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12 ERROS
NA CONSTRUÇÃO DE FACHADAS
Coordenação Editorial de José António Raimundo Mendes da Silva
Departamento de Engenharia Civil | Faculdade de Ciências e Tecnologia | 2008
.
03
CADERNOS DE APOIO AO ENSINO
DA TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO
E DA REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS
NÃO ESTRUTURAIS EM EDIFÍCIOS
12 ERROS
NA CONSTRUÇÃO DE FACHADAS
Coordenação Editorial de José António Raimundo Mendes da Silva
Departamento de Engenharia Civil | Faculdade de Ciências e Tecnologia | 2008
12 Erros na Construção de Fachadas
O arranque, em finais de 2008, dá-se com 3 títulos que são resultado de trabalho de
2003 e 2004 com os alunos de 5º ano da licenciatura em Engenharia Civil
“Levantamento de defeitos e definição de estratégias de reabilitação da envolvente
dos edifícios do Pólo 2 da Universidade de Coimbra”, de ferramentas de motivação
produzidas em 2005-06 para as aulas de Tecnologia da Construção sob a
designação de “Casos da Semana” e do guião de apoio a diversos cursos de curta
duração e palestras em 2007 sobre “12 Erros na Construção de Fachadas”, que já foi
objecto de publicação em capítulo de livro e que agora é revisto e alargado, de forma
breve, à realidade das coberturas.
É firme intenção sistematizar e divulgar também por esta via algumas das mais
relevantes apresentações em formato “Powerpoint” elaboradas como suporte às
palestras realizadas, bem como materiais de avaliação comentados, de forma a que
possam constituir ferramentas de aprendizagem.
2
Preâmbulo
PREÂMBULO
Escolher 12 erros (ou 10 ou 20, como poderia ter sido a opção) para uma
abordagem genérica da patologia das fachadas representa sempre um risco
porque não deixará de ser interpretado como uma escolha abusiva e sem
fundamento científico se não tiver por base um estudo estatístico.
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12 Erros na Construção de Fachadas
Títulos anteriores
1 Defeitos na envolvente dos edifícios do Pólo 2
2 O caso da semana
Coordenação editorial
J. A. R. Mendes da Silva | Prof. Auxiliar DEC-FCTUC
Capa
Luísa Silva
4
Índice
ÍNDICE
Preâmbulo
Ficha Técnica
Índice
1 INTRODUÇÃO
J. A. R. Mendes da Silva
ANEXOS
5
INTRODUÇÃO
1
J. A. R. Mendes da Silva
Introdução
1. ENQUADRAMENTO
As paredes de alvenaria têm merecido, nos últimos anos, uma atenção crescente, ainda
que insuficiente e com resultados pouco visíveis ao nível do seu desempenho final. São
crescentes os esforços ao nível da legislação, da certificação de produtos, da investigação
e da criação de ferramentas técnicas, mas os resultados são lentos. No campo dos
materiais há sinais evidentes do interesse por novos produtos mas ainda não foram dados
passos de escala decisiva na produção. As alvenarias vêem, assim, uma dignidade adiada,
com uma evolução lenta pontuada aqui e ali por exemplos positivos de relevo, mas também
por recorrentes anomalias que não permitem esquecer uma tradicional conotação deste
sistema construtivo com técnicas ultrapassadas e incapazes de responder às exigências do
presente e do futuro.
Nas últimas décadas, ocorreram diversas alterações das fachadas que têm repercussão no
seu desempenho [1]. De entre estas, destacam-se as seguintes:
- Introdução de novos materiais;
- Modificação das características de materiais existentes;
- Aligeiramento global das paredes, acompanhando o aligeiramento da construção;
- Alterações tecnológicas, no que diz respeito à filosofia da concepção;
- Alterações tecnológicas, no que diz respeito às técnicas de execução;
- Introdução de materiais com funções complementares;
- Introdução de acessórios/componentes complementares;
- Introdução de novos tipos de revestimento;
- Evolução/alteração de revestimentos tradicionais (características dos materiais e
técnicas de aplicação).
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12 Erros na Construção de Fachadas
Todas estas preocupações merecem ser revisitadas, porque deve ser permanente a
procura de novas soluções e porque, nalguns casos, a experiência tem vindo a consolidar-
se com a aplicação em obra, nomeadamente no que diz respeito ao grampeamento de
paredes pós-construção, à utilização de armaduras de reforço e à reconstrução de cunhais.
O Quadro1 [3], diversas vezes discutido e agora publicado aborda a sempre complexa
partilha de responsabilidades entre o projecto e a execução das alvenarias, no que toca às
situações de patologia. A sua inclusão neste texto pretende recentrar a discussão no
projecto, que deve ter um papel decisivo mas suficientemente discreto para que as
alvenarias possam desempenhar, não só o papel principal, quando for caso disso, mas
também as funções complementares, como peças de um complexo sistema, onde,
porventura possam não ser as mais determinantes.
Antes de abordar, nas secções seguintes, várias anomalias das paredes de alvenaria e das
fachadas que exigem a nossa atenção presente, reafirmam-se convicções anteriores sobre
os maiores desafios que se colocam ao sector: (i) Integrar a avaliação da qualidade das
alvenarias num sistema global de avaliação da qualidade do edifício; (ii) Sensibilizar os
projectistas e criar ferramentas de projecto; (iii) Investir na progressiva qualificação da mão-
de-obra e na organização da produção; (iv) Promover e apoiar a investigação, tendo em
conta a realidade nacional; (v) Melhorar a eficácia dos mecanismos de transferência
tecnológica; (vi) Reforçar, de forma integrada, os instrumentos formais de Certificação,
Normalização, etc.; (vii) Conhecer e controlar os materiais; (viii) Melhorar a aplicação; (ix)
Construir alvenaria armada; (x) Fabricar formatos complementares; (xi) Projectar as
alvenarias.
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Introdução
PROJECTO CONSTRUÇÃO
Deficiente avaliação do desempenho da parede, quer Deficiente compreensão do projecto, no que respeita
na globalidade, quer na ligação a outras partes do aos pormenores construtivos e às características a
edifício, no que respeita à penetração da água, exigir aos materiais;
durabilidade e comportamento estrutural; Desconhecimento do funcionamento de
Insuficiente avaliação e determinação das impermeabilizações, rufos e barreiras pára-vapor e
propriedades a exigir ao tijolo e à argamassa; insuficiente compreensão técnica das respectivas
Especificações de materiais, testes e técnicas de exigências em termos de execução;
execução omissas ou vagas, remetendo para Instalação incorrecta (ou omissão) de barreiras de
“procedimentos habituais de qualidade reconhecida” e impermeabilização e rufos previstos em projecto;
para a “experiência da mão-de-obra”; Execução incorrecta (ou omissão) de juntas de
Pormenorização incompleta, com utilização excessiva expansão-contracção prevista em projecto;
de desenhos tipo, eventualmente não adaptados à Deficiente preenchimento de juntas verticais e
obra em causa, deixando a verdadeira horizontais;
pormenorização para a fase de execução; Instalação incorrecta de grampos ou outros elementos
Negligência na determinação dos movimentos de ligação;
previsíveis, na definição das exigências do suporte Acabamento desapropriado para as juntas de
(em particular em paredes de fachada) e imposição assentamento e criação de juntas de assentamento
das necessárias juntas de expansão-contracção, quer com espessuras excessivas;
verticais, quer horizontais; Acumulação de restos de argamassa no fundo da caixa
Negligência na determinação das exigências de ar, caídos durante a execução;
estruturais das paredes exteriores face à acção do Formação de ressaltos de argamassa na caixa de ar,
vento e na adopção das soluções construtivas delas permitindo o contacto entre panos e a transferência de
decorrentes (grampeamento, apoios suplementares, humidade entre eles;
etc.); Não instalação de furos de ventilação e drenagem nas
Negligência na previsão das deformações estruturais e paredes;
da sua influência sobre as alvenarias, em particular Negligência na limpeza das saliências das juntas de
nos fenómenos de fissuração; argamassa, quando a parede se destina a receber
Desconhecimento ou má interpretação e aplicação dos isolamento térmico, que ficará, assim, afastado da
códigos, regulamentos e bibliografia técnica e parede interior;
científica da especialidade. Utilização de argamassas com composição química
inadequada, incluindo, por exemplo, substâncias
expansivas;
Negligência na avaliação das condições atmosféricas
durante a execução da obra (temperatura e humidade);
Negligência na comunicação ao projectista de
pormenores não executáveis ou de alterações
adoptadas em obra.
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5. REFERÊNCIAS
12
ERROS RECORRENTES EM
2
PAREDES DE FACHADAS
J. A. R. Mendes da Silva
Vitor Abrantes
A partir de:
SILVA, J. Mendes; ABRANTES, V. – “Patologia em paredes de alvenaria – causas e soluções”.
Seminário Paredes de Alvenaria – Inovação e possibilidades actuais, LNEC, Lisboa, Novembro
2007.
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
Esmagamento da alvenaria
Esmagamento da vedação
Rotura do revestimento
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
Parede exterior
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
Fissuração reticulada
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
Descolamento generalizado
Defeito localizado
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
Escorrências laterais
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
Fissuração horizontal
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Erros Recorrentes em Paredes de Fachada
Fissuração de juntas
Rotura de cunhal
Eflorescências generalizadas
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ANEXOS
Anexo I
ALVENARIAS NÃO ESTRUTURAIS
PATOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE
REABILITAÇÃO
A partir de:
SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas
do Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado
pela Escola de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, pp. 187-206, Porto, 24 de
Outubro de 2002.
SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
J. MENDES DA SILVA
Professor Auxiliar
Dep. de Engenharia Civil
Fac. Ciências e Tecnologia
Universidade de Coimbra
SUMÁRIO
Aborda-se a problemática das anomalias das paredes de alvenaria não estruturais, com ênfase
para a fissuração das paredes de tijolo furado. Primeiro, apresenta-se e ilustra-se a visão
clássica dos agentes de degradação das paredes e depois discute-se o mesmo fenómeno numa
perspectiva conjuntural. Apresenta-se a estratégia tradicional de correcção de anomalias não-
estruturais, que se concretiza e exemplifica, quer para o fenómeno da humidade em paredes,
quer o fenómeno da fissuração. Para o caso da fissuração, apresentam-se estratégias
específicas, desde a reabilitação ligeira até à demolição e reconstrução integral. Por fim,
comentam-se e ilustram-se patologias e estratégias de reabilitação a partir de casos de obra.
1. INTRODUÇÃO
As paredes de alvenaria não têm tido, em Portugal, a atenção que lhes é devida, se
considerarmos o papel que representam no contexto da construção, quer em termos funcionais,
quer em termos económicos.
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12 Erros na Construção de Fachadas
Tem havido também progressos ao nível da bibliografia técnica de apoio, com diferentes níveis
de abordagem e diferentes destinatários. É necessário, todavia, prosseguir, nomeadamente no
apoio normativo - por exemplo, adaptando progressivamente o Eurocódigo 6 [1] à realidade
nacional - e nas ferramentas de apoio ao projecto e execução, nomeadamente nas alvenarias
com funções particulares: alvenaria estrutural, alvenaria face à vista, etc.
A evolução dos materiais está, pelo seu lado, longe de corresponder às expectativas do
mercado e do meio técnico e dificilmente o fará se não for acompanhada da criação e
divulgação de sistemas coerentes de construção, compatíveis com as restantes opções de
projecto e construção dos edifícios. É urgente passar da mera alteração ou melhoria dos
materiais para a criação e divulgação de sistemas ou sub-sistemas construtivos em que eles se
integrem. Veja-se, a propósito, o exemplo de outros sub-sistemas que já ultrapassaram essa
fase: sistemas de canalização de abastecimento de água; sistemas de cobertura com telha
cerâmica tradicional com a sua multiplicidade peças, coordenação dimensional, uniformização
de suportes e acessórios, limites de aplicação, etc.
O texto que se segue inicia-se por uma abordagem geral, que diz respeito a todos os tipos de
parede e vem posteriormente a centrar-se no domínio das alvenarias de tijolo, com particular
relevo para o tijolo furado, que representa uma parcela muito significativa da construção de
paredes em Portugal.
As paredes de alvenaria utilizadas nas fachadas em Portugal evoluíram durante o último século,
primeiro de forma lenta e, posteriormente, já nas décadas de 70 a 90, com ritmo
progressivamente crescente e significativo, se tivermos como referência a lentidão e inércia
habituais no domínio da construção.
As paredes interiores também evoluíram, nalguns casos de forma mais radical, mas essa
evolução não teve tantas repercussões funcionais e patológicas como aconteceu no caso das
paredes de fachada, pelo que não serão objecto de discussão neste trabalho. Algumas das
patologias posteriormente discutidas afectam, no entanto, com particular intensidade, as
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
Estas alterações tiveram sempre subjacente a intenção de reduzir custos (das paredes em si e
das estruturas de suporte), de aumentar a produtividade e de melhorar o desempenho funcional
das paredes de fachada, com particular preocupação no que diz respeito à resistência mecânica,
resistência à acção da água e ao comportamento higrotérmico. O desempenho acústico, o
comportamento sob acção do fogo e a durabilidade sob a acção dos diferentes agentes
atmosféricos são domínios frequentemente relegados para segundo plano. As exigências
estéticas e arquitectónicas, apesar de presentes neste processo de evolução, não foram, em
nossa opinião, os seus elementos catalizadores ou determinantes, não obstante o conhecimento
de situações pontuais de grande impacto.
Quer a história, quer as perspectivas futuras das paredes de alvenaria, bem como a análise das
suas exigências funcionais, são objecto de diferentes comunicações neste Seminário, pelo que
esta abordagem tem apenas uma função de enquadramento.
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12 Erros na Construção de Fachadas
De modo algo simplista, é corrente identificarem-se quatro grandes gerações de patologias das
paredes de alvenaria, associadas a quatro fases de evolução das paredes de pedra e de tijolo:
"As paredes de pedra apresentavam elevadas perdas de calor e grande probabilidade de
condensações generalizadas que foram ultrapassadas pelas paredes de tijolo furado, em pano
único. Estas, demasiado sensíveis à humidade, deram lugar às paredes duplas (posteriormente
com isolamento térmico) que vieram a materializar as pontes térmicas. A correcção das pontes
térmicas surge por vias diversas: paredes de pano único com isolamento térmico pelo exterior
com revestimento delgado armado ou protecção da estrutura com elementos cerâmicos
furados. Estas duas soluções disputam, agora, a 4ª geração de patologias: fungos,
empolamentos, deteriorações localizadas e falta de planeza, nas primeiras, fissuração e
instabilidade nas segundas."(in [3]).
Ficam fora desta análise realidades paralelas da evolução da patologia de outras soluções
construtivas, com diferentes materiais de base e com novos materiais e acessórios
complementares, que se podem exemplificar, sem qualquer juízo pejorativo, com as seguintes
situações:
- A introdução de elementos metálicos nas paredes (armaduras de junta e grampos entre
panos de parede) não previa inicialmente uma adequada protecção contra a corrosão,
pelo que, ao longo do tempo, esses materiais provocavam, como nova patologia, a
fissuração da parede por expansão dos produtos da corrosão e escorrências de cor
escura sobre os paramentos;
- A criação de blocos de encaixe simples, dispensando - em princípio - a execução de
juntas verticais de argamassa, com vantagens de economia e produtividade, veio a
verificar-se incompatível com diversos tipos de revestimento, no que diz respeito à
fissuração e à resistência à passagem da água;
- A criação de blocos muito leves, permitindo um bom isolamento térmico no Inverno e
grandes economias de mão de obra, vieram a demonstrar problemas de estabilidade
dimensional e resistência mecânica, para além de um insuficiente desempenho na
estação quente.
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
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caso das paredes, entenda-se pois, por agora, como patologia não-estrutural aquela que
corresponde a paredes das quais não depende directamente a estabilidade de outros elementos
construtivos. Esta opção resulta menos clara, do ponto de vista da designação, para as situações
em que os defeitos das paredes não-estruturais resultam do deficiente desempenho ou
interacção dos elementos estruturais confinantes ou de suporte e para as acções mecânicas
externas ou internas, a que está sujeita a parede, e que põem em causa a sua própria
estabilidade, sem que da sua eventual ruína resultem consequências para outros elementos
construtivos.
ANOMALIAS NÃO-ESTRUTURAIS
Simbologia: Desajusta-
Anomalias devidas mentos face
anomalias correntes à humidade
anomalias mais relevantes a exigências
Humidificação
dos materiais
Alteração das propriedades físicas
Envelhecimento e degradação
Higroscopicidade dos materiais
NOTAS:
Humidade de condensação
Exigências de economia
3 - Em locais húmidos
Humidade do terreno
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO
Paredes exteriores 1
primários Pavimentos 1 4 4
Coberturas
Janelas
Cerramentos de vãos exteriores
Elementos Portas exteriores
secundários Portas interiores
Guardas 5
Lanternins
Acabamentos exteriores em paredes 1
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12 Erros na Construção de Fachadas
Os quatro grupos de causas indicados - que não são exclusivos das paredes - confundem-se
com as manifestações ou as disfunções, uma vez que, numa perspectiva mais lata, as
verdadeiras causas ou agentes da degradação estão a outro nível, como se descreve no Quadro
2: acções humanas, acções naturais, desastres naturais e desastres de causas humanas.
Acções Oxidação
Carbonatação
químicas
Presença de água
Presença de sais
Chuva ácida
Reacções electroquímicas
Radiação solar (ultra-violetas)
Acções Vegetais (raízes, trepadeiras, líquenes, bolores, fungos)
biológicas Animais (vermes, insectos, roedores, pássaros)
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
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na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
Numa perspectiva ainda mais global, podem ser identificadas causas conjunturais - ou mesmo
políticas - para explicar a patologia da construção, nomeadamente a "patologia precoce", isto é,
a que se manifesta de forma inexplicável pouco tempo após a construção. Há alguns anos,
Appleton [6] afirmou que esta patologia precoce tem outras explicações para além das
meramente técnicas, opinião esta que pode constituir ainda alvo de importante discussão. As
explicações conjunturais então apontadas eram as seguintes:
- A consciência da fragilidade da postura dos promotores - donos da obra;
- A desorganização e baixa tenacidade do sector de fabrico e fornecimento de produtos
de construção;
- As condições ética e tecnicamente reprováveis que balizam a realização de grande
número de projectos;
- A formação incipiente da mão-de-obra especializada;
- A falta de estruturas das empresas de construção.
A observação dos quadros anteriores permite verificar a extensão do tema. Uma abordagem
exaustiva dos assuntos relativos à patologia das paredes de alvenaria implicaria a análise e
discussão de vastas áreas de conhecimento de diversos domínios das ciências da construção:
materiais de construção, física das construções, tecnologia das construções e resistência de
materiais. Deste modo, optou-se por restringir esta apresentação ao domínio da fissuração e,
dentro desta, a fenómenos relativos à acção do calor e da humidade e as alguns aspectos
relativos à instabilidade de panos exteriores utilizados como correcção das pontes térmicas.
É muito importante recordar que, com muita frequência, a patologia das paredes de alvenaria
tem origem e manifestação em pontos singulares das paredes e não em superfície corrente. Ora
é precisamente nestes locais que se verificam os maiores erros ou omissões em termos de
projecto, é nesses locais que mais falta fazem materiais integrados num sistema de construção
coerente e é nesses locais que a execução é mais difícil em obra. Acontece ainda que,
lamentavelmente, é pouco frequente a análise de pontos singulares, quer na bibliografia técnica
corrente, quer nos documentos normativos.
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12 Erros na Construção de Fachadas
CAUSAS DE
FENÓMENOS DE ASPECTOS PARTICULARES
FISSURAÇÃO
A fissuração dos revestimentos pode estar ou não associada à fissuração do suporte (alvenaria
propriamente dita). Nos casos em que ocorre a fissuração do revestimento sem que o suporte
tenha fissurado, as causas estão em geral ligadas ao tipo de revestimento e às condições de
aplicação, mas podem resultar também de incompatibilidade química ou mecânica com o
suporte [9]. A diversidade de revestimentos não permite uma descrição exaustiva das causas,
pelo que o Quadro 4 se limita às causas possíveis da fissuração de rebocos ditos tradicionais.
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
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Assim, prevenir a patologia implica, agora, em muitos casos, conhecê-la com rigor e escolher
estratégias de intervenção preventiva. No Quadro 5 e na Figura 1, descrevem-se e ilustram-se
diferentes estratégias - por vezes contraditórias - para prevenir a fissuração de paredes devido a
fenómenos de origem térmica.
Esta diferença de coeficientes de dilatação térmica linear vai provocar tendências de expansão
e contracção distintas, ambas contrariadas pelos materiais confinantes. Por exemplo, no seio de
uma parede de tijolo à vista, sujeita a intensa radiação solar, a ligação entre as juntas de
argamassa e os tijolos fica sujeita a elevados esforços de corte, face à restrição mútua de
movimentos. Do mesmo modo, os panos de alvenaria inseridos numa malha de betão armado
(no preenchimento de pórticos, por exemplo) provocam tensões nas ligações à estrutura que
são frequentemente responsáveis pela fissuração do revestimento exterior.
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12 Erros na Construção de Fachadas
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
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apoio com
deslocamento
vertical livre
Figura 1: Exemplos de medidas preventivas para reduzir o risco de fissuração de paredes com
origem nos movimentos de origem térmica ([5], a partir de várias fontes)
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12 Erros na Construção de Fachadas
A adopção de uma destas estratégias ou da sua combinação entre si, está muito dependente do
tipo de patologia, da facilidade de diagnóstico e das condicionantes técnicas, económicas e
sociais da realização dos trabalhos de reabilitação. Ao contrário do que seria teoricamente
desejável, a eliminação das causas das anomalias não é uma das opções mais frequentes, em
consequência dos elevados constrangimentos que a envolvem e que acima se enumeraram.
Estas estratégias gerais podem ser aplicadas com qualquer tipo de causa das patologias das
paredes. Nos Quadros 6 e 7 apresentam-se exemplos e condicionantes da concretização destas
estratégias para os casos de patologia por acção da humidade e por fissuração (a partir de [4]).
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
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12 Erros na Construção de Fachadas
Eliminação das É a acção mais eficaz, mas frequentemente impossível ou economicamente inviável.
causas das anomalias Obriga também, em geral, à eliminação da anomalia.
Exemplos idênticos aos indicados para a “protecção contra os agentes agressivos”.
Reforço das
características Não é, em geral, aplicável às alvenarias numa fase correctiva, mas sim numa fase preventiva.
funcionais
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
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Tome-se como exemplo um edifício com pano exterior de alvenaria muito fissurado, com risco
de ruína parcial, elevados níveis de infiltração e aspecto estético gravemente afectado.
Perante o risco de ruína, as restantes patologias são, numa primeira fase, preocupações de
menor monta. Assim, assume particular relevo a estabilização da parede ou, em alternativa, a
sua demolição total ou parcial e subsequente reconstrução. As técnicas de estabilização de
paredes de alvenaria de tijolo são em geral as seguintes:
- Reforço localizado dos apoios com lintéis ou cachorros em betão armado ou em aço,
no caso de apoios deficientes;
- Escoramento oblíquo, no plano perpendicular à parede (quando for realizável
arquitectonicamente);
- Grampeamento das paredes a outros panos de parede ou elementos estruturais;
- Reabertura de algumas juntas para colocação de armaduras;
- Confinamento com cintas e montantes de betão armado (constituindo uma intervenção
em geral destrutiva e de grande envergadura);
- Demolição parcial e reconstrução de cunhais, com armaduras de canto ou criação de
juntas de expansão.
A reabilitação de fissuras nestas condições consiste, nos casos mais graves, na colocação de
agrafos metálicos, regularmente espaçados, perpendiculares à fissura, e na reparação em
"ponte" da fissura. Qualquer destas duas técnicas é conhecida, mas frequentemente mal
aplicada, com elevados riscos de reincidência do defeito:
- Se os agrafos são colocados todos com a mesma dimensão e alinhamento, criam-se
zonas frágeis na parede e não se garante uma adequada distribuição de tensões.
Também é perigosa uma deficiente protecção dos agrafos contra a corrosão;
- Os erros no tratamento das fissuras em "ponte" resultam do desconhecimento dos
objectivos e do funcionamento mecânico desta técnica, que adiante se descreve.
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12 Erros na Construção de Fachadas
Todas as soluções de revestimento indicadas devem ser alvo de estudo criterioso e aplicação
profissional [2], sob pena de elevado risco de insucesso. A escolha da solução mais adequada
não é independente do estado da parede e das soluções de reabilitação e estabilização do
suporte. As condicionantes arquitectónicas e económicas são também muito relevantes nesta
fase, uma vez que as soluções tidas como mais eficazes (que muitos autores consideram ser o
revestimento independente - "bardage") apresentam os custos mais elevados e provocam um
espessamento da fachada em cerca de 10 a 15 cm, obrigando a repensar e refazer todas as
zonas de remate (coberturas, peitoris, etc.).
Fita de dessolidarização Ausência de fita ou fita Incapacidade de garantir uma adequada distribuição
(papel “kraft”) com 2 a 4 cm demasiado fina das tensões no reboco sobre a fissura
de largura, sobre a fissura ----- -----
Fita muito próxima do bordo do Incapacidade para transmitir ao suporte as tensões
reboco retirado de corte devidas aos movimentos da fissura
Reparação do reboco com Reboco corrente com retracção Elevada probabilidade de fissuração nos bordos da
argamassa curativa armada não desprezável zona reabilitada na ligação ao reboco antigo
(não retráctil) ----- -----
Ausência de armadura Reboco curativo incapaz de absorver os esforços
nas imediações do papel "kraft" sem fissurar
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
LEGENDA:
1) Remoção do reboco numa faixa de 20 a 25 cm de largura
2) Fissura reaberta em “V” com disco rotativo de 5 mm, com 10 mm de profundidade
3) Vedação da fissura com mastique sintético
4) Fita de dessolidarização (papel “kraft”) com 2 a 4 cm de largura, sobre a fissura
5) Reparação do reboco com argamassa curativa armada (não retráctil)
59
12 Erros na Construção de Fachadas
6. CASOS DE OBRA
A Figura 4, ilustra o caso de um edifício em que o pano exterior da parede dupla de tijolo está
parcialmente apoiado em cantoneira metálica sobre leito espesso de argamassa. A insuficiência
do apoio e a sua excessiva flexibilidade, associada à total ausência de grampeamento de
ligação entre o pano exterior e o pano interior, provocou graves problemas de fissuração, com
particular expressão ao nível das lajes, como se pode observar pelas fotografias. Algumas
zonas da parede atingiram elevados níveis de instabilidade.
Figura 4: Pormenor de apoio de uma parede de fachada e aspecto da fissuração resultante [10]
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
Na Figura 5 apresenta-se uma situação semelhante numa fachada de tijolo face à vista, de
grande altura, em que se verificou uma fissuração localizada, com empolamento do tijolo. A
expansão do tijolo por acção da humidade ou a retracção ou compressão excessiva da estrutura
parecem ter estado na origem da patologia. O apoio parcial agravou naturalmente o efeito desta
força vertical adicional que passou a actuar sobre a parede, criando tensões assimétricas na
zona do apoio. A reparação realizada consistiu, como era imprescindível, na demolição parcial
muito cuidada de uma zona da alvenaria e sua posterior reconstrução.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As paredes de alvenaria não estruturais podem desempenhar, cada vez mais, um papel de
relevo na construção nacional, acompanhando a evolução tecnológica e arquitectónica. Para
que tal possa acontecer com uma aceitável expectativa de sucesso, é fundamental continuar a
investir na melhoria dos produtos de construção e seus acessórios, criando sistemas integrados
e coerentes.
61
12 Erros na Construção de Fachadas
Rumo à garantia da qualidade das alvenarias, são também importantes o desenvolvimento dos
processos de certificação e normalização, bem como o investimento nos mecanismos de
transferência tecnológica e na criação de documentos de apoio ao projecto e à obra.
8. REFERÊNCIAS
[1] CEN - Eurocode 6 - Design of Masonry Structures. Part 1.1. General Rules for Buildings.
CEN, prENV 1996-1-1, 1994.
[2] Lucas, J. A Carvalho - Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de
alvenaria ou betão. ITE 24, LNEC, Lisboa, 1990.
[3] Silva, J. Mendes - "Projecto e execução das alvenarias não estruturais e o seu papel na
qualidade dos edifícios", Actas do Seminário - O Futuro do Sector Imobiliário em Trás-os-
Montes e Alto Douro, UTAD, Vila Real, Novembro 2001.
[4] Paiva, J. V. et al. - “Patologia da Construção”. 1º ENCORE “ Encontro sobre Conservação
e Reabilitação de Edifícios de Habitação”, Documentos Introdutórios. Lisboa, LNEC,
Junho 1985.
[5] Silva, J. Mendes - Fissuração das alvenarias. Estudo do comportamento das alvenarias sob
acções térmicas. Tese de Doutoramento - Universidade de Coimbra, Coimbra, 1998.
[6] APPLETON, João - “Patologia precoce dos edifícios”. 2º ENCORE - “Encontro sobre
Conservação e Reabilitação de Edifícios” - vol.II. LNEC, Lisboa, Junho-Julho 1994.
[7] Lucas, J. A. Carvalho - Revestimentos para paramentos interiores de alvenaria de blocos
de betão celular autoclavado- VOL. II: Betão celular autoclavado - Fissuração de paredes
de alvenaria em geral; Fissuração de paredes de alvenaria de betão celular autoclavado
no nosso País. Relatório 109/87-NCCt, LNEC, Lisboa, 1987.
[8] APICER, CTCV e DEC-FCTUC - Manual de Alvenaria de Tijolo. Associação Portuguesa
de Industriais de Cerâmica de Construção, Coimbra, 2000.
[9] Veiga, Maria do Rosário - Comportamento de argamassas de revestimento de paredes.
Contribuição para o estudo da sua fendilhação. Tese de Doutoramento - FEUP, Porto,
Maio 1997.
[10] Silva, J. Mendes et al. – “Degradação precoce de paredes de fachada com correcção
exterior das pontes térmicas. Casos de estudo”. Actas do Congresso Nacional da
Construção, IST, Lisboa, Dezembro 2001.
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
HUMIDADE
CONTEXTO
PROJECTO EVOLUÇÃO Laboratório
EXPANSÃO
de Construções
DESAFIOS
Departamento
EXECUÇÃO de Engenharia
PATOLOGIACivil - FISSURAÇÃO
Universidade de Coimbra
Seminário
PAREDES DE ALVENARIA
Situação Actual e Novas Tecnologias
Porto, 24 de Outubro de 2002
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
ENQUADRAMENTO
PROJECTO E EXECUÇÃO DAS ALVENARIAS – partilha de responsabilidades
EVOLUÇÃO DAS ALVENARIAS – evolução da patologia
PATOLOGIAS RELEVANTES – expansão e fissuração
ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO - exemplos
PROMOÇÃO DA QUALIDADE DAS ALVENARIAS – exigências e desafios
63
12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
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na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
65
12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
10
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12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
... diferentes
GERAÇÕES DE DEFEITOS
das alvenarias ...
11
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
... diferentes
GERAÇÕES DE DEFEITOS
das alvenarias ...
Paredes Paredes Isolamento
de pedra duplas exterior
ou tijolo Paredes de tijolo
maciço simples furado
de tijolo
furado 4ª geração ?
Reduzida Deficiente Criação de Correcção das
resistência comportamento pontes pontes térmicas
térmica face à água térmicas
12
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
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de Engenharia da Universidade do Minho e pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
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HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
FISSURAÇÃO
13
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
HUMIDADE
14
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12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
15
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
EXPANSÃO
IRREVERSÍVEL
16
70
SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
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HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
17
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Expansão - Contracção
Movimentos diferenciais entre materiais distintos
Movimentos globais da parede >>> tensão nas ligações exteriores
Reversível - Irreversível
Movimento reversível (sem limitação no tempo)
Movimento irreversível (com limitação no tempo)
Confinadas - Não-confinadas
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12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
FISSURAÇÃO
19
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
20
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Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
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HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
21
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Grandes panos
Paredes muito susceptíveis às
variações dimensionais
22
73
12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Exemplos de fissuração
23
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Exemplos de fissuração
24
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HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Exemplos de fissuração
25
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Exemplos de fissuração
26
75
12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Situações - limite
27
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
REABILITAÇÃO
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HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Ao tipo de causa
À distribuição das fissuras e ao seu grau de estabilização
Às consequências previsíveis das fissuras
Ao tipo de parede
29
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Reparar a fissuração
(...)
reabilitação
Reabilitação em “ponte” com acentuada distribuição de tensões
(...) em “ponte”
77
12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
31
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
32
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SILVA, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais. Patologias e estratégias de reabilitação.” Actas do
Seminário sobre “Paredes de Alvenaria. Situação actual e novas tecnologias”, organizado pela Escola
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na Fundação Dr. A. Cupertino de Miranda, Porto, 24 de Outubro de 2002
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
33
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
?????
CONHECEMOS A FUNDO OS MATERIAIS DE QUE DISPOMOS?
VALE A PENA INVESTIR (ainda? ou já?) NAS ALVENARIAS ?
ONDE QUEREMOS QUE COMECE E ACABE O PROJECTO ?
VALE A PENA REAPRENDER A TRADIÇÃO (inexistente?) ?
A INVESTIGAÇÃO TEM TIDO REPERCUSSÃO NA QUALIDADE?
O QUE FAZER JÁ? COMO PLANEAR O FUTURO ?
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12 Erros na Construção de Fachadas
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
HUMIDADE
PROJECTO EVOLUÇÃO
CONTEXTO EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
Conhecer e controlar os
materiais
PROJECTAR as ALVENARIAS
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HUMIDADE
PROJECTO
MATERIAIS EVOLUÇÃO
INVESTIGAÇÃO
CONTEXTO PAREDES FISSURAÇÃO
EXPANSÃO DESAFIOS
EXECUÇÃO PATOLOGIA FISSURAÇÃO
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