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Aumento da produção e da produtividade

Um dos principais objetivos de qualquer economia é o aumento do crescimento económico, havendo


assim a possibilidade de investir no desenvolvimento humano do país. Para isto ser possível, é
necessário aumentar a produção, principalmente a produtividade.
A produtividade é a relação entre a produção e os fatores de produção utilizados, ou seja, está
relacionada à qualidade das tarefas executadas, quantidade de produtos finais obtidos e os recursos
utilizados durante esse processo de produção. Isto é importante porque quanto mais se produzir, mais
venderá e maior será o rendimento. Aumentar a produtividade tornou-se o objetivo mais importante das
organizações.
Esta procura foi mais requisitada após a industrialização e a procura da maximização dos lucros,
levando ao desenvolvimento de novas técnicas de produção, novos materiais, equipamento mais
sofisticado, novas formas de organizar o trabalho e mais qualificação do trabalho. Ao longo dos anos,
critérios como melhores condições físicas e psicológicas de trabalho, mais trabalho em equipa, motivação
e outras regalias têm sido considerados para estimular este aumento.

No século XVIII a noção de produtividade torna-se um conceito importante devido à concorrência


entre empresas. Umas das técnicas utilizadas nesta época foi a divisão técnica do trabalho, ou seja, a
produção de um produto é dividido em etapas ou tarefas básicas, sendo cada tarefa atribuída a operário.
Assim, casa operário especializa-se na execução de uma determinada tarefa, reduzindo perdas de tempo
entre tarefas diferentes. Esta é a principal estratégia que permite a introdução da mecanização, que
reforça os aumentos da produtividade.

Durante a 2ª Revolução Industrial, Frederick Taylor enumera uma série de princípios que propõem uma
produção focada na redução do tempo de trabalho e na especialização. O conjunto destas inovações
introduzidas nas fábricas permitiram aumentos significativos da produtividade, e consequentemente de
lucro.
Sucintamente, o grande aumento de bens produzidos pelo mesmo número de pessoas deve-se a três
fatores: a especialização de uma dada tarefa de cada um dos trabalhadores; o tempo que se
desperdiçava ao passar de uma tarefa para a outra é reduzido; e a invenção de um grande número de
máquinas facilitou e reduziu o trabalho, tornando um homem capaz de realizar várias tarefas.

Mais tarde, Henry Ford aplicou o taylorismo às linhas de montagem dos automóveis no início do século
XX, surgindo assim a produção em série, baseada na divisão técnica do trabalho. Isto permitiu lucros
elevados e aumentos salariais dos seus operários.
No início do século XX, o progresso técnico, inovação, investimento e novas formas de organização do
trabalho são os fatores que permitiram o crescimento e consequente desenvolvimento das economias
capitalistas ocidentais.
Este modelo Fordista também apresenta limitações, sendo uma delas as frustrações dos trabalhadores
devido à rotina das tarefas e estagnação profissional, principalmente nos primeiros anos da sua
implementação.

Neste contexto surge a Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo,que defende que a produtividade
pode aumentar com base nas boas relações humanas que se criam durante os horários de trabalho com
os demais colegas.
No século XX passa a ser proposto um modelo burocrata, que assenta na estandardização das funções
e preparação dos trabalhadores para as mesmas e surgem teorias sobre o modo de liderança, com defesa
do estilo democrático de gestão, ou seja, leva todas as decisões a votação e todos participam do processo
de tomada de decisão.

Atualmente, o aumento de escolaridade, preparação académica e profissional dos trabalhadores,


novas formas de participação e colaboração têm sido conceitos mais relevantes no mercado do trabalho
da atual economia do conhecimento. Questões como a motivação e empenho dos trabalhadores têm
sido consideradas e aplicadas com bons resultados produtivos.
Outras maneiras de trazer um crescimento económico e desenvolvimento sustentável face às
dificuldades e incertezas trazidas do final do século XX são a fusão e concentrações empresariais, onde as
empresas passam a cooperar entre si e se unem para formar uma maior organização, e a
internacionalização e novas formas de relacionamento global, com o objetivo de alcançar e conquistar
um público diferente.
Uma das maneiras atuais de aumentar os lucros, embora levante muitas questões éticas, é a utilização
de mão de obra barata e escrava, principalmente nos países sub-desenvolvidos e países novos
industrializados, tendo estes últimos tirado vantagem das várias técnicas desenvolvidas ao longo dos
séculos nos países ocidentais, que permitiu assim o crescimento económico do país.

a característica de produtividade vai além dos trabalhadores das industrias produtoras de bens,
também se aplicando a serviços.
Esta eficácia e produtividade é muito importante hoje em dia para satisfazer as nossas exigências, quer
estejam relacionadas a bens e serviços básicos ou não.
Mas como é que os bens e serviços não essenciais tornaram-se algo tão presente? Como é que surgiu a
sociedade de consumo?
No final do século XX, consta às empresas que é mais fácil produzir do que vender. Isto porque o
aumento de produtividade e consequente produção dificultou o escoamento dos produtos, havendo
períodos de crises ou contrações económicas.Face a este problema, as empresas perceberam que foi
necessário criar necessidades adicionais aos consumidores para comprar mais bens.
Com isto, houve uma diversificação da produção e introdução de novas técnicas de maneiras para de
certa forma manipular o consumidor a querer um produto que não necessita.

Diversificação da produção
Os consumidores, ou seja, pessoas que têm as necessidades básicas satisfeitas, pertencem
principalmente aos países desenvolvidos, onde o consumo é muito sofisticado e onde há constantes
estudos de mercado e da sociedade consumidora.
A concorrência entre empresas e a procura de novos consumidores originou a conceção de novos bens
com qualidades e características distintas dos “produtos de ontem”, que proporcionam uma maior
satisfação. Em comparação com os produtos antigos, os produtos de hoje têm uma durabilidade mais
curta, maior dificuldade de reparação, são numerosos e há mais variedade de marcas e qualidade, de
forma a obrigar o consumidor a comprar mais produtos.
Juntamente com esta diversidade de escolha, atualmente o marketing publicitário tem uma força
importante nas nossas escolhas, tanto os anúncios que vemos de diferentes produtos e marcas como as
táticas de venda ou até mesmo patrocínios destas marcas a celebridades mundialmente conhecidas.

As marcas dos produtos também têm sido um importante fator nesta diversificação, principalmente
com a globalização e o surgimento das redes sociais, isto porque várias marcas têm sido consideradas um
símbolo de maior status ou prestígio social, ainda mais hoje em dia porque a maioria das pessoas têm a
necessidade de fazer parte de um grupo.
Além disso, as pessoas têm uma necessidade de terem na sua posse produtos de “boas” marcas, isto
porque estão associadas a uma maior qualidade e muitas das vezes as celebridades utilizam produtos
dessas marcas, abastecendo ainda mais este valor de prestígio social.

Ao considerarmos que a inovação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da


economia de um país, torna-se indispensável o investimento em elementos que deem aos produtos a sua
própria identidade, sendo várias pessoas destacadas para criarem novos visuais para os produtos. No
entanto, para que a pessoa que investiu tempo e dinheiro na criação de novas formas de expor um novo
produto, possa usufruir dos benefícios do seu trabalho, torna-se necessário registá-la como uma patente.
Uma patente é um título de propriedade temporária, conferido pelo Estado.

Como já foi mencionado anteriormente, com o passar do tempo surgiram novos serviços, onde
também se encontra uma grande variedade de ofertas nas diferentes áreas (comunicações, lazer,
turismo, etc). Esta abundância é possível devido ao desenvolvimento das economias que permitiram
satisfazer as necessidades básicas das populações, criando serviços típicos da sociedade de consumo
moderna.
Os diversos serviços são vendidos graças às técnicas modernas de marketing, a consolidação da
sociedade de consumo e o consumo de massas.
Estes fatores todos, juntamente com a expansão do fenómeno da industrialização permitem o
nascimento de uma sociedade de consumo. Nos finais dos anos 50, a totalidade das populações que
ganharam poder de compra foi tão grande que o acesso ao consumo deixou de ser um fator de
diferenciação social.
Estamos agora na era do consumo de massas, onde só sobrevivem as atividades económicas que
controlam as decisões que induzem ao consumo. Ou seja, para além da sua própria produção, a empresa
da sociedade de consumo em que saber produzir comportamentos de consumo.

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