O texto descreve a evolução do espírito científico ao longo da história e na formação individual de acordo com Bachelard. Ele distingue três períodos/estados: 1) pré-científico, 2) científico em preparação, 3) novo espírito científico marcado pela relatividade. Na formação individual são três estados: concreto, concreto-abstrato e abstrato. O progresso ocorre por meio de obstáculos epistemológicos que geram lentidão ou retrocesso no desenvolvimento do conhecimento.
O texto descreve a evolução do espírito científico ao longo da história e na formação individual de acordo com Bachelard. Ele distingue três períodos/estados: 1) pré-científico, 2) científico em preparação, 3) novo espírito científico marcado pela relatividade. Na formação individual são três estados: concreto, concreto-abstrato e abstrato. O progresso ocorre por meio de obstáculos epistemológicos que geram lentidão ou retrocesso no desenvolvimento do conhecimento.
O texto descreve a evolução do espírito científico ao longo da história e na formação individual de acordo com Bachelard. Ele distingue três períodos/estados: 1) pré-científico, 2) científico em preparação, 3) novo espírito científico marcado pela relatividade. Na formação individual são três estados: concreto, concreto-abstrato e abstrato. O progresso ocorre por meio de obstáculos epistemológicos que geram lentidão ou retrocesso no desenvolvimento do conhecimento.
Na construção do espírito científico houve uma passagem do pensamento concreto e imediato para o abstrato e metafórico, o qual eventualmente contradiz-se diretamente com a experiência primeira. Seja na evolução da ciência ou na formação do cientista, a primeira tarefa do espírito científico é tornar geométrica a experiência, para assim então transcender abstratamente para configurações menos sensíveis. A fim de expor uma breve e provisória clareza acerca da evolução do espírito científico, Bachelard distingue três períodos [Bachelard 1996]: “O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que representa o estado científico, em preparação no fim do século XVIII, se estenderia por todo o século XIX e início do século XX. Em terceiro lugar, consideramos o ano de 1905 como o início da era do novo espírito científico, momento em que a Relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre.”
Semelhantemente, na formação individual do espírito científico, Bachelard
expõe três estados: “1° O estado concreto, em que o espírito se entretém com as primeiras imagens do fenômeno e se apoia numa literatura filosófica que exalta a Natureza, louvando curiosamente ao mesmo tempo a unidade do mundo e sua rica diversidade. 2° O estado concreto-abstrato, em que o espírito acrescenta à experiência física esquemas geométricos e se apoia numa filosofia da simplicidade. O espírito ainda está numa situação paradoxal: sente-se tanto mais seguro de sua abstração, quanto mais claramente essa abstração for representada por uma intuição sensível. 3° O estado abstrato, em que o espírito adota informações voluntariamente desligadas da experiência imediata e até em polêmica declarada com a realidade primeira, sempre impura, sempre informe.”
O progresso desses períodos e estados é marcado por dificuldades presentes
na essência do conhecer, são obstáculos epistemológicos. Destarte, são os conflitos internos, não a fragilidade dos sentidos ou fugacidade dos fenômenos. A exemplo, a inocência metafísica e a avareza de ruminar os mesmo conhecimentos geram lentidão no desenvolvimento. Conhecimentos sabidos cedo demais obstruem o novo, engarrafa num paradigma. Os obstáculos epistemológicos não apenas são razões de inércia, mas também de retrocesso. Inclusive, tanto do desenvolvimento histórico da ciência como na prática da educação. “O conhecimento do real é luz que sempre projeta algumas sombras”. Ademais, os períodos e estados são marcados, sobretudo na Física, pelo papel da Matemática na estruturação do pensamento. No segundo período/estado a Matemática tem um caráter descritivo, satisfazendo-se com o “como” fenomenológico. Já no terceiro, tem um caráter formador, sedento do “porquê” matemático. 13