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Eom Uma arte delicada Material necessério O poder da imayinacdo Mistura de cores Como usar o pincel Meios de organizar uma paisagem Sobreposicao de aguadas Temperatura das cores As dreas brancas Livre expresso ‘Além da técnica A técnica do pincel seco Pinceladas de agua Uso da mascara liquida Uso de laminas e estiletes Mistura de verdes Tom: o segredo da hoa pintura Mistura de cinzas € neutros Manutengao de trabalhos Papéis Tintas Pincéis Acess6rios Tabela de cores Caracteristicas das cores low & 1396 bv Exar hcatre tn (Caoweyt © {BRE by Ets Gries Ul nam «Eos soagise, om ee se, pe loan ot rte reads Narhumeoue dea wos et ean — am ute meio or 239 mica ou Sec, oui, parc a non appre au eeea em sana se etc Wi so Seis euansnas oes Tete: Clase a, gr Aon Se es coe om same Ene Co io Carter, C6806, Boos De, CEP 05065, So Paulo Tere: INGE2.A0, Tame (OHNO, 8. al oven Cacean SAA. Env Wtane £20. anon, On {Sane 20007220 valine Sn Uma arte delicada Borbule, Beite G. Cooper, Aquarela, 55 x 67,5 em Pela simplicidade de formas ¢ rique- za de coies, a buibuleta sempre foi motivo de inspiracdo para artistas de todas as tendéncias. Veia como @ pintora inalesa Bette G. Cooper tratou o tema. A técnica escolhida fol a aquarela, que combi- na com a delicadeza do modelo. Além disso, eliminou-se qualquer fundo ou cendrio que pudesse com- petir com seu intenso poder de sugestao, Maior que uma borboleta real, es ta criatura magica parece ultrapassar os limites do papel, reforcando a idéia de libetdade, Dentro da figura ampla e arredon- dada, a artista cmpregou uma combi- naga de corer flamejanter. E o¢ 9 pasos biaucus ajuda a defiult as formas fortes ¢ ousadas. Outro detalhe criativo ¢ & limita ‘edo (por contornos) de anenas algu- ‘mas partes da borboleta (as asas su- Periotes, 0 corpo, as anterias), en ‘quanto as asas inferiores diluem. indefinidus. A artista reeorreu & tee nica de aguada em aquarela (ver pg 6) para obier a fusdo luminosa en- tre as cores ¢ dar vazdo a sua fantasia. Baste resultado brithante, que se afasta do convencianal, si fai nasel- vel, cvidentemente, depois de longos anos de aprendizado e pratica. Mas também csté ao scu alcance. Abniso: A pariir da esquerda, pincel ‘isto de marta n.° 6, marta redondo 1.23, bambu n.* 3, misto de marca 1n.° 12, misto de marta chata de 1Smm ¢ misio de marta chato we 6 mm. Material necessirio Aquarela é0 nome da mistura de pie- menty colorido com aglutinante ¢ também a técnica em que se empre- g0 essa tinta diluida em agua. Cons- tutu um meio de expressaa delicado ¢ trangparente, mas exige que 0 aati clita trabalhe rapidamente, sem se aler a mintcias e sem poder sobrepor 8 tinta para ieiogues, Ao secar, a aquarela perde a me- tade de seu colorido. Por isso, um cs Doro que paresa vivo se tornaré nae lido e esmaecido quando acabado. ‘A aquarela apresenta um bonito efeita de transparéncia porque nela se utiliza pequena quantidade de cor diluida em muita Agua. Com a eva- orasiio da dgua, o papel branco ou amarelado adquire luminosidade: a Juz se reflete por meio da transparén- iu da tinta, Pode-se, no entanto, aplicar outras camadas de tinta, até scobter uma coloraeo mia forte, A ‘medida que se pintam novas cama. das, a transparéncia da aquarela vai desaparevendo, ¢ sua luminosidade pode ve anular por completo. Como a agua seca depressa, traha- The com rapidez, planejando sua obra antes de inicié-la, Para comecar, compre apenas al ‘guns tubos ou pastilhas de Linta. De. ois, complete seu material tas As tintas sdo tabricadas com nizmen toem pée goma-ardbica diluidos em gua, As pastilhas custam menos io ‘que 0s tubos. Para eancorvs.tes, & ne eessirio cobrir 0 cstojo com wn par ‘no Uumido, pois elas podem ressecar. As tintas em tubo tém britho mais in fenso ¢ ndo desgastam tanto o pincel (nia. preciso esfregé.lo, como nas Pastilhas, para xe apanbar a una), Pineéis ‘Nao taca economia na hora da con Pra: pinctis so equipamentos impor- ‘antes na aquarela, No inicio, bastam ‘sou quatro — numa svlegdo que inclua pincéis chatos ¢ redondos, grandes e pequenos. Os de melhor ualidade sao 0s do tipo pélo de mar- 1a. Mas pode-se usar muito bem os mistos, com pélo de marta e de perit- gris (esquito), ou marta com pelo de orelhia de boi, Eles sfio hem mais ba- atos que 05 de marta puro. Evite inedis so de oretha de boi ou petit- gris. Os primeiros, muito grossciros, ‘do formam uma boa ponta; os ou- {ros costumam ser macios demais ¢ de dificil controle. Piuctis sintéticos (nailon) s4o baratos, mas perdem ponta com facilidade. Pincsis chatos ‘20 usados para espalhar a tinta em grandes reas do papel; 0s redondos, ara detalhes e partes aguadas. God Para trabalhar com aquarela vocé prccisaré de um god? — uma super icic branca, a prova de agua. onde se misturam as cores. Para ease fim, pode-se aproveitar as tampas dos ¢s- tojos ou improvisar aleuns pratos, Outros materiais Voce uecessitard ainda de dois reci- pientes de video para agua, Um de- les para limpar pincéis, o outro, man- tido mais limpo, para diluir as tintas. ‘Tenha a scu alcance uma esponja pa- Uinw bow seleyao de pines, tubos e pastihas de tinta, uma ‘esponja em god préprio para ‘misturar cores, ldpis maclo e borracha de massa (linipa tipos), Fohas de papel do tipo alé 205 9 do po00 procisam ser esticadas. Do contraro, ticarao enrugadas © papel deve ser merguinada am ‘gua © dopoie proce oom firmeza a ins superfice ise, onde secaré Dem esticado. Para isso, tonna & mo um rolo de ‘ita crepe de uns Sicm de largura, tesoure, dos panos de prato impos e uma pia, Corte os peiagos 6a fifa crepe § om majores que aa dimensées da {os de papel. Merguine enrao 2 folha na pla com gua fra. Retire © papel apée slguna segundos & secude delicedamente pera eliminar 0 excesso de agua Coleque. entre os dois panos de raabsorver qualquer excesso de agua ‘ou tinta. Trapos de pano serdo ttels na limpeza dos pincéis Para desenhar, use lapis macio. Os Jpis Variam dos mais duos (6H), até 5 mais moles (6B). Na aquarela, 0 indicado ¢ empregar 0 2H. Uma bor- rracha mole ¢ flexivel serd indiepensé vel. Uma opcao: a massinha vendi- a como limpa-tipos de méquina de escrever. Sempre que usar a borra cha, faa uma ponta fine para nao danificar © papel, Papel 1H varlos tipos de papel préprios pa- ‘ta aquatela, Voc pode compri-los em follias avulsas ou em blocos (que ‘sd0 mais econdmicos). © papel varia em textura da superficie (porosida- de). em peso (eramatnra), dependen- do de sta espessura, c em tamanho. ‘Comece a pintar em papel comurt, desde que no muito fino ou brilhan- te, Mas o papel escolhido devera ser sempre branco on amarelada Case ea ee dade acentuada, média ¢ lisa. O pa- ‘pel tende ase enrugar quando motha. dy 6, quanto mais fino, maior essa tendléncin Fstique-n previamente proto, esticando~e com cuidauo para que parte da ayua seja absorvida. Ponha 0 papal numa pranonets do dozenhe (eu numa ‘mean bem plana), com v cuklado Ge verticar se esta parfoitamonto alongade 6 na peti¢do horizontal Cole as tras de fita crepe a0 longo dos quatro lados. tm torga a leraura da fita deve ficar prese 20 papel © dois tergos & rancheta, apxiiiadan te (Com i880, 0 papel nao despregaré. Deixe secar rrturalmente, longe de calor direto, durante algumas horse, @ ‘96 comece seu traiamno quand 0 papel estivor bom seco, PESO DO PAPEL ‘Quanto mals tino 0 papel, maior sua Fendancia a eatigaran qiando 99 pinta uma equarcia. A capeasura ae Papel @ definida por seu peso (gramatura). Um papel de 285 g, por sxamplo, & aqualo cujo morro quadtado da fla tia 285.9 de peso, ESTICANDO 0 PAPEL Tenha certeza de que a superticie do papel esleia plana enauanto ola ‘seea. Caso contiério, a égua ‘escorrera, acumulando-se em um dos lados'da falha de papel rovocande caoagm desigual. EXPERIENCIAS COM AGUADAS Face uma aquada em papel imido. Corn um pincel grande (trincha) de 4 ‘ou § em umedega o papel uniformemente. € melhor nao usar fagponia, para nao estraga’ © papel Depois, com o mesmo pincel, pode fazer a aguada. Experimente agora futra aguada em papel seco. Note = diferenga: voeé verd que no papel {mid a tinta flul com multo mals facllidade e suavidade. JX PARA UMA MARGEM NiTIDA Para former uma moira branca em tomo 8a sua aguada, dalimte 2 aren 2’ ser pitade com ita crepe, prendenao-a bem para que a tina ho se init por bao. Ao expciar @ aguada, nfo deo cepago om bramtoo proximal. Guard pintura estver seca. remova a fa Grepe com culdedo e suriré uma mmolduta banca. Pepéls racios nfo So adequados para esla Tecnica pov a la crepe ndo adere bam a Cis, Retire afta umedecenco'a com Benana, que ela sala tcl" Como fazer a aguada Quando precisar cobrir uma grande rea ou fundo da pintura com tinta bem dilufda, use a técnica conhecida como aguada. ara se exercitar, pegue um pincel ‘iande de pélo de orelha de boi ou nnisto de marta e uma folha de papel de porosidade média, Manteubt a Su- Perficie onde a folha de papel s€ apéia inclinada de mais ou menos 30°, para que a tinta se espalhe de modo uniforme e gradual. ‘A aguada € obtida misturando-se um pouco de tinta com bastante gua. Mas ndo se esquega de que, ao secar, a cor vai perder cerca da me- tade de sua intensidade. Calcule 2 quantidade de tinta sempre para mais: é melhor sobrar tinta do. que faltar. No exemplo abaixo tot usada fita crepe para formar uma moldura branca em torno do papel. Se voce prefer aguar o papel imo, sper 1, Molhe o pineel na tinta. Com um movimento longo ¢ uniforme, apli- {que uma primeira faixa de tinta na parte superior do papel. Como na fo to, voct verd a formagao de um fio mais molhado onde o pigmento se acumula, 2, Comece uma segunda faixa, Ela acompanhard a primeira e voc ird aproyeitando o fio de Uinta concen- trada na parte de baixo da primera faixa 3. Mantenna um fluxo constante, Nao comprima o vince! contra © pa- pel. Nio faga retoques nem interrom- Da as faixas. Os segredos da aguada slo uniformidade e rapidez. Nio dei xc scear a faixa de cima antce dc apl car uma outra embaixo, 4. Termine a aguada, Quando chesar ao fim do papel, esprema o pincel deixando-o bem seco e sem qualquer tinta ¢torne a passi-lo na parte infe- rior da itima faixa, nara retienr 0 e cesso de pigmento. Nao se preocupe se ultima faixa parecer mais suave do que as outras, Durante a secagem o pigmento aca- bard deseendo um poco mais, unt formizande a pintura. Deixe cat ‘mantendo o papel na mesma inclina- so de 30", para que a tnta dstribua- se por igual. Est tipo de aguada € co- nhesido como ‘‘chapado”, pois fica todo no mesmo tom. Contornos fortes e fracos Sempre que a tinta 6 aplicada sobre papel seco, seu pigmento se acumula nos contornos das formas, eriando zonas mais escuras. Pode-s¢suavizar este efeito amenizando os contornos. ‘Como nas fotos abaixo, proceda en- tio da seguinte maneira 1, Pinte uma forma qualquer usan do 0 pincel redondo (n.° 6 ou 7). 2. Molhe o pincel em gua limpa ¢ uuse-o para diluir os contarnas mais fortes, deixando 0 resto secar nalu- ralmente, 3. Esprema o pincel e retire o exces 80 de agua dos contornos diluidos. 4. Retire o excesso de tinta uniforme- mente. Esta técnica ¢ util para pin- tar tecidos. COMO DILUIR A TINTA Para ilulr a tinta. mone o pincel na yu lipa e epurs na pasta 08 tinta. Em seguida misture essa tinta com a agua no gods. No caso de uma aguada, € precise dilui bastante: use um conta-gotas para acrescentar dgua & tinta, Quando auivor misturar gutra oor, limoo antes 0 pincel. Para tinta em tubos, espreme no aod6, coloque Agua © misture, {] NAO EXAGERE Na AauA Ao suaubar os eanmarnos ee sia pintura, tome cuidado para nfo se ‘excede ia quantidade de 4gua: ela pode retluir (subir pelo pape), rovocando manchas @ allerages fa figura A técnica do papel mothado ‘Uma das téenicas cléssicas da aqua: rela é.a do “papel molhado”. Ela é eecuitada numa folha de papel pre viamente mothado ou num trabalho que ainda nao secou. Dependendo do grau de umidade do papel, yout poderd iar efeitos variando formas e contornos. Com f pritica serd poscivel controlar me. Ihor os resultados, Para se exercitar, faga um esboco ©, depois de sevo, umedeya-o com un pincel larga Agnra trahalhe répira! 1. Com um pincel redondo n.° 6 ou 7, aplique a mesma cor no papel imi do, Observe como ela reage com a su- perficie do papel. Reserve alguns es- agos em branco. 2. Agora pinte uma cor diferente nos espacos em branco, 3. Em seguida, voltando a primeira cor, forme algumas dreas de intensi- dade mals force. 4, Experimente usar uma teresira cor, pintando varias manchas por cima das outras cores que ainda estejam ‘Umidas, 5. Observe atentamente sua pintura, para ver coma cada cor se compare a, Vocé perceberd que, em alguns ca 0s, o pigmento se acumula na super- ficie do papel, dando uma textura mais porosa a pintura, Experimente variar também o tipo de papel. Al- erie papdis lisos ¥ poruyus. Com: so haverd alteracio do efeitos de tex tura de sua pintura, Como cUIDAR DOs PINCEIS: Lave o8 pinedie com bastante ‘agua Corrente sempre gue terminar uma pintura. Molde-os com os dedos para formar uma ponta, de modo ‘que eles nao percamn a for Bo : scar. Cologue-os para secagem om O poder da imaginagao Paisagenn e cidade distante, de Meredith Ann Olson, aquarela sobre papel, $1 x 72 cm A pintura desta pagina tem uma forte aura de mistério, Sabemos que se Wala de uma paisagem, mas mes- mo assim 0 trahalho permanece de safiadoramente vago. As formas $20 apenas sugeridas, convidanda a oh- servador a imaginar como seria a ci= dade que aparece a distancia, A artista comecou pintando um céu amately claro, trabalhando com uma aguada sobre o papel previa mente molhado. Depuis, prossegull em direcdo ao primeira plano, onde estabeleceu uma atmosférica harmo- nia de cores. Ao pintar 0 fundo, Meredith em- pregou v tradicional esquema de tons Claros e frios, ¢ formas vagamente de- finidas. O céu c o esbuyu da cidade misturam-se com suavidade, criando a ilusao de um horizonte que s¢ es lende infinitamente, © primeira plano apresenta cores mais quentes ¢ maior detalhiamento, O que faz com que se prajete. No et tanto, 05 detathes continuas ainnla vagos, para nao desviar a atencao do fundo. Tudo isso faz a imaginagao do observador entrar em jogo: sera um abismo de rochas, ou quem sabe as ruinas de um antigo monumento? resultado ¢ uma pintura que exige mals do que o simples olhar, cuuvi- dando 0 observador a entrar nela explore Leve em conta que nem todas as partes de sen trabalho precisam fiear cxplicadas. Tente faze: algo menos preso ao real, onde as formas das pai sagens sejam sugeridas, ao invés de claramemte representadas. E provavel que vocé consiga prender melhor a aleuydo das pessoas se convidé-las a participar mais ativamente da obra. Mistura de cores Para cntender como as cores reagem, entre si, misture-as segundo alguns critérios. Faga as misturas em forma de ““galinhas” coloridas, muito mais praticas do que 0s tradicionais ““bor- Fes". Pegue dois pincéis redoudos médios (n.° 8 ou 10), um em cada ‘e molhe-os com cores diferen- tes. Trabalhando sobre papel seco, da “cabera”? ¢ da ‘cauda’’ da galinha para o centro, combine as cores duas a duas. ‘Comece formando uma paleta que contenha uma versio quente e ou- tra fria de cada uma das cores prima- rias — amarelo, azul e vermelho. MISTURAS PRIMARIAS wvw mero oeroteccaratecéerie amerelocicminieamimalzara _ amarelocatmolanioeleste emarelo ouemovana-uiramat www amare camo escurosuulanecédrio emafek-céamio eecuftenimm alzath amatelo etal escwolarukceleea aravnekemis eacutoazutr Wwvw szutcaleteleaimatzarn azvutramarescarate-ctomio —arututvamarearninrairs lala ‘queso ‘cosmess amatepeasmo ecu maueauis sulecblle saviutromer ‘oct pode tentar, por exemplo, uma ‘mistura entre um amarelo-limao fio (como o cédmio) c um amarelo quen- {tc (cddinio escuro); um vermelho frio (carmim-alizarin) e outro quente (es- carlate-caduniv); ¢ um azul trio (ce- leste) € outro menos frio (ultramar), Misturando-se as cores frias entre sie depois as quentes, obtém-se dois ‘grupos de cores sccundarias (aquelas {que se formam pela mistura de duias cores primaérias): um grupo frio ¢ ou- tro quente, \utalizando doze cores. Combine, por exemplo, um ama- relo quente e um vermelho quente pa- ra conseguir um alaranjado também quente, Em seguida, um amarelo frio ¢um yermelho frio, e verd surgit um alaranjado frio. Continuando 0 mes- ‘mo_processo, combine amarelos & azuis, produzindo verdes; e verme- Ihos ¢ azutis, formando violetas, Nao are por ai. Adicione um amarelo frio a um vermelho quemte, e um TONS NEUTROS cul ceestefes vine natural ‘zuicobartoterae soma natural snustramartore deems natura amarelo quente a um vermelho frio. Faga o mesino com as outras cores Drimérias¢ veja os sugestivos efeitos resultantes, Um novo grupo de cores poderd set obtido pela neutralizagto de ca- la uma delas com sua complementar, Misture vermelhos ¢ verdes, azuls ¢ alaranjados e amarelos e violetas. ‘Quando se familiasizar com todas as possibilidades da paleta basica de ‘cores primarias e secundérias, acres. conte outras. As neutras s80 impur- tantissimas: dao destague as cores vi- vas (Por contraste) ¢ suavizam as mis- tras mais betrautes (por adigao). © coniunto de misturae neutras mostrado abaixo — trés azuis com {r@s cores de terra — constitu uma boa colegéo. Organize um fichirio com todus essas combinacdes, classficanda-ns pelo eritério de cor (ermelhos, azuis tc), ou como pri- ‘arias, neutras e escuras, BASTANTE AGUA LIMPA. Conver realizar as misturas porto de ‘uma pia, para que sous pincels Poasam ser avequadamenta limpos 44908 a pintura de cada “aalinhe: q NAO EXAGERE NAS MISTURAS. Se voce misturar multas cores vera que as combinagaes se Inara eujae @ e6m vide, @ quo Ccontraria 0 objotive deste enersivio, ‘As vores pogom ser ueadan sobre ‘papel saan Ali manna, MONTE UM FICHARIO Enquanto for pintando suas "galinhas", escreva os nomes das ores utlizadas em cada mistura, Guarde todas as combinagses para consulta © reprodugae tuturas, we szllcoeceleradeians meimado ‘srutecbltateraecorra quedo ¥ ‘scauremarnerae ena quelmade atu eclosion guinao0 szutccbalonera.ae sombre aimed 4 i aributamartonadesombra quchrads " Tintas: como acrescentar e remover Uma vez conhecidas as diversas tin tas disponiveis — em tubos ou pasti- Thas —, & possivel criar novas cores, clured-tas, escurecé-las e remové-las ‘A segunda camada A aplicacao de uma segunda cama- dda de tinta em papel seco pode eriar um efeito interessante, dando as co- res maior intensidade e profundida- de, Uma cor aplicada sobre oulia produz um resultado hem diferente do obtide yuaudly clas séo mistura- das no godlé ou sobre o papel molna- ddo. Esta téenica pode ser usada, por exemple. para tazet 0s azuis desi- sguais do céu e da deua, e dar volume a formas arredondadas. 1. Deixe sezar por completo a primei- ra aguada (obtida no capitulo ante rior) e comece a nova tim pouco abai- x0 da primeira — de tal forma que anova aguada se sobreponha @ uma paric da que estava pronta, Assim, vocé poderd observat a cor pura de cada aguada e a combinaga entre as dduas. Use a fita crepe para formar margens nitidas. 2. Cui a técnica jé deserita — pin céladas uniformes e suaves — tenha cuidado de trabalhar com mais de- licadeza e rapidez na segunda agua- da: a acio do pincel e da nova tinta pode interferir na tinta de baixo. 3. Vocé veré tr8s éreas distintas: uma qos, vutia azul ¢ uma malva trans Iicida (mistura do rosa ¢ azul). Como remover a tinta ‘A técnica a seguir pode ser usada pa- ra corrigir falhas, dar destaque a al- guns aspectos, clarear certas Areas € acrescentat cores. 4, Umedega 0 papel e pinte uma cor forte. Antes que seque, remova par te da tinta com 0 pincel seco. Para remover uma camada seca, umedeca- ae proceda como acirma, cum pincel ‘ou esponja. 5. A porgdu removida ficaré com 03 eontornas esmaecidos. 6. A esponja pode ser usada para re- ‘mover detalhes. 7. Mas ela é mais indicada em gran- des areas de papel. 12 ALGUMAS DICAS Lemoresse de preparar uma boa ‘quantidade de tinta antes oe Inleiar a aguada, pois € multo diffe repr ‘meema cor numa seguiida snistura. Para fazer uma aquada, voce pode usar tinta em tubo om vez. {Ue pusilla, Como a aguada exige ‘grande quantidade de tinta, € mais faell espremer a tinta do tubo de que dliuir uma grande porgdo retirada de pastitha ‘Algumas cores sao de aitiit remogao, pois t8m maior poder ‘corante. A maior parte daa cores: o exerciclo das misturas @ faclimente ramovival — com ‘oxeagao do carmim-alizarin € Wy verde-vessic, que sfo Ccorantes fortes. Para compor o buqué comece por se- locionar apenas trés ou quatro tipos de flores, a fim de nao ter de traba- Thar com um numero excessivo de co- tes uv god. Nesta natureza.morta, feita pelo artista Charles Reid, € possivel a ob- tendo de grande variedade de cores 4 partir de uma paleta bem simples, Misturas culdadosas e 0 uso das téc- nicas de retirada e adi¢ao ampliam os limites de vatiayao das woes. Blas po- | deri ser misturadas no godé, on por sobreposigéo diretamente no papel | seco ou timido. ‘Com esse exercicio voo8 poderd, a seguir, ctiar seu préprio arranjo. Ole suas flores e veja a possibilida- Ue de aplcat us resiuos procedine tos aqui explicados. Preste atencio 4 mudanga de cores nas partes mais claras da pintura e seia ousado com 0s tons mais escuros. Uma boa for ‘ma de perceber 0s claros e escuros de sua composicio é fransir (semicerrar) os ollos ‘Nunca esqueca de que a impressiio geral tem mais importfincia do que os detalhes. Nao se preocupe, portanto, em pintar pétala por pétala. 1, Comecando a pintar ‘Apds 0 esbogo, comece a trabalhiat as flores de cor malva, obtida pela mistura de azul-ultramar com car- mim-alizarin. 0 lado sombreado da flor leva um ligeiro toque de uma ter- cceira cor: 0 amarelo-cddmio, Antes que a flor seque, aplique um pouco de malva, & dicita, ciiandy un cow tomo esmaecido onde a tinta encan- tra o papel ainda timido. Para diver~ sificar as flores, use 0 mata-borrao ‘em alguns pontos, tornando-os mais claros, e pinte uma nova camada so- bre ontros, para que fiquem mais es- ccuros. Quaiido v inalva estives sevu, inte as folhagens verdes, resultado a mistura de azul-ultramar, amarc- lo-cadmio e verde-seiva. Acrescente A parte o toque de vermelho no can- to inferior esquerdo, Exemplo: buqué de verGo MATERIAL UTILIZADO Uma paleta contendo nove cores: armimealizarin.vermelhowcacimin laranja-cédmio, amarelo-oore, alnaiplurcédiiy lai, velueevessie, axuboeleste, azubulramar & terrade-siena natural E ainda: pincéis redondos de Tamanho medio (como o$ mnistos de marta n* Xa 10) a uma tina cia ppapol rugose ou lige, com gramatura 285 g, tedindo eproximiadaneile 375 x 275 cm. ESBOCE 0S CONTORNOS ‘Antes de comecat a pintura, choca leverente os contornos das figuras com lépia 8, para ter idéia do ‘conjunto. No exercicio, 0 artista fesbocou 0 vaso, a bairada da mesa, © vidio de tinta © também oa limites Hisicos da propna piu FX PLaNeve 0s sRaNcos Deeiga ono no nielo da Dintura onge So sitvarto op relonoe 0 a4 are38 fm que 0 papel cara om branca, Neato exemple. 09 tts aspacos a a brgortann saa tah “ao. lado coavordo an argon Savona se cape! J] CUIDADO GoM A ESPONJA Nao estteque demais a espana para retrar a tinta 028 petaiae, $e nko 0 pigmento pode penetrar no pepel ém ver de ser removido, TINTA BRILHANTE Enguanto a tinta tem brltho podese usar a téeniea do papal mothado, pos 6 bri @ sina de gue aie ainda nao esta completamente seca 13 2. Desenvolvendo as flores ‘Em seguida vém as an€monas verme- thas, pintadas com vermelho-cédmio (etirado em algumas partes, como na flor & esquerda, para dar leveza 20 conjunto). Amplie ¢ escurega os ver- des com a adicao de vermelho-cad- io ao verde no god®. Faca isso tam- bém direto no papel, formando bor- oes esmaceidos, que dao um e! interessante & area sombreada, onde ‘9 verde & mais escuro. ‘A sombra no vaso forma-se por uma leve mistura de carmim-alizarin, azul-ultramar e amarelo-ocre. O cen- tro da margarida tem umarelo-céd- mio claro ¢ amarelo.cere. A flor mais alta é pintada em vermetho-cédmio ‘puro, Antes que as flores sequem, fa- {Ga 0s caules ¢ 0s ecntros com verme- Tho-cadmio, azul-ultramar e terra-de- siena natural. ‘Se quiser, acrescente us tous escu- 105 e deixe © funda como esta, sem pintura, 14 3. Preenchendo a mesa © vaso deve ser pintado com todo 0 ‘cuidado possivel para manter sua de- licadeza de cor e volume. Por isso, fa- a uma aguada bem leve do lado di- reito do vaso e prolongue-a pela su- perficie da mesa, para que seja for- mada a sombra. ‘© tampo da mesa tem uma com- binacdo livre de azuadas leves, que inclwem 0 carmim-alizarin ¢a amara Jo-cédmio claro, pintadas com a téc- nica do papel molhado..O vidro de tinta é obtido pela mistura de verde- seiva e vermelno-caumilo; sua taupe, ppintada cam tuma micita de verde selva com ullrama: ¢ garmsim-aliza- rin; o Idpis, com laranja-cddmio amarelo-cédmio; sua sombra, com anul-celeste, ¢ a ponta, com terra-de- siena natural; 0 estojo de aquarela, com azul-ultramar ¢ um leve voque de laranja-cédmio. 4. Trabalhando 0s tons eseuros _beirada da mesa (que acompanha o Para dar profundidade a pintura tra- bordo inferior do papel). Se pintadas hhathe os tons escuros de maior des- com desenvoltura, essas cores darao taque: as sombras enlie as flores ea _relevo & composiedo intetra, Comple- i " - ai - tea pintura com aguadas de cores quentes na janela, vaso, vidro e pa- rede. Isso resultaré num trabalho ‘mais coeso. © modo como se aplica a tinta atera profundamente o cardter de uma pin- tura. Por iso, a pincelada € cuuside- rada a esséncia da aquarela. Rte cae pitulo sugere diferentes manciras de inilizagao do pincel. a fim de conse- sguir dois aspectos importantes do tra- balho: a variedade e o controle da pincelada, Sugere ainda como segn- rar o pincel nas mais diversas situa- ges. Hii iuduieras manciras de empu- hile. Para descobrir a posicdo que Ihe parega mais confortdvel e possi- bilite maior controle, experimente as sugestdes ilustradas a0 lado. A me- ros que vocé esteja pimando detalles muito delicados, procure mover 0 brago do, Assim, conseguird pin- celadas mais soltas e fluidas. Caso iovimente apenas 0 pulso, como se estivesse escrevendo, as pinceladas sairdo rigidas e som desenvoltura Os pineéis possuem diferent comprimentos de cerdas e isso influ no tipo da pincelada produzida. E mais Fécil trabalhar com os de cerdas ‘curtas, 1ias 0s de cerdas longas pro porcionam pinceladas mais fluidas. 'A presaio exercida sobre o pincel altera a largura da pincelada. Pasa as maiz finas, faga deslizar apenas a ponta do pincel subie o papel. Por outro lado, pinceladas mais erossas texigen que as cerdas encostem mais no papel. Para melhor controle do pincel, apéie a méo sobre o papel, protegendo o local de apoio com um pedago de papel limpo, para nao sii- jar a pintura. ‘Um bom pincel nara treinar 0s di- ‘yersos lipos de pincelada ¢ 0 médi (s.* 6), redondo, misto de marta. ‘Quando dominar a técnica, passe a experimentar pincéis de outros tipos ¢ tamanhos. A direita: Para maior controle do pincel, apéie a mo sobre (0 papel, Use a lateral externa da ‘mao, com ou sem 0 apain da dedo ‘minimo, Assente-u sobre wn papel impo para proteger 0 trabalho. 16 Aeima: Esta é uma maneira ‘adequaca ce segurar o pincel. Deixe a mav descontraida e segure 0 pincel uns 3 ou 4 cm sucima da virola (a parte ‘meidlica do cabo). A dtreta: Segure 0 pincel yo alrura da virola apenas ‘quundo pintar detalhes ‘muito precisos. Esta forma de empunha io roporciona um controle total dos movimentas. A direita: A maioria das pinceladas ¢ obtida ‘com a ponta do pincel deslizando petu papel. A esquerda: Pincelades ‘obtidas desta forma, com @ virola pressianada conira v pupel, sao mais larges. Issa tende a Udesgastar demats o pinecl. Pinceladas basi Experimente executar os mais dife- rentes tipos de pincelada: largas, de- licadas e finas,retas ou curvas, com- pridas e curtas. As mais longas reque- em um pouco de pratica, E preciso saber controlar a quantidade de tin ta uo pincel para que nao acabe an- tes do final do iraco. Tente também variar o ritmo das pinceladas: algu- ‘mas longas ¢ lentas, outras curtas ¢ rpidas. Varie ainda a quantidade de tinta no pincel e até complete aleu- mas pinceladas (enquanto © papel ainda esta mothado de tinta). Quando tiver desenvolvido um controle razodvel, ulilze esses recur- 0s para produzit imagens — coma flores, caules, galhos de Arvores passaros em vOo. Pinceladas longas @ onduladas feitas sobre uma aguada semi-saca, ‘Ae irregularidades ‘surgem emt virude de uma posi¢ao inclinada do papel. Pinesladas: longas e delgadas. (Os ramos, eo feilos PINGEL SECO depois. Esta 6 uma téoniea multo oti para a cbtencdo de efeitos {exturizados. Funciona melhor com papel éspero e pinctis de cers Guras (de porco ou de nailo). Pinceladas Molne 6 pincel na tinta, esprema rapa @ a maior parte dela e passe © expressivas. pincel rapiamente sobre a Superticie Aspara do papel tinta fiear6 retida noo relevos, criando um feito pontinado, Pincslada iinica {oita com pincel seco & de modo continuo, j i j hip COMO DAR UMA PINCELADA Este € 0 movimento que o pincel deve descrever a cada pincelada Ela ver de um movimento Continuo ©, 20 final desee Pinceladea curtas tnuvinente, com 0 seu brago ainda resolutas, com tinta eslizando. 0 pincel deve ser mais densa fotiraco da cuperticie do papal ‘orescontada Nao volte atras tentando fazer num cant Cortecoes. Isso vale para toda pincelada, curta ou longa. Pinceladas curtas, largas © curvas podem ser ‘btigas com ‘gro de pulso Pinceladas qurtas ‘com pines! acco. oe Pinceladae curtaa ‘com densivade variavel de pigment 19 Pincelando flores pintor Zoltan Szabo mostra como captar o essencial de varias flores com algumas pinceladas simples, Papoula (8 dircita) Suas pétalas foram pintadas com pin- vludas curtas, sobrepondo-se par- ciakmente umas is outras, Os caules, com pinneladas Jongas ¢ deleadas. ¢ as folhas, com pinceladas bem curtas Neniifar (abaixo) © artista fez um leve csboro da nec e folhas, deixando em branco essas areas do papel. Depois,cobriu ofun- gam do com aguadas escuras. A pintura de linhas em riguezague sobre o pa- pel molhado gerou us reflexus na ‘gua. Uma vez seco o fundo, abrive- ram se as folhas com aguada mais l- ve. Sobre a tinta molhada foi aplica da outra, mais eseura do que o fun. do da folha, produzindo as nervuras. Finalmente, trabalhou-se a flor com tinta espessa Flores mortas (acima) Primeiro, 0 artista cobriu 0 fundo ‘com uma aguada. Antes que secasse, Fetirou a Liuta wos pontus correspon- dentes as pétalas brancas, nsando im canivete afiado. As tlores. caules ¢ detalhes foram pintados sobre 0 fundo seco. Com= pletaram-se as pétalas das flores da esquerda com pinceladas curtas; of ccaules, com: piniceladas longas conti nuas. As folhinhas nasceram de gole pes répidos do pincel, para cima, A srama, da mesma forma, usando-se © pincel quase seco. Flor-do-campo (a esquerda) A flor mais a esqueida ubtida de Dinceladas curtas e livres. Nas pon- tas, retira-se rapidamente o pincel do papel. O centro vermelho se acrescen- {a sobre 0 papel molhado, com um. leve toque do pincel. Para a flor da direita, deixa-se em branco no papel © formato das pétalas e cubre-se a area restante com uma aguada escu- ra, Os caules vém de pinccladas lon- gas. A grama, uma vez mais, de pin- celadas retas, para cima, com o pin. cel quase seco. 2 we "| POSIGAO DA FONTE DE Luz ‘A COMPOSIGAO ADEQUADA Observe bem onde estd a fonte de A forma tradicional de se obterom luz (no caso. 6 sol) em relacdo ao. composigdcs caulibradas @ aplicar a motive, Esta foto fol tirada no meio chainada “ragra da intersecad dos da tarde, quando v sol se encontrava _tercos” (@ direltal. Imagine @ rena um angulo de 45° em relagao an dividida em trés parton, tanto na solo, & esquerda do motivo. Olhande horizontal quant tia verlical. a Srvore dessa posivao (& esuuerda), Qualquer dos quatro pontos de voce pode expiorar @ luminacéo _intarsagao das linhas representa lateral. que ajusa a contrastar © 2 uma posigéo salistatoria pura separer ae tonalided. moto principal Meios de organizar uma paisagem ‘Quando se pinta uma paisagem mo- menosprezada, Em resumo, procure tivadora, ¢ facil deixar-sc levar pelo equilibrar a pintura, considerando as. entusiasmo ¢, com isso, esquecer de dimensdes relativas e a textura dos analisar criteriosamente 0 que est objetos do primeiro plano. iunte de nossos olhos. Pode até pa- Vale a pena manter um caderno sé recer estranho, jf que se estd falan- para esbagos de ideiae para prime! do de expresso artistica, mas a ros planos’”. Saindo para pintar ao palavra-chave para bons resultados. ar livre, vocé poderd ir acumulando nesses casos, ¢ organicaedo, 1550 9¢ um acervo de desenhos de plantas e aplica em particular @ aquarela, em outros motivas que encontrar. Entdo, que, vale sempre lembrar, of erF0s quando for pintai uima paisagens vo ado podent ser desfeitus. mo a do exemplo, podera consultar A fota Aesquerda mastra uma paix esse arquivo, em busca de idéias que sagem facil de ser encontrada. Basta enriquecerdo seu trabalho. sair, cavalete e estojo de pintura em s punho, & procura de um motivo pa- A impressiio de distancia aaa ee ete Ome ES © uc cia a impressio de distancia t e 0 tamanho telativa dos objetos quaida, cores claras, composig&o sim- 6» JA a toto: a dvvore dh ples. A caracterfstica que requer mais Observe & foto: a arvore do prime! tence oo Ce cee iene ro plano é bem maior do que as do aaa * fundo, © mesmo ocorre com as nu- Observe o primetro plano —_vens, que diminuem & medida que se aproximam do horizonte. Ihar a seu redor, note como as Srecucoecrnahpremmmenae __ Omivel os oltos {isha da hori vivas e intensas. Voct pode observar 20nte) também merece consideragio, isso na foto, comparanda as cores da Note, no exemplo, que o artista com- drvore no primeivo plano com a o- P65 cena de um ponto de vista bem nalidade mais difusa da vegetacdo ao _baixo, o que di destaque uo céu e res- findo, Ao olhar para o ctu, voré per, lla A drvore. Aa estudar sua com- ceberd que 0 azul € mais intenso no PeSiGo, ande um pouco em torno do alto, suavizando-se em diregdo ao Motivo principal. olhando-o de dife- horizonte. rentes angulos, até encontrar o pon- Q tratamento do primeiro plano 10 de visto que Ihe pareca ideal. costuutia sex um verdadeiro desafio _ APSs escolher a perspectiva, pen paraamaioria dos pintores. Fle nio S€ no clima da cena. Voce vera que dove scr sobrecarrcgado de detalhes £864 “'atmosfera”” € muito mais in- que distraiam o observador do resto cake Lic ibe fee eed ia pintura n le ser que 3 Se eee” ine aa Pali peatent al Coma biz A esquerda: A boa composicao ‘muda muito durante a pintura da ce- valoriza 0 motive. Note a posido na, pode ser util fazer rapidas ano «da drvore em reluya & linha ages sobre o jogo de luz ¢ sombra do horizonte e & fonte de luz. em determinados momentos OS DETALHES Seas Tor arcs ds = ee 1— tia cs ens a ‘ inetd Sas 1 — ovate seo Seow ten ane 23 MATERIAL EMPREGADO Pincdis mistos de marta n.° 2, n.° 6 © n.* 10; uma follia de papel canson, ‘Acqua 100% (se preferir importado, ode usar © Fabriano 100% Cotton}, ‘com corca de 25 x 18 ein uma paleta com quatro cores (azul- Cobalto, terra-de-siena natural, torra de-sombra qucimado © verde-Hooker, Papel miala-borrao @ lencos de papel, ou uma esponja, que ‘servirdo para remover tint PENSE NO CONFORTO Para a pintura de cena ao ar live & Cseencial um banguinhy dobravel, Naga atrapaina mais seu trabalho ‘que 0 descnntarta fisio. PREPARE 0 PAPEL ‘Se 0 seu bloco nan for de papel reviamente ceticado (caso de ‘aigumas rnaices estrangeiras}, [prepare voo8 mesmo o papal Fmheba em agua 0 ectique uma folha grande, deine secar e dlvidaa ‘em pecacos do tamanha desejacto, ue podem entéo ser precos a rancheta com fita gomu, AGUA E FUNDAMENTAL Um importante cuidado no trabaity 0 a live € 4 manutencao da limpeza e 0 acesso a uma fonte do Agua limpa. Se no houvor uma por pert, leve ayue em gerratas de plstico (daqueles de Agua mineral ue 0 mals lovee). J) NAo DesaNime Termine a pintura do eu antes de ‘comegar a daa drvores e a do primeira plano. Tena paciencia talvez voce precise pinto duas ou tts vezes, antec do ficar satisteito com o resulladu. Se desejar incluir uma nuvem em alum ponta ja pintado de azul, remova parte da ‘inte ainda imida con mele-borrao, lenigos de papel, esponja ou, ainda, pincel mathedo 86 em agua. Exemplo: paisagem Este exemplo, elaborado pelo aitista Ferdinand Petrie, evidencia como ‘uma composigau inuito simples po- de ser eficaz 1, Esboso preliminar Para comegar, concentre-se nas re- sides maiores. Esboce levemente 0 horizonte e, depois, o contarno da ar- vore. Indique também as areas do céu que devero permanecer em branco. (© segiedo para o tratamento de tum céu forte como este € manté-lo solto c espontiineo. Nao trabalhe de- mais com as cores; delxe que se mis turem umas as outras, para nao rom- per a sensacdo de movimento. Se exe sgerar nos detalhes, voc’ correrd o ris- co de deixar 0 céu muito artificial. Para pintar 0 céu, umedeea bem toda a drea a trabalhar. Depois, com ‘um pincel n.* 10 bem carregado com ‘uma aguada azul-cobalto, va traha- Ihando as partes azuis do céu, com o cuidado de preservar as regides re- servadas pata as nuvens. Lembre-se: ‘6 céu 6 sempre mais palido em dire ‘so ao horizonte. Assim, acrescente cada vez mais agua a aguada, & me- dida que se aproxima do horizonte. Pouco antes de a aguada secar, remo- ‘va com esponja (ou! honeca de pano, ou ainda pincel seco) a tinta de algu- mas Areas, criando assim as nuvens sais claras. ‘Agora pinte as nuvens mais escu- ras, usando terra-de-sombra queima- do, com alguns toques de wzul-cobal- toe terra-de-siena natural, para dar- Ihes formu ¢ algum volume. Aplique as cores em aguadas sucessivas, sO brepondo-as, o que criard a sensagao de nuvens em movimento. Para um cfeito tridimensional, faga as bordas mais escuras que o centro. Complete © céu com pinceladas horizontais (pincel n.° 2), para sugerir as forma fg6es cle nnvens mais distantes, loz0 acima do horizonte. 2, Pintura do plano médio Ele deve ser relativamente claro, pa +a contrastar com a linha mais escu- ra de drvores av fundo. Para isso, uma hoa mistura pode ser compost de terra-de-siena natural e verde- Hooker, ou verde-oliva com terra-de- slena queimadv. Experimentc, até achar a mistura que Ihe pareca mais satisfatoria, Com as aguadas do céu ¢ do chao jé scoas, pinte com terra-de-siena queimado as areas em que a luz Jo sol atinge as copas das arvores. Fm seguida, retoque as drvores mais es- ccuras com uma mistura de terra-de- sombra queimado e azul-cobalto. Al- gumas drvores so mais escuras que ‘outras, sugerindo sombras de nuvens. [esses pontos, acrescente & mistura um pouquinho de verde-Hooker 3. Inicio da arvore principal Neste estigio, pinte de forma bem li vre a folhagem. Procure desenhar equilibradamente 0 formato geral da Arvore e deixe espacos livres para a ropresentagio do céu. Note a sombra a direita do tronco eas outras, esparsas, feitas no solo pela follayem. Pinte o tronco com uma mistura de azul-cobalto e um pouco de terra-de-sombra queimado. Suavize cuidadosamente esse tom acinzentado, para conseguir as dife- rengas de matiz. 4, Pintura da copa Traballve com agilidade, usando uma variedade de verdes obtida com dife- rentes proporgdes de azul e amarelo Isso permitira bom controle dos ferentes tons, o que ndo seria ta fa Gil se voot trabalhasse com o verde puro, Destaque a In que bate na to- Thagem do centro, aplicando verdes escuros sob as dreas a ressaltar. Re- mova tinta dos locais onde quer dar impressio de luz ¢ dé leves pincela- ddas nas partes externas da copa, pa- ra sugerir movimento e leveza Nao detalhe muito os galhos. Use linhas leves ¢ retire um pouco de tin- ta, para sugerir a luz do sol A foto desta pagina mosiru tum detalhe da pintura termminada, com ampliuyty suficiente para que vocé passa perceber bem algumas suilecas de tratamento. Note, por exemplo, como o artista evitou, de mado ‘mtencional, delinear cum clarecu ‘cada galho # cada folha. ‘Seu objetivo Jol sugerir massa ‘da folhagem. dando-the volume | ‘gravas @ variedede de verdes. 25 COMO APLICAR UMA AGUADA —M DEGRADE Atrume a folha de papel em que for ‘rabelhar sobre uma prancneta ligeiramente inclinada (a inclinago tard com que a¢ pinceladaa eo ‘mesolem melhor). Uma suyestao & ccolocar um ou dois livros sob a rancha, que deverd ficar na mecma Inclinago para secar. Urnedega a folha inteira com ‘agua. usando pincai n° 10. Prepare uma quantidade gonorosa de tinta Para a aguada. Embeva nela o pincel © pinte uma falxa continua de tinta ‘na porea superior do papel (ndo orga o pincel duranie a pincelada), Em seguida, acrescente pequena ‘Quantidade de agua @ mistura, © pinte uma nova faixa abalxo da primeira. A segunda pincelada Geverd sobrepor-se & primeira em cerca de 1 mm, Continue da mesma forma, dlluindo cada vez mais @ tinta, ate chegar ao fim do pape! Delve sacar, Note que a tinta tenue & ‘acumular-se na parte de baixo cada pincelada. Nao deixe que isco eetrague seu trabalho: volte ‘apidameénte com 0 pincel para a ‘ova pincelada, aproveltand para eliminar e8ce excesso de tinta antes ‘gue ela escorra pelo papel. O resultado deve sar 182 unitorme ‘quanto possivel. ‘A aguada pronta Ueve ter uma aparencia de trescor € transnarncia, sem marcas nae jungéco das pinceladas. Para fazer tum bom trabaino, voce val precisar de pratica. Aas poucos, no entanto, ‘voe® aprenderd @ conduzir 0 pines ‘com 0 biagu — endo apenas com 0 Dulso — @ controlar mainor @ quantidade de agua que deve ser adicionada a caua nova pincelada, ESTUDE AS CORES Faga folhas de teste © guarde-us ‘sumo referencia. Ao lado, vela o que ‘acontece com os pigmentos & medida que efi diluldes. Alguns mal mudam de cor, outros esmaecem rapidamente, 26 ‘Uma des prineipais téenicas da aqua- rela éa da sobreposigdo de aguadas (eladura). Tratu-se basicamente de aplicar uma camada de tinta bem luida em dgua, esperar que seque, uplicar outra aguada de cor diteren” te, ¢ assim sucessivamente, Por meio dessa subreposigto, o artista conse- ue tirar o melhor partido da trans- aréncia da aquarela, obtendo gran- {de variedade de combinagdes de co res ¢ suaves efeitos de dégrud. Além disso, as varias camadas transparentes de cor permitem a pas- sagem da luz, que ao alcancar 0 pa- Del branco é reffetida de volta atta. vés da pintura, produzindo os sutis efeitos de luminosidade earncteristi 05 dos trabalhos em aquarela. Amare Winsor Agul-ultramar Amardo -cadwio Um segredo: 0s pigmentos A sobrepusi¢do de aguadas é uma técnica aparentemente simples, mas Para bons resultados ¢ necessario que Voc8 compreenda hem a manera co ‘mo ¢e comportam os pigiteus. Ve- Temos & seguir alguns conceitos ha- sicos sobre esse assunto. (que serd abordado com maiores detalhes em capitulos pasteriores). Os pigmentos dde aquarcla dividem-se em tres cate- gorias: transparentes, apacns e per- Imanentes (veja na pagina 29 un Esta dos principais pigmentos). Na sobre- Posicdo de aguadas trabalha-se qua- © Sempre cou vs pigmentos transpa- rentes, facilmente lavavels e que po. dom ser aplicados em vauuadas sem que a tinta perca a transparéncia ante, Exemplo: paisagem deserta Esta pintura de Christopher Schink ‘consegue transmitir, com win minimo de detalhes, toda a atmosfera de uma paisagem deserta, dominada pelo sol da manha. A luminosidade sutil da intura foi obtida com o emprego de uma paleta de cores bastante simples com o emprego da sobreposiglio de aguadas. Os pigmentos trauspurentes utilizados possuem uma delicadeza e clareza de tom particularmente ade- ‘quadas para se criar uma ilusdo de at- mosfera, espago ¢ luz, 1. A primeira aguada Comece esbogando de Ieve us linhas ‘basicas e determinando as dreas que vvooé quer deixar mais claras ou em. branco. Ao sobrepor as aguadas deve-se comerar pelas cores mais cla- ras, a fim de obter 0 maximo de transparéncia (a tinta mais eseura de- ve sempre ser aplicada por ultimo), Na pintura de nosso exemplo, o ar- tista deu a primeira aguada com umarelo-cédmio, que é a mais clara das cores primarias, Taya um dégrudé nessa primeira aguada, acrescentando uma quanti- dade cada ver maior de dgua ao pig- mento, & medida que for descendo com 0 pincel. 2. A segunda aguada Quando a primeira aguada estiver completamente seca, aplique a segun da, usando agora’ pigiento rosa- Permanente. Com a pritica, voce aprenderd a controlar a intensidade dessas primeiras camadas, de modo a obter 0 efeito desejado, impos ante crabalhar com rapi dez, sem interromper o ritmo das pin celadas, para conseguir um resulta- do bem uniforme. 3. A terceira aguada Para completar 0 céu azul-acinzen- tado, aceseente uma camada de azul- cobalto, fazendo um dégradé. Das tr8s cores primérias, a mas escura € © azul, por isso foi aplicada por wlti- mo. Esta camada final deve ser ligei- ramente menos dluida do que as ou- tras, sendo, ao invés de azul, o céu ficard acinzentado e neutro. Nise MATERIAL EMPREGADO Uma folha pré-ostioada de pape! de peso médio, prenisado a tro, de 30x 20 om. 1 Um pineel n.° 10 para a aguada © outro n.* 3 para delalhes, 5 Uma paieta de sete cores: amareiolimao-cédmio, rosa permanente, azul-cobaltu, verde-esmeraida, amarelo-ocre, ultramar e terradte-siona queimado, PIGMENTOS TRANSPARENTES Os pigmentos transparentes. nao ermanentes, podem ser aplicados fom camadas, sem encobrir us ‘camagas de baixo. Alem disso, s80 téceis de clarear ede remover. PIGMENTOS OPACOS Sao pigmentos densas, mas nao ermanentee, que a0 serem aplicados obsvurecem multo do ape! — ou do pigmento de haixo Par isso, no 4 muito apropriados ara a técnica de sobrepusigao de ‘aguadas. Pequenas areas dessas ores podem, porém, realgar a transparéncia de uma superficie feits ‘com aguadas sobrepostas. PIGMENTOS PERMANENTES Sao pigimentos rnulto fortes, que, ‘embora costumem ser transparentes, maream permanentomente o papel e qualquer camada ve piymento que over embaixo. Devem ser usados ‘com muta euidade para néo ‘comprometer a delicadeza de unis ‘obreposioao de aguadas, 4. Os detalhes finais Quando a diltima aguada estiver Pronta, pinte os detalhes. A tinaliza- do desta pintura pode ser feita em trés passos. Para vouseguir conrornos mais suaves, pinte 0 primeiro plano antes que a tltima aguada seque (0 # tom de verde ¢ obtido misturando-se as tr@s cores primérias utilizadas pa- ra pimtar v céu com um pouco de verde-esmeralda eum toque de ama- relo-oere), Aplique a liuta com pin- eladas soltas ¢ amplas, que captem @ atengao do olho. Dé algumas pin- ‘eladas com pincel seco aqui e ali, pa- ra sugerir a textura da areia, Pronto v primeiro plano, passe pa- ra.a casinha. Use uma mistura das {8s cores primérias para obter um tom de cinza transparente, acrescen- tando alguns toques de amarelo ei aalgumas areas a fim de sugerit maior fextura. Misturando todas as cores a partir da mesina paleta basica, voce conseguird um resultado mais harmo nioso, que contribuita para a atmos- fera de tranaiiilidade da cena Passe finalmente para a linha es- cura de colinas ao longe, Use uma ‘mistura de (erra-de siena queimado ¢ ultramar, que d4 como resultado um azul densa e escuro. A opacidade e profundidade desta cor acentuam a transparéncia do primeira plano e do Copiar esta pintura pode ser uma forma bastante boa de praticar a so- breposiyau de aguadas e 0 dégrade. O importante, porém, é nao se limi tar apenas a este exeplo, e usar as tecnicas aprendidas naquilo que vo- @ tiver vontade de pintar ‘OS PRINCIPAIS TIPOS DE PIGMENTO = ‘As vores que compoem a palela basica de aquatela esto classificadas abaixo de acordo com seu grau de transparéncia, Trata- ‘$0 de uma lita simplificada, j8 que as linlas variam de acordo com 0 fabricante. E importante lembrar que a aplicacdo da tinta também ove afetar 0 resultado, Por exemplo, as cores pormanontes podem S21 dliuldas at6 quo oo obtenha com elas um ete bustante oelicaco, Faga um teste com suas tintas antes de comecar a pintar, para ‘aprender como se compariam TRANSPARENTES — OPACOS. PERMANENTES Verde-ssmoralca Terra-de-sombra Verdeesmeraida Verde-seiva gueimado Terra-de-sombra natural Verde-sewva LEVE EM CONTA A TEXTURA ‘Ao pinceladas em dégradé (aw ldo) ‘mostra como os diferentes Pigmentos terrosas se distribuern huma aguada, criande diferentes lexluray € Intensiaades, Voce pode aproveltar isso de forma criativa ara exprimir ae diversas textures da cena que estivet pintando. No trabaino acima, 0 céu claro é expresso pela aguada uniforme, cm. Cores transparentes. Jé a lexiura das letrosas presta-se bem para representar a granulasidade da areia. Temperatura das cores Os artistas sempre souberam que al- ‘Sumas cores transmitem sensacdo de calor, enquanto outras parecem frias. As razdes sio fisicas mas, em parte, ‘ambem psicoldgicas. No circulo cromético desta pagina, 8 vermelhos ¢ laranjas do lado es! uerdo sAo quentes, enquanto os ver- des e azuis do lado direito séo frios Note como cada cor tem graus vari veis de calor e frio. A atmosfera de nma pintura esté ‘muito relacionada & temperatura das cores utiizadas; a disposicdo das uentes em relagao as frias pode su- acrit espagu e dimensao, Além disso, ‘as superficies dos objetos podem ser modeladas com cures quentes ¢ frias, ara que fiquem com aparéncia tridi mensional, ‘As vores parecem mudar de acor- do com a distancia, a hora do dia, as Condivdes atmosféricas, o iaga de bir esombra. Fxamine um objeto — por exemplo, um vaso azul — sob dife- Fentes condigdes de iluminagio. ‘Compare as tonalidades quentes pro- Jetavlas pela luz da tarde com as mais frias, que ocorrem de manha, ¢ faca esbogos em aguarela do que toi ob- servado. Anote as combinagdes de cores que voce usou para criar som- bras e realces, iz Be BA _—— Alpuis lementas muito usados ¢ VIOLETA ‘Sua posieio no circulv eromatico, Cor e sombra ‘Se suus pintusas parecem muito chas e sem vida, talvez seja porque voce std tentando dar um aspecto arre- dondado aos objetos por meio do sombreamento de uma tinica cor, do claro para o escuro, como se estives- se usando um lipis. Na realidade, as sombras nv s2v apenas verses mais, escuras de uma cor — contém ele- ‘mentos da cor oposta (complemen. tar) de um objeto. ‘Uma boa regra 6 definir a cor pri- maria dominante do objeto cobri- Jo com uma camada dessa car. Em seguida, modele sua forma por mein de ca- iadas superpostas das cores comple- ‘mentares quentes € trias. Por exemplo, vo- cf pode dar forma a uma fo- Thagem verde actescentando amarclo ans pontos de realce ¢ azul as sombras. ‘Equilibrio de cores ‘Alem de procurar fazer uma compo- sigfo linear equilibrada, preocupe-se também com 0 equilfbriv cromético. E dificil eriar uma atmosfera se no ttaballio hd confusdo de cores quen- tes e frias, Muitas das boas pinturas ‘compécm-se principalmente de cores ‘quentes com alguns toques de frias, ou vice-versa, Pode-se conseguir uma impress de profundidade manten- do-se as cores quentes em primeiro plano © sestsingindo ao fundo as fri. Iris azuis e brancas. de Charles Reid. Esta pintura, feita toda com cores frias, transmite um clima trangatto e contido. 2 Ararelo trio Vermetlo quante aL / Amareto quente we an Vermetlho quente. Vermetho fry wl _ Shag Agu rio Vermetlo rio ww na Azul quente. nomes das cores que misturar, para posterior consulta). Os pequanns Girculos deste esquema indicam ‘onde as cores vendidas et 1uD0s se localizam nv circulo eromatico que ‘aparece no comecn daste caplivio, Amareto quent. / Vermetho querte Agu quxte el. Agu quente EXPERIENCIA COM MISTURAS No comego, imiese 4 mista oo tte cores primariae,veango cans verde tia'e outa quonte aa uma elas. Compare os resultados de cada combinagae (anote os Flores de papel, estidio de Rhew, de Charles Reid. Aqui, vermelhos e laranjas criam um lima alegre, Ressaltadas pelos verdes e azuls, | ‘as cores quontes parecem ‘mais vives. xte. es Ao trabalhar com tintas de maior po- der de cobertura, como acrilico on ‘leo, voce pode pintar dreas claras ¢ escuras em qualquer ordem: no caso a aquarela transparente, porém, atue de modo sistemético, trabalhan. do sempre do claro para o escuro — devido & transparéncia da tinta, den pois que o papel ficou tingido de uma or, nao hé como voltar atraa! Na aquarela tradicional, as areas ‘ais claras sao obtidas deixando-se © papel em branco, ¢ suas foutas $80 dclimitadas pelas éreas mais escuras em tomo delas. (Fé outros modos de

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