Você está na página 1de 181

MASTER EM NEUROARQUITEUTRA

Disciplina:
INTRODUÇÃO À
NEUROCIÊNCIA
APLICADA
MASTER EM NEUROARQUITETURA
INTRODUÇÃO

Experiência de aprendizagem
Este é um guia informativo sobre como ocorrerá a experiência de aprendizagem durante o módulo e o protagonismo que o aluno
deve assumir ao participar ativamente de todo o processo, por meio de atividades acadêmicas e de contribuições e experiências
pessoais e profissionais para o grupo. Neste viés o conhecimento será construído e consolidado em três momentos claramente
definidos:
Pré-aula
Cerca de uma semana antes do módulo o aluno receberá uma atividade por e-mail. Pode ser desde a leitura de um artigo, um vídeo
e/ou um exercício. Esta atividade deverá ser realizada antes do módulo e apresentada ou discutida em sala a sexta à noite. É
fundamental para introduzir e avaliar os conhecimentos prévios sobre os temas que serão abordados no final de semana.

Aula
O módulo será divido em quatro unidades mescladas com conteúdos teóricos e atividades práticas. O objetivo é instrumentalizar o
aluno com conhecimentos aplicáveis aos cotidiano profissional. Cada unidade apresenta um desafio para ser resolvido e que irá se
tornando mais complexo até que o aluno consiga obter o domínio de ferramentas de representação gráfica para concepção e
apresentação de projetos em suas diversas escalas.

Pós-aula
Após o encerramento do módulo serão disponibilizadas referências bibliográficas adicionais para que o aluno possa continuar
aprimorando os conhecimentos e as habilidades desenvolvidas durante o final de semana.
MASTER EM NEUROARQUITETURA
PRÉ-AULA

Protagonismo
A Coordenação do Curso de Master em Neuroarquitetura entende que o processo de aprendizagem deve ter início
antes da aula. Desta forma o aluno assume seu protagonismo e pode formar uma base conceitual que acelerará a
compreensão sobre a temática que será desenvolvida durante o módulo. Para este módulo os alunos devem baixar o
material e realizar as atividades, levando-as concluídas na sexta-feira.

Leitura prévia
Importante ler o material que resume a evolução histórica dos layouts de escritórios. Certamente essa leitura prévia facilitará a
compreensão do capítulo relacionado a história dos espaços corporativos e seus desdobramentos nos tempos atuais.

Atividade prévia
Este exercício tem por finalidade apresentar uma vertente da interessante disciplina de design de interiores corporativo aproximando
e preparando dos temas que serão abordados.
MASTER EM NEUROARQUITETURA
AULA

Como será a nossa experiência em sala?


1. A pós foi “desenhada” em uma sequência de módulos que estão conectados entre si. Os conteúdos de cada disciplina possuem
abordagens correlacionadas de modo a proporcionar ao aluno uma visão holística da pós.

2. O professor compartilhará em sala de aula, além da sua experiência acadêmica, os cases e os desafios enfrentados e superados em
sua trajetória e na prática profissional.

3. A aula começará após todos os alunos expressarem suas expectativas de aprendizagem referentes a temática do módulo.

4. Serão intercalados conteúdos teóricos com atividades práticas para tornar a aulas mais dinâmicas.

5. Os desafios irão aumentando gradativamente até que o aluno domine as ferramentas e desenvolva as habilidades necessárias para
resolver um problema complexo que será apresentado durante o final de semana.
MASTER

Expectativas?
Questão Norteadora...
Introdução à Neurociência
Aplicada
Habilidades, Equilíbrio e Sucesso
Onde melhorar?

Habilidade
Técnica

Habilidade Habilidade
Humana Conceitual

Adaptado de: HERSEY, P. BLANCHARD, H. K. Psicologia para Administradores. São Paulo: E.P.U. 1986.
Habilidades, Equilíbrio e Sucesso
Por que melhorar?

Competência

Inter = Entre
Legere= Eleger, Escolher Projeto
Inteligência

Multimodal Autoconhecimento
Conhecimento

Perguntas
Informação
Inteligência Artificial

PROPÓSITO
Dados
Por que estudar Neurociência?
Por que aprender sobre o cérebro ?
Você é seu cérebro!

“Os homens devem saber que, a partir do encéfalo, e apenas do encéfalo,


surgem nossos prazeres, alegrias, risos e pilhérias, assim como nossas tristezas,
dores, lutos e lágrimas. É especialmente por meio dele que pensamos, vemos,
ouvimos e distinguimos o feio do belo, o ruim do bom, o agradável do
desagradável. . . . é a mesma coisa que nos faz loucos ou delirantes, nos inspira
com apreensão e medo, seja à noite ou durante o dia, traz insônia, erros
inoportunos, ansiedade sem objetivo e atos contrários ao nosso hábito."

Hipócrates
Século V a.C.
Por que aprender sobre o cérebro ?
Você é seu cérebro
“O cérebro controla todos os aspectos da vida humana. De acordo com
pesquisas e estudos recentes, fica cada vez mais evidente que tudo o que
vemos, ouvimos, cheiramos, digerimos, falamos, sentimos e pensamos depende
da atuação do cérebro. Inclusive como agimos e nos comportamos, nossas
crenças, memórias e desejos, nossa motivação e até nossa própria identidade."
Dra Carla Tieppo
Neurocientista e autora do livro: Uma viagem pelo cérebro, a via rápida para entender a neurociência.
Por que aprender sobre o cérebro ?
Você é seu cérebro!

“A última fronteira das ciências biológicas - o desafio final - é entender a base


biológica da consciência e os processos cerebrais pelos quais sentimos,
agimos, aprendemos e lembramos."
Dr Eric Kandel
Neurocientista e prêmio Nobel de Neurociências
Ciência Básica X Ciência Aplicada
Ciência Básica e Ciência Aplicada
Disputa ou sinergia?

A ciência pode ser "básica" ou "aplicada". O objetivo da ciência básica é


entender como as coisas funcionam - seja uma única célula, um organismo
constituído por trilhões de células ou um ecossistema inteiro. Os cientistas que
trabalham em questões científicas básicas estão simplesmente procurando
aumentar o conhecimento humano sobre a natureza e o mundo ao nosso redor.
O conhecimento obtido através do estudo das subespecialidades das ciências
da vida é principalmente ciência básica.
Ciência Básica e Ciência Aplicada
Disputa ou sinergia?
Ciência Básica e Ciência Aplicada
Disputa ou sinergia?
O que é Neurociência?

Quiz!
O que é neurociência?
Você é seu cérebro?
"O objetivo final da neurociência é entender como o fluxo de sinais elétricos
através dos circuitos neurais origina a mente - como percebemos, agimos,
pensamos, aprendemos e lembramos. Apesar de ainda estarmos muitas
décadas longe de atingir esse nível de entendimento, os neurocientistas fizeram
progressos significativos para obter uma visão dos mecanismos neurais
subjacentes ao comportamento, a saída observável do sistema nervoso dos
seres humanos e de outros organismos."
Dr Eric Kandel
Neurocientista e prêmio Nobel de Neurociências
O que é neurociência?
Você é seu cérebro?
Na neurociência o comportamento pode ser examinado em termos da atividade
elétrica de neurônios individuais e sistemas de células nervosas, buscando
respostas para cinco perguntas básicas. Como o encéfalo se desenvolve?
Como as células nervosas do cérebro se comunicam? Como os diferentes
padrões de interconexões dão origem a diferentes percepções e atos motores?
Como a comunicação entre neurônios é modificada pela experiência, inclusive
pela interação com o ambiente?
A neurociência é uma ciência interdisciplinar que trabalha em estreita
colaboração com outras disciplinas, como matemática, linguística, engenharia,
arquitetura, administração, ciência da computação, química, psicologia e
medicina.
Neurocientista e Especialista em Neurociência Aplicada
O Neurocientista

O neurocientista pode se dedicar somente a pesquisa básica e ou a ciência


básica e a ciência aplicada.
Os neurocientistas estudam o cérebro e seu impacto no comportamento e nas
funções cognitivas, ou na maneira como as pessoas pensam. Eles também
investigam o que acontece com o sistema nervoso quando as pessoas têm
distúrbios neurológicos, psiquiátricos e do desenvolvimento neurológico.
Um neurocientista pode se especializar em uma ampla gama de campos, da
neuroanatomia à neuropsicologia. A pesquisa nesse campo pode melhorar
nossa compreensão do cérebro e do corpo, como eles funcionam e os
problemas de saúde que os afetam.
Neurocientista e Especialista em Neurociência Aplicada
O Neurocientista

Os neurocientistas estudam os aspectos celulares, funcionais,


comportamentais, evolutivos, computacionais, moleculares e médicos do
sistema nervoso. Existem vários campos que se concentram em diferentes
aspectos, mas geralmente se sobrepõem.
Os pesquisadores podem investigar a atividade cerebral em pessoas com
doenças como a doença de Alzheimer. As ferramentas utilizadas incluem
exames de ressonância magnética e modelos 3D computadorizados. Eles
podem fazer experimentos usando amostras de células e tecidos.
O Especialista em Neurociência Aplicada

Prof. Joe Weider


Neurocientista e Especialista em Neurociência Aplicada
O Especialista em Neurociência Aplicada

Ciência aplicada é o uso do conhecimento científico existente para aplicações


práticas, como tecnologia, projetos, invenções, etc.
O especialista em neurociência aplicada usa o conhecimento científico existente
sobre o funcionamento do sistema nervoso central e periférico (produzido por
neurocientistas) para aplicações práticas na sua especialidade profissional
(arquitetura, design, engenharia, administração, computação, marketing, etc).
A história do cérebro
Como nosso cérebro evoluiu
O Dr Andrew P. Wickens, autor do livro: Uma história do cérebro, diz que nada
na biologia faz sentido, a menos que seja entendido em termos evolutivos, e
isso também deve certamente ser verdade no cérebro humano.
Indiscutivelmente, o cérebro humano é a maior conquista da evolução - uma
jornada que se pode dizer que começou na Terra entre três e quatro bilhões de
anos atrás, quando surgiram as primeiras formas simples de vida, como células
únicas. O cérebro humano, no entanto, é um evento relativamente recente.
A evolução do cérebro, como nos tornamos
Humanos
Sahelantropus
Tchadensis
07 milhões de anos
Sahelantropus
Tchadensis
07 milhões de anos
Orrorin Tugenensis
06 milhões de anos

Prof. Joe Weider


Orrorin Tugenensis
06 milhões de anos
Australopithecus
anamensis
4,2 milhões de anos
Australopithecus
anamensis
4,2 milhões de anos
Australopithecus Australopithecus
anamensis afarensis
4,2 milhões de anos 3,2 milhões de anos

Prof. Joe Weider


Lucy
Australopithecus
anamensis
3,2 milhões de anos

Lucy
Homo
heidelbergensis
600 mil anos
O big bang
Da mente

Prof. Joe Weider


Cro-Magnon
A partir de40 mil anos
Arte
Construção de
habitações

Funerais elaborados
Cro-Magnon
A partir de40 mil anos
Arte Cro-Magnon
A partir de 40 mil anos
Arte Cro-Magnon
A partir de 40 mil anos
Discussão:
Por que a expressão artística, a construção de habitações e
a realização de funerais elaborados, são considerados
marcos de um salto evolucionário da mente humana?
O Desenvolvimento da Neurociência
A história da Neurociência
Trepanação
No período neolítico (entre 10 e 04 mil anos a.C.) as primeiras perfurações do
crânio humano foram realizadas por procedimentos cirúrgicos com ferramentas
de pedra especializadas. Assim, o homem neolítico usava raspadores e
instrumentos cortantes para realizar uma operação conhecida como trepanação
(do grego "trypanon"que significa 'perfurar'), que é o procedimento cirúrgico
conhecido mais antigo realizado pela humanidade.
O primeiro crânio reconhecido como trepanado foi descoberto em um cemitério
Inca no Peru durante a década de 1830. Foi entregue ao diplomata americano
Ephraim George Squier, que apresentou o crânio à Academia de Medicina de
Nova York em 1865. Posteriormente, foi enviado a Paris em 1867 para ser
inspecionado por Paul Broca, fundador da primeira Sociedade Antropológica do
mundo.
A história da Neurociência
Trepanação
Poucos anos depois, um colega do Dr Paul Broca, Dr Prunières encontrou um
crânio trepanado, em uma tumba do período neolítico.

Só podemos especular por que o homem neolítico se esforçou tanto para realizar
esta cirurgia dolorosa e perigosa. Para Broca, a trepanação foi provavelmente
realizada para remover espíritos malignos da cabeça, uma visão apoiada pelo
fato de que operações primitivas por razões amplamente semelhantes ainda
ocorrem em certas partes do mundo hoje (por exemplo, África e Polinésia).
Este crânio, escavado em uma tumba em
Jericó, Israel, em 1958, mostra quatro
buracos separados feitos pelo antigo
processo cirúrgico de trepanação.

No entanto, eles claramente começaram a


se curar, sugerindo que, embora
altamente perigoso, o procedimento não
era de forma alguma fatal. Também
conhecido como trepanação, o processo
de fazer um buraco no crânio até a
superfície do cérebro pode ser realizado
para tratar uma variedade de condições
médicas ou por razões mais místicas.
O código de Hammurabi (1792-
1750 a.C.) tem o primeiro
registro conhecido de uma
patologia do cérebro, a
epilepsia.
A história da Neurociência
A primeira patologia neurológica identificada
Um dos primeiros conjuntos de leis é atribuído ao rei babilônico Hamurabi
(1792-1750 a.C.) que criou a cidade-estado da Babilônia. Com 282 leis, o
código de Hamurabi se tornou o mais conhecido conjunto de leis da
antiguidade. Uma das leis que constavam neste código afirma que os escravos
podem ser devolvidos aos seus vendedores e o dinheiro devolvido se eles
desenvolverem bennu dentro de um mês após a venda. Historiadores
descobriram que bennu era o nome dado às convulsões que acometem uma
pessoa com epilepsia.
A história da Neurociência
O desprezo dos egípcios antigos pelo cérebro
No Egito antigo, entre 2040 e1675 a.C. as técnicas de mumificação atingiram o
seu auge. Os sacerdotes davam especial atenção à preservação do coração,
onde acreditavam estar a essência do individuo e a chave para a eternidade.
Outros órgãos como pulmões, intestino, fígado e estômago eram também
considerados importantes. Curiosamente, o cérebro é extraído pelas narinas e
descartado como algo sem importância.
Homero
Século IX a. C.

Aparece a Psyche

O comportamento é
definido pelos deuses
O ser humano é
fantoche do destino
Ausência de
metaconsciência
Alcmaeon
520–450 a. C.

Afirmava que cérebro


Foi o primeiro a era o centro das
identificar o cérebro emoções,
como sede da conhecimento, mente
compreensão e a e alma. Além disso, ele
distinguir compreensão associou as funções
e percepção. dos órgãos dos
sentidos ao cérebro.
X

ENQUETE
A história da Neurociência
Os gregos : Cardiocentrismo X Encefalocentrismo
Depois do século V a.C. o pensamento grego se dividiu em duas correntes, uma
localizava a mente humana no coração (cardiocentristas) e para a outra a mente
humana estava no cérebro (encefalocentristas).
Aristóteles era cardiocentrista e acreditava que a mente estava no coração,
baseado na observação de que quando uma pessoa estava em um estado
alterado (raiva, medo, júbilo, etc) era possível perceber alterações no coração.
Hipócrates era encefalocentrista e afirmava que a mente estava localizada no
cérebro, tendo inclusive feito observações sobre a lateralizarão cerebral, o que
só seria consolidado mais de dois mil anos depois, no século XX.
Hipócrates
460 à 377 a.C.
Aristóteles
385 à 323 a.C.
Platão
428 à 348 a.C

Epithymetikon,
Thymos, e
Logistikon.
A evolução da
Psyche
A história da Neurociência
O nascimento da anatomia e da fisiologia com áreas de estudo
Alguns anos após a morte de Aristoteles, surgem Herófilo de Calcedônia e
Erasístrato de Chio, considerados respectivamente o pai da anatomia e o pai da
fisiologia. Juntos dissecaram centenas de cadáveres humanos e descreveram
detalhadamente várias partes do corpo humano e do cérebro proporcionando
um enorme avanço científico.
Herófilo e Erasístrato são considerados os responsáveis pela descoberta do
sistema nervoso. Eles perceberam fibras que saíam do crânio e da espinha e se
espalhavam por todo o corpo, distinguiram nervos motores dos sensitivos e
revelaram os ventrículos, “buracos" no cérebro onde acreditavam ser o local
para onde os espíritos fluiriam para os nervos.
Herófilo de Calcedônia e
Erasístrato de Chio
A história da Neurociência
O surgimento do cristianismo e a estagnação dos estudos sobre o cérebro

400 anos após a morte de Herófilo e Erasístrato um médico chamado Galeno de


Pérgamo viaja da Turquia até Alexandria em busca dos conhecimentos
deixados pelos dois gregos. Apesar da inspiração nos anatomistas e
fisiologistas gregos, Galeno não disseca cadáveres humanos uma vez que isso
era proibido por Roma. Galeno desenvolve a sua teoria dos humores. Segundo
ele havia uma alma vegetativa no fígado que controlava prazer e desejos, uma
alma vital no coração responsável pela coragem e pelas paixões, e uma alma
racional da cabeça, sendo que a inteligência habitava os espaços vazios desta.
A história da Neurociência
O surgimento do cristianismo e a estagnação dos estudos sobre o cérebro

As ideias de Galeno iriam dominar o campo da medicina por mais de mil anos.
Até que em 1537, um jovem anatomista chamado André Vesálio suspeita de
erros nos trabalhos de Galeno e, após uma minuciosa verificação, descobre que
cerca de 200 elementos de anatomia descritos por Galeno eram, na verdade de
animais como porcos, cachorros e vacas (Galeno não podia dissecar cadáveres
humanos, dissecava animais).
Vesálio refez por completo o trabalho de Galeno e, dissecando cadáveres
humanos, publica o atlas da anatomia De Humani Corporis Fabrica Libri
Septem, que é um marco da neuroanatomia.
De Humani
Corporis Fabrica
Libri Septem
De Humani
Corporis Fabrica
Libri Septem

Uma série de quatro diagramas da


obra de André Vesálio:

A) a base do cérebro a partir da qual


o tronco cerebral e os nervos
cranianos podem ser vistos;

B) a superfície da dura com alguns


de seus vasos sanguíneos;

C) os dois ventrículos anteriores;

D) A superfície superior do cerebelo


com aqueduto cerebral no centro
do cérebro. A glândula pineal (P)
fica ao lado desse duto.
A história da Neurociência
O renascimento
O Renascimento também foi uma época em que vários artistas se interessaram
ativamente em desenhar a forma humana com rigor anatômico. O maior deles
foi Leonardo da Vinci (1472–1519), filho ilegítimo de advogado e camponesa, e
amplamente reconhecido como um gênio. Famoso por pinturas como a Mona
Lisa e A Última Ceia. Durante este período o estudo da anatomia humana foi um
recurso importante para os artistas aperfeiçoarem seus traços.
Leonardo da Vinci foi especialmente interessado em anatomia desde o início de
sua juventude, tendo estudado particularmente a anatomia do cérebro.
Outro renascentista interessado no estudo da anatomia foi Michelângelo,
Especula-se que ele incluiu o desenho do cérebro em algumas de suas obras,
como por exemplo, em a criação do homem, na capela Sistina.
Leonardo da Vinci
1452 à 1519
Michelangelo
1475 à 1564
De Humani
Corporis Fabrica
Libri Septem
A história da Neurociência
O renascimento
"Michelangelo Buonarroti (1475-1564) tinha uma visão da arquitetura que estava
enraizada na compreensão do corpo humano, e sua teoria da anatomia foi
articulada no estudo e design da arquitetura. Ele via a anatomia - músculos,
nervos e proporções humanas - como metáforas dos elementos ativos da
arquitetura. Um desenhista mestre, seus princípios de design foram articulados
em esboços notáveis. A ênfase de Michelangelo no corpo em sua visão e teoria
da arquitetura foi sem precedentes. Ele viu tudo entrelaçado como a vida.”
Muscarelle Museum of Art
A história da Neurociência
O método científico
No século XVII o filósofo René Descartes, que inaugurou o pensamento
científico com sua obra O Método, criou a sua teoria dualista que daria a
justificativa que ele precisava para a Igreja Católica permitir que ele pudesse
investigar o corpo humano e seu funcionamento.

Descartes criou uma teoria que corpo e mente são separados, sendo
constituídos de duas substâncias diferentes a res cogitans (mente) e a res
extensa (corpo). Este foi um dos grandes impulsos para a discussão, até hoje
presente entre monismo e dualismo.
Rene Descartes
1596 à 1650

Res Cogitans (mente) e


Res Extensa (corpo)

ENQUETE
A história da Neurociência
A identificação de padrões e o localizacionismo
No final do século XVIII o sistema nervoso já havia sido completamente
dissecado, o que levou à observação que todos os indivíduos tinham o o mesmo
padrão de giros e sulcos, as protuberâncias e reentrâncias do cérebro.
Percebeu-se também que o cérebro podia ser divido em lobos (partes) e
mapeado. Este foi o ponta pé inicial para uma longa discussão sobre a
localização das funções cerebrais em partes específicas do cérebro.
A história da Neurociência
O localizacionismo e a frenologia
O localizacionismo levou a um dos grandes tropeços da neurociência, a
frenologia. O criador da frenologia foi Franz Joseph Gall (1758 - 1828), este
anatomista austríaco criou a cranioscopia, depois batizada de frenologia. O
curioso é que a ideia inicial era boa (localizar as funções mentais nas regiões do
cérebro), porém o método desenvolvido foi completamente equivocado.
Franz Joseph Gall
1758 - 1828
Frenologia
A história da Neurociência
O localizacionismo caminhando para a direção correta
Durante o século XIX Paul Broca (1824 - 1880) e Karl Wernicke realizaram
estudos que contribuíram muito para o avanço do conhecimento sobre as
funções cerebrais. Agora o localizacionismo dava um passo acertado.
Em 1865 Paul Broca relatou o caso de um paciente que tinha uma lesão na
região da parede posterior do lobo frontal, que não apresentava problemas
motores em sua língua, boca nem nas cordas vocais, mas era incapaz de falar
frases completas ou de expressar seus pensamentos escritos (afasia motora). A
partir desta observação, Broca afirmou que a função da linguagem estaria
localizada nesta nesta região específica do cérebro.
A história da Neurociência
O localizacionismo caminhando para a direção correta
Em seguida Karl Wernicke relatou casos em que pacientes que tinham lesões
na parte posterior do lobo temporal, possuíam capacidade de falar, mas não de
compreender o que falavam (afasia sensorial). O que o levou a determinar que a
função motora da linguagem estaria localizada na área identificada por Broca
(que inclusive leva o seu nome), ao passo que a interpretação da fala estaria na
área indicada por ele, denominada de área de Wernicke. Estes foram passos
gigantescos para o início da compreensão da linguagem sob a ótica do
funcionamento do cérebro.
Paul Broca
1824 - 1880
Karl Wernicke
1848 - 1905
O Desenvolvimento da Neurociência
Broca e Wernicke
A história da Neurociência
A psicologia e a neurociência
No fim do século XIX, Willian James (1842 - 1910), considerado o pai da
psicologia, escreveu os Princípios da Psicologia, onde discorre sobre os fluxos
da consciência, vontade e desenvolve uma teoria sobre as emoções,
combinando elementos de fisiologia, psicologia e filosofia. James era
funcionalista e materialista e queria explicar o fenômeno mental a partir do
corpo. As primeiras linhas da psicologia seguiram uma abordagem materialista
como, por exemplo, Wilhelm Wundt (1832 - 1920), considerado um dos
fundadores da psicologia experimental, que publicou o livro Princípios da
Psicologia Fisiológica, em 1873.
Willian James
1842 - 1910
Wilhelm Wundt
1832 à 1920
Sigmund Freud
1886 - 1939
A história da Neurociência
O debut do neurônio
Ainda no início do século XX o histologista Camilo Golgi (1843 - 1926),
desenvolveu uma técnica de tingimento de tecidos nervosos com nitrato de
prata que possibilitou identificar as células nervosas individualmente. Pela
primeira vez foi possível ver o neurônio. Este feito impulsionou um avanço
enorme no estudo da anatomia microscópica do cérebro.
A história da Neurociência
O debut do neurônio
A técnica de Golgi foi usada posteriormente pelo neuroanatomista espanhol
Santiago Ramón e Cajal (1852 - 1934) que aperfeiçoou o método realizando
uma dupla impregnação no tingimento, o que possibilitou uma melhor
visualização do neurônio no microscópio, isto levou à uma série de novas
descobertas sobre a organizição do sistema nervoso. Cajal era um exímio
desenhista e fez desenhos magistrais dos neurônios que contribuíram
grandemente para o avanço da neurociência.

Camilo Golgi e Santiago Ramón e Cajal receberam o prêmio Nobel por suas
descobertas em 1906.
Camillo Golgi
1843 - 1926
Santiago Ramón e Cajal
1852 - 1934
Neurônio, desenho de
Santiago Ramón e Cajal
Ilustrações de Santiago Ramón e Cajal para o livro: The Beautiful Brain
Células
piramidais
tingidas com o
método de
Golgi por
Ramón y Cajal
A história da Neurociência
Senhoras e senhores… A Sinapse!!
Em 1909 o inglês Charles Scott Sherrington (1857 - 1952) consegue enxergar a
a comunicação entre os neurônios e dá a ela o nome de sinapse. Esta
descoberta abriu as portas para a compreensão do funcionamento do sistema
nervoso. Sherrington estabeleceu a teoria de que o sistema nervoso podia ser
compreendido como uma única rede interligada.

Por suas descobertas, Charles Scott Sherrington recebeu o prêmio Nobel de


fisiologia ou medicina em 1932.
Charles Scott Sherrington
1857 - 1952
A história da Neurociência
Caminhos inesperados: Reflexos condicionados
Ainda no século XX a neurociência progrediu por caminhos inesperados. O
fisiologista russo Ivan Pavlov (1849 - 1936), estava estudando o controle da
saliva e animais e ao investigar a produção de saliva em cães expostos a vários
tipos de estímulos, Pavlov percebeu, com o passar do tempo, que a salivação
ocorria não apenas em resposta a alimentos oferecidos, mas também a
elementos relacionados à situação que anteriormente não causavam este
comportamento.
A história da Neurociência
Caminhos inesperados: Reflexos condicionados
A partir dessas observações ele desenvolveu sua teoria sobre o mecanismo de
condicionamento clássico. A ideia central do condicionamento clássico de
Pavlov é que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados
inatos, enquanto outras são reflexos condicionados, aprendidos através da
conexão ou emparelhamento com situações agradáveis ou aversivas que
acontecem de forma simultânea ou imediatamente posterior.
A história da Neurociência
Caminhos inesperados: Reflexos condicionados
Através da repetição é possível criar ou remover respostas fisiológicas e
psicológicas em seres humanos e animais. Essa descoberta de extrema
importância foi amplamente utilizada no tratamento de fobias, no marketing e
em outras aplicações.
Ivan Pavlov
1849 - 1936
Laboratório de
Ivan Pavlov
A história da Neurociência
A construção da neurociência atual
Durante a segunda metade do século XX, o reconhecimento da complexidade e
dificuldade de se compreender o funcionamento do encéfalo fez com que a
neurociência se tornasse uma área interdisciplinar com a contribuição de
diferentes áreas de conhecimento como, por exemplo, medicina, psicologia,
matemática, computação, filosofia, engenharia, arquitetura, química, física,
direito, administração, etc.
Nos anos 1969 surge a Society for Neuroscience que hoje conta com 36.000
membros em mais de 95 países.
Neurociência e Arquitetura

Prof. Joe Weider


Para que serve o cérebro?

Word Cloud
O Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso
Funcionamento do Sistema Nervoso
Através do sistema nervoso recebemos informações sobre o ambiente externo,
por meio da visão, audição, tato, olfato, gustação e também informações do
interior do nosso corpo como, por exemplo, dor, posição do corpo,
pensamentos, emoções, memórias e informações das vísceras.

O nosso encéfalo seleciona, processa e combina estas informações para


produzir respostas a partir delas. Ou seja, o sistema nervoso recebe
informações do ambiente, de todas as partes do nosso corpo e dá uma resposta
à estes estímulos recebidos, produzindo uma ação, um movimento, um
comportamento.
O Sistema Nervoso
Características do Sistema Nervoso
Quatro características do sistema nervoso são essenciais para que ele cumpra
adequadamente o seu papel:
Velocidade de transmissão das informações

Distribuição abrangente

Processamento central

Capacidade de modificar e construir novos


circuitos de neurônios
O Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso subdivide-se em:

Sistema Sistema
Nervoso Nervoso
Central Periférico
(SNC) (SNP)
O Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico

O Sistema Nervoso Central (SNC) envolve o encéfalo, que fica totalmente


dentro do crânio, e a medula espinhal (ou espinal) que fica no canal formado
pela coluna vertebral.
Núcleos da base

Telencéfalo
Telencéfalo

Diencéfalo

Mesencéfalo

Tronco cerebral
Tronco cerebral Ponte

Bulbo Cervical
Cervical

Cerebelo
Cerebelo

Medula espinhal Torácica


Torácica

Lombar

Sacral
Atividade
Hemisfério cerebral

Corpo caloso

Diencéfalo

Mesencéfalo

Metencéfalo

Cerebelo

Mielencéfalo
ou bulbo

Medula
espinhal
O Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é formado principalmente de nervos, que


percorrem todo o nosso corpo em feixes. Os nervos são agrupamentos de
milhares de neurônios responsáveis por trazer informações do ambiente ou de
áreas internas do corpo para o sistema nervoso central ou levar informações
aos músculos para provocar uma reação.
O Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso Periférico
O Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso Periférico

O Sistema Nervoso Periférico (SNP) subdivide-se em somático e motor visceral.


O sistema nervoso periférico somático é composto por neurônios sensoriais,
que captam as informações do ambiente externo pelos órgãos dos sentidos ou
das nossas vísceras, e por neurônios motores que atuam ativando músculos e
articulações sob controle voluntário, ou seja, gerando ações motoras que
conseguimos controlar. Em resumo, o sistema nervoso periférico somático age
no controle de movimentos voluntários e na percepção de estímulos externos e
internos.
O Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico motor visceral, também chamado de sistema


nervoso simpático/parassimpático é responsável pelas funções motoras
involuntárias, os movimentos sobre os quais não temos controle, atuando, por
exemplo, na regulação da pressão arterial, secreção de glândulas e controle da
musculatura lisa (involuntária), que comanda a contração e o relaxamento das
paredes dos órgãos, a digestão, a respiração e os batimentos cardíacos.
O Neurônio
O Neurônio
Células nervosas
O sistema nervoso é composto de dois tipos de células, os neurônios e as
células gliais, que compartilham muitas características com as células em geral.
No entanto, os neurônios são especialmente dotados da capacidade de se
comunicar com precisão e rapidez com outras células em locais distantes do
corpo. Duas características dão aos neurônios essa capacidade:

Assimetria funcional e morfológica

Excitabilidade elétrica e química


As Células Gliais
Células nervosas
A palavra glia, em grego, significa cola. No início os pesquisadores acreditavam
que essas células serviam apenas para conectar os neurônios, como uma cola
que mantinha o sistema nervoso unido. Porém as células da glia são bem mais
do que isso, elas nutrem, sustentam, isolam e protegem os neurônios. As
células gliais se dividem em três grupos:

Astrócitos

oligodendrócitos

microglias
O Neurônio em Ação
A transmissão de informações
O neurônio recebe informações pelos dendritos que estão em contato com os
axônios de vários outros neurônios, estas informações são transmitidas para o
corpo neuronal, que dispara um potencial de ação no axônio, o axônio transmite
uma corrente elétrica ao longo de sua extensão até suas ramificações finais, os
terminais axonais, essa corrente estimula a liberação de neurotransmissores na
fenda sináptica, que é um espaço entre dois neurônios, e estimula o neurônio
seguinte. É assim que ocorrem as transmissões sinápticas.
Os Níveis de Processamento Neural
Os Níveis de Processamento Neural
Do simples para o complexo
O sistema nervoso tem níveis diferentes de processamento de informação por
complexidade.

Complexo

Simples
Os Níveis de Processamento Neural
Do simples para o complexo
Exemplo da ameba, gotinha de ácido ela se afasta.
O sistema nervoso tem níveis diferentes de processamento de informação por
complexidade. O nível de processamento mais simples de informação neural e
de responsabilidade da medula espinhal, nossas respostas reflexas.
Mensagem para
Medula o cérebro
Espinhal

Neurônio sensorial

Neurônio
motor
Receptores = calor/dor
Interneurônio
receptores na pele
Músculo no braço
Núcleos da base

Telencéfalo
Telencéfalo

Diencéfalo

Mesencéfalo

Tronco cerebral
Tronco cerebral Ponte

Bulbo Cervical
Cervical

Cerebelo
Cerebelo

Medula espinhal Torácica


Torácica

Lombar

Sacral
O Centro Executivo
Córtex Pré-frontal
O córtex pré-frontal desempenha o papel central na formação de metas e
objetivos e, em seguida, na elaboração de planos de ação necessários para
atingir essas metas. Ele seleciona as habilidades cognitivas necessárias para
implementar os planos, coordena essas habilidades e as aplica na ordem
correta. Finalmente, o córtex pré-frontal é responsável por avaliar nossas ações
como sucesso ou fracasso em relação às nossas intenções. O córtex pré-frontal
também é fundamental para a formação de representações abstratas do
ambiente e de comportamentos complexos e no controle de impulsos.
PHINEAS GAGE
O Centro Executivo
Córtex Pré-frontal
Phineas Gage. Gage era um capataz de ferrovia em meados do século XIX, que
de alguma maneira sobreviveu a um tiro de uma haste de metal no crânio e no
cérebro durante um acidente de trabalho. Grande parte do lobo frontal esquerdo
de Gage e do córtex pré-frontal foram destruídos. Os relatos da época informam
que Gage era um homem responsável, temperado e trabalhador antes de seu
acidente e depois se tornou um vagabundo caprichoso, irreverente e
problemático. De acordo com esse relato, ele parecia ter perdido parte da
capacidade de inibir impulsos básicos e era incapaz de agir com prudência
O Centro Executivo
Córtex Pré-frontal
O Sistema Sensorial e a interação com o
ambiente
O Sistema Sensorial
Interação com o ambiente
Uma das principais funções do sistema nervoso é a construção de uma
representação interna sobre o ambiente e sobre os eventos que seja tão
fidedigna quanto possível para que possa resultar em respostas rápidas e
eficientes. Esta representação é fonte de valiosas informações para que sejam
executadas as respostas comportamentais para cada situação. Para que isso
aconteça, monitoramos o tempo todo a temperatura do ambiente, a luz, os
movimentos, a posição do nosso corpo, as possíveis ameaças, oportunidades,
possíveis ganhos e danos. O nosso sistema sensorial faz este monitoramento
constante.
O Sistema Sensorial
Somestesia

EPICRÍTICO, PROTOPÁTICO E PROPRIOCEPÇÃO

ATIVIDADE
O Sistema Sensorial
Os sentidos especiais
Os chamados sentidos especiais - gustação, olfato, audição e visão - têm
receptores altamente especializados na conversão de um tipo específico de
energia. Os sentidos especiais são extremamente importantes para os seres
humanos aferirem o ambiente.
VISÃO AUDIÇÃO OLFATO PALADAR TOQUE
Processamentos Sensoriais de Alto Nível
O Sistema Sensorial
Processamentos de alto nível
O cérebro tem capacidade de realizar processamentos bastante complexos,
utilizando áreas e circuitos que levam em consideração múltiplos sinais. As
variações do ambiente externo e interno do indivíduo, ou seja, como está se
apresentando o mundo de fora e o mundo interno, irão impactar nas respostas
que poderemos dar a estes estímulos.
Quando entram em ação os diferentes núcleos e circuitos do cérebro
propriamente dito, somados às regiões mais desenvolvidas do cerebelo, temos
um sistema muito eficiente de processamento de informações, altamente
discriminativo, que pode mudar uma resposta com base em pequenas
diferenças de sinal.
Construção de Padrões
A Construção da Percepção

ATIVIDADE
Assinale abaixo apenas uma alternativa que melhor expresse o
significado primário que a música que você acabou de ouvir
trouxe

ATIVIDADE
Autopercepção

ATIVIDADE
ATIVIDADE
Exercício: Memórias
O que são Emoções?
O Sistema Límbico e as Emoções
O Sistema Límbico e as Emoções
Somos seres emocionais
A emoção pode nos deixar desgovernados em determinados momentos, mas
também impulsiona, motiva, é o que marca os momentos na memória, é o que
faz aprender mais fácil, é o que dá cor à vida.
O coração acelerado quando você passa por uma situação de quase acidente
grave no trânsito, um frio na barriga descemos em alta velocidade uma
montanha russa, as bochechas coradas de um adolescente ao cometer uma
gave diante dos colegas de sala de aula, o branco na hora de falar em público,
tudo isso é emoção.
O Sistema Límbico e as Emoções
Somos seres emocionais
Nossa vida é um mosaico de recordações emocionais, momentos de grande
impacto como as peças maiores e mais coloridas. Os acontecimentos rotineiros,
são esquecidos rapidamente (exemplo). Aqueles acontecimentos que
emocionam, que nos tiram o chão, a gente não esquece tão fácil.
Uma rápida verificação na sua memória vai mostrar que os marcos de nossas
vidas são eventos carregados de carga emocional.
O Sistema Límbico e as Emoções
O que são sentimentos?
Os sentimentos são experiências mentais sobre o que se passa no nosso corpo,
a atribuição de sentido (significado) que damos às emoções.
O Sistema Límbico e as Emoções
O sistema límbico
O sistema límbico é composto por estruturas do mesencéfalo (substância negra,
substância cinzenta periaquedutal, área tegmental ventral), diencéfalo
(hipotálamo e tálamo) e telencéfalo (hipocampo, complexo amigdaloide, núcleo
acumbente, giro do cíngulo, córtex piriforme e córtex pré-frontal ventromedial).
Estas estruturas coordenam as respostas hormonais, comportamentais e
fisiológicas condizentes com os nosso estados emocionais.
Como usar este conhecimento?
Como continuar aprendendo?

Você também pode gostar