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TUCURUÍ - PA
2022
MODULAÇÃO POR CODIFICAÇÃO DE PULSO (PCM)
A PCM é a mais útil e mais largamente empregada das modulações em pulsos mencionadas, a PCM
é basicamente uma ferramenta para converter um sinal analógico em um sinal digital (conversão A/D). Um
sinal analógico é caracterizado por uma amplitude que pode assumir qualquer valor em um intervalo contínuo.
Isso significa que pode assumir um número infinito de valores. Um sinal digital, por sua vez, tem uma
amplitude que pode assumir apenas um número finito de valores. Um sinal analógico pode ser convertido em
um sinal digital através de amostragem e quantização, ou seja, aproximação de seu valor ao mais próximo dos
números permitidos (ou níveis de quantização), como indicado na Figura 1. As amplitudes do sinal analógico
m(t) ocorrem no intervalo (–m p , m p ), que é dividido em L subintervalos, cada um com largura Δv = 2m p
/L. A
seguir, cada amplitude de amostra é aproximada pelo valor no ponto médio do subintervalo em que a amostra
ocorre com L = 16. Cada amostra é, então, aproximada a um dos L números. Assim, o sinal é digitalizado,
com amostras quantizadas que assumem um dos L valores. Um sinal deste tipo é conhecido como um sinal
digital Lário.
De um ponto de vista prático, um sinal digital binário (sinal que pode assumir apenas dois valores) é
muito desejável, devido à sua simplicidade, economia, e facilidade de implementação. Podemos converter um
sinal Lário em um sinal binário através de codificação por pulsos. para o caso L = 16. Esta codificação, formada
pela representação binária dos 16 dígitos decimais de 0 a 15, é conhecida como código binário natural (CBN),
a cada um dos 16 níveis a serem transmitidos é alocado código binário de quatro dígitos. O sinal analógico
m(t) fica, então, convertido em um sinal digital (binário). Um dígito binário é denominado bit (de binary digit)
A PCM não é um sistema muito eficiente, pois gera um número excessivo de bits e requer grande
largura de banda de transmissão. Vários conceitos diferentes foram propostos para melhorar a eficiência de
codificação da conversão A/D. Em geral, esses conceitos exploram características da fonte do sinal. A DPCM
(differential pulse code modulation) é um deles. Em mensagens analógicas, podemos ter uma boa ideia do
valor de uma amostra a partir dos valores de amostras anteriores. Em outras palavras, os valores das amostras
não são independentes e, em geral, há um alto grau de redundância nas amostras de Nyquist. A exploração
adequada dessa redundância permite a codificação de um sinal com um número menor de bits.
Consideremos um esquema simples: em vez de transmitir os valores das amostras, transmitimos a diferença
entre valores de amostras sucessivas. Assim, se m[k] for a késima amostra, em vez de transmitirmos m[k],
transmitimos a diferença d[k] = m[k] – m[k – 1]. No receptor, o conhecimento de d[k] e de diversos valores de
amostras anteriores m[k – 1] permite a reconstrução de podemos melhorar este esquema se fizermos uma
estimativa (ou previsão) do valor m[k] da késima m[k] podemos transmitir a diferença (erro depredição) No
receptor, determinamos o valor da estimativa a partir de valores de amostras anteriores e, então, geramos m[k]
somando d[k] à estimativa . Assim, reconstruímos as amostras no receptor iterativamente. Se a predição for
boa, o valor predito (estimado) será próximo de m[k] e a diferença entre eles (o erro de predição) d[k] será
ainda menor que a diferença entre valores de amostras sucessivas.
Em consequência, esse esquema, conhecido como PCM diferencial (DPCM), é superior à simples
predição descrita no parágrafo anterior, que é um caso especial de DPCM, em que a estimativa do valor de
uma amostra é tomado como o valor da amostra anterior, amostra a partir do conhecimento de valores de
várias amostras anteriores. Se a estimativa for m[k]. Ou seja, a partir do conhecimento de d[k], podemos
reconstruir m[k] iterativamente no receptor. A diferença entre valores de amostras sucessivas é, em geral,
muito menor que os valores das amostras. Assim, a diferença de pico m p dos valores transmitidos é
consideravelmente reduzido. Como o intervalo de quantização é Δv = m p /L, para um dado L (ou n), isso
também reduz o tamanho Δv do intervalo de quantização, o que reduz o ruído de quantização, dado por Δv 2
/12. Por conseguinte, para um dado n (ou largura de banda de transmissão), podemos aumentar a SNR ou,
para uma dada SNR, podemos reduzir n (ou a largura de banda de transmissão).
MODULAÇÃO DELTA
A correlação de amostras usada em DPCM é ainda mais explorada na modulação delta (DM –delta
modulation) por meio de superamostragem (tipicamente, a uma taxa quatro vezes maior que a de Nyquist) do
sinal em banda base. Isso aumenta a correlação entre amostras adjacentes, o que resulta em pequeno erro de
predição, que pode ser codificado por apenas um bit (L = 2). Assim, DM é basicamente DPCM de 1 bit, ou
seja, DPCM que utiliza somente dois níveis (L = 2) para a quantização em comparação com a PCM (e DPCM),
esse é um método de conversão A/D muito simples e barato. A palavra de código de 1 bit em DM torna
desnecessário o enquadramento (framing) de palavra no transmissor e no receptor. Essa estratégia permite o
uso de menor número de bits por amostra para a codificação de um sinal em banda base.
Em DM, usamos um preditor de primeira ordem, que, como visto anteriormente, é apenas um atraso
temporal T s (intervalo de amostragem). Assim, o transmissor (modulador) e receptor (demodulador) DM são
idênticos aos de DPCM , com um atraso temporal para o preditor, Isso mostra que o receptor (demodulador)
é apenas um acumulador (somador). Se a saída d q [k] for representada por impulsos, o acumulador (receptor)
pode ser realizado por um integrador, pois sua saída é a soma das intensidades dos impulsos de entrada (soma
das áreas sob os impulsos). Podemos, também, substituir a porção de realimentação do modulador (que é
idêntico ao demodulador) pelo integrador. A saída do demodulador é mq[k], que, ao ser aplicada a um filtro
passabaixas, produz o sinal desejado, reconstruindoo das amostras quantizadas.