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ACADEMIA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLOGIA

- ACITE
CURSO DE MESTRADO EM GLOBALIZAÇÃO E
SEGURANÇA
Ano de 2021-2022| 3ª Edição |2.º Semestre

Mudanças Climáticas e seu Impacto nas Relações


Internacionais

Discente
Edson de Jesus Bande Manuel

Trabalho apresentado no âmbito do processo de avaliação do módulo


“Ambiente e Demografia-Novos Paradigmas e Novos medos”

Docentes
Professor Doutor Luekiako Afonso
Professor Doutor José Ribeiro
Professor (MsC) Manuel Nunes

Luanda, Julho 2022


DISCENTE
Edson de Jesus Bande Manuel,

Mudanças Climáticas e seu Impacto nas Relações


Internacionais

Docentes
Professor Doutor Luekiako Afonso
Professor Doutor José Ribeiro
Professor (MsC) Manuel Nunes

Luanda
Julho 2022
ÍNDICE

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Resumo

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O presente trabalho se propõe a analisar a génese e evolução histórica da
Unidade de Defesa Presidencial. Assim, trabalha-se desde a criação, as fases e
trajectória até aos dias de hoje, os desafios e perspectivas de profissionalização num
sistema politico em democratização até 2022.
Perpassando seus anos de evolução na segurança e protecção não só do
Presidente da República e Comandante - em - Chefe das Forças Armadas Angolanas,
mas também na implementação de estratégia de protecção dos objectivos estratégicos
nacionais. No auge da guerra fria, adopta uma conceitualização face a missão por si
acometida um ano após a proclamação da independência nacional.
O ponto central da pesquisa é buscar compreender não só a génese, mas também
a evolução histórica face as mudanças fundamentais acompanhadas com os processos
transições das nomenclaturas ao longo dos anos e que de novo trouxe na sua actuação.
Assim completa-se com um estudo do processo de criação ou formação, sua actuação na
conjuntura de guerra civil, as alterações que sofreu ao longo do tempo. Analisar os
desafios impostos na época e perspectivar inovações apesar do decepcionante historial
africano de princípios e valores do profissionalismo militar. O problema é que em
demasiados países africanos têm existido impedimentos à adaptação e implementação
destes conceitos, normalmente, na base de umas forças armadas profissionais está uma
cultura política democrática.

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Introdução
A questão complexa e multifacetada do meio ambiente atrelada à agenda diplomática
multilateral é, relativamente, recente no dínamo das Relações Internacionais, tendo impactos
profundos nos mais amplos domínios da vida humana.
Surge a partir dos anos setenta, quando ocorre a primeira Conferência Mundial da
ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (ECO 72) em Estocolmo na Suécia. De 1972
(Estocolmo) ao Rio-92, tendo seguimento pelas Conferências do Clima de Bali na Índia e de
Copenhaga na Dinamarca, esta última em Dezembro de 2009, a temática ambiental tem-se
transformado de política de baixa intensidade e relevância residual (low politics), assumindo
contornos, actualmente, de política de alta intensidade e importância estratégica (high
politics).
Neste contexto histórico de densas transformações, o meio ambiente tem forçado, de
forma crescente, novos posicionamentos, gerando novos conceitos e posturas no campo das
Relações Internacionais. Actualmente, a lógica da globalização e da industrialização tem uma
forte carga poluente e de alto conteúdo de carbono tinha no híperconsumismo e na
descartabilidade seus principais lastros, no entanto, surgem pressões para novas configurações
teóricas e prático-operacionais para com as pressões ambientais em curso.
Boa parte de tais pressões acaba por desembocar em evidências científicas para a
mudança climática, assumindo carácter de urgência e gravidade no cenário internacional.
Meio ambiente, agenda diplomática multilateral e Relações Internacionais assumem, portanto,
complexidade tal que seus eixos de diálogo se tornam somente possíveis a partir da ampliação
de cada um de seus escopos analíticos e temáticos.
Em outras palavras: é necessário redefinir e repensar maneiras de acompanhar a
ampliação da defesa jurídica, política e diplomática dos emergentes paradigmas da economia
verde com padrões antigos de elevado conteúdo de carbono no cenário internacional. Aludir
Mudanças Climáticas e seu Impacto nas Relações Internacionais, por conseguinte, a
proclamação da independência não iria significar para o povo angolano a liberdade, no
que tange ao conflito intra-estatal entre os movimentos signatário do acordo de alvor,
FNLA, MPLA e UNITA (Costa, 2010, p. 65).

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CAPITULO I - ENQUADRAMENTO TEÓRICO CONCEPTUAL

Esse capítulo apresenta a base teórica dos temas abordados na pesquisa, bem como, os
principais conceitos e elementos utilizados neste estudo.
1.1. Mudanças climáticas
Caracterizar um clima pressupõe um conjunto de parâmetros cujo número e precisão
varia em função da escala do espaço estudado. Quando nos referimos em mudanças,
Kurt Lewin ( Apud Baud, Bourgeat, & Bras, 1997, p. 54) defende mudança em
três etapas, que ele chama de: descongelamento, mudança e recongelamento.
Já Baud, Bourgeat, & Bras ( 1997, p. 54) asseveram que o clima é um conjunto de
características médias da atmosfera, num dado lugar , durante um longo período.
De acordo com Mendes, Conceição, & Muniz ( 2015, p. 02) entendem que a mudança
do clima é “comumente chamada de aquecimento global”, porque uma das
consequências mais prováveis da existência de concentrações maiores de gases de efeito
estufa na atmosfera é o aumento da temperatura média do planeta. Logo, outros efeitos
consequentes do aumento de temperatura poderiam ser igualmente importantes,
podendo provocar novos padrões de ventos, chuvas e circulação dos oceanos.
Entretanto, a busca de políticas ecológicas. A medida que a urbanização e a
industrialização crescem e se desenvolvem, em contraste, questões como a educação
ambiental e políticas ecológicas necessitam ser debatidas.

1.2. Ecopolítica
( Sant’Anna & Moreira, 2016)A Ecopolítica busca uma sociedade completa que respeite o
meio ambiente, que preserve a sustentabilidade ambiental por meio da educação
resiliente, formando indivíduos conscientes de sua condição humana e de sua cidadania
planetária para as presentes e futuras gerações.
O conceito geral de ecopolítica está atrelado há normas políticas em favor do meio
ambiente. Mais precisamente, a ecopolítica nada mais é que políticas ecológicas.
A medida que a urbanização e a industrialização crescem e se desenvolvem, em
contraste, questões como a educação ambiental e políticas ecológicas necessitam ser
debatidas. Tendo em vista essa preocupação, é clara a necessidade de discussão do
assunto e de suas problemáticas, ou seja, as consequências do avanço industrial e
urbano ao meio ambiente e a seus circundados trazidos. Visto isso, a ecopolítica tem por
alvo principal a problematização e debate dessas consequências, podendo entre elas

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citar: impactos ambientais, buscando a segurança ambiental a nível do sistema
internacional vida no campo prejudicada e necessidade de reforma agrária brasileira
Nos anos 70 há no Brasil um despertar da consciência ecológica mundial, com alguns
propulsores, tais como a Conferência das Nações Unidas sobre o meio Ambiente, debates
sobre os limites do crescimento, início de discussões teóricas sobre ecologia política e
crescimentos dos movimentos sociais ecologistas. Os problemas de degradação do meio
ambiente provocados pelo crescimento exacerbado da economia convertem-se num
problema global que precisa de providências. Questões ambientais no Brasil começam a
ganhar espaço na política brasileira a partir de Janeiro de 1986, em que há uma crescente
manifestação pela ecologia no processo da Constituinte.
A ecopolítica se desenvolve e cresce em nível de debate. Fundações dos Partidos Verdes
acontecem no país, começando no Rio de Janeiro, e o movimento ecológico brasileiro
parece estar atingindo certo ponto de maturação. Surge também na política a bancada
ruralista, que tem por objetivo resolver questões relacionadas com a reforma agrária.  Em
suma, os movimentos ambientais brasileiros continuam sua luta por garantia de
preservação ambiental e manutenção social da vida no campo. Agora, de certa forma,
aliados ao Estado, mas, ainda assim, enfrentando diversos desafios implicados a seus
objectivos. A falta de conscientização ambiental por parte da população e a precarização
da vida no campo aliada à falta de atitude por parte do governo e elite são impedimentos
no não desenvolvimento da sustentabilidade e da reforma agrária no país, bem como as
todas as outras questões que envolvem o meio ambiente e seus habitantes.

1.3. Segurança Ambiental

O debate sobre a inclusão de questões ambientais dentro do campo dos estudos de


segurança em Relações Internacionais toma corpo a partir da década de 1980 Dauvergne
(2005 Apud Filippi & Brandão, 2017, p. 73).
Neste momento, o debate se fortalece no meio académico e político, com a organização
de workshops, publicações em revistas científicas e citações em discursos. Em relatório
de 1980 da Comissão Brandt sugere-se que a sobrevivência da humanidade depende da
cooperação global em prol da garantia de um ambiente Myers, (1986 Apud Filippi &
Brandão, 2017, p. 73). Ainda na mesma década, a Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, convocada pela ONU, publica o famoso relatório
intitulado "Nosso Futuro Comum" no qual um capítulo inteiro é dedicado a explorar a

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CAPITULO II – MUDANÇAS CLIMÁTICAS NAS RELAÇOES
INTERNACIONAL

2.1. Nova Temática Ambiental

2.2. Novas e Velhas Demandas em Busca do Verde


Assim, a ecopolítica com suas novas e velhas teses nem sempre é respaldada, em igual
grau, com a nova geoeconomia limpa da economia verdade. Detecta-se que a
ecopolítica tem tido retornos não tão esperados, no âmbito decisório institucional, por
boa parte do activismo militante verde por causa da falta de interesse real tanto dos
Estados nacionais, quanto por parte das GCTs (Grandes Corporações Transnacionais)
que entendem que a ecopolítica pode alterar suas lógicas de comércio e de maximização
do lucro em escala global.
Aí está, dessa forma, alojado o dilema urgente para o G-8, para os BRICS (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) e também para os países com menor exposição
internacional: qual o ponto óptimo de retorno de propostas que venham, realmente, a
modificar a realidade gritante de problemas ambientais internacionais?
Como modificar uma cultura de consumo bastante difundida que está na encruzilhada
das mazelas ambientais em uma sociedade de massa transnacional profundamente
individualista? Tais respostas só poderiam ser, em parte, respondidas a partir da
compreensão crítica das premissas defendidas pela ecopolítica que trataremos adiante.
As principais remissas da teoria política ambientalista, especificamente, voltadas para a
política internacional, são as seguintes: redução do papel e da abrangência decisória do
Estado nacional em razão de o Leviatã ser, ao mesmo tempo, indutor e receptor das
falhas estruturais na gestão consciente do meio ambiente; rejeição do formato de
sistema internacional centrado nos conceitos westphalianos, sob o ponto de vista de
tomada de decisão; promoção de políticas descentralizadas em prol da legitimidade
democrática e decisória local, pois é no local onde boa parte das acções de conscientização
ambiental tem força e proximidade com o tecido humano integrado.Pode-se, assim, afirmar
que boa parte da teoria política verde se volta para o desenvolvimentismo de base local,
reduzindo o poder decisório estatocêntrico com suas agências e relacionamentos com as GCTs
que, muitas vezes, não imprimem total respeito aos padrões ambientais externos e
domésticos. Ao longo da primeira década de 2000, a outorga de alguns Prêmios Nobeis da Paz
para entidades ou personalidades preocupadas com o meio ambiente indica a mudança
expressiva da atenção coletiva internacional com tal agenda: em 2004, a Vice-Ministra do Meio

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Ambiente do Quênia, Wangari Maathai e, em 2007, o ex-vice-presidente norte-americano Al
Gore e o IPCC (Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas) recebem o Prêmio Nobel da
Paz. A ONU, ao ganhar o Nobel da Paz, juntamente, com seu Secretário-Geral à época, Kofi
Annan, também centraliza suas articulações internacionais no entorno de questões de
desenvolvimento com responsabilidade ambiental, em especial, seu PNUMA (Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente).

2.3. Mitigar, Assegurar, Salvar, Governar


Mitigação de Impactos Ambientais: A mitigação, em meio ambiente, consiste em
intervenções que visam a reduzir ou remediar os impactos nocivos da actividade
humana nos meios físico, biótico e antrópico.
Medidas De Mitigação E Adaptação Às Mudanças Climáticas:
 Melhorar a eficiência energética e apostar nas energias renováveis contra os
combustíveis fósseis.
 Promover o transporte público e a mobilidade sustentável com mais trajectos
urbanos de bicicleta, menos voos de avião e mais viagens de trem e carro
compartilhado.

CAPITULO III – IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NAS


RELAÇOES INTERNACIONAIS

3.1. Redefinição das Mudanças climáticas

3.2. Tendências e Analises do Impacto

3.3. Segurança Internacional e Mudanças Climáticas

Conclusão

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