parto seia
antecipado, o benefício é pago por 120 dias após o parto.

Valor
Basicamente eqüivale à remuneração integral da segurada empregada e da
trabalhadora avulsa. Para a empregada doméstica, vigora o valor de seu
ú l t i m o salário de contribuição. E m qualquer caso, é garantido o pagamento
no valor de um salário m í n i m o .

Pagamento
A empresa deverá adiantar o valor do salário-maternidade à empregada
(urbana ou r u r a l ) e, depois, compensará esse valor com as contribuições
patronais devidas ao INSS. Esse órgão paga d i r e t a m e n t e o benefício às
trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais e
seguradas especiais.

T é r m i n o do benefício
O pagamento do s a l á r i o - m a t e r n i d a d e t e r m i n a após o período de 120 dias ou
por m o r t e da segurada.
 trabalho u m m é s a p ó s o parto. C a s o l i c e n ç a nesse p e r í o d o . Q u a n d o
e u n ã o aceite, ele a f i r m a que me perguntei a m e u chefe, ele disse que
REGRA DE
OURO d e m i t i r á quando e u v o l t a r da n ã o posso tirar t a l l i c e n ç a E l e pode
Ao contrário da licença. E l e pode fazer isso? fazer isso?
maioria dos
trabalhadores,
a empregada
doméstica gestante
R Sim. A estabilidade no emprego
para a gestante começa com a
informação da gravidez até cinco meses
R Não. O empregado que se tornar
pai terá direito a permanecer a o
lado da esposa por cinco dias útei;
não tem direito após o parto, o que significa cue durante consecutivos no decorrer da primeira
à estabilidade
esse período você não poderá ser semana da vida da criança, para dar
no emprego,
dispensada injustamente. Porém, após assistência à mãe e ao bebê, sem prejuízo
mas fará ius à
i cença-maternidade, esse período de estabilicade, seu chefe do pagamento de seu salário. Mas
lue deverá ser paga poderá rescindir seu contrato de trabalho atenção: se seu filho nascer no período
diretamente pela sem justa causa, pagando-lhe as verbas em que você estiver de férias, a finalidade
previdência. rescisórias previstas em lei. da licença-paternidade estará atingida e
você não terá direito a essa licença
quando voltar ao trabalho.
Direito à licença-
P L A N O D E AÇÃO
paternidade 1 Comunique oficialmente a seu chefe

P M i n h a esposa t e r á nosso filho

daqui a quatro m e s e s . Soube
que os pais t ê m direito a u m a
o nascimento da c r i a n ç a .

2 Você terá cinco dias úteis consecu-

tivos para deixar de comparecer ao
trabalho sem preiuízo s a l a r i a l .

Licença para tratar de

assuntos de família

P C o m e c e i em u m novo
emprego n a s e m a n a passada.
H o j e , entretanto, tive de faltar
para cuidar de m i n h a m ã e idosa
que mora comigo e que s e aci-
dentou. Q u a n d o telefonei para
m e u chefe, ele a m e a ç o u m e
demitir. Ele pode fazer i s s o ?

R Sim. O empregador pode demiti-lo

sem justa causa, pagando suas
verbas rescisórias. Nesse caso, o melhor a
fazer é tentar u m acordo para que seu
chefe apenas desconte o pagamento do
dia que você faltou.
Mas atenção: algumas convenções
coletivas de rrabalho autorizam tais
hipóteses, reconhecendo o direito a uma
ou mais faltas nessas circunstâncias. Se
for esse o caso, seu chefe não poderá
 demiti-lo, pois você está protegido por P L A N O D E AÇÃO
uma norma coletiva de trabalho. 1 Se a empresa para a qual você REGRA DE
trabalha não contar com serviço OURO
médico próprio ou conveniado,
Se você é emprego.dc
Prevenção ao estresse compareça ao médico previdenciário,
doméstico, são seus
do sindicato ou da rede pública, e

P
direitos:
Tenho u m cargo de respon- obtenha o atestado médico confir- • receber pelo meno-í
sabilidade e trabalho muitas mando sua incapacidade e requeira o salário minimo;
horas por dia. Ultimamente, tenho o auxilio-doença ao INSS. • o salário não pode
me sentido estressado. Quando falei ser reduzido;
sobre esta q u e s t ã o com m e u chefe, 2 Comunique a seu empregador • 13* salário;
ele respondeu que não podia provi- a licença e ele lhe pagará sua • repouso semanal
denciar ajudantes o u conceder-me remuneração nos primeiros 15 remunerado;
alguns dias de folga. E l e e s t á • férias anuais com
dias de afastamento.
acréscimo de 1/3 sobr
agindo corretamente?
o salário normal;

R
• licença à gestante
Não. A empresa tem a obrigação Trabalho em ou licença-paternidad*
legal de promover um ambiente
adequado oara que se evitem o estresse e
computadores • aviso prévio de, n c

a fadiga excessiva no trabalho. Lembre-
se de que há limite legal para as horas
extras diárias, que o repouso semanal
deve ser respeitado, férias etc.
N o seu caso, você pode consultar u m
médico e, se for o caso. ele lhe concederá
atestado para que saia de licença médica
para tratamento, recebendo auxílio-
doença do INSS.
P
mínimo, trinta d i a s ;
U s o computador durante todo o • aposentadoria.
m e u expediente n a f u n ç ã o de
s e c r e t á r i a . U l t i m a m e n t e , venho
sofrendo de dores de c a b e ç a e nos
pulsos. Acredito que e s s a s dores
s ã o decorrentes de m e u trabalho.
R e c l a m e i com meu gerente, que me
disse apenas que e u deveria fazer
e x e r c í c i o s para prevenir e s s a s dores
e i n c ô m o d o s . E l e pode fazer isso?

Tenho direito ao
auxíiio-doença?

P M a c h u q u e i a s costas e terei de
ficar afastado do trabalho por
seis s e m a n a s . M e u empregador me
p a g a r á nesse p e r í o d o ? T e n h o direito
a auxíiio-doença?

R Sim. Sendo empregado e, portanto,

segurado da previdência sodal, você
receberá os primeiros 15 dias de seu em-
pregador, e a partir d o 16" dia receberá
auxíiio-doença pela previdência sodal,
mediante requerimento. Mas atenção:
você deverá já ter pago pelo menos 12
contribuiçces previdenciárias, salvo nos
casos de auxíiio-doença decorrente de a d -
dentes de qualquer natureza, nos quais
Tlõo se orirv qirnlq'ir>r p e r i o r l o Hp n r ê n r i a
 R Não. A empresa tem obrigação de
seguir as instruções do Ministério
do Trabalho quanto à ergonomia nos
locais de trabalho. N o caso de usuários
de computadores, a lei determina a
utilização de proteção contra reflexo,
colocação dos monitores em ângulos
corretos, distância da tela,
posicionamento do mobiliário etc.
A l é m disso, as doenças causadas
pelo trabalho podem gerar benefícios
previdenciários, como licenças e até
mesmo aposentadoria. Você deve
consultar u m médico e, se necessário,
pedir tratamento. Vale lembrar que a lesão
por esforço repebtivo (LER) é uma das
doenças profissionais que estão ligadas
ao uso inadequado do computador.
Ameaça de demissão
por reclamação
P Q u a n d o reclamei c o m m e u
chefe sobre alguns de n o s s o s
VOC^S AMPARAM LBNPO
REVOLUÇÃO POS WCHOS"?
equipamentos serem inadequados e
perigosos, e l e me a m e a ç o u com
d e m i s s ã o . E l e pode fazer isso?
R Não. É obrigação do empregador
zelar pela segurança no ambiente
de trabalho. Por isso existem inúmeras
normas de proteção ao trabalhador, os
equipamentos de proteção individual, as
Comissões Internas de Prevenção d e
Acidentes (QPA).Você pode comunicar à
CIPA ou aos órgãos de fiscalização do
Ministério do Trabalho. Nesse caso,
a empresa poderá ser penalizada.
Entretanto, se nenhuma providência for
tomada, você pode pedir a rescisãa do
seu contrato de trabalho por justa causa
do empregador. Ele está fazendo com
que você coma perigo de mal consi-
derável, o que é causa legal para esse
tipo de resdsão.
Direito de
sindicalizar-se
P U m grupo de colegas e
eu queremos formar um
sindicato, entretanto n o s s o gerente
não nos permite discutir isso c o m
outros trabalhadores. E l e está
agindo corretamente?
R Não. Os empregados têm o direito
de se filiar a um sindicato ou a criar
sindicatos. Em nosso país, é livre o
direito à associação sindical dentro dos
limites da lei. Da mesma forma, ninguém
pode ser obrigado a se sindicalizar.
Entretanto, seu empregador não l e m a
obrigação de liberá-los no horáno de
trabalho para que vocês discutam ou
organizem seu sindicato.
P L A N O D E AÇÃO
1 Você pode se filiar ao sindicato
de sua categoria.
2 Se você t e m a intenção de f o r m a r
um novo sindicato, deverá c u m p r i r as
 exigências legais para a criação de
sindicatos e procurar saber se não
existe algum outro para sua categoria
dentro da base territorial a que
você pertence.
O poder disciplinar
do empregador
P Meu gerente me entregou
uma a d v e r t è a d a informando-
me cue eu seria demitido caso n ã o
passasse a marcar m e u cartão de
ponto adequadamente. Ele pode
fazer isso?
R Sim. O empregador tem poder
disciplinar sobre os empregados.
J U S T I Ç A DO T R A B A L H O
A Justiça do Trobclho é a Justiça especializada em
questões trabalhistas, ou seia, conflitos entre
empregados e empregadores. E l a se compõe de
Varas do Trabalho. Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho. Cada uma
desses varas atua em d e t e r m i n a d a s áreas
territoriais obedecendo a diversos critérios de
competência. Elas possuem u m iuiz. Os tribunais
a t u a m em caso de recursos.
Essa Justiça só se ocupa de solucionar conflitos
decorrentes das relações i n d i v i d u a i s ou coletivos
de trabalho.
A s s i m , se você tiver p r o b l e m a s com seu
empregador que não p u d e r e m ser resolvidos no
â m b i t o da p r ó p r i a e m p r e s a , poderá recorrer à
Justiça do Trabalho.
As empresas e s ndicatos p o d e m instituir
comissões de conciliação p r é v i a , com
u m a constituição p a r i t á r i a d e empregados
e empregadores.
1 Se sua categoria p r o f i s s i o n a l contar com
essa comissão, você p o d e r á t e n t a r u m acordo
prévia junto à comissão a n t e s de entrar com
u m a ação de r e c l a m a ç ã o t r a b a l h i s t a . Se for feito
acorco, este poderá ser e x e c u t a d o judicialmente
em caso de d e s c u m p r i m e n t o .
A advertência é uma forma de penalidade
admitida pelo direito do trabalho, poden-
do ser aplicada a critério d o empregador.
Não marcar seu cartão de ponto corre-
tamente, com habitualidade, é u m
procedimento incorreto porque dificulta
o cálculo das horas trabalhadas, horas
extras, repouso etc. A rigor, essa sua
conduta pode vir a gerar uma demissão
por indisdplina e insubordinação.
Justa causa por furto
P I 11 i injustamente acusado
de furtar bens do estoque Jo
m e u empregador, e m e u gerente
me demitiu n a hora. E l e agiu
conforme a l e i ?
2 Se não houver t a l omissão e m seu sindicato,
3
você poderá r e c o r r e comissão de sua empresa,
se houver, obtendo amesmos resultados. Caso nã<
haia acordo, você ottrá uma declaração quanto à
tentativa frustrada «acordo e suas razões.
3 Caso não existam omissões de conciliação p r é v i
nem em seu s i n d i c a r e m e m sua empresa, você
poderá, por meio de!" advogado, apresentar
reclamação trabalhi» á Justiça do Trabalho.
Nesse case, seu aesado r e d i g i r á uma
reclamação, que é ui ação proposta contra o
empregador. É marca u m a audiência, na qual
estarão presentes asias partes envolvidas e seus
advogados. O iuiz prorá novamente o c o n c i l i a ç ã o
Se conseguir, será fé" acordo e este será
homologado iudiciaiote.
Se não houver acoi o iuiz o u v i r á as partes,
coherá as provas e t i d i r á a questão, p r o f e r i n d o
sertença. Porém, se>Jiz achar necessário, poderc
marcar novo audiénou e x i g i r que se p r o d u z a m
mois provas antes d i o f e r i r sua sentença.
Se a decisão não Itor f a v o r á v e l , você poderá
recorrer aos tribuna JPeriores.
R Não.Se a acusação de furto era
falsa, ele não poderia demiti-lo por
justa causa. Na realidade, a ocorrência de
furto é causa de rescisão do contrato de
trabalho por justa causa. Entretanto, se
ficar provada sua inocência ou se não for
comprovada sua culpa, o juiz do trabalho
poderá reconhecer que você não deu
justa causa para sua demissão e
condenar o empregador a pagar as suas
verbas rescisórias decorrentes de uma
rescisão sem justa causa.
P L A N O D E AÇÃO
1 Procure saber de seu advogado
se existe Comissão de Conciliação
Prévia para sua categoria profissional,
e tente um acordo.
2 Caso não seia possível o acordo, seu
advogado deverá apresentar reclama-
ção trabalhista à Justiça do Trabalho.
D i r e i t o s quando a
empresa fechar
P T r a b a l h e i p a r a u m a panifica-
d o r a por 18 m e s e s . H o j e
n o s s o chefe nos i n f o r m o u que
e s t á f e c h a n d o a e m p r e s a e que
n ã o p a g a r á sequer n o s s o aviso
p r é v i o . E l e pode f a z e r i s s o ?
R Não. Nesse caso, seu contrato de
trabalho está sendo extinto sem
justa causa. O risco do empreendimento
é cio empregador, e, se ele deddiu fechar
0 negodo, deverá pagar as veTbas
rescisórias devidas, incluído o aviso
prévio de todos os funcionários.
P L A N O D E AÇÃO
1 Procure saber se há Comissão de
Conciliação Prévia no seu sindicato e
tente fazer um acordo.
2 Não obtendo acordo, seu advogado
deverá apresentar reclamação
trabalhista à Justiça do Trabalho.
 Falência da empresa carências. Nesse caso você terá garantido
o pagamento dos 40% sobre o depósito
empregadora do Fundo de Garantia por Tempo de

P A empresa em que e u
trabalhava teve sua falência
decretada. Terei direito a receber
meus créditos trabalhistas?
Serviço (FGTS), como previsto em lei.
Portanto, aos 60 anos só você
pessoalmente poderá requerer a sua
aposentadoria, se desejar. Seu gerente
somente poderá requerê-la no caso da

R Sim. Quando uma empresa tem sua

falência decretada, todo seu
patrimônio é reunido em uma massa
aposentadoria compulsória.

falida. Organiza-se uma lista de credores Demissão de pessoas

e todos se habilitam para receber seus
créditos. Há uma hierarquia legal na
ordem de pagamento. Primeiramente são
pagos os créditos acidentários devidos
diretamente pelo empregador, e, em
segundo lugar, os créditos trabalhistas,
nos quais enquadra-se o seu caso.
P L A N O D E AÇÃO
1 Seu advogado deve apresentar
reclamação trabalhista para apurar os
créditos que lhe são devidos.
2 U m a vez apurados os valores, deve
h a b i l i t a r seu crédito na Vara de
Falências onde estiver t r a m i t a n d o o
processo de falência da empresa.
Mulheres se aposentam
antes dos homens
com mais de 65 anos
Depois de me aposentar como
professor, venho trabalhando h á
dez anos n u m a grande loja. Agora
tenho 67 anos de idade e eles querem
me demitir para contratar alguém
mais j o v e m E l e s podem fazer isso?
R Sim. Não há nada que os impeça.
É da natureza do poder diretivo do
empregador contratar a pessoa que ele
ache mais adequada para o cargo. Entre-
tanto, você terá direito a todas as verbas
rescisórias por dispensa imotivada.
ESSE ERA O Zé...
SE MANTEVE OCUPADO
ATé O FIM/

P M e u gerente disse q u e terei

de me a p o s e n t a r no p r ó x i m o
ano. M e u s colegas h o m e n s g e r a l -
m e n t e t r a b a l h a m a t é os 65 a n o s .
E l e p o d e i m p o r que e u m e a p o -
s e n t e aos 6 0 ?

R Não. A aposentadoria compulsória

o u obrigatória da mulher só ocorre
quando ela completa 65 anos, e é i m -
posta por lei. Para os homens se dá aos
70 anos. Em ambos os casos, cumpridas
as carências impostas pelo INSS.
Em regra, a aposentadoria por idade é
direito assegurado ao h o m e m aos 65
0
anoc, e h mulher, aos 60. comprido , ns
Reputação arruinada
P M o n t e i u m a clínica de
fisioterapia e m m i n h a casa e
m e u v i z i n h o c o m e ç o u a reclamar
do excesso de m o v i m e n t o . D i z aos
outros v i z i n h o s que n ã o tenho
qualificação e d e i x a bilhetes n o s
carros dos m e u s pacientes c o m essa
m e n s a g e m . E u posso p r o c e s s á - l o ?
R Sim. Você pode piocessá-lo por
injúria. A injúria é crime e ocorre
quando alguém ofende outra pessoa
utilizando expressões consideradas
ultrajantes, atacando sua honra ou boa
fama, desacreditando sua imagem
perante a sociedade, expondo-a a uma
desaprovação pública.
Dessa forma, você pode processar
criminalmente o seu vizinho (o prazo
para entrar com a ação criminal é de
seis meses). A l é m disso, pode exigir
dele, por meio de u m outro processo
(civil), uma reparação pelos danos
financeiros e morais que tenha efetiva-
mente sofrido. Nesse caso, você deve
juntar no processo os documentos que
provem quanto dinheiro você perdeu
ou deixou de ganhar, podendo, ainda,
exigir uma indenização pelos danos
morais sofridos.
P L A N O D E AÇÃO
1 Nos casos de i n j ú r i a , a ação penal
só tem início c o m a queixa do próprio
ofendido, que deverá procurar um
advogado para lhe orientar quanto às
chances de êxito do processo c r i m i n a l ,
bem como para t o m a r as medidas
necessárias para a apresentação da
ação c r i m i n a l .
2 O advogado poderá, ainda, orientá-lo
quanto a um proceso de indenização
pelos danos sofridos (financeiros e
m o r a i s ) . Ele analisará a possibilidade
de entrar com uma ação perante
o Juizado Especial Civil ou perante
a Justiça C o m u m .
Honorários pelo êxito
P I 11 i v í t i m a de u m acidente d e
trânsito e estou pensando e m
processar judicialmente o respon-
s á v e l para exigir u m a c o m p e n s a ç ã o
pelos prejuízos s o f r i d o s . U m a d v o -
gado que procurei p r o p ô s c u i d a r do
caso de g r a ç a , s e m cobrar n a d a n o
c o m e ç o , apenas recebendo a l g u m a
coisa caso e u g a n h e a c a u s a . U m a
amiga disse que esse procedimento
é i l e g a l . E l a e s t á certa?
R Não. Feio menos não nesse caso.
Ainda que, normalmente, o paga-
mento dos honorários seja dividido em
três partes - a primeira delas no início do
serviço, a segunda quando sair a decisão,
e a última parte ao final co processo - , um
advogado pode aceitar receber os seus
honorários só no final do processo e
apenas se o seu cliente vier a receber a
indenização pleiteada. São os contratos
chamados "de risco" ou "a êxito".
Nesse tipo de contrato, o advogado
costuma cobrar uma porcentagem sobre
a importância que o cliente vier a receber
se ganhar o processo.
É importante registrar o que ficou
acertado entre você e o advogado por
meio de u m contrato, que deverá
espedficar o serviço a ser executado
pelo profissional, os valores que serão
cobrados, a forma de pagamento e,
ainda, quem deverá pagar as custas do
processo e o seu acompanhamento.
Ignorando avisos
do fabricante
P
M i n h a filha de 2 anos engas-
gou-se com u m brinquedo pe-
queno de plástico. A empresa fa-
bricante do brinquedo alega que
n ã o é responsável porque o brin-
quedo traz na embalagem u m aviso:
" N ã o recomendável para crianças
menores de 3 a n o s . " E l e s podem
 COMO FUNCIONA UM CONTRATO DE HONORÁRIOS POR ÊXITO
Você pode contratar um advogado para atuar em
uma ação iudicial combinando que só pagará pelos
serviços prestados no final da ação, se você vencer
a causa. E s s e acordo é chamado contrato de hono-
rários por êxito. O valor a ser pago será um percen-
tual do total que você receber se ganhar a causa. Os
advogados sempre analisam a causa com muita
atenção antes de aceitar essa forma de pagamento,
e verificam as chances de vencer, porque, se você
não ganhar, ele não vai receber nada.
Quem paga as custas da ação?
As custos da ação, ou custas processuais, são os
valores pagos ao T r i b u n a l para custear todo o
processo. Esse valor não se confunde c o m os
honorários de advogado e você sempre t e r á de
pagar por ele. Um advogado pode aceitar
a d i a n t a r esse v a l o r para o T r i b u n a l e receber o
reembolso do cliente depois. E m r e g r a , quando
você inicia u m a ação i u d i c i a l , você paga as
custas, e, se você vencer a causa, o perdedor é
obrigado a r e e m b o l s a r todas as despesas. A s s i m ,
q u e m perde paga. E x i s t e m exceções c r i a d a s por
lei, por e x e m p l o , quando a pessoa não t e m
condições de pagar as custas sem p r e j u d i c a r o
n e g a r s u a responsabilidade apenas
p o r terem colocado esse aviso?
R Sim. O fabricante deixou claro
que o brinquedo com o qual sua
filha se engasgou nao era recomen-
dável para crianças menores de 3 anos.
Se ainda assim você permitiu que ela
brincasse com o produto, deveria ter
vigiado enquanto ela o fazia, a f i m
de evitar que ocorresse esse tipo de
acidente. Nesse caso, a respon-
sabilidade é sua.
Todo brinquedo colocado no mercado
de consumo, nacional ou importado, tem
de passar por testes a fim de garantir a
segurança de sua utilização. Assim, o
consumidor, ao adquirir um brinquedo,
deve conferir se há estampado na em-
balagem o selo do Inmetro - a entidade
que atesta se o brinquedo atende às
norma'; de «vr^iirança
seu sustento e de sua f a m í l i a . Neste c a s o , ela f i o
isenta do p a g a m e n t o .
Honorários de sucumbência A l é m das custas
processuais, o perdedor da ação t a m b é m será
condenado pelo Tribunal a pagar os honorários do
advogado do vencedor. Esse valor será fixodo na
decisão i u d i c i a l , e pode v a r i a r de dez a v i n t e por
cento do valor da condenação.
Despesas do advogado com a ação Os outros gast<
que o advogado assume com a manutenção da
ação, como fotocópias, transporte e t c , t a m b é m sã
levados e m conta no cálculo dos honorários.
Dependendo desses gastos, o percentual a ser pagc
será maior ou menor.
Outras formas de pagamento Outras f o r m a s de
pagamento podem ser contratadas com o advogad
como os honorários por consulta ou por parecer,
que terão u m preço fixo; os honorários pagos men
salmente na advocacia de partido, quando muitas
causas são patrocinadas pelo mesmo advogado -
e é mais c o m u m nos casos de empresas - ou os
honorários pagos no inicio da ação, que t a m b é m
terão um valor f i x o e que podem ser parcelados.
Para mais informações Contate a OAB de
seu Estado.
Caso o brinquedo não possua tais
advertências na embalagem, ou se as
recomendações não estiverem indicadas
de forma ostensiva e de fácil leitura,
O fabricante passa a ser responsável
pelas conseqüências e pelos danos que
O brinquedo causar à criança.
Pode ocorrer ainda que, apesar de
todos os avisos constantes da
embalagem, o brinquedo apresente
algum tipo de defeito. Nesse caso,
o fabricante fica obrigado a pagar
indenização pelos danos sofridos pela
criança e por seus pais, inclusive as
despesas médico-hospitalares, caso
u m acidente mais gTave ocorra com
0 menor.
PLANO DE AÇÃO
1 Casos como esse são complicados
de se provar. Portanto, é sempre
nrnncolhrníDl nrorurfir u m nrivnanrio
para que eie possa orientar soDre us
medidas a serem tomadas.
2 Guarde o brinquedo que feriu ou
ocasionou danos à criança e anote
quais as pessoas que estavam presentes
na hora do acidente. Para o processo,
haverá a necessidade de se provar
como ocorreu o acidente.
3 Se houve necessidade de uma inter-
nação hospitalar ou de uma consulta
médica, solicite ao médico a elaboração
de u m relatório sobre o atendimento, os
danos provocados no menor, bem com
o os motivos. Esse atestado poderá
ser utilizado como prova no processo
contra o fabricante do brinquedo.
Dano causado por
eletrodoméstico
C o m o aumento da família,
resolvi trocar meu antigo f o g ã o
por u m m a i o r e mais m o d e r n o .
Só que, a p ó s alguns d i a s de uso,
q u a n d o f u i acender o fogo p a r a
p r e p a r a r o a l m o ç o , ocorreu u m
princípio de incêndio, que c a u s o u
q u e i m a d u r a s em mim e n u m a
a m i g a . O fabricante diz que n ã o
t e m q u a l q u e r responsabilidade
pelo ocorrido e que n ã o irá me
i n d e n i z a r . E l e pode f a z e r isso?
R Não. O fabricante é responsável
pelos produtos que comercializa.
Se esses produtos apresentam algum
tipo de defeito, ele está obrigado a pagar
indenização pelos danos causados,
independentemente de culpa.
Se o fogão apresentou defeito em seus
queimadores, causando lesões físicas a
você e à sua amiga, o fabricante fica
obrigado a indenizá-las, uma vez que a
responsabilidade pelos defeitos do produto
abrange todos os que foram prejudicados.
Em casos como esse, basta que o
consumidor lesado prove que o produto
duicbcntuu d c t c i l u e que esbc deleito
causou um prejuízo, para que o
fabricante fique obrigado a reparar os
prejuízos sofridos pelo consumidor,
sejam eles morais ou materiais.
N o entanto, se o fabricante provar que o
produto não apresenta o defeito alegado
pelo consumidor ou que o evento danoso
foi causado pelo usuário ou pelo mau uso
do eletrodoméstico, ele não estará obri-
gado a pagar a indenização.
P L A N O D E AÇÃO
1 As pessoas lesadas pelo defeito podem
encaminhar a questão ao Procon. Eles
provavelmente mandarão uma carta ao
fornecedor, que poderá propor um
acordo, resolvendo a questão.
2 Se o fornecedor não mostrar interesse
em realizar u m acordo, ou a proposta
for inferior àquilo que o consumidor
deseia receber, a questão pode ser
encaminhada à Justiça.
3 Se o valor da indenização pleiteada
for de até quarenta salários mínimos,
a reclamação pode ser encaminhada
ao Juizado Especial C i v i l , que permite
maior rapidez no t r â m i t e do processo.
Também neste caso, haverá uma
audiência preliminar para tentativa
de conciliação.
4 Caso o valor da indenização dese-
jada seja superior a 40 mínimos, será
necessária a contratação de um advo-
gado para entrar com uma ação na
Justiça Comum, o que implica m a i o r
demora no trâmite do processo.

Via pública
P M i n h a m ã e sofreu u m acidente
ao t r o p e ç a r e cair na c a l ç a d a
dVvido à m á c o n s e r v a ç ã o de u m
bieiro. E l a quer propor u m a a ç ã o
o n t r a a municipalidade. E l a pode
fjzer i s s o ?
R Sim. A municipalidade é respon-
sável pela conservação e pela ma-
nitenção dos passeios públicos, das
nas, avenidas, calçadas e bueiros. Se o
bieiro n o qual sua mãe caiu apresentava
agum ripo de defeito ou constituía u m
perigo para os pedestres, a Prefeitura
e t á obrigada a reparar todos os danos
sofridos por SUE mãe, inclusive os de
c d e m moral, custeando o tratamento
r.édico e as despesas com a recuperação
ca saúde dela, e arcando, também,
com o pagamento de uma pensão, caso
ea tenha ficado incapacitada para
c trabalho.
Mas, para que se possa entrar com
uni processo contra a municipalidade,
c necessário conseguir provar que o a d -
oente ocorreu devido à má conservação
cki bueiro ou à falta de sinalização n o
bcai, e que o acidente ocasionou os
ferimentos e as lesões sofridos pela sua
nãe. Sem essas provas, a possibilidade
ce ganhar um processo contra a Prefei-
tara é remota.
P L A N O D E AÇÃO
1 Procure juntar a maior quantidade
possível de provas da ocorrência do
ocidente. Você pode recorrer ao depoi-
mento das pessoas que presenciaram
a queda de sua mãe. É importante
também fotografar o local do acidente
^ o estado do bueiro.
2 Leve sua mãe a uma delegacia de
polícia para requerer a abertura de u m
boletim de ocorrência devido às lesões
corporais sofridas, o delegado poderá
"cquerer um exame de corpo de delito
para que seja caracterizada a lesão
física sofrida por sua mãe.
3 Guarde todos os recibos ou
comprovantes de gastos médicos,
no caso de necessidade de t r a t a m e n t o ,
para que você possa pedir o ressar-
cimento quando entrar com o pro-
cesso. T a m b é m é recomendável que
o médico responsável pelo t r a t a m e n t o
de sua mãe prepare u m relatório
descrevendo as lesões sofridas,
bem como se essas lesões são
reversíveis ou não.
4 É recomendável ainda que se
procure u m advogado para que sua
mãe possa ser devidamente esclarecida
quanto às chances de êxito, qual o
valor que pode ser pleiteado, bem
como a duração e os riscos de uma
ação movida contra a municipalidade.
5 É importante destacar que e m
alguns municípios iá existe um proce-
dimento administrativo específico para
que o cidadão possa requerer uma
indenização pelos danos que sofreu.
Recomenda-se que, antes de entrar
com um processo na Justiça, o lesado
procure u m acordo com o município.
Responsabilidade da
loia por acidente
P A o e n t r a r num s u p e r m e r c a d o ,
a c a b e i e s c o r r e g a n d o no p i s o
m o l h a d o . Naquele m o m e n t o , os
f u n c i o n á r i o s do s u p e r m e r c a d o
e s t a v a m lavando o p i s o , s e m
que h o u v e s s e qualquer a v i s o
o u a l e r t a para os c o n s u m i d o r e s .
E m v i r t u d e da queda, a c a b e i
m a c h u c a n d o as costas e s e n d o
obrigado a me submeter a u m
tratamento médico. O gerente
do supermercado a l e g o u que
a culpa era m i n h a , e que n ã o
iria a r c a r com as d e s p e s a s
M O V E N D O UMA AÇÃO D E RESPOr
Os procedimentos que envolvem uma ação de
responsabilidade c i v i l podem ser demorados e
caros. Antes de propor u m a ação, você precisa ter
certeza de que o seu caso é razoável e de que
poderá suportar os custos da ação, que incluem os
honorários de advogados e as custas processuais.
Salvo a exceção prevista para os Juizados
Especiais, será necessário contratar um advogado
e pagar seus honorários. Nos casos em que há
grandes chances de vitória, é possível fazer um
contrato de honorários de êxito com a advogado.
Se você possui uma renda muito baixa, pode
procurar a assistência da Defensoria Pública (ou
órgão correspondente do seu estado), que presta
serviço aos cidadãos de f o r m a gratuita, visando
garantir o acesso de todos à Justiça.

VOCE PODE RECLAMAR? T E M P O LIMITE P A R A

Para que o dano seia passível de ser indenizado, você terá P R O P O R UMA AÇÃO D E
de demonstrar: RESPONSABILIDADE CIVIL
• a efetiva ocorrência do dano; De acordo com a regra geral
• o nexo de causalidade entre a conduta do ofensor e o imposta pela lei, você tem o prazo
dano provocado; de três anos para mover uma ação
• a conduta dolosa (intencional) ou culposa (negligência, i m - de responsabilidade civil exigindo
prudência, imperícia) do ofensor contrária à norma iuridica. uma indenização. Mas essa limi-
tação de tempo pode ser suspensa ou
Você pode reclamar contra: interrompida, também por deter-
• doenças ocupacionais -
minação legal. É o que acontece,
• uma pessoa física - que decorrem de uma
por exemplo, nos casos:
como, por exemplo, atividade laborativa;
• de pessoas casadas, durante
u m motorista, u m • um produto defeituoso;
o casamento;
membro da f a m í l i a , • uma falha num serviço;
• entre pais e filhos, enquanto os
ou u m vizinho; • uma perda m a t e r i a l . pais forem responsáveis pelos filhos;
• uma pessoa j u r í d i c a - Ou por danos causados • entre tutelados ou curarelados e
como, por exemplo, uma por um acidente: seus tutores ou curados, durante a
empresa, uma organi- • no trabalho; tutela ou curatela;
zação, uma associação, • de trânsito - seia • quando o ofendido for menor de 16
uma loia, u m fabri- n u m transporte público anos, pessoa que tiver enfermidade
cante, um banco; ou privado; ou deficiência meital e pessoas que
• seu empregador; • numa loja - ou, não puderem expressar sua vontade.
• uma autoridade por exemplo, num
administrativa. supermercado, num Nesses casos, o prazo pora propor a
Você pode r e c l a m a r de salão de beleza; ação somente começa a contar após
danos causados por: • na escola ou na cessada a causa que o interrompia.
• uma ação criminosa; faculdade; No casos das pessoos que possuem
• uma negligência médica; • nas férias. deficiência mental (chamados inca-
pazes), essa causa nunca desapa-
rece, então, esse prazo iamais é
P R O C U R E ORIENTAÇÃO D E UM A D V O G A D O aplicado. É importante observar que
Busque obter todas as informações possíveis sobre como para uma pessoa mover uma ação
agir logo após sofrer o dano, reunindo todos os elementos é necessário que ela seia maior de
necessários para propor a ação de responsabilidade civil. 18 anos e seia capaz. Assim, os
Pode levar meses para preparar uma ação, e um detalhe menores e os incopazes devem ser
esquecido pode reduzir suas chances de sair vitorioso. representados pelos seus pais ou
Consulte um advogado, entre em contato com a OAB do responsáveis em uma oção i u d i c i a l .
seu estado, ou com a Defensoria Pública (ou órgão
correspondente no seu estado).
LIDADE CIVIL
O Q U E SAO DANOS?
U m dano representa uma lesão, ume ofensa
a um bem jurídico, sofrida por alguém, c o n t r a
a sua vontade, seia de natu'eza patrimonial ou
extrapatrimonial (danos m o r a i s ) . Ele deve ser
reparado pelo seu agente causador ou ofensor,
e essa reparação pode ser feita e m forma de
indenização, que é d e t e r m i r a d a pela iustiça.
Essa indenização pode ser paga de diversas
maneiras, dependendo do caso, por exemplo:
Fixação da indenização
Para definir o valor da indenização que
será paga, a Justiça deve considerar
a extensão do dano, a sua natureza e
gravidade, se a v i t i m a ficou impossi-
bilitada de trabalhar, se teve de pagar
tratamentos médicos, se ficou c o m
alguma lesão estética, se teve prejuízos
materiais, o grau da culpa do ofensor,
se a vítima teve culpa ou parte da
culpa no incidente que causou o dano,
as condições f i n a n c e i r a s do ofensor
e do ofendido, a idade d a v i t i m a ,
entre outros aspectos particulares
de cada caso.
O dano p a t r i m o n i a l envolve aquilo
que a v í t i m a perdeu (dano e m e r g e r t e )
e aquilo que ela razoavelmente deixou
de lucrar (lucros cessantes).
Se a v í t i m a , por exemplo, ficou
impossibilitada de t r a b a l h a r durante
um certo período, poderá exigir os
• em dinheiro, de uma única vez, ao final da ação;
• em forma de pensão mensal, durante u m prazo
determinado pela iustiça;
• em forma de cestas básicas, a serem entregues
durante u m prazo determinado pela Justiça;
• em forma de uma obrigação a ser
c u m p r i d a , t a m b é m durante u m prazo
determinado pela Justiça.
valores que deixou de receber em função
do dano.
As indenizações exigidas podem incluir todos
os prejuízos sofridos, como, por exemplo:
• custos para consertar o c a r r o ;
• gastos com transporte enquanto o carro estava
inutilizado ou no conserto;
• reembolso de prejuízos de obietos que tenham
ficado danificados;
• gastos com tratamentos médicos, incluindo
internações e remédios;
• reembolso pelo preço de uma passagem aérea
de um vôo que tenha perdido;
• prejuízos sofridos na esfera íntima,
que compensem vergonha, humilhação, angústia
ou outros sofrimentos suportados;
• gastos telefônicos necessários à solução
do problema;
• entre outros inúmeros prejuízos.
relativas a m é d i c o e r e m é d i o s .
E l e pode f a z e r i s s o ?
R Não. O lojista tem o dever de tomar
todos os cuidados necessários para
a garantia da segurança e do bem-estar
de seus clientes. Dessa forma, o gerente
do supermercado teria a obrigação de
saber que o piso do estabelecimento
passa a representar u m perigo para os
usuários toda vez que é lavado, pois se
torna escorregadio. Nesse caso, você
pode propor uma ação de responsabi-
lidade civil contra o supermercado, a fim
de obrigá-lo a pagar as despesas com
0 tratamento médico e a compra de
remédios. O supermercado está obrigado
a proporcionar toda a segurança possível
aos seus usuários e se, deixar de tomar as
medidas necessárias, ficará responsável
pelos danos que os consumidores vierem
a sofrer. N o presente caso, o gerente do
supermercado deveria saber que o piso
molhado poderia causar u m acidente,
cabendo, ao supermercado, proceder à
sinalização, de forma ostensiva, da área
que estava sendo lavada e que apresen-
tava perigo para os usuários. E, se não
tomou tal cuidado, o supermercado
torna-se responsável pela reparação dos
prejuízos que o usuário tenha sofrido
com a queda.
P L A N O D E AÇÃO
1 Nesses casos, é aconselhável
que você procure o auxílio de um
advogado, a fim de analisar com
cuidado o acidente sofrido, as provas
que conseguiu iuntar, bem como as
chances de sucesso.
2 É importante, portanto, que o
cliente procure reunir o máximo
possível de provas, pois terá de provar
que o chão do supermercado estava
sendo lavado, e que não havia
qualquer sinalização no local.
3 Você poderá, ainda, comparecer a
- Í „ I „ . . „ , - ; „ níirn n h r i r u m holpUm
de ocorrência e ser submetido a
um exame de corpo de delito,
conseguindo, dessa forma, c o m p r o v a r
as lesões sofridas.
Compensação no caso
de um serviço malfeito
P Contratei uma firma e s p e -
c i a l i z a d a em r e f o r m a s p a r a o
conserto d a e s c a d a de m i n h a c a s a .
P o r é m , os f u n c i o n á r i o s d a e m p r e s a
a c a b a r a m danificando o p i s o e
a i n d a d e i x a r a m expostos v á r i o s
pregos que s e g u r a v a m os d e g r a u s
da e s c a d a . Por c a u s a disso, m i n h a
filha de 5 a n o s acabou se m a c h u -
cando ao s u b i r p a r a o q u a r t o , e
teve de s e r levada a um p r o n t o - s o -
corro e ficar com o pé i m o b i l i z a d o
por v á r i o s dias. O s c o n s t r u t o r e s
alegam q u e n ã o s ã o r e s p o n s á v e i s .
E l e s podem se negar a r e s s a r c i r
os danos sofridos?
R Não. Deixar pregos cravados
nos degraus de uma escada,
possibilitando que alguém venha a se
ferir, é claramente u m ato de negli-
gência da empresa e configura falha na
prestação do serviço, pois o ser.içc
executado na escada foi entregue ao
consumidor apresentando risco; à sua
segurança. E. tendo a sua filha sofrido
uma lesão, fica a empresa obrigada a
pagar indenização pelos danos causados,
sejam eles de ordem financeira, como os
gastos médico-hospitalares, seam eles de
ordem moral, pelo sofrimento ca menor.
Nesse caso, você não precisa p w a r a
negligênda dos funcionários d; empresa,
ou que estes agiram com cuipa, bastando
tão-somente que se prove que ma filha
machucou-se nos pregos deixacos na
escada pelos funcionários da enpresa,
bem como os danos e prejuízos que você
e a sua filha sofreram. Tais pro«s podem
ser obtidas por meio de testerrjr.has,
fotos do local, declaraçâo/prorruário do
médico e do pronto-socorro. Aconselha-se,
 CAUSAS Q U E E X C L U E M A RESPONSABILIDADE
POR U M DANO CAUSADO A O U T R A PESSOA

Se você for acusado de ter causado algum dano Culpa de terceiro

ou prejuízo, em alguns casos, você pode se
defender se conhecer alguns argumentos:
Caso fortuito ou força maior
São acontecimentos imprevisíveis e que
não dependem da vontade humano. Por
exemplo, se uma enchente destrói unn m u r o
de uma casa que cai por cima da outra,
ninguém será responsabilizado.
Exercício regular de u m direito
Se uma pessoa causa um dano à outro, mas se
tiver agido dentro do seu direito, sem excedê-lo,
ela não responderá por esse dano. Por exemplo,
o dono do imóvel que despeja o locatário se ele
não paga os aluguéis.
Culpa exclusiva da v í t i m a
Se uma pessoo sofre um dano por suo orópria
culpa, ninguém pode ser responsabilizado, além
dela mesma. Por exemplo, se alguém atravessa o
sinal que está aberto para os veículos e é atro-
pelado, o motorista não pode responder pelo dano.
Culpa concorrente
Se a pessoa t e m parcela na culpa pelo dano que
você causou a ela, ou seja, ambos p r a t i c a r a m o
ato que causou o dano, você só responde nos
limites da sua c u l p a .
Se outra pessoa age de f o r m a que te leve a
causar um dano a alguém, pode ser que você
não seia responsabilizado, mas essa hipótese
vai depender das circunstâncias. Por exemplo,
você está c i r i g i n d o com cuidado, de repente
alguém avança o sinal, bate no seu carro e
você atinge u m pedestre. Você poderá cobrar
do outro motorista o valor da indenização que
t i v e r de pagar ao pedestre que foi atropelado,
ou poderá apontar o outro motorista para que
ele responda pelos danos causados.
Legítima defesa
Se o dano -oi causado a uma pessoa de quem
você estava se defendendo, ou à sua f a m í l i a ,
sua propriedade ou outra pessoa, você não
responde por ele. Mas a defesa deve ser
proporcional à ameaça, por exemplo, você não
pode usar u m a a r m a de fogo se está sendo
ameaçado com um chinelo de borracha!
Estado de necessidade
É uma situação em que você causa um dano a
uma coisa de outra pessoa para se salvar ou
afastar um risco iminente. Por exemplo, se
você destrói u m a porta para sair de uma casa
que está pegando fogo.
Prescrição e decadência
As leis c r i a m prazos para que as pessoas
possam buscar os seus direitos. Se esse prazo
já t i v e r e x p i r a d o , ela não poderá exigir
u m a compensação.

no entanto, que, antes de t o m a r D a n o c a u s a d o por

qualquer atitude, seja consultado u m
advogado, para o b t e r i n f o r m a ç ã o
segura quanto aos procedimentos a
serem adotados, às chances de sucesso
na Justiça e ao v a l o r da indenização
que poderá ser r e q u e r i d a . N o entanto,
caso o valor r e c l a m a d o seja de apenas
20 salários m í n i m o s , você poderá enca-
minhar sua reclamação diretamente ao
Juizado Especial C i v i l , sem a neces-
sidade de contratar u m arlvojíado
esforço repetitivo
P C o m o s u b d i r e t o r de um j o r n a l ,
trabalho longas h o r a s e m
frente a u m computador. Recen-
temente, p a s s e i a ter d o r e s no pulso
e n o s dedos. M e u m é d i c o diagnos-
ticou d a n o s causados p o r e s f o r ç o
repetitivo e a c o n s e l h o u - m e a p a r a r
de trabalhar com computadores.
T e n h o a l g u m direito à i n d e n i z a ç ã o ?
R Possivelmente. Seu empregador
tem o dever de proporcionar
condições seguras de trabalho, inclusive
com pausas de descanso durante a
jornada de trabalho, Nesses casos, é
sempre bom consultar o sindicato de sua
categoria profissional, a fim de verificar
as disposições da convenção coletiva
quanto às condições e horários de
trabalho, inclusive quanto ao direito de
estabilidade no emprego diante da
ocorrência de uma doença ocupacional.
Mas, além de provar a falha do
empregador em cumprir c o m a
legislação trabalhista e a convenção
coletiva da sua categoria, é necessário
demonstrar a ocorrência da própria
lesão, bem como, que a mesma foi
contraída no local de trabalho ou em
virtude das condições de trabalho, sem
o que dificilmente se conseguirá
sucesso com o ajuizamento de uma
ação de indenização.
NÃO DÁ.„
MEUS DEDOS
NÃO ME
OBEDECEM/
H recomendável procurar u m medico
de sua confiança a fim de que o m e s m o
possa atestar com precisão a ocorrência
da lesão; também seria útil à sua causa
se pudesse provar que u m colega, que
realizava o mesmo tipo de função, tam -
bém desenvolveu os sintomas da
referida lesão.
É importante esclarecer que o
trabalhador que passa a sofrer esse tipo
de lesão, ficando impedido de continuar
a exercer sua atividade, tem o direito de
requerer u m auxilio à previdência social,
enquanto o empregador responderá
pelos danos materiais e morais que ele
tiver sofrido.
Nesses casos, aconselha-se que o
trabalhador procure o seu sindicato a
fim de obter a orientação necessária
para o ajuizamento e ingresso dc seu
pedido perante a previdência social e
contra o empregador. No entanto, se
preferir, o trabalhador pode procurar um
advogado particular para orientá-lo e
informá-lo quanto às chances de
conseguir uma indenização.
P L A N O D E AÇÃO
1 Aconselha-se p r i m e i r o que você
procure u m médico de sua confiança,
para que ele ateste, por escrito, a
ocorrência da referida lesão.
2 E m seguida, você pode procurar o
sindicato de sua categoria profissional,
obtendo as informações necessárias
quanto aos seus direitos e às possíveis
irregularidades cometidas pelo seu
empregador. Na maioria das veies, os
sindicatos possuem um departamento
jurídico com plantões para atendimento
aos trabalhadores e, comprovando-se o
direito destes, ajuizamento do processo.
3 O mesmo sindicato também poderá
dar entrada no seu pedido de benefício
à previdência social.
4 No entanto, se preferir, você pode
procurar u m advogado particular que
também lhe dará todas as informações
necessárias quanto ao ajuizamento
Jo processo de indenização, bem como
K valores que poderão ser exigidos
do empregador.
Dano por queda
de carrossel
comparecer a uma delegacia de polícia
para proceder à abertura de u m boletim
de ocorrência, com a realização de u m
exame de corpo de delito, a fim de
comprovar as lesões sofridas por sua
filha, bem como à realização de uma
perícia no brinquedo do parque.
Cabe, ainda, aos proprietários
apresentarem o alvará de funcionamento

P
M i n h a filha caiu de u m
carrossel, machucou o b r a ç o
e teve de ser levada ao hospital.
Antes de deixar o parque de
diversões, olhei para o carrossel e
verifiquei algumas r a c h a d u r a s e
ferrugem. M i n h a filha insiste e m
que estava segurando firme quando
aconteceu o acidente. A c h o que o
problema estava no equipamento,
qjue n ã o foi devidamente conser-
tado. Podemos processar os donos
do parque de diversões?
do parque, bem como os laudos de
vistoria do carrossel. A falta de tais
documentos servirá para reforçar a
responsabilidade do parque de diversões.
P L A N O D E AÇÃO
1 Providenciar a maior quantidade
possível de provas que atestem
o acidente ocorrido com sua filha
e o estado do carrossel, podendo
ser por meio de testemunhas
e/ou de fotos do local.

R Sim, vocês podem processar o

parcue de diversões em virtude dos
danos que sofreram. O Código de Defesa
do Consumidor é bem claro quanto à
responsabilidade do fornecedor pelos
defeitos relativos à prestação do serviço e
à falta de segurança. Nesse caso, basta
que se evidencie o defeito no serviço
(falha na segurança do brinquedo,
quebra de equipamento de segurança
etc), e que os ferimentos sofridos por
sua filha foram causados em virtude da
queda do brinquedo. O parque de
diversões só poderá deixar de indenizar
você e sua filha, se conseguir provar que
o carrossel não apresentava qualquer
ripo d e defeito, e que a queda ocorreu
por culpa exclusiva de sua filha.
Cabe lembrar que, além de estarem
obrigados a reparar os danos causados,
os donos do parque respondem
criminalmente pelas lesões corporais
sofridas por sua filha.
De qualquer forma, tanto para o
ajuizamento da ação civil quanto da ação
criminal. 6 importante o qu.-mtn antes
L Seria interessante também que voce
comparecesse a uma delegacia para
pedir ao delegado a abertura de um
boletim de ocorrência por crime de
lesão corporal, com a realização de
um exame de corpo de delito. Caso
seia necessária a hospitalização
imediata de sua filha, o boletim de
ocorrência pode ser aberto quando
da sua saida do hospital.
3 Você pode ainda, antes de tomar
qualquer atitude, procurar um
advogado, que irá orientá-lo sobre
como proceder no presente caso e
também sobre a possibilidade de
ajuizar uma ação de indenização
contra o parque de diversões.
Dano a u m p a s s a g e i r o
de ônibus
P M e u p a i , u m aposentado,
estava dentro de u m ô n i b u s e
ficou ferido q u a n d o este se
envolveu n u m p e q u e n o acidente.
O s donos d a c o m p a n h i a de ônibus
d i z e m que a e m p r e s a n ã o é r e s -
ponsável por tal prejuízo porque
m e u pai estava u s a n d o o ônibus de
forma gratuita, por ser idoso. E l e s
podem fazer i s s o ?
R Não. O fato de seu pai estar
usando o ônibus sem ter pagado a
tarifa diretamente à empresa, por ser
idoso, é irrelevante para caracterizar a
sua responsabilidade. A empresa de
ônibus, ainda que prestadora de u m
serviço público, tem o dever de bem
servir aos usuários. Sua obrigação é
conduzir pessoas de u m lugar a outro de
maneira segura e eficiente. Dessa forma,
se um passageiro sofre algum dano em
\irtude de u m acidente, ainda que de
pequenas proporções, a empresa está
obrigada a indenizá-lo, mesmo se o
passageiro não tiver pago a passagem.
A responsabilidade da empresa é
objetiva, bastando ao seu pai provar
os danos sofridos (as lesões) e que
eles foram provocadas pelo acidente
com o ônibus.
Em casos como esse, é sempre
interessante tentar u m acordo com a
companhia de ônibus, tendo em vista
que tais empresas são obrigadas a
contratar u m seguro contra acidentes.
Mas, se a empresa se recusa a entrar
n u m acordo, seu pai pode entrar com
uma ação na justiça, sendo, no entanro,
aconselhável procurar u m órgão de
proteção e defesa d o consumidor ou
um escritório de advocacia para obter
os esclarecimentos necessários, inclu-
sive quanto aos valores que podem
ser pleiteados.
Responsabilidade pela
criação de a n i m a i s
P D u r a n t e u m a viagem pelo
interior do p a í s , acabei
at tropela rido, s e m querer, u m a
o'*"ve lha, o que acarretou d a n o s ao
i m e u veículo. A proprietária do
i niirial está pedindo u m a inde-
™ ização, alegando que o a n i m a l era
dl t r a ç a e ganhador de v á r i o s prê-
faiins. E l a pode fazer isso?
R
Não. Nesse caso, é você quem
pode exigir uma indenização da
pniprietária do animal, seja devido aos
i a n o s causados ao seu veículo, seja
e m virtude dos ferimentos que você
e?"ventualmente tenha sofrido. O dono do
animal tem o dever de vigiá-lo e cuidar
^sta que o mesmo não venha a causar
danos o u colocar em risco as pessoas.
Cabendo ao condutor do carro, para ter
direito à indenização, provar quem é o
dono do animal, o dano sofrido, bem
como este foi causado pelo animal
desgarrado. Dessa forma, é sempre bom
-onseguir o depoimento de testemunhas
que presendaram o acidente, o u algum
ripo de picva, pois do contrário o pedido
de indenização pode ficar prejudicado.
c importante destacar que, se o
veículo estiver transitando por estrada
ern que se cobre pedágio, a respon-
sabilidade pela reparação dos danos
também será da empresa que estiver
administrando a rodovia.
Mo entanto, se o proprietário do
animal ou a própria concessionária
conseguir provar que o atropelamento se
deu por culpa exclusiva do motorista,
arnbos ficarão desobrigados de indenizar.
Indenização por
causa de batida
Í J E u estava parado n u m s i n a l ,
* quando m e u veículo sofreu u m a
batida n a parte de t r á s , a m a s s a n d o
<> p á r a - c h o q u e e quebrando a s
lanternas. C o n t a r a m - m e q u e o
outro carro n ã o tem s e g u r o e que,
Por isso, eu n ã o serei i n d e n i z a d o
pelos p r e j u í z o s sofridos. I s s o
* verdade?
SE VOCÊ PREJUDICA ALGUÉM
PARA SE DEFENDER
Regras de autodefesa ou legítima defesa:
Você pode alegar que agiu e m legítima defesa quando:
• precisa defender a si mesmo, à sua f a m í l i a , outra pessoa oi
a sua propriedade;
• sua reação foi proporcional à ameaça que você sofreu -
você não usou mois força do que era necessário, agindo de
f o r m a razoável;
• a ofensa foi verbal e você não reagiu agredindo fisicamente
- você só pode usar a força física se não t i v e r oulra
a l t e r n a t i v a , se você ou a outra pessoa não puderem f u g i r ;
• você sofreu o ataque primeiro e sua reação foi para sua
segurança ou defesa;
O que a Justiça analisa
Circunstâncias do fato A Justiça vai analisar cada caso, e
vai levar e m conla que você esteve numa situação de risco,
confusa, sendo obrigado a tomar decisões rápidas, sem temp<
de ponderar sobre as conseqüências da sua reação ou para
decidir por agir de f o r m a diferente que não causasse o dano.
Situação de risco iminente Para caracterizar a legítima
defesa, é necessário que se esteia numa situação de risco
iminente, mas não é exigido que você tenha certeza absoluta
sobre esse risco. Também será considerada como legítima
defesa a reação ou ato praticado por alguém que acredita qu
está correndo risco naquela situação (imediato ou i m i n e n t e ) .
Quem t e m de provar que agiu em legitima defesa?
É você quem deve demonstrar que agiu para garontir sua
defesa, de sua família, de seu patrimônio, ou de outra pessoo
apontando as evidências e provas.
Responsabilidade civil
Se ficar comprovado que você agiu em sua própria defesa,
você não será responsabilizado pelo ato e não terá de pagar
uma indenização ou reparar o dano de qualquer outra f o r m a
R Não. O fato de o outro carro não
estar assegurado não impede que
você exija uma reparação pelos prejuízos
sofridos. N o entanto, tal fato pode vir a
dificultar o recebimento dos valores
requeridos, caso o motorista infrator não
tenda patrimônio para arcar com a
condenação. Cabe lembrar que, nos casos
de acidente automobilísbeo, é importante
proceder à abertura de um boletim de
ivor"rnri.n. bem como nTmnjaí três
testemunhas do acidente, pois, no caso,
cabe a você provar que o outro motorista
agiu com culpa. N o caso de batida por
trás, a Justiça considera que existe uma
presunção de culpa do motorista que
bateu em seu carro, pois este não teria
agido com o cuidado necessário, nem
guardado a distância prudente do carro
da frente. Vale destacar que o condutor
pode evitar uma condenação, se provar
que a culpa foi do motorista do carro da
frente, ao parar o veículo de forma
repentina, ou dado marcha a ré.
P L A N O D E AÇÃO
1 Em casos como esse, o motorista
lesado pode tentar um acordo com o
proprietário do outro veiculo, evitando o
ajuizamento de uma ação e a demora
no recebimento dos valores pretendidos.
2 Caso o motorista do outro veículo
recuse o acordo proposto, o caso pode
ser encaminhado ao Juizado Especial
C i v i l . Se o volor do preiuízo for de, no
m á x i m o , vinte salários mínimos, basta
que você compareça ao Juizado com
os documentos referentes à batida e
requeira a abertura do processo.
Pora tanto, é bom levar os seguintes
documentos: boletim de ocorrência,
se t i v e r ; comprovação dos prejuízos
- custo do serviço de f u n i l a r i a , das
peças danificadas etc. (são reco-
mendados três orçamentos); docu-
mentos do veículo e dados do
outro motorista.
3 Se, no entanto, o valor da
indenização pedida for superior
a vinte salários mínimos, será
necessária a contratação de um
advogado para promover a ação; e se
a indenização passar dos quarenta
salários mínimos, o processo deverá
ser encaminhado à Justiça Comum que
costuma demorar um tempo bem
maior para resolver a questão.
Portanto, é importante verificar se
vale a pena exigir a totalidade dos
preiuizus sutriuus, u n vil lude u u leiiifu
que tal demanda poderá demorar.
4 Por outro lado, o v a l o r da inde-
nização, nesses casos, não f i c a r á
restrito aos danos causados ao
veículo, sendo que o motorista lesado
poderá e x i g i r os valores referentes
aos custos que está lendo com a
causa, bem como com o que está
deixando de ganhar, e m virtude do
tempo que está perdendo no enca-
minhamento de sua reclamação.
Acidente ocorrido
dentro do seu imóvel
O funcionário que costuma
fazer a m e d i ç ã o de consumo de
eletricidade acabou sofrendo um
acidente em m i n h a c a s a , sendo
levado para u m pronto-socorro para
o devido atendimento e tratamento
d a s l e s õ e s . E l e alega que foi
atingido por u m a telha que teria
c a í d o do telhado da m i n h a casa.
A g o r a , ele quer me p r o c e s s a r pelos
ferimentos e p r e j u í z o s sofridos. E l e
tem direito a u m a i n d e n i z a ç ã o ?
R Sim. Você, como d o n o da casa, é
responsável pelas condições de
segurança do seu imóvel, sendo
obrigado a tomar teces as medidas
necessárias para conservá-lo em
perfeitas condições. Dessa forma, você é
considerado responsável pelos danos
causados por objetes que se desprendam
do imóvel, como telhas, rebocos, tijolos,
entre outros, e também pelos objetos
jogados de janelas ou terraços. E, se
houver algum tipo de acidente, como
nesse caso, você será obrigado a pagar
indenização pelos danos causados, a não
ser que consiga provar que a culpa foi
exclusiva da vitima, ou que o addente foi
causado por algum fato imprevisível e
não esperado, como Tempestades,
inundações ou incêndios. N o caso da
 queda de objetos ou líquido
arremessados de janelas ou varandas,
você pode alegar, ainda, que era
outra pessoa que estava habitando a
casa, como u m inquilino, por exemplo,
do contrário a indenização será
obrigatória. Você deve, ainda, dedicar
especial atenção à manutenção e
conservação do imóvel, pois caso o
mesmo venha a ruir, total ou
parcialmente, ou apresente algum
problema em suas instalações, como em
escadas, muros e sacadas, você terá de
pagar indenização pelos prejuízos e
danos causados. Quanto à indenização,
0 lesado poderá exigir o ressarcimento
dos prejuízos que efetívamente sofreu,
bem como os valores que deixou de
ganhar em virtude do acidente, podendo
ainda exigir uma indenização pelos
danos morais sofridos.
PLANO DE AÇÃO
1 E m casos como esse, você deve
reunir todas as informações possíveis
sobre o estado do imóvel e a forma
como ocorreu o acidente, bem como
anotar o nome e a forma de contato
das pessoas que por ventura o
tenham testemunhado.
2 Caso você tenha feito uma apólice
de seguros para o seu imóvel, você
deve procurar o corretor ou a se-
guradora, a fim de verificar se esse
tipo de acidente é coberto pelo seu
seguro e o montante da indenização
que a empresa se comprometeu
a ressarcir.
3 Aconselha-se, ainda, que você
procure um advogado especializado
em responsabilidade civil e inde-
nizações, pois esse profissional poderá
lhe orientar quanto à obrigação de
indenizar e quais os valores a vítima
pode efetivamente requerer. Poderá
ainda conduzir as negociações para a
tentativa de um acordo extrajudicial
cnm a vitimo.
Insegurança no local
de trabalho
P U m funcionário estava
promovendo, com a ajuda de
uma empilhadeira, o acondirio-
namento de algumas mercadorias.
Porém, a carga foi colocada sem
maiores cuidados, o que provocou a
sua queda e ferimentos e m minhas
pernas e pés. E m virtude dos feri-
mentos sofridos, fui obrigado a passar
algumas semanas no hospital antes
de poder voltar a andar e trabalhar
normalmente. E u posso pedir uma
indenização ao empregador?
R Sim, você pode exigir d o
empregador a reparação dos danos
que sofreu. Trata-se de addente de
trabalho, em que o trabalhador tem
direito a receber u m auxílio financeiro da
previdência social, bem como exigir do
seu empregador uma indenização pelos
prejuízos que sofreu, inclusive os de
ordem moral. Se u m empregado foi
responsável pelo acidente que vitimou
outro trabalhador, no exercício de sua
atividade, fica caracterizada a culpa do
empregador, já que este é responsável
pelos atos de seus contratados. Dessa
forma, você terá direito a ser indenizado
pelos danos materiais e morais que tenha
sofrido, podendo exigir o custeio do
tratamento médico-hospitalar até a sua
efetiva recuperação, bem como os
prejuízos financeiros que sofreu. N o
entanto, é importante destacar que para
ter direito à indenização você terá de
provar que o acidente ocorreu e foi
provocado por outro trabalhador, e ainda
que este acidente causou-lhe lesões e
danos, pois do contrário o empregador
poderá livrar-se do pagamento da
indenização. O empregador também
deixará de ser obrigado a pagar uma
indenização se conseguir provar que a
culpa pelo acidente foi exclusiva do
e n i p i e g a d o ou ainda se ocorreram
 tatores naturais e externos cujos efeitos
REGRA DE não foi possível evitar ou impedir.
OURO
P L A N O D E AÇÃO
As regras de 1 Você pode procurar o sindicato da
cuidado e sua categoria profissional, obtendo as
segurança no informações necessárias quanto aos
rabalho, como seus direitos e as possíveis
o uso de irregularidades cometidas pelo seu
luipamentos de
empregador. Na maioria das vezes os
turança e outras
sindicatos possuem um departamento
?gras impostas
leia legislação iuridico com plantões para
?ecifica de cada atendimento aos trabalhadores e,
rategoria, são comprovando-se o direito destes, para
>brigatórias e ajuizamento do processo.
devem ser
ispeitadas pelos 2 Nessa oportunidade, você poderá
empregados e solicitar que o funcionário do sindicato
«pregadores. As lhe oriente como proceder e solicitar os
empresas são
benefícios acidentários perante a
obrigadas a
Previdência Social.
iferecer todos
: equipamentos
de segurança 3 No entanto, se preferir, você poderá
lecessários a procurar um advogado particular
tada condição especializado em ações trabalhistas que
de trabalho. irá dirimir todas as suas dúvidas e
verificar a possibilidade de entrar com
um processo de indenização.
Responsabilidade do
empregador
P S o f r i u m a l e s ã o na c o l u n a
devido ao excesso de e s f o r ç o
físico que fui obrigado a f a z e r no
m e u trabalho, pois tinha de levantar
objetos m u i t o pesados. F u i obrigado
a ficar f o r a do trabalho por tempo
i n d e t e r m i n a d o e desde o acidente
m e u e m p r e g a d o r e s t á indiferente
com r e l a ç ã o à m i n h a s i t u a ç ã o .
Posso propor u m a a ç ã o c o n t r a ele?
R Sim, você pode. Seu empregador
deveria ter tomado todas as
precauções possíveis para evitar que os
seus funcionários ficassem sujeitos a
problemas de saúde. Existem várias
normas que Limitam e regulam o tipo de
esforço e o peso que os empregados
podem carregar sem o auxílio de
equipamentos. E, se o set patrão não
observou esses regulamentos e deixou de
disponibilizar os equipamentos
necessários para o transporte e a
manipulação dos produtos que estavam
acima do peso permitido pela legislação,
ele fica responsável pelos acidentes e os
danos causados aos seus empregados.
Mas, além de provar a falha do
empregador em cumprir com a legislação
trabalhista e a convenção coletiva da
sua categoria, é necessário demonstrar
a oconência da própria lesão e como
a mesma se deu n o local de trabalho oi
em virtude das condições de trabalho,
sem o que dificilmente se conseguirá
sucesso com o ajuizamento de uma
ação de indenização.
Dessa forma, você deve primeiramente
pnxrurar o sindicato da sua categoria pro-
fissional, a fim de obter a onentação neces-
sária para o ajuizamento ca ação de inde-
nização e para dar entrada no seu pedido de
auxílio perante a Previdênda Sodal.
Pedestre descuidada
quer processar
motorista
P U m a pedestre descuidada
desceu da c a l ç a d a s e m olhar e
começou a atravessar a rua no exato
momento em que e u passava pelo
local, e como e u n ã o consegui
desviar o a u t o m ó v e l , acabei atro-
pelando-a. A g o r a , ela e s t á exigindo
uma indenização pelos ferimentos
que sofreu e pelo fato de ter ficando
sem trabalhar. E l a pode f a z e r isso?
R Possivelmente. O Código de
Trânsito Brasileiro obriga o
motorista a conduzir o veículo com
atenção e o cuidado indispensável à
segurança do trânsito, devendo ainda
zelar pela segurança dos pedestres,
sendo considerada pelo código uma
infração gravíssima deixar de dar
 preferência ao pedestre quando este está
atravessando a via pública. Dessa forma,
você é responsável pelo atropelamento
de u m pedestre que esteja atravessando
uma via pública, a não ser, como no caso,
que a culpa seja do pedestre, que de
forma inesperada iniciou a travessia de
uma rua movimentada. Mas para que
fique demonstrada a culpa do pedestre, é
necessário que você prove, por meio de
testemunhas, a maneira como o pedestre
tentou atravessar a rua, assim como a
forma como você estava conduzindo o
seu automóvel, levando-se em conta o
tempo que teve para frear o carro e a
eficiência que se esperava dessa
manobra. Cabe destacar que, se a vitima
de atropelamento sofreu lesões corporais,
você poderá ser processado crimi
nalmente, devendo neste caso contratar
u m advogado especializado na área
criminal para que possa providenciar a
sua defesa. No caso da lesão corporal ser
considerada leve, o caso será enca-
minhado ao Juizado Especial Criminal.
P L A N O D E AÇÃO
1 Você deve procurar, com rapidez, um
advogado, a fim de que ele possa
analisar com cuidado as condições em
que ocorreu o atropelamento e a sua
conduta; pois, dessa forma, será pos-
sível verificar as chances que você tem
de se defender num processo iudicial,
bem como as vantagens de propor um
acordo financeiro para a vítima.
2 Outra ponto que você deve verificar
com o advogado é a possibilidade de ser
processado criminalmente, em virtude
das lesões sofridas pelo pedestre.
Carteiro atacado
por um cachorro
P Por infelicidade, m e u cachorro
acabou atacando o carteiro n o
momento em que ele entregava a
c o r r e s p o n d ê n c i a . A g o r a , ele quer
ser i n d e n i z a d o pelos prejuízos que
sofreu, incluindo o tempo e m que
ficará afastado do trabalho, bem
como os gastos com o tratamento
m é d i c o . E l e deseja, a i n d a , ser i n d e -
nizado pelas m a r c a s e cicatrizes
que ficaram e m sua perna.
E l e pode fazer isso?
R Sim. É seu dever como dono de u m
animal tomar todas as medidas
necessárias para evitar que este venha a
atacar qualquer pessoa, como acabou
ocorrendo. Você deve, portanto, mantê-lo
preso ou confinado numa área restrita
enquanto estiver recebendo visitas ou
estranhos. A única forma de você não ser
responsabilizado pelo ataque do seu cão é
demonstrar que a culpa foi unicamente da
vitima, como, por exemplo, se o carteiro
entrou no cercado do seu cachorro, apesar
da existência de uma placa informando
que o animal era bravo.
Mas, se devido a u m descuido, o seu
cachorro acabou atacando o carteiro,
então ele poderá exigir uma indenização
pelos danos que sofreu. Você ficará
obrigado a custear todo o tratamento
médico-hospitalar necessário à recu-
peração do carteiro e os dias de trabalho
que ele perdeu, até o final de sua
convalescença. É importante destacar
que se a vítima sofreu ferimentos ou
lesões que acabaram por incapacitá-la
para a sua atividade profissional, ainda
que parcialmente, você estará obrigado
a pagar uma pensão correspondente
aos valores que a vitima recebia, ou
proporcional ao grau da incapaddade
causada. Nesses casos, a vítima pode
exigir que tais valores sejam, pagos
de i i m i vnira vez
 Além da indenização por danos mate
riais, o ofendido pode exigir uma indeni-
zação pelos danos morais sofridos, bem
como pelas cicatrizes e marcas resultantes
do ataque do cachorro, que são conheddos
como danos estéticos. Os valores da inde-
nização por danos morais serão arbitrados
pelo juiz que estiver cuidando da causa,
levando em conta a gravidade da ofensa,
a repercussão para o ofendido, bem como
a capaddaoe financeira do ofensor.
P L A N O D E AÇÃO
1 Neste caso, a vitima deverá provar
que sofreu o ataque de um cão, sendo
importante indicar alguma testemunha
que tenha presenciado o fato, bem
como, quando possível, comparecer
a uma delegacia de policia para
proceder à abertura de um boletim
de ocorrência.
2 E m seguida, é aconselhável procurar
um advogado especializado em ação de
reparação civil, a fim de que ele possa
prestar todas as informações necessárias
quanto ás chances de se mover uma
ação iudicial e os valores que poderão
ser exigidos como reparação.
3 Cabe destacar que, se o valor da
indenização for inferior a vinte salários
mínimos, a vítima pode encaminhar o
seu pedido ao Juizado Especial Civil,
sem a necessidade de contratar um
advogado. Lembrando que, às vezes,
torna-se interessante abrir mão de uma
parte da indenização a que se tem
direito em proveito da rapidez com que
as causas são resolvidas no Juizado
Especial. Tais dúvidas também podem
ser esclarecidas por um advogado, por
meio de u m a simples consulta.
Carona de um
motorista bêbado
P
Para r e t o r n a r de u m a festa, m e u
filho a c a b o u aceitando carona
de u m a p e s s o a que e l e não conhecia
direito e que visivelmente t i n h a
bebido além da c o n t a . M a s como já
era tarde e a festa e r a n u m local
afastado, m e u filho resolveu aceitar
a corona mesmo a s s i m . No trajeto
de volta, p o r é m , eles sofreram u m
acidente e m e u filho teve lesões nas
costas. E l e pode exigir u m a i n d e -
n i z a ç ã o do motorista?
R Dependerá da condição er» que se
deu o addente. Primeiramente, é
importante esclarecer que o fato de o
transporte ter sido realizado de forma
graciosa, ou seja, como "carona', não
retira a responsabilidade do condutor. E
se, devido à culpa do motorista, o
"carona" vier a sofrer algum tipo de lesão,
este tem todo o direito de exigir uma
indenização pelos danos sofridos,
inclusive os de ordem moral. Nesse
sentido, o simples fato de o moiorista
estar alcoolizado não retira a sua res-
ponsabilidade pelos danos causados ao
carona, ainda mais se deixou de obedecer
a alguma norma de trânsito, corno passar
em sinal vermelho, etc. N o entanto,
dependendo das circunstândas sm que
se deu o acidente, o motorista pode ser
isento da responsabilidade pelo addente.
É aconselhável, em casos corno esse,
que se procure um advogado espeda-
lizado em indenizações, a fim ce que ele
possa verificar com o devido cuidado
todos os latos que implicaram noaci
dente e a existência ou não da respon-
sabilidade do condutor.
 O QUE FAZER NUM A C I D E N T E D E TRÂNSITO

Hoje, a maioria das pessoas contrata um seguro de acidentes para o carro, justamente para
se precaver em situações como essa. Contudo, para acionar a seguradora, é necessário respeitar todos
os procedimentos previstos no contrato. Portanto, é muito importante observar as regras do seguro
antes de contratá-lo.
Em algumas situações, como acidentes leves, não vale a pena acionar a seguradora, mas, mesmo
assim, chame a polícia para lazer o registro se você desejar cobrar o conserto do carro na Justiça.

Quando o acidente acontece: Depois do acidente:

Pareô carro imediatamente, mas com segu-
rança Num acidente leve, issoé possível. Pro-
cure não se afastar do local exato do acidente,
para que seia possível fazer o registro ou boletim
de ocorrência. Verifique os danos nos automóveis,
peça a identificação dos outros motoristas, se
possível anote as placas dos outros carros e
sempre chame a polícia. Se for o caso, ligue para
a seguradora, que pode mandar u m reboque e
alguém para buscar você no local do acidente.
Chome uma ambulância se alguém estiver
ferido. Se você sair do local do acidente e não
prestar socorro, estará cometendo um c r i m e
previsto no Código de Trânsito Brasileiro e no
Código Penal, sendo prevista pena de prisão.
Medidas de segurança Adote as medidas de
segurança necessárias sinalizando o acidente,
mantendo acesas as luzes do carro e o pisca-
alerta, principalmente à noite ou e m estradas e
rodovias. Utilize o triângulo sinalizador. Se não
tiver um, coloque galhos de árvore na pista a
uma certa distância do automóvel. Se possível,
alguém deve sinalizar para os outros carros
indicando que devem mudar de f a i x a e se
afastar do local do acidente.
Faça uma anotação de tudo o que aconteceu
Da localização e hora do acidente, de como
aconteceu, os danos nos automóveis, as placas,
a marca e o modelo dos veículos envolvidos
no acidente, se todos eslavam usando os cintos
de segurança. Anote os nomes, endereços e
contatos dos outros motoristas e de pessoas
que tenham presenciado o acidente. Peça a
sua via do documento de registro feito pelo
policial ou se informe como poderá obtê-la.
Se o acidente for grave, todos os envolvidos
serão encaminhados a um hospital público e
os atendimentos, registrados. Peça uma cópia
desses registros. A defesa c i v i l ou o corpo de
bombeiros t a m b é m registram o caso, e você
pode e x i g i r uma cópia dos documentos. Se no
m o m e n t o do acidente ninguém foi encaminhado
ao hospital, procure o seu médico e faça exames
detalhados para verificar se sofreu alguma lesão.
Reúna todos os documentos da seguradora ou,
caso você não a tenha acionado, da oficina e m
que seu c a r r o foi consertado - inclusive nota
fiscal e u m a declaração atestando que somente
os danos decorrentes do acidente f o r a m
reparados e que não foi feita manutenção de
rotina no automóvel.
Procure u m advogado com toda a
documentação. Você poderá mover uma ação
contra o outro motorista se ele for o culpado e
se recusar a pagar o conserto do seu c a r r o e os
outros danos que você sofreu, ou contra a
seguradora se ela se recusar a pagar a
indenização do seguro.
NUNCA
• deixe o local do acidente sem todos os
detalhes essenciais do acidente, principalmente
os dados dos outros carros e motoristas;
• mova o veículo antes de a polícia chegar, a
menos que haia um perigo m a i o r se ele não for
removido, podendo causar novos ocidentes.

O local do c a s a m e n t o
P M i n h a noiva e eu resolvemos
n o s casar e marcamos a
c e r i m ô n i a no j a r d i m da casa da
família d e l a . E possível celebrar
u m casamento nesse tipo de local?
R Sim. De acordo com o novo
Código Civil, após o processo
de habilitação, no qual os noivos
manifestam o desejo de se casar, e
preenchendo os requisitos necessários, a
cerimônia poderá ser realizada no lugar
escolhido por eles, desde que a
autoridade competente para celebrar o
casamento aprove o local.
O Código ainda prevê que o
casamento seja público, isto é, durante o
ate, as portas da casa deverão ficar
abertas, e que a cerimônia seja
presenciada por quatro testemunhas.
Celebrado o casamento, este se fará
constar no livro de registro.
Cancelando
o casamento
P N ó s planejamos
u m grande casa-
mento para a n o s s a filha.
A MÃE DELA
U m a s e m a n a antes da
MUITO CORUJA
festa, seu noivo resolveu QUESTÃO
que n ã o queria mais
NOSSO
casar. N o entanto, já
FOSSE
t í n h a m o s alugado as
roupas e o carro que
levaria a noiva, e t a m -
bém contratado florista,
fotógrafo, músicos e
bufê. C o m o cancela-
mento do enlace, nós
perdemos as quantias
dadas como s i n a l ?
R Sim. De acordo com a
lei brasileira, a parte
que contratou o serviço
perde o que já foi pago em
favor da parte que iria executá-lo. Isso só
ocorre quando a desistência vem da parte
de quem contratou.
A partir do momento que você assina
um contrato com essas empresas, e esse
contrato não é cumprido, o sinal passa a
ter caráter indenizatório. Essas empresas
reservaram o dia, a hora e deixaram de
atender outros clientes, sendo justo que
cobrem pela reserva.
N o entanto, como a culpa foi de
um terceiro, no caso o noivo, este po-
derá ser responsabilizado civilmente
pelo ato da desistência que gerou pre-
juízos para a família. Baseada nisso, a
família poderá entrar na Justiça contra
o ex-noivo para se ressarcir dos pre-
juízos materiais.
É importante esclarecer que o rompi
mento da promessa de casamento, por
si só, não enseja qualquer tipo de inde-
nização. Para fins de reparação, serão
levados e m conta todas as despesas e
os prejuízos materiais que o r o m p i -
mento causou.
Nesse caso, também há de se observar
se o rompimento não se deu por uma
causa justa, o que pode excluir o
direito a indenização.
É
E FEZ.
DE QUE O
O K , ESTA
CASAMENTO
TUDO EM
NA ARVORE/ CIMAJ
' i

Obrigação de devolver
o anel de noivado
P E u presenteei m i n h a n o i v a
com u m anel de noivado. S ó
que agora ela quer cancelar o
casamento e se recusa a devolver o
anel que lhe dei. O que posso f a z e r
para ter o a n e l de volta?
R Embora a lei brasileira não aborde
claramente essa questão, muitos
doutrinadores entendem que os
presentes dados durante o noivado
devem ser restítuídos. C) presente e m
questão é considerado uma doação feita
por contemplação de u m casamento. Se
este não se realizar, a doação não terá
efeito, ou seja. o presente deverá ser
devolvido. Caso sua ex-noiva insista e m
não devolver o anel, entre com uma
ação de ressarcimento contra ela.
Troca de esperma
P
H á cinco anos, meu marido
e e u resolvemos ter u m
bebê e n o s submetemos a u m a
i n s e m i n a ç ã o artificial com e s p e r m a
p r ó p r i o . N ó s c r í a m o s n o s s o filho
com m u i t o a m o r e carinho, mas à s
vezes ficamos em dúvida quanto
à utilização do esperma correto,
pois n o s s o filho n ã o possui ne-
n h u m a s e m e l h a n ç a física com o
m e u m a r i d o n e m com a s u a
f a m í l i a . Podemos checar se foi
utilizado o e s p e r m a correto?
R A primeira coisa a fazer é procurar
pessoalmente a clínica ou o médico
que realizou a inseminação artificial e
expor suas dúvidas. Pedir que chequem
seus arquivos de forma a esclarecer se, de
fato, não houve engano. Se os resultados
não forem satisfatórios, o ideal será
submeter seu marido e seu filho a u m
exame He D N A O rpmiltaHo for
positivo, vocês estavam enganados
e o esperma não foi trocado. Contudo,
se o resultado for negativo, vocês esta-
vam certos e realmente essa criança não
é filha de seu marido. Pelo gravíssimo
erro, à clínica o u ao médico poderá
caber a responsabilidade.
PLANO DE AÇÃO
1 Procure o médico ou a clínica
que realizou a inseminação artificial
e explane suas dúvidas.
2 Peça que se faça uma análise dos
arquivos para comprovar que não
houve engano.
3 Se os resultados não forem
satisfatórios, submeta seu marido
e seu filho a um exame de DNA.
O Q U E É NECESSÁRIO PARA T E R
UM C A S A M E N T O VÁLIDO?
Requisitos p a r a se ter u m casamento válido no B r a s i l :
• Homem e mulher com mais de 18 anos podem se casar,
p o r é m , se a idade for 16 ou 17 anos, será necessária a auto-
rização de ambos os pais ou de seus representantes legais.
• Dar início a um processo de habilitação, no cartório mais
p r ó x i m o da residência de um dos noivos, firmando a vontade
de ambos de contrair o matrimônio.
• Para o processo de habilitação deverão constar os s e g u i n t e s
documentos: certidão de nascimento e RG (no caso de m e n o r ,
autorização dos pais ou representantes legais); declaração d e
duas testemunhas, podendo ser parentes ou não (contanto q u e
atestem conhecer os noivos e que a f i r m e m não existir n e n h u n
i m p e d i m e n t o ) ; declaração do estado civil e domicílio do n o i v e
e de seus p a i s ; se for viúvo ou v i ú v a , apresentar a certidão d «
óbito do côniuge; se tiver tido um casamento anulado por
a l g u m m o t i v o , apresentar a certidão que comprove a
anulação; e se for divorciado, anexar o registro da sentença
de divórcio.
• Estando e m ordem a documentação, o oficial do cartório
afixará per 15 dias o edital que comunica o casamento nas
circunscrições do Registro Civil de ambos os noivos, para que
se verifique a existência de impedimentos.
• Se não houver impedimento, o oficial do registro expedirá o
certificado de habilitação, que terá eficácia de 90 dias.
• Antes de celebrar o casamento, é aconselhável que os noivos
determinem o regime de bens que será adotado.
4 Se o resultado for positivo, não há
dúvida de que a criança é filha de
seu marido.
5 Se o resultado for negativo,
realmente o médico ou a clínica
utilizou esperma trocado.
6 Entre com uma ação de danos
morais e materiais contra o médico ou
a clínica e os denuncie ao Conselho
Federal de Medicina.
Quem foi o doador
do esperma?
conhecer a identidade de quem os
recebeu, assim como quem os recebeu não
saberá quem foi o doador. Todas as clínicas
ou médicos também passaram a ter de
guardar sigilo absoluto sobre a identidade
dos doadores de gametas e pré-embriões,
assim como sobre quem os recebeu.
Em situações espedais, como de u m
fundamento médico relevante, as
informações sobre doadores até poderão
ser fornecidas. Todavia, essas informações
poderão ser repassadas exclusivamente
para médicos e, mesmo assim,
preservando-se a identidade civil do
doador. Tendo em vista as regras da
Resolução, se a inseminação artificial

P
M i n h a filha foi concebida por
i n s e m i n a ç ã o artificial com
esperma doado. T e n h o medo de que,
ao crescer e resolver se casar, ela
tenha alguma l i g a ç ã o consangnínea
com seu futuro m a r i d o . Para
impedir que isso a c o n t e ç a , posso
descobrir quem foi o doador
do esperma?
ocorreu após 1992, a probabilidade de sua
filha ser parente do futuro marido será
remota, uma vez que a Resolução também
previu que as dínicas, centros ou médicos
que praticam a reprodução assistida
usando esperma doado, com base em seus
registros, deverão evitar que um doador
tenha produzido mais que duas gestações,
de sexos diferentes, numa área de um
milhão de habitantes.

R Em 1992 publicou-se no Diário

Oficial uma Resolução do Conselho
Federal de Medicina que trata especifi-
Formas de impedir
camente das normas
o aborto
para a utilização
das técnicas
de reprodução
P A namorada de meu filho está
grávida dele e deseja fazer u m
aborto. M e u filho não quer que ela o
assistida. A partir faça. Ela pode interromper a gravidez?
desse ano, todas as
clínicas e médicos
que trabalham com
doação de esperma
R Com base no Código Penal
brasileiro, provocar aborto e m si
mesma ou consentir que outra pessoa o
passaram a ser faça é crime, podendo acarretar pena de
obrigados a manter u m a três anos de prisão. Só err. casos
um registro excepdonais a lei brasileira autoriza o
permanente de aborto. O Código prevê que se faça o
dados clínicos e aborto quando este tiver como objetivo
uma amostra de salvar a vida da gestante. O u seja, o
material celular dos médico percebe que a gestante corre
doadores. No risco de vida e não tem outro meio de
entanto, os doa- salvá-la, a não ser pela prática do aborto.
dores de esperma Nesse caso, o aborto poderá ser reali-
não poderão zado. Outra exceção que o Código prevê
para autorizar o aborto é quando a
gravidez resultar de estupro. Assim
sendo, se a namorada de seu filho quer
fazer u m aborto, mas não se enquadra
em nenhuma das exceções acima
mencionadas, ela está indo contra a lei.
Pai se recusa a fazer
R De acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente, a adoção
atribui a condição de filho àquele que foi
adotado, desligando qualquer vinculo com
pais biológicos e parentes. Quando a
criança chega a u m orfanato, muitas vezes
nem a própria instituição sabe quem são
seus pais. No entanto, mesmo sabendo,
essa informação não poderá ser divulgada.

exame de DNA

P Q u e r o pedir p e n s ã o alimentícia
ao pai de meu filho, m a s ele s e
r e c u s a a fazer o exame de D N A .
Adoção por
estrangeiros
E l e pode fazer isso?
P M e u m a r i d o e e u somos
estrangeiros e moramos e m

R Sim. Baseado em decisões jurispru-

denciais o suposto pai não é obri-
gado a se submeter ao exame de DNA.
outro país. A d o r a m o s o B r a s i l e
g o s t a r í a m o s de adotar u m a c r i a n ç a
brasileira. P o d e m o s fazer isso?
No entanto, a recusa sem justo motivo vai
gerar uma presunção de verdade nos
fatos alegados. O suposto pai, alegando
princípios constitucionais básicos como o
R Em princípio, sim, no entanto terão
de passar por um processo de
habilitação. Tendo em vista as graves
de que ninguém é obrigado a produzir denúncias de tráfico internadonal
prova contra si mesmo, o direito à intimi- de crianças, o Estatuto da Criança e
dade e o da inviolabilidade do próprio do Adolescente determinou alguns
corpo, até pode se negar a fazer o teste de requisitos básicos para que possa ser
D N A . Mas a recusa suscitará uma forte
suspeita de que o suposto pai teme u m
resultado positivo, ou seja, tem medo
daquilo que o exame pode provar. Entre- ISSO NÃO
tanto, com a recusa do investigado em se PROVA NADA.
submeter à realização do exame de D N A
e mesmo constituindo prova desfavorável
a ele, essa presunção não será absoluta,
tendo, portanto, o órgão julgador de
analisar cuidadosamente as provas docu-
mentais, como fotos, cartas etc. e as pro-
vas testemunhais trazidas ao processo
para chegar a uma decisão acertada.

Quem são os meus

verdadeiros pais

P E u fui adotado quando r e c é m -

nascido. A g o r a que estou
prestes a me t o r n a r pai, quero
descobrir q u e m s ã o os m e u s pais
biológicos. T e n h o como d e s c o b r i r ?

concediua a d«Joi,do de biasüeiros por
estrangeiros. Primeiramente, a criança e
o adolescente só estarão disponíveis para
serem adotados quando for comprovado
por sentença que os pais do menor foram
destituídos do poder familiar, ou que
tenham falecido, ou que o menor seja
abandonado e não se saiba da existência
de nenhum parente. Deverá haver uma
proposta formal dos candidatos, com a
apresentação de seus documentos.
Cumpridas as exigências estabeleddas no
Estatuto, será ouvido o representante do
Ministério Público, podendo ser proferida
a sentença que habilita os requerentes à
adoção internacional. Depois de
habilitados, os requerentes, já com a
criança escolhida, poderão solidtar, por
meio de petição, a adoção do menor.
Essa petição não precisa ser formulada
por um advogado. Todavia, no caso de
adoção internacional, será necessário u m
período de convivência a ser estipulado
pelo juiz. Aprovado o estágio de
convivência, e percebendo que houve
uma boa integração psicológica entre o
adotante e o adotado, o juiz poderá
proferir a sentença de adoção.
Recusados por
agência de adoção
P M i n h a m u l h e r e e u resolvemos
adotar u m a c r i a n ç a . A p ó s a l -
gumas e n t r e v i s t a s , fomos i n f o r m a -
dos de que n ã o e s t á v a m o s h a b i l i -
tados p a r a t a l . P o r que isso ocorre?
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA
A D O Ç Ã O POR E S T R A N G E I R O S
Proposta formal dos candidatos; prova de atendimento
das exigências legais de domicilio; avaliação psicológica
dos requerentes; habilitação especifica do casal para
aquela criança ou adolescente; documentos pessoais
(certidão de nascimento e casamento, folha corrida
iudicial, cópia dos passaportes, comprovante de renda,
prova de saúde física e mental) e fotos da família.
K
begunuu o Estatuto da Criança
e do Adolescente, há regras
básicas para que se efetue u m a adoção.
A habilitação é a forma de se avaliar
se aqueles que querem adotar têm
realmente condições morais, materiais
e osicológicas para criar uma criança ou
adolescente e se não têm impedimentos
legais para isso. N o entanto, se vocês
tiveram o seu pedido de adoção r e c u -
sado, entrem e m contato com o Juizado
da Infância e Juventude e procurem
saber os motivos da recusa. Se os
motivos que acarretaram o impedimento
estiverem apontados em lei, como, p o r
exemplo, adoção por ascendentes ou
irmão, não há o que fazer. N o entanto,
se for possível, tentem sanar os motivos
que geraram a recusa, ou, se for o easo,
escolham outra criança ou adolescente
para adotar.
PLANO DE AÇÃO
1 Escrevam ou vão pessoalmente ao
Juizado da Infância e da Juventude e
procurem saber o motivo que levou à
negativa de habilitação.
2 Conhecidos os motivos, procurem
saná-los na medida do possível.
3 Uma vez sanados os motivos,
peçam, então, que seiam realizadas
novas entrevistas.
4 Se, no entanto, o impedimento
estiver expresso em lei, a adoção
não será concedida.
Filhos fora do
casamento
P
Sou casado " n o p a p e l " com
uma mulher, tenho dois filhos
c o m ela, moramos na mesma casa,
m a s n ã o vivemos maritalmente
há muitos anos. Agora, minha
n a m o r a d a está grávida e minha
m u l h e r diz que, pelo fato de eu
ser casado, não p o s s o registrar a
c r i a n ç a . Isso é verdade?
R Não. O Código Civil de 2002
expressa que os filhos havidos ou
não da relação de casamento terão os
mesmos direitos e qualificações, sendo
proibida qualquer discriminação. O fato
QUEM PODE ADOTAR?
Qualquer pessoa pode adotar, independente-
mente do estado c i v i l , desde que seja maior de
18 anos e possua uma diferença de pelo menos
16 anos em relação ao adotado. Qualquer pessoa
pode ser adotada, desde que haja consentimento
dos pais ou representantes legais. Nos casos em
que o adotado contar mais de 12 anos, o consen-
timento também será essencial.
Restrições para Adoção
Não é possível mais de uma adoção sobre a
mesma pessoa, ou mais de um adotante sobre
o mesmo adotado. A lei t a m b é m não permite
que avós adotem netos, pais adotem filhos,
bisavós adotem bisnetos e irmãos adotem
irmãos. A única exceção de adoção por mais
de uma pessoa é no caso de marido ou mulher
ou companheiros que desejem adotar e m
conjunto uma criança ou adolescente.
Direitos do Adotado
A adoção é i r r e t r a t á v e l e perpétua, criando
laços de paternidade e filiação, com todos os
direitos e obrigações, atribuindo ao adotado a
condição de filho como se este naturalmente
o fosse. A adoção também confere ao adotado
0 sobrenome do adotante e todos os deveres e
direitos sucessórios, desfazendo qualquer
vínculo com a sua família biológica.
Como adotar?
1 O procedimento para se adotar uma criança
inicia-se com o comparecimento daquele que
deseia adotar ao Juizado da Infância e da
Juventude mais perto de seu domicílio.
2 São poucas as restrições para se adotar,
conforme mencionado anteriormente. No
entanto, para ocorrer de fato a adoção, esta
vai depender da avaliação do iuiz.
de você ser casado no papel com uma
mulher não impede que reconheça uma
criança mesmo sendo de outra. Se a
criança é sua filha, não só você pode
como tem a obrigação de registrá-la. O
Estatuto da Criança e do Adolescente
dispõe que os filhos havidos fora do
casamento poderão ser reconhecidos
No entanto, o consentimento será dispensado
por lei quando a criança ou o adolescente tiverem
pais desconhecidos, desaparecidos ou tenham eles
sido destituídos do poder familiar, sem que tenha
havido nomeação de tutor. Também será dispen-
sado o consentimento quando se tratar de órfão
que, há mais de um ano, não tenha sido procu-
rado por qualquer parente.
3 0 iuiz, baseado num conjunto de
informações prestadas pelos técnicos do
Juizado, vai analisar cuidadosamente se a
adoção pode ser feita.
4 Serão realizadas entrevistas c o m os
interessados em adotar e será mancada
uma visita à residência deles.
5 Esclarecidas todas as dúvidas dos
técnicos do Juizado, o processo segue
para o promotor, que manifestará sua
opinião sobre a habilitação.
6 Depois disso, o processo segue
para o iuiz, que o encontrando
satisfatoriamente instruído poderá
deferir a habilitação dos adotantes.
7 Os pretendentes à adoção, depois de
aprovados pelo iuiz, estarão em condições de
adotar e passarão a integrar um cadastro.
8 O vínculo da adoção se constituirá por
sentença i u d i c i a l , que será inscrita no registro
civil mediante mandado do qual nõo se
fornecerá certidão.
9 O mandado iudicial, que será
arquivado, concederá o registro
original do adotado.
 pelos pais, em conjunto ou separa-
damente, no próprio termo de nasci-
REGRA DE
OURO mento, por testamento, mediante
escritura ou outro documento público,
O registro de
nascimento deverá
-er realizado dentro
sendo o reconhedmento irrevogável.
de 14 dias após o
»arto, na repartição
Opinião sobre creches
P
da administração
M i n h a filha acabou de matri-
pública mais pró-
xima à residência, cular seu filho de 3 anos n u m a
de forma gratuita,
sob pena de multa
se transcorrido
creche. N a semana passada, n ó s
fomos buscar o nosso neto e ficamos
chocados ao encontrar a creche toda
o prazo. suja. Havia também muitas outras
crianças de diferentes idades e u m a
única babá para tomar conta de todas
elas. Quando reclamamos, a b a b á
respondeu que a creche funcionava
a s s i m mesmo. E s s a creche pode
funcionar nessas condições?
R Não. Provavelmente essa creche
nem tem licença para funcionar.
A primeira coisa a fazer é denunciar
o estabelecimento à Secretaria de
Educação. Depois disso, procure outra
creche para matricular seu neto. Escolher
uma creche é uma tarefa difícil que
requer muita pesquisa e análise, pois não
se deixa uma criança em qualquer lugar.
.As creches podem estar situadas em
locais de trabalho ou não, mas precisam
ser licenciadas pelo Estado. Devem
cumprir certas normas já regulamentadas
e, por isso, todo cuidado é pouco na hora
da escolha. É imprescindível que a mãe
visite as instalações, observe como são
tratadas as crianças já matriculadas e
converse com a equipe de pedagogos,
psicólogos e demais profissionais.
Procure saber a linha de educação que a
creche adota e que atividades serão
realizadas com seus filhos. Fique com a
criança meio período na creche e observe
como ela se adapta ao ambiente.
Castigos e
abusos físicos
P M e u filho, de 13 anos de idade,
está passando por u m a fase difí-
cil. O n t e m ele estava excepcional-
mente agressivo e eu lhe dei u m
tapa. Ele disse que poderia me denu-
nciar. Posso ser processada por isso?
R É papel dos pais impor limites aos
filhos. Talvez u m tapa só não cause
maiores conseqüências. Mas todo cuidado
é pouco na hora de criar e educar um
filho. De acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente, é passível de
punição aquele que submete menores,
que estejam sob sua autoridade, guarda
ou vigilância, a vexame ou qualquer tipo
de constrangimento. Além do mais,
aqueles que passam do limite e que
surram e espancam crianças ou
adolescentes estão cometendo crime de
maus-tratos, previsto no Código Penal.
Para esses, a punição é muito mais severa,
pois, além de responder criminalmente,
os vús poc.erãi' perder ou ter suspenso o
poder familiar. No seu caso, como o seu
filho está extremamente agressivo,
procure ajuda psicológica para que ele
possa superar essa fase difícil.
A idade legal para uma
pessoa ser contratada
P Temos chamado, com
freqüência, u m a v i z i n h a de 15
anos de idade para olhar o nosso
filho. Ela é u m a pessoa confiável e
ele gosta muito dela. No entanto,
fomos alertados por amigos de que
é ilegal u m a jovem de m e n o s de 16
anos ser requisitada para esse tipo
de trabalho. E verdade?
R Com base na lei, menores de 14
anos não podem trabalhar. N o
emanto, se ela tem 16 anos, não há
impedimento. A legislação brasileira
a d m i t e como trabalhador doméstico todo
indivíduo maior de 14 anos, com R E S P O N S A B I L I D A D E DOS PAIS
capacidade para desenvolver tal
atividade. O fato de ela ser menor de Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e
idade não a impede ce ter carteira de educado no seio de uma família. É assegurada a eles a
trabalho assinada e todos os direitos convivência familiar e comunitária num ambiente livre
referentes à classe. A Constituição de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
Cabe oos pais o dever de sustento, guarda e educação
Federal de 1988 permite ao empregado
dos filhos menores sob pena de perder ou ter suspenso
doméstico, que já tenha completado 14
o poder familiar.
anos e menor de 18 anos, assinar recibos
de pagamento de salário, 13" salário,
férias etc. Todavia, o menor será
impedido de dar quitação pelo
recebimenro do que lhe é devido sem Separação dos pais
assistência do responsável legal. Aquele que tem a guarda da criança ou do
adolescente tem a obrigação de prestar-lhe
assistência moterial, moral e educacional. A
separoção, porém, não exclui a responsabilidade do
Contrato desfeito outro de prestar alimentos ao filho. De acordo c o m
esse entendimento, a parte que não ficou com a
T ) N ó s contratamos uma
guarda da criança ou do adolescente deverá, c o m
A empregada doméstica para que
base na proporção de seus rendimentos, pagar-lhe
trabalhasse t a m b é m aos s á b a d o s . uma pensão mensal.
A g o r a e l a se matriculou n u m curso
para estudar nos fins de s e m a n a .
Q u a n d o reclamamos, ela disse que
n ã o n o s cabe interferir em seus
projetos. E l a tem esse direito? Mudança na lei
O antigo Código Civil previa que a maiorídade era

R A partir do momento que vocês
firmaram um acordo com uma
pessoa e esta deliberadamente o
descumpre, o melhor a fazer é romper o
contrato de trabalho, entendendo como
um pedido de demissão o fato de ela não
querer mais trabalhar aos sábados. Vocês
não podem obrigá-la a trabalhar, mas
podem dispensar os serviços dela.
Suspeita de
abuso sexual
E u tenho forte suspeita de que
m e u cunhado e s t á abusando
sexualmente d a filha de 12 anos de
idade. N ã o quero interferir a l é m
dos m e u s direitos, mas acho que
devo tomar alguma providência.
Como devo agir nesse caso?
alcançoda aos 21 anos. Com o novo Código Civil de
2002, a pessoa que completa 18 anos está opta a
praticar todos os atos da vida c i v i l .
Dever de pagar alimentos
No compo iurídico há uma grande discussão a
respeite da exoneração da pensão alimentícia para o
filho que completa 18 o nos. Pois, para a maioria dos
juristas, esse entendimento seria injusto, uma vez
que, aos 18 anos, muitos jovens ainda estão
terminando o ensino médio ou começando a cursar
u m a faculdade.
Com base nesse entendimento, a pensão alimentícia
dada ao filho maior de 18 anos poderá ser estendida
até os 24 anos, desde que este comprove que está
estudando e que não possui economia própria.
K
Comu e uma alurnaçao muito grave,
primeiro é melhor ter certeza de que
realmente está ocorrendo abuso sexual.
Comprovado o fato, você deve comunicá-lo
imediatamente ao Juizado da Infância e
da Juventude. Abusar sexualmente de
uma criança é crime previsto no Código
Penal. Além de responcer criminalmente,
o pai da criança poderá perder a guarda e
o poder familiar que tem sobre ela.
Adolescente portando
maconha
P E s t a v a colocando a calça jeans
de m e u filho n a máquina de
lavar quando encontrei maconha no
bolso. E l e me disse que n ã o era
ilegal portar u m a pequena porção
da droga. Ele t e m 17 a n o s . Está
dentro da lei?
R Independentemente da quantidade
que possui, seu filho não está
dentro da lei. A maconha no Brasil é
considerada droga ilícita. Com base na lei
de prevenção e repressão ao tráfico ilícito
de drogas e o uso indevido de
substândas entorpecentes, aquele que
adquire, guarda ou traz consigo, para uso
próprio, substância entorpecente ou que
determine dependènda física ou psíquica
e que não tenha regulamentação legal,
deverá responder a processo perante os
Juizados Especiais Criminais. Condenada,
a pessoa poderá pegar de seis meses a
dois anos de prisão, além de pagar multa.
N o entanto, como o seu filho é menor de
idade, se ele for pego cem a droga, terá
de se submeter a medidas socioedu-
cativas determinadas pelo juiz da Vara
da Infância e da Juventude.
Drogas em festa
na nossa casa
P N ó s d e m o s u m a festa para
c o m e m o r a r os 15 a n o s de
n o s s a f i l h a . S e m que s o u b é s s e m o s ,
a l g u n s de s e u s a m i g o s trouxeram
ecstasy para a festa, i n c l u s i v e um
r a p a z que n u n c a h a v i a e x p e r i m e n -
tado drogas. O s p a i s do m e n i n o
e s t ã o , agora, a m e a ç a n d o e n t r a r
com u m a a ç ã o c o n t r a n ó s por
t e r m o s permitido que i s s o ocor-
r e s s e . E l e s t ê m esse d i r e i t o ?
R Processar, eles até p o d e m , mas
terão de provar que vocês foram
coniventes na utilização da droga. A
situação é delicada, pois se os pais são
coniventes e liberam o uso de drogas,
eles ferem de forma clara o Estatuto da
Criança e do Adolescente. O Estatuto
dispõe que toda criança ou adolescente
deve viver n u m ambiente livre da
presença de pessoas dependentes de
substâncias entorpecentes. N o entanto,
se os pais não são coniventes, eles não
têm nenhuma responsabilidade pelo
que aconteceu. Quando se dá uma
festa, abrem-se as portas da casa para
diferentes pessoas, e se uma dessas
carrega consigo uma droga ilícita, quem
tem de responder por isso é o portador
da droga e não o d o n o da festa.
Usando a própria casa
como garantia
P
M e u companheiro é a u t ô n o m o
e, para levantar dinheiro para
s e u p r ó p r i o n e g ó c i o , ele deseja
oferecer como garantia a n o s s a
casa, que é de propriedade de n ó s
dois. E s t o u com medo de perder
esse b e m , caso ele venha a falir e
t e n h a de entregar a casa c o m o
pagamento da dívida. Posso i m p e d i -
lo de f a z e r essa t r a n s a ç ã o ?
R Sim. De acordo com o n o v o
Código Civil, nenhuma das partes
pode vender, gravar ônus real, prestar
fiança, aval, fazer doação sem a
autorização da outra parte. Apenas no
regime da separação absoluta de bens
uma das partes pode praticar tais atos
sem a concordância do outro. Todavia,
como vocês vivem e m união estável e a
casa pertence aos dois, para que esta seja
dada em garantia, o seu companheiro
precisará da sua assinatura concordan-
do com isso. E você tem todo o direito
de se recusar a assinar. A falta da sua
autorização torna o ato anulável, ou seja,
a parte que não foi consultada pode
requerer a sua anulação. O requerimento
para tornar o ato anulado deverá ser
pleiteado até dois anos depois de des-
feita a sociedade conjugai.
Responsável pelas
dívidas do marido?
P
D e s d e que perdeu o emprego,
m e u marido tem contraído
d í v i d a s v u l t o s a s . E l e diz q u e nós
dois s o m o s r e s p o n s á v e i s por elas.
Ele tem razão?
O novo Código Civil de 2002
expressa cue, independentemente
do regime de bens, tanto o marido
quanto a mulher podem livremente
praticar diversos atos na oonstânda do
casamento. Determinados atos não

CAPACIDADE DO M E N O R

De acordo c o m o novo Código C i v i l , a menoridade Os maiores de 16 anos e menores de 18 são

cessa aos 18 anos completos, ficando a pessoa considerados relativamente capozes, ou seia,
habilitada a praticar todos os atos da v i d a c i v i l . só podem p r a t i c a r alguns atos da vida c i v i l .

Menores de 12 anos Se o menor tiver 16 onos completos,

Será necessário autorização para
v i a j a r e m desacompanhados.
Menores de 16 anos
São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida c i v i l , ou seia,
deverão ser representados pelos pais ou
reoresentantes legois.
16 e 17 anos
Podem p a r t i c i p a r da votação e m eleições,
sendo o voto opcional para essa foixa etária.
a incapacidade pode acabar:
• pelo casamento;
• pelo exercício de emprego público efetivo;
• pelo estabelecimento c i v i l ou comercial,
ou pela existência de relação de emprego,
desde que, e m função deles, o menor com
16 anos completos tenha economia própria.
Capacidade processual
• Para pleitear seus direitos nc Justiça, os
menores deverão ser representados ou
assistidos por seus pais, tutores ou curadores.

18 anos Imputabilidade penal

0 alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios.
Alistamento eleitoral e o volo são:
• obrigatórios para maiores de 18 anos;
• f a c u l t a t i v o s para maiores
de 16 anos e menores de 18 anos;
• proibidos para menores de 16 anos.
A incapacidade do menor pode acabar:
• pela concessão dos pais ou de um deles
quando o outro não estiver presente, mediante
i n s t r u m e n t o público ou por sentença do juiz.
Os menores de 18 anos são penalmente
inimputáveis, ou seia, não respondem a
processos criminais como aqueles que são
maiores de idade, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial.
Da ação penal
Pora propor uma ação penal, se o ofendido for
menor de 18 anos, terá o seu direito de queixa
exercido pelo seu representante legal.
 precisam nem da autorização da outra
parte para serem praticados. Atos como,
por exemplo, comprar, ainda que a
crédito, itens necessários à economia
doméstica ou obter empréstimo para
aquisição dessas coisas. Contudo, quando
tais atos dizem respeito à economia
doméstica, benefidando toda uma
família, as dívidas contraídas para suprir
essas despesas obrigarão o casal
solidariamente a responder por elas.
O marido que não
abandona a casa
advogado e peça como medida cautelar
a separação de corpos. Essa medida tem
como finalidade presewar a integridade
física e moral do casal. Com base nesse
entendimento, o juiz poderá determinar
que o seu marido saia de casa. A
hipótese de separação de corpos se faz
mais urgente quando há agressão física
e moral, pois tais acontedmentos tornam
a vida do casal insuportável, bem
como insustentável a manutenção da
convivência sob o mesmo teto. No
entanto, o juiz, baseado em provas,
analisará o pedido e decidirá se é
procedente ou não a separação de

P
Nosso c a s a m e n t o e s t á n o fim,
mas meu m a r i d o se recusa a
deixar a nossa c a s a , apesar do
imóvel estar no m e u nome.
E l e pode permanecer s e m o
m e u consentimento?
corpos. É aconselhável, porém, que o
casal se separe fisicamente. Se vai haver
em breve u m processo de separação
litigiosa, é melhor que o casal não
permaneça morando sob o mesmo teto,
para evitar situações constrangedoras
durante o trâmite da ação.

R IYira que o seu marido saia de casa,

será necessário entrar com uma
ação de separação de corpos. Antes de
Divórcio sem advogado
entrar na Justiça pleiteando uma ação de
separação judicial litigiosa, prcxrure um P E u quero me divorciar, mas n ã o
desejo contratar um advogado.

CLASSIFICAÇÃO DAS D R O G A S

São consideradas substâncias entorpecentes ou
capazes de estabelecer dependência física ou
psíquica aquelas que forem especificadas em lei
ou relacionadas pelo Ministério da Saúde. Quando
alguém for preso portando drogas, a autoridade
competente terá de observar qual tipo de droga,
a quantidade de substância apreendida, o local e
as condições e m que se desenvolveu a ação
criminosa, bem como as circunstâncias da
prisão, a conduta e os antecedentes do agente.

Algumas drogas consideradas ilegais no B r a s i l : Maconha e haxixe: são usados em f o r m a de

Cocaína: pode ser inalada, ingerida ou injetada.
A pessoa passa a ter alucinações agradáveis,
euforia, sensação de força muscular e m e n t a l .
E m todas as suas formas, essa substância
causa séria dependência, sendo o crack o
maior vilão.
Heroína: é uma substância inalável. Excepcio-
nalmente, pode ser injetada, o que leva a um
quadro de euforia. A superdose pode resultar e m
coma e morte por insuficiência r e s p i r a t ó r i a .
cigarro, no entanto também podem ser cheirados
ou ingeridos. Seus efeitos d u r a m entre uma e seis
horas, causando desinibição, euforia e aumento
de apetite.
LSD: é encontrado e m tabletes, cápsulas
ou líquido, e é ingerido. Sua ação d u r a
entre dez e doze horas e tem como efeito
alucinações enlouquecedoras.
Ecstasy: vem e m f o r m a de c o m p r i m i d o e
também provoca alucinações e dependência.
Posso conseguir o divórcio sem o
auxílio de u m profissional?
R
Não. No Brasil, o advogado é
indispensável à administração da
justiça. Ninguém pode agir em juízo sem
a assistência de u m advogado legalmente
habilitado para exercer essa função. A
postulação em qualquer órgão do Poder
Judiciário é atividade que só um
advogado pode desempenhar, e se este
não esriver presente o ato não poderá ser
considerado válido. Sendo assim, para
entrar com u m pedido de divórcio, você
vai precisar de u m advogado ou defensor
público. Procure a Justiça Gratuita
representada pela Defensoria Pública ou
um Escritório Modelo. Mas tanto a
Defensoria Pública quanto os Escritórios
Modelos só podem representar pessoas
que não têm condições de arcar com os
honorários advocatícios e com as
custas do processo.
• Se a parte que não t i v e r dado causa para a dissolução da
P L A N O D E AÇÃO
1 Procure a Defensoria Pública ou um
Escritório Modelo mais próximo de
sua residência.
2 Leve os documentos necessários,
inclusive o comprovante de renda.
3 No entanto, se você quer se
divorciar mas não se enquadra para
ser beneficiado pela gratuidade de
Justiça, terá mesmo de contratar
um advogado.
Divisão de bens
P M i n h a c o m p a n h e i r a e eu
acabamos de n o s separar. E l a
quer vender rapidamente a casa em
que m o r á v a m o s , m a s o mercado
está, no momento, em baixa. E u
gostaria de a d i a r a venda por u m
tempo até c o n s e g u i r u m preço
melhor. E l a poderia vender o imóvel
sem o m e u consentimento?
UNIÃO ESTÁVEL
Ocorre a chamada "união estável" quando um homem e umi
mulher, ambos livres e desimpedidos, se associam com o fim
de constituir uma f a m í l i a . Os dois deverão conviver como
se casados fossem por um período de tempo iuridicamente
razoável, sem interrupções e não clandestino. Caracterizada
união estável, serão gerados entre eles direitos e deveres de
respeito e consideração mútua. Além de assistência moral e
material reciproca, como a guarda, o sustento e a educação
dos filhos comuns. E s s a mesma união poderá, a qualquer
tempo, ser desfeita, s e i a pela vontade de ambos os compa-
nheiros ou só de um.
Regime da comunhão p a r c i a l de bens
Quanto aos direitos patrimoniais, estes serão verificados
ao tempo da dissolução da união estável, aplicando-se,
de acordo com o lei, o regime da comunhão parcial de
bens. Ou seia, todos os bens adquiridos na constância do
casamento pertencerão a ambos. Os bens adquiridos por
cada u m , antes do casamento, continuarão a ser de pro-
priedade só deste.
Alimentos
união comprovadamente necessitar de alimentos, ela terá
o direito de recebê-los do ex-companheiro. No entanto, há
necessidade de culpa pela dissolução da união estável
como requisito do dever de prestar alimentos. Se houver
reciprocidode de culpas dos companheiros, estará excluído
de ambos o direito de receber ou a obrigação de prestar
alimentos. No entanto, o direito ao recebimento de pensão
alimentícia será condicionado ao período e m que um deles
verdadeiramente necessitar e enquanto não constituir
nova união, seia estável ou m a t r i m o n i a l .
Direito real de habitação
Quando a união estável for dissolvida pela morte de
um dos componheiros, o que sobreviveu terá direito real de
habitação, enquanto viver ou não constituir novo casamento.
Conversão da união estável em casamento
Poderá ser realizada a qualquer tempo pelo oficial do
registro civil da circunscriçâo de seu domicílio.
Mudança na lei
As uniões que se constituírem e se sujeitarem ao novo Código
Civil não precisarão mais obedecer ao lapso temporcl de
cinco anos, como estipulado na Lei dos Direitos dos Compa-
nheiros. A união estável poderá ser caracterizada indepen-
dentemente do tempo que o casal ficou junto. O elemento
temporal não será mais requisito legal para que o
companheiro ou a companheira tenha direito a alimentos.
 | ^ Nao. De acordo com o novo
REGRA DE JL V Código Civil, nenhuma das partes
OURO pode vender u m bem imóvel sem a
autorização da outra parte. Tais atos só
Documentos para
e n t r a r com a ação
de separação
podem ser feitos livremente se o regime
for o da separação absoluta de bens.
Se o imóvel pertence a vocês dois,
de corpos ela não poderá vendê-lo sem o seu
1. Certidão de consentimento. A autorização é requisito
asamento do casal.
fundamental para que o ato seja válido
2. Certidão de
Sem esta, você poderá requerer a
nascimento dos
anulação da venda, até dois anos após
filhos.
3. Carteira de terminada a sociedade conjugai. Mas
dentidade do casal. a negativa de autorização para vender
4. Comprovante de um imóvel tem de ter um fundamento
endas de cada u m . lógico, pois se o juiz entender que o
5. Provas motivo não é justo, pode suprir a sua
documentais e/ou assinatura e tornar válido o negócio.
testemunhas dos Mas, se a sua ex-companheira aceitar,
atas que justificam
você pode comprar a parte dela com base
a separação
no preço pelo qual ela quer vender.
de corpos.
A decisão de quem fica
c o m o que no divórcio
M e u m a r i d o q u e r entrar n a J u s t i ç a
para que s e j a resolvido o i m p a s s e .
E l e pode fazer isso?
R Sim. Quando o casal não chega a
u m acordo, o ideal é que se procure
a justiça, pois esta serve para solucionar
conflitos que as pessoas não conseguem
resolver sozinhas. Se a conversão de
separação judicial em divórdo é
consensual, ou seja, amigável, o casal
resolve, observando o regime de bens
adotado na época do matrimônio, quem
vai ficar com o quê. A partilha dos bens
se faz em comum acordo e caberá ao juiz
apurar se é justa. O juiz, percebendo que
a partilha não preserva suficientemente
os interesses de uma das partes ou dos
filhos, pode se recusar a homologá-la.
N o entanto, se uma das partes não
aceita a separação ou o casal não chega
a u m acordo em relação à partilha de
bens, a separação judidal ou o divórcio
será de forma litigiosa. Nesses casos, o
ex-casal. cada u m representado por seu

P
advogado, vai brigar perante o juiz pelos
N o s s o casamento a c a b o u e nós bens a serem partilhados. Para haver o
n ã o conseguimos c h e g a r a um divórcio litigioso, será necessária a
acordo sobre a divisão de b e n s . comprovação de que o casal está, de
falo, separado há pelo menos dois anos.
No processo deverão constar, da forrna
EU FICO
COM A CASA, E mais completa possível, todos os bens
OS MÓVEIS, COMIGO comuns do casal, estipulando-se
ELETRODO- FíCA inclusive o valor de cada u m . Podem ser
MÉSTICOS, O QUÊF/
objeto da partilha todos aqueles bens
COMPUTADOR...
que têm valor representativo, como. por
exemplo, imóveis, móveis de valor,
veículos, jóias, obras de arte etc.
Enquanto o processo não termina, o
juiz poderá, perante a solicitação do
advogado, estabelecer de forma provi-
sória pensão, guarda dos filhos e o
direito de visitas.

Quem f i c a com a
g u a r d a da criança?

P M e u marido e e u brigamos e
nos s e p a r a m o s , mas ele insiste
 REGIMES DE BENS
Regime da comunhão p a r c i a l de bens
É o regime de bens mais usado no Direito bra-
sileiro. No falta de qualquer convenção antenupcial,
é esse o regime que prevalecerá. No regime da
comunhão parcial de bens, todos os bens adquiridos
durante o casamento serão comuns ao casal. No
entanto, os bens que f o r a m adquiridos antes do
casamento por cada um continuarão a ser de
propriedade só deste, não pertencendo ao outro.
Nesse caso, t a m b é m se excluem da comunhão os
bens que vierem por doação ou sucessão, mesmo
que seia na constância do casamento.
Comunhão universal de bens
No regime da comunhão universal de bens, todos
os bens que coda u m iá possuía e os que v i r á a
possuir na constância do casamento serão comuns
ao casal. Todos os bens, os adquiridos no passado,
no presente e no f u t u r o , pertencerão aos dois. P a r a
escolher esse regime, será necessário que os noivos
f a ç a m um pacto antenupcial, por escritura pública
e m u m Tabelionoto de Notas.
Separação de bens
Neste r e g i m e , todos os bens, tanto os presentes
quanto os futuros, permanecerão de propriedade
individual de cada u m . Segundo a lei brasileira,
esse regime é obrigatório para os noivos maiores
de 60 anos e p a r a os menores de 18 anos.
Separação f i n a l nos aqüestos
É um regime novo, estipulado no Código Civil de
2002, em que cada pessoa possui u m patrimônio
próprio, f o r m a d o por todos os bens que iá possuía
antes da realização do casamento e pelos que
adquiriu na constância deste. O r e g i m e da
separação f i n a l nos aqüestos tem por efeito que,
ao tempo da separação, cada u m t e r á direito o
metade dos bens adquiridos pelo c a s a l na cons-
tância do casamento.

era ficar com a guarda de nossos O ordenamento juridico brasileiro,

filhos. Ele tem esse direito? tendo e m vista as constantes disputas
pela guarda dos filhos e pensando no

R Em muitos casos em que há

separação de casais, há também
briga pela guarda dos filhos. Entende-se
como guarda dos filhos o direito dos
pais de terem os filhos menores em
sua companhia. Esse direito cabe,
rigorosamente em igualdade de
condições, tanto ao pai quanto à mãe e
pode ser confiado a u m ou a outro, ou a
ambos, ou até mesmo a uma outra
pessoa da família, por determinação
judicial. X o entanto, a guarda dos filhos
menores muitas vezes é disputada pelos
casais, não só pelo prazer de ter os filhos
em sua companhia, mas porque quem
tem a guarda tem o direito de
administrar como lhe convier a pensão
que for paga ao menor pelo outro.
Contudo, a obrigação de sustentar o
menor é de ambos os pais. Mesmo que a
guarda esteja confiada à mãe, se ela tiver
recursos próprios o pai não estará
obri«ndo n «ustentnr o ^Iho sozinho
interesse dos menores, abriu uma brecha
para a existência da guarda compar-
tilhada com o novo Código Civil. Apesar
de ainda não ter regras claras, a guarda
compartilhada seria, sem dúvida, a
melhor solução em termos psicológicos
para os filnos, pois nela a guarda caberia
a ambos cs pais.
O pai quer a g u a r d a
da c r i a n ç a
P M i n h a e x - m u l h e r tem sido
negligente em r e l a ç ã o aos
nossos filhos, e eu quero i n t e r v i r
nesse problema. Posso a p e l a r p a r a a
J u s t i ç a para que meus filhos p a s s e m
a morar comigo?
R Sim.Você pode entrar com uma
ação pedindo a guarda dos filhos.
O novo CóJ';.;o Civil prevê que a
guarda cios tilros seia a l i i b u i u a a quem
revelar melhores condições para exercê-
la. N o entanto para tirar a guarda da
sua ex-mulher você terá de provar que
seus filhos não estão sendo bem
tratados. O Esratuto da Criança e do
Adolescente prevê que q u e m tem a
guarda deverá prestar assistência
material, morei e educac o n a l . Se a sua
mulher estivei, comprovadamente,
ferindo os direitos de seu filho, ela
poderá perder a guarda por
determinação judicial.
M ã e proíbe o pai de se
e n c o n t r a r com os filhos
P F i c o u estabelecido, q u a n d o
e u e minha e x - m u l h e r nos
divorciamos, que eu t e r i a o direito
de v e r m e u filho e m i n h a filha em
determinados dias. A g o r a m i n h a
e x - m u l h e r se recusa a d e i x a r que
eu fique com as c r i a n ç a s . E l a pode
fazer isso?
R Não. Cem base no novo Código
Civil de 2002, o pai ou a mãe que
não tiver a guarda dos filhos pcxlerá
visitá-los e tê-los em sua companhia,
conforme foi acordado pelos próprios
pais ou determinado pelo juiz.
Quando uma das partes descumpre o
que foi acordado ou determinado, esta
leie de teima claia nao so o diieiLo ue uni
pai ou de uma mãe de ver seus filhos,
mas também o direito da criança de
manter contato com aquele que não
possui a guarda. De acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente, a
visita daquele que não mantém a guarda
é um direito do menor. A lei dispõe que
as visitas devem ser regulares, de ferma a
transmitir segurança e confiança às
crianças, e flexíveis, para que os filhos não
percam programas ou eventos sociais que
lhes são interessantes. Determinado o
esquema de visitas, ele deve ser cumprido
regularmente. No entanto, em
circunstâncias especiais, o esquema de
visitação pode ser ampliado, reduzido ou
suspenso. Será suspenso se for
comprovado que a visita constitui r.sco à
integridade física e mental das crianças.
Sendo assim, caso o pai ou a mãe que
não esteja com a guarda dos filhos seja
impedido pelo ex-marido ou ex-mulher
de visitar a criança, a pessoa prejudicada
poderá tomar algumas providências,
como registrar um bolehm de ocorrência
na delegacia mais próxima de
sua residência
P L A N O D E AÇÃO
1 Registre u m boletim de ocorrência
em qualquer delegacia de polícia.
Quem não cumpre as determinações
previstas na regulamentação de v i -
sita está cometendo crime de desobe-
diência à ordem iudicial, previsto no
Código Penal.
2 E m seguida, procure a Vara de
F a m i l i a da Comarca onde foi
vinculado o acordo da guarda da
criança e relate o ocorrido.
O direito de e s t a r
c o m os netos
P N o s s o s netos moram com n o s s o
ex-genro e ele se r e c u s a a
deixar que n ó s vejamos a s c r i a n ç a s .
Ele t e m esse direito?
 S E P A R A Ç Ã O E DIVÓRCIO
De acordo com a lei b r a s i l e i r a , a dissolução da
sociedade conjugai pode t e r m i n a r pela morte de
uma das partes, pela anulação do casamento, pela
separação judicial ou pelo divórcio. Quando o casal
deixa de viver como m a r i d o e mulher e não
recorre ao Judiciário, pode-se até dizer que eles
SEPARAÇÃO J U D I C I A L
CONSENSUAL OU LITIGIOSA
Separação consensual: ocorre quando o casal
convenciona as condições da separação,
apresentando ao iuiz um acordo iá pronto para
que seia homologado. Nesse acordo deverão ser
estipulados: alimentos, guarda dos filhos,
partilha de bens etc.
Separação litigiosa: é aquela requerida por
um côniuge contra o outro, podendo ocorrer
quando u m dos cônjuges violar os deveres do
casamento, tornando insuportável a vida em
corrum (adultério, i n j ú r i a grave e t c ) ; ou
quando há ruptura da vida em comum por
mais de um ano, com impossibilidade de sua
recorstituiçâo; ou, ainda, na hipótese de
grave doença mental, manifestada após o
casamento, de cura improvável e duração
superior a dois anos.
Efeitos: a separação i u d i c i a l , seja ela
consensual ou litigiosa, extinguira os deveres de
coabitação, ou seia, m o r a r junto, de fidelidade
recíproca e o regime de bens. A partir daí, as
partes deixam de ter d i r e i t o sobre o patrimônio
adquirido posteriormente.
Prazo: a separação iudicial consensual ou por
mútuo consentimento poderá ser realizada de
comum acordo, desde que o casamento tenha
mais de u m ano de duração e o casal manifeste
perante o iuiz o desejo de se separar. O iuiz
poderá homologar a convenção. Entretanto,
este poderá se recusar a fazê-lo se apurar que o
acordo não preservou suficientemente os
interesses dos filhos ou de uma das portes.
estão separados. No entanto, a separação não
quebra os laços do m a t r i m ô n i o . Estes só serão
rompidos pela m o r t e de u m a das partes ou pelo
divórcio. Sem a homologação do d i v ó r c i o , as
pessoas separadas judicialmente não podem se
casar de novo.
DIVÓRCIO D I R E T O OU I N D I R E T O
Divórcio direto: ocorre quando é comprovada a
separação de fato por mais de dois anos. Nesses
casos, não há separação iudicial. O divórcio serr.
pleiteado por via direta e poderá ser consensual
ou litigioso, não sendo necessária a explicação
da causa da separação em ambos os casos.
Divórcio indireto: pode ocorrer a p a r t i r de
um ano da sentença que decretou a separação
iudicial. Passado esse prazo, qualquer uma
das partes poderá requerer a conversão da
separação em divórcio.
Condições para conversão da separação
judicial em d i v ó r c i o : decurso do tempo,
prévia p a r t i l h a de bens e o c u m p r i m e n t o das
obrigações assumidas ao tempo da separação.
O divórcio direto consensual segue o mesmo
procedimento da separação consensual. Na
convenção estabelecida de comum acordo,
deverá ser estipulado o valor da pensão alimen
ticia, guarda de filhos e partilha dos bens a ser
homologada pela sentença do divórcio. Tambén
será necessário provar que o casal está
separado há mais de dois anos. Já o d i v ó r c i o
direto litigioso ocorre quando uma das partes
contrata um advogado e sozinho requer o
divórcio, dispensando qualquer tentativa de
reconciliação do casal. Nesses casos, a parte
requerente t a m b é m deverá provar o decurso d(
prazo de dois anos consecutivos da separação.
Se o casal não chegar a u m acordo prévio
quanto à partilha de bens, esta poderá ser
dispensável. Quando a sentença do divórcio se
tornar d e f i n i t i v a , não podendo as partes
recorrer do que foi determinado, um novo
casamento poderá ser realizado.
 K relação ao direito da visitação de
Apcsai de a lei bci omissa c.u
avós aos netos, a falta de previsão legal
específica não afasta esse direito. A
Constituição Federal de 1988 dispõe
que constitui dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à
criança e ao adolescente o direito à
convivência familiar e comunitária. O
Estatuto da Criança e do Adolescente
também afirma o direito destes de
participar da vida familiar e
comunitária, sem discriminação. Os
avós, além de serem vinculados aos
netos por laços de parentesco, mantêm
com eles ligações jurídicas de grande
importância. Os avós podem
acompanhar o desenvolvimento físico e
moral dos netos, assim como requerer
ao juiz medidas de proteção ao menor
no caso de abuso de poder dos pais.
Além disso, na falta do pai ou da mãe
para sustento do filho, os avós serão
obrigados a prestar alimentos. C o m
base nesse entendimento, não faria
sentido proibir a visitação entre avós e
netos, pois, por construção júris-
SEMPRE QUE EU APAREÇO, VOCÊ.
DIZ QUE NÃO E UMA BOA HORA
PR A VER AS CRIANÇAS/
p i u d e n u J , quem Leio o devei de
alimentar tem o direito de visitar. Sendo
assim, quando impedidos de visitar ou
ter os netos em companhia, os avós
podem exercer o seu direito na Justiça.
A s crianças não
q u e r e m v e r o pai
P M e u companheiro e eu nunca
fomos casados e agora nos
s e p a r a m o s . A s c r i a n ç a s d i z e m que
n ã o querem ver o p a i , m a s ele
insiste em reivindicar s e u direito de
estar com eles. E l e e s t á correto?
R
Sim. Se ficou determinado na
separação que a guarda da criança
caberá à mãe, esta deverá estimular o
vinculo dos filhos em relação ao pai. As
visitas poderão ser estabelecidas de
comum acordo pelos própries pais ou
por meio de uma regulamentação de
visita. Na regulamentação serão
determinados os dias, horários,
aniversários, férias, tudo o que diz
respeito ao direito da criança em conviver
com ambos os pais. A aproximação deve
ser incentivada, pois a mãe tem u m
vínculo maior com o filho desde a
gestação. O fato de vocês não serem
casados não impede que o seu
ex-companheiro veja os filhos.
Ele tem o dever da prestação de
alimentos e o direito de visitar e
ter os filhos em sua compannia.
P a i quer que a m ã e e
o filho s a i a m de c a s a
P M e u companheiro, c o m q u e m
n u n c a fui c a s a d a no p a p e l ,
c o m e ç o u a ter u m caso c o m u m a
outra m u l h e r . N ó s temos d u a s
crianças menores, mas como a
c a s a em que moramos lhe pertence,
ele quer, agora, nos forçar a
deixar o imóvel.
 R O fato de vocês não serem casados
no papel não significa que seu
ex-companheiro não tenha obrigações.
Vocês muito provavelmente viviarr. em
união estável e, com base nisso, tudo
o que seu ex-companheiro adquiriu
durante a constância dessa união tam-
bém lhe pertence. O u seja, se o imóvel
foi adquirido na constância da união
estável, a metade dele é sua, não
podendo o seu ex-companheim querer
botá-la para fora.
O motivo da separação do casal não
influencia a partilha dos bens e não
exclui o seu direito na parte que lhe
compete do imóvel. Na falta de um
acerto amigável, as questões patrimoniais
poderão ser solucionadas por meio
de uma ação declaratória de reconhe-
cimento da união estável e do pedido
da conseqüente dissolução desta.
No entanto, se o imóvel for somente
de seu ex-companheiro, não tendo
você nenhum direito sobre ele, o seu
ex-companheiro até poderá pedir que
você saia com as crianças, mas terá de
arcar com as despesas de manutenção
do mesmo padrão para os filhos em
u m outro lugar semelhante ao em que
viviam. Além disso, o pai das crianças terá
de pagar alimentos para cada u m , com
base na proporção ce seus rendimentos.

ALIMENTOS

Os alimentos são prestações que têm como objetivo atender às

necessidades vitais e sociais básicas de uma pessoa.

: Pensão Alimentícia Decorrente de Parentesco alimentícia se estenderá até os 24 anos de idade.

: O novo Código Civil expressa que os parentes,
; marido e mulher, ou companheiros podem pedir
• alimentos uns aos outros de forma que posscm
: viver de modo compatível com a sua condiçco
: social. Nesses casos, o dever de prestar
• alimentos v a i decorrer da solidariedade f a m i l i a r .
| Provada a necessidade, ou seia, que a pessoa não
: tem meios de se sustentar sozinha, seia por causa
: de doença, de deficiência física ou mental,
• idade avançada, ou mesmo miserabilidade,
• o parente prestará alimentos de ocordo c o m
: as suas possibilidades.
• Pensão Alimentícia Decorrenle do Poder
• F a m i l i a r O dever de sustento dos pais em relação
: oos filhos menores decorre do poder familiar. Ou
: seio, enquanto os filhos não atingirem a
• maioridade civil de 18 anos, os pois terão
'• obrigação de prestar alimentos a estes. Nesses
: casos, não será observado se há necessidade de
: alimentos. O pai ou a mãe, independentemente de
• o filho necessitar ou não, terão a obrigação de
\ prestor alimentos.
: Todavia, após completados 18onos, se o filho
comprovar que está estudando, n pensão
Nesse caso, a prestação alimentícia será
decorrente da relação de parentesco e não mais
do poder f a m i l i a r , devendo o filho provar que
necessito dos alimentos.
Inicialmente a obrigação de prestar alimentos
se dá entre pais e filhos. O filho deve pedir
alimentos ao pai e à mãe, e, se estes não
puderem comprovadamente prestá-los, poderá
ser postulado perante os avós. Comprovada a
impossibilidade de os avós presta- os t a m b é m ,
a obrigação poderá recair nos biscvós, e assim
sucessivamente. Com base nisso, o dever de
prestar olimentos é recíproco e n t r e pais e filhos,
extensivo a todos os avós, recaindo a obrigação
nos parentes mais próximos. Na falta de
ascendentes, caberá a obrigação aos
descendentes, e, faltando estes, a o ; irmãos.
O novo Código Civil t a m b é m i n s t i t j i u que se
o parente que deve alimentos não estiver e m con-
dições de, sozinho, suportar totalmente o encargo,
poderão ser chamados a concorrer com a pres-
tação de alimentos os parentes m a i s próximos.
Com base na lei, várias pessoas poderão ser
obrigadas a prestar alimentos, na proporção
dos seus respectivos recursos.

homília e aoanaonaaa
s e m condições
P M e u companheiro me
abandonou com nossos filhos.
E l e t a m b é m me deixou s e m
c o n d i ç õ e s de criar a s c r i a n ç a s .
E l e pode fazer i s s o ?
R Lógico que não. O dever de
sustento e educação dos filhos é
tanto do pai como da mãe. Entretanto,
se na separação do casal ficar estipulado
que os filhos ficam sob a guarda da
mãe, o pai deve contribuir com uma
REGULAMENTAÇÃO D E VISITA
Se os pais não chegarem a um acordo quanto à
regulamentação de visita, o iuiz poderá, analisando cada
caso, estipular a f o r m a de visitação-padrão.
Caso a guarda fique com a m ã e , o pai poderá:
• Ter o menor e m sua companhia em fins de semana
alternados, devendo, para tanto, apanhá-lo na residência
da mãe no sábado, em u m horário predeterminado, e
devolvê-lo no domingo, t a m b é m e m um horário
previamente marcado.
• Nas festas natalinas de anos pares o menor f i c a r á e m
companhia da mãe e nos anos ímpares em companhia do
pai, invertendo-se os procedimentos no Ano-Novo e
demais feriados, como Dia da Criança, Páscoa,
carnaval etc.
• No dia do aniversário do menor, este ficará e m
companhia da mãe, cabendo ao pai participar da festa
de comemoração ou o direito à visitação no dia anterior
ou posterior à data do aniversário. É fundamental que se
respeite o horário escolar do menor.
• No dia do aniversário dos pais do menor, no Dia das
Mães e no Dia dos Pais, o menor ficará em companhia
do aniversariante ou homenageado, independentemente
de a quem caiba, o f i m de semana.
• Férias escolares de meio e final de ano serão
divididas igualmente, ou seia, na p r i m e i r a metade o
menor ficará e m companhia do pai e nos dias restantes
em companhia da mãe.
No entanto, se ficar comprovado que o menor corre
risco ou não está em ambiente adequado para sua idade,
a visitação poderá ser suspensa, reduzida ou modificada,
estabelecendo-se novas regras para que esta ocorra.
pciibuo d l u i i c n l i u d paia auxiliai Uo
sustento, alimentação, vestuário,
educação, lazer, assistência médica e
moradia da criança. A separação não
exclui os direitos dos filhos e nem o
dever de sustento que os pais têm em
relação a eles.
Procure imediatamente a Justiça
Gratuita da sua cidade e entre com
uma ação de alimentos contra o
pai das crianças.
Sustentando filhos de
c a s a m e n t o s anteriores
P E s t o u me divorciando e u m
amigo m e alertou de que eu
teria de continuar sustentando os
filhos do casamento anterior de
m i n h a mulher, da mesma forma que
sou obrigado a sustentar os nossos
próprios filhos. E l a pode exigir isso?
R
Xos dias de hoje, para o Direito
brasileiro e sua jurisprudência,
as relações jurídicas não devem mais
ser consideradas apenas pelo vinculo
genético, mas também pelos laços
afetivos e sociais constituídos. O Direito
de Família passou a priorizar os inte-
resses da criança, do adolescente e das
relações afetivas. O conceito de entidade
familiar ampliou-se, abrangendo, além
dos relacionamentos decorrentes do
casamento, as relações socioafetivas que
se formaram. Sendo assim, com base no
princípio da solidariedade familiar e
considerando a entidade familiar como
aquela que possui relações afetivas
duradouras, públicas e contínuas, q u e m
faz parte desse núcleo poderia pleitear
alimentos. Baseado neste entendimento,
o enteado poderia requerer alimentos
ao padrasto e vice-versa.
P a i quer reduzir inviabiliza a convivência deste com
aquele que não tem a guarda. N o
a pensão

P
M e u ex-companheiro quer
reduzir a p e n s ã o que paga ao
nosso filho. E l e pode fazer isso?
entanto, atualmente, com a opção da
guarda compartilhada, ambos os pais
poderão exercer a guarda. Diante disso,
se o pai ou a mãe quiser mudar de
domicílio com a criança, terá de ter a

R As prestações de alimentos têm

como objetivo atender às
necessidades vitais e sociais básicas
permissão do outro.

daquele que não pode se manter MEDIAÇÃO E A R B I T R A G E M

sozinho. 0 dever de sustento dos pais
em relação aos filhos menores vai
perdurar até ser atingida a maioridade
civil do filho ou por outra causa a ser
determinada pela legislação. N o entanto,
se a capacidade de quem presta
alimentos for alterada, o pai pode até
pecir a redução da prestação alimentícia
na Justiça, mas terá de provar o motivo
do pedido. Pode haver mudanças na
situação econômica de cada u m ,
principalmente diante de uma economia
instávei, com níveis altos de desemprego
e num mercado de trabalho competitivo.
A s crianças estão
de mudança
O Brasil, apesar de ser u m dos paises mais atrasados na
utilização de métodos de mediação e a r b i t r a g e m , é o que
possui uma dos mcis modernas legislações nessa área.
Esses métodos deveriam ser m a i s aplicados, de f o r m a a
descongestionar o Judiciário. Vários conflitos poderiam
ser rapidamente resolvidos, em vez de f i c a r e m por anos
sendo discutidos na Justiça.
A mediação é uma espécie alternativa de resolução de
conflitos. É u m método e m que as partes escolhem u m
mediador para que este, com imparcialidade, procure
pacificar a divergência. O objetivo da mediação é fazer
com que as partes se entendam, oferecendo oportunidade
para que encontrem soluções favoráveis. O mediador de
forma alguma poderá interferir nas decisões a serem
tomadas, como também não decidirá nada. Ele apenas
irá auxiliar as partes a chegar a uma solução viável e
iusta para todos os envolvidos.
O processo de mediação não exige qualquer formalidade
e reduz de modo considerável o congestionamento do

P
M e u s filhos vivem c o m m i n h a
ex-mulher e acabei de descobrir
que ela planeja se m u d a r do norte
para o sul do país. E l a pode fazer
isso s e m me consultar?
Judiciário. A mediação é o único mecanismo em que as
partes decidem por sua própria vontade e consciência
coordenadas pela figura de u m mediador.
Na a r b i t r a g e m , também será chamado um terceiro,
isento de qualquer interesse no conflito, para realizar
uma mediação negociai entre as partes. No entanto, o
á r b i t r o poderá aplicar regras escolhidas pelas próprias

R A mudança de domicílio por

aquele que tem a guarda dos
filhos é um dos pontos polêmicos no
Partes que estão brigando. Diferentemente do mediador,
o árbitro, além de mediar as discussões, irá decidir
quem está ou não com a razão. Sua decisão tem força
Direito brasileiro, porque o executiva, ou seia, deverá ser c u m p r i d a .
possuidor da guarda tem o direito
de se mudar para qualquer parte
do território nacional. Este só
terá a obrigação de comunicar
para onde vai. Tendo em vista a
grande extensão do território
brasileiro, esse entendimento é
uma verdadeira aberração
jurídica, uma vez que contraria
irtc'cs<;c Ho menor o multeis vc
1
Crianças levadas
p a r a fora do país
P Minha ex-companheira
s e q ü e s t r o u n o s s a f i l h a de 14
a n o s de s u a e s c o l a e a levou para a
Turquia. O u v i dizer que o M i n i s -
tério das Relações Exteriores não
t e m o b r i g a ç ã o legal de assegurar a
s u a volta. I s s o é v e r d a d e ?
R Sim. O Ministério das Relações
Exteriores não tem legitimidade e
n e m competência para assegurar a volta
de sua filha. Ele poderá ajudar, agilizando
o cumprimento de decisões, citações e t c ,
mas o Ministério não tem obrigação
legal. O melhor a fazer é viajar para a
Turquia e entrar com uma ação de guarda
combinada com regulamentação de visita
na comarca na qual sua ex-companheira
está morando com sua filha. Se você
entrar com um processo aqui no Brasil,
este poderá demorar anos, sendo
impulsionado por carta rogatória.
A carta rogatória é uma das formas de
relacionamento jurisdicional com as
autoridades estrangeiras. Durante o
processo para requerer citação, inti-
mação, exames, perícias, diligências etc,
terá de ser expedida carta rogatória, que
muitas vezes demora anos para ir e vol-
tar. Portanto, a melhor solução é entrar
v.oiH uni processo la na iurquia.
Dependendo da sentença, a volta ce sua
filha será assegurada pela própria Justiça
e pela Convenção de Haia, que :em
por objetivo assegurar que crianças
seqüestradas em outros países voltem
o mais rápido possível ao seu país de
origem, onde se deu o seqüestro.
O r d e m iudicial
no estrangeiro
P M i n h a ex-mulher voltou a
morar no B r a s i l e trouxe nosso
filho de 12 anos. Recorri à Justiça n a
Austrália e ganhei a c a u s a para po-
der v ê - l o , mas agora ela me diz que
as l e i s australianas não se aplicam
no B r a s i l . Seu argumento é válido?
R A sentença proferida no
estrangeiro terá força legal no
Brasil tão logo seja homologada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
C o n t u d o , o STF só homologará as
sentenças estrangeiras que estiverem
revestidas de todas as formalidades
nei essár as para que ocorra a execução
A validade da sentença no terri:ório
nacional vai depender de requisitos
como: a sentença estrangeira ter sido
proferida por u m juiz competente; as
partes terem sido legalmente citadas
para responder ao processo; a sentença
ter sido traduzida por u m intérprete
autorizado, como também passada
em julgado. No entanto, as sentenças,
atos ou leis de outro país que ofen-
derem a soberania n a d o n a l , a ordem
pública e os bons costumes não pode-
rão ter a sua eficácia garantida no
Brasil. Se a sentença não for compatível
com as leis brasileiras, concedendo
absurdos jurídicos não reconhecidos no
cenário nacional, então não será válida
aqui. Como, neste caso, trata-se de
regulamentação de visita, a sentença
proferida na Austrália, revestida das for-
malidades necessárias, poderá ter sua
eficácia garantida no Brasil. Questões
de família, como guarda, alimentos e
visitação, são matérias conhecidas pela
legislação brasileira que não cos:umarr
ofender a ordem publica, a soberania
nacional e os bons costumes.
Direito do idoso de
permanecer em casa
P
Acabo de completar 80 anos
e moro s o z i n h o . Sofri recente-
mente pequenos acidentes em
m i n h a casa, por i s s o m e u filho
e minha nora querem que eu me
mude para u m a i n s t i t u i ç ã o de
idosos. M a s estou feliz onde moro
e acho que posso t r a n q ü i l a m e n t e
cuidar de m i m . E l e s t ê m o direito
de me transferir?
R
Não. De acordo com o Estatuto
do Idoso, instituído em outubro
de 2003, "o idoso tem direito a moradia
digna, no seio da família natural ou
substituta, ou desacompanhado de
seus familiares, quando assim o
desejar, ou. ainda, e m instituição
pública ou privada". Se o idoso não
deseja morar em casa de repouso, não
pode ser obrigado. Mas, quando o
idoso precisa de cuidados e não tem
parentes que possam prestados, o que
se pode fazer é contratar alguém para
ajudá-lo dentro da sua própria casa
com os cuidados pessoais, como
alimentação, banho, locomoção, ou
simplesmente prestar auxílio quando
necessário. A família d o idoso, em vez
de colocá-lo numa clínica, poderá
procurar uma agência de enfermagem
que preste esse ripo de serviço. Tudo
isso vai depender da disponibilidade
econômica de cada família.
P L A N O D E AÇÃO
1 Procure u m a agência de
enfermagem e se i n f o r m e
quanto nos pr robrrrdos
PREVIDÊNCIA SOCIAL
A Previdência Social é u m seguro social que, por meio de
recolhimentos mensais, resguarda o cidadão de qualquer
eventualidade que prejudique a capacidade de trabalho. O
dinheiro recolhido pela Previdência Social deverá ser
utilizado para substituir a renda do trabalhador
contribuinte que, por a l g u m motivo, não puder mais
trabalhar, seia por causa de doença, invalidez, idade
avançada, morte, desemprego, prisão ou maternidade.
Os trabalhadores que possuem c a r t e i r a assinada iá
estão automaticamente inscritos. No entanto, se o
trabalhador é profissional liberal ou ambulante e não
possui carteira assinada, t a m b é m poderá contribuir. Ele
so precisa fazer o cadastro num posto da Previdência
Social. Sendo assim, qualquer pessoo a p o r t i r de 16 anos
que deseje estar resguardada pelos benefícios da
Previdência Social poderá se inscrever. :
No Brasil estima-se que, mesmo possuindo qualquer tipo
de renda, quarenta milhões de pessoas nõo contribuem
para a Previdência Social. E e m decorrência da má
administração dos recursos, das constantes denúncias de
fraude e da sobrecarga nos benefícios, o cenário atual no
caixa da Previdência demonstra um desequilíbrio entre
benefícios concedidos e receita a d q u i r i d a . Diante disso,
muitas pessoas preferem recorrer à previdência privada.
PREVIDÊNCIA PRIVADA
: A previdência privada t a m b é m é uma f o r m a de poupança
: de longo prazo, para evitar que a pessoa sofra u m a
\ considerável redução de sua renda quando se aposentar.
: A diferença é que a pessoa, em vez de c o n t r i b u i r para a
previdência pública, opta por uma instituição p r i v a d a .
• A contribuição de cada participante será individualizada,
• para posteriormente receber na sua aposentadoria os
benefícios. A pessoa pára de contribuir na momento e m
: que se aposenta e recebe os benefícios proporcionais ao
•S valor acumulado durante o período de recolhimento. O
'• aposentado poderá r e t i r a r mensalmente u m determinado
: valor ou resgatar integralmente o valor investido durante
: todo o tempo de contribuição.
A pessoa que deseja fazer um plano de previdência
• privada deve contratar uma empresa administradora
: com muita cautela, pois existe o risco de falência e de
: inidoneidade da empresa. Porém, se, ao longo do tempo,
o poupador não estiver satisfeito com a empresa contra-
l tcda, poderá trocá-la por outra. Com a transferência, o
: poupador deverá encaminhar todo o capital acumulado
: anteriormente para a nova empresa.
:
| i m j r r i " ' ' i " i
2 caso a tamina e/ou o idoso nao
esteiam satisfeitos c o m a pessoa
indicada, as agências, em g e r a l , a
substituem em 24 horas.
3 No entanto, se o custo da agência de
enfermagem é muito alto, t a m b é m
poderá ser contratado(a) u m ( a )
e n f e r m e i r o ( a ) particular.
c u i i s c i c i i . e das medidas que serão
tomadas. Porém, se ela não escolher
ninguém a quem transmitir o direito
legal, poderá fazer u m testamento
e registrá-lo em cartório, ou fazer
u m seguro de vida, expressando em
suas cláusulas que tipo de cuidados
gostaria de receber quando estiver
mentalmente incapacitada.

E f e i t o s do m a l Pagamento para
de A l z h e i m e r serviço de e n f e r m a g e m

P C o n s t a t o u - s e recentemente que
m i n h a tia m a i s velha e s t á
sofrendo do m a l de A l z h e i m e r .
M i n h a irmã e e u q u e r e m o s que ela
nos conceda o direito legal de
cuidarmos dela e de suas f i n a n ç a s ,
quando s u a s c o n d i ç õ e s físicas
c o m e ç a r e m a piorar. No entanto, ela
n ã o aceita e s s a proposta. Podemos
obrigá-la a constituir a l g u é m - n ã o
necessariamente u m a de n ó s - para
se responsabilizar por ela quando
estiver m e n t a l m e n t e incapaz?
P Tenho 78 anos e necessito de
cuidados durante o d i a . M i n h a
filha e s t á me convencendo a v e n d e r
m i n h a c a s a e me m u d a r para uma
instituição para i d o s o s . M a s e u
estou preocupada c o m as despesas.
Posso exigir que o m e u seguro-
s a ú d e pague a m i n h a hospedagem?
R Não. O seguro-saúde só cobre
despesas de internação hospitalar
em caso de doença. No caso em questão,
com a venda da casa, vocês poderão ter
meios de subsistência. E até mesmo

R Não. Ninguém pode forçá-la a

fazer nada enquanto ela estiver
mentalmente competente para tomar
como pagar uma boa casa de repouso
para idosos. De forma gratuita, somente
haverá assistência integral, na
decisões. Caberá à sua tia decidir sobre modalidade de entidade de longa
seu futuro.
Só quando ela estiver psicologicamente
preparada para discutir o assunto, uma
pessoa competente poderá dar conselhos
a ela. Pode ser u m advogado, u m médico
ou um assistente social, alguém que lhe
informe claramente sobre o curso de sua
doença e as possíveis conseqüências.
Acertado que será transmitido o direito
legal, isso terá de ser feito por meio de
documento registrado em cartório. O
documento registrado dará autorização a
uma ou mais pessoas para administrar
seus bens. Contudo, esse direito só será
eficaz quando seu quadro de debilidade
senil estíver medicamente comprovado.
Para que o documento seja válido, é
imprescindível que sua tia o assine
 penranêrcia, quando for verificado que
o idoso não possui grupo familiar, casa
°u lar, está abandonado ou carente de
recursos financeiros próprios ou da
família. Entretanto, se a família optar,
em conjunto com o idoso, por uma
casa de repouso, é fundamental que a
escolha seja feita com muito cuidado.
Observe se a instituição mantém
padrões de nabitação compatíveis
com as necessidades dos idosos e se
orerece a alimentação regular e a higiene
indispensáveis às normas sanitárias.
Maus-tratos por p a r t e
da enfermagem
I J Internei meu pai, já bastante
idoso, n u m a clínica g e r i á t r i c a .
Porém, estou desconfiado de
que um dos enfermeiros o e s t á
maltratando. F u i discutir a s i t u a ç ã o
com o diretor da clínica, que se
recusou a tomar uma providência a
menos qne e u tivesse uma prova
mais concreta de que está havendo
maus-tratos. E u tenho o direito de
pedir uma i n v e s t i g a ç ã o ?
Sim. A primeira coisa a fazer é
R conunicar o fato às autoridades
TRATADOS DE SEQÜESTROS INTERNACIONAIS
Dois tratados de seqüestros internacionais infantis dispõem
sobre o assunto, quando a criança é transferida de um país
para outro:
• A Convenção de Haia, relativa aos aspectos civis interna-
cionais sobre seqüestros infantis, de 1980.
• A Convenção Européia, relativa ao reconhecimento e
cumprimento das decisões relacionadas à custódia das
crianças e à restituição de suas custódias.
A CONVENÇÃO D E HAIA
O objetivo da Convenção de Haia, de 1980, e m relação aos
aspectos civis internacionais dos seqüestros de crianças, é asse?
gurar que menores seqüestrados em outro país retornem o maíi
breve possível ao país de origem, onde o seqüestro ocorreu.
Os países que assinaram a Convenção f i c a m t a m b é m
encarregados de c u m p r i r as ordens da custódia e de obedecer
às leis da Justiça dos países signatários da Convenção.
Países, ou t e r r i t ó r i o s , que assinaram a Convenção de Haia:
África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria,
Bahamas, Belarus, Bélgica, Belize, Bósnia e Herzegovino,
Brasil, Bulgária, Burkina Faso, Cancdá, Chile, Chipre,
Colômbia, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, El Salvador,
Equador, Eslováquia, Eslovènia, Espanha, Estados Unidos,
Estônia, F i i i , Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Guatemala,
Holanda, Honduras, Hong Kong, Hungria, Inglaterra, Irlanda,
Islândia, Israel, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo,
Macau, Macedônia, Malta, Maurício, México, Moldávia,
Mônaco, Nicarágua, Noruega, Nova Zelândia, Panamá,
Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, República Tcheca,
Romênia, São Cristóvão e Névis, Sérvia e Montenegro, Sri
Lanka, Suécia, Suíça, Tailândia, Trinidad e Tobago, Turcome-
nistão, Turquia, Usbequistão, Uruguai, Venezuela e Zimbábue.
A CONVENÇÃO E U R O P É I A
A Convenção Européia (relativa ao reconhecimento e
c u m p r i m e n t o das decisões referentes à custódia e à devoluçãi
de crianças) assegura que uma ordem iudicial sobre uma
criança de u m país signatário da Convenção deve ser acatad<
pelo outro.
Os países que assinaram a Convenção Européia são:
Alemanha, Á u s t r i a , Bélgica, B u l g á r i a , Chipre, Dinamarca,
Eslováquia, Espanha, Estônia, F i n l â n d i a , F r a n ç a , Grécia,
Holanda, H u n g r i a , I n g l a t e r r a , Islândia, I t á l i a , Letônia,
Liechtenstein, L i t u â n i a , L u x e m b u r g o , Macedônia, M a l t a ,
Moldávia, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca,
Suécia, Suíça e Turquia.
 Cuidados com os idosos
Encontrar a clínica certa para o idoso pode se
t o r n a r u m problema sério para ele e seus
f a m i l i a r e s . Alguns poderão permanecer em suas
casas e ser cuidados pelos parentes ou por u m
serviço de e n f e r m a g e m . Outros poderão
necessitar ser transferidos para uma clinica
g e r i á t r i c a , casa de repouso ou até u m asilo.
Outros idosos, porém, precisam de internação em
clínica especializada devido a doença física ou
incapacidade mental.

TIPOS D E CUIDADOS D O M I C I L I A R E S

E x i s t e m vários tipos de clínicas para idosos que

oferecem os mais variados t r a t a m e n t o s , desde
uma simples hotelaria, que aiuda somente e m
casos de emergência, até clínicas que possuem
cuidados médicos especializados. As possibi-
lidades devem ser avaliadas por todos os
f a m i l i a r e s , inclusive pelo idoso.

Reclamações contra as clínicas Se você acha

que um parente, ou amigo, não está sendo
adequadamente tratado pela clínica, a p r i m e i r a
coisa a fazer é conversar com o diretor do
estabelecimento. Todas as clinicas têm um
procedimento f o r m a l para esse tipo de
reclamação. As clínicas devem ter alvará e
licença da Secretaria de Saúde para receber
u m n ú m e r o específico de pacientes, de acordo
com a sua capacidade de atendimento.
Se o resposta ao p r i m e i r o procedimento não
for satisfatória, outros procedimentos poderão
ser adotados, até a quebra de contrato do
t r a t a m e n t o por meio de um advogado. E m
caso de maus-tratos, é possível denunciar
a clínica às autoridades competentes, proce-
dendo, inclusive, a exame de corpo de delito.
As clínicas geriátricas estão suieitas à
Vigilância Sanitária. Elas poderão até ser
fechadas, caso seia comprovado algum
delito, de acordo com a lei.

Conselho sobre reclamações Se for necessário

reclamar a uma autoridade acerca de uma
clínica ou de uma equipe que assiste o idoso,
não será preciso informar à clinica, ou à equipe,
de seu procedimento. Mas se essa autoridade
fizer u m a investigação local quanto às suas
reclamações, será difícil manter o anonimato.
Cuidados na residência Se for necessário ter
alguém para ajudar um idoso dentro de sua
própria casa com cuidados pessoois, como
alimentar, dar banho, locomover o paciente,
é possível procurar uma agência de enfer-
m a g e m que preste esse tipo de serviço.
Estatuto do Idoso O Estatuto do Idoso foi
instituído em outubro de 2003 com o objetivo
de regular os direitos assegurados às pessoas
com idade igual ou superior a 60 cnos.
De acordo com o Estatuto, os idosos gozom
de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, assegurando-lhes, por lei ou
por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades para preservação de sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento m o r a l ,
intelectual, espiritual e social, e m condições
de liberdade e dignidade.
É obrigação da família, da comunidade, da
sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso,
com absoluta prioridade, a efetivação do direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à
cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito
e à convivência familiar e comunitária.
Nenhum idoso poderá sofrer por negligência,
discriminação, violência, crueldade ou
opressão, e qualquer descumprimento dos seus
direitos poderá ser punido na f o r m a da lei.
É dever de todos prevenir a ameaça ou a
violação aos direitos do idoso. Baseado nisso,
todo cidadão tem o dever de comunicar à
autoridade competente qualquer forma de
violação do Estatuto do Idoso que tenha
testemunhado ou de que tenha conhecimento.
O IDOSO T E M D I R E I T O À SAÚDE
É assegurada ao idoso o atenção integral à sua
saúde, por intermédio do Sistema Único de
Saúde (SUS), garantindo-lhe l i v r e acesso para
a prevenção, proteção e recuperação da saúde,
incluindo a atenção especial às doenças que
a f e t a m preferencialmente os idosos.
O Governo, para prevenir e manter a saúde
do idoso, deverá:
• fazer u m cadastramento da população idosa
em base t e r r i t o r i a l ;
• proporcionar atendimento especializado para
idosos e m ambulalórios;
• manter unidades geriátricas de referência
com pessoal especializado;
• fornecer atendimento domiciliar, incluindo
a internação, inclusive quando o idoso estiver
impossibilitado de se locomover. Esse direito
se estenderá a idosos abrigados e acolhidos
por instituições públicas, filantrópicas ou sem
fins lucrativos e eventualmente conveniadas
com o Poder Público, nos meios urbano
e rural;
• proporcionar reabilitação orientada por
equipe médica de geriatria para redução das
seqüelas decorrentes de problemas de saúde.
D I R E I T O A REMÉDIOS
Ao Poder Público será incumbido o
dever de fornecer aos idosos, g r a t u i t a m e n t e ,
medicamentos, especialmente os de uso
continuado, assim como próteses e outros
recursos relativos ao t r a t a m e n t o ,
habilitação ou reabilitação.
P L A N O DE SAÚDE
É proibido discriminar o idoso nos planos de
saúde pela cobrança de valores diferenciados
em razão da idade.
O idoso que se encontra internado ou e m
observação terá direito a u m acompanhante,
devendo o órgão de saúde proporcionar as
condições adequadas para a sua permanência
e m tempo i n t e g r a l , segundo o critério médico.
• Assistência social é o amparo às pessoas
necessitadas, sem que estas precisem
c o n t r i b u i r financeiramente para receber os
benefícios. Ela será prestada aos idosos
conforme os principies e diretrizes previstos
na Lei Orgânica da Assistência Social, na
Política Nacional do Idoso, no Sistema Único
de Saúde e demais normas pertinentes.
Aos idosos, a p a r t i r de 65 anos, que não
possuam meios de prover sua subsistência,
nem de tê-lo provida por sua f a m í l i a , é
assegurado o benefício mensal de 1 ( u m )
salário m i n i mo, nos termos da Lei Orgânica
da Assistência Social.

E S T A T U T O D O I D O S O . Estabeleceu
benefícios e prioridades às pessoas da terceira idade.
Garantiu alguns direitos, como os seguintes:
• Garantia de descontos de pelo menos 50% em ativida-
des culturais e lazer para os maiores de 60 anos.
• Gratuidade nos transportes públicos coletivos
urbanos e intermunicipais.
• Garantia de um salário mínimo mensal para pessoas
a partir de 65 anos que não tenham meios de
salvaguardar sua subsistência.
• Garantia de atendimento preferencial em
caixas de bancos e supermercados.
• Criação da Delegacia Especial de Atendimento
às Pessoas da Terceira Idade.
• Estabelecimento do dia 29 de junho como
o Dia Estadual da Pessoa Idosa.
w de d i r i g i r ?
competentes. Pois, de acordo com o
Estatuto do Idoso, " n e n h u m idoso será
objeto de qualquer tipo de negligência,
discriminação, violência, crueldade ou
opressão, e todo atentado aos seus
direitos, por ação ou omissão, será
punido na forma da lei". Sendo assim, é
dever de todos prevenir a ameaça o u
violação aos direitos do idoso. A
atribuição de fiscalizar as entidades
asilares cabe ao Conselho do Idoso, ao
Ministério Público e aos órgãos de saúde
pública. Os Conselhos Nacional,
LsldJudis, d o Disiiito Federal e
Municipais do Idoso também têm o
dever de zelar pelo cumprimento dos
direitos do idoso, definidos no Estatuto.
Faça uma denúncia de maus-tratos,
e, apurando-se a veracidade dos fatos,
os responsáveis serão punidos na
forma da lei.
O perigo de um idoso
dirigir um automóvel
P
M e u pai tem 84 anos e insiste
e m continuar dirigindo o s e u
carro. Recentemente, ele quase
sofreu u m a c o l i s ã o . A p e s a r disso,
ele se r e c u s a a largar o carro. E l e
pode, devido à idade, s e r impedido
R A habilitação para dirigir veículos
automotores é concedida a
qualquer pessoa com mais de 18 anos,
desde que seja aprovada em exames
escritos e práticos. A carteira de
habilitação concedida terá prazo de
validade determinado, devendo o
motorista renová-la de cinco em cinco
anos. Para renovação, o motorista
deverá se submeter a exame médico
(vista e audição). O fato de a pessoa
ter mais de 65 anos não a impede de
dirigir. C o n t u d o , essas pessoas terão
carteira de habilitação c o m prazo de
validade menor, devendo ser renovada
de três em três anos. Passando no
teste, a pessoa continua apta a dirigir,
independentemente da idade.
Direito a um
funeral especial
P M i n h a m ã e acabou de falecer.
E l a n ã o pertencia a q u a l q u e r
i g r e j a , e e u n ã o acho que s e r i a
apropriado fazer u m funeral
religioso tradicional para ela.
T e n h o o direito de optar por
u m f u n e r a l alternativo?
 R A cerimônia final de despedida do
corpo de uma pessoa fica a critério
de cada família. Isso vai depender dos
de a família ser livre para enterrar seus
entes queridos da forma que achar
melhor, terá de ser observado o bom
costumes e da religião que a pessoa senso e o respeito aos mortos.
falecida seguia. As despedidas podem
ser feitas por meio de orações, cânticos,
rezas, ao som de melodias, orquestras,
ou err silêncio. Tudo vai depender da
O SR. TEM SÍMI MAS
família ou da vontade da pessoa CONSCíêNCtA PB AÍNPA
falecida, se assim ela deixou escrito. QUE PASSOU TEHHO
Perante a Constituição da República PE 90? TOPOS OS
Federativa do Brasil, é inviolável a
liberdade de consciência e de crença, MEUS
sendo assegurado o livre exercício dos PEhSTES/
cultos religiosos e garantida, na forma
da lei, a proteção aos locais de culto e
às suas liturgias. No entanto, o Código
Penal 3rasileiro, em sua parte especial,
trata dos crimes contra o sentimento
religioso e contra o respeito aos mortos,
punindo aquele que destrói, subtrai ou
oculta cadáveres. O Código também
prevê punição para aquele que
vilipendiar cadáver ou suas cinzas. O
direito brasileiro procura resguardar o
corpo humano morto e até mesmo as
cinzas do cadáver. Iara haver uma
cremação, será necessária a prévia
manifestação de vontade da pessoa
falecida, seja esta escrita ou não. Apesar

CREMAÇÃO

No B r a s i l , o procedimento para ocorrer a cremação conseqüência de u m c r i m e ; e o morto deverá ter

necessita de autorização legal. De acordo c o m a lei
b r a s i l e i r a , a cremação de cadáver somente será
feita naquela pessoa que houver manifestado a
vontade de ser incinerada. Todavia, em situações
que versam o interesse da saúde pública, em
v i r t u d e de epidemia ou calamidade pública, por
decisão a d m i n i s t r a t i v a , a cremação t a m b é m poderá
ser autorizada. No entanto, se a m o r t e da pessoa foi
violenta, o atestado de óbito deverá ser f i r m a d o por
dois médicos ou por u m médico-legista, e só após
permissão da autoridade j u d i c i á r i a a cremação
poderá acontecer.
Portanto, paro que seia feita a cremação, não
poderá haver dúvidas quanto à causa da m o r t e ; a
m o r t e não poderá ter sido causada como
manifestado em v i d a a vontade de ser cremado. N
caso de a pessoa m o r r e r por causa violenta, mesm
que esta, e m v i d a , tenha expressado a sua vontade
de ser c r e m a d a , será necessário esperar até que a
autoridade judicial autorize a cremação.
Contudo, especificamente no município de São
Paulo, a cremação pode ser autorizada se a morte
ocorreu de f o r m a natural e a família do morto
desejar que assim seja. Nesse caso, mesmo que o
m o r t o não tenha expressado em vida a vontade de
ser cremado, se não t i v e r manifestado em vida um
vontade c o n t r á r i a , a cremação poderá ser realizad
Quanto à c e r i m ô n i a específica da cremação, est<
f i c a r á a c r i t é r i o da f a m í l i a do m o r t o , conforme sei
costumes e religião.
 os pais que tenham condições
M a t r i c u l a n d o seu filho
financeiras. As APMs (Assocações

P Perdemos o prazo para

m a t r i c u l a r n o s s o filho n a escola
do bairro e agora s ó h á vagas e m
e s c o l a s distantes de onde m o r a m o s .
P o d e m o s deixar de m a t r i c u l a r nosso
filho este a n o ?
de Pais e Mestres) das escolas são
organizações que têm por objetivo
arrecadar dinheiro, que será,
obrigatoriamente, revertido em benefício
dos alunos. Essa verba arrecadada pode
ser utilizada para reforçar a nerenda
escolar, adquirir novos materiais

R Não. A educação é dever da família,

sendo obrigação dos pais ou
responsáveis matricular seus filhos
menores, a partir dos 7 anos de idade, no
ensino fundamental. Dessa forma, se
você deixar de matriculá-lo, estará
agindo contra a lei e poderá receber um
comunicado por meio de uma chamada
pública, do estado ou do município.
A educação também é dever d o
Estado, que deverá cuidar, inclusive, da
freqüência dos menores à escola. N o
caso de a escola não possuir vagas para
atender à demanda de seu bairro, você
o u outros moradores, associação
comunitária, organizações sindicais ou
qualquer entidade de classe legalmente
constituída poderão recorrer às
entidades do Poder Público,
para exigir o acesso ao
ensino fundamental.
didáticos, complementares o j para as
atividades extraclasse etc. Elas podem
funcionar tanto nas escolas particulares
quanto nas escolas públicas, e, mesmo
nas instituições de ensino privadas, as
contribuições às Associações de Pais e
Mestres não serão obrigatórias.
N o caso das escolas públicas, os
recursos arrecadados pelas APMs podem
ser providenciais, por exemplo: se u m
aluno de escola da rede pública não tiver
condições de comprar um uniforme, não
deve ser impedido de freqüentar as aulas.
Cabe à escola encontrar uma solução que
não prejudique o estudante, podendo, até
mesmo, usar os recursos arrecadados
pela A P M para doar uniformes aos
alunos carentes.

VOCâ NÃO é
DAQUI HÁO, é?
Associação de
P a i s e Mestres

P Ao fazer a m a t r í -
cula de nosso filho
n a escola que esco-
lhemos, fomos convi-
dados a participar da
A s s o c i a ç ã o de Pais e
M e s t r e s . Parece que os
p a i s costumam fazer
contribuições regulares
p a r a esse fundo. I s s o
é obrigatório?

R Não. Esse tipo de

contribuição não é
obrigatória, e podem fazê-la
 TIPOS D E E S C O L A
ESCOLAS PÚBLICAS
São criadas ou incorporadas, mantidas e
administradas pelo Poder Público (Governo) -
União, estados, Distrito Federol e municípios.
A prestação do ensino obrigatório deve ser
g a r a n t i d a , sendo crime de responsabilidade
quando a autoridade deixa de garantir, por
negligência, o ensino obrigatório.
As escolas públicas podem ser estaduais ou
municipais, dependendo se estão vinculadas
a um estado ou a um município.
ESCOLAS P A R T I C U L A R E S
São mantidas e administradas por pessoas físicas
ou jurídicas de direito privado, ou seia, que não
sejam do Poder Público. Elas devem seguir
todas as normas gerais de educação nacional,
observando o respectivo sistema de ensino,
submetendo-se à autorização de funcionamento
pelo Poder Público. A l é m disso, as escolas
particulares devem ter capacidade de autofi-
nanciamento e são submetidas à avaliação de
qualidade pelo Governo.
As escolas particulares são autorizadas e
credenciadas a funcionar, prestando ensino
fundamental e médio, pelas Secretarias de
Educação. Além de serem obrigadas a cumprir as
normas gerais de educação, essas instituições não
devem nunca deixar de c u m p r i r a lei, seja:
impedindo o aluno inadimplente de freqüentar a
escola, estabelencendo descontos injustos para as
SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO
De qualquer f o r m a , escolas públicas e particulares
têm uma série de regras a observar se quiserem
ser mantidas e m funcionamento. Sendo assim,
quando necessário, alunos, pais ou responsáveis e
associações podem recorrer às Secretarias de
Educação, estaduais ou municipais, dependendo do
Estadcs e municípios, assim como o Distrito
F e d e r a l , t ê m a obrigação de organizar e manter
suas instituições de ensino, determinar formas
de colaboração entre si para que seia assegurada
a distribuição proporcional das responsabilidades
de acordo com a população a ser atendida, cuidar
dos planos educacionais observando as diretrizes
e planos nacionais de educação, assegurar o
ensino fundamental e oferecer o ensino médio,
assumindo, inclusive, o transporte escolar de
seus olunos.
parcelas das mensalidades, modificando o
calendário escolar, não observando os Parâmetros
Curriculares Nacionais ( P C N s ) , reajustando o
valor das parcelas da anuidade ou semestral idade
escolar por período inferior a u m ano - ou
aumentando-as abusivamente, estabelecendo
multas superiores o 2% por atraso no Pagamento
de mensalidade, entre outras questões.
Elas podem ser mantidas por uma ou mais pes-
soas físicas ou jurídicas de direito privado, podem
ser comunitárias, quando instituídas por grupo de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas
jurídicas, inclusive cooperativas de professores e
alunos que incluam, na sua entidade mantenedora,
representantes da comunidade, e podem ser
confessionais, quondo instituídas por grupos de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas
jurídicas cuia orientação confessional e ideologia
sejam específicas e, até mesmo, filantrópicas.
caso, para fazer valer uma série de direitos e
cuidar das possíveis falhas, como: falta de prepara»
profissional para receber alunos com necessidades
especiais, falta de vagas nas escolas, não-
pagamento dos professores, falta de professores
e m sala de aula, não-definição do calendário
escolar, entre outros problemas.
 E d u c a ç ã o Física um componente curricular obrigatório da

P
N o s s o filho gosta muito de
esportes, m a s a escola onde
estuda n ã o oferece a u l a s de
E d u c a ç ã o Física. A diretoria alega
que é melhor, p a r a o futuro dos
a l u n o s , concentrar todo o tempo na
e d u c a ç ã o a c a d ê m i c a . E l e s podem
fazer isso?
educação básica. Os currículos do ensino
fundamental e médio devem cumprir as
diretrizes da mesma base nacional, que
pode até ser complementada quando
observadas características regionais e
locais da sociedade, cultura, economia e
clientela, mas nunca suprimida.
Tendo em vista que a Educação Física
faz parte do currículo obrigatório da

R
educação básica, tanto a escola deve
Não. A Educação Física, integrada à oferecer aulas dessa disciplina quanto
proposta pedagógica da escola, é seu filho é obrigado a freqüentá-las,

CURRÍCULO NACIONAL

Séries Carga Horária Anual Duração Mínima

Ensino Fundamental ( l ) 1" a 4'
800 horas,
no mínimo 200 dias 4 anos

Ensino Fundamental (2) 5" a 8" 800 horas,

no mínimo 200 dias 4 anos

Ensino Médio (3) 2' g r a u 800 horas, 3 anos

no mínimo 200 dias

Matérias do currículo nacional

Os currículos das escolas devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e
da m a t e m á t i c a , o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,
especialmente do B r a s i l .
• Ensino Fundamental (1) Introdução aos PCNs, Português, M a t e m á t i c a , Ciências N a t u r a i s ,
História, Geografia, A r t e , Educação Fisica e Temas Transversais, como: Meio A m b i e n t e ,
Saúde, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual.
• Ensino Fundamental (2) Introdução aos PCNs, Português, Matemática, Ciências Naturais,
História, Geografia, Arte, Educação Física, Língua Estrangeira e Temas Transversais, como:
Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo.
• Ensino Médio (3) Português, Língua Estrangeira, Educação Fisica, A r t e , I n f o r m á t i c a ,
Biologia, Física, Químico, M a t e m á t i c a , História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia
e Política.

História e Cultura Afro-Brasileira

Desde 2003, tornou-se obrigatório, no ensino fundamental e médio, o ensino de H i s t ó r i a e
Cultura Afro-Brasileira. Nesse conteúdo deve ser incluído o estudo da História da Á f r i c a e dos
africanos, a luta dos negros no Brasil, a c u l t u r a negra brasileira e o negro na f o r m a ç ã o da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes à História do Brasil. Poderá ser ministrada no âmbito de todo o c u r r í c u l o
escolar, assim como outros temas transversais, mas e m especial nas áreas de E d u c a ç ã o
Artística, Literatura e História Brasileira. O calendário escolar i n c l u i r á o dia 20 de n o v e m b r o
como "Dia Nacional da Consciência N e g r a " .
 I>.n ticipando das atividades, ü aluno
pode até ser reprovado caso se recuse a
participar das aulas de Educação Física.
A participação nas aulas só não será
obrigatória ao aluno que se enquadre nas
segu i n tes ca ra c te ris t icas:
• trabalhe seis horas ou mais, por dia;
• seja maior de 30 anos de idade;
• esteja prestando serviço militar
inicial ou se, em situação similar, estiver
obrigado à prática da Educação Física;
• tenha filhos.
Língua estrangeira
P U m a d a s r a z õ e s pelas quais
escolhemos a escola de nossa
f i l h a é o reconhecido ensino de
i n g l ê s e a l e m ã o . C o n t u d o , fomos
i n f o r m a d o s de que, a partir deste
ano, n ã o h a v e r á m a i s o ensino
de a l e m ã o , s ó o de inglês.
E l e s podem fazer i s s o ?
R Sim. As escolas são obrigadas, a
partir da quinta série, a incluir o
ensino de peio menos uma língua
estrangeira moderna cuja escolha ficará a
cargo da comunidade escolar, de acordo
com as possibilidades da instituição.
Observando essa determinação, a escola
pode deixar de oferecer o ensino da
segunda língua estrangeira, devendo,
contudo, informar previamente os pais e
responsáveis das alterações curriculares e
seus motivos.
Caso o pagamento do ensino de língua
alemã conste do valor total a ser pago
nas mensalidades escolares e, ainda
assim, a escola deixe de prestar esse
serviço, procure o órgão local de proteção
e defesa do consumidor (Procon) mais
próximo de sua casa e efetue denúncia,
para que as devidas providências sejam
tomadas e o valor excedente descontado
das prestações mensais.
Transporte público
P Vivemos n u m a á r e a r u r a l c o m
pouco transporte. A e s c o l a que
nosso filho f r e q ü e n t a é p ú b l i c a , fica
distante de n o s s a c a s a e n ã o h á
qualquer m e i o de t r a n s p o r t e p a r a
levá-lo à s a u l a s . O G o v e r n o p o d e
nos ajudar?
R Sim. Na verdade, os estados são
obrigados a oferecer transporte para
os alunos da rede estadual de ensino,
e os municípios, aos alunos da rede
municipal. É a realidade de milhares de
alunos da rede pública, que vivem em
áreas rurais, percorrer longos trechos
para chegar à escola. Muitas vezes são
necessários barcos para assegurar o
direito à educação. A conseqüência
imediata dessa dificuldade é a baixa
freqüência escolar e, até mesmo, repe-
tência. Para diminuir esses problemas, foi
criado o Programa Nacional de A p o i o ao
Transporte Escolar (PNATE), que deve
garantir a oferta do transporte escolar aos
alunos do ensino fundamental público
residentes em área rural, por meio de
assistência financeira suplementar aos
estados, ao Distrito Federal e aos
municípios. Da mesma forma, alunos das
escolas de Educação Especial mantidos
pelas Organizações Não-Governa-
mentais (ONGs) podem ser beneficiados
por esse programa, cujos recursos são
repassados pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE)
para que os órgãos competentes façam a
P A R Â M E T R O S C U R R I C U L A R E S NACIONAIS (PCNs)
são referências para orientação c u r r i c u l a r e constituem
o eixo norteador da política educocional. A partir des-
ses parâmetros, são observados os conteúdos minimos
para o ensino fundamental e médio, de maneira a asse-
g u r a r a formação básica necessária ao pleno exercício
da cidadania. A l é m desses, outros conteúdos podem ser
incluídos, assegurando o respeito à diversidade cultural
do país e às adaptações que integram as diferentes
dimensões da prática educacional.
 J
manutenção da frota existente e paguem
os seniços de terceiros na execução do
transporte escolar. As O N G s poderão
comprar veículos novos, mas os recursos
serão repassados através de convênio.
PLANO D E AÇÃO
1 Verifique a distância da sua casa
até a escola de seu filho. Caso a
distância medida seia maior que
2 k m e seu filho freqüente o ensino
fundamental, ele terá direito ao
transporte escolar gratuito.
2 Caso o estado, o Distrito Federal ou
o município questione a distância
medida, você pode provar que aquele
é o único caminho possível.
3 Se a distância é inferior a 2 k m ,
mas você precisa de algum tipo de
aiuda especial para garantir o acesso
de seu filho à escola, pode entrar em
contato com a Secretaria de Educação
e providenciar o transporte através de
BAIOS/ NÓS NÃO TÍNHAMOS
SEXO NA M\NHA éPOCA/
<Ü£¥|
programas e projetos educacionais
patrocinadas pelo F N D E .
População rural
P Moramos numa zona rural e
notamos que n o s s o filho possui
pouco o u n e n h u m interesse pelo
que é ensinado n a escola, pois
esta n ã o leva e m c o n s i d e r a ç ã o a
realidade de n o s s a v i d a no campo.
Podemos exigir que s e j a m incluídos
componentes c u r r i c u l a r e s n a parte
diversificada do c u r r í c u l o ?
R Sim.Tendo e m vista que a educação
tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do aluno, preparando-o
para o exercício da cidadania e para estar
qualificado para o trabalho, o sistema de
ensino deve promover as adaptações
necessárias às peculiaridades de cada
região, ao oferecer a educação básica.
Tais adequações podem levar em conta
inclusão de conteúdos curriculares,
adoção de metcxdologias apropriadas às
necessidades e interesses dos alunos da
zona rural, e até mesmo modificar o
calendário anual para organizar-se
conforme as fases do ciclo agrícola e
condições climáticas, procurando
adaptar-se à natureza do trabalho na
zona rural.
Dessa forma, alunos, pais e
responsáveis podem recorrer à
administração da escola para expor suas
preocupações e pedir a implementação
das devidas adequações. Caso nenhuma
ação efetiva seja realizada, pode-se
reconer à Secretaria Muniripal de
Educação, se a escola for municipal, ou à
Secretaria Estadual de Educação, se a
escola for estadual. Os Conselhos de
Educação, municipal e/ou estadual,
também podem ser questionados.
 Educação sexual
P
M i n h a esposa e eu acreditamos
que sexo s ó deve ser feito
depois do casamento. No entanto,
a escola de nossa filha adota uma
l i n h a diferente de abordagem de
e d u c a ç ã o sexual. A escola pode falar
abertamente sobre sexo, apesar de
nossas c o n v i c ç õ e s ?
R Sim. A escola deve desenvolver o
aluno como indivíduo consciente,
fazendo-o conhecer direitos fundamen-
tais (direito à vida, à saúde e à
educação). Sendo assim, a escola tem
um papel fundamental ao oferecer
orientação sexual, levando em conta não
apenas questões morais e culturais, mas
também o direito que todos têm de
conhecer seu próprio corpo e ter uma
visão positiva da sexualidade, uma
comunicação clara em suas relações,
construir u m pensamento critico,
compreender seu comportamento e o do
outro, para que sejam capazes de tomar
decisões responsáveis a respeito de sua
vida sexual agora e no futuro. Tal assunto
pode ser tratado como tema transversal,
ou seja, ainda que não abordado e m
uma matéria específica, pode ser men-
cionado em várias matérias diferentes.
As Secretarias de Educação podem
estimular o ensino de Educação Sexual
nas escolas, mas pais, responsáveis,
funcionários, educadores, orientadores
profissionais e alunos também devem
avaliar o conteúdo programático e os
recursos utilizados. Dessa forma, a
reflexão sobre a sexualidade e a saúde
reprodutiva, considerando não apenas o
aspecto biológico, pcxderá atingir
questões de valores, crenças,
preconceitos, desenvolvimerto das
relações afetivas, construção da auto-
estima, formação da identidade sexual,
métodos contraceptivos, doenças
sexualmente transmissíveis e Aids.
Antes de exigir que suas convicções
Sílnm reqxiKulas nu escola ÚV MUI filha,
TEMAS TRANSVERSAIS:
EDUCAÇÃO S E X U A L
E m 1996, os Parâmetros Curriculares Nacionais, elabo-
rados pelo Ministério da Educação, adotaram uma pro-
posta para tratar transversalmente temas como meio
ambiente, ética, pluralidade c u l t u r a l , trabalho e consu-
mo, e educação sexual, que podem ser abordados a
qualquer momento e em qualquer disciplina.
Procure saber se é oferecido algum tipo de orientação
sexual na escola de seu filho e se o tema é abordado em
matérias diversas como, por exemplo:
• Matemática - c o m dados estatísticos sobre Aids e m
diferentes populações e locais.
• História - sexualidade em diferentes culturas, tempos e
lugares. A luta das mulheres pela conquista de direitos
nas diversas partes do mundo.
• Geografia - conseqüências das migrações, arranjos
f a m i l i a r e s e ocupações profissionais. Levantamento das
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids nas
cidades e regiões do Brasil.
• Ciências Naturais - abordar anatomia e
transformações do corpo, mecanismos de concepção,
gravidez, porto, métodos contraceptivos. F o r m a s de
transmissão e prevenção das DST / Aids.
Se você não ficar satisfeito pela forma c o m que a
Educação Sexual é t r a t a d a na escola de seu f i l h o , entre
e m contato com a administração para expor suas
preocupações. Caso isso não seia suficiente para
solucionar u m problema como, por exemplo, ausência de
orientação sexual, recorra à Secretaria de Educação
para que as providências sejam tomados.
procure saber a forma como o tema é
abordado na instituição e avalie como
isso poderá ser útil para sua menor.
Educação religiosa
P N ó s n ã o temos q u a l q u e r
c o n v i c ç ã o religiosa e
g o s t a r í a m o s que n ã o h o u v e s s e
e n s i n o religioso n a escola de nossos
f i l h o s . C o n t u d o , a diretoria afirma
s e r parte do ensino o b r i g a t ó r i o e
a m e a ç a reprovar nossos filhos caso
n ã o compareçam às aulas. Eles
p o d e m fazer isso?
 R Não. O ensino religioso e de estudos para procurar emprego.
matrícula facultativa e, por isso, não A p e s a r de e s t a r t r a b a l h a n d o ,
IDADES E
é n e m oferecido e m todas as escolas g o s t a r i a de r e c o m e ç a r m e u s
SÉRIES
brasileiras, apesar de ser u m a disciplina e s t u d o s , m a s a escola perto d o meu
Conforme as dos horários normais das escolas t r a b a l h o n ã o oferece h o r á r i o
l i r e t r i z e s básicas da públicas de ensino fundamental. n o t u r n o . Vou ficar s e m e s t u d a r ?
iducação, o ensino é
d i v i d i d o nos
seguintes grupos:
P L A N O D E AÇÃO
1 Caso você seia contra qualquer tipo
de educação religiosa, informe a
R Não. É seu direito dar continuidade a
seus estudos e é dever do Estado
garantir a oferta escolar regular para
Creche: jovens e adultos. Os sistemas de ensino
direção da escola de que você gostaria
P a r a crianças
que seus filhos não participassem das devem assegurar gratuitamente as opor-
de 0 a 3 anos.
aulas dessa matéria. E l e s serão tunidades educacionais apropriadas, con-
obrigados a respeitar s u a decisão. siderando as características do alunado,
Pré-Escolas:
P a r a crianças seus interesses, condições de vida e de
de 4 a 6 anos. 2 Se você não ficar satisfeito com a trabalho. Saber ler e escrever é direito de
decisão deles em cobrar a presença todo cidadão, e só assim ele poderá
Ensino dos seus filhos nas aulas religiosas, exercer plenamente seu papel social. Para
Fundamental: recorra à Secretaria de Educação informar-se melhor sobre educação de
Para estudantes para que as devidas providências jovens e adultos, procure a Secretaria de
de 7 a 14 anos - seiam tomadas, tendo em vista que a Educação do seu estado ou município.
a p a r t i r de 7 anos
educação religiosa não faz parte do
a matrícula
currículo obrigatório, conforme
é obrigatória.
determinado nos Parâmetros Recuperação escolar
Curriculares Nacionais.

P
Ensino Médio:
Para estudantes M i n h a filha sempre foi u m a
de 15 a 18 anos. excelente aluna. C o n t u d o , este
Educação de a n o ela tem tirado notas baixas em
Na educação infantil M a t e m á t i c a e a t é corre o risco de
(de 0 a 6 anos), a
jovens e adultos s e r reprovada. A escola deve ofere-

P
avaliação será feita Para ajudar a s u s t e n t a r m i n h a c e r algum tipo de aula de apoio?
conforme acom- família, completei apenas o

R
panhamento e
e n s i n o fundamental e larguei os Sim. A escola tem obrigação de
registro do desen-
verificar, continuamente, c
volvimento da c r i -
rendimento escolar de seus alunos e,
ança, sem obietivo
de promoção, oinda dessa forma, acompanhar o
que para acesso ao desenvolvimento deles, resolvendo os
ensino fundamental. eventuais problemas com relação a
algumas matérias.
Quando verificado o baixo rendimento
escolar dos alunos, a escola, de acordo
com seu regimento, pode determinar que
sejam feitos estudos de recuperação, de
preferência paralelos ao ano letivo.
Nessas oportunidades, um professor
especializado complementa o
atendimento educacional realizado em
classes comuns, em local dotado de
equipamentos e recursos pedagógicos
adequados às necessidades educadonais
 especiais dos alunos. Esses estudos aprendizado e m uma m a t é r i a ,
podem ser realizados individualmente ou sem comprometer as outras em que
em pequenos grupos de alunos. obteve êxito.

PLANO DE AÇÃO Transferência escolar

1 Verifique o controle de freqüência de
suo filha. Ela pode estar faltando às
aulos e, por isso, seu rendimento
escolar está baixo. Se for esse o caso,
converse com ela para saber o que
está acontecendo e busque orientação
junto à direção da escola e ao
Professor da m a t é r i a , para que a
Presença da aluna nas aulas seja
recuperada e estimulada.
2 Procure saber se na escola de sua
filho é oferecido o atendimento à
recuperação, com aulas de apoio. E m
caso negativo, você pode recorrer à
escola mais p r ó x i m a , onde exista a
sola de recurso, ou, se preferir, pode
contratar professores particulares
para ajudar no desenvolvimento
educacional dela.
3 Verifique que critério é adotado na
escola de sua filha para classificação
nas séries ou etapas. Caso o regimento
escolar a d m i t a a progressão p a r c i a l ,
desde que preservada a seqüência do
currículo, sua filha pode repelir o
P A escola da m i n h a filha passou
por uma série de dificuldades
financeiras e, a p ó s algumas tentativas
de recuperação, ela fechou. Preciso
transferir minha filha para outra
escola, no meio do ano letivo, mas
não tenho acesso à documentação
necessária, na antiga escola, para a
nova matrícula. A nova escola está
questionando a série que ela cursava
e informaram que só abrirão novas
vagas para inscrições no período
noturno. Eles podem fazer isso?
R Não Em primeiro lugar, a nova
escola deve classificar sua filha de
acordo com o processo de transferência,
na série correspondente da escola antiga.
É permitico à escola, no entanto, avaliá-
la, independentemente da escolarização
anterior, a fim de determinar o grau de
desenvolvimento e experiência dela,
permitindo sua inscrição na série ou
etapa adequada, sem jamais prejudicá-la.
Em segundo lugar, de acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente

PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO

0 Programa Brasil Alfabelizado foi criado pelo Governo Federal e tem a missão de acabar com
o analfabetismo no país. Tol programa é coordenado pelo Ministério da Educação e atua por
meio de convênios com instituições alfabetizadoras de jovens e adultos, sendo o m a t e r i a l
didático de responsabilidade dessas instituições.
Qualquer pessoa com 15 anos ou mais e que ainda não teve a oportunidade de aprender a ler
e a escrever pode ser beneficiada por esse programa, basta que procure uma instituição
conveniado com o Ministério da Educação mais próxima.

Como posso ajudar?

Empresas e pessoas podem contribuir com o trabalho pelo f i m do analfabetismo, seia como
olfabetizador, voluntário ou colaborador. Para colaborar, busque informações nas Secretarias de
Educação estaduais e municipais, instituições alfabetizadoras e nas Organizações Não-
Governamentais que trabalham com alfabetização de jovens e adultos.
J
(ECA), o ensino noturno é direcionado
apenas para o adolescente trabalhador
(com mais de 15 anos). Se a escola
traasferir sua filha, menor de 15 anos, para
o período noturno, recorra ao Ministério
Público, pois os direitos dela estão sendo
desrespeitados.
Quanto à documentação referente à
escola anterior, caso esta tenha fechado
sem manter em arquivo seu acervo de
documente», você poderá recorrer à
Secretaria de Educação à qual a escola
está vinculada, estadual ou municipal,
e requerer todos os documentos perti-
nentes, visto que a Secretaria de Edu-
cação tem responsabilidade em zelar pelo
acervo da escola fechada, emitindo os
documentos legais a que cada aluno
tenha direito.
Corpo docente
P M e u filho diz que ele e s e u s
c o l e g a s e s t ã o com u m d e s e m -
p e n h o fraco em H i s t ó r i a , pois o
professor n ã o tem c a p a c i d a d e p a r a
ministrar a matéria. O professor
de M a t e m á t i c a é melhor, m a s
d i s c r i m i n a as p e s s o a s que a p r e n -
d e m devagar. A escola pode p e r m i -
tir e s s a i n c o n s i s t ê n c i a n a f o r m a de
c o n d u t a de s e u s p r o f e s s o r e s ?
R Não. A escola tem de observar o
comportamento de seus profissionais
para garantir a melhor qualidade de
ensino promovida em suas dependências.
Antes de tudo, deve-se observar se a
formação dos professores contratados foi
feita em conformidade com as diretrizes
básicas de educação. Os métodos
pedagógicos adotados em sala de aula
também deverão ser sujeitos a constantes
avaliações. A escola deve verificar, ainda, se
o professor da educação básica é formado
em nível superior, curso de licenciatura,
graduação plena ou universidades e
institutos superiores de educação. E
admitida a formação em nível médio, na
modalidade Normal, para profissionais de
educação infantil e nas quatro primeiras
séries do ensino fundamental.
P L A N O D E AÇÃO
1 Antes de questionar a qualidade de
ensino e disciplina em sala de aula dos
profissionais da escola de seu filho,
converse com outros pais e respon-
sáveis, a fim de verificar os pontos
abordados na reclamação do seu filho.
2 Caso ache necessário, converse
com a coordenação da escola sobre
as métodos pedagógicos adotados
pelos professores, para que sejam
observados com cuidado.
3 Pesquise, junto à escola, se os
professores tiveram prática de ensino
de, pelo menos, trezentas horas antes
de se formarem docentes.
4 Verifique se o corpo docente
da escola de seu filho tem aperfei-
çoamento profissional continuado,
período reservado a estudos, plane-
jamento e avaliação incluído na
carga horária e condições adequadas
de trabalho.
5 Se os problemas disciplinares conti-
nuarem os mesmos, verifique, iunto à
escola, a possibilidade de mudar de
profissional para a matéria específica
ou transferir seu filho de turma.
Alunos superdotados
P Nosso neto sempre foi m u i t o
inteligente, mas ele n ã o e s t á
bem adaptado à sua escola. A n d a
sempre metido e m problemas e
confusões, pois, segundo a profes-
sora, vive distraindo as outras
crianças com conversas e b r i n c a -
deiras em sala de a u l a . A c r e d i t a m o s
que, na verdade, ele e s t á deses-
timulado. G o s t a r í a m o s de t r a n s f e r i -
 Io para ama escola especial, cujo
ensino seja voltado para c r i a n ç a s
superdotadas. Podemos fazer isso?

R Não. No Brasil não existem escolas

especiais para pessoas com altas
habilidades ou superdotadas. O sistema
regular de ensino em classe comum
assegura a matrícula de todo e qualquer
aluno, nunca privilegiando algum em
detrimento de outro.
No enanto, o aluno superdotado
poderá receber atendimento educacional
em Salas de Recursos ou outros espaços
definidos, em horário diferente do das
aulas regulares. Nesse ambiente de
natureza pedagógica, u m professor
especiaüiado deverá suplementar o
atendimento educacional realizado nas
classes comuns. Esse serviço deve
realizar-se em escolas, em local dotado
de equipamentos e recursos pedagógicos
adequados, podendo estender-se a
alunos de escolas próximas nas quais
ainda não exista esse atendimento.
individual de cada aluno que concluiu o
ensino médio. Essa avaliação é feita por
Vagas nas meio da aplicação de uma prova
objetiva e outra de redação.
universidades
As instituições de ensino superior

P Meu falho sempre tirou a s

maiores notas na escola e tam-
bém se saiu bem na prova do I n e m .
Contudo, ao prestar o vestibular,
seus conhecimentos n ã o foram
suficientes para garantir-lhe u m a
vaga na universidade. Ele pode
recorrer do resultado, com base
nas notas escolares e no seu
desempenho no E n e m ?
têm autonomia para decidir se irão
adotar cs resultados do Enem como
forma de seleção para ingresso nos
cursos oferecidos, e de que forma irão
utilizar esses resultados.
Assim, em regra, o Enem não
substitui o vestibular e não é v i n -
culado a ele.
Se o seu filho não obteve aprovação
no vestibular ou instituição que não
adota o resultado do Enem como

R Não. As notas do ensino fundamen

tal e médio não são levadas em
consideração no processo seletivo das
critério de seleção, não há como
recorrer do resultado.

instituições de ensino superior, que

diminuerr. o número de vagas
oferecidas e a forma do processo de
seleção para ingresso e m cada curso.
0 Enem (Exame Nacional de Ensino
M é d i o ) P iiTI m é t o d o He avaliação
Aluno inaoimpieme
P M e u filho está t e r m i n a n d o o
ensino médio, mas e s t o u com
algumas mensalidades e m atraso,
por falta de dinheiro. A g u a r d o o
pagamento de uma i n d e n i z a ç ã o de
rescisão de contrato de trabalho
para poder quitar essa dívida, mas a
direção da escola n ã o permite que
m e u filho faça as provas do bimestre
a t é que as mensalidades atrasadas
sejam pagas. Eles podem f a z e r isso?
R Não. Conforme a legislação
brasileira, o aluno inadimplente
não pode ser impedido de freqüentar a
escola nem ter as provas suspensas. É
sabido que o consumidor deve honrar o
contrato e que ele está sujeito às
sanções legais cabíveis se não o fizer.
N o entanto, a instituição de ensino não
poderá aplicar quaisquer penalidades
pedagógicas ou medidas que visem ao
constrangimento do consumidor, tais
como: ripedir o aluno de freqüentar as
aulas, de fazer provas, ou, ainda, reter
documentos escolares.
Se houver qualquer situação de
constrangimento por parte da escola
com base no atraso do pagamento das
mensalidades, o consumidor deverá
encaminhar denúncia ao órgão de
proteção e defesa do consumidor
(Procon) de sua localidade e/ou entrar
com ação na justiça Comum para ter
seus dxeitos "esguardados.
AVISO
Embora sejam proibidas as
penalidades pedagógicas ou medidas
constrargedoras, as instituições de
ensino não estão obrigadas a renovar a
matrícula de alunos em situação de
inadimplência. Os contratos devem ser
mantidos até o seu término sem que o
aluno sofra cuaisquer sanções, mas a
renovação da matrícula somente será
cabível mediante pagamento ou
negociação da dívida.
Aumento aa
mensalidade
P A e s c o l a da m i n h a filha r e a -
j u s t o u o valor d a s m e n s a l i d a d e s
doas v e z e s este ano. O a u m e n t o
de m a i s d e 50%, com r e l a ç ã o ao
ano anterior, a u m e n t o u m u i t o
minha d e s p e s a com escola, e posso
ficar inadimplente. E l e s podem
fazer isso?
R Não. As instituições de ensino não
podem reajustar o valor das
parcelas da anuidade ou semestralidade
escolar em prazo inferior a u m ano. a
contar da data da sua fixação. Além
disso, para cada reajuste, as escolas
devem divulgar, em local de fácil acesso
a» público, o valor do aumento das
mensalidades, com antecedência mínima
de 45 dias da data da matrícula.
Embora não haja qualquer previsão
legal sobre a determinação do novo valor,
oaumento deverá ser compatível com a
prestação do serviço. Se você perceber
que o aumento é abusivo, poderá fazer
denúncia ao órgão de proteção e defesa
do consumidor (Procon), para que se
tomem as devidas providências.
Taxas de serviços
P Meu filho terminou o e n s i n o
médio e passou no vestibular.
A universidade pediu cópia a u t e n -
ticada do histórico escolar, para que
a matrícula seja realizada, m a s a
escola cobra uma taxa muito a l t a
para liberar esse documento. E l e s
podem fazer isso?
R Sim. As instituições de ensino
podem decidir sobre o valor a ser
cobrado pelos serviços prestados,
inclusive no que se refere às taxas para o
fornecimento de declaração de esco-
laridade, histórico e outros documentos.
Entretanto, tais valores devem constar do
 Catálogo da Instituição, documento a ser
disponibilizado para livre consulta de
qualquer interessado.
Informe-se sobre os valores das
mensalidades e outras taxas cobradas
pela escola no momento da contratação
do serviço. Caso o valor cobrado por tais
serviços pareça excessivo, você pcxlerá
fazer denúncia ao Procon.
Mensalidades em férias
O M i n h a filha fica de férias n a
escola nos meses de janeiro,
fevereiro e j u l h o de cada a n o .
A p e s a r de ela n ã o ter a u l a nessa
é p o c a , a escola insiste e m cobrar as
mensalidades relativas aos meses
mencionados. Posso me r e c u s a r a
pagar essas m e n s a l i d a d e s ?
Não.Você não deve se recusar a
pagar as mensalidades referentes ao
período de férias escolares, pois o valor
pago pelo serviço de uma instituição de
ensino, para todo o período letivo, é
cobrado em 12 ou seis parcelas mensais
iguais, de acordo com o regime adotado
peia escola (anual ou semestral).
Nessa divisão de parcelas entram os
meses de recesso ou férias, que são
computados nos cálculos dos custos dos
serviços prestados, ainda que neles não
ocorram aulas. A idéia é que se viabilize
a continuidade da prestação dos
serviços, pois os custos da instituição
permanecem nesses meses, tais como
salários de professores e funcionários,
manutenção das instalações, atividades
de elaboração e preparação para o
ano letivo etc.
Acesso aos livros
S o u m ã e solteira e tenho u m
o r ç a m e n t o mensal limitado que
me impede de adquirir livros para
minha filha. E l a estuda em escola
pública e tenho medo de que a falta
de recursos da instituição limite o
acesso dos alunos a uma leitura de
qualidade. O Governo pode fazer
alguma coisa para ajudar?
R Sim. Na verdade, já existe um
programa cujo objetivo principal
é garantir o acesso à cultura e à
informação, e sua função é distribuir
acervos e coleções de obras de literatura,
de pesquisa e de referência variadas para
apoiar os alunos no exercício da reflexão,
da criatividade e da critica. O nome
desse programa é Programa Nadonal
Biblioteca da Escola (PNBE), é de
responsabilidade do Fundo Nacional de
Desenvolvimento ca Educação (FNDE) e
é sustentado com recursos financeiros do
Orçamento Geral da União.
Dessa forma, são beneficiados os
alunos do ensino fundamental e médio,
professores, alunos adultos e escolas que
recebem, gratuitamente, acervos básicos
formados por obras de literatura
brasileira e estrangeira, infanto-juvenil,
clássica e outros materiais de apoio,
corno atlas histórico e geográfico,
enciclopédias, globos e mapas.
As obras são avaliadas e selecionadas
por um colegiado instituído anualmente,

E X A M E NACIONAL D E ENSINO MÉDIO

0 Exame Nacional de Ensino Médio foi criado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas com o
objetivo de, por meio de um processo nacional de
avaliação de rendimento escolar, definir as prio-
ridades e a melhoria da qualidade do ensino.
Esse exame é gratuito e facultativo, mas é
importante, porque o Governo Federal pretende
considerar a nota do Enem como substituta do
vestibular no momento da seleção para todas as
instituições de ensino superior.
 i u i m a d o por representantes do Conselho
Nacional de Secretários de Educação
(Consed), da União Nadonal de
Dirigentes Municipais de Educação
(Undime), do Programa Nacional de
Incentivo à Leitura (Proler) e técnicos e
especialistas da área do Ministério da
Educação (MEC) e de universidades.
A qualidade das obras e características
físicas dos livros também passa por u m
processo de avaliação pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT)-
Os I Í V T O S chegam às escolas e
secretarias no primeiro semestre do ano
letivo. Em se tratando de escolas das
zonas rurais, são entregues nas sedes
das Prefeituras ou das Secretarias
Municipais de Educação, que devem
repassá-los às escolas.
Caso a escola de sua filha tenha
problemas com recebimento de livros,
procure a Secretaria de Educação,
estadual ou municipal.
Ausências escolares
aula, converse com ele sabre o que pode
estar acontecendo e não deixe de chamar
a atenção dele sempre que receber uma
advertência. Investigue os motivos das
ausências em classe e tome as devidas
providências para evitá-las.
A carga horária mínima anual, nos
níveis fundamental e médio, é de
oitocentas horas, distribuídas por u m
mínimo de duzentos dias de efetivo
trabalho escolar, excluído o tempo
reservado aos exames firais, quando
houver. A freqüência mínima exigida é de
75% do total de horas letivas do ano, e o
não-cumprimento desse percentual pode
reprovar o aluno.
E d u c a ç ã o especial
P M e u f i l h o é surdo e n ã o
e x i s t e nenhuma instituição
e d u c a c i o n a l especializada p a r a
a t e n d ê - l o perto de onde moramos.
C o m o as e s c o l a s brasileiras n e m
s e m p r e e s t ã o preparadas p a r a
r e c e b e r a l u n o s com necessidades

P M e u filho mata a u l a s
f r e q ü e n t e m e n t e para ficar
tocando violão com os a m i g o s .
e s p e c i a i s , o Estado pode n o s
a j u d a r a a c h a r uma solução
para isso?
S e u s professores já l h e f i z e r a m
a d v e r t ê n c i a s por causa d i s s o . A
escola pode r e p r o v á - l o por f a l t a s ? R Sim. É dever do Estado garantir a
oferta de educação especial a partir
da faixa etária de 0 a 6 aros de idade,

R Sim. A freqüência escolar é u m dos

principais controles a serem feitos
pelas escolas. É obrigação dos pais ou
responsáveis e do Estado zelar pela
freqüência dos menores às aulas. Caso
seu filho se recuse a freqüentar a sala de
durante a educação infantil. No caso de
alunos com deficiênda aiditiva, a
legislação determina que lhes seja
concedido u m intérprete em Língua
Brasileira de Sinais (libras). A formação
do profissional intérprete requer

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Conforme a legislação brasileira, aos alunos
com necessidades educacionais especiais serão
assegurados, entre outros direitos:
• currículos, métodos, organização, técnicas e
recursos educativos específicos, para atender
às suas necessidades;
• professores especializados, bem como capa-
citação de professores do ensino regular p a r a
que esses educandos possam ser integrados às
classes comuns;
• educação especial p a r a o trabolho, para que o
aluno possa ser integrado à sociedade.
certificado, devidamente registrado e
expedido por instituição reconhecida pelo
MEC, em nível médio e/ou superior, e sua
função é interpretar, em Língua
Brasileira de Sinais, as atividades
didático- pedagógicas e culturais
desenvolvidas nas instituições de ensino
que oferecem educação básica, superior
e/ou profissional. Sempre que, em função
das condições específicas dos alunos, não
for possível integrá-los às classes comuns
de ensino regular, o atendimento
educadonal será feito em classes, escolas
ou serviços especializados.
Alguma das escolas da região onde você
mora deve possuir profissionais intér-
pretes para alunos deficientes auditivos.
Se não for esse o caso, entre em contato
com a Secretaria de Educação do seu
estado ou município para prestar escla-
recimentos e fazer valer os seus direitos.
Ameaças entre alunos
Violência nas escolas
P M e u filho s a í a da escola
q u a n d o foi abordado p o r dois
colegas de sala que r o u b a r a m s u a
mochila e o agrediram fisicamente.
Indignados, rainha esposa e eu
fomos à escola para d e n u n c i a r
essa violência, mas a d i r e ç ã o nos
informou que nada poderia fazer.
A escola pode ficar i m p u n e ?
R Não. Os professores e os dirigentes
da instituição de ensino devem
estar sempre atentos à questão da segu-
rança dos alunos e tomar atitudes cabí-
veis para não permitir atos violentos
entre seus estudantes.
A violência nas escolas é u m fato que
vem alarmando toda a sociedade,
preocupando pais e responsáveis, além de
comprometer o desenvolvimento
educacional de jovens e a estrutura
disciplinar das escolas.

P M e u filho tem sido

constantemente a m e a ç a d o por
um colega de classe. C o n v e r s e i
várias vezes com professores e com
o diretor da escola, m a s as a m e a ç a s
e maus-tratos continuam. E l e s
podem permitir que isso a c o n t e ç a ?

R N ã o . Os educadores e as
instituições de ensino, quando
cientes de uma situação de ameaça
constante nas dependências escolares,
devem tomar as providências devidas,
até mesmo comunicando ao Conselho
Tutelar eventuais maus-tratos
envolvendo seus alunos. O Conselho
Tutelar é o órgão responsável pelo
cumprimento do Estatuto da Criança e
do Adolescente, e cada município
precisa ter, pelo menos, u m Conselho
Tutelar. Toda criança e adolescente tem
direito a educação em segurança, e, em
caso de maus-tratos, esse órgão deve
ser procurado para que se tomem as
devidos providônri.is.
 As lonnas de vioitiitid que ucorrem nas
escolas são as mais diversas e incluem
depredações, pichações internas e
externas, arrombamentos de armários e
portas, danificaçáo de veículos, furtos,
roubos, explosão de bombas caseiras nas
dependências da escola, blecautes
provocados por alunos, incêndios no
prédio escolar, explosivos encontrados n.i
escola etc. Outras formas, consideradas as
mais preocupantes, envolvem brigas
internas (entre alunos), desacato e
agressões verbais a professores e
funcionários, tráfico e consumo de drogas
nas imediações, uso de armas por alunos
e abuso sexual.
liara mapear a situação quanto às
questões de violência e drogas nas escolas
brasileiras, realizou-se uma pesquisa em
14 capitais. O resultado demonstrou que
pais e responsáveis devem estar atentos
ao fato de que a escola nem sempre é
aquele lugar tranqüilo que gostariam que
fosse. Além disso, a preocupação com a
violência não deve se limitar ao espaço
ORA, NÃO SEJA RANCOROSO/
ELE JÁ PEDIU DESCULPAS/
das dependências escolares, mas também
às imediações da escola, como os bares
vizinhos que vendem bebidas a menores,
as gangues ligadas ao tráfico que agem
naquele local e até as brigas de rua.
A violência interfere na aprendizagem,
visto que alguns alunos chegam a aban-
donar as aulas e os professores deixam de
comparecer a determinadas escolas ou
ficam sem estímulo para ir trabalhar.
Numa tentativa de acabar com a
violência escolar, o Governo Federal criou
0 Programa Paz nas Escolas, que é uma
parceria entre o Ministério da Justiça, por
meio da Secretaria de Estado dos Direitos
Humanos, e o Ministério da Educação.
O Programa Paz nas Escolas investe na
capacitação de educadores nos currículos
transversais, de policiais capadtados em
direitos humanos, ética e cidadania para
atuarem nas escolas, em estudos e
pesquisas na área de violência escolar e na
implementação de apoio à criação de
grêmios estudantis.
As ações do programa já atingiram
17 estados da Federação, e em 2000 o
programa firmou u m acordo de coope-
ração internadonal com o Fundo de
População das Nações Unidas, que
presta assistência técnica e apoia a
sua implementação.
Verifique se esse programa foi implemen-
tado na escola do seu filho. Se não tiver
sido, peça à direção da escola que entre em
contato com o Ministério da Educação para
pleitear a participação no programa.
Drogas nas escolas R Sim. A direção tem obrigação de
verificar se existe uso de drogas

P Meu filho me c o n t o u que

alguns de s e u s a m i g o s de
classe c o m e ç a r a m a u s a r drogas.
Minha esposa e e u e s t a m o s
temerosos de que ele possa entrar
nessa, tendo em v i s t a q u e é
adolescente. A escola pode fazer
alguma coisa para coibir o uso de
drogas por seus a l u n o s ?
na escola ou se alguns de seus alunos
podem estar envolvidos com depen-
dência química ou com tráfico de drogas.
Mesmo que seu filho não seja usuário,
ao ser informado sobre o uso de drogas na
escola onde ele estuda, você deve comu-
nicar à direção para que medidas preven-
tivas sejam tomadas até que o problema
deixe de existir no ambiente escolar.

DROGAS NA ESCOLA

P a r a prevenir a entrada ou o consumo de drogas na escola de seu

filho, veia se a instituição adota algumas das seguintes medidas:

• Capocita professores para abordagem do corpo e da mente, além do prazer de viver a

do assunto drogas nas suas disciplinas. vida com soúde, ao lado da família e dos amigos.
J

• Tem professores com conhecimento adaptado • Da 5° à 8 série - o professor cuida da

a valorizar a pessoa do aluno, destacando suas
qualidades, suprindo suas necessidades e v e r i f i -
condo as influências para o desenvolvimento da
personalidade e da maturidade.
• Tem cuidado com a f o r m a como as noções
científicas e farmacológicas são passadas, a f i m
de evitar especulações e curiosidades quanto aos
efeitos das drogas.
• Informa sobre as conseqüências do abuso e
as seqüelas deixadas naqueles que se t o r n a r a m
dependentes químicos.
• Apresenta palestras de convidados que tenham
conhecimento especializado do assunto aos pais
e alunos.
• Da V à 4° série - o professor produz uma
estratégia preventiva, mostrando as qualidades
abordagem, direcionando trabalhos sobre
problemas biológicos, sociais e psicológicos
causados pelas drogas.
• No 2' grau - o professor estimula o
desenvolvimento de estudos referentes a
problemas psicológicos e reflexos na
personalidade, contribuindo para que os alunos
conheçam um pouco mais sobre eles mesmos.
Oferece orientação à família por meio de
palestras, debates, informativos e trocas de
experiências em reuniões específicas, como as
reuniões anuais de país e professores.

O que a direção da escola deve fazer?

A direção deve estar atenta para elementos
estranhos no espaço que cerca o estabelecimento
de ensino e orientar funcionários a agir no trabalho
de prevenção.
Ao verificar a presença de pessoas estranhas na porta
da escolc, assediando os estudantes, a escola deve solicitar,
via ofício, aos órgãos de segurança pública e a Polícia
Federal a aiuda necessária para combater as drogas.
0 estabelecimento escolar tem a competência e a
responsabilidade de tomar todas as medidas necessárias na
prevenção do tráfico ilícito e o uso indevido de drogas nos
recintos ou imediações de suas atividades . conforme lei federa

Levando uma
piada a sério
P
M e u empregador e s t á
querendo m o n i t o r a r nossos
e-mails, j á que trabalhamos n u m
s e r v i ç o i n d u s t r i a l e m que erros e
f r a u d e s podem c a u s a r graves
t r a n s t o r n o s . A p e s a r disso, alguns
e m p r e g a d o s se divertem, man-
d a n d o e-mails de p i a d a s para os
c o l e g a s . A g e r ê n c i a n o s comunicou
q u e o s i m p l e s fato de abrirmos tais
e-mails no trabalho poderia
r e s u l t a r e m processo disciplinar.
E l e s podem fazer i s s o ?
R Provavelmente não. Os em-
pregados poderiam responder a
processo disciplinar por enviar ou
reenviar e-mails de conteúdo ofensivo,
como, por exemplo, mensagens obs-
cenas. Mas as chances de a simples
abertura de e-mails de piadas vir a se
tornar objeto de processo disciplinar
são pequenas.
COMO EVITAR OU B L O Q U E A R
Spam pode ser definido como aquele e-mail não solicitado (iunk), cuio
conteúdo pode ser, entre outros, de propaganda ou pornográfico. Embora não
haia uma maneira totalmente eficaz de evitar o recebimento de spam, você
pode adotar alguns procedimentos que ajudem a diminuir a quantidade deles.
• Não forneça seu e-mail a ninguém,
a não ser àqueles com quem tenha
assuntos profissionais e pessoais, ou
a instituições em que você confie e
que não irão repassar seu e-mail.
• Tome cuidado ao fornecer seu
e-mail e m salas de bate-papo ou
e m grupos de discussões; use um
endereço eletrônico diferente
p a r a esse tipo de contato.
• Adote a atitude anti-spam: Delete,
s e m a b r i r , e-mails de desconhecidos
ou os que t ê m assuntos suspeitos.
t m b o r a as empresas possam monitorar
e-mails sob o argumento de que ten-
cionam ev.tar erros ou fraudes, elas
não têm o direito de ler mensagens de
conteúdo pessoal, o que incluiria os
e-maüs com piadas, sob pena de estarem
violando a privacidade dos empregados.
Por essa razão, os empregadores não
poderiam usar esses e-maüs para preju-
dicar os empregados por meio de
processo disciplinar.
Se determinada empresa leva a sério
a questão da monitoração de e-mails
com o intuito de evitar que empregados
cometam fraudes, essa empresa deve
informar, em detalhes, sua política de
monitoração para que os empregados
estejam cientes de que seus e-mails
serão objeto de controle.
Internet no escritório
para fins particulares
P E s t o u saindo de férias com
u m amigo. T r o c a m o s v á r i o s
e-mails para planejar n o s s o roteiro.
UM SPAM
• Nunca responda - pedindo que não
enviem outros - a u m e-mail que
você classifique como spam. Isso
apenas confirmará que seu e-mail
é válido e incentivará q u e m está
enviando o spam.
• Considere o uso de u m f i l t r o p a r a
spam - um software para bloqueio
de spam - , ainda que isso tenha u m
alcance limitado. Alguns spams
acabarão passando pelo f i l t r o en-
quanto algumas mensagens que você
espera receber serão bloqueadas.
identificando-os como de c u n h o
pessoal paia evitarmos c o n f u s õ e s
com mensagens de trabalho. A l é m CHEFE., A CULPA NÃO É MíNHA... EU
disso, durante m e u h o r á r i o de JÁ PEO\ PR A PARAREM, MAS CONfiHUO
almoço, tenho usado o computador RECEBENDO LIXO ELETRÔNICO/
para procurar pacotes de viagens n a
Internet. Ontem, minha chefe me
flagrou fazendo u m a pesquisa e
ameaçou me demitir se e u
continuar a navegar na I n t e r n e t
e a mandar e-mails pessoais do
computador do escritório.
E l a pode fazer isso?

R Pouco provável. A não ser que a

empresa onde você trabalha adote
uma política específica de proibição de
pesquisas na Internet com fins
particulares, sua chefe não poderá demiti-
lo por isso nem por estar mandando
e-mails pessoais pelo computador
do escritório.
Entretanto, sua chefe poderia demiti-lo
se você estivesse navegando na Internet
com muita freqüência, no horário do para bloqueio de spam. Além disso, evite
trabalho, e deixando de cumprir suas fornecer seu endereço eletrônico
próprias tarefas. para desconhecidos.
Em relação a seus e-mails pessoais,
procure utilizar uma outra conta de Informação "instalada"
e-mail e não aquela usada para tratar
no s e u computador
de assuntos profissionais.

Computador inundado
P A l g u n s websites que visito
instalam cookies no meu
computador. E s t o u preocupada com
a possibilidade de ser bombardeada
por spams
por a l g u m tipo de v í r u s . E s s e s

P Tenho recebido uma e n x u r r a d a

de e-mails com propagandas
sobre como ficar rico e outros
sites podem fazer isso s e m a
minha permissão?

produtos duvidosos. A l g u n s deles
s ã o até ofensivos. Tenho como
evitar isso?
R
Sim. Não existe qualquer proibição
legal que impeça que websites
utilizem cookies, mas você poderá
controlá-los pelas próprias configurações

R Pouco provável, mas você poderá

diminuir o número desses e-mails
utilizando-se de filtros e outros
mecanismos de bloqueio de spam (leia o
quadro sobre SPWft). Alguns provedores
de Internet e também provedores de
e-maib fornecem gratuitamente filtros
de seu computador, que poderão não
aceitá-los ou deletá-los posteriormente.
Quando você acessa determinado site,
uma pequena mensagem de texto é
enviada para o seu computador. Essa
mensagem - o cookie - será reconhecida
toda W 7 que v o r ê acessar o r n p s m n site.
 U uAM.lt pode sei utilizado paia coutai
quantos usuários acessaram u m site ou
mesmo para identificar usuários. Neste
último caso, são os cookies que permitem
aquelas saudações personalizadas ao
usuário, por exemplo, em sites de bancos
ou de compras, de modo que o usuário
não tenha de preencher dados pessoais,
pois estes ficam armazenados no
próprio site.
É incomum que os cookies transmitam
algum tipo de vírus, já que eles apenas
contêm uma mensagem de texto (um
vírus precisa ser "executável" - ou seja,
precisa agir como um programa de
computador, o que não acontece com os
arquivos de texto).
Todavia, os cookies podem ser usados
de modo a violar sua privacidade. Por
exemplei: ao rastrear o seu uso da
Internet, os cookies poderiam possibilitar
que propagandistas lhe enviassem
banners - aquelas pequenas janelas que
abrem automaticamente em seu
computador ao acessar u m site.
Caso você não queira permitir o uso de
cookies, modifique as configurações de
seu computador e elimine os cookies que
encontrar.Você pode optar também por
não mais aceitá-los assim que forem
enviados ao seu computador. Mas
lembre-se de que alguns sites poderão
impedir seu acesso, caso seu computador
não aceite cookies.
Segurança no a c e s s o
de c r i a n ç a s à Internet
P O u t r o dia encontrei m i n h a filha
de 11 anos navegando n u m site
de c o n t e ú d o inadequado para a
idade dela. N ã o tenho como fisca-
l i z a r m e u s filhos o tempo todo. M e u
v i z i n h o diz que não há nada a ser
feito. I s s o é verdade?
R Não. Embora não exista uma
medida totalmente eficaz para
controlar o acesso de seus filhos à
iiileinet, voce pode diminuir as chances
de eles acessarem sites de conteúdo
inadequado da seguinte forma:
• Mantenha o computador num local onde
você possa ver o que seus filhos estão
fazendo e determine o tempo durante o
qual eles podem usar o computador.
• Explique os perigos que eles podem
estar correndo. Faça com que eles
entendam os riscos de usar salas de bate-
papo para fazer amigos (que podem não
ser quem dizem que são) e de abnr
e-mails de remetentes desconhecidos
(que podem não só ter u m conteúdo
inapropriado, mas também estar
contaminados por vírus).
• Considere usar bloqueios de
determinados sites que você
julgue inadequados.
C a r t a de r e f e r ê n c i a
não é um direito
P I ui demitido j u n t o com u m
grupo de amigos, e quando
pedimos uma c a r t a de referência
no nosso antigo emprego, nos
comunicaram que eles apenas
informariam o p e r í o d o e m que
trabalhamos lá e em que f u n ç ã o .
O b v i a m e n t e , i s s o irá n o s
prejudicar em relação a futuras
o p o r t u n i d a d e s de e m p r e g o . D e v o
c o n t i n u a r i n s i s t i n d o n u m a refe-
rência completa?
R Não. Algumas empresas preferem
não dar referências de antigos
empregados para evitar o ajuizamento de
ações trabalhistas contra a empresa ou
mesmo o pedido de indenização por
danos morais em razão de informações
que possam ter sido incluídas nas
referências. Além disso, não existe uma
maneira de se obrigar um antigo
empregador a prestar informações sobre
seus ex-empregados.
Contudo, você pode tentar conversar
com o responsável pelo setor de recursos
humanos de sua antiga empresa e contar
cem a boa vontade dele, convencendo-o
da irrportánda da carta para que você
possa conseguir um novo emprego.
Privacidade de
isso ao banco, eles me disseram q u e
não poderiam ser responsabilizados
pelo meu prejuízo, j á que fui eu
quem forneceu a senha do cartão,
possibilitando o golpe. E l e s podem
alegar isso?

R
ciados bancários
Sim. .As senhas de cartão para uso

P Recebi uma ligação de um

homem ojue dizia ser o gerente
da minha conta corrente. E l e
confirmou alguns dos meus dados e
pediu autorização para emitir u m
novo cartão de débito para mim.
Depois de confirmar vários dados,
ele me pediu a senha do cartão e eu
acabei falando. No mesmo dia,
foram sacados da minha conta
corrente mil reais. Quando informei
no banco, pelo telefone ou pela
Internet são de inteira responsabilidade
do conentista. A partir do momento em
que você fernece a sua senha a um es-
tranho e essa pessoa saca o seu dinheiro,
você não tem como responsabilizar
o banco.
Sob hipórese alguma u m funcionário
do banco irá lhe pedir a sua senha. Ainda
que ele este;a ajudando o cliente numa
operação bancária, seja na própria

C U I D A D O S NO A R M A Z E N A M E N T O D E D A D O S E M C O M P U T A D O R

Caso você mantenha no computador sigilo da chave privada. Se você decidir

informações pessoais que não deseio
quessiam vistos por terceiros (números
de cartões de crédito, declaração de
imposto de renda, senhas e t c ) ,
estas devem ser armazenadas em
formato criptografado.
Criptografia é a ciência de escrever
mensagens em formo cifrada ou em código,
poro autenticar a identidade de usuários de
computedores, autenticar e proteger o sigilo
de comuriecções pessoais, de transações
comerciais e bancárias, além de proteger a
integridade de transferências eletrônicas
ce fundos.
Uma mensagem criptografada deve
ser privada, de maneira que somente a
pessoa qie a enviou e a que recebeu terão
acesso oo seu conteúdo.
Os métodos de criptografia otuais são
seguros e eficientes e se baseiam no uso de
chaves. A chove ê uma seqüência de
caracteres, que pode conter letras, dígitos e
símbolos (cemo uma senha), que é convertida
em um numero utilizado pelos métodos
ce criptografia.
É importante ressaltar que a segurança
ceste método de criptografia depende do
adotá-lo, é recomendável m a n t e r a chave
privada num CD ou n u m disquete, que não
devem acompanhar o computador, caso seia
necessário enviá-lo para a assistência técnica
ou caso seu computador seio utilizado por
outras pessoas.
Esses cuidados são muito importantes no
coso de notebooks, que podem ser facilmente
roubados. Mas devem ser utilizados t a m b é m
em computadores convencionais.
Para criptografar esses dados existem
programas que, além de serem utilizados para
a criptografia de e-mails, t a m b é m podem
criptografar arquivos.
É preciso também ter u m cuidado
especial ao trocar ou vender um computador.
Apenas apagar ou f o r m a t a r um disco rígido
nõo é suficiente para e v i t a r que informações
que f o r a m armazenadas ali possam
ser recuperadas.
Para assegurar que elas não possam ser
recuperadas de u m disco rígido, é preciso
soorescrevê-las com outras informações.
Existem soffivares gratuitos e comerciais que
permitem sobrescrever dados de um disco
rígido e que podem ser executados em
diversos sistemas operacionais.
 agência, seja du leietone, n u momento
err que a senha deve ser utilizada, o
cliente terá de digitá-la, sem informá-la
ao funcionário do banco - mesmo
que seja o seu próprio gerente -
ou a um estranho.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você receber telefonemas de
alguém dizendo que é o gerente da sua
conta, pedindo informações,
desconverse e ligue para a sua
agência para saber se é verdade.
2 Se você foi realmente v í t i m a de
fraude e se ctiegou a fornecer senhas,
cancele o mais rápido possível os
cartões de débito e, se preciso, os
talões de cheque.
3 Comunique o ocorrido à sua
agência; solicite a emissão de novos
cartões e crie novas senhas.
QUB eu TSNHO
Fofocas violam
a privacidade
P Fiquei s a b e n d o que a secretária
de meu advogado t e m feito
c o m e n t á r i o s sobre o andamento de
meu divórcio p a r a u m a m i g o que
temos em c o m u m . E l a pode
fazer isso?
R Não. Advogados têm o dever legal
de manter em sigilo toda e
qualquer informação prestada por seus
clientes. Tal dever se estende a todos os
seus empregados, tais como secretárias,
estagiários e despachantes. A quebra de
sigilo pode e deve ser denunciada à
Ordem dos Advogados do Brasil (OAf5)
e, dependendo do caso, às autoridades
policiais também.
A quebra do sigilo entre advogados e
clientes pode ser objeto de ação de
indenização ajuizada por aqueles que se
sentirem lesados. Apenas nos casos
previstos por lei (ameaça à vida, à honra
ou quando se vir afrontado pelo próprio
cliente), um advogado poderá violar tal
regra sem que venha a sofrer qualquer
tipo de sanção.
O direito de verificar
seu arquivo médico
P I l.i algumas s e m a n a s fiz u m a
solicitação de reembolso ao
meu s e g u r o - s a ú d e . A seguradora
requereu o boletim m é d i c o emitido
pela clinica em q u e fui atendido.
Concordei com a m e d i d a e a s s i n e i
uma a u t o r i z a ç ã o p a r a que tal
boletim fosse repassado à m i n h a
seguradora. E s t a , no entanto,
diz que tenho de pagar u m a
mensalidade de valor superior por
causa de um problema de s a ú d e
preexistente. E l e s alegam que
tiveram ciência desse problema ao
consultarem m e u boletim m é d i c o .
E u tenho direito a ver esse boletim?
R Sim. Os médicos e hospitais não
poJem impedir qae os pacientes
tenham acesse a seu boletim médico. Se,
por alguma razão, não for conveniente
mostrar aos pacientes sua ficha médica
em determinado momento, médicos,
hospitais e clinicas deverão estipular uma
data em que leis boletins ficarão à
disposição dos pacientes que tenham
solidtadoa irformação. A legislação
brasileira garante plenc acesso às
informações aos próprios pacientes, bem
como a SEUS representantes legais, sobre
seu estado de saúde.
Quando bcletins médicos forem
solicitados ocr seguradoras ou planos de
saúde a hospitais, clínicas e médicos,
estes devem informar ao paciente e pedir
sua autorização para cue, então, possam
atender à solicitação das seguradoras.
Consultor curioso
P Consultamos um representante
de uma instituição financeira
sobre a possibilidade de um
empréstimo para a compra de uma
casa, e ele nos fez várias perguntas
pessoais - sobre nossa saúde, por
exemplo, e planos de ter filhos.
Nenhuma dessas perguntas
parece ter relação com a compra
do imóvel. Eles podem
fazer isso?
R Sirr.Tais perguntas são legítimas
perante a lei e fazem parte da
orientação dada pelas instituições
financeiras a seus empregados. Lembre-
se de que é necessário traçar u m perfil
dos clientes, hja vista que a concessão
de empréstimo envolve vários riscos e,
por isso, as instituições financeiras têm
interesse em obter informações pessoais
sobre os possíveis contratantes. Além
disso, as jisritjições financeiras
aconselham o; clientes sobre qual tipo de
fjiancatr.enlo seria mais vantajoso para
(\a i-iiri-fn rom o p f r ^ l de caria um
Você não é obrigado a fornecer
qualquer tipo de informação que julgar
desnecessária, porém, o representante da
REGRA DE
OURO
instituição poderá fazer com que você
assine um termo assumindo a Para evitar que
responsabilidade por qualquer preuízo você seia vítima
advindo de uma orientação que de falsificação
tenha sido fornecida sem as de documentos,
não jogue fora
informações solicitadas.
quaisquer docu-
mentos intactos.
Rasgue em pedaço:
Alguém tentou se qualquer papel
passar por mim contendo seu nome
endereço e dados
P A o comprar u m a televisão num
estabelecimento comercial, não
bancários, como
números de car-
consegui financiá-la. Ao perguntar tões, agências e
ao vendedor a r a z ã o de não ter contas correntes.
tido m e u crédito aprovado, fui
informado de que consta um aviso
de roubo de documento de
identidade atrelado ao meu nome.
E l e s podem se recusar a me
dar o c r é d i t o ?
R Sim. Em regra, os estabelecimentos
comerciais que adotam o
pagamento financiado têm liberdade
para aprovar linhas de crédito nos
termos de seus próprios critérios. Sendo
assim, eles podem não aprovar uma
linha de crédito a clientes que tenham
tido algum problema com seus
documentos de identidade.
Se você acreditar que está sendo
vítima de falsificação de documentos,
compareça à delegacia de polícia mais
próxima, onde deverá ser aberto um
inquérito para apurar tal denúncia.
Documentos de órgãos
fiscalizadores
P Recentemente tentei fazer um
plano de previdência privada e
a i n s t i t u i ç ã o financeira pediu um
documento de identidade. Acontece
que e u n ã o uso um documento
de i d e n t i d a d e - p a d r ã o , mas um
 expedido pela O A B que eles dc s c u b técnicos com a n i o - c d c n a u ,

R E G R A DE n ã o q u e r e m aceitar. E l e s podem podendo inclusive fornecer uma senha

OURO fazer i s s o ? que deve ser indicada pelo funcionário
na hora da visita.
ie você desconfia
i a pessoa que se
>resenta como u m
R Não. Documentos de identidade
expedidos por órgãos fiscalizadores
de profissões, tais como Ordem dos
Representantes de venda de qualquer
natureza só devem entrar em sua
residência com. a sua autorização
incionário que v a i expressa. Nesse caso, tenha certeza de
Advogados do Brasil, Conselho Regional
estar serviços e m
de Medicina, Conselho Regional de que se trata mesmo de quem você está
ia casa, peça para
Contabilidade, entre tantos outros, têm fé pensando e, por isso, cheque com
ver sua i d e n t i f i -
pública e m todo o território nacional e, cuidado a identificação dessas pessoas.
cação e e x a m i n e
atentamente o por essa razão, não podem ser recusados
documento. L e m - por inshtuições financeiras, comerciais ou
re-se de que esses mesmo por autoridades públicas. Em Direito de expulsar
ocumentos podem alguns casos, esses documentos contêm
sr falsificados, por
vendedores
os números de documentos de
isso o mais pru-
dente em caso de
lesconfiança é não
identidade-padrão. além do número do
CPF (Cadastro de Pessoa Física).
Lembre-se de que esses documentos
P T r a b a l h o e m casa e a toda
hora t e n h o de interromper
m e u s a f a z e r e s para atender
p e r m i t i r que a
não podem ser utilizados em dagens representantes que vendem de
pessoa entre em
pelo Mercosul. Neste caso, apenas a porta em p o r t a . Existe alguma
sua casa, ligar
cédula de identidade oficial poderá ser m a n e i r a de impedir que eles
para a companhia
prestadora do utilizada n o lugar do passaporte. toquem n a m i n h a casa?
erviço e confirmar
se, de fato, foi
enviado algum
técnico à sua
Entrada de técnicos R Provavelmente não. Você poderá
adotar medidas que amenizem
esse problema, corro, por exemplo,
residência. Se
na sua casa colocar uma placa avisando que não
a resposta for
N a s e m a n a passada, um homem atenderá representantes de venda e que
negativa, tranque
i n t e r f o n o u para minha a v ó vai considerar crime de invasão a
a porta e ligue
a l e g a n d o que era da companhia de domicílio se algum deles desrespeitar
p a r a a policia
g á s e q u e precisava verificar a tal aviso e insistir em entrar na
imediatamente.
t u b u l a ç ã o do apartamento. E l a sua casa.
pediu s u a identificação, mas o Lembre-se de que empresas bem
c a r t ã o apresentado estava ilegível. conceituadas costumam agendar a visita
M i n h a a v ó se negou a deixá-lo de seus vendedores com cientes
e n t r a r e ele foi embora. Ela pode em potendal.
i m p e d i r a entrada de u m técnico?

R Sim. As pessoas podem se recusar a

permitir a entrada de estranhos em
sua residência, com algumas exceções,
Visita de oficial
de iustiça
como no caso de emergências, em que
bombeiros e policiais podem entrar
mesmo contra a vontade do morador. Em
P Recebi uma notificação
judicial sobre o comparecimento
de um oficial de justiça à m i n h a
geral, outros técnicos só devem entrar residência para arrestar bens
após exibirem sua identificação e destinados a saldar uma dívida do
explicarem a razão de sua visita. meu marido. Ele pode simplesmente
Companhias de gás, telefone, luz, entrar em minha casa e escolher
entre outras, costumam marcar a visita o que quiser?
 QUEM PODE ENTRAR
Algumas pessoas têm o direito de entrar na sua
casa em determinadas circunstâncias, ainda que
você nâo tenha dado permissão. P a r a isso, tais
pessoas deverão obedecer às seguintes condições:
• ter uma razão legítima para entrar
em sua residência;
• exibir identificação;
• em alguns casos devem informar sobre a
visita e combinar um horário conveniente
para os moradores;
• garantir que a sua residência esteia
seguro-reparo de portas, por exemplo -
após a entrada forçada.
Autoridades policiais podem entrar em sua casa -
pelo uso da força, se necessário - desde que
tenham um mandado iudicial de busca e
apreensão ou se houver fortes indícios de que
algum crime esteia sendo praticado em sua
residência. Fora dessas situações, mesmo as
autoridades policiais precisam da sua autorização
Para entrar em sua casa.
Bombeiros podem forçar a entrada num imóvel
em que haia um incêndio ou suspeita de incêndio,
bem como um vazamento de gás.
Agentes da Defesa Civil podem entrar
numa residência, inclusive contra a vontade
do morador, por várias razões, como para
determinara demolição ou restauração
de edificações.
O Q U E O F I C I A I S D E J U S T I Ç A P O D E M O U NÃO
Oficiais de iustiça são funcionários públicos
e, por isso, têm fé pública. São encarregados
de entregar mandados para cumprimento de
ordens judiciais como o mandado de citação,
de intimação e, em alguns casos, de arrestar
bens. Eles devem:
• obedecer às regras especificas de sua atuação;
• exibir sua identificação quando solicitado;
• fazer a visita numa hora razoável;
• em caso ce resistência do morador, comunicar
ò autoridade judicial que solicitará o auxílio de
força policial para promover a entrada forçada.
NA S U A C A S A
Locadores não podem entrar no imóvel ocupado
pelo locatário sem a anuência deste, salvo em
caso de emergência.
Funcionários de companhias de gás e luz só
podem e n t r a r numa residência, sem a prévia
autorização do morador, e m caso de emergência
ou quando autorizados por iuiz de direito.
Funcionários de companhias de água só podem
entrar numa residência com autorização do
morador ou e m caso de emergência, quando não
será necessária a autorização.
Agentes da saúde pública apenas poderão entrar
em residências com autorização do morador ou
em caso de emergência, quando poderão forçar
a entrada.
Fiscais da Receita Federal só podem entrar em
residências, sem a autorização do morador, se
estiverem munidos de mandado iudicial
autorizando a entrada forçada. O simples fato de
estarem investigando uma fraude não lhes dá o
direito de entrar em residências sem a autorização
do morador ou de um iuiz de direito.
Técnicos de companhias de televisão a cabo e
similares só podem entrar numa residência com o
autorização do morador. Ainda que eles
desconfiem de fraudes ou q u e i r a m recolher
aparelhos por falta de pagamento, somente
poderão fazê-lo se autorizados por iuiz de direito
e, em alguns casos, desde que esteiam
acompanhados por autoridade policial.
FAZER
Lembre-se de que em nenhuma hipótese um
oficial de iustiça poderá promover uma entrada
forçada e m residência sem o auxílio de
autoridades policiais, que deverão seguir ordem
iudicial para tal procedimento.
No caso de arresto para penhora de bens,
os oficiais de iustiça devem obedecer ao que
estiver disposto no auto de penhora, especial-
mente no que se refere ao dia e á hora e m
que tal d i l i g ê n c i a deve ser realizada e no
que se refere à descrição de bens que d e v e m
ser penhorados, obedecendo ao que diz a
lei sobre bens impenhoráveis.
 I J Nao. anüind ub uliacüs de justiça
X V possam arrestar tantos bens quantos
REGRA DE
forem necessários para saldar a dívida, eles
OURO
devem obedecer à ordem de preferênda
Organize suas legal, inclusive no que tange a bens que
l i v i d a s e, caso você não podem ser penhorados.
não consiga pagá- N o caso ce arresto de bens, o próprio
las na data do mandado judicial deverá indicar o valor
vencimento, tente dos bens que podem ser arrestados.
renegociá-las com Ofidais de justiça somente podem
os credores, de
entrar numa residência se estiverem
forma a obter
autorizados por ordem judicial que
um acordo
quanto à taxa de deverá indicar o motivo da visita. Ele
iuros aplicada. não pode terçar a entrada em sua casa.
Se você não pagar Tal medida apenas será adotada se
a dívida antes da autorizada por juiz de direito que
c o b r a n ç a em iuizo, determinare o auxílio de força policial
será obrigado a para que o oficial de justiça possa entrar
pagar as custas e arrestar os bens.
judiciais, a l é m de
honorários advoca-
P L A N O DE AÇÃO
tícios dos credores
1 Entre em contato com os credores
e seus, caso
e tente renegociar a dívida com eles.
contrate u m advo-
gado p a r t i c u l a r .
2 Caso nõo obtenha sucesso na
renegociação, chame alguém para
testemunhar o arresto, e tome nota
daquilo que iulgar necessário. Tenha
em mente que oficiais de iustiça
têm fé público, de modo que
aquilo que eles a f i r m a r e m será
considerado verdadeiro.
Revistado por
blitz policial
P Meu filho estava voltando de um
show de rock quando foi parado
numa blit. Fizeram com que ele
esvaziasse os bolsos e revistaram seu
carro dizendo que estavam
procurando por substâncias ilícitas.
M e u filho nunca infringiu a lei e se
sentiu humilhado com tal revista. A
polícia pode fazer isso?
R Sim.A rigor, as autoridades policiais
só poderiam revistar pessoas,
veículos ou residêndas se estivessem
munidas de uideui judicial. Mas a poliua
pode parar qualquer pessoa se existir
forte indício ou suspeita de crime. Como
não há uma definição específica do que
seja"forte indício o u suspeita", acaba
ficando a critério da autoridade policial
quem deve ser revistado.
Se uma pessoa se negar a ser
revstada, tal atitude poderá ser inter-
pretada como desacato à autoridade
policial, crime definido pelo Código
Ffcral. Por isso, procure cooperar e fique
atento a qualquer atitude suspeita do
policial. Assim como os oficiais de
justiça, agentes policiais possuem fé
púHica, de maneira que aquilo que
elerinformarem será interpretado
como verdadeiro.
C2S0 você considere a revista
reamente abusiva, poderá fazer uma
reclamação às autoridades competentes.
Mas lembre-se de que, em razão da
realidade social brasileira atual,
denunciar o abuso de autoridade ou
mesmo u m caso de corrupção policial
pode apresentar riscos à sua segurança.
Por isso, certifique-se de que a autori-
dade a quem você denunciará o fato
se a confiável.
Tratado como
contrabandista
P Recentemente voltei da E u r o p a
onde fui c o m e m o r a r m e u
aniversário de 50 a n o s . A o c h e g a r
ao Brasil, fui abordado pela Polícia
Federal no aeroporto e, e m b o r a
as compras feitas no exterior
estivessem dentro do limite de
quinhentos d ó l a r e s permitido por
lei, eles confiscaram bebidas e
outros produtos que ainda n ã o nos
devolveram. E l e s podem f a z e r isso?
R Em tese, não. As autoridades
policiais só podem confiscar
mercadorias cujo valor ultrapasse o
montante de quinhentos dólares.
 Em relação a bebidas alcoólicas e
cigarros, cada passageiro deve observar o
limite imposto pela lei, que não eqüivale
ao preço da mercadoria mas sim ao
número de unidades que cada passageiro
poderá adquirir (24 unidades de bebida
alcoólica, sendo no máximo 12 de cada
tipo; 400 unidades de cigarros. Menores
de 18 anos, mesmo acompanhados, não
podem comprar bebidas alcoólicas e
artigos de tabacaria).
No caso de confisco indevido de
mercadorias, você deve fazer um reque-
rimento à Polida Federal para que tais
itens sejam liberados.
Em alguns casos será necessário que
você pague imposto de importação pelas
mercadorias cujo valor ultrapasse o
limite estabelecido pela lei, para que
elas sejam liberadas.
P L A N O D E AÇÃO
1 Faça u m requerimento ao
departamento da Polícia Federal
responsável pelo confisco de mer-
cadorias importadas, descrevendo
os produtos confiscados.
diretamente para n o s s o carro e
sentimos que nossa privacidade e s t á
sendo i n v a d i d a . Podemos pedir que
a c â m e r a s e j a trocada de l u g a r ?
R Sim. Entre em contato com o
síndico e peça que ele solicite à
empresa responsável pela manutenção
do circuito interno de televisão do
edifício que troque a câmera de lugar
ou que ela aponte para outra direção.
Caso a empresa responsável pela
manutenção das câmeras não queira
fazer a substituição ou caso o síndico
não a autorize, entre em contato com
os outros condôminos e considere a
hipótese de contratar outra empresa
para realizar tal seniço.
Se nenhuma dessas medidas for
efehva, procure a orientação de u m
advogado, pois se você, ao tentar mudar
a câmera de lugar, causar algum dano ao
equipamento ou mesmo alterar o ângulo
de filmagem que obedece a regras de
estratégias de segurança, poderá ser
responsabilizado por isso.

2 Tal requerimento será avaliado e você O GATO PO 501 PBSCOBRM ONPE

será informado sobre a decisão, seia ela FíCA A CÂMERA PE VÍGíLÂNCíA
favorável ou contrária a seu pedido. PENSA QUE TÁ PA&TiCiPANPO
3 Caso você não fique satisfeito
PO 3RÓTHBR/
com o desfecho, poderá e n t r a r com
uma ação para liberar as
mercadorias. Lembre-se de que, no
caso de o seu pedido ser julgado
improcedente, você terá de a r c a r com
as custas do processo, que
Podem superar o valor das
mercadorias. Por isso, pense bem se
vale a pena entrar com a ação.

C i r c u i t o interno de
televisão bisbilhoteiro

P N a garagem de nosso edifício

existe u m circuito interno de
t e l e v i s ã o . U m a das c â m e r a s aponta

T r a t a m e n í o iniusro
numa entrevista
P Concedi uma entrevista a
u m renomado t e l e j o r n a l ,
m a s m i n h a s d e c l a r a ç õ e s foram
distorcidas, de m a n e i r a que acabei
parecendo ridículo. M i n h a recla-
m a ç ã o à direção da e m i s s o r a foi
i g n o r a d a . E l e s podem fazer isso?
R Não.Você deve tentar,de novo,
contatar o telejornal e reclamar do
ocorrido, pedindo que a entrevista
seja complementada. Explique que, se
você não for atendido, buscará o auxilio
de u m advogado. Caso sua reclamação
seja novamente ignorada, consulte o
advogado sobre a possibilidade de entrar
com uma ação pedindo uma indenização
por danos morais.
Lembre-se de que, para obter êxito em
tal tipo de ação, você terá de provar que
o canal de televisão agiu de má-fé, com o
objetivo de ridicularizá-lo.
Terá de provar ainda que tal atitude
provocou um dano em sua imagem e
B S E HAO FIZERMOS
m ALGO PR A
A MBHOA DE ÍNSETíClDAS,
IMPEDIR
OSPOBRBS
&KHIHHOS VAO ACABAR^ E x T í N T O S ^ ^ ^
lionra e que voce merece uma
indenização em dinheiro.
N o entanto, caso seu pedido seja
julgado improcedente, você será
obrigado a arcar com todas as custas
judiciais e todos os honorários
advocotícios de ambas as partes.
Crianças entrevistadas
s e m permissão
P A l g u n s professores do c o l é g i o
de m e u filho entraram e m greve
e algumas crianças apoiaram o
m o v i m e n t o . O j o r n a l local
entrevistou e fotografou m e u filho.
L o g o em seguida publicou u m
artigo s e n s a d o n a l i s t a sobre a
m a t é r i a . A g o r a estou p r e o c u p a d a
com a possibilidade de m e u f i l h o vir
a sofrer d i s c r i m i n a ç õ e s por parte da
c o o r d e n a ç ã o da escola e de outros
professores. O jornal poderia
ter publicado a m a t é r i a sem a
minha autorização?
R Não. A legislação brasüeira é
bastante restritiva e conservadora
no que tange à preservação de identidade
e privaddade de crianças e adolescentes.
Por essa razão, a identidade e fotos de
crianças e adolescentes, bem como sua
imagem em televisão, só podem ser
veiculadas com a expressa autorização
dos pais ou representantes legais,
independentemente do conteúdo da
reportagem que estejam veiculando.
P L A N O D E AÇÃO
1 Escreva para a edição do iornal ou
da emissora de televisão que tenha
feito uso de fatos de seu filho ou
divulgado sua identidade sem a sua
autorização e reporte o ocorrido.
2 Caso você não obtenha uma res-
posta satisfatória, poderá denunciar
o ocorrido ao Juizado da Infância e
da Juventude, que determinará a
 apuração da infração com base no
Estatuto da Criança e do Adolescente.
3 No caso de você sentir que a
imagem e a honra de seu filho foram
prejudicadas, consulte um advogado
sobre a possibilidade de ajuizar uma
ação de indenização por danos morais
e à imagem de seu filho contra o
jornal ou canal de televisão.
Seguida por uma
pessoa conhecida
P Recentemente notei, por m a i s
de u m a vez, que uma pessoa
conhecida estava me seguindo
na volta do trabalho para c a s a .
Acredito que seja u m ex-namorado
com quem briguei. Agora e s t o u com
medo de que ele fique me perse-
guindo. O que fazer quanto a isso?
R Seguir uma pessoa constantemente
pode caracterizar crirne de cons-
trangimento ilegal e, em alguns casos,
crime de ameaça. Se ele continuar a
segui-la, denuncie-o à autoridade policial
local, que deverá investigar e apurar os
fatos. Se for o caso, a autoridade policial
poderá adverti-lo ou mesmo comunicar o
fato ao Ministério I 'úblico, que poderá
entrar com uma ação criminal contra ele,
podendo resultar em uma condenação.
N o caso de você realmente decidir
denunciá-lo às autoridades policiais,
procure juntar o máximo de evidências
(cartas, por exemplo) que indiquem que
ele realmente a está perseguindo,
assediando e até ameaçando.
P L A N O D E AÇÃO
1 Guarde todo tipo de cartas que
tenham conteúdo inoportuno e
principalmente aquelas que
seiam ameaçadoras.
2 Anote as datas, horas e locais em
que for sequida. Tontr faier com
que alguém conhecido testemunhe
qualquer atividade suspeita.
3 Vá a uma delegacia de polícia e
denuncie o que está acontecendo.
4 Você poderá aindo consultar
um advogado que vai instrui-la
sobre as medidas judiciais a serem
adotadas contra seu ex-namorado
ou qualquer pessoo que a esteja
seguindo e importunando.
Telefonemas
indeseiados
P Estamos sendo incomodados
por telefonemas de operadores
de telemarketing bem n a hora do
jantar. Eles podem fazer isso?
R Sim. Nào existe uma maneira
específica de impedir tais
telefonemas. Mas isso não significa cue
você não possa adotar medidas para
minimizar o problema. E possível
solicitar à sua compcnhia telefônica
u m identificador de chamadas, que
lhe permitirá saberá identidade de
quem está telefonando.
Caso você identifique o número de
telefone como de um operador de
telemarketing que ligc frecüentemente
para sua residência, poderá optar por
bloquear o número do telefone ou
simplesmente ignorara chamadae
não atendê-la.
Caso as ligações se tomem recorrenres
e excessivamente inoportunas, solicite
à empresa responsável por tais telefone-
mas que retire seu nome do cadastro
de clientes.
Cancelando cadastro
em mala-direta
P N o ano passado comprei um
aparelho de som por meio de
um c a t á l o g o que recebi p o r m a l a -
direta. D e s d e e n t ã o m i n h a caixa de
correio vem sendo i n u n d a d a por
u m a s é r i e de p r o p a g a n d a s n ã o
apenas da e m p r e s a n a q u a l comprei
meu s o m , m a s t a m b é m de outras.
Q u a n d o entrei e m contato com a
empresa na q u a l fiz m i n h a compra,
eles d i s s e r a m que n ã o poderiam
retirar u m nome do c a d a s t r o .
Isso é verdade?
R Não. Quando você informa
que não deseja mais receber
qualquer tipo de correspondência de
conteúdo promocional, os estabe-
lecimentos comerciais ou empresas de
nwkct.ng que trabalham com o serviço
de mala-direta devem promover o
carcelamento de seu cadastro da lista
de clientes. Não há nada que dificulte
ou impeça tal procedimento, por isso
escreve para a empresa e solicite que
seu nome seja retirado dos arquivos,
pois você não tem interesse em receber
esse bpo de correspondência.
Mensagens de texto
inconvenientes
P M i n h a filha tem u m telefone
celular e a toda hora recebe
mensagens de texto com pro-
paganda. A l g u m a s dessas
propagandas p o s s u e m inclusive
conteúdo inadequado à idade dela.
Tenho como impedir isso?
R Talvez. Alguns aparelhos de
telefone celular permitem que você
bloqueie o recebimento de mensagens
de texto de números não autorizados.
Caso seu telefone celular não contenha
tal opção, entre em contato com a
operadora de telefonia celular
responsável por sua linha telefônica e
peça odentação sobre as medidas que
você poderá adotar para evitar
transtornos como esses.
Respeito ao sigilo
médico-paciente
P E u e m e u marido estamos
fazendo u m tratamento
n u m a clínica de r e p r o d u ç ã o a s s i s -
tida. Por considerar o assunto
extremamente delicado, preferimos
n ã o contar a amigos ou parentes
sobre esse tratamento p a r a
engravidar. No entanto, v á r i a s
pessoas da academia que fre-
q ü e n t a m o s já e s t ã o comentando
o assunto. Acredito que u m a das
m é d i c a s da clínica, que t a m b é m é
sócia dessa academia, t e n h a feito
a l g u m c o m e n t á r i o a respeito.
E l a pode fazer isso?
R Não. Médicos e profissionais de
saúde, de uma maneira geral, têm o
dever de respeitar o sigilo médico-
paciente e, por isso, não podem reve.ar a
terceiros infonnações sobre problemas de
saúde que seus pacientes apresentam.
É evidente que tal regra não se aplica
às doenças que devem ser comunicadas à
Saúde Pública. Nesse caso, o médico que
diagnosticar uma dessas enfermidades
é obrigado a informar à autondade
competente - nunca a particulares - que
u m de seus pacientes está contaminado.
N o seu caso, se você realmente tiver
como provar que a sua médica violou o
dever de sigilo entre médico e pacier.:e, e
se você tiver ficado extremamente
constrangida com o acontecido, deverá
consultar u m advogado sobre a
viabilidade de ajuizar uma ação de
reparação de danos morais contra essa
médica ou mesmo contra a clínica.
O Conselho Federal de Medicina
proíbe, em seus regimentos, que médicos
comentem o quadro clínico de seus
pacientes e, por isso, você poderia
considerar fazer uma denúncia contra
essa médica no Conselho Regional de
Medicina mais próximo.
Mas lembre-se de que uma ação dessa
natureza iria expor, ainda mais, você e
 seu marido, tendo em vista que outras
pessoas acabariam sabendo do trata-
mento de reprodução assistida a que
vocês estão se submetendo.
Não pude financiar
a minha c o m p r a
Fui comprar u m a geladeira e,
após o vendedor ter feito a
consulta dos meus dados para que
e u pudesse fazer u m parcelamento
do preço da geladeira, ele me
informou que o c r é d i t o tinha sido
negado, m a s n ã o me disse a r a z ã o ,
embora eu tenha insistido em
saber. Ele pode fazer isso?
R Xão. Na prática, o que acontece
quando um clien:e pede informações
sobre a razão da sua linha de crédito ter
sido rejeitada é que o estabeledmento
comercia] se recusa a prestar esse
esclarecimento sob a alegação de que tais
dados são confidenciais e sigilosos.
Contudo, o Código de Defesa do
Consumidor é claro quando afirma que o
cliente tem todo o direito às informações
existentes em cadastros, fichas, registros,
dados pessoais e de consumo arquivados
sobre ele.
A legislação brasileira prevê ainda que o
consumidor tem o direito de saber de
onde provêm tais informações.
Os consumidores precisam ter acesso a
essas informações para que, em primeiro
lugar, saibam que estão com o nome
"sujo" na praça e, em segundo lugar, para
ter a chance de corrigir eventuais enos
registrados e arquivados em seu nome.
Aliás, o consumidor tem direito a ser
informado no momento e m que os dados
a seu respeito começam a ser juntados
pelas instituições de proteção ao crédito.
Se é verdade que os estabelecimentos
comerdais têm direito a se proteger contra
clientes em dificuldades financeiras, é
verdade também que o consumidor tem o
direito de se proteger contra informações
I IJi - . 1 . <•<••. [ I I >.l V I I |. L|1U'
comprometer o seu nome e as suas
chances de fazer compras.
Portanto, se o vendedor não quiser
mesmo lhe dar informações sobre a razão
de seu crédito ter sido negado, você
poderá ajuizar uma ação e exigir que essas
informações lhe sejam divulgadas.
Antes de tomar qualquer providénria,
consulte um advogado e avalie se
o desgaste com uma ação judicial
vale a pena para que sejam obtidas
tais informações.
C â m e r a s no vestiário
P S o u f r e q ü e n t a d o r de
u m clube e fiquei sabendo
por u m amigo que t r a b a l h o u
n a a d m i n i s t r a ç ã o desse mesmo
clube que eles m a n t ê m c â m e r a s
no v e s t i á r i o para f i s c a l i z a r
furto nos a r m á r i o s . E l e s
podem fazer isso?
R Provavelmente não. Se os
freqüentadores do clube não sabem
que estão sendo filmados dentro dos
vestiários, o clube não pode manter tais
câmeras filmando o que se passa ali.
É direito de todos nós saber que
estamos sendo filmados. Qualquer
filmagem feita sem o nosso
conhecimento e.. em alguns casos, sem a
nossa autorização pode ser considerada
uma invasão de privacidade.
Colocar câmeras em vestiários ou
banheiros compromete, sem dúvida
alguma, a privacidade e a intimidade
daqueles que fazem uso desses locais.
Não há como se admitir que um clube
possa filmar seus freqüentadores
trocando de roupa, ainda que seja para
garantir a segurança dos objetos pessoais
deixados nos armários localizados
no vestiário.
Você deve entrar em contato com
a administração do clube e verificar
se a informação é verdadeira.
Se for, exija que tais câmeras sejam
| II D V I retiradas imediatamente

frubs>e poae p r o v a r
u m a doação
P D e z anos antes de m o r r e r ,
m i n h a m ã e me deu a l g u m a s de
s u a s mobílias a n t i g a s como forma
d e r e d u z i r o imposto c a u s a mortis e
e u a s levei para c a s a . N a é p o c a , ela
e s c r e v e u uma carta c o n f i r m a n d o a
d o a ç ã o , m a s eu a perdi. C o m o n ã o
t e n h o q u a l q u e r prova da d o a ç ã o ,
i s s o f a r á parte dos bens da h e r a n ç a ,
a g o r a que ela m o r r e u ?
R Quando você transferiu a mobília
da casa de sua mãe para a sua, isso
se caracterizou como doação. Sua mãe
ainda estava viva e não se opôs à reti-
rada dos móveis. Está claro, portanto,
que houve doação. Entretanto, isso não
significa que essa doação não fará parte
da partilha da herança.
Quando alguém morre, seus bens são
transferidos para os herdeiros. Se você for o
único herdeiro, todos os bens serão seus.
Mas se sua mãe deixou outn>s herdeiros,
que podem ser seus irmãos (se você os
tíver), aí a doação que ela fez em vida será
considerada uma antecipação da partilha, e
seu valor será computado para a divisão da
herança e também fará parte da base de
cálculo do imposto causa mortis - aquele
que é devido em função da transferência
dos bens da falecida para seus herdeiros.
Mas, caso os móveis que você recebeu
em doação não possuam valor
econômico relevante, não haverá
alteração na partilha dos bens.
Cheque deve s e r
descontado antes da
morte do emitente
P A l g u n s dias antes de morrer,
m i n h a m ã e me deu u m cheque
de R S 6.000,00 e esqueci de descon-
t á - l o . Agora, o banco diz que é muito
tarde para fazê-lo. E l e s t ê m r a z ã o ?
1 ^ CJL::. L o n i .1 morte de j u a n u _ \
A \ . todos os bens d d a são instan-
taneamente transfericos para seus
herdeiros. E, entre os bens da herança,
estão todos os valore? que ela possuía no
momento da sua morte, inclusive 8 soma
depositada n o banco e, conseqüen-
temente, o dinheiro do seu cheque. A
partir do momento que o banco toma
conhecimento do óbito, ele está proibido
de descontar cheques, o que só poderá
ocorrer por meio de inventário
Onde p r o c u r a r pelo
testamento de a l g u é m
P S e i que m e u pai deixou u m
testamento, mas n ã o consigo
e n c o n t r á - l o . O u v i dizer que se e u
n ã o e n c o n t r a r esse documento, s e u s
bens s e r ã o divididos conforme a lei.
I s s o é verdade?
R Sim. A chamada sucessão
hereditária ocorre basicamerte de
duas formas: de acordo com a vor tade
do autor da herança - o falecido — o u
de acordo com a determinação legal. Se
você quiser que a vontade dele na
divisão dos bens seja -espeitada, t2rá de
encontrar o testamento.
O testamento pode ser particular ou
público. Se for particular, deve esta" entre
os pertences de seu pai. Se for púb ico,
ele até deveria ter urra via, mas estará
registrado em um cartório de notas.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você procurou o testamento
entre os documentos do seu pai e não
o encontrou, ainda poderá procurá-lo
num cofre de banco, com o advogado
dele, seu contador ou um despachante
com o qual ele trabahasse.
2 S e , mesmo a s s i m , o testamento
não aparecer, pergunte aos amigos
mais próximos de s e j pai. Um
testamento particular tem de s e r
 redigido e lido na presença de três
testemunhas. U m a das testemunhas MAS J>B QUB iBÍTO
pode estar, por algum m o t i v o , BU POSSO TBB
guardando o testamento.
ÍNFL.UBNCÍAPO £\~B?
3 Se isso não resultar em nada,
considere a possibilidade de seu pai
ter feito u m testamento público (por
um tabelião, e m cartório) e continue
sua busca. Se e m sua cidade houver
mais de u m c a r t ó r i o , você terá de
fazer u m a busca em todos eles, p a r a
descobrir e m qual deles foi registrado
o testamento. Nesse caso, mesmo que
o documento tenha se e x t r a v i a d o ,
você poderá pedir uma segunda v i a
para o tabelião.

Contestando a doação
p a r a u m a pessoa
estranha à família

P E m s e u s ú l t i m o s anos de v i d a ,
m e u p a i fez i n ú m e r a s e
altíssimas d o a ç õ e s para s u a
acompanhante. N a m i n h a opinião,
ele n ã o se encontrava em plena
capacidade mental e pode ter sido mentais de entender o que estava
induzido por e l a . Tenho como fazendo (em virtude de seu estado de
recuperar e s s a s d o a ç õ e s ? saúde) e, portanto, era incapaz de
expressar sua vontade.

R Não será fácil, mas você pode

tentar recuperá-las. Nos casos e m
que alguém utiliza, de forma indevida,
sua influência para persuadir outra
pessoa a transferir-lhe bens ou
dinheiro, é possível anular o ato, não só
no caso de doação, mas até mesmo
n u m ato de venda.
Para isso, será necessário reunir u m
forte conjunto de provas que
demonstrem, em primeiro lugar, a
incapacidade do doador (mesmo que
momentânea) e, em segundo lugar, a
utilização de algum subterfúgio que
engane ou iluda o doador.
Sendo assim, você terá de provar que,
no m o m e n t o em que seu pai efetuou as
ut:,ii.o< v. n j i t se achava em * i nulii
Nesse caso, e só se você tiver provas
suficientes, o juiz decretará a anulação
das doações.
Testemunha e herdeira
de testamento
P Ano passado, quando uma amiga
e eu visitávamos minha tia-avó,
ela nos pediu para que fôssemos tes-
temunhas de seu testamento. C o m
sua morte, ela me deixou como uma
de suas herdeiras. Agora, fui infor-
mada de que eu não poderia ter sido
herdeira e testemunha ao mesmo
tempo, e que isso anula minha con-
dição de herdeira. I s s o é verdade?
 Sim. Segtuidu a lei, testemunhas de
X v testamento não podem herdar.
A l é m das testemunhas, outras pessoas
não poderão herdar, tais como: a pessoa
que, a pedido, tenha escrito o testamento
- nem seu cônjuge o u companheiro,
ascendentes e irmãos - o concubino do
testador casado e tabelião civil ou militar,
comandante ou escrivão perante quem se
fizer aprovar o testamento.
U m testamento com
apenas u m a testemunha
P Para e c o n o m i z a r d i n h e i r o ,
m i n h a m ã e e s c r e v e u de p r ó p r i o
punho sen testamento, que foi a s s i -
nado apenas por u m a t e s t e m u n h a .
D i s s e r a m - m e , agora, que tal testa-
mento não é válido. I s s o é verdade?
R Depende. O testamento particular
deve ser redigido na presença de
& FAÇA O FAVOR P Ê
DEVOLVER A CANBTA VBLA!
ueb testemunhas, como determina a lei.
Porém, em condições excepcionais
(declaradas no próprio testamento), o
testamento particular de próorio punho e
assinado pelo testador, mesmo sem
testemunhas, poderá ser aceito ou não
pelo juiz, que analisará caso a caso para
tomar sua decisão. Do mesmo modo, o
testamento feito com uma única
testemunha também poderá ser aceito ou
não pelo juiz. Tudo dependerá das
circunstâncias e da prova de veracidade
do testamento.
A remuneração
do testamenteiro
P M i n h a irmã nomeou c o m o s e u
testamenteiro u m advogado de
s u a c o n f i a n ç a . C o m a morte d e l a e
c o m a abertura do i n v e n t á r i o , o
testamenteiro pediu ao j u i z u m
valor pelos seus s e r v i ç o s . I s s o
e s t á correto?
R Sim. O testamenteiro que não for
herdeiro ou legatário tern direito a
u m prêmio: um percentual da herança,
que varia de u m a cinco por cento sobre
o valor da herança, descontados as
dívidas e os gastos com o processo. Esse
valor será fixado pelo juiz.
Se, por ventura, o testamenteiro fosse
u m dos herdeiros, aí então ele teria de
escolher entre a sua parte na herança ou o
prêmio pelos trabalhos de tescarr.enteiro.
O direito de u m
testamenteiro de
r e c u s a r o encargo
P M i n h a e x - s o g r a , que m o r r e u
recentemente, nomeou-me
c o m o u m de s e u s t e s t a m e n t e i r o s .
E s t o u p a r a m e m u d a r de país e
g o s t a r i a de r e c u s a r o e n c a r g o .
M i n h a e x - e x p o s a d i s s e que e u n ã o
p o s s o f a z ê - l o . E l a e s t á certa?
 Não. O cargo de testamenteiro tem
de ser aceito perante o juiz.
Quando da abertura do inventário, você
e os demais testamenteiros serão
intimados pelo juiz para aceitar ou não
esse encargo. Você pode, portanto,
recusá-lo. E isso não tem qualquer
AS OBRIGAÇÕES D E U M
0 testador pode nomear u m ou mais testamen-
teiros, conjuntos ou separados, para que cum-
p r a m as disposições de sua ú l t i m a vontade.
Se não houver cônjuge ou herdeiros
necessários, o testador pode dar ao
testamenteiro a adminstração da herança.
Se houver herdeiros necessários ou cônjuge
sobrevivente, a herança f i c a r á sob a
administração de um deles.
QUANDO UMA PESSOA M O R R E
• Providenciar o enterro do testador. O
testamenteiro t e m obrigação de fazer
c u m p r i r o testamento. Se no testamento
houver diposições sobre o enterro do
testador, caberá ao testamenteiro a
responsabilidade pelo seu c u m p r i m e n t o .
• Certidão de óbito. Para apresentar
em bancos, empresas, e t c , e até m e s m o
pora a a b e r t u r a do inventário, serão
necessárias várias cópias da certidão
de óbito. E m regra, será exigida
a apresentação de originais ou
cópias autenticadas.
• Apresentação do testamento. Cabe
ao testamenteiro levar o testamento à
Justiça. Se se t r a t a r de u m testamento
público, o testamenteiro poderá requerer
uma cópia no cartório e m que este foi
registrado. Ou então deverá indicar a
pessoa c o m quem está o testamento
pora que o iuiz a intime e determine
a sua apresentação.
• Obter informações sobre investimentos.
Se competir ao testamenteiro, este devera
obter informações sobre seguro de v i d a ,
INSS, benefícios por morte e demais
investimentos feitos pelo testador.
relação com sua possível qualidade de
herdeiro. Mas se você quiser aceitar ser
testamenteiro, ooderá deixar u m
procurador para representá-lo em juízo
ou em qualque- outra situação. É só
passar para ele uma procuração com
poderes especiais para isso.
TESTAMENTEIRO
O testamenteiro não é pessoalmente
responsável pelos débitos da espólio, mas se, no
cumprimento de suas obrigações, causar pejuízo
aos herdeiros ou credores, poderá ser
responsabilizado por essas perdas.
Por causa dos riscos, o testamenteiro pode
contratar advogados, contadores ou outros
profissionais para auxiliá-lo no c u m p r i m e n t o de
suas obrigações.
APÓS A A B E R T U R A DO I N V E N T Á R I O
• A d m i n i s t r a r os investimentos em nome
do espólio. O testamenteiro deverá ter sob
seu controle as contas, os investimentos e
valores que estavam e m nome do testa-
dor, bem como os benefícios decorrentes
de sua morte. Ele t a m b é m deverá fazer
reivindicações para seguro de v i d a , INSS,
benefícios por m o r t e , levantamento de
FGTS etc.
• Pagar as dívidas. 0 testamenteiro
poderá t e r de pagar dívidas, como seguros
ou dívidas pessoais, do autor da herança,
bem c o m o impostos devidos pelo espólio -
I R - ou impostos devidos pelos bens do
espólio, como I P T U , IR, IPVA etc.
• Resolver questões judiciais pendentes.
Com a m o r t e do testador, o espólio
passará a ocupar a posição do falecido
nas ações e m que este estivesse envovido.
Assim, o testamenteiro poderá ter de
resolver tais questões.

Não há dinheiro bastante
p a r a pagar os legados
P M e u tio foi bastante generoso
e m s e u testamento e fez
d o a ç õ e s em dinheiro p a r a s e u s
netos, amigos, v i z i n h o s e v á r i a s
i n s t i t u i ç õ e s de caridade. M a s
e s t a m o s conseguindo p a g a r apenas
a d é c i m a parte do valor total a cada
b e n e f i c i á r i o porque n ã o h á dinheiro
suficiente para pagar todos os
legados no valor que m e u tio
e s t i p u l o u . O s membros d a família
n ã o deveriam receber s u a parte,
completa, primeiro?
R Depende. Na herança, é preciso
diferenciar os direitos dos
herdeiros necessários dos direitos
dos herdeiros testamentários.
Os herdeiros necessários, que são os
cônjuges descendentes ou ascendentes,
eu RBSPBÍTB
A PILAI
e, na talta destes, os colaterais ate
quarto grau, têm direito à metade dos
bens deixados pelo falecido, n o caso,
seu tio. Assim, se ele deixou filhos, eles
têm direito à metade do valor da
herança dividida de forma igual entre
cada u m . Se algum dos filhos for
falecido, os netos receberão a parcela
que caberia a este(s) filho(s).
Descontada essa metade (da qual o
autor da herança não pode dispor e m
seu testamento), a outra metade deve
respeitar a proporcionalidade desejada
pelo testador, ou seja, deverá ser paga
na proporção estipulada pelo seu tio.
Prestação de contas
do testamenteiro
P M e u p a i n o m e o u dois
p r o c u r a d o r e s como
testamenteiros. O inventário está
se a r r a s t a n d o e as taxas l e g a i s
e s t ã o se a m o n t o a n d o e r e d u z i n d o
bastante nossa herança. Podemos
c o n t e s t a r esses gastos?
R Sim. Uma das obrigações do
testamenteiro é a de prestar contas
do inventário aos herdeiros. Ele deverá
demonstrar todas as despesas feitas,
apresentar os comprovantes de
pagamentos dos impostos pagos,
bem como apresentar os valores
recebidos e os negócios realizados
em nome do espólio.
Se os testamenteiros se recusarem
a fazer a prestação de contas, vocês
poderão requerê-la por meio de um
processo chamado "ação de prestação
de contas". Nele constarão todas as
contas já mencionadas, que serão
avaliadas pelo juiz e, provavelmente,
por u m perito especialmente nomeado
pelo juiz.
P L A N O D E AÇÃO
1 Procure os testamenteiros, pes-
soatmente ou por escrito, e peça-lhes
que apresentem uma prestação de
contas, inclusive com a comprovação
de todos os gastos e receitas.
2 Com as contas devidamente
prestadas, procure um especilalista
para verificar se estão corretas -
principalmente se o inventário for
de grande vulto e complexidade.
3 Se os testamenteiros se recusarem
à prestação de contas, você deverá
procurar um advogado, que lhe
indicará como proceder com a
ação de prestação de contas.
O espólio pode s e r
processado pelo não
pagamento do débito
P S o u testamenteiro e inven-
t a r i a n t e dos b e n s d e i x a d o s por
m e u p a i , e a p a r t i l h a dos b e n s foi
feita r e c e n t e m e n t e . A g o r a , o pro-
p r i e t á r i o da g a r a g e m que m e u p a i
a l u g a v a v e m dizer q u e m e u pai
d e i x o u u m a dívida de RS 1 . 0 0 0 , 0 0
referentes ao a l u g u e l . E exige q u e
e u p a g u e e s s a d í v i d a . E l e pode
fazer i s s o ?

PRODUZINDO UM TESTAMENTO

Fazer um testamento demonstra sua vontade de seia aprovado, irá redigir u m "auto de apro-
transmitir seus bens para determinadas pessoas vação", que será lido paro as testemunhas e

e da forma como você deseia.
PARA QUE SEJA V Á L I D O U M T E S T A M E N T O
• Você t e m de ter mais de 16 anos e gozar
de plena saúde mental quando fizer
seu testamento.
• Ele tem de ser escrito ou de próprio punho
ou por processo mecânico.
• Pode ser público, cerrado ou particular.
• Tem de ser público, se a pessoa que deixa a
herança for cega.
TESTAMENTO PÚBLICO
Escrito por tabelião, de acordo c o m as decla-
rações e vontades do testador (quem deixa a
heronça). Depois de redigido pelo tabelião em
livro próprio, o testamento tem de ser lido pelo
oficial do registro ou pelo testador, sempre
na presença de duas testemunhos, que irão
assiná-lo j u n t a m e n t e com o testador e c o m
o tabelião.
TESTAMENTO CERRADO
É útil quando você não quer que os outros
conheçam o conteúdo, antes do seu falecimento.
No testamento cerrado, o testador redigirá o
testamento e o entregará ao oficial do cartório.
Este, na presença de duas testemunhas, e após
ouvir do testador que deseja que o testamento
I
assinado pelo oficial do cartório, pelo testador
e por duas testemunhas.
TESTAMENTO PARTICULAR
É um documento escrito e assinado pelo
próprio testador. Depois de escrito, o testador
terá de lê-lo na presença de três testemunhas,
que t a m b é m assinarão o testamento.
Para o testamento particular ter validade,
as testemunhas deverão confirmá-lo diante
de u m iuiz depois da morte do testador. Se as
testemunhas não f o r e m encontradas ou iá
estiverem m o r l a s , o iuiz poderá validar o
testamento se pelo menos uma testemunha
confirmá-lo e se, a critério do iuiz, houver
provas suficientes da veracidade do testamento
L I M I T A Ç Õ E S DO T E S T A M E N T O
No testamento você determina o que será feito de
seus bens após a sua morte. A lei, no entanto,
estabelece que a metade de seus bens deve ser
reservada aos chamados herdeiros necessários:
descendentes, ascendentes e cóniuge sobrevi-
vente (respeitando a ordem sucessória). Se você
não possuir herdeiros necessários (filhos, pais,
netos, avós, mcrido ou esposo), poderá dispor
de todos os seus bens por meio do testamento.
Havendo herdeiros necessários, você só poderá
fazer testamento sobre a metade dos bens.
 R As dívidas deixadas pelo autor da
herança são de responsabilidade do
espólio, ou seja, do conjunto de bens
deixados aos herdeiros. Se a dívida não
foi paga no m o m e n t o da partilha da
herança, será, então, da responsabilidade
dos herdeiros e não apenas do espólio.
Sendo assim, todos os hedeiros, e não
apenas você, deverão arcar com a dívida.
Contestando os atos de
um testamenteiro
P O t e s t a m e n t o de m i n h a m ã e
n ã o foi t ã o e s p e c í f i c o q u a n t o
p o d e r i a ter s i d o . S o u u m dos
b e n e f i c i á r i o s e t e n h o c e r t e z a de
que o t e s t a m e n t e i r o e s t á i n t e r -
pretando de f o r m a e q u i v o c a d a
a l g u n s dos t e r m o s do t e s t a m e n t o .
M i n h a i r m ã diz que n a d a pode ser
feito a r e s p e i t o . E l a e s t á c e r t a ?
MAS vocês PA MINHA PARTE,
TINHAM PARAPO NUNCA GUARPEI
PB SB FALAR RANCOR
HÁ ANOS/ PELE/
R Não. ü testamenteiro é pes-
soalmente responsável pelo
cumprimento dos termos do testamento
da forma correta, e os beneficiários
podem recorrer à Justiça se entenderem
que ele não está agindo corretamente. Se
todos os herdeiros tiverem constituído
u m único advogado, você poderá, como
primeiro passo, revogar a sua procuração
e constituir u m advogado próprio para
tomar conta de seus interesses. Se você
já possui advogado próprio, cabe a ele,
ainda no curso do processo, intervir para
que seus direitos sejam garantidos.
Mesmo após a sentença homologatória
da partilha, você ainda poderá recorrer
da decisão, demonstrando seus
fundamentos e pedindo que a partilha
seja revista.
P L A N O D E AÇÃO
1 Se você possuir advogado próprio no
processo de inventário, fale com ele e
explique suas dúvidas. Ele dará as
orientações necessárias.
2 Se o seu advogado for o mesmo que
o dos demais herdeiros, procure-o.
Exponha suas dúvidas e ouça as ex-
plicações. Se, ainda assim, você se
sentir lesado, deverá indicar um advo-
gado próprio para defender seus inte-
resses no caso.
3 Antes disso, você deverá revogar
a procuração que passou para o advo-
gado comum. Mande uma carta regis-
trada em que você revoga a procuração.
Ou, se preferir, vá ao escritório dele e
entregue-lhe pessoalmente a revogação
da procuração. Não se esqueça de ficar
com uma cópia do documento assinado
pelo advogado, que servirá de protocolo,
ou confirmação de recebimento.
4 Procure u m advogado de sua
confiança, ou indicado por alguém de
sua confiança, e contrate-o para que
seia seu advogado no inventário
de sua mãe. Você deverá, então,
passar-lhe uma procuração com
poderes para representá-lo e m juízo
na ação específica.
Direitos iguais p a r a
o filho ilegítimo
P A p e n a s a p ó s a m o r t e do m e u
m a r i d o , d e s c o b r i q u e ele teve
u m filho fora do c a s a m e n t o . C o m o
se n ã o bastasse o c h o q u e d e s s a
n o t í c i a , descobri q u e m e u m a r i d o
d e i x o u u m a parte d o s b e n s p a r a
e s s e r a p a z , em s e u t e s t a m e n t o .
A g o r a , ele quer r e c e b e r a p a r t e dos
b e n s que l h e foi d e i x a d a por m e u
m a r i d o e d i v i d i r , c o m os o u t r o s
h e r d e i r o s , a parte d a h e r a n ç a que
l h e cabe por ser f i l h o , o u s e j a , n a
q u a l i d a d e de h e r d e i r o n e c e s s á r i o .
E l e pode f a z e r i s s o ?
R Sim. Todos os filhos de uma pessoa
têm direito ce receber quaisquer
bens deixados pelo pai biológico, como
ato de última vontade, bem como a
parcela dos bens que, por lei, é des-
tinada aos herdeiros necessários -
descendentes, ascendentes e cônjuge.
Essa parcela de bens, reservada aos
herdeiros necessádos, é chamada
de herança legítima.
A o preparar u m testamento, a pessoa
deve ter em mente que, caso seja
casado, tenha filhos o u , na ausência
dessas pessoas, tenha pais ou avós
vivos, deverá reservar metade de sua
herança para cies e somente poderá
distribuir para outras pessoas a outra
metade. Essa outra metade poderá ser
livremente distribuída para algum
parente, u m estranho, pessoa jurídica e
até alguma instituição de caridade. Além
disso, uma pessoa pode deixar algum
bem específico para algum herdeiro
necessário sem que este deixe de
ter direito à divisão de herança com
os outros herdeiros e, a qualquer
m o m e n t o o tostndor p o d e morljfir?r
suas decisões quanto ao destino dessa
parte da herança.
Se seu marido teve u m filho fora do
casamento e ainda determinou que uma
parte específica da herança seja do rapaz,
ele tem direito ao bem deixado e também
participará da divisão de herança com os
outros filhos do testador.
D i r e i t o do c o m p a n h e i r o
a receber herança
P M e u companheiro, com quem
v i v i p o r 15 a n o s , f a l e c e u
s e m deixar testamento. Apesar
d e ele ter m e a s s e g u r a d o q u e n a d a
m e f a l t a r i a a p ó s s u a m o r t e , s u a ex-
e s p o s a a l e g a que e l a e s e u s filhos
t ê m d i r e i t o a todos os b e n s de m e u
c o m p a n h e i r o p o r q u e n u n c a nos
c a s a m o s e por n ã o t e r m o s tido
filhos. E l a está certa?
R Não. A esposa separada judicial-
mente ou há mais de dois anos, em
separação de fato, não terá direito a
herança do ex-marido, a menos que tenha
sido mencionada como beneficiária em
testamento. Ao contrário, todos os filhos
do falecido, mesmo os de u m casamento
anterior e os concebidos fora do casa-
mento ou da união estável, na condição
de herdeiros necessários, bem como a
companheira com cuem vivia em união
estável, têm direito à parte da herança.
Na falta de testamento, devemos
observar as seguinres hipóteses: se o
casal, em união estável, tinha filhos em
comum, a companheira terá direito a uma
parte igual a de cada filho; se o falecido
tinha outros filhos, não comuns ao casal,
a companheira terá direito à metade da
quota devida a cada u m desses outros
herdeiros; se o falecido não tinha filhos,
a companheira dividirá a herança com os
parentes do morto, tendo direito a 1/3
desta; e se o faleddo não tinha filhos
nem parentes, a companheira terá direito
à totalidade Ha herança
 Herança
Herança - conjunto de bens Quem pode herdar?
e dividas destinado a herdeiros
legítimos ou testamentários.

Não poderão herdar: a pessoa Falecido Poderão

que escreveu o testamento (nem tinha mais de herdar as Falecido tinha
seu cônjuge ou companheiro, ascen- u m herdeiro - pessoas apenas um
dentes e i r m ã o s ) , testemunhas Haverá con- nascidas ou iá herdeiro.
do testamento, concubino de testodor domínio e concebidas no
casado, tabelião civil ou m i l i t a r , co- composse da momenlo da
mandante ou escrivão perante quem herança. abertura da
se fizer ou aprovar o testamento. sucessão, ou
seia, no
instante do
Heranç a iacente - Aceitação
falecimento
ocorre quando não há herdeiros Aceitação (vide obser- da heronça:
(v/'de observação A ) . da herança: vação L ) .

Se todos Se todos Se alguns Se ele Se ele aceitar

aceitarem a renunciarem, herdeiros renunciar a a herança,
herança, os bens serão renunciarem herança, esta terá domínio
receberão suas devolvidos à a herança, será trans- e posse de
quotas na Fazendo está será mitida à tudo (v/de
partilha {vide Pública {vide redistribuída Fazenda observações
observações observações A , entre os outros Publica (v/de B e D).
B e D). C e D). herdeiros. observações
C e D).

OBSERVAÇÕES:

A ) Falecendo alguém s e m deixar testamento f a l e c i d o deixou d e s c e n d e n t e s dos a u a i s 0 são de t e r c e i r o 9rau, p r i m o s , t i o s - a v o s e

n e m herdeiro legitimo conhecido, os bens fica-
r ã o sob guarda e administração de um curcdor
a t é sua entrego a u m s u c e s s o r habilitctdo au a t é
que s e i a declarada a vacância, quando o suces-
sor renuncia a herança. Desta forma, evita-se
que os bens seiam usurpados ou deteriorados
a t é que s e j a m devolvidos a F a z e n d o Pública.
B) Aceitação poderá s e r por d e c l a r a ç ã o
e s c r i t a ou c o m a p r á t i c a d e atos n a q u a l i d a d e
de herdeiro.
C ) Renúncia deverá s e r e x p r e s s o , por instru-
m e n t o público ou t e r m o i u d i c i a l . e e x i s t e
par-a que ninguém h e r d e c o n t r a a vontade.
D ) Aceitação e r e n ú n c i a são i r r e v o g á v e i s .
E > Se o cônjuge for p a i d a s filhos do f a l e c i d o ,
d i v i d i r á a heranço c o m e l e s , n ã o podendo
r e c e b e r menos que a 1/4 d a h e r o n ç a . Desfo
f o r m a , ate três filhos, a heranço poderá s e r
dividida de forma igual a o cônjuge e a p a r t i r
de quatro filhos ou m a i s , 1/4 do heronça será
destinada a o côniuge e o r e s t a n t e será
dividido entre os filhos - isso s e e l e for
ascendente dos filhos d o falecido. Se o
c ô n i u g e s o b r e v i v e n t e nao é a s c e n d e n t e .
a d o t a - s e a r e g r a g e r a l : o o côniuge caberá
u m quinhão igual ao dos d e s c e n d e n t e s que
s u c e d e r e m par cabeça.
F ) O côniuge só poderá h e r d a r s e não for
c a s a d o nos r e g i m e s de c o m u n h ã o u n i v e r s a l e
s e p a r a ç ã o o b r i g a t ó r i a de bens e , a i n d a , e m
c o m u n h ã o p a r c i a l c a s o o falecido não tenha
d e i x a d o bens p a r t i c u l a r e s .
G ) S e for c o m p a n h e i r o , d i v i d i r á i g u a l m e n t e
c o m filhos c o m u n s ; ou t e r á m e t a d e do Que
h e r d a r os filhos do falecido dos q u o i s não
s e i a p a i ; t e r á d i r e i t o a 1/3 d a h e r a n ç a se
c o n c o r r e r c o m p a r e n t e s sucessíveis ou f i c a r á
c o m tudo c a s o n ã o h a j a porentes sucessíveis.
H) N a ausência de d e s c e n d e n t e s , s e m
q u a l q u e r l i m i t a ç ã o quanto a o r e g i m e de
c o m u n h ã o de b e n s , o côniuge t e r á direito a
1/3 d a h e r a n ç a ou 1/2 d e s t a se h o u v e r o p e n a s
u m ascendente vivo.
I) N a falta de côniuge, serão c h a m a d o s a
s u c e d e r os c o l a t e r a i s até o q u a r t o g r a u :
i r m ã o s são de s e g u n d o g r a u , tios e s o b r i n h o s
scbrinhos-netos são de q u a r t o g r a u .
J ) Pertence-lT€S d e pleno d i r e i t o a m e t a d e dos
bens da heranço. O testodor n ã o pode limitar,
diminuir, onerar, g r a v c r ou s u p r i m i r o
legitima dos herdeiros necessários o não s e r
nos c a s o s expressamente p r e v i s t o s e m lei. O
testadcr pode dispor l i v r e m e n t e de sua m e -
tade disponível, destinondo-a o a l g u m p a r e n t e ,
u m e s t r a n h o , u-rw p e s s o a j u r í d i c a , u m a
instituição de caridade e t c . S e d e c i d i r q u e
e s s a porte c a s e o u m h e r d e i r o necessário,
este não perde sua quoto n e c e s s á r i a .
K ) O testamento pode c a d u c a r quando
s o b r e v e r u m descendente, s e tiver sido feito
na ignorãncio de e x i s t i r e m o u t r o s h e r d e i r o s
necessários, se o h e r d e i r o f a l e c e r a n t e s
da testador ou se lor j u l g a d o nulo e t c .
L ) O herdeiro não t e r ã de d i s p o r de seus
bens p a r a o pagamento d o s d i v i d a s da
herança. É a própria h e r a n ç a que responde
pelo pagamento de d vidas., sendo s e p a r a d o s
os patr monios do autor d a h e r a n ç a e
do herdeiro.
 Receberiam
a herança em
Sim concorrência
com o esposo
ou compa- Receberiam
nheiro (vide e m partes
observações E, iguais, sem
casado?
F e G). concorrência
c o m esposo ou
Testamento £
ir)
companheiro.

Não Vivia Não

e m união
estável?
A herança E z
será dividida Oi
O
entre os
herdeiros
Tinha
necessários, Tinha pais ou Era casado?
filhos ou Não Sim
conforme ordem avós vivos?
netos?
sucessória que
terá de ser
rigidamente Não J
obedecida
(herança Herdam em
legitima). concorrência
Côniuge,
com o esposo
herdará Sim Era casado?
ou companhei-
O falecido sozinho.
ro (vide obser-
deixou vação H ) .
testamento?
Não

I
Tinha outros
parentes como Herdarão
Herança será
conforme
devolvido à Não i r
'm a
- o s t i o s

Sim ordem
Fazenda sobrinhos,
sucessória
Pública. primos? {vide
observação I ) . da lei.

Tinha Só poderia dispor de

Sim herdeiros S j m
metade de seus bens a outras
necessários? pessoas (vide observação J ) .

Poderia dispor Se o testamento caducar ou

de todos os for julgado nulo, subsistirá Testamento
seus bens a a sucessão legítima não é válido.
outras pessoas. (vide observação K ) .
MODEIOS DE CARTAS
A s c a r t a s que apresentamos a seguir estão relacionadas aos Planos de Ação
dos capítulos anteriores.
Ao lado de c a d a c a r t a está a descrição de seu propósito e a referência
p a r a a questão ou questões às quais se oplica. P a r a usar os modelos, siga
o texto em preto, que se a p l i c a a todas c s situações previstas na c a r t a , e
preencha os detalhes de s u a situação, como indicado na parte escrita em
azul, selecionando a s expressões apropriadas a p a r t i r das opções oferecidas.
Quando for dada uma lista de frases E / O U , você pode utilizar apenas u m a
delas ou quaisquer números de combinações, dependendo da relevância de
seu problema. S E A P L I C Á V E L indica declarações que podem ou não s e r
a p l i c a d a s à s u a situação. Você poderá incluir, adaptar ou excluí-las s e m p r e
que necessário. Adicionalmente, você poderá escolher em T A M B É M / O U
parágrafos que melhor se adaptem ao seu c a s o .

Recusando o
[Local e d a t a ]
recebimento
de um bem
com defeito A [nome da empresa]
(vício de
qualidade), A/C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
de acordo com da empresa]
o direito do
consumidor, Prezados senhores,
e exigindo o
conserto em
Venho, com a presente, expor e solcitar o que segue:
substituição
do bem, a
devolução da Em [indique a d a t a ] , adquiri [mencione o produto de f o r m a clara e resumida]
quantia paga de [nome e local da l o i a ] . Quandc eu [descreva quando você notou o problema
ou o abatimento pela p r i m e i r a vezl descobri que [relate detalhadamente o problema]. Esse fato
proporcional do caracteriza vicio de qualidade do produto, pelo qual V. Sas. são responsáveis.
preço devido.
SE A P L I C Á V E L :
Quando eu comprei [indique o produto), [informei que precisava dele para/fui
assegurado de que ele era... descreva precisamente as especificações]. A o utilizá-
lo, isso não ocorreu.
TAMBÉM:
Considerando o fato exposto, e de acordo com o que determina o Código de
Defesa do C o n s u m i d o r , solicito que o defeito seja reparado em trinta dias.

Caso o d e f e i t o não seja sanado nesse prazo, solicito Iescolha u m dos

parágrafos a b a i x o l :

- Que o p r o d u t o seja substituído p o r outro igual e em perfeitas condições de uso.

- A devolução imediata d o valor pago, devidamente corrigido, além de eventuais
perdas e d a n o s .

- O a b a t i m e n t o proporcional do preço.

OU:
Tendo em v i s t a que o conserto do referido defeito modificará as características
do produto, exigidas r>or m i m no momento da compra, com base no que determina
o Código de Defesa d o Consumidor, solicito [escolha u m dos parágrafos
abaixol imediatamente:
- Que o p r o d u t o seja substituído por outro igual e em perfeitas condições de uso.
- A devolução imediata do valor pago, devidamente corrigido, além de eventuais
r>erdas e danos.
- O abatimento proporcional do preço.

Dessa forma, venho informá-los de que, caso a presente reclamação não seja
solucionada, serão adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Estabelecer
[Local e d a t a i
prazos é a
essência para
A [nome da empresa/destinatário] entrega de
bens, prestação
Prezados senhores, de serviços e
início ou fim de
Venho expor e solidtar o que segue: um trabalho.

Em [ d a t a i , eu [pedi/agendei] com [nome e função da pessoa que o atendeuj

detalhes do produto/serviço por meio de [loia/por telefone/via f a x ] .

SE A P L I C Á V E L :
(Descreva a obrigação da empresa no c u m p r i m e n t o de prazos, conforme oferta
ou publicidade - se possível anexe folhetos, anúncios, cópia de contrato ou
 indique e m que meio de comunicação foi veiculada a propaganda.]
A o contrário Idescreva o que aconteceu e o que você tem feito até a g o r a l .
T A M B É M : . . . O I p r o d u t o l ainda não Ichegou/foi e n t r e g u e ] .
O U : . . . S u a empresa ainda não iniciou o serviço.

Tendo em vista que o cumprimento de prazos é a essência desse contrato, so icito,

com base no Código de Defesa do Consumidor, Iescolha uma das a l t e r n a t i v a s
abaixo, conforme sua conveniênciaI:

- O imediato cumprimento da obrigação, conforme oferta ou publicidade.

- A entrega de outro produto o u prestação de serviço equivalente.
- A rescisão do contrato e a devolução da quantia paga anteripadamente Ise f o r o
casol, com correção monetária, e a suspensão de outras parcelas [ou devolução de
cheques pré-datados, conforme o caso).

Dessa forma, informo-lhes que a falta de solução para esta reclamação acarrerará na
adoção de medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Carta
informativa à
diretoria da [Local e d a t a i
empresa, caso
você não tenha A Inome da empresa]
tido direito à A / C [endereçar à diretoria da empresai
substituição
ou devolução
de dinheiro Prezados senhores,
pela loja.
Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em I d a t a ] , adquiri [informe detalhadamente o tipo de produto - se possível,

indique a marca, o modelo, o número do lote do produto e o número da nota
fiscal] de Inome, local da loia e vendedor que atendeu ou, se for o caso,
profissionais que executaram o t r a b a l h o ] .

Quando eu [descreva quando foi a primeira vez que você notou o p r o b l e m a ]

[verifiquei/descobri] que [escolha uma das alternativas: o produto apresentava
prazo de validade vencido/estava deteriorado, estava alterado, adulterado, era
falsificado, era nocivo à vida ou à saúde, era perigoso/era inadequado ao seu
objetivo, apresentou diferenças com o que dizia a oferta e t c ] . [Esse fato/esses
fatos 1 caracteriza/caracterizam vício de qualidade do produto, pelo qualV. Sas.
são responsáveis.

T A M B É M : . . Fm [data] eu levei o [produtol de volta àloja.

OU:.. Em [dotal eu entrei em contato com a loja por telefone e expliquei o problema.
[Nome ou função da pessoa que falou com vocêl disse [descreva o resposta] e se
recusou a atender meu pedido [conserto/substituiçõo/rJevolução da quantia paga
antecipadamente/abatimento no preço].

TAMBÉM:

Conforme o que determina o Código de Defesa do Consumidor, o defeito deverá ser

reparado em. até, trinta cias.

Caso o defeito não seja reparado nesse prazo, ainda de acordo com as normas do
Código de Defesa do Consumidor, solicito [escolha o parágrafo que melhor se
erquadre às suas necessidades]:

- Que o produto seja substituído por outro igual e em perfeitas condições de uso.
- A devolução imediata do valor pago. devidamente corrigido, além de eventuais
perdas e danos.

- O abatimento proporcional do preço.

OU:
Conforme o que determina o Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que o
conserto desse defeito modificará as características do produto, exigidas por m i m no
momento da compra, solicito [escolha o parágrafo que melhor se enquadre às suas
necessidades] imediatamente:

- Que o produto seja substituído por outro igual e em perfeitas condições de uso.
- A devolução imediato do valor pago, devidamente corrigido, além de eventuais
perdas e danos.
- O abatimento proporcional do preço.

Dessa forma, sejam informados de que, na falta de solução para esta reclamação, serão
adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
Pedido de
compensação
ILocal e dato)
por eventuais
danos causados
em decorrência A [nome da empresa]
de produto A/C [endereçar ao SAC serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
defeituoso. da empresai

Prezados senhores.

Venho expor e solicitar o que segue:

Em I d a t a ] , adquiri [identificar o produto de f o r m a c l a r a ] , o qual apresentou

[relatar o(s) defeito(s) apresentado(s), de modo claro e objetivo), causando-me
os seguintes prejuízos Idetalhar quaisquer danos morais e/ou m a t e r i a i s sofridos,
anexando cópia dos documentos que c o m p r o v e m tais danos).
Considerando que o [produto adquirido] foi [escolha a a l t e r n a t i v a adequada:
fabricado/produzido/construido/ importado - conforme o caso] por V. Sas.,
solicito a reparação dos danos sofridos, conforme as normas do Código de
Defesa do Consumidor.

Dessa forma, sejam informados de que essa empresa deverá pagar, a título de
indenização pelos prejuízos acima descritos, o valor de RS ( i n f o r m a r o valor total
dos prejuízos, c o m base nos documentos anexos].

Na falta de atendimento à presente reclamação no prazo de Idetermine uma

data I a contar do recebimento desta, serão adotadas todas as medidas
administrativas e judidais cabíveis.

Atenciosamente,

Solicitar que
um serviço [ Local e data]
malfeito seia
refeito ou reali- A [nome da empresa]
zado por um A C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
terceiro, cuio da empresai
o novo contrato
seia de respon-
sabilidade do
fornecedor, Prezados senhores,
sem qualquer
ônus para o Em [ d a t a ] , [seus empregados/sua empresa/empresa terceirizada por V.Sas.]
consumidor. [descreva detalhadamente o serviço realizodo] no [indique o l o c a l ] . Contudo,
[descreva como os serviços prestados f o r a m impróprios ou inadequados aos seus
objetivos finais]. Isso demonstra que o lmencione o serviço contratado] não foi
realizado [da f o r m a que deveria E/OU com os instrumentos adequados E/OU
a contento].

O fato que passo a relatar configura vicio de qualidade do serviço, pelo que V. Sas.
são responsáveis.

TAMBÉM:

Gostaria de dar-lhes a oportunidade de reparar esse problema. Para tanto, por favor,
providenciem que o serviço seja prestado em I i n f o r m e a data - considerando u m
prazo razoável], sem quaisquer custos adicionais.

OU:

A fim de reparar minha insatisfação como cliente, solicito que seja devolvido
integralmente 0 valor pago, com a devida correção monetária [anexe o respectivo
recibo], ou concedido o abatimento proporcional do preço [se for o caso).

Dessa forma, considerem-se informados de que, caso a presente reciamação não seja
atendida no prazo de 5 (cinco) dias, a partir do recebimento desta carta, serão
adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Cancelamento
de pedidos que
[Local e data] não foram
entregues no
A [nome da empresa] prazo combi-
A ' C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria nado ou rescisão
da empresai de contrato de
prestação de
serviços, caso
estes não sejam
Prezados senhores,
concluídos até a
data prevista.
Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em [informe a d a t a i , eu Ipedi/agendei] [identificar detalhes do produto ou

serviço adquirido, bem como a obrigação feita na oferta ou propaganda,
apontando o meio de comunicação em que foi veiculada e, se possível, anexando
 cópia do folheto ou a n ú n c i o ] . Até [data atual] não [chegou/foi entregue/o serviço
não começou/o serviço não foi finalizadol, apesar de eu ter-lhes escrito,
anteriormente, que o cumprimento do prazo da entrega era a essência do presente
contrato e cue aguardava que o idescreva o produto ou serviço] fosse
[entregue/realizadol até Icolocar d a t a ] .

Tendo em vista que V. Sas. perderam o novo prazo de entrega sem que houvesse
[recebimento/ prestação do serviço - descreva com detalhes como f o r a
combinado i, informo-lhes que cancelarei o contrato. Desta forma...

T A M B É M : . solicito a devolução da quantia paga antecipadamente., corrigida

monetariarrente.
OU:... solicito a suspensão das demais parcelas lou a devolução dos cheques
pré-datados, se for o caso].

Dessa forma, sejam notificados de que a não solução da presente reclamação no prazo
de I número (por extenso) ] dias, a partir do recebimento desta cana, serão adotadas
as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atendosamente,

Pedido de
substituição
[Local e data]
de bens defei-
tuosos fornecidos
como porte A [nome da empresa]
do serviço A / C [endereçar ao SAC serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
realizado casa. da empresa]

Prezados senhores,

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em Idata|,V. Sas [descreva o serviço realizado]. Como parte do mesmo,íoram

fornecidos | indique os bens]. [Este/estesI Inôoè/não são] Idescreva o defeito
apresentado, de f o r m a c l a r a e sintética I.

TAMBÉM:

[Quando o serviço foi discutido no contrato original], ficou combinado cue

Idescreva exatamente o que foi decididol.
OU:

[Esse/esses) Iproduto/produtos] [não é/não são] [de qualidade satisfatória E/OU

adequados ao propósito do serviço E/OU como descrito no manual E/OU
conforme o modelo apresentado E/OU de espécie e qualidade compatível com o
trabalho realizado - escolha a opção que melhor for aplicável].

Tendo em vista o fato descrito, o contrato foi quebrado. De acordo com o Código
de Defesa do Consumidor, solicito que seja providenciada a devida alteração de
[especifique exatamente o que deseio que seia feito]. Case não seja possível,
solicito que [escolha uma das a l t e r n a t i v a s : o serviço seia refeito, sem custos
adicionais/a quantia paga seia integralmente devolvida, corrigida
monetariamente/seia abatido, proporcionalmente, o preço o r i g i n a l ] .

Dessa forma, informo-lhes que, caso esta solicitação não seja atendida n o prazo de
[número (por extenso) I dias, serão adotadas Iodas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Pedido de
compensação
[Locol e data] por eventuais
perdas ou danos
A [nome da empresa] causados à sua
A/C [endereçar ao SAC - serviço de otendimento ao consumidor ou à diretoria casa ou ao seu
da empresa] carro, enquanto
serviços de lim-
peza ou obra
Prezados senhores.
eram realizados
em sua proprie-
dade; ou danos
Venho, com a presente, expor e solidtar o que segue: à propriedade
de terceiros
Em [ d a t a ] , foi realizado [descreva detalhadamente o serviço] por causados pelo
|seu(s) empregado(s)/empresa t e r c e i r i z a d a ] . serviço prestado
a você.
I Descreva o problema que ocorreu, quando aconteceu/quondo você notou pela
p r i m e i r a vez e as conseqüências dos m e s m o s ] . Isso demonstra que seus serviços
não foram realizados com o devido cuidado e habilidade e, conforme o Código de
Defesa do Consumidor, tenho direito à I reparação dos danos/ compensação pelos
perdas envolvidas].
 SE A P L I C Á V E L :

Eu assinei o presente contrato sem saber das condições específicas e considero

V.Sas. responsáveis por Idanos a/preiuizos a l meus Ibens - descreva: casa,
propriedade, c a r r o ] . Adicionalmente, são responsáveis pelos danos causados
Idescreva o que aconteceuI à propriedade de meus vizinhos [se for o casol.

Gostaria que Io dano fosse reparado E/OU compensado E/OU restituído - caso
tenha danificado c a r r o ou casa por u m periodo - E/OU o meu desapontamento
fosse indenizado - por perdas pessoais, como fotografias e c a r t a s ] .

Encaminho, anexos, cópia de I recibo/faturo original/orçamento] e Idescreva suas

evidências e cálculos p a r a reparos ou custos paro substituição de outras p e r d a s l .

Dessa forma, sejam informados de que, na falta de solução para a presente

reclamação, serão adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atem iosamente,

Pedido de I Local e data]

compensação
pelo corte do
serviço de A Inome do fornecedor!
fornecimento de A / C lendereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretório
energia elétrica da empresa I
por parte do
fornecedor,
apesar de as Prezados senhores.
contas estarem
todas pagas. Venho, corn a presente, expor e solicitar o que segue:

I M e u / m i n h a | (tipo de fornecimento de serviço - por exemplo: água, luz,

telefonia] foi Inatureza do problema - interrompido/cortado -, informe d i a s e
horários!.

Seu funcionário [indique nome e função] ficou de comparecer à minha residência em

[dia ] às [ horário] para que a situação fosse regularizada, mas ele nunca apareceu e
também r ã o me informou sobre o cancelamento da visita Idescreva as perdas
adicionais e as decorrentes da visita cancelada].

Encaminho, anexos, cópia de [todos os documentos que comprovam suas

•
alegações, tais como: notas fiscais de compra/contrato de prestação de
serviços/recibos referentes ao pagamento de todas as contas].

SE A P L I C Á V E L :

Adicionalmente, solicito que seja compensado de Ioutros danos - estipule

u m valor].

Dessa forma, informo-lhes que a falta de solução para a presente reclamação no

prazo de [inserir um prazo razoável para que a empresa atenda seu pedido],
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Reclamação
a fornecedor
[Local e dataI
sobre ameaça
que tenha
A [nome do fornecedor! sofrido quanto
A / C [endereçar ao SAC - serviço de otendimento ao consumidor ou à diretoria à inscrição de
da empresa! seus dados em
algum sistema
de proteção ao
Prezados senhores,
crédito, por
causa do não
pagamento de
Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue: conta que esteia
em discussão.
A conta referente à prestação de seus serviços [especificar qual serviço: luz, gás,
telefonia 1 foi endereçada à minha residência e m [informar data] no valor total a
pagar de [ i n d i c o r o v a l o r ] , referente ao período [indicor o período relativo a
presente cobranço I.

Contudo, a assinatura do contrato de prestação de serviço que fiz com V. Sas. teve
início em I indicar a data inicial de validade do contrato! e o período considerado
nessa conta inclui data anteriorà validade do mesmo [especificar a quantidade de
d i a s ] . Sendo assim, concordo parcialmente com o valor da conta em questão [ r e f i r a -
se ao periodo de validade do contrato, i n f o r m e que você tem tentado renegociar
o valor da conta com a empresa/que solicitou a emissão de nova conta e
d i s c r i m i n e as respostas que tem recebidol.
 Apesar desta situação estar, ainda, em andamento, tenho recebido cartas com ameaças
de inclusão de meu nome em sistemas de proteção ao crédito para que a conta seja
integralmente paga.Tais ameaças são incabíveis e solicito, portanto, que sejam
imediatamente retiradas. Adicionalmente, solicito que uma nova conta, de acordo com
o período de validade correto do contrato, seja encaminhada para pagamento com
nova data de vendmento, sem cobrança de multa e/ou juros.

Dessa forma, sejam informados de que., na falta de soiução para a presente

reclamação no prazo de [inserir um prazo razoável para que a empresa atenda
seu pedido], a contar do recebimento desta carta, solicitarei o cancelamento do
contrato, a reparação de eventuais danos e serão adotadas as medidas administrativas
e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Reclamando à
companhia
ILocal e d a t a i
aérea quando
for titular de
uma reserva A [nome da companhia aérea
confirmada e A / C Iendereçar oo SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
não embarcar da empresai
no horário
devido à lotação
do vôo - Prezados senhores,
overbooking.
Em [inserir d a t a ] , reservei [identificar o serviço contratado, horário do vôo, local
de partida e destino). A o chegar ao aeroporto [especifique o local], às (determine a
hora de chegada I, fui informado de que não poderia embarcar, pois o vôo encon-
trava-se lotado, apesar de eu ter confirmado a minha reserva em I d a t a ] às [horário],

Tendo em vista que fui acomodadoem outro vôo [informar quanto tempo 'icou
aguardando] horas depois, [informe os preiuizos morais e/ou materiais sofridos,
anexando cópia dos documentos que comprovem os danos m a t e r i a i s , inclusive
despesas com alimentação, comunicação, hospedagem e t c l .

Considerando que o problema fo: causado por V. Sas., solicito a reparação dos
prejuízos sofridos, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Dessa forma, sejam informados de que essa empresa deverá indenizar pelos prejuízos
acima descritos, o valor de R$ linserir o valor total dos prejuízos sofridos, com
base ros documentos anexos].
Na falta de solução para a presente reclamação no prazo de [estabelecer prazol
[número (por extenso)) dias, a contar do recebimento desta, serão adotadas as
medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Reclamação
[Local e data I ao restaurante
que exigiu a
cobrança de
A Inome do restauranteI
taxa de serviço
A/C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
de garçons,
da empresa ] mesmo quando
você não quis
pagá-la por
Prezados senhores, causa do
atendimento
Eu, [nomel. venho com a presente expor e solicitar o que segue: insatisfatório
desses pro-
fissionais.
Em [dotal, [liste as pessoas que estavam com você].

I Eu/nós Inão fiquei/não ficamos] satisfeito[s] com a qualidade do serviço do

[garçom, barman) que nos atendeu e, naquela oportunidade, procuramos o gerente
[nome] para informado dessa situação.

Ao recebermos a conta, notamos que foi incluído o valor de R$ [informe o v a l o r ] ,

referente a I informe a porcentagem utilizada! % de taxa de serviço de garçons.
Como o serviço prestado não foi satisfatório devido à [descreva os acontecimentos),
desconsiderei o valor acima, exciuindo-o do total da conta, e paguei o restante.
Contudo, os funcionários e o gerente insistiram que a taxa de serviço fosse paga e
cssim o fiz, sob protesto [se for o caso, informe se foi coagido].

Os consumidores não podem ser obrigados ao pagamento de taxas de serviço como

essa, oois são consideradas gorjetas facultativas. Portanto, solicito que o valor da taxa
seja integralmente devolvido [informe o v a l o r ] . Encaminho cópia da nota fiscal, bem
como comprovante de pagamento de minha operadora de cartão de crédito.

Dessa forma, informo lhes de que, caso esta solicitação não seja atendida no prazo de
[número (por extenso) 1 dias, a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as
medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
Solicitando à
agência de
turismo que [Local e dato 1
compense
a falta de A Inome da agência de t u r i s m o l
prestação de A / C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
alguns serviços da empresa]
integrantes do
pacote turístico
para as férias.
Prezados senhores,

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Minha família e eu acabamos de retomar de nossas férias em seu [norne do resort],

onde ficamos lespecifique o hotel e a quantidade de d i a s ] .

Xós tivemos uma péssima experiência porque [descreva minuciosamente o que

aconteceu, listando os passeios que tenham sido cancelados/qualidade na
prestação de serviços/eventuais refeições não ncluidas e t c ] .

SE A P L I C Á V E L :

Em contrapartida, seus folhetos descreviam o pacote turístico com [ i n f o r m e os

principais itens dos folhetos promocionais - se possível anexe copio do folheto ou
anúncio e liste os meios de comunicação nos quais foi veiculado].

[ Descreva tudo o que você fez e m resposta ao problema e quaisquer despesas

extras que você tenha t i d o ] .

Tendo em vista que os fatos acima demonstram o não cumprimento de

oferta/publicidade, o que configura propaganda enganosa, V. Sas. são responsáveis.

D i a r t e do exposto, solicito imediata restituição da quantia paga anredpadamente [se

for o caso], corrigida monetariamente.. bem como suspensão das demais parcelas [ou
a devolução dos cheques pré-dalados, conforme o caso).

Dessa forma, sejam informados de que, na falta de solução para a presente reclamação
no prazo de Inúmero (por extenso)] dias, a contar do recebimento desta carta, serão
adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Reclamando
com companhia
[Local e dato]
aérea sobre
danos ou
A [nome da companhia aérea] extravio de
A/C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria bagagem.
da empresa I

Prezados senhores,

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em [inserir d a t a ] , viajei em uma de suas aeronaves [date e horário do vôo]

saindo de [cidade e aeroporto], onde despachei minha bagagem, efui para
[cidorJe e aeroporto |. Ao chegarem [local de destino], percebi que seus funcio-
nários não controlavam a saída da bagagem que os pa^geiros levavam e que
minhas malas não apareceram na esteira. Depois de uma espera de Iinforme as
horas], comuniquei o extravio de minha bagagem a I nome e função do funcionário
com quem falou).

Tendo em vista que se tratava de uma viagem [de negócios E'OU de férias E/OU
indque outro m o t i v o ] , o extravio de minha bagagem me causou Idescreva os
prejuízos morais e/ou materiais sofridos, anexando copio dos documentos que
comprovem os danos materiais como compra de novas roupas, perda de
documentos importantes e outros obietos pessoais].

Considerando que o serviço foi prestado por V . Sas. e que, desde o momento do
desoacho, a companhia aérea é responsável pela bagagem de seus passageiros, solicito
a reparação dos prejuízos sofridos, com base no Código de Defesa do Consumidor.

Dessa forma, sejam notificados a pagar, a título de indenização pelos prejuízos

ameriermento descritos, o valor de R$ [inserir o valor total dos prejuízos sofridos,
com base nos documentos anexos].

Na falta de solução para a presente reclamação no prazo de [determine u m prazo

razoável 1, a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas
administrabvas e judiciais cabíveis.

Ateados amente,
Pedido de
compensação
[Local e data]
a companhia
de transporte
aéreo, rodo- A [nome da companhia]
viário, marítimo A / C [endereçor ao SAC - serviço de atendimento c o consumidor ou à d r e t o r i a
ou ferroviário, da empresa]
por acidente
ocorrido du-
rante viagem. Prezados senhores,

Em [inserir d a t a i , encontrava-me em [identifique número do ônibus e horário de

partida/nome do t r e m e horário de partida/dados do vôo] numa viagem de [local
de p a r t i d a ] para [local de destino], O [ônibus, t r e m , avião] [descreva o
problema] e eu [informe detalhadamente o que aconteceu], causando ferimentos
[ i n f o r m e o estado de seus ferimentos, anexando cópia dos exames médicos].

SE A P L I C Á V E L :

Em decorrência co acidente e dos conseqüentes ferimentos, tive uma série de

despesas [faça uma lista delas] [e fiquei de licença profissional - informe o
t e m p o ] . Pelo fato de ser profissional autônomo lespecifique sua a t i v i d a d e
profissional], [descreva os preiuízos morais e/ou materiais sofridos, anexando
cópia dos documentos que comprovem os danos m a t e r i a i s ] .

Tendo em vista que o transporte foi prestado por V. Sas., solicito a reparação dos
prejuízos sofridos, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Considerando o fato mencionado e os documentos anexos, notif.co-lhes a pagar, a

título de indenização pelos prejuízos já descritos, o valor de R$ [inserir o valor total
dos preiuízos sofridos, c o m bose nos documentosl.

Na falta de solução para a presente -eclamação no prazo de [determine prazo

razoável para a companhia indenizá-lo devidamente], a contar do recebimento
desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Reclamando
[Local e data]
com a opera-
dora de plano
de saúde sobre
A [nome da empresa] reajuste de
A / C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao cliente ou à diretoria contrato, com
da empresa] aumento abu-
sivo de mensa-
lidades, sem
Prezados senhores, aprovação da
Agência Nacio-
nal de Saúde
Em [inserir a data de assinatura do contrato de plano ou seguro-saúóel, contratei
Suplementar
junto a essa empresa a prestação de serviços de assistência à saúde, na modalidade
(ANS).
[especificar o tipo de plano ou seguro, bem como a modalidade -
individual/familiarl.

Em [inserir d a t a ] , recebi jm documento para pagamento da mensalidade de

meu plano com um valor abusivamente reajustado de R$ I inserir valor da nova
mensalidade], quando costumava pagar R$ [ i n f o r m a r o valor antigo/ valor
contratado .Tal reajuste representou um aumento significativamente maior que os
últimos índices de inflação Além disso, o aumento viola o Código de Defesa d o
Consumidor, que proíbe a variação unilateral de preço.

Considerando o fato anteriormente descrito, solicito que o reajuste seja revisto e que o
percentual de aumente leve em consideração [índice contratado ou, se não e x i s t i r
critério estabelecido no coritroto, compatível com a inflação acumulada no
período de 12 (doze) mesesl.

Caso a presente solicitação não seja atendida, no prazo de Inúmero (por extenso)]
dias, a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
judidais cabíveis.

Atenciosamente,
solicitando a
operadora de
ILocal e datai
plano de saúde
que reconsidere
as exigências A [nome da empresa)
feitas em re- A/C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao cliente ou à d i r e t o r i a
lação aos perío- da empresa]
dos de carência
para utilização
de seu plano, Prezados senhores,
tendo em vista
que sua cober-
Em linformor a data de aquisição do plano], contratei a prestação de serviços de
tura foi negada
assistência à saúde, na modalidade/categoria [indicar a categoria do plano/seguro,
sob alegação
de doença bem como a modalidade - individual ou f a m i l i a r ) .
preexistente.
Em I inserir a data da negativa de atendimento], foi negada a cobertura de
[informar qual tipo de procedimento foi negado], sob a alegação de se tratar de
doença preexistente.

Contudo, eu não tinha doença alguma no momento da assinatura do contrato do

plano ea primeira vez que notei [o foto/doença que está sem cobertura] foi em
[inserir data], [inserir n ú m e r o l meses após a assinatura do plane/seguro. [Se for
um dos casos, acrescentar: A l é m disso, de acordo com a legislação, a carência
devera obedecer ao prazo de 24 (vinte e quatro) horas para casos de urgência ou
emergéncia/10 (dez) meses para parto/6 (seis) meses para procedimentos e m
geral, como consultas, exames, internações hospitalares/24 (vinte e quatro)
meses para um extenso rol de procedimentos relacionados às doenças ou lesões
preexistentes, regra e m que me enquadro perfeitamente].

SE A P L I C Á V E L :

[Se for o caso de o contrato ter sido f i r m a d o a partir de janeiro de 1999,

acrescentar: Adicionalmente, estabelecem que doença preexistente é aquela que
o consumidor tinha conhecimento à época da contratação e, conforme
demonstrado, não é o meu caso, sendo, portanto, abusiva a presente restrição ao
atendimento médico).

Considerando os fatos já mendonados, solicito que, com urgência, seja reconsiderada

a decisão dessa operadora e que seja autorizado o atendimento/tratamento necessário
para [inserir nome da doença I, conforme previsto no contrato e r a lei.

Na falta de solução para a presente reclamação no prazo de [número (por extenso)]

dias, a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administraivas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Exigir a
autorização de
[Local e data]
procedimento
médico [exame
A [nome da empresai diagnóstico
A'C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao cliente ou 6 d i r e t o r i a OJ cirurgia]
da enpresal solicitado por
profissional
que não per-
Prezados senhores, tence à rede
credenciada
da empresa
Em [informar dato de assinatura de contrato de plano de saudei, contratei com
de ossistência
V. Sas. a prestação de serviços de assistência à saúde, na modalidade [ detalhar tipo à saúde.
de pano de saúde e modalidade - individual ou f a m i l i a r ) .

Em [inserir a datai, fui informado de que não estaria autorizada a realização de

informar o procedimento que foi negado: guia para exames, internação,
cirurgic, etc. I, pelo fato de que o profissional solicitante não pertence à rede própria
ou credenciada dessa empresa.

Contudo conforme o Código de Defesa do Consumidor, é ilegal negar cobertura com

base nesse argumento.

Tendi» em vista ser um procedimento urgente lespecifique porque e e m que

situação se encontro a sua saudei, solicito que seja, imediatamente, autorizado
linserir o procedimento que foi negado: guia para internação, exames e t c . l ,
requendo pelo dr./pela dra. I inserir nome do médico(a)).

Ccnf.ante de que meus direitos de consumidor serão devidamente respeitados,

agradeço antecipadamente. Informo que, caso minha solicitação não seja atendida no
prazo de 5 (cinco) dias. serão adotadas as medidas cabíveis.

Atendosamente,
Paro impedir
a exigência do
ILocal e d a t a i
cheque-caução,
ou qualquer
outro tipo de A Inome da e m p r e s a ]
depósito, nota A ' C [endereçar ao SAC serviço de atendimento ao cliente ou à diretório
promissória ou da empresa I
outros títulos
de crédito,
anteriormente Prezados senhores.
à prestação
do serviço de
Pm I i n f o r m a r data de contratação do plano ou seguro-saúdel, contratei a
assistência
à saúde. prestação de serviços de assistência à saúde dessa empresa, na modalidade
[especifique o tipo do plano/seguro e modalidade - individuol ou f a m i l i a r ! .

No dia [inserir d a t a ] , precisei ser internado e fui informado da necessidade de

[cheque-caução ou outro tipo de g a r a n t i a l .

Sabendo-se que essa prática é proibida, conforme a legislação brasileira vigente,

solicito que a exigência feita seja, imediatamente, cancelada.

Confiante de que meus direitos de consumidor serão respeitados por V. Sas., agradeço
antecipadamente. Informo que, caso não seja atendida minha solidtação. serão
adotadas as medidas cabíveis.

Atenciosamente,

Solicitação de
atendimento [Local e data]
para situações
de emergência A Inome do e m p r e s a i
ou de urgência. A / C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento oo cliente ou ò d i r e t o r i a
da empreso]

Prezados senhores,

Em [ i n f o r m a r data de contratação do plano ou seguro-saúde], contratei a

prestação de serviços de assistência à saúde dessa empresa, na modalidade
[especifique o tipo do plano/seguro e modalidade - individual ou f a m i l i a r ] .

Em [data da emergèncial, negaram-me [guia para internação, exames, e t c ] para

atendimento de emergênda, sob a alegação de que [detalhar o argumento

•
 informcdo - por exemplo: aindo está no prazo de carência ou não há prev
contratual pora cobertura do procedimento necessitadol.

Contudo, conforme a legislação brasileira vigente, quaisquer restrições à cober

serão consideradas ilegais quando verificado risco grave à saúde.
Diante do expíslo. solicito, com urgência, que seja reconsiderada a posição de
empresa para que eureoebao atendimento necessário, conforme assegurado p

Certo de seu pronlo atendimento em respeito aos meus direitos de consumido

ajTadeço antcopadamente. Informo que. caso minha solicitação não seja atend
pzo de 5 (cinco) dias, serão adotadas as medidas cabíveis.

Arenciosamerle.

Local e dato]

A Inome da empresai
A'C [ereereçor ao SAC -serviço de cíendimento ao consumidor ou à dire
da empresai

Prezada; senhores,

Venho, com apresente, expor e soliritar o que segue:

Em I dato do ocorrido!, fui atendido no consultório do dr. Inome completo e

doprofissioncllem Ilocal da consultai,onde fui diagnosticado com [nome d
doenço e detalhe dcssintomosle medicado com l i n f o r m e o nome ou nome:
medicamentos tom que foi tratado, bem como a f o r m a como os recebeu -
oral, intravewsol.

Desdeqje fu.redicado Idescreva tudo o que t e m acontecido] e, por isso, [ r

todos os problemas oo danos resultantes dc medicação].

Aopra'jrara»piniãodeoutro profissional, fui informado de que o diagnósticc

[nome do doençol era incorreto e que, na verdade, eu tinha [ nome da doenç
possível, anexe exames que comprovem a falha médica e o novo diagnóst
 informado - por exemplo: ainda eslá no prozo de carência ou nao há previsão
contratual paro cobertura do procedimento necessitado!.

Contudo, conforme a legislação brasileira vigente, quaisquer restrições à cobertura

serão consideradas ilegais quando verificado risco grave à saúde.
Diante do exposto, solicito, com urgência, que seja reconsiderada a posição dessa
empresa para que eu receba o atendimento necessário, conforme assegurado por lei.

Certo de seu pronto atendimento em respeito aos meus direitos de consumidor,

agradeço antecipadamente. Informo que, caso minha solicitação não seja atendida no
prazo de 5 (cinco) dias, serão adotadas as medidas cabíveis.

Atenciosamente,

Requerimento
ILocal e d a t a i
de reparação
por erro mé-
dico, de profis-
A [nome da empresai
sional da rede
A ' C [endereçar ao SAC serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
credenciada.
da empreso I

Prezados senhores.

Venho, com a presente, expor e solidtar o que segue:

Em [data do ocorrido I, fui atendido no consultório do dr. Inome completo e C R M

do profissional 1 em I local da consulta I, onde fui diagnosticado com I nome da
doença e detalhe dos sintomas I e medicado com I informe o nome ou nomes dos
medicamentos com que foi tratado, bem ccmo a f o r m a como os recebeu - via
o r a l , intravenosaj.

Desde que fui medicado Idescreva tudo o que tem acontecidoI e, por isso, [relate
todos os problemas ou danos resultantes do medicaçâol.

Ao procurar a opinião de outro profissional, fui informado de que o diagnóstico de

Inome da doençal era incorreto e que, na verdade, eu tinha Inome da doençal [se
possível, anexe exames que comprovem a falha médica e o novo diagnósticol.

•
 SE A P L I C Á V E L :

Tendo em vista que deixei de trabaihar por (informar o período] em decorrência do

tratamento ministrado pelodr. (nome do médico que causou o problema], gostaria
Idescreva o que deseia: indenização, pedido de desculpas, trotamento gratuito] e
estou dando-lhes a oportunidade de resolver um problema que envolve um de seus
profissionais credenciados.

Confiante de que a solicitação adma será atendida, aguardo resposta da empresa em

até Inúmero 1 dias, a contar do recebimento desta carta, ou serão adotadas as medidas
administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Reclamando
sobre cobrança ILocal e datai
de tarifas, pela
realização de A I nome do banco]
serviços ban-
A/C lendereçar ao gerente, ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou
cários, em
à diretoria da e m p r e s a i
contas desti-
nadas ao paga-
mento de apo-
sentadorias e Prezados senhores,
similares.
Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Possuo conta bancária em sua agência há Inúmero] [período - dias, meses, anosl
onde recebo loposentadoria, pensão ou pagamento s i m i l a r ] de [nome da pessoa
jurídica que efetua os depósitos mensais e número do C N P J ] .

Desde I i n f o r m a r a data]., tenho recebido cobranças de tarifas pela realização de

serviços bancários [especificar as cobranças - taxa pora saque, emissão de talão
de cheques, fornecimento de cartão magnético, e t c ] , e este fato é u m desrespeito
ao meu direito de consumidor, pelo qual, V. Sas. são responsáveis em virtude de lei.

A cobrança de despesas de manutenção de contas destinadas ao recebimento de

[aposentadoria, pensão ou pagamento s i m i l a r ] é ilegal e vai de encontro com c
que determina o Banco Central do Brasil - Bacen.

Tendo em vista que este é u m desrespeito à lei, solicito que essas cobranças sejam,
imediatamente, suspensas e que as quantias pagas indevidamente sejam devolvidas
em dobro e corrigidas monetariamente.
•
Dessa forma, considerem-se notificados de que, caso minha solicitação não seja
atendida no prazo de Inúmero ÍPDT extenso)] dias, a contar do recebimento desta
carca. serão adotadas as medidas administrativas e judida s cabíveis.

Atenriosamente,

Solicitação de
I Local e data I compensação de
débito indevido
A [nome do banco 1 em conta
A ' C lendereçar ao gerente, ao SAC - serviço de atencimento ao consumidor ou à
bancária.
diretoria da empresai

Prezados senhores.

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em [ d a t a i , Idescreva detalhadcmente a situoção em que ocorreu a cobrança e o

pagamento de quantia indevida - se possível, junte estratos e documentos que
comprovem o débito indevido].

Tendo em vista que este fato é um flagrante desrespeito ao meu direito de consumidor
e à lei, solicito que seja providendada, imediatamente, a devolução da quantia cobrada
indevidamente no valor de R$ I i n f o r m a ' o valor total], em dobro e com correção
monetária, ce acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

Caso a solicitação acima não seja atendida no prazo de [número tpor extenso)1 dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
udiciais cabíveis.

Atenriosamente,
Escrevendo
ao banco ou
[Local e d a t a i
operadora de
cartão de
crédito, sobre A [nome do banco ou operadora de cartão de crédito]
despesa feita A/C [endereçar co gerente, ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou
por cartão à diretoria da empresa)
perdido ou
roubado.
Prezados senhores,

Em Idata I, tive meu [ c a r t ã o magnético E/OU cartão de cébito E/OU cartão de

crédito - escolha a sua a l t e r n a t i v a ! de número e validade informar o número e
a data de validadel Idescreva o que aconteceu - furtado, 'oubodo, e x t r a v i a d o ,
perdido, clonadol. No momento que esta situação foi percebda [informe o que você
fez: telefonou para a operadora para avisar, mandou um fax/ e-mail/ carta
relatando o ocorrido] e solicitei o imediato cancelamento do cartão. [Se possível,
anexe cópia de documentos que c o m p r o v e m o fato relotoco, tois c o m o : boletim
de ocorrência de delegacia de polícia, fax, e-mail ou cario enviada à operadora.]

Quando recebi a fatura do cartão, notei a cobrança de movimentações no

valor de R$ I informar o valor, numericamente e por extenso], realizadas dias
após o Ifurto/roubo/extravio/clonageml, sobre a i s ] qual[is]não tenho
qualquer responsabilidade.

Tendo em vista o fato anteriormente descrito, solicito imediatas providências para que
a [ s I citada [ s | cobrança I s 1 se;a I m I estornada I s I, sob pena de que sejam devolvidas,
em dobro, as quantias pagas indevidamente.

Caso minha solicitação não seja atendida no prazo de [nurrero (por extenso)) dias, a
contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medida: administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Questionando
[Local e data!
a cobrança de
iuros abusivos
sobre dívidas.
A [none do fornecedor]
A/C [endereçar ó empresa de cobrança, ao SAC - serviço de atendimento ao
consumidor OL a diretoria da empresa]

Prezados senhores,

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em [data], contraí um débito [ i n f o r m a r o tipo de dívida: empréstimo,

parcelamento de pagamento de fatura de cartõc de crédito, cheque especial,
financiamento] com I informar o nome da empresa credorol. Para o pagamento do
mesmo,ficcu estabelecido [ i n f o r m e dados como rúmero de parcelas, valor de
cado umo delas, iuros mensais aiustados, forma e data de pagamento das
parcelas].

Em Idata I, atrase: o último pagamento e recebi em [dotal uma cobrança no valor de

R$|volor numérico e por extensoI, a título de [especifique em que se enquadra a
correção da divido: multa de mora E/OU iuros de mora E.OU correção
monetária E/OU outros eventuais acréscimos].

Além disso, o valor,significativamente maior do que foi contratado, demonstra que

V.Sas. aplicaram cobrança abusiva de [juros, multa ou correção m o n e t á r i a ] ,
desrespeitando z lei e os meus direitos de consumidor.

A fim de resolve- esse problema, solicito que V. Sas. cancelem a cobrança mencior ada
e recalculem o valor devido, observando as normas legais.

SE APLICÁVEL:
A fim ce resolver esse problema, venho requerer que V. Sas. cancelem a cobrança
mencionada, recalculem o novo valor, conforme as normas legais, e devolvam a
quantia paga indevidamen te, em dobro, com correção monetária.

Casoasolícitaçãc acima não seja atendida no prazo de Inúmero (por extenso) ] dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Questionando
ILocal e datai
a cobrança de
juros abusivos
sobre dívidas.
A [nome do fornecedor]
A'C lendereçar à empresa de cobrança, ao SAC - serviço de atendimento ao
consumidor ou á diretoria da empresa]

Prezados senhores.

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em idata], contraí um débito linformar o tipo de d í v i d a : empréstimo,

parcelamento de pagamento de fatura de carlão de crédito, cheque especial,
financio mentol com linformar o nome da empresa c r e d o r a ] . Para o pagamento do
mesmo, ficou estabelecido Linforme dados como número de parcelas, valor de
codouma delas, iuros mensais ajustados, forma e data de pagamento das
parcelas I.

Em data I, atrasei o último pagamento e recebi em I data I uma cobrança no valor de

R$ Ivalor numérico e por extensol, a título de especifique em que se enquadro a
correção da divida: multa de mora E/OU iurcs de mora E/OU correção
monetária E/OU outros eventuais acréscimos].

Âém disso, o valor, significativamente maior do que foi contratado, demonstra que
V.Sas. aplicaram cobrança abusiva de liuros, multa ou correção monetária],
desrespeitando a lei e os meus direitos de consumidor.

A finde resolver esse problema, solidto que V.Sas. cancelem a cobrança mencionada
e recalculem o valor devido, observando as normas legais.

SE A P L I C Á V E L :
Afim de resolver esse problema, venho requerer que V. Sas. cancelem a cobrança
menc.onada, recalculem o novo valor, conforme as normas legais, e devolvam a
quartia paga indevidamente, em dobro, com correção monetária.

CÍSC a solicitação acima não seja atendida no prazo de I número (por extenso) ] dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
judidais cabíveis.

Arerdosamente,
 Questionando
a cobrança de
[Local e d a t a i
iuros abusivos
sobre dívidas.
A [nome do fornecedor]
A/C [endereçar à empresa de cobrança, ao SAC - serviço de atendimento ao
consumidor ou à d i r e t o r i a da empresa]

Prezados senhores,

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em [dato], contraí u m débito [ i n f o r m a r o tipo de dívida: e m p r é s t i m o ,

parcelomento de pagamento de faturo de c a r t ã o de crédito, cheque especial,
financiamento I com [informar o nome da empresa credora I. Para o pagamento do
mesmo, ficou estabelecido [informe dados como número de parcelas, volor de
cada uma delas, iuros mensais ajustados, forma e data de pagamento das
parcelas].

Em [datai, atrasei o último pagamento e recebi em Idata] uma cobrança no valor de

R$ [ v a or numérico e por extenso], a título de lespecifique em que se enquadra a
correção da d i v i d a : m u l t a de mora E/OU iuros de m o r a E/OU c o r r e ç ã o
monetária E/OU outros eventuais a c r é s c i m o s ] .

Além disso, o valor, significativamente maior d o que foi contratado, demonstra que
V.Sas. aplicaram cobrança abusiva de [iuros, multa ou c o r r e ç ã o m o n e t á r i a ] ,
desrespeitando a lei e os meus direitos de consumidor.

A fim de resolver esse problema, solicito que V. Sas. cancelem a cobrança mencionada
e recalculem 0 valor devido, observando as normas legais.

SE A P L I C Á V E L :
A fim de resolver esse problema, venho requerer que V.Sas. cancelem a cobrança
menrionada, recalculem o novo valor, conforme as normas legais, e devolvam a
quantia paga indevidamente, em dobro, com correção monetária.

Caso a solicitação acima não seja atendida no prazo de [número (por extenso)] dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
Pedindo
indenização, não
1 Local e data]
depositada por
causa de atraso
no pagamento A [nome da seguradora]
do prêmio. A / C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
da empresa]

Prezados senhores,

Venho, com a presente, expor e solicitar o que segue:

Em [ d a t a i , Idetalhe todos os eventos que ocorreram, bem como as conseqüências]

Tendo em vista que tal evento constava na apólice de seguro que adquiri com V. Sas.
em [data de assinalura do contrato c o m a seguradora], solicitei o depósito de
indenização [informe os termos em que a indenização seria devida, de acordo
com a apólice contratada! em Idata da solicitação].

Apesar de ter encaminhado documentação eomprobatória de que o l informe o

eventol ocorreu de acordo com o descrito anteriormente, minha solicitação foi negada
com base no não pagamento da última parcela do prêmio.

SE A P L I C Á V E L :

Gostaria de fazer uma reclamação oficial quanto à forma que este caso foi conduzido,
pois o não depósito da indenização pleiteada acanetou I informe outras
conseqüências que possam ter o c o r r i d o ] .

Atenciosamente,
 Reclamando da
má qualidade
[Local e data)
na execução
de um serviço
A [nome do prestador de serviços) profissional
A / C lendereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
da empresa, se aplicável]

Prezado senhor,

Gostaria de fazer uma reclamação oficial acerca da forma comoV. Sa. lidou com meu
caso [informe alguns detalhes I,pois [explique o que aconteceu de errado] e
[indique as conseqüências].

Esse fatoé claramente incompatível com suas obrigações profissionais Icomo

especificado E/OU considerando o razoável período de tempo] e representa
[quebra no que foi combinado em contrato E/OU negligência - selecione o que
for apropriado!.

Dessa forma, como oportunidade de solução do problema, solidto que seja compensada
[mencione a perda ocorrida! no valor de R$ I valor numérico e por extenso!.

Aguardo sua resposta em até I numero (por extenso) 1 dias,a contar do recebimento
desta carta.

Atenciosamente,

Reclamando a
A [nome do vizinho] seu vizinho sobre
[endereço completo I comportamento
inadequado.

Prezado senhor,

Escrevo-lhe formalmente para soliritar que o sr. pare de (mencione brevemente o

que v e m acontecendo!.

Desde que discutimos sobre esse assunto em Idata, caso você se lembre, ou há
algumas semanas a t r á s l . e u tenho anotado [resuma o número/tipo de incidentes!.

SE A P L I C Á V E L :
[Adicione detalhes sobre quaisquer outras conversas que você tenha tido com
seu v i z i n h o ] .
•
 SE A P L I C Á V E L :
Eu já conversei com outros vizinhos próximos e l indique quantos ou
" m u i t o s " ! também se sentem Iperturbados/afetadosórcomodcdos]
por I com I esse comportamento.

Eu lou " n ó s " , caso outros vizinhos concordem com sua opinião] gostaria
I gostaríamos] que você Idescreva o que você deseia: pare/reduza/limite o
barulho a períodos específicos - encontre uma solução, se possível].

Esperamos que essa questão possa ser resolvida amigavelmente e aguardo

sua resposta.

Caso essa situação continue, tomaremos outras medidas necessárias.

Atenciosamente,

Informando seu
vizinho sobre ILocal e d a t a i
os limites entre
sua propriedade A I nome do vizinho!
e a dele. lendereço completo!

Prezado senhor,

Conforme discutimos em I informe a data, caso lembre, ou há semanas o t r á s ] , sua

cerca de I madeira/plástico/arame farpado - indique à qual você se refere] está
constantemente em minha propriedade, me privando de determinado pedaço de terra
que me pertence.

De acordo com meu I documento de escritura do terreno/contrato de aluguel -

escolha qual documento possui I, o limite entre nossas propriedades é [escreva
detalhadamente como consta a separação no documentol.

SE A P L I C Á V E L :
Encontre, anexa, cópia de lescritura do imóvel/planta/contrato de aluguel], o que
evidencia o fato mencionado.

Dessa forma, solicito que a cerca citada seja recolocada e m sua propriedade.

•
 Espero que essa questão possa ser resolvida amigavelmente. Caso isso não seja
resolvido ern (número (por extenso) ] dias, a contar do recebimento desta carta, serão
adotadas as medida) administrabvas e judiciais cabíveis.

Atendosa mente.

Assegurando
[Locoledato] seus direitos
de locatário,
A inome do locodorl de acordo
[endereço completo ou endereçar ao SAC serviço de atendimento ao
com a Lei de
consumidor ou o diretoria da empresa]
Locações.

Prezados ser hores,

Sou locatário de -eu imóvel desde [ a n o ] , quando me mudei para [atual

endereça/endereço da p r i m e i r a propriedade a l u g a d a ] .

SE A P L I C Á V E L :

Em [anol, vocês ne ofereceram uma alternativa para moradia Iendereço da outra

Propriedade , por causa de [indique o motivo alegado: necessidade de obras
estruturais no primeiro imóvel/presente de casamento para filho ou f i l h a , e t c . ] .

Tendo em vista out o valor do aluguel permaneceu o mesmo do anterior, apesar de as

condições de moradia do novo imóvel serem bem inferiores [descreva as diferenças
detolhodamentel. solicito que meus direitos de locatário sejam respeitados e que
(informe o que você deseia: voltar para a antiga propriedade/abatimento no
valor do aluguel/correção nos termos do contrato de aluguel, e t c . ] .

Espero que essa questão possa ser resolvida amigavelmente. Caso isso não seja
resovido em inúmero (por extenso)] dias, a contar do recebimento desta carta, serão
adoadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atericosamente,
Solicitando
ao locador
[ Local e data I
a devolução
de depósito.
A (nome do locador]
(endereço completo ou endereçar oo SAC - serviço de atendimento ao
consumidor ou à d i r e t o r i a da empresa]

l'n ...ILU s e n h o r e s ,

Eu me mudei para sua propriedade em I localização completa], em ( d a t a i .

TAMBÉM:., de acordo com o contrato de locação, meu depósito deveria ter sido
devolvdo dentro de [especifique o período de tempo].
OU., eu ainda não recebi meu depósito.

SE APLICÁVEL:
Sua carta de [ d a t a ] , detalha custos queV. Sas. teria incorrido. [Declare se você
concorda com a l g u m dos custos ou nenhum].

TAMBÉM:
V. Sas. nãc têm o direito de reter o meu depósito (o valor (numérico e por extenso)
dado em entrada ] e eu gostaria que este fosse integralmente devolvido.

OU:
VIX-I esli. utorizado a descontai somente I liste os l UStOS aue voce concorde cm
pogarleeu gostaria que o restante de meu depósito [R$ - mencione o valor
numérico e por extenso 1 seja devolvido.

Espero que essa situação possa ser resolvida amigavelmente. Caso não receba o valor
mencionado em [número (por extenso) 1 dias, a contar do recebimento desta carta,
serão adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Reclamando
com locador [Local edatol
sobre problemas
na propriedade A [nomedo locador]
em que mora. [endereço completo ou endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao
consumidor ou à diretoria da empresai
 Prezado senho-,

ímoLta oportunidade, entrei em contato com o sr. sobre [descrevo o problemc da

Propriedade alugada - por exemplo: vazamento de gás, infiltrações, péssimo
funcionomento de rede de esgoto, e t c ] em Ilocalização completa],

SE APLICÁVEL
0 problemc é mu to sério e está afetando a minha saúde, conforme demonstram
os exames médicos anexos a esta carta.

Sabendo-se que, ae acordo com a Lei de Locações, as despesas para [reforma/

reporo] estruturai; são de responsabilidade do locador, solicito que o valor de
K valor numérico e por extenso] seja resbtuído ou abatido de minhas
despesas de aluguel.

L>essa forrra, informo-lhe que, na falta de solução para a presente solicitação

rc prazo de Inúmero (por extenso) ] dias, a contar do recebirrento desta carta,
serãti adctadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Checando
[Locole datai referências do
candidato a
locatário com
A inome do empregador I
empregador
A'C [endereçará diretoria da empresa]
do mesmo.

PrezadDsserhores,

[Nome do candidato a locatário) deseja alugar meu imóvel e informou ser seu
funconáno efetivo.

Em seu cadastro, ele declara ser [cargo/função] ereceber u m [ salário/remuneração I

de R$ [valor numérico e por extenso - por mês/por a n o ] . Gostaria queV. Sas.
confirmassem estas informações dentro de [ n ú m e r o «por extenso)] dias.

Atenciosamente,
Defendendo-se
de tentativa de
[Local e d a t a i
despeio.
A [nome do locadorl
[endereço completoI

Prezado senhor,

Sua carta de Idata I, informa que devo m e retirar de seu imóvel [localizaçõo
completa I até I período indicado 1. Contudo, esta exigência é ilegal e demonstra
quebra do contrato de locação.

Dessa forma, solicito que V. Sa. confirme que não tomará nenhuma medida sem observar
o que estabelece o contrato e obedecer o processo legal previsto na Lei de Locações. Caso
as ameaças de despejo conbnuem, tomarei as medidas cabíveis para evitá-lo.

Atenciosamente,

Questionando
aumento ILocal e datai
no valor do
condomínio. A | n o m e d 0 s i n d j c 0 |
A/C lendereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor da
administradora do condominiol

Prezados senhores,

Em [ d o t a l , recebi a cobrança do condomínio I localização do prédio] com aumento

de R$ [valor anterior - numérico e por extenso] para R$ Ivalor atual - numérico
e por extenso], a título [informe o que foi alegado], para pagamento até [indicar a
data de vencimento da despesa I. Contudo, este aumento de [número] % é
extremamente alto e sem justificativa.

So.icito que sejam informados todosIas I Ias obras, manutenções] que estão sendo
realizados [as], bem como custos de cada item cobrado, a fim de justificar tal aumento.

Aguardo sua resposta em até [número (por extenso)l dias.

Atenciosamente,
 Reivindicando o
Local e datai
pagamento total
ou parcial de
financiamento
A [nome da construtora ou instituição financeira I para aquisição
A/C lendereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria de imóvel, feito
da empresai diretamente
com a constru-
tora ou por meio
Prezados senhores, de instituição
financeira.
Em [datai, adquiri o imóvel [ i n f o r m o r localização! de Inome e CPF ou C N P J da
pessoa ou empresa que vendeu o imóvel I, por meio de financiamento com [nome
da construtora ou instituição financeira com quem f i r m o u o f i n a n c i a m e n t o ] .

C contrato de financiamento Inúmero do contrato! estabelecia que (detalhar

quantas parcelas seriam pagas, se o valor das mesmas era pre-fixado,
a forma de pagamento e as condições gerais).

Em [datai, resolvi liquidar Itotal ou parcialmente! essa dívida com [nome da

construtora ou instituição f i n a n c e i r a ! , pois Idescreva o fato que o levou a ter
condições de arcar com o liquidação do financiamento - recebeu bônus s a l a r i a l ,
vendeu imóvel, recebeu doação de parente, ganhou algum prêmio, e t c . ] .

Contudo, fui informado de que, no contrato de financiamento, uma cláusula negava a

possibilidade de pagamento antecipado ou limitava este pagamento a um número
mínimo de prestações. Com base nisso, em Idata ),V. Sas. negaram meu pedido de
liquidação da dívida com descontos proporcionais [de iuros e demais encargos].

Tendo em vista que a cláusula mencionada anteriormente é considerada ilegal e que

tá negativa é um desrespeito aos meus direitos de consumidor, exijo queV. Sas.
recebam o pagamento de todas as parcelas restantes [se deseiar liquidar apenas
uma parte, especifique quais parcelas pretende pagar] no valor de R$ I valor
numérico e por extenso], com os devidos descontos de [iuros ou demais
encargos - especificar!.

Caso não seja atendido no prazo de I número (por extenso) I dias, a contar
do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
Pedindo
rescisão de
[Local e datai
contrato e
indenização ao
construtor que A [nome da construtor ou i n c o r p o r a d o r l
atrasou a A / C lendereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretório
entrega do da e m p r e s a i
imóvel.

Prezados senhores,

Em [data I, adquiri o imóvel em construção [ i n f o r m a r localização 1 de [nome e C P F

ou CNPJ da pessoa ou empresa que vendeu o i m ó v e l ] , que tinha prazo previsto de
entrega até [ informar data de entrega I.

TAMBÉM:

Confiante de que estaria ocupando meu novo imóvel até a data prevista para entrega
Iconte o que aconteceu: vendi o imóvel que morava anteriormente com minho
f a m i l i a , agendei companhia de mudança, mudei de cidade, etc.]. Além do des-
gaste provocado, tive uma despesa total de R$ I valor numérico e por extenso] com
aluguel, que live de começai .1 pagai por causa do atraso na entrega do imóvel.

OU:

Tendo em vista que o imóvel não ficou pronto conforme previsto, resolvi adquirir
outro imóvel, já pronto, e desejo cancelar o contrato firmado com V. Sas.

Diante das frustrações por m i m sofridas, solicito o cancelamento do contrato firmado

com V. Sas, bem como indenização no valor de R$ | valor numérico e por extenso]
referente a lespecífique os preiuízos que sofreu, se possível anexando documentos
que os c o m p r o v e m ] , conforme dispõe o Código de Defesa do Consumidor para casos
em que o [ incorporador ou construtor I atrase a entrega do imóvel.

Caso não seja atendido no prazo de Inúmero (por extenso)] dias, a contar
do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Pedindo
[Local e datai compensação
pelas perdas
ou prejuízos
A [nome da empresa de mudança]
causados por
A / C [endereçar ao SAC - serviço de otendimento ao consumidor, à diretoria da
empresa de
empresa ou à pessoa que iá está ciente do seu p r o b l e m a I mudança.

Prezados senhores,

Em [data I, sua empresa fez a mudança de meus móveis e bens de [antiga casa,
endereço! para Inova casa, endereço],por meio dos profissionais [informe os
nomes das pessoas que t r a b o l h a m na sua mudança].

Quando retirava os bens das embalagens, notei que Idescreva os itensl

[estava/estavamI Ifaltando/estragado/quebrado/arranhado - informe qual foi o
perda ou o preiuízo].

TAMBÉM:

V. Sas. são responsáveis pelos itens desaparecidos...

OU:

Como seus funcionários embalaram esses itens, os danos são de sua responsabilidade.
Gostaria de ser indenizado pelo custo de Iconserto/substituiçõo], no valor de R$
[valor numérico e por extenso].

•Anexo encontram-se [junte documentos que justifiquem o valor solicitado, como

preços de novos itens e orçamentos para reparação].

Espero que minha solicitação seja atendida em até [número (por extenso)] dias, a
contar do recebimento desta carta, ou serão adotadas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atenriosamerte,
Reclamando
sobre avaliação [Locol e d a t a i
realizada em
seu imóvel.
A rnome do avaliadorl
AJC [endereçar ao SAC - serviço de atendimento oo consumidor ou à diretoria
da empresai

Prezados senhores,

Em Idata I, Isua empresa/seu empregado - nome/vocé] avaliou o imóvel

| localizaçãol, antes que fosse adquirido por mim.

Desde que mudei para o referido imóvel leu/eu e minha família]

[descobri/descobrimos] [descreva os problemas verificados].Tal situação nunca
foi mencionada em sua avaliação, embora seja um defeito de extrema relevância que
jamais passaria despercebido por um experiente avaliador.

Dessa forma, gostaria que fosse compensada pelos custos que terei com Idescreva o
que é preciso ser feito para resolver o problema I no valor de R$ (valor numérico
e por extenso].

Anexo encontram-se I junte documentos que justifiquem o valor solicitado, cemo

preços de novos itens e orçamentos p a r a reparação].

Espero que minha solicitação seja aterdida em até Inúmero (por extenso)! dias. a
contar do recebimento desta carta ou serão adotadas as medidas administrativas e
judiciais cabíveis.

Atem iosamente,

Informando
ao síndico que [Local e data]
despesas extra-
ordinárias são de limo. sr. I nome do sindical
responsabilidade Síndico do Condomínio Edifício [ inserir o nome do condomínio!
do locador. [endereço completo]

[Atenção: envie esta carta também p a r a o seu locador.]

Prezado senhor,

•
Em [data], recebi cobrança de contribuição condominial referente ao mês [ i n d i q u e i ,
cue incluía despesas extraordinárias feitas [descreva quais forem - de e s t r u t u r a ,
por exemplo] no prédio em [ i n f o r m a r períodol.

Apesar de encaminhadas para meu apartamerto e erdereçadas para meu pagamento,

gostaria de lembrar que, de acordo com a Lei de Locações, despesas extraordinárias
sãoie responsabilidade do locador.

Dessa forma, solicito a correção do documento de cobrança lançado e m meu nome,

de forma a evitar o pagamento indevido e os prejuízes caí advindos. D a mesma forma,
solicito que os valores referentes às despesas extraordinárias sejam devicamente
encaminhados aosr. [locador do imóvel] em lendereçol.

Caso essas solicitações não sejam atendidas no prazo de [número (por extenso)]
das, a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas juciciais cabíveis.

Atenciosamente,

Cobrando do
[Local e data) locador as
despesas pagas
limo.sr. Inome do locador 1 para resolver
[endereço completo] problema de
estrutura do
imóvel.
Prezado senhor.

Em [dotal, o imóvel I identificar o imóvel por meio de endereço c o m p l e t o ] , objeto

de aintrato de locação celebrado entre nós, sofreu [refema/reparos ] urgentes, por
causa de problema estrutural [explique exatamente qual ero o problema e porque
necessitava de solução urgente].

TAMBÉM:

Tendo em vista que o sr. viajava a trabalho quando:) problema foi identiícado, realizei
alreforma/reparol necessária sem informá-lo...

OU:
Tendo em vista a urgência do problema em questão, arquei com todas as despesas da
obra de I r e f o r m a / r e p a r o l .

•
 Sabendo-se que, de acordo com a Lei de Locações, tais despesas para [ r e f o r m a /
reparol estruturais são de responsabilidade do locador, solicito que o valor de R$
I valor n u m é r i c o e por extenso] seja restituído ou abatido de minhas despesas
com o aluguel.

Dessa forma, informo-lhe que, na falta de solução para a presente solicitação no prazo
de [ n ú m e r o (por extenso)] dias,a contar do recebimento cesta carta, serão adotadas
as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Comprador
de imóvel [Local e data],
solicitando
reembolso de limo. sr [nome do vendedor]
despesas com [endereço completoj
documentação
de imóvel, que
Prezado senhor,
deveriam ser
arcadas pelo
vendedor do Em I d a t a ] , adquiri o imóvel llocalizaçãol por R$ Ivalor numérico e por extenso].
mesmo.
Para que a transação fosse agilizada, me responsabilizei pela documentação relativa ao
imóvel Iespecifique os documentos que providenciou - por exemplo: cópia da
escritura registrada no Cartório de Registro de Imóveis; certidão vintenária,
com negativa de ônus e alienações, atualizada e com todos os seus registros e
averbações, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis; certidão negativa da
prefeitura m u n i c i p a l , comprovando a inexistência de débitos relativos ao i m ó v e l ;
carne do IPTU do ano e m curso com as prestações vencidas quitadas; carne da
TRSD (Taxa de Resíduos Sólidos), se cobrado pela prefeitura do município onde
se localiza o imóvel, do ano em curso, com as parcelas vencidas quitadas;
comprovante de pagamento do última conta de energia elétrica, água e gás,
se houver (algumas vezes essos taxas são incluídas no condomínio)].

Tendo em vista que tais documentos devem ser providenciados e arcados pelo
vendedor do imóvel, solicito reembolso no valor de R$ Inumérico e por extenso]
pelas despesas relativas à documentação.

Caso não haja solução para essa solicitação no prazo de Inúmero (por extenso)] dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Informe as
autoridades
[Local e data)
sobre os perigos
oferecidos pela
A [autoridade competente 1 propriedade de
[endereço completoI seu vizinho.

Prezados senhores,

Moro em 1 localização completa) e estou preocupado com o possível dano lã saúde

pública, ao meio ambiente, à estrutura predial - escolha a opção adequada! que
o imóvel 1 endereço de seu vizinho] tem ofereddo pelo fato de Idescreva a situação
que o preocupa].

[Informe quaisquer conseqüências que iá possam ter ocorrido, como

incêndio/ratos, baratas e mosquitos/desabamentos].

[Dê detalhes de pessoas que iá tenham sido ofetadas pelo problema -

por exemplo: vizinhos/crianças/loias de alimentos).

[Descreva quais providências você iá tomou e quais respostas ás reclamações

têm recebido 1.

Solicito que investigue essa situação assim que possível e aguardo sua resposta em até
[número (por extenso) 1 dias, a partir do recebimento desta comunicação.

Atenciosamente,

Contestando
[Local e d a t a i multa por
excesso de
A[DETRAN I velocidade.

A/C lendereçar à autoridade responsável pela cobrança da m u l t a ]

Prezados senhores,

Em Idata I, recebi multa por excesso de velocidade 1 informe detalhes: local, data,
horário e velocidade alegada].
Contudo [explique porque você acha que essa cobrança é i n d e v i d a ] . [Descreva
as circunstâncias e explique quaisquer atos que você tenha feito para resolver
essa questão].

•
 SE A P L I C Á V E L :

Encaminho anexo [descreva as evidências que baseiam sua alegaçãol

Solicito que a multa seja devidamente cancelada e aguardo sua resposta.

Atenciosamente,

Questionando o
valor cobrado ILocal e datai
para serviço
mecânico ou A [nome do mecânico]
pagando par- A/C [endereçar ao SAC - serviço de atendimento ao consumidor ou à diretoria
cialmente sob da empresa]
protesto.

1'rc/ado senhor,

Em [ d a t a ] , você [reparou/consertou/alterou - informe os detalhes] de m e u

[modelo e fabricação do veículo;.

I Explique o que aconteceu de errado c o m a execução dos serviços mecânicos/

ou com as peças fornecidasI.

Contudo,V. Sas. ainda me cobram Ipor esse serviço/todo o custo do s e r v i ç o ] .

TAMBÉM:
Estou, portanto, deduzindo [o custo deste item/ R$ - insira o v a l o r ] do total da
conta, como forma de compensação.

OU:
Eu [estou pagando/paguei] a conta sob protesto e gostaria que me fossem
reembolsados R$ [ v a l o r numérico e por extenso), como forma de compensação.

Informo-lhes de que o não atendimento à presente solicitação caracterizará desres-

peito aos meus direitos de consumidor. Caso essa providência não seja realizada no
prazo de [número (por extenso) 1 dias, a contar do recebimento desta carta, serão
adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

>
 Solicitando ao
empregador
1Locole d a t a i uma cópia do
contrato de
A Inome do empregador] trabalho.
A / C [gerente de recursos humanos da empresa]

Prezado senhor,

Eu trabalho para [nome da empresai como [nome da função] desde [data de início
da reloção de trabalho].

Gostaria de solicitar...
T A M 8EM:., cópia de meu contrato de trabalho com detalhes quanto a
[remuneração, feriados e licenças por motivo de doença/mencione outros termos
aue possam preocupá-lo |. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
tenho direito ao documento mencionado e Idevo recebé-lo/deverio té-lo recebido]
desde que comecei a trabalhar nessa companhia.
O U : . . cortracheques mensais com minha remuneração, incluindo valores bruto e
líquido, deduções 1 mencione outros itens específicos]. De acordocom a Conso-
lidaçãodas Leis do Trabalho, tenho direito a o l s l documentolsl mencionadolsl e
devo recebe-lolsl mensalmente.

Desde |á agradeço.

Atenciosamente,

Reclamando
[Local e d a t a i seus direitos
durante a licença
A [nome do e m p r e g a d o r ] maternidade.
A / C [gerente de recursos humanos da empresa]

Prezado senhor,

Eu trabalho para Inome da empresai como Inome da função! desde [data de início
da reloção de trabalho!.

Desde [data 1 estou em licerça maternidade, que terminará em Idata], conforme a

legislação trabalhista vigente.

•
 Solicitando ao
empregador
[Local e d a t a i
uma cópia do
contrato de
A [nome do empregador I
trabalho.

A / C [gerente de recursos humanos da empresa]

Pre/ado senhor,

Eu trabalho para Inome do empresai como [nome da função] desde Idata de início
da relação de trabalho].
Gostaria de solicitar...
T A M B É M : . , cópia de meu contrato de trabalho com detalhes quanto a
[remuneração, feriados e licenças por motivo de doença/mencione outros termos
que possam preocupó-lol. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
tenho direito ao documento mencionado e [devo recebê-lo/deverio té-lo recebido]
desde q i e comecei a trabalhar nessa companhia.
O U : . . contracheques mensais com minha remuneração, incluindo valores bruto e
Líquido, deduções Imencione outros itens específicos]. De acordo com a Conso-
lidação das Leis do Trabalho, tenho direito ao[s] documentolsl mencionadols] e
devo recebê-lolsl mensalmente.

Desde já agradeço.

Atenciosamente,

Reclamando
[Local e datai seus direitos
durante a licença
A [nome do empregador] maternidade.
A / C |gerente de recursos humanos da empresa]

Prezadt senhor,

E u trabalho para [nome da e m p r e s a ] como Inome da função] desde Idata de inicio

da relação de t r a b a l h o ! .

Desde Idata 1 estou em licença maternidade, que terminará em I d a t a i , conforme a

legislação trabalhista vigente.

•
.17
 Solicitando ao
[Local e d a t a i empregador
u r w i a copia do
c o r
» trato d e
A [nome do empregador I trabalho
A/C [gerente de recursos humanos da empresai

Prezado senhor,

Eu trabalho para Inome da empresai como Inome da funçãol desde [data de início
da relação de trabalho].

Gostaria de solicitar...
T A M B É M : . . cópia de meu contrato de trabalho com detalhes quanto a
[remuneração, feriados e licenças por motivo de doença/mencione outros t e r m o s
que possam preocupá-lo I. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
tenho direito ao documento menriorado e [devo recebè-lo/deveria tê-lo recebido]
desde que comecei a trabalhar nessa companhia.
OU:.. contracheques mensais com minha remuneração, incluindo valores bruto e
líquido, deduções I mencione outros itens específicos]. De acordo com a Conso-
lidação das Leis do Trabalho, tenho direito aolsl documentolsl mencionado! s] e
devo recebé-lolsl mensalmente.

Desde já agradeço.

Atenciosamente,

Reclamando
[Local e d a t a i seus direitos
durante a licença
A [nome do empregador] maternidade.
A/C [gerente de recursos humanos do empresai

Prezado senhor,

Eu trabalho para Inome da empresa] como Inome da funçãol desde Idata de inicio
da relação de trabalho].

Desde I d a t a i estou em licença maternidade, que terminará em [ d a t a ] , conforme a

legislação trabalhista vigente.
 Contudo, em Idata j recebi uma correspondência deV. Sas. [ou fui informada, recebi
u m telefonema) que dizia [que tinha sido demitida, não teria direito à civisão dos
lucros da empresa no ano anterior, seria descontada pelas faltas - descreva o
que lhe foi informado).

Tendo em vista que essa situação caracteriza u m desrespeito à legislação trabalhista,

solicito [especifique o que deseia: desconsideração da demissão, depósito de
valor de divisão dos lucros da empresa, devolução do valor descontado em
folha, e t c ) .

Aguardo sua resposta e m até Inúmero (por extenso)) dias. Caso minha solicitação
não seja atendida, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Solicitando
ao cliente I Local e dalal
o devido
pagamento A I nome do cliente!
da fatura. A / C [diretoria da empresa, se tor o casol

Prezado senhor,

A fatura, de número |numeração), de I d a t a I , ainda não foi paga.

0 documente acima, no valor de R$ I valor numérico e por extensol, relativo

Idescreva que tipo de serviço prestoul, conforme acordado em Inome do c o n t r a t o !
por I contrato escrito - informe o número de referência do

contrato/carta/telefone] ( d a t a d o e m - informe a data de assinatura do c o n t r a t o l .

SE A P L I C Á V E L :

1 )s termos eram i por exemplo: pagamento adiantado cfe/pagarnento em t r i n t a dias l

T A M B É M [na p r i m e i r a tentativo :
Esta fatura encontra-se com pagamento em atraso. Por favor, proceda ao
pagamento imediatamente.
O U : [na segunda ou subseqüentes tentativas, caso a p r i m e i r a ou anteriores não
tenham surtido e f e i t o ] :
Esta fatura encontra-se com pagamento em atraso desde l informe o período de
tempo I, apesar de nossa comunicação tde nossas comunicações] anterior
[anteriores! [informe a data ou datos]. Caso não seja paga em Inúmero (por
extenso)] dias, serão adotadas as medidas legais.

Atenciosamente,

Solicitação
(Local e d a t a i de termos de
contrato de
A [nome do cliente]
trabalho.
A / C Igerente de recursos humanos da empresai

Prezado senhor,

Eu trabalho como [nome da funçãol desde [período de tempo].

Gostaria de solicitar alteração do meu contrato de trabalho quanto Idescreva c que

desejai...
SE A P L I C Á V E L : . , devido a [explique suas razõesl.

Se desejar, podemos agendar uma reunião para discutir a mudança solicitada.

Atenciosamente.
formalmente
[Local e datai
sobre educação
sexual na
escola. A Inome da escolaI
A/C Inome do diretorI

I 're/.ados senhores,

Meu (minhol filho Ifilhai estuda no estabelecimento de ensino Inome da escola I há

linformar quanto tempo: dias, meses anosl eencontro-me insatisfeito com [a
forma come tem sido conduzido/a qualidade/o conteúdo/a énfasel as aulas de
educação sexual, dada a sua série escolar.

[Descreva cetalhes adiciona s, se possivell.

Acredito que o objehvo dessa matéria é Idescreva o que acha apropriado para o
ensino de crianças da série do seu/sua filha/filha: orientar os alunos quanto ao
conhecimemo do próprio coroo/respeito à individualidade do outro/mudanças
biológicas, etc. I, mas seus educadores I informe que conotação tem sido dada e em
quais aspectos as informações possam estar sendo erroneamente passadas!.

Gostaria de ser informado sobre as orientações educacionais desse tema e farei uma
reclamação formal, caso sua resposta seja insatisfatória.

Aguardo sua resposta em até I n ú m e r o (por extenso) I dias.

Atenciosamente,

Reclamando
sobre o valor [Local e datai
da multa pelo
atraso no paga- A [nome da escolal
mento de men- A / C Inome do diretor]
salidade escolar.

Prezados senhores,

M e u Imeusl filho [filhos] estuda lestudaml no estabelecimento de ensino

[nome da escolol há l i n f o r m e r quanto tempo: dias, meses anos].

•
Sempre paguei as mensalidades escolares em dia, desde a primeira matrícula, mas,
devido a [esclareça sua atual situação], paguei [ i n f o r m e quaUquais mensalidades
a que wcê se refere] em atraso.

Como resultado deste atraso, recebi cobrança de multa deV. Sas.de [número] %
sobre o valor da mensalidade.

Tendo em vista que o Código de Defesa do Consumidor estabelece que a multa por
atraso no pagamento da mensalidade escolar, chamada de multa de mora, não pode
ser superior a 2%, solicito que o valor calculado por V. Sas. seja revisto e que nova
cobrança, de acordo com a legislação, seja realizada.

Advirto-lhes que o não atendimento à presente solicitação caracterizará desrespeito à

leris.ação e aos meus direitos de consumidor. Caso esta providência não seja realizada
no prazo de I número (por extenso) I dias, a contar do recebimento desta carta, serão
adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Solicitação
ILocal e datai de devolução
do valor da
A [nome da escola] matrícula para o
A/C [nome d o d i r e t o r l
aluno que desiste
do curso antes
do início do
ano letivo
I'r •,'.)<.ii i, senhores, ou recusa em
pagar valor
Matriculei meus filhos, [ i n f o r m e os nomes dos o l u n o s ] , nas séies [indique o ano abusivo de multa
escolar em que f o r a m inscritos] em seu estabelecimento de ensino em [ i n f o r m e o pela desistência
período da m a t r i c u l a ] . do contrato.

Contudo, devido a [explique o m o t i v o : mudança de casa/cidode/pais; problemas

de saúde na f a m í l i a ; problemas com outros olunos, e t c . l , decidimos que será
melhor cancelarmos as inscrições nos cursos descritos anteriormente.

Tomada essa decisão, entramos em contato com o responsável pela administração da

esco!a [ indique o nome do f u n c i o n á r i o ! em [dota e horo I, para solicitarmos a
devolução do valor da matrícula. Em resposta, [nome da pessoal nos informou que
Ia política da escola é contra a devolução do valor da matricula E/OU a escola
nos multará em 20% do valor total do contrato, devido à desistêncial.
 TAMBÉM:

Advirto-lhes que, conforme o Código de Defesa do Consumidor, o aiunc que desiste

do curso antes de iniciado o ano letivo tem direito à devolução do valor pago à título
de matrícula.

OU:

Contudo, conforme o Código de Defesa do Consumidor, o aluno que desiste do

curso antes de iniciado o ano letivo tem direito à devolução do valor pago à título
de matrícula e só poderá ser multado, se for o caso, em até 10% do valor total
do contrato.

Tendo em vista que a resposta da escola à presente solicitação é abusiva,

caracterizando desrespeito à legislação e aos meus direitos de consumidor,
exijo que seja reavaliada com a devida devolução do valor pago e [se for o caso]
reconsideração do valor da multa.

Caso a exigência acima não seja atendida no prazo de Inúmero (por extenso)] dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medida s judiciais cabíveis.

Atenciosamente,

Solicitando
desconto nas ILocal e data]
mensalidades
escolares do A Inome da escola]
segundo filho, A / C [nome do d i r e t o r ]
quando o pri-
meiro estuda na
mesma escola.
Prezados senhores,

Meu [meus] filho [filhos] estuda [estudam I no estabelecimento de ensino [nome

da escolal há [ i n f o r m a r quanto tempo: dias, meses anosl.

Sempre paguei as mensalidades escolares em dia, desde a primeira matrícula, sem que
quaisquer descontos nos fossem oferecidos.

Apesar de saber que a escola não é obrigada a dar descontos em mensalidades a partir
do segundo filho, fui informado por outros pais [se desejar indique nome dos pais e
dos alunos) que seu estabelecimento de ensino concede este tipo de benefício a
alguns deles.
•
 Desta forma., venho solicitar desconto no valor da mensalidade escolar de Inome de
seu segundo filho], para que seja garantido o tratamento igualitário para todos os
alunos que têm irmãos matriculados na mesma escola.

Aler ciosamente,

Reclamando
sobre impedi-
ILocal e dala I mento de aluno,
em débito com
a escola, de
A [nome da escola 1
terminar o
[nome do d i r e t o r I
ano letivo.

n«ad;>s senhores,

Meu Imeusl filho I filhos! estuda [estudam] no estabelecimento de ensino [nome da

escola, há linformar quanto tempo: dias, meses anos!

Serrprc paguei as mensalidades escolares em dia, desde a primeira matrícula, sem que
quaisquer descontos nos fossem oferecidos.

Contudo, devido a [explique brevemente como onda suo situação financeira!, não
tive condições de pagar as [ n ú m e r o ] últimas mensalidades e, como conseqüênda,
meu [meus] filho [filhos] estão sendo impedidos de terminar o ano letivo pela
direção desse estabelecimento de ensino.

Tendo em vista que, de acordo com a legislação brasileira, o aluno em débito não pode
ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça e tem direito a terminar
o ano letivo normalmente, não podendo sofrer penalidades pedagógicas como
suspensão de provas e retenção de documentos, solidto que essa situação seja revista,
por se tratar de desrespeito aos direitos do consumidor e ser considerada pratica
criminosa pelo Código de Defesa do Consumidor.

Casoa eagência acima não seja atendida no prazo de [número (por extenso) I dias, a
cortar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
Questionando
sobre a integri-
ILocal e d a t a i
dade física de
alunos da escola
de seu filho. A Inome da escolaI
A/C [nome do d i r e t o r )

Prezados senhores,

Meu [ m e u s l filho Ifilhosl estuda [estudam] no estabelecimento de ensino [nome da

escolaI há l i n f o r m a r quanto tempo: dias, meses anos].

Em [ d a t a i , por volta das [horário], em [local], ele [eles] [descreva o que aconteceu],

Como resultado, ele [eles] [descreva as conseqüências - imediatas E/OU a

longo prazo].

Estou muito preocupado que esse acidente tenha ocorrido devido a [falta de
supervisão/falta de cuidados com segurança].

Eu Idiscuti sobre o assunto com o professor/analisei o boletim de ocorrência, e t c ]

e Idescreva quaisquer evidências que você possua para basear sua reclamação].

Gostaria de reclamar formalmente sobre a negligência do estabelecimento de

ensino quanto ao acidente e solicito que seja realizada uma investigação detalhada
sobre o ocorrido.

Caso a solicitação acima não seja atendida no prazo de [número (por extenso) ] dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas |udiriais cabíveis.

Atenciosamente.
 Informando
sobre a presen-
[Local e data] ça de drogas
na escola de
A Inome da escola I seu filho.
AC Inome do diretorI

Piezadts senhores,

Meu filho Iminha f i l h a i , aluno da (informe a série e a t u r m a l de seu estabele-

dmento de ensino, informou-mesobre a Ipresença/uso/comercializaçõol de drogas
cmtro da escola.

TAMBÉM:

Em Idctal, fui informado sobre um rroblema de entorpecentes na escola.

OU:
Ern Idctal, descobri que alguns alunos da escola estão viciados em drogas.
Em Idata I, por volta das lhorrjrio|,em I local), ele [eles] [descreva oqje aconteceu).

Estou muito preocupado com essa situação e como ela pode vir a afetar meu filho
(minhafilhai futuramente.

Eu (discuti sobre o ossunto com o professor/conversei com outros oais/obtive

mais informações de alunos I e Idescreva quaisquer evidências que você possua
Piro boseor sua reclamação).

Cos:aria de rec.amar formalmente sobre a negligência do estabelecimento de ensino

canto à questão informada e solicito qte seja realizada uma investigação detalhada
scbre o assunto.

Caso a solicitação acima não seja atendida no prazo de Inúmero ( p c extenso )1 dias,
acontar do recebimento desta carta, serào adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
 Informando
sobre a presen-
t e *^ ça de drogas
na escola de
A [nome da escoloI seu filho.
A/C I nome do d i r e t o r ]

Prezados senhores,

Meu filho [ minha f i l h a i , aluno da [informe a série e a t u r m a ] de seu estabele-

cimento de ensino, informou-me sobre a [ presença/uso/comercialização] de drogas
denbo da escola.

TAMBÉM:

Em Idatai, fui informado sobre u m problema de entorpecentes na escola.

OU:
Em Idatai, descobri que alguns alunos da escola estão viciados em drogas.
Em [datai, por volta das I h o r á r i o ] , em I local 1, ele [elesl [descreva o que aconteceu].

Estou muito preocupado com essa situação e como ela pode vir a afetar meu filho
[ minha filha futuramente.

Eu Idiscuti sobre o assunto com o professor/conversei com outros pais/obtive

mais informações de alunos) e [descreva quaisquer evidências que você possua
para basear sua reclamação).

Gostaria de reclamar formalmente sobre a negligência do estabelecimento de ensino

quanto à questão informada e solicito que seja realizada uma invesbgação detalhada
sobre o assunto.

Caso a solicitação acima não seja atendida no prazo de [número (por extenso) 1 dias,
a contar do recebimento desta carta, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Atenciosamente,
Reclamando
sobre a forma [Local e datai
com que foi
tratado em
A [nome do responsável pela emissora]
programa de TV
ou rádio. lendereço da emissora]

Prezado senhor,

Em [ d a t a ] , participei de u m [programa de auditório/detxite/documentário/

p r o g r a m a de rádio/entrevistai sobre Imencione o assunto específico, se for o
caso] no [canal, estação], que foi ao ar em [data e h o r á r i o ] .

Senti que, durante o programa, [descreva a natureza de sua reclamação]. Corno

resultado [descreva as conseqüências - suieição ao ridículo, comprometimento
profissional, problemas pessoais].

Eu já entrei em contato com [a produção/o diretor do p r o g r a m a 1 sobre essa questão

e Inão fiquei satisfeito c o m a resposta/ignoraram m i n t a reclamação]. [Adie one
mais detalhes, se for o c a s o ] .

Gostaria de reclamar formalmente sobre a forma com que fui tratado durante a
emissão do programa, pois acredito que [foi iniusto/mal interpretou o que eu
disse/invadiu minha privacidade] e gostaria que esse fato fosse investigado.

Aguardo sua resposta no prazo de I n ú m e r o (por extenso) I dias.

Atenciosamente,

Escrevendo para
0 editor de um [Local e data]
jornal ou revista
sobre entrevista, ^ [editor do iornal ou r e v i s t a ]
sem autorização, | d e r e ç o completo]
e n

com menor
de idade.
Prezados senhores,

Seu [ i o r n a l , revista, edição, a r t i g o ) [ t i t u l o ] , de [nome do repórter - se a p l i c á v e l ] ,

oublicado em [ d a t a ] , em [nome do i o r n a l / r e v i s t a ] , página [insira o número da
página], incluiu [ u m a entrevista c o m / u m a foto de] meu [filho/filha].

•
 Contudo, essa (entrevista/foto) nunca teve sua publicação autorizada por nós,
responsáveis, demonstrando completo desrespeito pelo menor de idade e pelas regras
do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Dessa forma, exijo que l u m pedido de desculpas/uma retração ou outro pedido]

seja realizado em até [número (por extenso) ] dias, ou medidas judiciais cabíveis
serão adotadas.

Atenciosamente,

Reclamando
[Local e dataI sobre um artigo
publicado em
revista.
A [editor da revista]
[endereço completo]

Prezado senhor,

Escrevo lhe para reclamar de [ u m artigo/reportagem/entrevistai publicada em

(nome da publicação] em [ d a t a i .

Esse [artigo/reportagem/entrevista] [descreva o conteúdo]. Sou inteiramente

contra (descreva o que lhe deixou preocupado]. (SE A P L I C Á V E L : eu acredito
que isso contradiz a ética iornalistica] e gostaria cue o fato fcsse investigado.

SE A P L I C Á V E L :
Exijo que l u m pedido de desculpas/uma retração ou outro pedido] seja realizado
em até (numero (por extenso)! dias.

Anexo cópia do artigo (ou quoisquer outras evidências, se relevantesl.

Aguardo sua resposta.

Atenciosamente,
Contudo, essa [entrevista/foto] nunca teve sua publicação autorizada por nós,
responsáveis, demonstrando completo desrespeito pelo menor de idade e pelas regras
do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Dessa forma, exijo que [ u m pedido de desculpas/uma retração ou outro pedido]

seja realizado em até [número (por extenso)] dias, ou medidas judiciais cabíveis
serão adotadas.

Atenciosamente,

Reclamando
[Local e dato I sobre um artigo
publicado em
A [editor da revista]
revista.
[endereço completo]

Prezado senhor,

Escrevo-lhe para reclamar de [ u m artigo/reportagem/entrevistaI publicada em

[nome da publicação] em [ d a t a ] .

Esse lartigo/reportagem/entrevista] [descreva o conteúdo]. Sou inteiramente

contra Idescreva o que lhe deixou preocupado], [SE A P L I C Á V E L : eu acredito
que isso contradiz o ética iornalística I e gostaria que o fato fosse investigado.

SE A P L I C Á V E L :
Exijo que [ u m pedido de desculpas/uma retração ou outro pedido] seja realizado
em até Inúmero (por extenso)] dias.

Anexo cópia do artigo [ou quaisquer outras evidências, se relevantes].

Aguardo sua resposta.

Atenciosamente,
Agência Nacional de Águas (ANA)
SPO - Setor Policial, área 5, quadra 3,
blocos B, L e IA - Brasília - DF
CEP 70610-200
Tel.: (OXXól) 445-5400
E-mail: Impr^sgQgjiojQyJjr
Site: www.ona.gov.br
Agência Nacional de Desenvolvimento
da Amazônia (ADA)
Av. Almirante Barroso, 426 - Marco
Belém - PA -CEP 66090-900
Tel.: (0XX91) 210-5440
E-mail: gabinete@ada.gov.br
Site: www.oda.gov.br
Agência Nacional de Desenvolvimento
do Nordeste (Adene)
Pça. João Gonçalves de Souza, s/n,
;
13 andar - Iputinga - Recife - PE
CEP 50670-500
Tel.: (0XXB1) 2102-2108
E-mail: webmastereadene.Qov.br
Site: www.odene.gov.br
Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel)
SGAN quadra 603, módulo I, térreo - Asa
Norte - Brasília - DF - CEP 70830-030
Tel.: 0800-7272010
Site: www.aneel.3Qv.br
Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS)
Av. Augusto Severo, 84 - Gloria
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20021-040
Tel.: OB0O-7019Í56
Site: ww.v.ans.gov.br
Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatell
SAUS, quadra 06, blocos E e H
Brasília - DF - CEP 70070-940
Tel.: OB0O-332001
Site: www.ano1el.goy.br
Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq)
SAN, quadra 3. lote A, Ed. Núcleo dos
Transportes, V andar - Brasília - DF
CEP 70040-902
E-mail: webmaslerQontog.gov.br
Site: www.antag.gov.br
Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT)
Setor Bancário Norte (SBN), quadra 2,
bloco C - Brasília - DF - CEP 70040-020
Tel.: 0800-6'0300
E-mail: ouvidorigi&onrt.gov.br
Site: www.ontt.gov.br
Agência Nacional do Cinema (Ancine)
Sede: SAS, quodra 2, lote IA, 1» andar,
Ed. INPI/DRC - Brasília - DF
CEP 07070-020
Tel.: (0XX61) 2109-8926
Escritório central: Pça. Pio X, 54,
10 andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20091-040
Tel.: (0XX21) 2126-1339
Site: www.oncine.gov.br
Agência Nacional do Petróleo (ANP)
Av. Rio Bronco, 65/12» ao 22' andar
Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20090-004
Tel.: 0800-900267
Site: www.onp.90v.br
Associação Brasileira de Agências
de Viagem (Abav)
Av. São Luís, 165, 1" andar, conjunto 1B
Centro - São Paulo - SP - CE P 01046-001
Tel.: Í0XX11) 3231-3077
E-mail: faleconoscoeobov.com.br
Site: www.abqv.com.br
Associação Comercial de
São Paulo (ACSP)
Ruo Boa Vista, 51 - Centro - São Poolo
SP - CEP 01014-911
Tel.: (0XX11) 3244-3322
E-mail: infocem@acsp.com.br
Site: www.acsp.com.or
Associação Comercial do
Rio de Janeiro (ACRJ)
1
Rua da Candelária 9,12 andar - Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20091-020
Tel.: (0XX21) 2291-1229
E-mail: acri8acri.org.br
Site: wwA.acri.org.br
Banco Central do Brasil (Bacen)
Central de Atendimento: 0600-992345
Site: ww*.bcb.gov.br
São Paulo: Av. Paulista, 1.804 - Bela
Vista - Cx. Postal 894 - São Paulo - SP
CEP 01310-922
Tel.: (0XX11) 3491-6122
Rio de Janeiro: Av. Presidente Vargas,
730 - Centro - Cx. Postal 495 - Rio de
Janeiro - RJ - CEP 20071-900
Tel.: Í0XX21) 3805-5590
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
:
Rua Sete de Setembro, 111-2', 3 , 5-, 6'
a
!parte), 23', 26 ao 34» andares - Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20159-900
Tel.: (0XX21) 3233-8686
Site: www.cvm.gov.br
Comitê Executivo de
Comércio Eletrônica
Tel.: (0XX61) 329-7746
Site: h1tp://ce.mdic.gov.br
Comitê Gestor da Internet
no Brasil (CG)
E-mail: info@cg.org.br
Site: v/ww.cg.org.br
Conselho Estadual de Defesa do
Contribuinte (Codecon-SP)
Site: www.codecon.org.br
Conselho Estadual de Educação de São
Paulo (CEESP)
Casa Caetano de Campos - Praça dc
República, 53 - São Paulo - SP
CEP 01045-903
Tel.: (0XX11) 3255-2044
E-maii: ceesp@sa.gov.br
Site: www.ceesp.sp.gov.br
Conselho Estadual de Educação do Rio
de Janeiro ICEE-RJ)
Av. Erasmo Braga, 118, ÍCandor
Centro - Rio de Joneiro - RJ
CEP 20020-009
Tel.: (0XX21) 2533-7356
Site: www.cee.ri gov.br
Conselho Federal de
Contabilidade (CFC)
SAS, quadra 05, lote 03, bloco J, Edifício
CFC - Brasília - DF - CEP 70070-920
Tel.: (0XX61) 314-96C0
E-mail: cfcecfc.org.br
Site: www.cfc.org.br
Conselho Federal de Corretores
de Imóveis (Cofeci)
SDS Edifício Bcullevard Center, salas
201/210 - Brasília - DF - CEP 70391-900
Tel.: (0XX61) 321-2828
E-mail: cofeci@cofeci.gov.br
Site: www.cofeci gov.br
Conselho Federal de
Enfermagem (Cofen)
:
Rua da Glória, 190,12 ondar - Glória
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20241-180

Cjrselho Federal de Fonoaudiologia
(CFF)
SR~VS, quodra 701, Palácio do Rádio II,
sala 627 - Brasilio - DF - CEP 70340 902
Tel. (0XX61) -22-3332
E-mail: (onoefonoaudiologia.org.br
Site: www.fonoaudioloqin.orQ.br
Cjrselho Federal de Medicina (CFM)
SGAS, 915, lote 72 - Brasília - DF
3
CE 70390-150
Tel.: (0XX61) 445-5900
E-mail: cfmecfTi.org.br
Conselho Federal de Odontologia (CF0)
Setor SHC-AO-Sul-EA-02/08, torre A,
sela 207, lote 05, Cctogonal, Ed. Terroço
Shopping - Brasília - DF
CEP 70660-020
Tel : (0XX61) 234 9909
Site: www.cfo.org.br
Conselho Federal de Psicologia (CFP)
SRTVN, quedra 702, Ecificio Brasília
Rádio Center, 4» andar, coni. 4.024 A
Brasília - DF - CEP 70719 900
Tel : (0XX61) 429-0100
Enail: contato9pol.org.br
Site: www.POl.org.br
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Enail: cmnCtxb.qov.br
Ver site do Ministério da Fazenda:
ydyyjiflíendP.aov.br
Conselho Nacional de Auto-
Regulamentação Publicitário (Conar)
Av. Paulista, 2.073, Ed. Horsa II,
Ifr- andor, Coni. Nacional -Cerqueira
Césor - São Paulo - SP - CEP 01311-940
Tel.: (0XX11) 3284-8830
Site: www.conar.crg.br
Conselho Nacional de Secretários de
Educação (Consed)
SDS. CONIC, Ed. Boulevard Center,
bloco A, sala 501 - Brasilic - DF
CEP 70391-900
Tel.: (0XX61 ) 322-8759
Enail: comunicocoo@cnn5ed.org.br
Site: www.consedorg.br
Conselho Nacional dos Direitos do Idoso
ICMDI)
Espionado dos Ministérios, bloco T,
cnexo II, sala 209 - Brasilio - DF
CEF 70064-901
Tel.: (0XX61) 429-359B
E-moil: cndiemi.gov.br
Sito A'.V.'I mi.9 'v bi.< titii
KUO Kosa e suva, ou - mgienopons
São Paulo - SP - CEP 01230-909
Tel.: (OXXU) 3842-5433
E-mail: a teodimento@çícsp,org,br
Site: www.crcsp.o^s.br
Conselho Regional de Contabilidade
do Rio de Janeiro (CRC-RJ)
Praça Pio X, 78, tf, 8' e 10» andares
Rio de Joneiro - RJ - CEP 2009'-040
Tel.: (0XX21) 2216-9595
E-mail: crcri8crcri.org.br
Site: www.crc.org.br
Conselho Regional de Corretores de
Imóveis dc 2" Região (Creci-SP)
Ruo Pamplona, 1.200, térreo - Jardins
São Paulo - SP - CEP 01405-001
Tel.: (OXXU) 38B6-4936
Site: www.creci.org.br
Conselho Regional de Corretores de
Imóveis dc I" Região (Creci-RJ)
Av. Presidente Vargas, 417, 20" endar
Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20071 003
Tel.: (0XX2I) 2509-6242
E-mail: info@creci-ri.org.br
Site: www.creci-ri.org.br
Conselho Regional de Enfermagem
de São Paulo (Coren-SP)
Rua Dona Veridiana, 298 - Santa Cecília
São Paulo - SP - CEP 01238-010
Tel.: (OXXU) 3225-6J30
E-mail: dPdiecorensp.crg.br
Site: ww.vcorensp.org.br
Conselho Regional de Enfermagem do
Rio de Janeiro (Coren-RJ)
:
Av. Presidente Vargas, 502. 4', 5' e 9
andares - Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20071 CO)
E-mail: CBd@coren-ri.org br
Site: wwwcoren-ri.cg.br
Conselho Regional de Fonoaudiologia do
Rio de Janeiro (CRFAll
Rua Alcinco Guanabara, 25. 10° andar
Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20031-130
Tel.: (0XX21) 2533-2916
E-mail: crfoiecrfol.org.br
Site: www.erfe).org.br
Conselho Regional de Fonoaudiologia de
São Paulo (CRFA2)
Rua Dona õermaine Burchard, 331
Água Branca - São Paulo - SP
CEP 050C2C61
Tct.: m x x n " tgnvts
Conselho Regional de Odontologia
do Estado de São Paulo (Crosp)
Av. Paulista, 68B, térreo - Bela Vista
São PouIo - SP - CEP 01310-909
Tel.: (OXXU) 3549-550}
E-mail: fiscalizacao0crosp.orp.br
Site: www.çrosp.prs^pr
Conselho Regional de Odontologia
do Rio de Janeiro (CRO-RJ)
:
Rua Arauio Porto Alegre, 70, 5 andar
Castelo - Rio de Jareiro - RJ
CEP 20030-010
Tel.: (0XX21) 2533-7173
E-mail: alvara@cro-ri.org.br
Site: y/ww.cro-ri.ors.or
Conselho Regional de Psicologia -
5- Região (CRP-RJ)
Rua Delgado de Carvalho, 53 - Tiiuca
Rio de Joneiro - RJ - CEP 20260-2B0
Tel.: (0XX21) 2234-1022
E-mail: crpri@crpri.o'g.br
Site: w.yw.crpri.orB br
Conselho Regional de Psicologia -
;
6 Região (CRP-SPI
Rua Arruda Alvim, 8Í - Jardim América
São Paulo - SP - CEP 05410-020
Tel.: (OXXU) 3061-5494
E-mail: info@crP5P.org.br
Site: www.crpsp.ora.br
Conselhos Regionais de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Crea)
Site: www.creo.orgJjr
(Ao entrar na página selecione o Crea
de sua região)
Conselhos Regionais de Medicina (CRM)
Síres: www.cremesp.com. br
www.cremeri.com.br
Correios
Tel.: 0300-570 0100
5ífe: www.correios.icm.br
Defesa Civil
Rio de Janeiro: Conando Geral
Praça da República
Tel.: (0XX2I) 3399-430
Site: www.bombeiros ri.oov.br
São Paulo: Palácio dos Bandeirantes
Av. Morumbi, 4.500, sola T-79 - Morumbi
São Paulo - SP - CEP 05693-900
Tel.: (OXXU) 3745-3333
E-mail: defesacivilgdefesacivil.sp.gov.br
Cff^. ««»w«,HAfpcnrivil : n onv hr

1
Rua Major Ruüens Vai, 170 - 3 unúar
Gávea - Rio de Janeiro - RJ
CEP 21470-070
Tel.: (0XX21; 3399-7031
Delegacia Regional do Trabalho
de São Paulo (DRT-SP)
Rua Martins Fontes, 109 - Centro
São Paulo - SP - CEP 01050-000
Tel.: (OXXU) 3150-8106
Delegacia Regional do Trabalho
do Rio de Janeiro (DRT-RJ)
Av. Presidente Antônio Carlos, 251,
Térreo, 10», 12* e 14' andares - Castelo
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20020-010
Tel.: (0XX21) 2220-5018
Departamento de Informática
do SUS (Dotasus)
Site: www.dctasus.gov.br
Departamento de Polícia
Federal (DPF)
SAS, quadra 6, lotes 9 e 10, Ed.
Sede'DPF - Brasília - DF
CEP 70037-900
Tel.: (0XX61) 223-2302
Email: dcs@dPf.gov.br
Site: www.dPf.gov.br
Departamento Estadual de Trânsito
de São Paulo (Detran-SP)
Av. Pedro Álvares Cobrai, 1.301
Ibirapuero - São Paulo - SP
CEP 04094-901
Site: www.detran.sp.gov.br
Departamento Estadual de Trânsito
do Rio de Janeiro (Detran-RJ)
Av. Presidente Vargas, BI 7, 5° andar
Presidência - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20071-004
Tel.: (0XX21) 3460-4040
Site: www.detran.ri.gov.br
Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran)
Esplanada dos Ministérios, bloco T,
anexo II, 5" andar - Brasília - DF
CEP 70064-901
Site: www.denatran.gov.br
Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe)
Av. Corifeu de Azevedo Marques, 5.677
Vila São Francisco - São Paulo - SP
CEP 05339-C05
Tel.: (0XX1D 3767 1700
Site: www.lipe.com.br
Fundo de População das
Nações Unidos I I I W P P Q nmcin
E-mail: denuncia@brasilan1ispam.org
ou Info@bra5ilanli5pom.or9
Site: www.brasilanti5Pam.org
Instituto Brasileiro de Política e Direito
do Consumidor (Brasilcan)
Rua Borra Funda, 930, P andar, sala 115
São Paulo - SP - CEP 01152-000
Tel.: (0XX11) 3664 7482
E-mail: brosilcon@uol.com.Or
Site: www.brosilcon.or9.br
Instituto Brasileiro de Turismo
(Embratur)
SCN, quadra 2, bloco G - Brasília - DF
CEP 70712-907
Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama)
SCEN, trecho 2, Ed. Sede, Cx. Postal
09870 - Brasília - DF - CEP 70818-900
Linha Verde: 0800-618080
E-mai7: linhoverde.sede@iboma.gov.br
Site: www.ibama.gov.br
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo (IPT)
Av. Prof. Almeida Prado, 532
Cidade Universitária - São Paulo - SP
CEP 05508-901
Tel.: (OXXU) 3767-4126
E-mail: sac@ipt.br
Site: www.ipt.br
Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep)
Esplanada dos Ministérios, bloco L,
anexas I e II, 4" andar - Brasília - DF
CEP 70047-900
Tel.: (0XX61) 2104-9070
Site: www.inep.gov.br
Juizado Especial Cível Central (SP)
Rua Vergueiro, 835/843 - Centro
São Paulo - SP - CEP 01504 001
Tel.: (0XX11) 3207-4010
I Juizado Especial Cível (RJ)
Av. Erasmo Broga, 115, lo andar
Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20020-903
Tel.: (0XX21) 258B-2000
E-mail: capo01ieciv@ti.ri.9ov.br
Ministério da Educação
e Cultura (MEC)
Esplanada dos Ministérics, bloco L, Ed.
Çf.Hp f Anpvn-; - Rrnc.ítin - PF
Tel.: (0XX611 2104-B484
Site: www.mec.gov.br
Ministério da Justiço: Departamento
de Proteção e Defesa do Consumidor
(DPDC)
Esplanada dos Ministérios, bloco T,
Ed. Sede, sala 520 - Brasília - DF
CEP 70064-900
Tel.: (0XX61) 429-3942
Email: dpdc@mi.90v.br
Site: Awv/.mi.gov.br/dPdc
Ministério da Saúde
Disque Scúde: 0800-611997
Site: wv.v,.saude.gov.br
Ministério das Relações Exteriores
(MRE1
Palácio Itamaratv - Esplanada dos
Ministérios, bloco H - Brasília - DF
CEP 70170-900
E-mail: da@mre.qov.br
Site: www.mre.gov.br
Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão
Esplanada dos Ministérios, bloco K
Brasília - DF - CEP 70040-906
Tel.: :0XX61) 429 4343
Site: www.ploneiamento.gov.br
Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE)
Esplanodo dos Ministérios, bloco F
Brasília - DF - CEP 70059-900
Tel.: (0XX61) 317-6000
Site: wwvy,mle.gov.br
Ministério Público Federal -
Procuradoria Geral da República
SAF Sul. quadra 4, coni. C - Brasilio
DF - CEP 70050-900
Tel.: (OXXél) 3031-5100
Site: www.pgr.mpf.HCv.br
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
SAS, quodro 5, lote 1, bloco AP, Edifício
Sete - Brasília - DF - CEP 70070-939
Tel.: (0XXÓ1) 316-9600
Site: wwvvoab.org.br
Policia Civil
Rio de Janeiro:
E-mail:
chefederoiicia@TOliciacivil.ri.qov.br
Site: www, policiocivil.ri.gov.br
São Pajlo:
Site: www,policia-civ,sp.gov.br
Policia
P"n IHP Militar
Innplm- CYmnnrln dprn] Hn P M
t mau: a;uitiJoin.;uiriiniw.i •
Site: www.policiomilitgr.ri.gov.br
São Paulo:
Tel.: (OXXU! 197
Email: webmaster@POlmil.sp.gov.br
Site: www.polmil.sp.gov.br
Portal do Consumidor
Site: wwvv.portaldoconsumidor.gov.br
Previdência Social
Esplanada dos Ministérios, bloco F
Brasília - DF - CEP 70059-900
Central de cartas: Cx. Postal 09714
Brasília - DF - CEP 70040-976
Prevfone: 0800-780191
Email: cHjvidoriaOprevidencia.gov.br
Site: www.previdenciasocial.gov.br
Programe de Defesa do Consumidor
do Cidade de São Paulo (Procon-SP)
Rua Barra Funda, 930, sala 412
São Paulo - SP - CEP 01152-000
Tel.: (OXXU) 151
Site: yyww.procon.sp.gov.br
Programa de Defesa do Consumidor da
Cidade do Rio de Janeiro (Procon-RJ)
Rua do Ouvidor, 54, loia - Centro - Rio
de Janeiro - RJ - CEP 2004M30
Tel.: (0XX21) 1512
Site: www.consumidor.ri.9ov.br
Receita Federal
Receitafone: 0300-780300
Site: www receito.fazendo.gov.br
Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC)
Rua Beira Rio, 45. 3° andar - Vila
Olímpia - São Paulo - SP - CEP 04548-050
Tel.: (OXXU) 3849-6438
Email: funcor@cardiol.br
Site: www.cardiol.br
Superintendência de Seguros
Privados (Susep)
Rua Buenos Aires, 256 - Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20061-000
Tel.: (0XX21I 3806-9800
Disque Susep: 0800-218484
Email: gerep@susep.gov.br
Site: wyyw.susep.qov.br
Superior Tribunal Militar (STM)
Setor de Autarquias Sul - Praça dos
Tribunais Superiores - Brasília - DF
CEP 70098-900
Tel.: (0XX61) 313-9292
Site: «vwwstm.gov.pr
Brasília - DF - CEP 70095-900
Tel.: (0XX61) 319-8000
E-mail: webmaster@sti.gov.br
Site: www.sti.gov.br
Supremo Tribunal Federal (STF)
Praça dos Três Poderes - Brasília - DF
CEP 70175-900
Tel.: (0XX61) 217-3000
E-mail: webmosler@stf.gov.br
S;7e: www.stf.gov.br
Touring Club do Brasil
Rua Araúio Porto Alegre, 71, 8" andar
Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP 20030-010
Tel.: (0XX21) 3824-6700
Site: www.tourin9.com.br
I Tribunal de Alçada Civil de São Paulo
Pátio do Colégio, 73 - Centro
São Paulo - SP - CEP 01016-040
Tel.: (OXXU) 3292-4900
Tribunal de Contas da União (TCU)
Consultoria jurídica:
Setor de Administração Federal Sul,
quadra 4, lote 1, anexo II, sala 324
Brasília - DF - CEP 70042-900
Tel.: (0XX61) 316-7623
E-mail: coniur@tcu.gov.br
Site: www.tcu.gov.br
Tribunal de Justiça (TJ-RJ)
Av. Erasmo Braga, 115 - Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20020-903
Tel.: (0XX21) 2588-2000
Disque Justiça: (0XX21) 2533-7495
E-mail: iurisprudencia@ti.ri.qov.br
Site: www.ti.ri.gov.br
Tribunal de Justiça (TJ-SP)
Pça. da Sé, s/n - São Paulo - SP
CEP 01018-010
Tel.: (OXXU) 232-9366
Site: www.ti.sp.90V.br
Tribunal Regional do Trabalho da 1"
Região (TRT-Rio)
Rua Augusto Severo, 84 - Glória
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20021-040
Tel.: I0XX21) 2212-9339
E-mail: trl@trtrio.gov.br
Sife: www.trtrio.gov.br
Tribunal Regional do Trabalho da 2"
Região (TRT-SP)
Rua da Consolação, 1.272 - Centro
São Paulo - SP - CEP 01302-906
Tel.: (OXXU) 3255-4111
Disque Processo: (OXXU) 3214-4141
Site: www.rrr02.90v.br
Rua Francisco Miquelina, 123
Bela Vista - Cx. Postal 2535
São Paulo - SP - CEP 01316-900
Tel.: (OXXU) 3242-1588
Central de Atendimento ao Eleitor:
(OXXU) 3277-1033
Site: www.tre-5P.90v.br
Tribunal Regional Eleitoral do
Ria de Janeiro (TRE-RJ)
Av. Presidente Wilson, 198/194- Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20030-021
Tel.: (0XX21) 3861-3141
Site: www.tre-ri.9ov.br
Tribunal Regional Federal da 2' Região
(TRF: RJ e ES)
Rua Acre, 80 - Centro
Rio de Janeiro - RJ - CEP 200B1-000
Tel.: (0XX21! 2276-8000
E-mail: sg@trf2.gov.br
S/7e: www.trf2.gov.br
Tribunal Regional Federal da 3" Região
(TRF: SP e MS)
Av. Paulista, 1.842 (Torre Sull
Cerqueira César - São Poulo - SP
CEP 01310-923
Tel.: (OXXU) 3012-1000
E-mail: webmaster@trf3.gov.br
S/7e: www.trf3.gov.br
Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Praça dos Tribunois Superiores, bloco D
Brasília - DF - CEP 70097-900
Tel.: (0XX61) 314-4300
Disque Justiça: (0XX61) 323-3001
E-mail: iudicioria@tst.gov.br
Site: www.tst.gov.br
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Praça dos Tribunais Superiores, bloco C
Brasília - DF - CEP 70096-900
Tel.: (0XX61) 316-3000
E-mail: webrpçster@f5e.gçy.J)r
5/7e: www.tse.90v.br
União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime)
SCS, quadra 6, bloco A, Ed. Carioca,
salas 611 e 613 - Brasília - DF
CE P 70306-000
Tel.: (0XX61) 3037-7888
E-mail: undimenocional@undime.or9.br
Site: wwwu11dimc.or9.or

A conta,159
Aborto, impedimento, 27C
Abuso, crianças
casti9as, 274
sexual, 275
Ação
de responsabilidade civil, 254-255
iudicial, 14
contras. 15
contratação de advogados, 16
danos causados por negligência,
imprudência ou rmperícia, 15
inadimplemento conlratual, 15
o que buscar na iustiça, 14
prós, 15
Aceitação de um produto, 34
Acidentes, 250-267
ação de responsabilidade
civil, 254-255
animais, 260
automobilístico, 261, 264, 266, 267
aviso do fabricante de
brinquedos, 250
carteiro atacado por cachorro, 265
causas que excluem a
responsabilidade por dano
causado a terceiros, 257
dentro do seu imóvel, 262
eletrodomésticos, 252
esforço repetitivo, 257
honorários por êxito, 250, 251
local de trabalho, 263, 264
loias, responsabilidades, 253
ônibus, 260
queda de carrossel, 259
serviços malfeitos, 256
via pública, 253
Aconselhamento, 10
Acordos, 18
ADA, ver Agência Nacional de
Desenvolvimento da Amazônia
ADENE, ver Agência Nacional
de Desenvolvimento
do Nordeste
Adoção, 273
descoberto dos pais, 271
estrangeiros, 271
recusa, 272
Adolescentes
capacidade do menor, 277
contraceptivos, 119
drogas em festas, 276
portando maconha, 276
Advogado! s)
conflitos de interesses, 162
divórcios, 278
honorários, 163
por êxito, 250, 251
mau desempenho, 161
maus serviços, 160
mudança, 161
negligência, 162
reclamação de serviços, 160
trabalho delegado a estagiário, 162
Agência Nacional
Águas (ANA), 3, 386
Cinema (Ancine), 8, 386
Desenvolvimento da
Amazônia (ADA), 8, 386
Desenvolvimento do
Nordeste (Adene), 8, 386
Energia Elétrica (Aneel), 8, 68, 386
Petróleo, 8, 386
Saúde Suplementar (ANS), 8, 386
Telecomunicações (Anatel),
8, 24, 386
Transporte Aquaviário (Antaql,
8, 386
Transportes Terrestres
(ANTT), 8, 386
Água
alagamento na propiedade, 198
interrupção no fornecimento, 72
vozamento, 73
Alarme de carro, 165
Alimentos, alergia, 84
Alta hospitalar, 123
Aluguel
carro, 100
equipamento, 61
imóveis
cobrança indevida, 181
reajuste, 179
relação de bens, 188
ANA, ver Agência Nacional
de águas
Anatel, ver Agência Nacional
de Telecomunicações
Ancine, ver Agência
Nacional do Cinema
Aneel, ver Agência Nacional
de Energia Elétrica
Animais, acidente de carro, 260
ANP, ver Agência Nacional
do Petróleo
ANS, ver Agência Nacional
de Saúde Suplementar
Antaq, ver Agência Nacional
de Transporte Aquaviário
Antena parabólica, instalação, 173
Antes de reclamar, 9
ANTT, ver Agência Nacional
de Transportes Terrest-es
Aparelhos (cornai, autorização
paro desligor, 124
Aposentadoria, 249
Árvores
cortes, 168
donos em veículos, 230
Assédio sexual no trabalho, 239
Assentos reservados, 99
Associação
comerciais, 11
defesa do consumidor, 1
especializadas ou profissionais, 13
pois e mestres, 296
Autodefesa, 261
Autônomos, 237
Autor (reclamante), 21
Auxíiio-doença, 245
B
Babá menor de idade, 274
Bafômetro, tesle, 223
Bagagem
desaparecida em ônibus, 107
extraviado, 98
nõo embarcada, 104
Banco(s)
cartão engolido no caixa
automático, 138
Central do Brasil, 8
cheque
desconto antes da morte
do eminente, 326
foriado, 138
código do consumidor, 135
conta conjunto, 137
débito automático, 136, 142
erro em débito, 136
operação com a Internet, 145
privacidade de dados, 315
retirada fantasma, 137
salário atrasado, 135
saque com cartão roubado, 139
talão roubado, 138
tarifas, 134
Barulho residencial, 164, 165, 174
Bens. 22-51
conserto, nota fiscal, 28
crediário em loja de
departamentos, 37
defeito num produto, 22, 29
reclamações por perdas
provocadas pelo produto, 46
depósito de compra em
favor de uma loia folida. 37
 parceluüas, £>
devolução de um produto, 31, 32 defeilos, 219 cancelamento, 268
divisão, 279, 280 devolução, 210, 212 filhos fora do casamento, 272
financiados, venda, 26 DPVAT - seguro obrigatório, 233 local, 268
financimento de um trailer, 201 entrega, demora. 210 válido, 269
garantias, 34, 36 estacionamento Casas, ver Residências
prazo de entrega de produtos, 26 mercado, furto, 227 Certidão de compra do
preço proibido, 224, 225 imóvel, perda, 206
anunciado, 22 rotativo, 226 Cesariana, 116
promoção, 38 shopping, batida, 227 opção, 117
presente, troca ou reembolso, 27 exclusão do apólice, 158 Cheque
produto diferente da amostra, 31 habilitação, perda, 223
descontado antes da
propaganda enganosa, 24 idoso que dirige, 294
morte do eminente, 326
recibo de entrega, 35 lava iato, arranhão, 231
foriado, 138
reembolso, 36 multas
Cinema
•roca do produto, 23, 30 apelação, 224
acesso para deficientes, 78
Blitz, 221, 222, 320 celular, uso, 224
ar-condicionada com defeito, 80
BRASILCON, 24 deficiente fisico, 228
compras antecipadas
dia proibido pela política
de ingresso, 81
de revezamento, 228
c
Cabeleireiro, 65
dirigir alcoolizado, 223
excesso de velocidade, 219, 220
problema na projeção, 81
Cirurgia, rejeição pelo
novo, 211 plano de saúde, 130
Cachorros, 166
arranhado, 210 Clareza dos objetivos, 7
contrato de locação, 180
placa coída, 221 Cláusula de inalienabiliaade
lei, 167
propaganda enganosa, 217 de imóvel hipotecado, 199
Calçada, estacionamento, 170
proteção para compradores Clonagem de cartão de crédito, 140
Calças que encolhem
e prop'ietários, 212 Cobradores, 144
na lavagem, 33
quilometragem alterada, 216 Cocaína, 278
Calma, 7
rebocado, 225 Código de Defesa do
Câmera, circuito interno, 321, 325
roubado, 215, 233 Consumidor bancário, 135
Cancelamento
seguradoras, 158, 232, 233 Cofeci, ver Conselho Federal
depósito em agência de viagem, 90
taxa de Corretores de Imóveis
serviço de reforma, 55
importação, 211 Comissão de Valores
show, 78
pelo seguro, 231 Mobiliários (CVM), 8, 386
viagem, 87
teste do bafômetro, 222, 223 Compras
Carro(s), 210-233
venda, precauções, 219 a prazo, 36
acidentes
viagem, 221 direitos de quem compra, 147
animais, 260 Carta
motorista bêbado, 266 imóveis, ver Residências,
atrasada, preiuízos, 77 compra e venda
pedestres, 264
modelos, 336-385 produtos, 22-51
trânsito, 261, 267 reclamação, 12
alarme que dispara aconselhamento em
referência, 314
constontemente, 165 caso de dano, 42
Cartão
aluguel, 100 adequados para o devido f i m , 30
banco engolido no
atraso com a financeira, 213 calças que encolhem
caixa eletrônico, 138
aumento de preça na entrega, 210 na lavagem, 33
crédito, 36
blitz, 221, 222 comprador pode nãc
clonagem, 140
carteira nacional de ser o destinatário final, 26
contas do marido, 142
habilitação, 213 crediário em loia de
dívidas do filho, 142
comprador que não paga, 218 fraudes, proteção, 141 departamentos, 37
condições de uso duvidosas, 217 iuros, 140 cumprir aquilo que foi prometido
consertos, 215 limite de crédito, 141 ou oferecido pelo vendedor, 23
cobrança indevida não solicitado, 27 danos causados pelo uso
pela concessionária, 230 prevenção de fraudes, 141 ou por defeito, 48
contestamento do valor, 228 reembolso de despesa, 141 defeitos, 22, 29
freios, 214 roubado, saque, 139 depósito feito em favor
malfeito, 229 senha e os chips, 141 de uma loia falida, 37
pneu, 231 doador de órgãos, 123 desistência por
verificação, 232 Carteiro nacional de habilitação, 213 problemas particulares, 25
contrata cie arrendamento perda, 223 dcvoluçSo, 3?
 cirerenit^ ÜU uinubiiu
apresentada. 31
direitos como consumidor, 29
documentos de garantia e
prazos legais para reclamar, 32
em casa, 44
engano, 31
espera por pedidos
feitas por correio, 43
etiquetados erradamente, 49
garantia expirada, 36
leiloados, 41
mercado informal, 40
nota fiscal na hora de
solicitar conserto, 28
opções de garantia,
verificação, 34
pedido de reembolso
por reparo necessário, 36
prazo
entrega, 26
troca, 32
preço, 22
presentes, troco ou reembolso, 27
promoções, 25, 38
propaganda enganosa, 24
que causam danos á saúde, 42
recibo de entrega, 35
reclamações, 24, 45, 46
segunda mão, 41
sem solicitação, 27
software que funciona
em outros computadores, 28
fempo-limite para pedir o
conserto, o troca ou
o reembolso, 47
vendo de porta em porta, 39
serviços, 52-77
avaliação do custo, 57
cabeleireiro, 65
cancelamento
linha de celular, 76
serviço atrasado, 55
carta atrasada, preiuízo, 77
contestando a fatura mensal, 59
contrato, 57, 66
cortes de energia, 67, 70
danos causados por
prestador de serviço, 59
eletricista, 54
equipamento alugado
mas sem defeito, 61
escolha do profissional certo, 56
estimativa de preço e
orçamento, 52
filme extraviado na revelação, 65
fornecedor não manda a
conta, 68
fornecimento de água
interrompido, 72
garantia inútil, 60
indenuações para itens
frágeis, 77
inspeção do serviço, 54
instalador de gás não aparece, 71
lavanderia, roupas
danificadas, 64
linha telefônica, 74
marceneiro, 52
pecos substituídas
sem aprovação, 58
preço
alto para conserto, 62
diferente do anunciado, 60
sapateiro, 63
serviço de imunização
não funciona, 71
subempreitada, 53
vazamento, 73
Computadores
cuidados no armazenamento
de dados, 315
informação instalada, 313
Internet no escritório, 312
segurança no acesso de
crianças à Internet, 314
SPAMS, 313, 388
usuários, 245, 257
Conar, ver Conselho Nacional de
Auto-Regulamentação Publicitária
Condomínios
atraso das prestações, 175, 176
Conexão, reembolso por perda, 95
Conselho
Federal de Corretores de
Imóveis (Cofeci), 8, 386
Nacional de Auto-Regulamentação
Publicitário (Conar), 9, 24, 387
Regional de Corretores de
Imóveis (Creci), 8, 204, 387
Regional de Engenharia e
Arquitetura (Crea), 9, 387
Regional de Medicina
(CRM), 9, 110, 387
Consertos
acidente por serviços
malfeitos, 256
carro
freios, 214
usado, 215
imóveis, 72, 181, 186
preço alto, 62
Consórcios, prazo, 146
Construtora, falência, 206
Consultores, 317
Consumação mínima, 85
Consumidor, direitos, 29
Conta bancária
conjunta, fim, 137
débito automático, 136
erro em débto, 136
retirada fantasma, 137
Contador(es)
erros, 152
negligente, 153
Contestação, 21
Contraceptivos pora
adolescentes, 119
Contrato
aceitação, 57
adesão, 66
arrendamento mercantil, 203, 214
cláusjlas ebusivas e iniustas, 75
locação, 179
cláusula iniusta, 183
interferência, 187
reavendo imóvel, 184
término, 1B3
trabalho, 234, 237
venda de imóveis, 207
Converção de Varsóvia/Código
de Defesa do Consumidor, 103
Corpo docente, 304
Corregedorias de Policia Civil ou
Militcr, Federal ou Estadual, 9
Carreies
espera dos pedidos, 43
indenizações para itens frágeis, 77
preiuízo por carta atrasada, 77
Corretoras
Conselho Regional de
Corretores, 8, 204, 387
dúvidas quanto á orientação, 203
exclusividade. 202, 203
incompetência, 150
Corte de energia, 67, 70
Crea, ver Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura
Creches, 274, 302
Creci, ver Conselho Regional
de Corretores de Imóveis
Crédito
cartão, 36
loia de departamento, 36, 37, 50
Credor, 21
Cremação, 295
Crianças
abuso sexual, 275
adoção, 271, 273
castigos e abusos, 274
comportamento perigoso, 165
entrevista sem permissão, 322
filhos fora do casamento, 272
registros médicos, 112
reserva de avião, 103
responsabilidades dos pais, 275
separação (custódia), 280
obandono da família, 286
direitos dos avós, 282
mudança. 287
 oraens ,ua ; .. zaa
aluguel, 182 escolas, tipos, 297
pai, 281
proibição de veros filhos, 282 devolução, 185 especial, 308
redução da pensão, 2B7 favor de uma loia falida, 37 Exame Nacional de
saída de casa com a mãe, 284 Descanso da trabalho, 239 Ensino Médio (Enem), 307
sustento, 286 Descontos salariais, 234 física, 298
trabalho de menores, 274 Desistência de produtos por jovens e adultos, 302
tratomento médico, decisão, 119 problemas particulares, 25 língua estrangeira, 299
vacinação, recusa, 118 Despeio matrículas, 296
CRM, ver Conselho Regional ação, 184, 187 mensalidade, 306, 307
de Medicina ilegal, 184 Parâmetros Curriculares
Cumprimento de promessas motivo, 188 Nacionais (PCNs), 299
ou ofertas, 23 Determinações iudiciais, 16 população rural, 300
Currículo Devedor, 21 programa Brasil alfabetizado, 303
declarações falsas, 235 Devolução, combinação recuperação escolar, 302
escolar, 298 com a loia, 32 religiosa, 301
Custo, avaliação, 57 Dieta para diabéticos em sexual, 301
CVM, ver Comissão de Valores viagem aérea, 102 taxas de serviços, 306
Mobiliários, 8 Direitos transferência escolar, 303
consumidor, 29 transporte público, 299
reclamar, 29 vagas nas universidades, 305
D Dirigir no exterior, 101 violência nas escolas, 309
Discriminação, 13 Eletricistas, 54
Danos, 21 trabalhadores, 240, 241 Eletrodomésticos, acidentes, 252
a terceiros, Dívidas Empregados domésticos
causas que excleum o
após a morte, 331 contrato desfeito, 275
responsabilidade, 257
casamento, 277 direitos, 238, 245
por negligência,
negociações, 36, 151 Empréstimo
imprudência ou imperícia Doação, 326, 327 cobradores, 144
de alguém, 15
Doador de árgãos, 123 concessão, 143
definição, 255
Documento insolvência pessoal, 145, 146
esforço repetitivo, 257
garantia, 32 recusado, 143
passageiro de ônibus, 260
identidade, 317 Endereços úteis, 386-389
queda de carrossel, 259
Doenços preexistentes, 128 Energia
saúde por produtos, 42
Débito em conto corrente, 136 Dolo, 21 corte por não-pagamento, 70
Decon, 3B8 DPVAT-seguro obrigatório, 233 custo de cortes, 67
Drogas, 276 fatura mensal, conteslando, 69
Defeilos nos produtos, 22
cocaína, 278 fornecedor não manda conta, 68
difícil verificação, 29
trocas ou reembolso, ecstasy, 278 Enfermeiros
23, 28, 29, 33, 35, 36, 41, 46, 47, 49 escolas, 311 cuidados com idosos, 290-291
Deficientes físicos haxixe. 278 fiscalização, 111
acesso heroína, 278 Engano na compra, 31
cinema, 78 LSD, 278 Ensino
cruzeiro, problemas maconha, 278 fundamental, 302
com a cabine, 90 médio, 302
locais obrigados a oferecer Entretenimento, 78-86
acesso, 78 E acesso para deficientes, 78
adequações no trabalho, 241 cancelamento de show, 78
multas de carro, 228 Ecstasy, 278 cinema, 80, 81
Delegacias de proteção ao Educação, 296-311 descontos, 79
consumidor, 11 acesso aos livros, 307 ingressos pelo dobro, 80
Dentistas alunos iogo interrompido, 79
cobrança por serviços, 127 inad mplentes, 306 restaurante, 81-86
dentadura mal colocada, 126 superdotados, 304 Entrevistas, 322
emergência, 127 ameaças entre alunos, 309 Equipamento alugado
fiscalização, 111 associação de pais e mestres, 296 sem defeito, 61
luvos, uso, 128 ausências escolares, 308 Escolas
SUS. 126 corpo docente, 304 particulares, 297
trabalho desnecessário. 127 currículo nacional. 298 Públicas, 297

trSTtrçc repemivu, uunub, ÍII
Espera por pedidos feitos Herança, 326-335
por correio, 43 desconto de cheque, 326
Estatuto direito do companheiro, 333
idoso, 293, 294 dividas deixadas, 331
legais, 21 doação, 326, 327
Esterilização que não funciona, 117 quem pode herdar, 334
Estimativa do preço de teslamenteiro
um serviço, 52 contestar os atos, 332
Estresse, trabalho, 245 obrigações, 329
Exame prestações de contas, 330
DNA, 271 recusa do encargo, 328
Nacional de Ensino salário, 328
Médio (Enem), 307 testamento, 331
cerrado, 331
detalhamento, 335
F filhos fora do casamento, 333
limitações, 331
Fabricantes de brinquedos, 250 particular, 331
Fachada de edifícios, 202 perdido, 326
Falência de empresas, 248, 249 pouco dinheiro para
Falsificação de documentos, 317 pagar os legados, 331
Fatura mensal, contestação, 69
público, 331
Férias para trabalhadores, 236, 239
testemunhas, 327, 328
Fertilização em hospital público, 120
validade, 331
Filme extraviado na revelação, 65
Heroína, 278
Finacimento para compra de
Hipoteca, 21, 198, 199
imóveis, 199
HIV, teste, 124
negado, direito de informação, 325
Honorários por êxito, 250, 251
Fiscais e órgãos reguladores, 8
Horas extras, 239
Fiscalização dos atividades
Hospital
de saúde, 111
alta, 123
Fofocas, 316
psiquiátrico, 121, 122
Fonoaudiólogos, fiscalização, 111
público, fertilização, 120
Fornecedor não manda conta, 68
Hotel
Franquias nos vôos, 97
aviso negando
Funeral, 294
responsabilidades, 87
construção, 94
G prospecto enganador, 95
reserva, B7
Gabarito, violação, 197
Garagem
compra de imóveis, 201 I
roubos, 171
vagas, 171, 176 Identidade, documento, 317
Garantia Idosos
expirada, 36 cuidados, 292
inútil, 60 direito de permanecer
opções, 34 em casa, 289
Gás, instalador não aparece, 71 estatuto, 293, 294
Gravidez, empregados habilitação, 294
estabilidade, 242, 243 mal de Alzheimer, 290
licença-paternidade, 244 maus tratos, 291
salário-maternidade, 243 previdências, 289
serviço de enfermagem, 290, 291
Imóveis, ver Residências
H Imposto de Renda sobre
venda de imóveis, 204
Habite-se, 192 Imprudência, 16
IIIIUIIIIU^UU, O d V I ^ U IIVÍV,
funcioro, 71
Inadimp emento contratual, 15
Infecção alimentar, 86
Ingressos pelo dobro no teatro, 80
Inseminaçõo artificial
doador, 270
troca de esperma, 269
Insolvência pessoal, 144, 146
Inspeçãc de serviço, 54
Instalador de gás não aparece, 71
Internet
compro segura, 44
escritório para fins
particulares, 312
operação bancária, 145
reserva de vôo, 99
segurança no acesso
de crianças, 314
Interrupção no fornecimento
de água, 72
Intimaçco, 21
Invasão -esidencial, 173
Investimentos
corretora incompetente, 150
maus conselhos, 147
profissionais, 149, 152
proteçco, 148,150
IPTU, venda do imóvel, 195
J
Jogo interrompido, 79
Jornada de trabalho, 239
Juizados Especiais, 17, 20
Justiça
especializada, 17
gratuita, 13
do trabalho, 247
L
Lavanderia, roupas danificadas, 64
Legítima defesa, 261
Leilão, 41, 42, 198, 201
Licença
assuntos de família, 244
paternidade, 244
Limite de crédito, 141
Limites de propriedade, 169, 170, 195
Língua estrangeira nas escolas, 299
Linha telefônica/celular
cancelamento, 76
defeitos, 74
demora da instalação, 74
Livros escolares, acesso, 307
Locador 3 locatários, 178-189
busca de um bom locatário, 187
 UüUMlUi U M i l r u l U O . HLIJ^lü,
cobrança indevida, 181
consertos no imóvel, 181, 186
contrato de locoção, 179
danos feito por ex-locatário, 187
depósito como garantia, 182
despeio, 184, 187, 188
devolução da caução, 185
direitos e deveres, 177, 189
entrega das chaves antes
do término do contrato, 188
imóvel inadequado, 183
inadimplência, 180
interferência no contrato, 187
ligações telefônicas, 188
morte do locatário, 178
mudança com cachorro, 180
prevenção de uma
garantia ineficaz, 185
reaiuste de aluguel, 179
reavendo imóvel, 184
relação de bens, 188
sublocoção de quarto, 186
término do contrato
de locação, 183
venda de imóvel, 178
Locatário, ver Locador e locatário
Loias, acidentes, 253
LSD, 278
tm uumcnru, JVO
férias, 307
planos de saúde, aumento, 128
Parâmetros Curriculares
Mercado informal, 40
Nacionais (PCNs), 299
Ministério
Parto
Educação e Cultura (MEC), 9, 338
cesariana, 116
Público, 9, 338
defeitos no nascimento, 125
Mobília danificada no
em casa, 116
transporte, 193
esterilização que nôo funciona, 11
Modelos, cartas, 336-385
Passagem aérea, letras miúdas, 96
Moradores, direitos e deveres, 177
Peças substituídas sem
Morte do locatário, 178, 179
aprovação, 58
Multas de carros
Pensão, pedido, 156
celular, uso, 224
Persistência, 7
deficientes físicos, 228
Pessoa
estacionamento proibido, 224
fisica, 21
excesso de velocidade, 219, 220
jurídica, 21
Muros, limites de
Petição inicial, 21
propriedades, 169, 170
Pixação de muros, 166
Planos de saúde, ver Serviços
de saúde, 108-133
N
Polícia Federal, 320
População rural, educação, 300
Negociações de dívidas, 36
Prazo
Nota fiscal na hora de
entrega de produtos, 26
solicitar conserto, 28 legais para reclamar, 32, 45
Núcleos de prática das troca de produtos, 32
faculdades de Direito, l l Pré-escola, 302
Preço

O
consertos, 62
M erro na hora da venda, 22
produtos, 22
OAB, Ordem dos Advogados promoção, 38
Maconha, 278
do Brasil, 9, l l , 388 serviços, 60
Mal de Alzheimer, 290
Obras de vizinhos Presentes, troca ou reembolso, 27
Mala-direta, cancelamento, 323
Mandado, 21 acesso ao iardim, 169 Prestações, antecipação, 147
Marceneiros, pagamento, 52 carco viva, 168 Prestador de serviço,
Matrículas escolares, 296 corte de árvores, 168 danos causados, 59
MEC, ver Ministério da danos, I7l Previdência, 289
Educação e Cultura ianelas, 167 complementar, 156
Médicos Obrigação de cuidado, 21 desconto, 153
aproveitador, 110 Oficiol de Justiça, visita, 318, 319 direitos dos cidadãos, 154
boletim médico, acesso, 316 Ônibus, responsabilidades, 105 pedido de pensão, 156
Conselho Regional de Medicina, acidentes, 260 privada, 154
110, 387 Ônus, 21 definição, 289
dispensa do paciente, 109 da prova, 21 falência, 155
erro ou negligência Orçamento, 52 transferência de plano, 157
atendimento incorreto, 126 Ordem judicial expedido, 16 Privacidade, 312-325
cirurgia, 119, 125 Organizações, 11 armazenamento de dados
parto, 125 Órgãos em computador, 315
especialistas, cartão de doador, 123 arquivo médico, 316
encaminhamento, 122 remoção, 122 blitz, 320
fiscalização, 111 Órgãos Reguladores, 8 cadastro em mala-direta,
obrigações/deveres, 118, 130 Proteção e Defesa do cancelamento, 323
paciente, sigilo, 324 Consumidor, 11, 388 câmeras no vestiário, 325
recusa de tratamento, 108, 118 Órgãos, remoção, 122 carta de referência, 314
segunda opinião, 108 Orientação gratuita ou circuito interno de TV, 321
barata, 10. 11 consultor, 317
escolares Ouvidorias, 9 ciados bancários, 315
documento de identidade, 317 318
entrevista, ilí
falsificação de documentos, 317
fofocas, 316
informação instalada no
computador, 313
Internet no escritório para
fins particulares, 312
linha de crédito reieitada, 325
mensagens de texto
inconvenientes, 324
oficial de Justiça, 318-320
Policia Federal, 320
processo disciplinar. 312
quem pode entrar
em sua casa, 319
represento ntes de venda, 318
seguir uma pessoa, 323
segurança no acesso de
crianças à Internet, 314
sigilo médico-paciente, 324
SPAM. 312, 313, 388
técnicos, entrada em cosa, 318
telefonemas indeseiados, 323
Procon (Programa de Defesa
do Consumidor), 11, 24, 30, 389
Produtos, ver Compra de
produtos e bens
Profissional
cuidados, 57
escolha, 56
investimentos, 149
Programa Brasil alfabetizado, 303
Promoções
entregas especiais, 25
preços, 38
produtos adquiridos, 38
Propaganda enganosa, 24
carros, 217
pacote de viagem, 89
Proteção
compras
carros, 212
em casa, 44
investimentos, 148
Psicólogos, fiscalização, 111
Q drogas, 276
Qualidade, padrões, 73
Queimadas, 166
Quilometrogem de carro
alterada, 216
R responsabilidades dos pais, 275
Razoável, 7
Recibo
entrpan. 35
pagamento de salário, 237
Reclamação, 6-21
antes de reclamar, 9
busca de orientação
mais adequada, 11
cartas, 12, 336-385
com quem reclamar, 9
decisão do que quer, 13
Juizados Especiais, 2C
Justiça Comum, 16
obtenção de aconselhamento, 10
perdas provocadas por um
produto defeituoso, 46
por escrito, 13
prazos legais, 32, 45
regras fundamentais, 7
clareza com os obietivos, 7
conhecer seus direitos, 7
manter o calma, 7
persistência no que deseia, 7
sem aiuda (sozinho), 19
serviços de advocacia, 160
serviços de saúde, 114, 115, 131
Reclomado, 21
Reclomante, 21
Recuperação escolar, 302
Redução salarial, 235
Redutores de velocidade, 173
Reembolso
cartão de crédito, 141
produtos
defeito conhecido. 29
reparo necessário, 36
Registro médico
acesso, 112
crianças, 112
empregador, acessa, 113
privacidade, 111
Reintegração de posse, 201
Relacionamentos, 268-295
aborto, 270
abuso sexual, 275
adoção, 271, 272, 273
casamento
cancelamento, 268, 259
dívidas do marido, 277
local, 26B
validade, 269
exame de DNA, 271
filhos
bobó, 274
castigos e abusos físicos, 274
creches, 274
fora do casamento, 272
funeral, 294
idoso
cuidados, 292
em cesa, 289
habilitação, 294
mal de Alzheimer, 290
maus-tratos, 291
serviço de enfermagem, 290
inseminação artificial, 269, 270
separaçãa/divórcic, 283
crianças levadas para
outro pais, 288, 291
custódia dos crianças, 280, 281
divisão de bens, 279, 280
família abandonada, 286
morido que não sai da casa, 278
mudança dos filhos para
outro estado, 287
ordem iudicial no
estrangeiro, 288
redução da pensão, 287
saída de casa, 284
sem advogado, 278
sustenta de filhos de
casamentos anteriores, 286
visita para ver os filhos,
282, 284, 286
Remédios experimentais, 120
Reprodução assistida, 269, 270
Reserva em restaurante
cancelamento, 81
dupla, 82
Residências, 164-177
acidentes, 262
antena parabólica, instaloção, 173
área comum, problemas, 172
árvores, 168
barulhos, 164-165, 174
cachorros, 166, 167
calçada, estacionamento, 170
comportamento perigoso
de crianças, 165
compra e venda de
imóveis, 190-209
alagamento, 198
alugado, 108, 192, 207
ameaça de reintegração
de posse, 201
amortização no
financiamento, 199
apartamento sem garagem, 201
aumento de preço, 190
cláusulas restritivas
no contrato. 209
corretores, 202-204
descendentes, 205
descontos, 190
dicos, 191
direito de preferência
dos inquilinos, 208
duas pessoas Podem
comprar, 191
 tachada ao eaiticio, Mi
falência da construtora, 206
habite-se, 192
hipoteca, 198, 199
ilegal, 208
Imposto de Renda, 204
impostos atrasados, 195
invasão de terreno, 195
leilão, 198
medidas, 200
ocupado, 207
perda de certidão de compra, 20*
pintura, reclamação, 197
reforma, 194
remarcação da entrega
das chaves, 206
retirada de benfeitorias
pelo proprietário, 194
retirada de carpete, 205
seguros residenciais, 202
servidão, 197
usucapião, 196
valor do imóvel, 209
violação de gabarito, 197
vsta para o mar bloqueado, 196
condomínios
atraso, 175, 176
fiscalização de compras, 177
direitos e deveres dos
moradores, 177
documentos, regularização. 177
entrada de técnicos, 318
fumaças, 166, 170
garagem
roubos, 171
vagas, 171, 176
garantia para levantar
dinheiro, 276
infiltrações, 174
invasão, defesa, 173
limites de propriedade, 169,170
medição de água em edifício, 176
obras de vizinhos, 167, 169, 171
pixação, 166
quem pode entrar, 319
redutores de velocidade, 173
reparos, 172, 181
representantes de
vendas em casa, 318
servidão, 170, 197
síndicos, 175
retirada, 176
tronsporte pelo elevador, 175
utilização adversa do imóvel, 172
vasos na ianela, 171
visita de oficial de ius1iça,3l8
Responsabilidade, 21
Ressuscitaçõo, 124
Res'auranle
flni*./#*r<;nrin Hp W r i n n s . 85}
cosacc desaparecido, 83
ccnsumoçõo mínima, 85
dipla 'eserva, 82
eítacicramento irregular, 84
infecçào alimentar, 86
informações sobre ingredientes, 84
norcida em caroço de azeitona, 83
reserva para festa, B6
serviç» ruim, 85
Re» (rec amadc), 21
Rerelia. 21
Roubo de carros, 215
s teste de HIV, 124
Soo rio
otroscdo, 135
cescortcs por quebra de caixa, 234
igual w trabalho iguol, 240
rratemidade, 243
nrinimc, 235
-scicc, direitos, 237
-eduçáo, 235
Sopateiros, 63
Soque com cartão roubodo, 139
Soude, se-viços, 108-133
alta hospitalar, 123
iparelhos do coma,
autorÍ2ação oara desligar, 124
cartão de doador, 123
cont'ccepivos para
adolescentes, 119
convênio com o SUS, 129
dentistas
cobronço por serviços, 127
dentadura mal colocada, 126
emergência, 127
luvas uso, 128
SUS, 126
trabalho desnecessário, 127
Joença preexistente, 128
especialista, encaminhamento, 122
esterilização, falha, 117
fertilizoçõo em hospital
público, 120
hospicl psiquiátrico, 121
médicos
aprcveitado', 110
deveres, 130
dispensa do paciente, 109
erroou negligência, 119, 125, 126
recusa, 10B
segunda opinião, 108
visilo, 118
mensalidades dos planos,
aumento, 128
secVritrjs, rp'"ion'nbtlirlrTd<»s, 100
jorto
cesariana, 110, \\:
defeitos no nascimento, 125
em cesa, 116
reclamação, 114, 115, 131-133
registro médico
acesso, 112
crianças, 112
empregador quer ter acesso, '13
privacidade, 111
reieiçãa de solicitação
pelo plano de saúde, 130
remédios experimentais, 120
remoção de órgãos, 122
ressuscitaçõo, 124
tratamento
aceleração, 120
confidencial, 116
homeopatía no SUS, 131
longe de casa, 111
vacinação de crianças, recusa, 118
Secretarias de educação, 297
Segunde mão, produtos, 41
Seguro
carros. 231, 233
residencial, 202
verificação, 10
viagem, 88, 89
Separação/divórcio, 283
abandono da família, 286
consersual, 283
corpos, 2B0
crianças levadas para
outro país, 288, 291
crianças que não
querem ver o pai, 284
custódia dos crianças, 280, 281
direitos dos avós, 282
divisãa de bens, 279, 280, 281
final nos aqüestos, 281
litigiosa, 283
marido não sai de casa, 278
mudança com as crianças
para outro estado, 287
ordem iudicial no estrangeiro, 288
proibição de ver os filhos, 282
redução da pensão, 287
regulamentação de visita, 286
saída da mãe e filho de casa, 284
sem cdvogado, 278
sustento de filhos de casamertos
anteriores, 286
Serviçc(s), 52-77
aluguel de equipamentos, 61
atrasado, cancelamento, 55
bom trabalho, 56
contestação de conta, 69
 falência da construtoro. 206
habite-se, 192
hipoteca. 198, 199
ilegal, 208
Imposto de Renda, 204
impostos atrasados, 195
invasão de terreno, 195
leilão, 198
medidas, 200
ocupado, 207
perda de certidão de compra, 206
pintura, reclamação, 197
reforma, 194
remarcação da entregc
das chaves, 206
retirada de benfeitorias
pelo proprietário, 194
retirada de carpete, 205
seguros residenciais, 202
servidão, 197
usucapião, 196
valor do imóvel, 209
violação de gabarito, 197
vista para o mar bloqueada, 196
condomínios
atraso, 175, 176
fiscalização de compras, 177
direitos e deveres dos
moradores, 177
documentos, regularização, 177
entrada de técnicos, 318
fumaças, 166, 170
garagem
roubos, 171
vagas, 171, 176
garantia para levantar
dinheiro, 276
infiltrações, 174
invasão, defesa, 173
limites de propriedade, 169, 170
medição de água em edifício, 176
obras de vizinhos, 167, 169, 171
pixação, 166
quem pode entrar, 319
redutores de velocidade. 173
reparos, 172, 181
representantes de
vendas em casa, 318
servidão, 170, 197
síndicos, 175
retirada, 176
transporte pelo elevador, 175
utilização adversa do imóvel, 172
vcsos na ianela, 171
visita de oficial de iustiça,318
Responsabilidade, 21
Ressuscitação, 124
Restauran-e
aniversário do 15 anos, 85
casaco desaparecido, 83
consumação mínirra, 85
dupla reserva, 82
estacionamento irregular, 84
infecçào alimentar, B6
informações sobre ingredientes, 84
mordido em caroço de azeitona, 83
reserva para festa, B6
serviço ruim, 85
Réu (reclamado), 21
Revelia, 21
Roubo de carros, 215
s teste de HIV, 124
Salário
atrasado, 135
descontos por quebra de caixa, 234
igual por trabalho igual, 240
maternidade, 243
mínimo, 235
recibo, direitos, 237
redução, 235
Sapateiros, 63
Saque com cartão roubado, 139
Saúde, serviços, 108-133
alta hospitalar, 123
oparelhos do coma,
autorização para desligar, 124
cartão de doador, 123
contraceptivos para
adolescentes, 119
convênio com o SUS, 129
dentistas
cobronça por serviços, 127
dentadura mal colocada, 126
emergência, 127
luvas, uso, 128
SUS, 126
trabalho desnecessário, 127
doenço preexistente, 128
especialista, encaminhamento, 122
esterilização, falha, 117
fertilização em hospital
público, 120
hospital psiquiátrico, 121
médicos
aproveitodor, 110
deveres, 130
dispensa da paciente, 109
erro ou negligência, 119, 125, 126
recusa, 108
segunda opinião, 108
visita, 118
mensalidades dos planos,
aumento, 128
pacientes, responsabilidades, 109
norto
defeitos no nascimento, 125
em casa, 116
reclamação, 114, 115, 131-133
registro médico
acesso, 112
crionças, 112
empregador quer ter acesso, 113
privacidade, 111
reieiçào de solicitação
pelo plano de saúde, 130
remédios experimentais, 120
remoção de órgãos. 122
ressuscitação, 124
tratamento
aceleração, 120
confidencial, 116
homeopatia no SUS, 131
longe de casa, 111
vacinação de crianças, recusa, 118
Secretarias de educação, 297
Segunda mão, produtos, 41
Seguro
carros, 231, 233
residencial, 202
verificação, 10
viagem, 88, 89
Sepcração/divórcio, 283
abandono da fomilia, 286
consensual, 283
corpos. 280
crianças levadas para
outro país, 288, 291
crianças que não
querem ver o pai, 284
custódia das crianças, 280, 281
direitos dos avôs, 282
divisão de bens, 279, 280 , 281
final nos aqüestos. 281
litigioso, 283
marido não sai de casa, 278
mudança com as crianças
para outro estada, 287
ordem iudicial no estrangeiro, 288
proibição de ver os filhos, 282
redução da pensão, 287
regulomentação de visita, 286
saída da mãe e filho de cosa, 284
sem advogado, 278
sustento de filhos de casamentos
anteriores, 286
Serviço(s), 52-77
aluguel de equipamentos, 61
atrasado, cancelomento, 55
bom trabalho, 56
cortestaçao de conta, 69
 contraio de adesão. 56
correio, 77
corte de energia, 67, 70
danos causados por
prestadores, 59
essenciais, 8
filme extraviado na revelação, 65
fornecedor que não manda
as contas, 68
fornecimento de água, 72, 73
garantia, 60
inspeção, 54
legais e financeiros, 134-163
advogados, 159-163
antecipação de prestações, 147
carros, 158
cartão de crédito, 140-143
cartão engolido no caixa
automático, 138
cheque foriado, 138
contador
erros, 152
negligente, 153
corretora incompetente, 150
débito em duplicidade, 142
empréstimos, 143-145
erro em débito, 136
fim de conta conjunta, 137
investimemntos, 147-150, 152
pensão, 156
prazo versas consórcio, 146
previdência, 153-157
profissional não autorizado, 152
retirada fantasma, 137
salário atrasado, 135
saque com cartão roubado, 139
talão roubado, 138
tarifas bancárias, 134
malfeito, 52-53, 63, 66, 71
negociação, 62
orçamento/estimativa, 52
peças substiluídas
sem aprovação, 58
preço diferente do anunciado, 60
prestador não aparece, 71
profissional sumiu com o sinal, 54
reforma, 52-54
cancelamento, 55
roupas danificadas
na lavanderia, 64
subempreitada, 53
telefone
celular cancelamento, 76
defeitos na linha, 74
demora na instalação, 74
Servidão, 170, 197
Show
cancelamento, 78
descontos, 79
Sindicali/açao. 246 HIV, 124
Sindicos Time-sharing, 91
atribuições, 175 Trabalho, 234-249
transporte pelo elevador, 17í acidentes, 264
Sistema financeiro de habitação, 192 carteiro atocado
Software que funciona em outros por cachorro, 265
computadores, 28 aposentadorio, 249
SPAM, 312, 313 assédio sexual, 239
Subempreitada, 53 autonomia, 237, 242
Sublocação de quarta, 186 auxíiio-doença, 245
Superdotados, 304 computação, 245
Superintendência de Seguros contrato, 237
Privados (SUSEP), 9, 389 por escrito, 234
SUS declarações falsas
convênios, 129
curriculares, 235
dentistas, 126
deficientes físicos, 241
fertilização, 120
demissão, ameaça, 246
homeopatia, 131
descanso, 239
descontos salariais
T por quebra de caixa, 234
discriminação, 240, 241
Talão de cheques roubado, 138 domingo, 236
Tarifas bancárias, 134 empregados domésticos,
Taxais) 238, 242, 245
aéreas, 89 empresa, falência, 248, 249
embarque, 95 estresse, prevenção, 245
histórico escolar, 306 férias, 236, 23?
importação de carros, 211 furto, 247, 248
TCU, ver Tribunal de Contas gestação, 243
da União horas extras, 239
Teatro, ingressos pelo dobro, 80 idade, 240
Técnicos, entrada em casa, 318 intervalos, 23»
Telefonemas indeseiados, 323 jornada, 239
Telefones Justiça do Trabalho, 247
aluguel de temporada, 188 lei, 240
mensagens de texto licença para Iratar
inconvenientes, 324 assuntos de família, 244
Tempo-limite, 29, 47 local, insegurança, 263
Termos contratuais abusivos noturno, 239
e injustos, 75 oferta de emprego, re'irada, 234
Testamenteiro
pagamento igual, 240
atos contestados, 332 poder discipinar do
obrigações, 329
empregador, 247
prestações de contas, 330
recibo de pagamento
recusa do encargo, 32B
de salário, 237
salário, 328
redução salcrial, 235
Testamento, 331, 335
referências, 234
cerrado, 331
registros pessoais de
filhos fora do casamento, 333
limitações, 331 empregados, 238
particular, 331 salário mínimo, 235
perdido, 326 sindicalização, 246
pouco dinheiro para Transferência escolar, 393
pagar os legados, 330 Transporte pútlico, 299
público, 331 Tratados de seqüestros
testemunhas, 327, 328 internacionais, 291
validade, 331 Tribunal
Teste juizes estadual e federal, 17
 UnitolTCU). 9,319 oorta em porta, 39, 318 Violação de gabarito, 197
Tro:a, P'OÍOS. 33 V c pública, acidente, 253 Violência nas escolas, 309
Vcgens, 87-107 Vizinho
aluguel de carro, 100
u assentos separados, 99
aviso negando
alarme do carro, 165
área comum, problemas, 172
árvores, cortes, 168
União estável, 279 responsabilidade no hotel, 87
barulho, 164, 174
Univrsidodes, vagas, 305 aagagem
Usucapião, 196 cachorros, 166, 167
desaparecida em ônibus, 107
Utilidades extraviada, 98 cerca
agut não embarcada, 104 arame farpado, 170
fornecimento, imerapção, 72 cabine inadequada, 90 viva, 168
iroiorrento, 71 cancelamento de depósito, 90 conservação do muro, 169
eletricidade ciança de colo, 103 crianças com comportamento
co-te, 67,70 dicas e curiosidades, 92 perigoso, 165
louro mensal, contestação, 69 dieta para dibético, 102
desvalorização do imóvel, 209
fo-ne:erior iw nar<ta conta, 68 franquia permitida nos vôos, 97
direitas e deveres dos
gás. instalador não ooarece, 71 hotel em construção, 94
longas de avião com conforto, 93 moradores, 177
serviço de imunização, 71
telefone mudanças, 87 estacionamento na calçada, 170
celular, cancelamento, 76 ônibus, 106 fumaças, 170
déeto na Indo, 7i passagem de avião, 106 garagem
demoro na instalação, 74 propaganda enganosa, 89 roubos, 171
prospecto enganador do hctel, 95 vagas, 171, 176
reembolso por perda de
V conexão, 95
rsserva
limites de propriedade,
169, 170, 195
obras, 167, 169, 171
Vociracâo, recusa, 118 em hotel, 87 pagamento de reparos, 172
Vagos pela Internet, 99
passagem pela
escclos, 296 seguro, 88, 89
propriedade, 170, 197
garcgem, 171,176 taxas aéreas, 89
uiwe-sidades, 305 time-sharing, 91 pixação de muros, 166
Vasos na ianela. 171 t-ansporte rodoviário, regras, 105 processo por iniúria, 250
Veicules, compra a praio. 26 vôos queimadas, 166
Venda atrasados, 97 utilização adversa do imóvel, 172
imóvel, ver Residência, desviado, 96 vasos na ianela, 171

CRÉDITOS DAS FOTOS E ILUSTRAÇÕES

A=Alto; M=Meio;B=Base; E = Esquerda; D = Direita

Cortoons Roxrl Thompson e Ola

Fofo Roy Williams

Os editores gcstoriam de agradecer a:

Digital vísion 108-133, A; 113, BD; 129, B; 133, MD

Photodisc 82, BE; 84, BE; 108-133, A; 114, B; 124, A E ; 127, MD; 149, BD; 164, BE;
178-159. AE; 234249, Ai 241, BD; 287, BD; 292-93; 296-311, A; 306, M E ; 326-334, A
1
Science Photo Librar Jim Varney 223, E

TRH Pictures E P a r t r d g e 9 9 , B D
Use a s Leis a s e u Favor CIP-BRA5IL CATA.CGAÇÃO-NAFONTE
T
SINDICATO NAIIONAL DOS ED1 0RES DE LIVROS, RJ
©2005 by Readers Digest Brasil Ltd.

U83
Tradução e adaptação brasileira de

Can T h e y Do T h a t ? Usa as l e s a seu favor: o que lazer quando você s e sentir enganado ou l e s a d o /
Iredatores Ray Castie... et a l . ; redação e adaptação da ediçãD em português
©2003 Tha Readers Digest Associetion Limited, Antônio André Donato.. et al.]. - Ria de Janeiro R e a d e r s Digest. 2005
Canary Wharl, Londres I

Tradução e adaptação brasilsra da: Can they do :hat?

E Q U I P E SELEÇÕES DO
ISBN 85-7645-030-5
R E A D E R S DIGEST BRASIL
I D reito - Obras populares. I Direito f u n d a n e n u i s • Obras
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E d i t o r a d e P r o j e t o Renata Petlengill
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07.01.05 10.01.06 00871O
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D i r e t o r d e P r o d u ç ã o André Arlagão
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R e d a ç ã o / A d a p t a ç ã o Antônio André Donato,
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Marques da Cunha. Cristiane Pacanowski, Fernanda
Mendes Peçanha. Giovana Jabur Zambonin, Hugo
Taam Dart, Onacyr Artur da Silva Pereira, Patrícia ce
Lamare de Miranda Jordão Beloch. Samasse Leal,
Flavia Barbosa. Alexandre Gianini
C o p i d e s q u e Herminia Tom
R e v i s ã o t é c n i c a / j u r í d i c a Dr. Sérgio Negri
R e v i s ã o d e t e x t o Karine Fajardo e Ivanildo Ribeiro
D i a g r a m a ç ã o Ronaldo Ramos
iRR Donnelley Moorel
C a p a Luiz Dacosta
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