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TRABALHO – FEEPAD

Trabalho – Fundamentos da Educação Especial: Processos de


Atenção a Diversidade

Magda Welter
Marcelly Cristianny Sousa
Marco Tulio Santos Ledo

Janeiro/2018

Fundamentos da Educação Especial: Processos


de Atenção a Diversidade

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SUMÁRIO
1. Justificativa........................................................................................................... 03

2. Objetivos............................................................................................................... 05

3 . Metodologia e Atividades..................................................................................... 05

4 – Agentes Envolvidos............................................................................................ 07

5 – Meios e Recursos Necessários ......................................................................... 08

6 – Avaliação............................................................................................................ 08

7 – Referências ........................................................................................................ 09

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1. JUSTIFICATIVA

Ao falar e inclusão social, em especial, da educação dos Portadores de


Necessidades Especiais, deparamo-nos com incontáveis dúvidas e discussões,
principalmente, quando abordadas no sentido de proporcionar a estes deficientes a inclusão
em ambientes públicos, sem a mediação de parentes, em um universo completamente
distante do que eles estão acostumados. Tal fato, pode ser observado na inclusão a
educação básica, na rede pública de ensino e também na rede particular, haja vista que
grande maioria dos profissionais da educação não possuem a formação para o trabalho com
as deficiências sejam elas físicas, intelectuais, visuais, auditivas, de linguagem, múltiplas,
entre outras.
Além disso, deparamo-nos ainda com um vasto arcabouço legal, que vai desde a
previsão na Constituição da República do Brasil, bem como, leis, decretos, resoluções,
pareceres.
Percebemos que a própria Carta da República menciona em diversos artigos a
necessidade de integração do portador de deficiência na sociedade e que compete ao poder
público garantir à assistência necessária para o desenvolvimento das capacidades dos
deficientes. Contudo, o universo que nos deparamos é muito diferente.
É fato que apesar do arcabouço legal que ampara a inclusão de deficientes, as
escolas, por exemplo, não dispõem de profissionais preparados e nem possuem recursos
para a formação continuada dos profissionais da educação, que muitas vezes alegam ser
mais um trabalho para, em especial, à docência.
O fato é hoje tão discutido que em 2017, o Exame Nacional do Ensino Médio,
instituído pela Portaria MEC nº 438, de 28 de Maio de 1998, abordou a questão da formação
da inclusão de surdos no ambiente escolar. Tal tema, ainda é um dos entraves para o
desenvolvimento educacional, haja vista que a maioria das instituições de ensino sequer
possuem insumos pedagógicos para realizar a inclusão da criança na instituição de ensino,
que abertamente contraria o princípio constitucional da igualdade, previsto no art. 5º da
Carta da República, que versa

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“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,


garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes”. (BRASIL, 1988).

O princípio da igualdade pressupõe que as pessoas colocadas em situações


diferentes sejam tratadas de forma desigual: “Dar tratamento isonômico às partes significa
tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas
desigualdades”. (NERY JUNIOR, 1999, p. 42).
Logo, ao relacionarmos a necessidade de inclusão, devemos proceder a
observação de que essa só ocorrerá com a junção de ações entre o poder público e a
sociedade, seja através de legislação própria, incentivos e um trabalho efetivo para o
desenvolvimento das capacidades dos alunos.
É fato, por exemplo, que através da Portaria Normativa nº 13, de 24 de abril de
2007, que dispôs sobre a criação do "Programa de Implantação de Salas de Recursos
Multifuncionais", fora um grande avanço pois permitiu às escolas pública de ofertarem o
Atendimento Educacional Especializado para alunos portadores de Deficiência. Porém,
exemplificarmente, temos que grande parte dos insumos tecnológicos presentes ainda não
operáveis pelos profissionais que trabalham como professores de apoio, ou ainda estes não
possuem sequer formação adequada para potencializar o processo de evolução das
capacidades e habilidades dos alunos e aliados a isso, o próprio docente das turmas
regulares não possuem conhecimento das deficiências que acarretam aos alunos e não
participam da construção do Plano de Desenvolvimento Individual, que fica muitas vezes
sobre competência dos especialistas em educação, o que mais uma vez dificulta o processo
de inclusão escolar.
Por outro lado, é cada dia mais visível que com o avanço da sociedade do
conhecimento, temos a criação de insumos que apoiados pelos recursos tecnológicos criam
softwares apara facilitar a inclusão de crianças e adultos na sociedade e no mercado de
trabalho, visando a independência e autonomia do indivíduo. É neste sentido, que
percebemos a construção da igualdade, que aliadas a legislações podem permitir que
muitas viseiras sejam quebradas, principalmente, a de que coloque o portador de deficiência
como incapaz.
Logo, a criação de softwares educacionais aliados enquanto recursos das
Tecnologias da Informação e Comunicação são insumos necessários para a consecução da
formação social. Segundo Margaret Simone Zulian e Soraia Napoleão Freitas (2000),

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...os ambientes de aprendizagem baseados nas tecnologias da informação


e da comunicação, que compreendem o uso da informática, do computador,
da Internet, das ferramentas para a Educação a Distância e de outros
recursos e linguagens digitais, proporcionam atividades com propósitos
educacionais, interessantes e desafiadoras, favorecendo a construção do
conhecimento, no qual o aluno busca, explora, questiona, tem curiosidade,
procura e propõe soluções. O computador é um meio de atrair o aluno com
necessidades educacionais especiais à escola, pois, à medida que ele tem
contato com este equipamento, consegue abstrair e verificar a aplicabilidade
do que está sendo estudado, sem medo de errar, construindo o
conhecimento pela tentativa de ensaio e erro. (p. s/n)

Portanto, este projeto, almeja constituir-se como insumo para potencializar o uso
das TICs na melhoria do processo pedagógico e de aprendizagem para apoio ao professor e
ao discente portador de deficiência intelectual/mental.

2. OBJETIVOS
2.1 – Objetivo Geral
Proporcionar aos alunos portadores de deficiência mental insumos tecnológicos para apoio
ao processo de alfabetização na Escola Pública Municipal de Almenara, Estado de Minas
Gerais.
2.2 – Objetivos Específicos
 Identificar os tipos e níveis de deficiência mental apresentados pelos alunos;
 Construir Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) dos alunos Portadores de
Deficiência Mental de acordo Laudo Médico;
 Identificar software educacional de apoio ao processo de alfabetização de alunos
portadores de Deficiência Mental;
 Utilizar Software de apoio no processo de aprendizagem da alfabetização de alunos
com deficiência mental.

3. METODOLOGIA E ATIVIDADES
3.1 – Reconhecendo Deficiência Mental

1º Momento – Discussão do tema com alunos e escola.


- Organizar os alunos em uma roda de conversa e estimular a conversa livre sobre a
questão deficiência, deixar a temática livremente aberta;

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- Criar uma “Caixa dos sentidos”, na qual terá alguns materiais para que as crianças possam
tocar, cheirar, degustar, ouvir, visualizar, dentre outros... Primeiramente realizar a atividade
sem impor nenhum obstáculo, após impor barreiras para os alunos que não apresentam
nenhuma das deficiências que impossibilitam o pleno desenvolvimento da atividade. Após a
conclusão da atividade, distribuir os alunos em pequenos grupos, onde irão conversar sobre
a experiência vicenciada durante a atividade, e em seguida precisaram transmitir os
sentimentos que tiveram no momento em que se sentiram privados de locomoção durante a
brincadeira. Sendo assim, a atividade desenvolvida teve como objetivo fazer com que os
alunos percebam que somos diferentes e que cada um tem uma habilidade mais apurada do
que o outro;
- Para finalizar a atividade, retornar para a roda de conversação e criar a oportunidade para
que os alunos realizem trocas de experiências. Salientando sobre a importância de respeitar
as diferenças e limitações de cada um.
2º Momento– Palestra motivacional/instrutiva realizada por Portador de Deficiência
- Convidar alguém que tenha alguma deficiência para vir até a escola: pode ser aluno da
escola, professor, ou conhecido, para realizar uma palestra estilo simpósio. Onde irá relatar
como é ser uma pessoa com deficiência, suas dificuldades, facilidades e superações.
Ressaltando principalmente sua vida escolar.
3º Momento - Contação e Reconto de História
- Contação da história “Cocoricó: um amigo especial” da autora Cristiane Pederiva, editora
Melhoramentos do ano 2006. Essa história aborda a questão da deficiência visual de forma
lúdica, e retrata o cotidiano de Mauro, mostrando objetos e recursos que ele utiliza para
aprender e viver.
 - Após o término da história, discutir com os alunos sobre as pessoas deficientes visuais,
pois esta aparece na história, levantar a temática sobre como eles utilizam os outros
sentidos no seu dia a dia, e que Braille é um sistema de comunicação utilizado pelos
deficientes visuais para se comunicar.  E posteriormente iremos até o laboratório de
informática da escola, onde iremos realizar uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema.
Esta atividade deverá ser realizada em dupla, onde os alunos poderão pesquisar em sites
de pesquisa, e em seguida utilizarão o software Word onde irão registrar um resumo da
pesquisa, ao término os alunos necessitam enviar por email para a professora.
- O professor solicitará aos alunos que tragam seus aparelhos eletrônicos como laptops,
computadores de mão, celulares ou tablet, entre outros. Para as crianças que não tem

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acesso a esses recursos, a escola irá emprestar um tablet, com a autorização e


comprometimento pelo cuidado dos mesmos, dos pais.
- Primeiro passo é a exploração dos recursos disponíveis em cada aparelho eletrônico, fazer
grupos para auto-ajuda, enquanto o professor fala em particular com cada grupo, sobre a
proposta da brincadeira.
- A proposta desta atividade é recriar a história contada pela professora, escolhendo uma
deficiência que não consta na história. A primeira tarefa é pensar juntamente com os
familiares, possíveis personagens que apareceram na nova reestruturação da história,
montando figurino e fotografando os possíveis personagens. O segundo passo da atividade
é a construção do roteiro da história, onde a professora irá auxiliar e dispor de espaço e
tempo para trabalhar na escola, bem como os alunos poderão realizar a atividade em casa
com a ajuda dos pais. Os alunos deverão salvar em um arquivo suas fotos, para socializar
com os demais colegas.
3.2 – Construção do PDI
- Reunião/formação continuada dos profissionais da escola, em especial, os docentes sobre
os tipos, níveis e deficiências dos alunos matriculados na escola;
- Construção do PDI de forma integrada pelos professores, através de debates e de
sugestões de atividades que serão realizadas pelos alunos com auxilio ou não do professor
de apoio, conforme o caso e orientação do Laudo Médio.
3.3 – Implantação e Utilização do Software de Apoio Pedagógico
- Instalar o Software Educacional para Auxílio na Alfabetização de Deficientes Mentais
(SEAADM) que é um programa criado pela UNB com apoio da APAE. Tal processo parte-se
da identificação dos alunos, público –alvo do Sistema.
- Realização de treinamento para os profissionais da educação da Escola Pública Municipal
de Almenara – MG para utilização do Software criado com base na Ferramenta “Visual
Class”, que pode instrumentar suas aulas com recursos do programa para adaptação em
sala de aula de acordo o aluno;
- O SEAADM é um software que se utiliza imagens ilustrativas, sons, cores de fundo, entre
outros recursos adaptados de acordo o nível da deficiência intelectual apresentada.
- Realização de atividades de alfabetização voltadas para alunos com deficiência intelectual.

4 - AGENTES ENVOLVIDOS
4.1 Processo de Mobilização/Conscientização:

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 Professores (Ensino Regular, de Apoio ao Uso da Biblioteca e Professores de Apoio)


 Especialistas em Educação (Supervisores e orientadores educacionais)
 Direção escolar (Diretor e vice-diretores)
 Secretários escolares (Secretário e Auxiliares de Secretaria)
 Serviços Gerais (Vigias, Serventes escolares)
 Alunos
 Comunidade Escolar (Colegiado e demais interesados)
4.2 Produção do PDI
 Professores (Ensino Regular, de Apoio ao Uso da Biblioteca e Professores de Apoio)
 Especialistas em Educação (Supervisores e orientadores educacionais)
 Direção escolar (Diretor e vice-diretores)
 Secretários escolares (Secretário e Auxiliares de Secretaria)
4.3 Implantação e Utilização do Software Educacional
 Professores (Ensino Regular, de Apoio ao Uso da Biblioteca e Professores de Apoio)
 Especialistas em Educação (Supervisores e orientadores educacionais)
 Direção escolar (Diretor e vice-diretores)
 Técnicos de Informática da Secretaria Municipal de Educação;
 Alunos portadores de deficiência intelectual.

5 - MEIOS E RECURSOS NECESSÁRIOS


5.1 – Recursos Humanos
 Professores
 Palestrantes/contadores de história
 Servidores Escolares
 Alunos
 Técnicos de Informática
5.2 – Recursos Materiais
 Computadores com acesso à Internet
 Papeis diversos (Craft, Ofício A4, Cartolina, Manilha, Cartão)
 Canetas e Pincéis (cores variadas)
6 – AVALIAÇÃO

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 Avaliação do Indivíduo: Observação da aquisição/compreensão da linguagem


através da utilização de técnicas instrumentais e da leitura, escrita e cálculo. Deverá
observar ainda o desenvolvimento do interesse, motivações e autonomia. Realização
das atividades propostas pelo SEAADM
 Avaliação do Contexto de Aprendizagem: Observar a atuação dos alunos em sala de
aula e os se a metodologia utilizada aperfeiçoará as relações interpessoais em sala,
bem como as atitudes, a postura de autonomia e as expectativas do aluno e da
família.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 1988


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Acessado em 20/01/2018.

_______. Portaria MEC nº 438, de 28 de Maio de 1998. Institui o Exame Nacional do


Ensino Médio. Brasília: 1998.
Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/diretrizes_p0178-0181_c.pdf
Acessado em 20/01/2018

_______. Portaria Normativa nº 13, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a criação do


Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Brasília: 2007
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9935-
portaria-13-24-abril-2007&category_slug=fevereiro-2012-pdf&Itemid=30192
Acessado em 20/01/2018.

NERY JÚNIOR, Nélson. Princípios do processo civil à luz da Constituição Federal. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.

ZULIAN, Margaret Simone; FREITAS, Soraia Napoleão. Formação de professores na


educação inclusiva: aprendendo a viver, criar, pensar e ensinar de outro modo. Santa
Maria (RS): UFSM. Vol. 2 (2001) - Nº 18 (2001) - 112 p.
Disponível http://www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2001/02/r5.htm.
Acessado em 20/01/2018.

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