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Passo da Pátria

RIO POTENGI
Maruim

Figura 30 - Mapa contendo a sobreposição das poligonais de tombamento (em rosa) e de entorno (em amarelo), o
perímetro da malha viária constante no mapa datado de 1840 (azul), e a localização das comunidades do Passo
da Pátria e Maruim. Fonte: Google Earth, 2015.

Os entrevistados que participaram do processo de tombamento deram diferentes visões


sobre o motivo da não inserção destas comunidades na área de proteção. Embora Romero Filho
tenha frisado que o argumento do tombamento foi histórico (tendo como referência urbanística
o traçado do período colonial), se revemos o trecho transcrito acima, vê-se que o tecido do
Passo da Pátria, por exemplo, já tinha se formado e apresentava certa dinâmica desde este
período.

Contudo, ao se analisar os mapas das transformações urbanas da cidade entre 1690 e


1840 (que foram inseridos nos estudos iniciais para o pedido de tombamento, constantes na
figura 31), na área que margeia o rio (onde se localiza o Passo da Pátria), não houve indicação
de ocupação, não sendo possível aferir se a que hoje existe no local ainda mantém o traçado
inicial. Quanto à Comunidade do Maruim, cuja localização está a norte da Ribeira (não
aparecendo nos referidos mapas), tampouco teve sua conformação urbana identificada.

Diversas foram as justificativas ou suposições apontadas pelos técnicos que


participaram do processo, para a exclusão das comunidades. Helena Mendes, técnica do
DEPAM à época, acrescenta que a discussão da inserção desta área chegou a ser tratada, tendo
sido avaliadas as consequências da utilização do instrumento do tombamento naquele modo
vida, porque um dos seus efeitos é a conservação dos valores atribuídos ao bem.

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