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Para o Pedro,
Uma pessoa muito especial por quem tenho muito carinho.
Sem ti não teria concorrido a este estágio e não tinha descoberto a minha paixão.
Contigo aprendi imensas coisas, agradeço-te tudo o que fizeste por mim.
Graças a ti tornei-me uma pessoa mais forte e mais confiante, enfim, tornei-me numa pessoa
melhor.
Desejo tudo de bom para ti e para os teus.
Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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AGRADECIMENTOS
Ao Dr. José Vingada (Universidade do Minho) sem o qual não seria possível a realização
deste trabalho. Pela orientação, apoio, quer a nível pessoal, quer a nível de bibliografia, material de
campo e reagentes, imprescindíveis para dar início ao trabalho de campo. Por todos os
esclarecimentos prestados ao longo de todo o estágio e a preciosa ajuda na finalização do relatório
final.
Ao Prof. Dr. José Paulo Sousa (Instituto do Ambiente e Vida (IAV) do Departamento de
Zoologia da Universidade de Coimbra) pela disponibilização do laboratório de Solos e todo o
material necessário à realização deste estágio. Pela ajuda no tratamento estatístico e por me integrar
no grupo.
Aos vigilantes da RNDSJ, em especial ao Raúl, por tudo o que fez por mim e pelo árduo
trabalho durante as saídas de campo.
Ao Pessoal do Lab (IAV-UC) pelo acolhimento caloroso, por toda a simpatia e amizade.
Por toda a ajuda e disponibilidade para a resolução de tão variados problemas.
À Amélia, pela sua amizade tão especial. Pelas nossas conversas tão proveitosas e por todo o
tempo que passámos juntas em S. Jacinto.
Por fim, mas não menos importante, quero agradecer aos meus pais e amigos, pelo amor e
carinho demonstrado e pelo apoio e por toda a força que me deram ao longo destes meses.
Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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ÍNDICE
1 - Introdução…………………………………………………………………..... 1
2 - Metodologias…………………………………………………………………. 3
3 - Resultados……………………………………………………………………. 7
3.1 - Amostragem por busca activa………………………………………………... 7
3.2 - Amostragem por pitfall………………………………………………………. 8
3.2.1 - Análise estatística……………………………………………………………... 9
3.2.1.1- Análise da diversidade da Ordem Araneae……………………………………. 12
3.2.1.2- Análise da diversidade da Ordem Coleoptera………………………………… 15
4 - Descrição dos taxa inventariados……………………………………………... 18
I - Filo Mollusca………………………………………………………………… 18
II.- Filo Arthropoda……………………………………………………………… 23
II - A Classe Arachnida……………………………………………………………... 23
II - B Classe Chilopoda……………………………………………………………... 37
II - C Classe Diplopoda …………………………………………………………...... 38
II - D Subfilo Crustacea……………………………………………………………... 39
II - E Classe Collembola……………………………………………………………. 40
II - F Classe Insecta………………………………………………………………… 45
5 - Conclusão…………………………………………………………………...... 77
Bibliografia…………………………………………………………………… 78
Outras fontes………………………………………………………………… 83
Anexos………………………………………………………………………... 84
Ana Cristina Francisco Rufino
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1 - INTRODUÇÃO
A Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto (Anexo 1) com uma área terrestre aproximada de
700 ha, encontra-se situada à latitude 40º 39’ N e longitude 8º 44’ W. É definida a Norte pelo limite
das freguesias de S. Jacinto e Torreira (Concelhos de Aveiro e Murtosa), a Sul pela “Estrada da
Areia”, a Oeste pelo Oceano Atlântico e a Leste pela Estrada Nacional 327.
O clima da região onde se insere apresenta características mediterrâneas, com uma forte
influência atlântica.
Apresenta um tipo de solo arenoso, constituído na totalidade por areias soltas. O solo é
muito pobre em matéria orgânica, que é essencialmente de origem vegetal, nomeadamente da
caruma e ramos de pinheiros e das folhosas existentes neste local.
O trabalho do qual resultou o relatório agora apresentado, integrado no Plano de Estágios
do Instituto da Conservação da Natureza (I.C.N.) 2002/2003, teve início em Março de 2003 e
prolongou-se até Fevereiro de 2004. Com ele iniciou-se o primeiro trabalho de inventariação
sistemática da fauna de invertebrados presentes na Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto.
Pretende-se recolher informação relativa aos invertebrados presentes na Reserva Natural, mais
concretamente, inventariação das espécies e recolha de informação sobre a biologia e ecologia dos
taxa existentes, dada a quase inexistência de informação, de modo a contribuir para uma gestão mais
correcta e eficaz dos valores naturais presentes na área e assim garantir os objectivos de conservação
da natureza; bem como contribuir para colmatar uma das lacunas mais importantes do actual sistema
de monitorização de biodiversidade, que é a falta de informação de base sobre a ocorrência e
distribuição das espécies da fauna de invertebrados. Esta lacuna resulta da falta de investigadores
dedicados ao estudo deste grupo faunístico, a reduzida disponibilidade de bibliografia e de chaves
taxonómicas, contribuindo assim para aumentar as dificuldades em identificar as inúmeras espécies
existentes.
Sob o ponto de vista entomológico, toda a área da RNDSJ reveste-se de um elevado
interesse em termos conservacionistas, pois, além da riqueza estrutural existente, importa também
conservar a diversidade dos grupos funcionais presentes, elementos imprescindíveis para o
funcionamento equilibrado do sistema.
A elaboração de inventários ou listagens de espécies de mamíferos ou aves é uma tarefa que
se pode considerar razoável, quando realizadas para áreas protegidas ou áreas com algum estatuto de
conservação, de modo a poder aceder à sua representatividade, grau de conservação e aplicar
medidas de gestão. Estas listagens são de extrema importância, por exemplo, como ferramentas de
comparação de modo a poder estruturar as áreas em termos de necessidade de conservação ou
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2 - METODOLOGIAS
1 – Duna Primária (para facilitar, no decorrer do trabalho foi utilizado o termo “Duna”
quando nos referimos à Duna Primária): Zona que sofre influência directa do mar, onde é visível a
vegetação própria das areias litorais. Podem ser observadas as seguintes espécies: Estorno
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(Ammophila arenaria (L.) Link), Cordeirinho-da-praia (Otanthus maritimus (L.) Hoffmanns. & Link),
Couve-marítima (Calystegia soldanella (L.) R. Br.), Cardo-marítimo (Eryngium maritimum L.), Eruca-
marítima (Cakile maritima Scop.), Narciso-das-areias (Pancratium maritimum L.), Madorneira (Artemisia
campestris L.), Morganheira-das-praias (Euphorbia paralias L.), Granza-da-praia (Crucianella maritima L.),
etc..
5 – Folhosas: Áreas ocupadas por espécies arbóreas como Choupo-negro (Polupus nigra L.),
Amieiro (Alnus glutinosa (L.) Gaertner), Salgueiro-preto (Salix atrocinerea Brot.) – estas espécies
surgem nas zonas mais baixas, em que se verifica acumulação frequente de água – , Samouco (Myrica
faia Aiton) e Medronheiro (Arbutus unedo L.).
7 – Charcos ou Zona Ripícola – Zona ocupada pela vegetação ripícola encontrada nas
imediações dos charcos, tal como: Tabua-larga (Typha latifolia L.), Caniço (Phragmites australis (Cav.)
Trin. ex Steudel), Lírio-dos-charcos (Iris pseudacorus L.), Junco (Juncus sp.) e Salgueiro-anão (Salix
arenaria L.)
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A amostragem efectuou-se do seguinte modo: foram feitas três réplicas de cada habitat, e
cada réplica continha três pseudo-réplicas, obtendo-se assim um total de 63 amostras. Em Abril
colocaram-se as pitfall (Fig. 1) em cada réplica. A maneira mais correcta de distribuir as pseudo-
réplicas por cada réplica, foi dispondo-as em forma de triângulo, distando cada uma entre si 10 a 20
metros. Em todos os habitats procedeu-se desta maneira, excepto nos Charcos, em que as pseudo-
réplicas foram colocadas logo acima da zona da água, ao longo da margem de cada charco. As pitfall
permaneceram nos locais durante cinco dias. Ao fim deste tempo, foram recolhidas as amostras,
sendo estas transportadas para o laboratório, para proceder à sua triagem, em sacos de plástico e
frascos de vidro e identificadas com os dados da colheita e georreferenciadas.
A triagem das 63 amostras decorreu durante o mês de Maio até meados do mês de Junho
(Fig. 2).
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Os indivíduos obtidos foram conservados em fixador (álcool a 70% ou 80% e para a Classe
Annelida em formol a 4%) para posteriormente serem identificados.
Os dados obtidos foram integrados num Sistema de Informação Geográfica. Desta forma
será possível contribuir para a sistematização da colheita de dados de forma a contribuir para a
elaboração de um futuro plano de acção ou conservação.
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3 - RESULTADOS
Durante este trabalho foram recolhidos registos de 102 taxa (Anexo 17). Contudo, devido à
dificuldade em ter disponíveis chaves de identificação e colaboração de especialistas de todos os
grupos, um grande número de taxa ficou por identificar até à espécie. Na verdade, as carências
científicas ao nível da taxonomia fazem-se sentir com mais intensidade quando é necessário
desenvolver projectos como este.
Efectuou-se uma amostragem por busca activa ao longo da Primavera e Verão. As espécies
com maior distribuição e maior abundância encontradas, foram as que são apresentadas a seguir:
Argiope brunnichi (Scopoli, 1772) (Fig. 14) (ANEXO 3)
Arguipe lobata (Pallas, 1772) (Fig. 13) (ANEXO 3)
Coccinella setempunctata (Linnaeus, 1758) (Fig. 67) (ANEXO 15)
Hispella sp. (Fig. 69) (ANEXO 16)
Melolontha melolontha (Linnaeus, 1758) (ANEXO 13)
Tropinota hirta (Poda, 1761) (Fig. 66) (ANEXO 14)
Thyridanthrax fenestratus (Fallén, 1814) (ANEXO 11)
Ammophila sabulosa (Linnaeus, 1758) (Fig. 59) (ANEXO 12)
Leptotes pirithous (Linnaeus, 1767) (ANEXO 9)
Colias croceus (Fourcroy, 1785) (ANEXO 8)
Pararge aegeria (Linnaeus, 1758) (Fig. 51) (ANEXO 10)
Anax imperator Leach, 1815 (ANEXO 5)
Sympetrum fonscolombii (Selys, 1840) (ANEXO 6)
Sympetrum sanguineum (Müller, 1764) (ANEXO 7)
Em termos de distribuição por habitats, verificou-se uma clara concentração de taxa nos
habitats: Folhosas, Misto e Ripícola. Encontrando-se apenas a espécie Melolontha melolontha
(Linnaeus, 1758) predominantemente na Duna Primária. Podemos destacar a importância destas
manchas na preservação da biodiversidade da Reserva Natural. É também evidente a fraca
ocorrência de invertebrados nas zonas cobertas com acacial, o que vem comprovar os efeitos
negativos que este tipo de plantas invasoras provoca na diversidade de invertebrados.
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Nº de Taxa
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
la
a
ra
e
er
bo
ea
ho
pt
m
an
op
eo
le
Ar
ti g
ol
ol
C
as
om
Nº de Taxa
yl
St
Gráfico 1 – Distribuição do número de taxa por unidade taxonómica.
Índices de Equitabilidade
Alguns dos índices mais conhecidos sobre diversidade baseiam-se principalmente no conceito de
equitabilidade (MORENO, 2000).
1. Índice de Shannon-Wiener
H’=-∑pi ln pi
Donde:
pi é proporção da espécie na amostra
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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acaso de uma colecção (MAGURRAN, 1998; PEET, 1974; BAEV e PENEV, 1995 in MORENO,
2000). Assume que os indivíduos são seleccionados ao acaso e que todas as espécies estão
representadas na amostra. Adquire valores entre zero, quando há uma só espécie, e o logaritmo de S,
quando todas as espécies estão representadas pelo mesmo número de indivíduos (MAGURRAN,
1998 in MORENO, 2000).
2. Equitabilidae de Pielou
J’= H’/H’max
Donde:
H’max =ln (S)
S= número de espécies
Índices de Dominância
Índice de Simpson
λ=∑pi2
Donde:
pi = abundância proporcional da espécie i, isto é, o número de indivíduos da espécie i dividido entre
o número total de indivíduos da amostra (MORENO, 2000).
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(MAGURRAN, 1998; PEET, 1974 in MORENO, 2000). Como o seu valor é o inverso do da
equitabilidade, a diversidade pode calcular-se como 1- λ (LANDE, 1996 in MORENO, 2000).
A riqueza específica (S) é a forma mais sensível de medir a diversidade, já que se baseia
unicamente no número de espécies presentes, sem ter em consideração o valor de importância das
mesmas. A forma ideal de medir a riqueza específica é ter um inventário completo que nos permita
conhecer o número total de espécies (S) obtido pelo conhecimento da comunidade. Isto só é
possível para certos taxa bem conhecidos e de maneira pontual no tempo e no espaço. A maioria das
vezes temos que recorrer a índices de riqueza específica obtidos a partir de uma amostra da
comunidade (MORENO, 2000). Neste trabalho foi utilizado o Índice de diversidade de Margalef.
Transforma o número de espécies por amostra numa proporção, a qual as espécies são
adicionadas por expansão da amostra. Supõe que existe uma relação funcional entre o número de
espécies e o número total de indivíduos S=k√N em que k é constante (MARRUGAN, 1998 in
MORENO, 2000). Se este não se mantém, então o índice varia com o tamanho da amostra de uma
forma desconhecida. Usando S-1, em vez de S, dá DMg=0, quando existe uma só espécie
(MORENO, 2000).
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Abundância
500 300
450
250
400
350
Nº de Indivíduos
200
300
Média
250 150
200
100
150
100
50
50
0 0
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
Abundância Média
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Taxa
25 16
14
20
12
10
15
Nº de Taxa
Média
8
10
6
4
5
2
0 0
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
Nº de Taxa Média
Gráfico 3 – Distribuição dos taxa dentro da ordem das aranhas nos diferentes tipos de habitat.
Diversidade de Shannon-Wiener
3,00 0,70
2,50 0,60
0,50
2,00
0,40
H' 1,50 J’
0,30
1,00
0,20
0,50 0,10
0,00 0,00
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
H' J’=Pielou
Gráfico 4 – Diversidade das aranhas de acordo com o Índice de Shannon nos diferentes tipos de
habitat.
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Diversidade de Simpson
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
λ=Simpson
Gráfico 5 – Diversidade das aranhas de acordo com o Índice de Simpson nos diferentes tipos de
habitat.
Diversidade de Margalef
5.00
4.50
4.00
3.50
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Margalef
Charcos
Habitat
Margalef
Gráfico 6 – Diversidade das aranhas de acordo com o Índice de Margalef nos diferentes tipos de
habitat.
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No que se refere à ordem Coleoptera, verifica-se que existe uma maior abundância nos
habitats “Coníferas” e “Folhosas”, seguidos dos “Mistos” e “Charcos” (Gráfico 7). O habitat com a
menor abundância foi a “Duna”. Contudo, em termos de diversidade de taxa a situação é bastante
diferente. Assim, é nos “Charcos” que se presencia o maior número de taxa (Gráfico 8), sendo que
os restantes habitats apresentam uma quantidade de taxa mais baixa e bastante similares entre si
(Gráficos 9 e 10).
A análise em termos de diversidade (Gráficos 9, 10, e 11) veio contrariar o observado no
gráfico 8, dado que se verifica uma clara homogeneidade entre habitats, sendo os “Charcos” o único
habitat que mais se evidencia (Gráfico 11). Daqui se conclui que nos “Charcos” existem muitas
espécies de coleópteros, e muitas delas estão apenas representadas por um único exemplar, ao passo
que, nas zonas das “Coníferas” e das “Folhosas” existem poucas espécies, mas estas ocorrem com
um elevado número de espécimes.
Abundância
1000 700
900 600
800
500
700
Nº de indivíduos
600 400
Média
500 300
400 200
300
100
200
100 0
0 -100
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
Nº de indivíduos Média
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Taxa
60 40
35
50
30
40
Nº de Taxa
25
Média
30 20
15
20
10
10
5
0 0
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
Nº de Taxa Média
Gráfico 8 – Distribuição dos taxa dentro da ordem Coleoptera nos diferentes tipos de habitat.
Diversidade de Shannon-Wiener
4,00 0,9
3,50 0,8
0,7
3,00
0,6
2,50
0,5
H' 2,00 J’
0,4
1,50
0,3
1,00
0,2
0,50 0,1
0,00 0,0
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Gráfico 9 – Diversidade dos coleópteros de acordo com o Índice de Shannon-Wiener nos diferentes
tipos de habitat.
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Diversidade de Simpson
8,00
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
λ=Simpson
Gráfico 10 – Diversidade dos coleópteros de acordo com o Índice de Simpson nos diferentes tipos
de habitat.
Diversidade de Margalef
9,00
8,00
7,00
6,00
5,00
D
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
Duna Interduna Gramíneas Coníferas Folhosas Misto Charcos
Habitat
D
Gráfico 11 – Diversidade dos coleópteros de acordo com o Índice de Margalef nos diferentes tipos
de habitat.
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I - FILO MOLLUSCA
I- a) CLASSE GASTROPODA
Corpo em geral assimétrico. As quatro regiões do corpo, saco visceral, cabeça, pé e manto
em geral bem distintas. Concha quase sempre em espiral, por vezes reduzida. Quase sempre com
rádula. Gónada ímpar (KÜKENTAL, 1986).
1 - Família Arionidae
Lesmas com concha interna, a qual normalmente degenera (nalguns casos fica reduzida a
alguns grânulos calcários). Nenhum tem quilha, e todos possuem uma glândula caudal de muco,
mesmo acima da ponta da cauda.
Distribuição Holártica, mas membros típicos desta família (subfamília Arioninae) estão
virtualmente confinados à Europa. Todas as nossas espécies, excepto uma, pertencem ao Género
Arion Férussac, 1819. São geralmente herbívoros, no entanto, também se podem alimentar de lixo e
animais mortos, e alguns, por exemplo, Arion hortensis são pestes (KERNEY, 1994).
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2 - Família Helicidae
As conchas são usualmente de tamanho médio a muito grande, espessas e frequentemente
com cores coloridas, mas existe uma grande amplitude de tamanho, forma e coloração entre e, às
vezes, dentro da mesma espécie. Os membros desta família são encontrados nos mais diversos
habitats, têm tamanhos muito diferentes e possuem hábitos de vida também muito diversos
(KERNEY, 1994).
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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3 - Família Limacidae
Lesmas com uma concha pequena assimétrica, provida de quilha, mas não logo a seguir ao
manto. O manto é anterior e coberto por dobras concêntricas finas, assemelhando-se a uma
impressão digital (KERNEY, 1994).
Limax maximus Linnaeus, 1758 (Fig. 7), espécie existente na RNDSJ.
4 - Família Milacidae
Lesmas com uma concha interna assimétrica, com quilha desde a cauda até ao manto, com
um manto áspero anterior, que é caracteristicamente sulcado. São herbívoras e algumas espécies são
consideradas pragas (KERNEY, 1994).
Milax nigricans (Philippi, 1836) , espécie existente na RNDSJ.
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5 - Família Vertiginidae
Nesta família a concha é muito pequena, oval ou sub-cilíndrica, e a boca contém
frequentemente dentículos. A concha pode ser lisa, ou finamente enervada ou estriada. Existem nos
mais variados habitats (KERNEY, 1994).
Columella edentula (Draparnaud, 1805) (Fig. 8), espécie existente na RNDSJ.
6 - Família Vitrinidae
Nesta família a concha é muito fina, brilhante, pálida e translúcida, e consiste em poucas
voltas expandidas. O corpo é muito grande comparando com a concha, e normalmente não se retrai
completamente (Kerney, 1994).
Vitrina pellucida (Müller, 1774) (Fig. 9), espécie existente na RNDSJ.
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7 - Família Zonitidae
A concha é normalmente fina, translúcida, lustrosa, discoidal e com uma periferia
arredondada (KERNEY, 1994).
Espécies presentes na RNDSJ:
Oxychilus alliarius (Miller, 1822)
Oxychilus cellarius (Müller, 1774) (Fig. 10)
Oxychilus clarus (Held, 1837)
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II - FILO ARTHROPODA
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esconderijos, ninhos para hibernação ou acasalamento e casulos para ovos são fiados com tipos de
seda pelas diferentes espécies. Os fios de seda de aranha são usados nos retículos de telescópios.
Reprodução
O macho, quando adulto, tece uma pequena teia na qual deposita uma gotícula de líquido
contendo espermatozóides, que depois é inserida nas cavidades dos seus pedipalpos. Então, o
macho, procura uma fêmea e depois pode efectuar um ritual de acasalamento antes de transferir os
espermatozóides dos seus pedipalpos para a abertura genital da fêmea. Esta pode matar e comer o
macho após o acasalamento, mas isto nem sempre acontece. Mais tarde ela tece um casulo
almofadado, no qual os ovos são depositados. Nalgumas espécies, as fêmeas, prendem os sacos de
ovos na teia ou próximo dela e outras carregam-no, A Lycosa carrega os jovens no seu abdómen
durante alguns dias após a eclosão. A viúva-negra (Latrodectus mactans), por exemplo, põe de 25 até
900 ovos num saco de ovos e produz entre um a nove deste por estação. Os seus ovos eclodem em
10 a 14 dias e os jovens permanecem no saco durante 2 a 6 semanas, abandonando-o após a
primeira muda. Os machos passam por cerca de 5 mudas antes de se tornarem sexualmente maduros
e as fêmeas passam por 7 ou 8 mudas. Nas mudas sucessivas, as aranhas, aumentam de tamanho e
mudam a forma, proporções e padrão da coloração.
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(Scutigera) possuí 15 pares de patas externamente longas e frágeis. Comem insectos e são inofensivas
para o Homem.
A Classe Chilopoda divide-se em 4 Ordens: Geophilomorpha (mais de 25 pares de patas),
Scolopendromorpha (21 a 23 pares de patas), Lithobiomorpha (15 pares de patas e 16 terguitos) e
Scutigeromorpha (15 pares de patas e 9 terguitos).
Os diplópodes têm um corpo cilíndrico com muitos segmentos e a parede do corpo incluí
depósitos de sais de cálcio. Muitos são coloridos e brilhantes. A cabeça contém dois grupos de
muitos olhos simples e um par de antenas curtas e de mandíbulas. O tórax é curto, com quatro
segmentos ímpares, todos menos o primeiro com um par de patas. O longo abdómen possuí entre 9
a 100 segmentos duplos, cada um contendo dois pares de patas com sete artículos. As centopeias
vivem em lugares húmidos e escuros debaixo de pedras debaixo de troncos em decomposição ou
dentro deles e evitam a luz. Caminham lentamente, com o corpo distendido e examinam o caminho
com as antenas. As muitas patas aparentemente movem-se numa série de ondas de trás para a frente.
Alimentam-se de matéria vegetal morta, mas também comem matéria animal. Os
Oniscomorpha enrolam-se como uma bola quando perturbados; as formas de corpo longo enrolam-
se numa espiral protectora. Membros de algumas ordens possuem “glândulas repugnatórias”, que
lançam um líquido contendo cianeto e iodo para repelir os inimigos.
A fêmea geralmente faz um ninho de excrementos para abrigar os ovos. O jovem na eclosão
tem apenas sete segmentos e três pares de patas, os outros vão sendo acrescentados à frente do
segmento anal nas mudas sucessivas (até 10) durante o crescimento.
Esta Classe divide-se em duas subclasses: Pselaphognatha e Chilognatha. Esta última
compreende a maior parte das espécies e é nela que se encontram as espécies mais comuns e as mais
abundantes.
Esta subclasse divide-se em várias ordens:
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Ana Cristina Francisco Rufino
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II - D - SUBFILO CRUSTACEA
Os Crustacea incluem as cracas, lagostins, camarões, caranguejos, isópodes, etc. A maioria é
marinha, mas muitos vivem em água doce ou salobra e poucos, como o bicho-de-conta, encontram-
se em lugares húmidos na terra.
II - D – 1 - CLASSE MALACOSTRACA
Subclasse Peracarida
Ordem Isopoda:
Corpo geralmente achatado dorsoventralmente. Sem carapaça. O primeiro (raramente o
segundo) segmento torácico unido com a cabeça. Telson quase sempre unido com os últimos
segmentos abdominais. Olhos sésseis. Pleópodes bifurcados. Coração encurtado, completa ou
parcialmente situado no abdómen. Em parte parasitas e então muito transformados. Geralmente
marinhos, também terrestres, mais raros na água doce. Asellus, Porcellio; Ligia; Idotea. (Kükental,
1986).
Subordem Oniscidea
1 - Família Trichoniscidae
Não possuem pulmões pleopodais e os flagelos das antenas têm uma secção cónica distinta
que vai afilando até à ponta. (HOPKIN, 1991).
Espécies encontradas na RNDSJ:
Trichoniscus pussilus (Brandt, 1833)
Porcellio scaber Latreille, 1804
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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2 - Família Armadillidiidae
Dois pares de pulmões.
Espécies encontradas na RNDSJ:
Armadillidium album Dollfus, 1877
Armadillidium vulgare (Latreille, 1804)
Eluma purpurascens Budde-Lund, 1885 (Fig. 32)
II – E - CLASSE COLLEMBOLA
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Eles são a seguir aos Ácaros, os Artrópodes mais importantes da mesofauna do solo, tanto
em termos de abundância como em termos de riqueza específica, constituindo assim, um
instrumento muito eficiente para a avaliação da biodiversidade dos habitats edáficos.
Estão envolvidos nos processos de decomposição da matéria orgânica. Eles são ainda
indicadores ecológicos das qualidades dos solos, quer agrícolas quer florestais, como dos distúrbios
causados pelo Homem nesses ecossistemas (GISIN, 1955; GAMA et al., 1989, 1991, 1994a, 1994b,
1995; SOUSA E GAMA, 1994, Sousa et al. 2000). Assim, tem sido realçada a estreita relação que
existe entre estes organismos e as características dos habitats, donde resulta a sua utilização como
bioindicadores.
A nível mundial já foram identificadas cerca de 6500 espécies (HOPKIN, 1997), mas muitas
espécies ainda estão por descobrir.
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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II – F - 1- Subclasse Apterygota
Como o nome indica, são insectos sem asas. São conhecidas cerca de 3000 espécies, mas
como são insectos diminutos e têm hábitos secretos, sem dúvida muitos mais estão por descobrir,
mesmo na Europa. (CHINERY, 1993).
II - F - 2- Subclasse Pterigota
São insectos alados ou secundariamente ápteros, sem apêndices abdominais no adulto e
passando por metamorfoses simples ou complexas.
Nos pterigotas há a distinguir os insectos Hemimetabólicos e os Holometabólicos.
1- Ordem Dermaptera
É uma ordem relativamente pequena que se divide em 10 famílias, que possuem
aproximadamente 1900 espécies. Estes insectos, têm umas asas anteriores curtas, sem veias, que
protegem as asas posteriores grandes e em forma de leque. O abdómen é móvel e telescópico, com
um par de apêndices em forma de pinça, direitos nas fêmeas e curvos nos machos. Os dermapteros
gostam de viver em espaços confinados, como debaixo de pedras e troncos caídos.
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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2 - Ordem Odonata
Os Odonata ou libélulas têm o corpo delgado e cilíndrico, geralmente colorido com cores
vivas. As asas são compridas e estreitas com nervação complexas. Encontram-se frequentemente
perto dos cursos de água. Esta Ordem divide-se em duas sub-ordens: Zygoptera e a Anisoptera.
Subordem Zygoptera
Caracterizada por animais pequenos e finos, com um voo flutuador fraco. A maioria das
espécies quando em repouso recolhem as asas ao longo do corpo de uma maneira característica
(BROOKS, 1997).
Família Lestidae
Estas são libelinhas verde metálico de tamanho médio. Repousam com as asas meio abertas
e estão restringidas a charcos com rodeados de muita vegetação (BROOKS, 1997).
Família Platycnemididae
Estas são libelinhas de tamanho médio, com as extremidades das patas de cor branca e com
uma cabeça estreita. Vivem normalmente em zonas com ribeiros de fluxo lento (BROOKS, 1997).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Platycnemis pennipes (Pallas, 1771)
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Família Coenagrionidae
Libelinhas azuis e pretas e vermelhas e pretas de pequeno a médio tamanho. Ocorrem um
largo espectro de meios aquáticos (BROOKS, 1997).
Espécies encontradas na RNDSJ, pertencentes a esta família:
Coenagrion scitulum (Rambur, 1842) (Fig. 41)
Erythromma najas (Hansemann 1823)
Ischnura elegans (Vander Linden, 1823)
Ischnura graellsii (Rambur, 1842)
Subordem Anisoptera
Esta subordem compreende pequenas e grandes libélulas, com um voo forte e poderoso.
Todas as espécies se caracterizam por manterem as asas abertas, em repouso (BROOKS, 1997).
Família Aeshnidae
São libélulas de tamanho médio a grande, de voo inquieto. Os olhos ocupam a maior parte
da cabeça. Ocorrem em habitats de água parada (BROOKS, 1997).
Espécies encontradas na RNDSJ, pertencentes a esta família:
Aeshna juncea (Linnaeus, 1758)
Aeshna sp. Fabricius, 1775
Anax imperator Leach, 1815 (ANEXO 5)
Família Libellulidae
Estas são libélulas de tamanho pequeno a médio, que podem ser azuis, vermelhas e amarelas.
Voam como setas e frequentemente empoleiram-se em plantas das margens dos charcos.
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Reproduzem-se num número variado de habitats, excepto em rios de fluxo rápido (BROOKS,
1997).
Espécies encontradas na RNDSJ, pertencentes a esta família:
Libellula fulva Müller, 1746
Crocothemis erythraea (Brullé, 1832) (Fig. 42)
Sympetrum fonscolombii (Selys, 1840) (ANEXO 6)
Sympetrum sanguineum (Müller, 1764) (ANEXO 7)
Sympetrum sp. Newman, 1833
3 - Ordem Orthoptera
Os Ortópteros, englobando os gafanhotos, os grilos e os ralos, têm o corpo robusto, sendo
as patas posteriores saltadoras, nos gafanhotos, ou as patas anteriores escavadoras, nos ralos.
Possuem em geral órgãos estriduladores, tratando-se pois de formas que cantam. Os gafanhotos
apresentam hábitos muito diversos, desde o cavernícola ao arborícola, mas os grilos e os ralos vivem
em galerias subterrâneas (CHINERY, 1993).
Família Gryllidae
São omnívoros, no entanto o material vegetal, predomina na sua dieta. Os machos
estridulam roçando as suas asas, uma contra a outra (CHINERY, 1993).
Família Tetiigoniidae
Estes gafanhotos possuem umas antenas muito compridas, estão mais aparentados com os
grilos do que com os gafanhotos. Podem ser encontrados em matas e zonas cobertas com arbustos,
do que em áreas de campo aberto (CHINERY, 1993).
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Família Acridae
Estes são os insectos que nos fazem serenatas, durante o Verão.
As antenas são curtas e fortes. Ocorrem na sua maioria, em terrenos com vegetação rasteira,
mas muitos deles desenvolveram preferências por habitats mais específico. Quase todos os
gafanhotos são puramente herbívoros, alimentando-se de ervas e de mais algumas plantas
(CHINERY, 1993).
Espécies encontradas na RNDSJ, pertencentes a esta família:
Arcyptera fusca (Pallas)
Chrothippus paralelus (Zetterstedt)
Locusta migratoria (Linnaeus, 1758)
Stenobothrus lineatus (Panzer)
4 - Ordem Phasmida
Os fasmídeos apresentam a forma de ramos com o corpo muito fino e alongado, ou a forma
foliácea. Vivem nos troncos e folhas dos arbustos, com os quais se confundem (GAMA, 19..) Esta
ordem contém cerca de 2000 espécies. Todos os fasmídeos são herbívoros. Em muitas espécies não
existem machos conhecidos e noutras os machos são muito raros. A reprodução dá-se por
partenogénese, as fêmeas depositam ovos férteis sem copularem (CHINERY, 1993).
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Família Bacillidae
Espécie encontrada na RNDSJ:
Clonopsis gallica (Charpentier, 1825) (Fig. 44)
5 - Ordem Dictioptera
Os Dictiópteros incluem as baratas, de forma sensivelmente oval e achatada, e as louva-a-
Deus, de forma alongada e em que as patas anteriores são preensoras. As baratas podem ser
domésticas, mas a maioria das espécies vive no solo, assim como as louva-a-Deus, que também se
encontram nos arbustos (IMMS, 1964)
Subordem Blattodea
As baratas procuram sítios húmidos ou abrigados da secura, no entanto, existem muitas
espécies que vivem no mato. São omnívoras, as espécies silvestres alimentam-se de insectos mortos
ou de plantas, as espécies domésticas atacam todas as substâncias comestíveis, ocasionando grandes
danos, mais pelo que estragam do que pelo que comem.
Deslocam-se rapidamente por meio da corrida, embora algumas espécies façam uns voos
curtos, sobretudo à noite e no crepúsculo, isto deve-se a serem lucífagas e a maioria é hidrófila
(CHINERY, 1993).
Subordem Manttodea
Os mantodeos são em geral insectos termófilos que procuram locais ensolarados, vivendo
em matos. São todos predadores e atacam todos os insectos que passam perto de si, para isso
mantêm-se imóveis durante bastante tempo e perfeitamente mimetizados no substracto. Deslocam-
se de um local para outro com uma marcha lenta, alguns machos de algumas espécies podem
efectuar voos curtos com bastante facilidade (CHINERY, 1993).
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Nenhum foi capturado nas armadilhas pitfall, apenas foram observados e fotografados no
campo
Espécies encontradas na RNDSJ, pertencentes a esta sub-ordem:
Ameles decolor (Charpentier, 1825) (Fig. 45)
Mantis religiosa Linnaeus, 1758
6 - Ordem Neuroptera
Insectos de tamanho que pode ir desde o pequeno ao grande, normalmente são castanhos ou
verdes. Possuem dois pares de asas de igual forma e tamanho, cobertas com uma fina rede de veias,
enquanto descansam pousam asas ao longo do corpo. Antenas proeminentes. Olhos compostos,
normalmente grandes (CHINERY, 1993).
Família Chrysopidae
As veias do corpo e das asas apresentam normalmente uma cor verde, e possuem uns olhos
proeminentes de aparência brilhante metálica (CHINERY, 1993).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Chrysopa sp. Leach, 1815
Família Myrmeleontidae
As formigas-leão são aparentemente como as libélulas, por causa das suas longas asas e dos
seus corpos compridos e elegantes, mas elas são facilmente distintas, pelas suas fortes antenas
(CHINERY, 1993).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Myrmelon formicarius Linnaeus, 1764 (Fig. 46)
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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7 - Ordem Hemiptera
Os Hemípteros, compreendendo as cigarras, os alfaiates, os percevejos domésticos, os
percevejos do monte, os pulgões e as cochinilhas, são insectos de forma e dimensões muito variadas,
por vezes muito modificados devido a adaptações especiais. Os Hemípteros homópteros têm asas
membranosas, enquanto que nos heterópteros as asas anteriores apresentam uma porção basal
coriácea, denominando-se semi-élitros. Têm hábitos terrestres ou aquáticos, constituindo um grupo
de grande interesse económico, pois muitas espécies são prejudiciais às plantas, e algumas são
hematófagas (IMMS, 1964).
Subordem Heteroptera
Superfamília Pentatomoidea
Família Acanthosomatidae
Diferem das outras famílias por possuírem apenas dois segmentos tarsais. Não existem
muitas espécies. Alimentam-se de frutos, mas durante a Primavera alimentam-se de folhas
(CHINERY, 1993).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Acanthosoma sp. Curtis, 1824
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Família Pentatomidae
É a maior família de percevejos com escudo. O escutelo é geralmente triangular e o corpo é
em forma de escudo, mais do que em qualquer outra família deste grupo. Gostam do calor. Algumas
espécies são carnívoras, mas a maioria alimenta-se de seiva. Podem causar grandes prejuízos em
colheitas (CHINERY, 1993).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Carpocoris fuscispinus (Boheman, 1851) (Fig.47)
Família Pyrrhocoridae
Os seus elemetos são na sua maioria comedores de sementes, podendo causar prejuízos na
agricultura (CHINERY, 1993).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Pyrrhocoris apterus (Linnaeus, 1758) (Fig. 48)
Pyrrhocoris sp. Fallén, 1814
Família Rhopalidae
Possuem uma glândula que produz mal cheiro quando o insecto é importunado, esta abre
entre a coxa mediana e a posterior. A maioria das espécies apresentam uma coloração vermelha e/ou
preta (CHINERY, 1993).
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Família Scutelleridae
É sobretudo uma família das zonas tropicais, a característica que melhor distingue esta
família das outras é esta possuir um escutelo muito grande, que vai desde o início do abdómen e
cobre quase completamente as asas (CHINERY, 1993).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Eurygaster testudinaria (Geoffroy, 1785)
8 - Ordem Lepidoptera
Os Lepidópteros incluem as borboletas, caracterizadas pela variedade de colorações, e as
traças de cores sombrias. As borboletas adultas não têm importância económica, mas sim as suas
larvas, algumas das quais são benéficas como o bicho-da-seda (Bombyx mori, (Linnaeus, 1758)), mas a
grande maioria é prejudicial atacando os produtos armazenados, as plantas cultivadas e o vestuário
(IMMS, 1964).
Família Papilionidae
Esta é a família que, em Portugal, menor número de espécies apresenta: 3. Os adultos são
bastante coloridos: base amarela ou branca, com manchas azuis, vermelhas ou laranja. As lagartas
são polífagas (excepto em Zerynthia rumina, (Linnaeus, 1758)), alimentando-se de plantas baixas ou de
árvores da família das rosáceas. A hibernação ocorre sempre na fase de crisálida (MARAVALHAS,
2003).
As espécies não se encontram particularmente ameaçadas, embora a Zerynthia rumina venha
regredindo em muitos locais (MARAVALHAS, 2003).
Espécie encontrada na RNDSJ:
Papilio machaon (Linnaeus, 1758)
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Família Pieridae
Desta família são conhecidas 14 espécies em Portugal, a maioria das quais é vulgar em quase
todo o território. Há uma espécie ligada ao substrato calcário em, ambiente mediterrânico, pelo que
é conhecida apenas do Parque Natural da Arrábida e do Algarve (MARAVALHAS, 2003).
As lagartas alimentam-se de plantas baixas ou de árvores e algumas são prgas em quintais
geridos pelo homem. A hibernação ocorre, principalmente, na fase de crisálida (MARAVALHAS,
2003).
Espécies encontrada na RNDSJ:
Pieris brassicae (Linnaeus, 1758)
Pieris rapae (Linnaeus, 1758)
Colias croceus (Fourcroy, 1785) (ANEXO 8)
Família Lycaenidae
Os 30 taxa existentes em Portugal vivem à custa de plantas baixas e de árvores diversas. A
hibernação está bem repartida mas exclui a fase de fase de adulto. Há cerca de 10 espécies cuja
conservação é prioritária (MARAVALHAS, 2003).
Espécies encontradas na RNDSJ:
Cacyreus marshalli (Butler, 1898)
Callophrys rubi (Linnaeus, 1758) (Fig. 49)
Lampides boeticus (Linnaeus, 1758)
Leptotes pirithous (Linnaeus, 1767) (ANEXO 9)
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Família Nymphalidae
Família numerosa, com representantes em todos os tipos de habitats e larvas alimentando-se
das mais variadas plantas. A maioria das espécies hiberna como lagarta. Várias espécies em risco de
extinção a nível local (MARAVALHAS, 2003).
Espécie encontrada a RNDSJ:
Vanessa atalanta (Linnaeus, 1758) (Fig 50)
Família Satyridae
Subfamília Satyrinae
Subfamília característica: adultos castanhos (excepto no género Melanargia), lagartas lisas ou
às riscas alimentando-se sempre de gramíneas. É o único grupo em que todas as espécies hibernam
como lagarta. A maior parte das populações apresenta níveis elevados e um grau de dispersão
considerável, mas há duas em risco a nível local (MARAVALHAS, 2003).
Pararge aegeria (Linnaeus, 1758) (ANEXO 10)
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Superfamília Pterophoroidea
Família Pterophoridae
As asas são finas e cada uma é, normalmente, dividida em duas, três ou quatro plumas. São
atraídos pela luz durante a noite. As larvas alimentam-se de uma espécie de trepadeira (CHINERY,
1993).
Superfamília Pyraloidea
Família Pyralidae
Possuem órgãos timpânicos abdominais. As larvas podem-se distinguir de outras, pelo seu
enroscamento característico, quando são incomodadas (CHINERY, 1993).
Superfamília Geometroidea
Família Geometridae
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Superfamília Noctuoidea
Família Lymantridae
Estas traças são muito peludas, e os pêlos muitas vezes são irritantes, sendo difíceis de
manusear. As larvas também são peludas, também de manuseamento desagradável, no entanto, com
os seus tufos de pêlo, elas estão entre as lagartas mais atractivas. Algumas são pestes (CHINERY,
1993).
Euproctis similis (Fuessly, 1775), espécie encontrada na RNDSJ
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Superfamília Bombycoidea
Família Lasiocompidae
É a maior família desta superfamília, geralmente são grandes, peludas e com asas recortadas.
As larvas são gregárias, muitas vezes são pestes (CHINERY, 1993).
Espécie presente na RNDSJ:
Lasiocampa trifolii ([Denis & Schiffermüller], 1775) (Fig. 55)
9 - Ordem Trichoptera
Existem cerca de 400 espécies na Europa. Podem ser de pequeno, médio ou grande
tamanho, são insectos com dois pares de asas cobertas com pequenos pêlos. Antenas compridas,
encontram-se perto da água. É a única ordem de insectos Holometabólicos em que as primeiros
estágios da sua vida são primariamente aquáticos. Tanto as larvas como os adultos servem de
alimento para os peixes e aves aquáticas (CHINERY, 1993).
10 - Ordem Diptera
Os dípteros, compreendendo as moscas, mosquitos e melgas, são essencialmente
caracterizados pela redução das asas posteriores, que estão transformadas em balanceiros.
Apresentam uma enorme variedade de hábitos, havendo espécies domésticas, parasitas, cavernícolas,
etc. (IMMS, 1964).
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Subordem Brachycera
Família Asilidae
Esta família contém as chamadas moscas-borracha – insectos com patas muito peludas. A
característica mais distinta é uma grande depressão que possuem entre os olhos. Todas se alimentam
de insectos que capturam em pelo voo. Apesar do tamanho grande destes insectos, eles são
inofensivos para o homem (CHINERY, 1993).
Espécie presente na RNDSJ:
Eutolmus rufibarbis (Meigen, 1820)
Família Bombyliidae
Chamadas moscas-abelha, por serem fortes e peludas com uma grande semelhança com as
abelhas. Normalmente são vistas na Primavera, enterrando o seu grande probóscide em flores. As
suas larvas são parasitas de outros insectos (CHINERY, 1993).
Espécie presente na RNDSJ:
Thyridanthrax fenestratus (Fallén, 1814) (Fig. 56) (ANEXO 11)
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Família Mydaidae
Contém um número de moscas grandes e mais ou menos desprovidas de pêlos, com antenas
clavadas. A maioria das espécies deste família vivem nos trópicos, existem algumas espécies na
Europa. Os machos são muito mais pequenos e escuros do que as fêmeas. Tanto os adultos como as
larvas são predadores ferozes (CHINERY, 1993).
Espécie presente na RNDSJ:
Leptomydas corsicanus Bequaert, 1961
Subordem Cyclorrhapha
Família Tachinidae
É uma grande família, contendo basicamente, moscas de tamanho médio, que podem ser
reconhecidas pelo pós-escutelo bem desenvolvido (CHINERY, 1993).
Espécie presente na RNDSJ:
Alophora hemiptera (Fabricius)
12 - Ordem Hymenoptera
Os Himenópteros incluem as abelhas, vespas e formigas, vivendo as formas mais evoluídas,
em que o abdómen é pedunculado, em comunidades polimórficas, constituídas pela rainha, zângões
e obreiras. Apresentam uma grande variedade de hábitos, sendo muitas espécies parasitas de plantas,
e doutros insectos; por isso, são utilizados na luta biológica contra as pragas (CHINERY, 1993).
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Subordem Apocrita
Superfamília Formicoidea
Família Formicidae
Existem 15000 espécies comuns, todas sociais.
As formigas, sendo ou não aladas, podem ser distinguidas dos outros insectos pela estrutura
do pecíolo (parte do corpo entre o tórax e o abdómen). Este é constituído por um ou dois
segmentos. Outra característica distintiva das formigas é terem as antenas em forma de cotovelo
(CHINERY, 1993).
Superfamília Scolioidea
Família Scoliidae
A esta família pertencem os maiores Hymenoptera. São peludos, frequentemente com
marcas vermelhas ou amarelas, e possuem asas bem desenvolvidas em ambos os sexos. As asas
normalmente são escuras com um brilho metálico. As larvas são ectoparasitas de vários escaravelhos
(CHINERY, 1993).
Superfamília Vespoidea
Família Vespidae
É uma família que contém as vespas sociais. Olhos em forma de crescente, três células
submarginais nas asas anteriores. Alimentam os juvenis com outros insectos. Os adultos são
encontrados em néctar e outras coisas doces, mas em vez de terem armaduras bucais sugadoras,
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Ana Cristina Francisco Rufino
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possuem maxilas fortes e uma língua curta. As vespas não possuem aparelho colector de pólen,
normalmente não têm tantos pêlos quanto as abelhas. Por isso a sua coloração, em vez de ser devida
aos pêlos, é devida às placas corporais e aos escleritos (CHINERY, 1993).
Superfamília Sphecoidea
Família Sphecidae
É o maior grupo de vespas solitárias. São chamadas vespas escavadoras, por escavarem
buracos no chão que vão servir como ninhos. São carnívoras, alimentando-se de afídeos, moscas,
escaravelhos, ninfas de ortópteros e muitos outros insectos (CHINERY, 1993).
Espécie presente na RNDSJ:
Ammophila sabulosa (Linnaeus, 1758) (Fig. 59) (ANEXO 12)
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Superfamília Apoidea
Família Apidae
Existem cerca de 30000 espécies conhecidas a nível mundial. Esta família é constituída tanto
pelas abelhas solitárias como pelas sociais. Alimentam-se de pólen e néctar. A glossa (língua) é bem
desenvolvida, comprida, mas existem excepções. Fazem a recolha do pólen, pousando em flores e
assim o pólen adere aos seus pêlos; por este motivo são tão importantes na polinização de muitas
plantas (CHINERY, 1993).
Espécies presentes na RNDSJ:
Apis mellifera Linnaeus, 1758
Bombus lucorum (Linnaeus, 1961) (Fig. 60)
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Ana Cristina Francisco Rufino
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13 - Ordem Coleoptera
Com mais de 350000 espécies conhecidas, esta é a maior ordem dos insectos. Mais de 20000
ocorrem na Europa. Os coleópteros possuem dimensões muito variadas, podem ser os insectos de
maiores dimensões, ou possuir apenas 0,5 mm de comprimento. Existem muitas espécies e dentro
das espécies podem ser também muito numerosos, no entanto isto pode não ser muito evidente,
devido, ou ao seu pequeno tamanho, ou, quer a hábitos nocturnos ou devido a serem reservados. A
maior parte dos coleópteros pode voar e efectivamente voa, mas o tempo despendido no voo é
relativamente curto: os coleópteros são insectos do solo e vegetação baixa.
Com as limitações impostas pelas suas peças bucais, os coleópteros invadiram todos os
habitats disponíveis – incluindo o mar – e exploraram todas as fontes de alimento possível. A ordem
inclui os que se alimentam de plantas, predadores, e parasitas. Muitas espécies são pestes com grande
importância económica. Por outro lado, muitos coleópteros são aliados eficazes no combate de
outras pestes, como é o caso das joaninhas no combate aos afídeos. Os escaravelhos do estrume têm
um papel importante no ciclo do azoto, ao consumirem estrume animal e húmus.
O sucesso dos coleópteros é devido em especial aos seus élitros fortes e também à dureza
geral da sua cutícula. Os élitros permitem que estes possam viver debaixo de pedras e manta morta,
e ao mesmo tempo protege as delicadas asas membranosas. A dura cutícula torna-os resistentes ao
choque e à dissecação, para além de permitir que eles vivam em locais mais secos que a maioria dos
outros insectos. Os élitros também permitem que os coleópteros vivam na água (CHINERY, 1993).
Subordem Adephaga
Superfamília Caraboidea
Subfamília Carabinae
Espécie presente na RNDSJ:
Carabus hortensis Linnaeus, 1758 (Fig. 61)
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Subfamília Bembidiinae
Espécies presentes na RNDSJ.:
Bembidion quadraculatum (Linnaeus, 1761) (Fig. 62)
Bembidion sp.
Duas espécies não identificadas.
Subfamília Pterostichinae
Espécie presente na RNDSJ.:
Agonum marginatum (Linnaeus, 1758) (Fig. 63)
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Ana Cristina Francisco Rufino
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Subfamília Zabrinae
Espécie presente na RNDSJ:
Amara fulva (Müller, O. F., 1776)
Subfamília Badistrinae
Uma espécie não identificada.
Subfamília Scaritinae
Uma espécie não identificada.
Subordem Polífaga
67
Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
_______________________________________________________________________________________________________
Superfamília Histeroidea
Subfamília Histerinae
Espécies presentes na RNDSJ:
Penalister sterconarium (Hoffmann, 1803)
Platysoma compressum (Herbst, 1783)
Superfamília Staphylinoidea
68
Ana Cristina Francisco Rufino
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Subfamília Tachyporinae
Três espécies não identificadas.
Família Pselaphidae
Existem umas 123 espécies na Península Ibérica. Em geral, são espécies predadoras, cujo
alimento se compõe basicamente de pequenos organismos (ácaros). Gostam da humidade, vivem em
plantas e madeira amolecida, substâncias apodrecidas e decompostas (ZAHRADNÍK, 1990).
Superfamília Scarabaeioidea
Subfamília Melolonthinae
Espécie presente na RNDSJ:
69
Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
_______________________________________________________________________________________________________
Subfamília Cetoninae
Espécies presentes na RNDSJ:
Tropinota hirta (Poda, 1761) (Fig. 66) (ANEXO 14)
Cetonia aurata (Linnaeus, 1758)
Superfamília Eucinetoidea
Família Helodidae
Na Península Ibérica estão citadas 24 espécies. Falta a confirmação. Encontram-se perto de
zonas com água, pântanos, prados húmidos; os adultos encontram-se nas flores e folhas de plantas
herbáceas e arbustos, também ocorrem em detritos da orla do mar (ZAHRADNÍK, 1990).
Espécie presente na RNDSJ:
Microcara testacea (Linnaeus, 1767)
Superfamília Dryopoidea
Família Heteroceridae
Existem 15 espécies na Península Ibérica. Os adultos e as larvas vivem em colónias em
galerias escavadas pelos mesmos (ZAHRADNÍK, 1990).
70
Ana Cristina Francisco Rufino
_______________________________________________________________________________________________________
Superfamília Cantharoidea
Superfamília Anobiioidea
71
Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
_______________________________________________________________________________________________________
Superfamília Cucujoidea
Família Nitidulidae
Na Península Ibérica conhecem-se mais de 110 espécies, pouco estudadas. Podem aparecer
em bosques, prados, campos, hortas; em flores, fungos, em cadáveres secos e ossos
(ZAHRADNÍK, 1990).
Subfamília Nitidulinae
Espécie presente na RNDSJ:
Epuraea depressa (Illiger, 1792)
Família Erotylidae
Na fauna Ibérica existem 10 espécies. Os adultos e as larvas encontram-se em fungos nas
árvores, debaixo de troncos amolecidos e sobre plantas em decomposição (ZAHRADNÍK, 1990).
Subfamília Coccinelinae
Espécies presentes na RNDSJ:
Coccinella septempunctata (Linn.) Heyd. 1870 (Fig. 67) (ANEXO 15)
Tyttaspsis sp.
72
Ana Cristina Francisco Rufino
_______________________________________________________________________________________________________
Família Tenebrionidae
Na fauna Ibérica são muito numerosos os géneros e espécies endémicas, são mais de 450 as
espécies conhecidas. Existem nos mais diversos habitats, especialmente em locais quentes. A sua
presença indica que existem fungos de árvores, na madeira velha e apodrecida, na erva, em campos
arenosos. Algumas espécies vivem em colónias (ZAHRADNÍK, 1990).
Espécie presente na RNDSJ:
Phaleria cadaverina (Fabricius, 1792) (Fig. 68)
Família Oedemeridae
Existem umas 40 espécies na Península Ibérica. Vivem sobre flores e herbáceas (dente de
leão, margaridas) e também em árvores, onde recolhem o pólen; nas margens dos bosques, bosques,
prados de bosques, margens e hortas (ZAHRADNÍK, 1990).
Espécies presentes na RNDSJ:
Oedemera nobilis (Scopoli, 1763)
Oedemera virescens (Linnaeus, 1767) (Fig. 68)
Chrysantia sp.
73
Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Família Anthicidae
Na fauna Ibérica existem mais de 100 espécies. Têm actividade diurna e nocturna
Uma espécie não identificada. Vivem preferencialmente em bosques e prados; alguns adultos sobre
flores, outros sobre detritos, plantas apodrecidas, debaixo de pedras, e também nas casas e em
estábulos (ZAHRADNÍK, 1990).
Superfamília Chrysomeloidea
Subfamília Donaciinae
Espécie presente na RNDSJ:
Donacia vulgaris Zschach, 1788
Subfamília Chrysomelinae
Espécie presente na RNDSJ:
Chrysomela gypsophilal
Subfamília Halticinae
Espécie presente na RNDSJ:
Crepidodera p.Chevrolat,1836
74
Ana Cristina Francisco Rufino
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Sub-família Hyspinae
Espécie presente na RNDSJ:
Hyspella sp. (Fig. 69) (ANEXO 16)
Superfamília Curculionoidea
Família Curculionidae
Na Península Ibérica supõe-se que existam mais de 2000 espécies. São herbívoros, com uma
actividade principalmente diurna. Muitas espécies são polífagas, outras dependem apenas de uma ou
de poucas espécies de plantas para se alimentarem. Ocupam os mais variados habitats: prados,
campos, estepas, bosques, hortas, orlas marítimas. Alguns estão por toda a parte, desde a costa até às
montanhas, outros só existem em zonas montanhosas. Muitas espécies gostam do calor
(ZAHRADNÍK, 1990).
Subfamília Hylobiinae
Espécie presente na RNDSJ:
Hylobius abietis (Linnaeus, 1758)
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Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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Superfamília Scolytoidea
Família Scolytidae
Só em Espanha existem umas 150 espécies. A maioria das espécies vivem em coníferas,
menos em latifólios e só algumas vivem em herbáceas. Parecem estar associadas com uma ou poucas
plantas que lhes servem de alimento e só muito poucas espécies são polífagas. Habitam em bosques,
jardins, plantações de frutos, parques e avenidas, desde a costa até às montanhas (ZAHRADNÍK,
1990).
Sub-família Ipinae
Duas espécies presentes na RNDSJ, mas não identificadas.
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Ana Cristina Francisco Rufino
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5 - CONCLUSÃO
77
Inventariação das espécies de invertebrados presentes na RNDSJ
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83
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ANEXOS
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N
Corta.shp
Legenda
Acacial
Acacial com presença de Pinheiro bravo jovem e Samouco
Antigos terrenos agrícolas
Área com influência de água doce
Área com influência de água salobra
Área de apoio e serviços
Areia de praia
Espécies herbáceas
Folhosas
Folhosas com regeneração natural de Pinheiro bravo e arbustivas
Herbáceas com regeneração natural de Acacia sp.
Herbáceas e arbustivas com regeneração natural de Pinheiro bravo
Herbáceas e arbustivas com Samouco e regeneração natural de Pinheiro bravo
Outras folhosas
Pinheiro bravo
Pinheiro bravo com sobcoberto de Samouco e Acacia sp.
Pinheiro bravo disperso com Acacia sp. e Samouco
Pinheiro bravo disperso com Acacia sp., Samouco e Medronheiro
Pinheiro bravo disperso com regeneração de Acacia sp.
Pinheiro bravo jovem e Samouco com presença de Acacia sp.
Regeneração natural de Pinheiro bravo com arbustivas
Regeneração natural de Pinheiro bravo com arbustivas, Samouco e Acacia sp.
Resinosas com sobcoberto de Samouco, Acacia sp. e Camarinheira
Vegetação dunar 0
8
0
0
1
6
0
0
2
4
0
0
M
e
t
e
r
s
Anexo 1
Mapa das manchas de coberto vegetal da RNDSJ.
Anexo 2
Mapa com a localização das armadilhas “pitfall” na RNDSJ.
Anexo 3
Mapa de registos da amostragem por busca activa das aranhas Argiope lobata e Argiope brunnichi na
RNDSJ.
Anexo 4
Mapa de registos da amostragem por busca activa do colêmbolo Entomobrya sp.na RNDSJ.
Anexo 5
Mapa de registos da amostragem por busca activa do odonata Anax imperator na RNDSJ.
Anexo 6
Mapa de registos da amostragem por busca activa do odonata Sympetrum fonscolombo na RNDSJ.
Anexo 7
Mapa de registos da amostragem por busca activa do odonata Symperum sanguineum na RNDSJ.
Anexo 8
Mapa de registos da amostragem por busca activa do lepidoptero Colias croceus na RNDSJ.
Anexo 9
Mapa de registos da amostragem por busca activa do lepidoptero Leptotes pirithous na RNDSJ.
Anexo 10
Mapa de registos da amostragem por busca activa do lepidoptera Pararge aegeria na RNDSJ.
Anexo 11
Mapa de registos da amostragem por busca activa do diptero Thyridanthrax fenestrtus na RNDSJ.
Anexo 12
Mapa de registos da amostragem por busca activa do himenóptero Ammophila sabulosa na RNDSJ.
Anexo 13
Mapa de registos da amostragem por busca activa do coleóptero Melolontha melolontha na RNDSJ.
Anexo 14
Mapa de registos da amostragem por busca activa do coleóptero Tropinota hirta na RNDSJ.
Anexo 15
Mapa de registos da amostragem por busca activa do coleóptero Cccinella setempuctata na RNDSJ.
Anexo 16
Mapa de registos da amostragem por busca activa do coleóptero Hispella sp.na RNDSJ.