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A primeira crítica trazida pelos autores é a de que, a sumula do STF, com base
no que é o IR, fere a princípios constitucionalmente previstos, sob a hipótese de uma lei
editada no ano base da tributação, servir de parâmetro e aplicação ao referido imposto,
em desrespeito a anterioridade e irretroatividade.
Outro ponto introdutório que merece destaque é o problema do artigo que seria:
“Assim, a pesquisa tem como problema: a súmula 584 do Supremo Tribunal
Federal é compatível com o sistema constitucional brasileiro?”, sendo que a resposta
será desenvolvida ao decorrer do texto.
Conforme o texto, o rol previsto pelo legislador constituinte originário acerca
das limitações constitucionais sobre o poder de tributar é um rol não exaustivo, e é
também considerada como norma de caráter fundamental.
Por conseguinte, é mencionado o principio da legalidade, posto como o principal
principio do direito tributário, sendo que o mesmo reverbera a vontade de contribuinte,
ainda que de forma indireta.
Ademais, fora tratado acerca do famigerado principio da anterioridade, que teria
o escopo da segurança jurídica ou seja, uma garantia ao agente passivo da relação
tributária, para que não seja surpreendido com o novo tributo, ou uma majoração em um
já existente.
É importante mencionar que o principio da anterioridade se divide em dois, o da
anterioridade e o da anterioridade nonagesimal.
princípio da anterioridade do exercíciobusca impedir a aplicabilidade de leis
que instituamou majorem tributos até o exercício subsequente ao que a lei
seja publicada. Embora a lei criadora (ou que aumente) entre em vigor na
data de sua publicação (como, em regra, vêm consignado nessas normas), o
certo é que essas leis só poderão produzir eficácia no exercício subsequente
àquele em que forem editadas. E que pese vigentes, tais leis têm sua eficácia
protraída para o ano seguinte ao da sua publicação. (Minardi, 2015, p. 148-
149).Além disso, nos termos do art. 150, III, c, CF, é vedado aos entes
federativos cobrarem tributos antes de decorridos noventa dias da publicação
da lei que houver os instituído ou majorado(Brasil, 1988).Tal princípio visa
completar a segurança jurídica dada pela anterioridade do exercício, pois, em
caso deinexistênciada noventena tributária, seria possível que um tributo
fosse instituído no dia 31 de dezembro e já cobrado no dia 01 de janeiro,
umavez que estaria respeitando a anterioridade do exercício. (FERREIRA e
GUIMARÃES, pág. 4 2022 Apud MINARDI, 2015).
Nesse sentido, conclui-se que a sumula editada pelo STF, não fora recepcionada
pela legislação brasileira e pior pala Carta Constitucional, que na visão de Hans Kelsen
do positivismo constitucional, em que a constituição está no topo da pirâmide e serve de
parâmetro legal para as leis infraconstitucionais.