Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I - Departamento de Correição;
II - Departamento de Inspeção;
Art. 6º A Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social será integrada por 6 (seis)
cargos em comissão, símbolo CCS-4, nomeados em comissão pelo Governador do Estado, os
quais exercerão a função de corregedores auxiliares e serão encarregados de proceder às
inspeções, correições ordinárias e extraordinárias, além de outras atribuições estabelecidas em
regulamento que estabelecerá também os procedimentos quanto à homologação dos
resultados de tais diligências por parte do Corregedor Geral.
IX - 01 (um) Grupo Tático para Assuntos Correicionais, composto por até 15 (quinze)
equipes, formadas, cada uma, por 01 (um) chefe e 03 (três) membros, todos servidores
públicos estaduais efetivos lotados na Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social, com
competência para controlar e fiscalizar as ações dos servidores e militares do Estado, no
cumprimento de suas atribuições, observados aspectos relativos, inclusive, a jornada de
trabalho, área de atuação, apresentação pessoal, postura e compostura, legalidade das ações,
índices de produtividade e utilização regular e adequada de armamento e munição. (Acrescido
pelo art. 1º da Lei Complementar nº 158, de 26 de março de 2010.)
III - cumprimento dos prazos processuais administrativos; (Acrescido pelo art. 1º da Lei
Complementar nº 158, de 26 de março de 2010.)
§ 5º Para compor as Comissões definidas nos incisos III a VI do caput deste artigo,
poderão ser designados oficiais da reserva, nos termos da legislação estadual vigente.
(Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 158, de 26 de março de 2010.)
§ 7º Aos membros das Comissões Permanentes instituídas nesta Lei poderão ser
conferidos outros encargos de apoio a trabalhos desenvolvidos pela Corregedoria Geral nas
organizações policiais civis e militares estaduais, sem, contudo, fazer jus a remuneração
Art. 8º Homologados os relatórios finais a que se refere o § 3º do art. 7º, e desde que
constatada a prática de infração capitulada na lei penal, o Corregedor Geral determinará a
instauração do inquérito policial, ou a remessa de cópias à Chefia da Polícia Civil, Polícia
Federal, Comandante da Polícia Militar ou Comandante do Corpo dos Bombeiros
requisitando a instauração de inquérito policial civil ou militar, conforme o caso, e procederá
a remessa de cópias dos processos administrativos ao Ministério Público Estadual e/ou
Federal. (Redação alterada pelo art. 1° da Lei n° 16.023, de 2 de maio de 2017.)
Art. 10. Ficam extintas as Corregedorias das Polícias Civil e Militar, aproveitados os
seus cargos em comissão e funções gratificadas para prover a estrutura da Corregedoria Geral
da Secretaria de Defesa Social, na forma que dispõe o art. 17, da presente Lei.
Art. 11. Enquanto as Comissões instituídas nos incisos III a VI do artigo 7º não
estiverem completamente estruturadas, os Conselhos de Disciplina e de Justificação
tramitarão no âmbito das respectivas Corporações militares, e, quando solucionados, serão
remetidos à Corregedoria Geral, para registro e arquivo. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei
nº 12.754, de 21 de janeiro de 2005.)
Art. 12. O Secretário de Defesa Social poderá requisitar, por expressa solicitação do
Corregedor Geral, servidores das Polícias Civil, e militares da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar, para exercício na Corregedoria Geral, sem que tal requisição importe em
transferência ou remoção automática.
Parágrafo único. No caso da convocação dos militares previstos no caput, deste artigo, a
função por eles exercida será considerada de natureza militar para efeito de engajamento.
Art. 16. Fica criado o Conselho Estadual de Segurança Pública e Defesa Social -
CESPDS, cuja estrutura, objetivos, competências, finalidades e responsabilidades serão
fixados mediante Decreto. (Redação alterada pelo art. 2° da Lei n° 16.651, de 2 de outubro de
2019.)
Art. 19. O art. 58 da Lei nº 11.817, de 14 de julho de 2000, Código Disciplinar dos
Militares do Estado de Pernambuco, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 30 (trinta) dias,
sob a supervisão do Procurador Geral do Estado.
PARTE GERAL
TÍTULO I
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPITULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
Art. 1º O Código Disciplinar dos Militares do Estado de Pernambuco tem por finalidade
instituir o regime disciplinar dos militares estaduais, cabendo-lhe especificar e classificar as
transgressões disciplinares militares, estabelecer normas relativas a amplitude e aplicação do
penas disciplinares, classificar o comportamento das Praças, definir os recursos disciplinares e
suas formas de interposição, além de regulamentar as recompensas especificadas no Estatuto
dos Militares Estaduais.
I - a correção de atitudes;
CAPITULO II
Art. 9º É vedado aos militares estaduais, na ativa ou na inatividade, tratar no meio civil,
pela imprensa ou por outro meio de divulgação, de assuntos da natureza militar, de caráter
sigiloso ou funcional, ou de caráter reivindicatório, ou que atente contra os princípios da
hierarquia, da disciplina, do respeito e do decoro militar, ou ainda, qualquer outro que atinja
negativamente o conceito ou a base institucional da OME.
Art. 10. A competência para aplicar as penas disciplinares, previstas neste Código, e
inerente ao cargo ou função ocupada e não ao grau hierárquico, sendo autoridades
competentes para aplicação:
III - o Chefe do Casa Militar do Governo do Estado, em relação aos que servirem sob
sua chefia;
IX - Outros que, em razão do cargo ou função, receberem delegação específica para tal,
proveniente de autoridade competente superior.
Art. 11. Todo militar estadual que presenciar ou tiver conhecimento de uma
transgressão disciplinar militar, conforme especificada neste Código, deverá, desde que não
seja autoridade competente para adotar as providências imediatas comunicá-la ao seu superior
imediato, por escrito, ou verbalmente, obrigando-se, ainda, quando a comunicação for verbal,
o ratificá-la, por escrito, ao prazo máximo de 2 (dois) dias úteis.
§ 1º A parte deve ser clara, concisa e precisa, devendo conter os dados capazes de
identificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data, a hora da ocorrência, e caracterizar
as circunstâncias que a envolveram, sem tecer comentários ou opiniões pessoais.
TITULO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES MILITARES
CAPITULO I
DA CONCEITUAÇÃO E DA ESPECIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES
Art. 13. Transgressão disciplinar Militar, para os fins deste Código, é toda ação ou
omissão praticada por militar estadual que viole os preceitos da ética e os valores militares,
ou, que contrarie os deveres e obrigações a que o mesmo está submetido, constituindo-se em
manifestações elementares e simples que não possam ser tipificadas como crime ou
contravenção.
Art. 15. O militar estadual passa a estar subordinado ao regime disciplinar deste Código
a partir da data que, oficialmente, se der sua inclusão na Corporação Militar Estadual.
Art. 16. Ficam sujeitos ao regime disciplinar deste Código os militares estaduais
agregados, nas condições estabelecidas pelo Estatuto dos Militares de Pernambuco, assim
como os que estiverem à disposição de órgãos públicos civis, exercendo cargos ou funções
considerados como de natureza ou interesse militar, na forma da legislação especifica ou
peculiar.
Parágrafo único. Salvo dispositivo em contrário, pune-se a tentativa com a pena mínima
prevista para a transgressão consumada ou com uma pena alternativa.
Art. 20. Não se pune a tentativa de transgressão disciplinar militar quando, por
ineficácia absoluta dos meios ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar-se a ação ou omissão.
CAPITULO II
DO JULGAMENTO DAS TRANSGRESSÕES
I - os antecedentes do transgressor;
Art. 22. No julgamento das transgressões disciplinares militares, podem ser levantadas
causas que as justifiquem, ou circunstâncias que as atenuem ou agravem.
III - ter sido cometida a transgressão em decorrência de caso fortuito ou força maior,
plenamente comprovado e justificado; e
V - ter sido cometida a transgressão com abuso da autoridade hierárquica e/ou funcional
do transgressor;
CAPÍTULO III
DA CLASSIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES
I - leves;
II - médias; e
III – graves
TITULO III
DAS PENAS DISCIPLINARES E DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
CAPITULO I
DA ESPECIFICAÇÃO DAS PENAS E MEDIDAS E DA REABILITAÇÃO
Art. 27. A pena disciplinar militar é a sanção administrativa imposta ao militar estadual,
com o objetivo de fortalecer a disciplina, a partir da reeducação do transgressor penalizado e
da coletividade a que ele pertence, visando evitar a prática de novas transgressões.
Art. 28. As penas disciplinares militares a que estão sujeitos os militares estaduais,
segundo o estabelecido na Parte Especial deste Código, são as seguintes:
I - repreensão;
II - detenção;
III - prisão;
III - comunicação, imediata, do local onde se encontra, à sua família ou à pessoa por ele
indicada.
§ 7º Os militares estaduais dos diferentes círculos de Oficiais e Praças não poderão ficar
recolhidos na mesma dependência, quando no cumprimento de penas de detenção, ou prisão;
deverão ficar, também, separados dos presos à disposição da justiça.
Art. 29. A aplicação, da pena de prisão, sem publicação em boletim, não poderá exceder
de 72 (setenta e duas) horas e somente se dará quando configurada a hipótese do § 2º, do
art.11, deste código e, bem assim, por ordem do Governador do Estado, dos Comandantes
Gerais das Corporações Militares Estaduais ou do Chefe da Casa Militar do Governo do
Estado, conforme o caso.
Parágrafo único. Ao militar preso nas circunstâncias deste artigo são garantidos os
seguintes direitos:
II - a comunicação imediata do local onde se encontre, à sua família ou à pessoa por ele
indicada: e
Parágrafo único. A reabilitação prevista neste artigo deverá ser publicada no Boletim
Geral da Corporação, descrevendo-se os atos administrativos anulados, e ensejará a reinclusão
do militar, desde que não haja nenhuma lide Judicial em curso com a mesma finalidade.
CAPÍTULO II
DAS NORMAS PARA APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DAS PENAS
§ 2º Quando a autoridade que aplicar a pena disciplinar não dispuser de boletim para a
sua publicação, esta deve ser feita, mediante solicitação escrita, no boletim da autoridade
imediatamente superior.
Art. 33. A aplicação de qualquer pena disciplinar, por parte de autoridade competente,
deverá ser feita, sempre, com justiça, serenidade e imparcialidade, para que o transgressor
penalizado fique consciente e convicto de que a sanção se inspira no estrito cumprimento do
dever de quem aplicou e visa, a precipuamente, o beneficio educativo do militar e da
coletividade.
II - pela prática de uma única transgressão, não pode ser aplicada mais de uma pena
disciplinar, o que não exime o transgressor da responsabilidade civil e criminal que lhe
couber;
III - na ocorrência de mais de uma transgressão, sem conexão entre si, a cada uma deve
ser imposta a pena disciplinar correspondente;
Art. 37. As penas disciplinares e medidas administrativas tratadas neste Código devem
ser aplicadas de acordo com as prescrições nele contidas, observando-se, quanto às penas e
medidas máximas que podem ser aplicadas pelas autoridades competentes, o que dispõe a
PARTE ESPECIAL, TÍTULO ÚNICO, CAPÍTULO I, desta Lei.
CAPÍTULO III
DAS NORMAS PARA APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS
ADMINISTRATIVAS
Art. 38. As medidas administrativas, previstas no § 1º do art. 28, deste Código, deverão
ser aplicadas quando as circunstâncias da transgressão disciplinar militar assim
recomendarem, cabendo à autoridade competente, quando de sua aplicação, observar o
seguinte:
§ 2° Embora não tenha sua ficha disciplinar classificada por comportamentos, aplica-se
ao Oficial ou Aspirante-a-Oficial no que couber, as disposições deste artigo.
CAPÍTULO IV
MODIFICAÇÃO NA APLICAÇÃO DAS PENAS
Art. 39. A modificação da aplicação de pena pode ser realizada pela autoridade que a
aplicou, por autoridade superior ou pelas Comissões Recursais, quando se tomar
conhecimento de fatos que recomendem tal procedimento.
I - Anulação;
II - Relevação;
III - Atenuação; e
IV - Agravação
Art. 40. A anulação de pena consiste em tornar sem efeito a publicação da mesma.
§ 1º Deve ser concedida a anulação quando ficar comprovado ter ocorrido injustiça ou
ilegalidade na sua aplicação.
II - no prazo de 60 (sessenta) dias, pelas demais autoridades, exceto quando a pena for
publicada em Boletim Geral, competindo-lhes dar ciência de sua decisão ao escalão superior.
Art. 41. Anulada a pena, deve-se eliminar toda e qualquer anotação ou registro nas
alterações do militar relativas a sua aplicação, observado o disposto no art. 64. deste Código;
I - quando ficar comprovado que foram atingidos os objetivos visados com a aplicação
da mesma, independente do tempo de pena a cumprir; e
Art. 43. A atenuação de pena consiste na transformação da pena aplicada em uma pena
menos rigorosa, se assim o exigir o interesse da disciplina e da ação educativa.
Art. 44. A agravação de pena consiste na transformação da pena aplicada em uma pena
mais rigorosa, se assim o exigir o interesse da disciplina e da ação educativa.
TITULO IV
DO COMPORTAMINTO MILITAR
CAPÍTULO ÚNICO
CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E MELHORIA DE COMPORTAMENTO
Art. 45. O comportamento militar das praças espelha o seu procedimento civil e militar,
sob o ponto de vista disciplinar.
Art. 46. O comportamento militar das praças deve ser classificado em:
V - Mau - quando, no período de 01 (um) ano de efetivo serviço tenha sido penalizada
com mais de duas prisões ou com quatro sanções menores.
Art. 49. Para efeito de classificação e melhoria, fica estabelecido que duas detenções
equivalem a uma prisão.
TÍTULO V
DOS RECURSOS DISCIPLINARES E DAS COMISSÕES RECURSAIS
CAPÍTULO I
DOS RECURSOS DISCIPLINARES
I - Reconsideração de Ato;
II - Queixa;
III - Representação; e
IV - Revisão Disciplinar.
§ 3º A tramitação dos recursos tem caráter urgente, não podendo exceder a 15 (quinze)
dias, contados da data de recebimento do processo, devidamente instruído pela autoridade
competente para solucioná-lo.
Art. 52. Reconsideração de Ato é o recurso interposto, mediante requerimento, por meio
do qual o militar que se julgue, ou julgue subordinado seu, prejudicado, ofendido ou
injustiçado, solicita à autoridade que praticou o ato, que reexamine sua decisão e reconsidere
seu ato.
Art. 53. Queixa, é o recurso disciplinar, normalmente redigido sob forma de oficio ou
parte, interposto pelo militar que se julgue injustiçado, dirigido diretamente ao superior
imediato da autoridade contra quem é apresentada a queixa.
§ 2º A apresentação da queixa deve ser feita dentro de um prazo de 05 (cinco) dias úteis,
a contar da publicação em boletim da solução de que trata o parágrafo anterior.
Art. 54. Representação é o recurso disciplinar, normalmente redigido sob folha de oficio
ou parte, interposto por autoridade em favor de um subordinado, que esteja sendo vítima de
injustiça ou prejudicado em seus direito por ato de autoridade superior.
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES RECURSAIS
Art. 58. A Comissão Especial de Recursos Administrativos será constituída por 03 (três)
Coronéis da PM, sendo um o Corregedor e dois sorteados especialmente para cada recurso,
Art. 58. A Comissão Especial de Recursos Administrativos será constituída por 03 (três)
Coronéis, sendo um Corregedor Auxiliar, integrante da Corregedoria Geral, oriundo da
corporação militar (PM ou BM), que instale a referida comissão e, 02 (dois) sorteados
especialmente para cada recurso, competindo-lhe julgar requerimentos oriundos de penas
disciplinares aplicadas pelas autoridades especificadas nos incisos II a IV, do art. 20, deste
Código. (Redação alterada pelo art.19 da Lei nº 11.929, de 2 de janeiro de 2001.)
TÍTULO VI
DO CANCELAMENTO DE PENAS E DAS RECOMPENSAS
CAPÍTULO I
DO CANCELAMENTO DE PENAS
Art. 61. O cancelamento de pena será concedido ao militar automaticamente, dentro das
seguintes condições:
I - não se tratar de pena que afete o sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor
militar e o decoro da classe:
II - ter o militar bons serviços prestados, comprovados pela análise de suas alterações;
Art. 62. Os prazos a que se referem as alíneas "a e b" do inciso IV, do artigo anterior,
serão contados da pena e cancelar e do início a partir da data de cumprimento do último dia de
detenção ou prisão.
Art. 64. Todas as anotações relacionadas com as penas canceladas devem ser tingidas de
maneira que não seja possível a leitura.
Parágrafo único. Na margem onde for feito o cancelamento, devem ser anotados o
número e a data do boletim da autoridade concedeu o cancelamento, sendo estas anotações
rubricadas pela autoridade competente para assinar as folhas de alterações.
CAPITULO II
DAS RECOMPENSAS
Art. 65. As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados pelo
militar.
Art. 66. Além de outras previstas em leis e regulamentos especiais, são recompensas
militares:
I - o elogio;
II - as dispensas do serviço; e
III - a dispensa da revista do recolher e do pernoite, para as praças e alunos dos Cursos
militares a eles destinados.
§ 8º Quando a autoridade que conceder o elogio não dispuser de boletim para sua
publicação, esta deve ser feita, mediante solicitação, por escrito, no da autoridade
imediatamente superior.
II - Ação Meritória; ação de caráter excepcional que destaque o militar com risco da
própria vida, entre os seus pares, tem valor para anular os efeitos de pena aplicada de
detenção; e
III - Ato de Serviço: ação de caráter excepcional que destaque o militar entre seus pares,
tem valor para anular os efeitos de medida administrativa autônoma.
II - dispensa parcial do serviço, quando isenta de alguns trabalhos que devem ser
especificados na concessão;
§ 2º A dispensa total do serviço pode ser gozada fora da sede da OME, ficando
subordinada as mesmas regras relativas à concessão de férias.
Art. 69. São competentes para conceder estas recompensas, as autoridades especificadas
no art. 10, deste Código.
Art. 71. São competentes para anular, restringir ou ampliar as recompensas concedidas
por si ou por seus subordinados as autoridades especificadas no art. 10 deste Código, devendo
esta decisão ser justificada em boletim da OME, dentro do prazo de 04 (quatro) dias úteis de
sua concessão.
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 73. É da competência das autoridades especificadas nos incisos I e II do art. 10,
deste Código, o direito de penalizar os militares inativos na prática de transgressão disciplinar.
PARTE ESPECIAL
TÍTULO ÚNICO
DAS TRANSGRESSOES DISCIPLINARES EM ESPÉCIE
Art. 80. Dar conhecimento de fatos, documentos ou assuntos militares, a quem deles
não deva ler conhecimento e não tenha atribuições para neles intervir.
Art. 84. Faltar a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou a que deva assistir.
Pena:
Art. 86. Afastar-se de qualquer lugar em que deva encontrar-se por força de disposição
legal ou ordem.
Art. 87. Rasurar livros de ocorrências, fichas disciplinares, folhas de alterações, folhas
de conceitos ou outros documentos bem como lançar quaisquer outras matérias estranhas às
finalidades desses documentos.
Art. 89. Confiar a pessoas estranhas à Corporação, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de cargo, encargo ou função que lhe competir, ou a seus subordinados.
Art. 90. Deixar de recolher-se ou apresentar-se nos prazos regulamentares na OME para
qual tenha sido transferido ou classificado, ou às autoridades competentes, nos casos de
missão ou serviço extraordinário para qual tenha sido designado.
Art. 92. Representar a OME em qualquer ato de serviço, sem estar para isso autorizado.
Art. 93. Tomar compromisso pela OME, através de órgão que comandar ou em que
servir, sem estar para isso autorizado desde que não constitua crime.
Art. 95. Deixar de providenciar a tempo na esfera de suas atribuições, por negligência
ou Incúria, medidas contra qualquer irregularidades que venha a tomar conhecimento.
Art. 96. Não ter os devidos cuidados com arma, que estiver sob sua responsabilidade,
deixando que terceiros possam utilizá-la.
Art. 97. Espalhar notícias exageradas, falsas ou tendenciosas, em prejuízo da boa ordem
civil ou militar.
Art. 100. Conversar ou deixar terceiros conversarem com preso sob sua guarda, sem que
para isso esteja autorizado, em razão da função ou por ordem de autoridade competente.
Art. 101. Deixar que presos conservem em seu poder instrumentos ou objetos capazes
de constituir perigo, causar lesão, danificar instalações ou facilitar a fuga.
Art. 102. Afastar-se do local ou área de atuação onde exerce suas atividades, sem
permissão de autoridade competente.
Art. 103. Manter em seu poder ou usar indevidamente bem da Corporação do qual
detenha a posse, em razão de cargo ou encargo, fora das atividades normais do serviço.
Art. 104. Valer-se do cargo com o fim de obter proveito de qualquer natureza, desde que
não constitua crime.
Art. 105 Andar, quando de serviço a cavalo, trote ou galope por via pública, sem que
haja necessidade.
Art. 108. Ofender, provocar, ameaçar ou desafiar superior, igual ou subordinado, com
palavras, gestos ou ações, desde que não constitua crime.
Art. 115. Aceitar qualquer manifestação coletiva de seus subordinados, salvo nos casos
previstos no artigo anterior.
Art. 116. Travar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assunto militar,
sem estar para isso autorizado.
Art. 118. Deixar ou negar-se a receber fardamento, equipamento ou material que lhe
seja destinado, ou deva ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade.
Art. 119. Introduzir, ter em seu poder ou distribuir na OME como propaganda,
publicação ou material equivalente que atente contra a hierarquia, a disciplina e a moral.
Art. 120. Introduzir em área sob a administração militar material inflamável, explosivo,
tóxico, entorpecente ou bebida alcoólica.
Art. 121. Fazer uso, apresentar sintomas de estar sob ação ou induzir outrem a uso de
bebida alcoólica, estando de serviço, desde que comprovada tal circunstância em exame
clínico específico.
Art. 122. Introduzir bebida alcoólica em área sob a administração militar, sem estar para
isso autorizado,
Art. 124. Deixar de levar ao conhecimento da autoridade competente por via hierárquica
e dentro do prazo regulamentar, a parte, representação, petição, recurso ou documento que
houver recebido, se não estiver na sua alçada resolvê-lo, desde que elaborado de acordo com
os preceitos regulamentares.
Art. 125. Não levar a falta ou irregularidade que presenciar ou do que tiver ciência, e
não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade competente, no mais curto prazo.
CAPÍTULO II
DAS TRANSGRESSÕES DE NATUREZA MÉDIA
Art. 130. Gravar tatuagem no corpo que fique à mostra nos diversos tipos de uniformes.
Art. 131. Apresentar-se desuniformizado, mal uniformizado ou, ainda, com o uniforme
alterado ou desalinhado.
Art. 132. Abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OME, fora do horário de
expediente, desde que não seja o respectivo Comandante, sem ordem por escrito com expressa
declaração de motivo ou sem ordem de autoridade competente, em situação de emergência.
Art. 138. Negar ao subordinado, sem motivo justificável, licença para se dirigir a
autoridade superior, a fim de tratar assuntos de seu interesse.
Art. 140. Deixar de dar informação que lhe competir, no prazo regulamentar, nos
documentos que lhe forem encaminhados, exceto nos casos de suspeição, impedimento ou
absoluta falta de elementos, hipótese em que essas circunstâncias serão fundamentadas.
Art. 143. Chegar atrasado a qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou a que
deva assistir.
Art. 145. Retirar ou tentar retirar de qualquer área sob jurisdição militar, material,
viatura ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável.
Art. 148. Dar toques militares ou fazer sinais regulamentares sem permissão.
Art. 149. Conversar com sentinela, em seu posto, salvo sobre objeto de serviço.
Art. 151. Comparecer a qualquer ato de serviço sem uniforme, quando tenha sido
determinado o seu uso ou com uniforme diferente do previsto.
.
Pena: Detenção, de 11 a 20 dias.
Art. 153. Entrar em OME, nela permanecer ou dela sair em trajes civis, durante o
expediente sem autorização de autoridade competente
Art. 154. Penetrar, sem permissão ou ordem em área sob a administração militar cuja
entrada lhe seja vedada.
Art. 155. Ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação possa
ser prejudicial à disciplina ou boa ordem de serviço.
Art. 158. Maltratar ou não ter o devido cuidado no trato com semoventes da
Corporação.
Art. 160. Dirigir-se ao Comandante ou seu substituto imediato na OME onde serve, sem
autorização do Comandante sob cujas ordens servir.
Art. 161. Dirigir-se a outra OME ou a autoridades civis ou militares, sem autorização do
Comandante sob cujas ordens servir.
Art. 162. Empregar ou autorizar o emprego de subordinado para serviços não previstos
em regulamentos e normas da Corporação.
Art. 164. Executar exercícios profissionais que envolvam riscos à integridade física de
seus executantes, sem autorização superior, salvo nos casos de competição ou demonstração
em que houver um responsável habilitado.
CAPÍTULO III
DAS TRANSGRESSÕES DE NATUREZA LEVE
Art. 167. Apresentar parte ou recurso contra superior sem observar as normas
regulamentares.
Art. 169. Deixar de avisar militar, em companhia do qual estiver, sobre a aproximação
de superior hierárquico.
Art. 170. Permanecer em dependência de sua OME, desde que seja estranho ao serviço,
sem permissão do respectivo chefe
Art. 171. Ter pouco cuidado com o asseio próprio ou coletivo. em qualquer
circunstância.
Art. 177. Deixar a praça, ao entrar em OME diferente daquele onde servir, de
apresentar-se ao Oficial-de.Dia ou na sua falta, ao Adjunto-de-Dia ou autoridade equivalente.
Art. 180. Entrar ou sair de OME com tropa, sem prévio conhecimento ou ordem de
autoridade competente ou que não seja para instrução prevista.
Art. 182. Deixar o militar, no início de expediente, tão logo seus afazeres o permitam de
apresentar-se ao seu Comandante imediato ou, no impedimento deste ao Oficial de maior
posto presente na OME onde serve, salvo ordem ou instrução contrária a respeito.
Art. 183. Usar, quando uniformizado, barba, cabelo, bigode ou costeleta, em desacordo
com as normas regulamentares da Corporação.
Art. 185. Usar jóias ou outros adereços que prejudiquem a apresentação pessoal, quando
uniformizado.
Art. 187. Deixar o Comandante de OME de dirigir-se a Oficial de posto superior ao seu
quando o mesmo adentrar na respectiva OME, quando disso tiver ciência.
Art. 188. Deixar de comunicar ao órgão competente de sua OME o seu endereço
domiciliar, ou de atualizá-lo, em caso de mudança.
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º A presente lei institui o regime jurídico dos funcionários policias civis,
ocupantes de cargos de atividade policial do Quadro de Pessoal Policial da Secretaria da
Segurança Pública.
(Vide o art. 16 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974 - Quadro de Pessoal Policial - Polícia
de Carreira.)
Art. 2º Em razão da natureza dos encargos atribuídos aos funcionários policias civis,
estão expressos nesta lei os casos em que os mesmos terão tratamento característico, diverso
dos demais servidores do Estado.
Parágrafo único. Nos demais casos, portanto, ficam referidos funcionários sujeitos ao
regime jurídico instituído pela Lei nº 6.123, de 20 de julho de 1968.
Art. 3º São policiais civis abrangidos por esta lei, os brasileiros legalmente investidos
em cargos privativos do Quadro de Pessoal Policial da Secretaria da Segurança Pública.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei, são também considerados funcionários
policiais civis, os ocupantes de cargos em comissão ou funções gratificadas, com atribuições e
responsabilidade de natureza policial.
TÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES PECULIARES
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO
II - Em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva
ser provido.
III - não ter sido condenado criminalmente, nem estar respondendo a processo penal ou
a inquérito policial; (Acrescido pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de 1990.)
IV - não ter sofrido, em qualquer tempo, pena de demissão ou punição por falta grave
nos últimos 12 (dose) meses, nem estar respondendo a processo disciplinar, caso tenha sido
ou seja servidor ou funcionário público; (Acrescido pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de
agosto de 1990.)
V - estar no gozo dos direitos políticos; (Acrescido pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de
agosto de 1990.)
VI - estar quites com o serviço militar e com as obrigações eleitorais; (Acrescido pelo
art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de 1990.)
VII - ter aptidão física, verificada em exames que incluirão testes específicos, com
tabela de avaliação e altura mínima exigida, publicadas no edital do concurso; (Acrescido
pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de 1990.)
VIII - ser aprovado em exame psicotécnico específico do concurso; (Acrescido pelo art.
3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de 1990.)
IX - possuir a qualificação técnico-profissional ou o nível de escolaridade exigido para
o cargo; (Acrescido pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de 1990.)
X - ser portador de boa conduta moral e social. (Acrescido pelo art. 3º da Lei nº 10.466,
de 7 de agosto de 1990.)
§ 4º Até ser nomeado, mesmo tendo obtida deferimento de seu pedido de inscrição ou
concluído o curso de formação, será excluído do processo de seleção o candidato que infringir
as normas da Academia de Polícia Civil, na conformidade de seu regulamento, ou que tiver
omitido fato que impossibilitaria sua inscrição, ou vier a contrariar as exigências dos incisos
III, IV e X deste artigo. (Redação alterada pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de
1990.)
Art. 9º Os candidatos aprovadas serão nomeados por ordem de classificação e, para esse
fim, esta será considerada em ordem decrescente pela média aritmética obtida pela soma da
nota ou pontos obtidos no concurso público com a média global alcançada no curso de
formação. (Redação alterada pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de 1990.)
Parágrafo único. O disposto neste artigo será aplicado, respeitando-se o disposto no art.
35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado. (Acrescido
pelo art. 3º da Lei nº 10.466, de 7 de agosto de 1990.)
Art. 10. Só poderá tomar posse nos cargos referidos nesta lei, quem satisfizer os
seguintes requisitos:
I - Ser brasileiro;
Parágrafo único. Além dos requisitos mencionados neste artigo, para os cargos de
provimento efetivo, serão ainda exigidos os seguintes:
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO
Parágrafo único. É vedada a remoção do funcionário policial civil para outro órgão da
administração.
CAPÍTULO IV
DO VENCIMENTO E DAS VANTAGENS
Art. 17. Além do vencimento, poderão ser conferidas ao funcionário policial civil as
seguintes vantagens:
I - Ajuda de custo;
II - Diárias;
III - Salário-família;
IV - Auxílio-acidente;
V - Auxílio-moradia;
VI - Transporte;
VII - Gratificações.
Art. 18. A ajuda de custo será concedida ao policial que passar a ter exercício em nova
sede, ou que tenha sido designado para missão ou estudo fora da sua sede, inclusive, no
estrangeiro.
Art. 19. Ao policial que se deslocar de sua sede em objeto de serviço, missão oficial ou
estudo, serão concedidas diárias correspondentes ao período de ausência, a título de
indenização das despesas de alimentação e pousada.
Parágrafo único. As diárias serão arbitradas tendo como base o maior salário mínimo do
local para onde irá se deslocar o funcionário.
Art. 20. O funcionário policial fará jus ao salário-família, nos termos da regulamentação
em vigor.
§ 1º O acidente em serviço terá que ser atestado pelo chefe do órgão em que estiver
lotado o funcionário e deverá ser homologado por ato do Secretário da Segurança Pública.
§ 2º As despesas de que trata este artigo deverão ser comprovadas mediante declaração
de médico ou estabelecimento hospitalar, devidamente autenticada.
Art. 22. Será concedido auxílio-moradia ao funcionário Policial Civil pelo efetivo
exercício de suas funções. (Redação alterada pelo art. 1° da Lei n° 10.278, de 22 de junho de
1989.)
Art. 23. O funcionário policial, quando removido, “ex-officio” terá direito e transporte,
de domicilio a domicilio, por conta da Administração, nele compreendidas a passagem e a
translação da respectiva bagagem.
I - de função;
II - de função policial;
IV - de representação de Gabinete;
(Vide o art. 3° da Lei n° 10.278, de 22 de junho de 1989 - a gratificação de que trata este
inciso será concedida ao policial civil lotado em órgão policial no interior do Estado, e
calculada sobre o vencimento-base do respectivo cargo somado à gratificação por tempo de
serviço, à base de 5%.)
(Vide o art. 4° da Lei n° 10.278, de 22 de junho de 1989 - a gratificação de que trata este
inciso e o auxílio moradia serão devidos a partir de 1º de março de 1989, estendendo-se aos
policiais civis inativos.)
Art. 25. O funcionário policial fará jús à gratificação de função policial por ficar,
compulsoriamente, incompatibilizado para o desempeno de qualquer outra atividade, pública
ou privada, ressalvados os casos expressos no artigo 4º desta Lei e, em razão dos riscos
decorrentes de suas atividades.
§ 3º A gratificação citada neste artigo não poderá, também, ser acumulada com qualquer
outra referente a risco de vida.
§ 2º A percentagem fixada nos casos deste artigo e do parágrafo será sempre idêntica.
Art. 27. O funcionário policial civil efetivo, que nos dois anos imediatamente anteriores
à concessão da aposentadoria, esteja percebendo, em regime de dedicação integral, a
gratificação de função policial, terá direito à incorporação do valor da referida gratificação
aos proventos da aposentadoria. (Redação alterada pelo art. 58 da Lei n° 6.657, de 7 de
janeiro de 1974.)
Art. 28. A gratificação de função policial só poderá ter os seus limites, fixados na
presente lei, alterados ou modificados por legislação específica e isso destinada.
Art. 29. Aos funcionários policiais serão atribuídos gratificações por cursos de
formação, treinamento, especialização ou aperfeiçoamento, realizados na Academia de Polícia
Civil ou em outros estabelecimentos de ensino policial ou de informações, oficializados,
nacionais ou estrangeiros. (Redação alterada pelo inciso X do art. 52 da Lei n° 6.657, de 7 de
janeiro de 1974.)
§ 1º Os cursos serão valorados, em percentuais que incidirão sobre o vencimento do
funcionário policial, de 5% a 20%, tendo em vista a sua importância e duração, não podendo,
em hipótese alguma, a soma dos percentuais atribuídos aos referidos cursos, exceder o limite
máximo de 30%.
(Vide o art. 9° da Lei n° 9.745, de 31 de outubro de 1985 - Fica elevado para 50% o limite
máximo de que trata este dispositivo.)
TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 30. São deveres do funcionário policial, além daqueles inerentes aos demais
funcionários públicos civis:
CAPÍTULO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
VIII - Praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a
dignidade da função policial;
XIV - Deixar de pagar, com regularidade, as pensões a que esteja obrigado em virtude
de decisão judicial;
XXVIII - Não se apresentar, sem motivo justo, ao fim de férias, licença ou dispensa de
serviço ou ainda, depois de saber que qualquer delas foi interrompida por ordem superior;
XXIX - Abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, ou permutá-lo sem
expressa permissão da autoridade competente;
XXXVI - Entregar-se à prática de jogos, vícios ou atos, atentatórios à moral ou aos bons
costumes, puníveis em Lei;
XLII - Permitir que prêsos conservem em seu poder instrumentos ou objetos que
possam danificar instalações ou dependências a que estejam recolhidos ou produzir lesões em
terceiros;
XLIII - Facilitar o uso, por parte de prêsos, de quaisquer substâncias proibidas em Lei
ou participar, direta ou indiretamente, do tráfico das mesmas para tal fim;
XLV - Deixar, sem justa causa, de submeter-se à inspeção médica determinada por lei
ou pela autoridade competente;
XLVIII - Cometer qualquer tipo de infração penal que, por sua natureza, característica e
configuração, seja considerada como infamante, de modo a incompatibilizar o servidor para o
exercício da função policial.
CAPÍTULO III
DA RESPONSABILIDADE
Art. 32. Pelo exercício regular de suas atribuições o funcionário policial responde civil,
penal e administrativamente.
Art. 33. A responsabilidade de que trata o artigo anterior obedecerá ao disposto na Lei
que rege os funcionários públicos civis do Estado, acrescentando-se que as comunicações
civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo umas e outras independentes entre
si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.
CAPÍTULO IV
DAS PENAS DISCIPLINARES
I - Repreensão;
II - Multa;
III - Suspensão;
IV - Detenção disciplinar;
V - Destituição de função;
VI - Demissão;
IV - Os antecedentes do funcionário;
V - A reincidência;
Art. 36. A pena de repreensão, que será sempre aplicada por escrito, e deverá constar do
assentamento individual do funcionário, destina-se às faltas que, não sendo expressamente
objeto de qualquer outra sanção, sejam, a critério da Administração, consideradas de natureza
leve.
Art. 37. A pena de suspensão, que não excederá de trinta (30) dias será aplicada em
casos de falta grave ou de reincidência em faltas de qualquer natureza.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, são consideradas de natureza grave, as
transgressões disciplinares previstas nos itens II, III, IV, V, IX, X, XI, XV, XVI, XVII, XVIII,
XIX, XXII, XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXX, XXXII, XXXIII, XXXVII,
XXXVIII, XXXIX, XLI, XLII, XLIV, XLV, XLVI e XLVII, do artigo 31 deste Estatuto.
(Redação alterada pelo art. 56 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
Art. 40. Recebida a ordem de detenção disciplinar, o funcionário punido nela aporá o
seu ciente, consignado dia, hora e local do seu recebimento.
Art. 41. O período de detenção começará a correr do momento em que o funcionário for
recolhido ao local em que deva cumprir tal penalidade.
Art. 44. O funcionário policial que, recebendo ordem de detenção disciplinar, se recusar
a cumprí-la ou, durante o seu cumprimento, desatender as normas de tal penalidade, previstas
no presente Estatuto, ou ainda, praticar outra falta de qualquer natureza, durante o seu
recolhimento, praticará, com tais atos, transgressão configuradora de insubordinação grave em
serviço, sujeita a pena de demissão.
Art. 45. O período de cumprimento da pena de detenção disciplinar não será computado
para nenhum efeito nos assentamentos funcionais do servidor atingido pela referida
penalidade.
Art. 46. Durante o período da detenção disciplinar, a ser cumprida na sede da SSP, o
funcionário poderá receber visitas de familiares, em horário determinado pelo titular dessa
Pasta, de modo a não perturbar o expediente normal da repartição em que estiver cumprindo
tal medida disciplinar.
Art. 47. A pena de suspensão poderá, quando houver conveniência para o serviço, ser
convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de vencimento ou remuneração,
obrigado a funcionário a permanecer no serviço.
Art. 48. A destituição de função terá por fundamento a falta de exação no cumprimento
do dever.
IX - falta ao serviço por sessenta dias interpolados, sem causa justificada durante o
período de doze meses.
X - reincidência em falta que deu origem à aplicação das penas de suspensão por trinta
(30) dias ou detenção disciplinar.
XII - Prática das transgressões disciplinares previstas nos itens I, VI, VII, VIII, XII,
XIII, XXI, XXIII, XXXI, XXXIV, XXXV, XXXVI, XL, XLIII e XLVIII, do artigo 31 deste
Estatuto. (Redação alterada pelo art. 57 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
Art. 52. São competentes para aplicação das penalidades previstas na presente Lei:
CAPÍTULO V
DAS PENAS PREVENTIVAS
Art. 53. Desde que a presença do funcionário policial possa influir na apuração de falta
cometida, poderá ser imposta ao mesmo, por qualquer das autoridades mencionadas nos itens
I a IV do artigo 52, a suspensão preventiva até trinta (30) dias.
TÍTULO IV
DO PROCESSO DISCIPLINAR E SUA REVISÃO
CAPÍTULO I
DO INQUÉRITO E DA SINDICÂNCIA DISCIPLINAR
Art. 58. O processo disciplinar precedera à aplicação das penas de suspensão por mais
de quinze (15) dias, destituição de função, demissão e cassação de disponibilidade,
destinando-se ainda, a apurar a responsabilidade do funcionário policial por danos causados à
Fazenda Estadual, em consequência de procedimento doloso ou culposo.
Art. 59. O inquérito e a sindicância disciplinar terão o mesmo rito processual dos seus
similares administrativos inerentes aos funcionários civis do Estado.
Art. 60. A sindicância será instaurada quando as irregularidades de que trata o artigo 56
não se revelarem evidentes ou quando for incerta a sua autoria e será procedida por dois
funcionários policiais designados mediante despacho da autoridade que determinar a sua
inauguração.
Art. 62. De acordo com a necessidade de serviço, poderá haver até duas “Comissões
Permanentes de Disciplina”, com as designações respectivas de Primeira e Segunda.
Art. 66. Em razão do disposto nos parágrafos únicos dos artigos 64 e 65, os servidores
neles citados, enquanto integrarem as “Comissões Permanentes de Disciplina”, somente a elas
se dedicarão, ficando dispensados de quaisquer outros encargos ou atividades.
Art. 67. Todos os membros ou membro de Comissão Permanente de Disciplina poderão
ser designados para o período de mandato subsequente.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, ocorrerá a substituição do membro
destituído e seu substituto permanecerá na função pelo restante do tempo de mandato que
ainda caiba ao substituído.
Art. 69. No caso de alegação de suspeição, quando a mesma for considerada procedente,
não ocorrerá perda de mandato do membro que a arguiu, devendo o mesmo ser substituído,
por funcionário designado pelo Secretário da Segurança Pública, apenas no processo a que ela
se refere.
Art. 70. A perda dos prazos previsto no artigo 225, da Lei 6.123, de 20 de julho de
1968, implicará, automaticamente, na perda de mandato dos mebros de Comissão Permanente
de Disciplina, que, não poderão, a qualquer título, ser reconduzidos à mesma, em mandato
seguinte àquele perdido.
Parágrafo único. Se a perda de prazo de que trata este artigo ocorrer de maneira
irregular, sujeitará os membros da Comissão Permanente de Disciplina, além da perda de
mandato às sanções disciplinares cabíveis na espécie.
CAPÍTULO II
DA REVISÃO
Art. 71. Não constitui fundamento para a revisão do processo disciplinar a simples
alegação de injustiça da penalidade ou a arguição de nulidade não suscitada no mesmo, bem
como a que, nele invocada, não tenha sido considerada da procedente.
TÍTULO V
DO MÉRITO POLICIAL
CAPÍTULO ÚNICO
DA MEDALHA DO MÉRITO PESSOAL
(Redação alterada pelo art. 53 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
Art. 72. Fica instituída a Medalha do Mérito Policial, nas classes ouro, prata e bronze,
com o fim de agraciar funcionários policias civis que se tenham distinguido no serviço, bem
como personalidades outras que tenham prestado serviços relevantes à causa policial.
(Redação alterada pelo art. 54 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
Parágrafo único. O processamento da concessão da Medalha do Mérito Policial será
regulamentado por Decreto do Poder Executivo. (Redação alterada pelo art. 54 da Lei n°
6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
TÍTULO IV
DO CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA
CAPÍTULO I
DA CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO
Art. 73. O Conselho Superior de Polícia, criado pelo Decreto nº 1.395, de 25 de janeiro
de 1967, será integrado pelos seguintes membros: (Redação alterada pelo inciso XIV do art.
52 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
II - O Chefe do Gabinete; (Redação alterada pelo inciso XIV do art. 52 da Lei n° 6.657,
de 7 de janeiro de 1974.)
VIII - O Diretor da Academia de Polícia Civil; (Redação alterada pelo inciso XIV do
art. 52 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES E DA CONVOCAÇÃO
Art. 75. O Conselho Superior de Policia é órgão consultivo, normativo e opinativo para
os assuntos de policia em geral, quer sejam os relativos à administração, ao exercício da
polícia judiciária ou ao emprego operacional dos diversos órgãos da Secretaria da Segurança
Pública.
Art. 76. Incumbe, ainda, ao Conselho Superior de Polícia, examinar, julgar e aprovar os
casos de concessão a funcionários policiais civis e personalidades outras da Medalha ao
Mérito Policial, bem como as classes da mesma a serem concedidas. (Redação alterada pelo
art. 55 da Lei n° 6.657, de 7 de janeiro de 1974.)
Art. 77. O Conselho Superior de Policia se reunirá por convocação de seu Presidente,
sempre que houver assuntos relevantes a depender de exame ou solução ou, para apreciação
dos casos mencionados no artigo anterior.
Art. 78. O Conselho Superior de Policia se reunirá estando presente a maioria absoluta
de seus membros, sendo as decisões tomadas, em caráter secreto, pela maioria.
Art. 80. O Conselho Superior de Policia poderá elaborar seu próprio Regimento Interno,
para disciplinar os seus trabalhos.
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 81. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 5º da Lei nº 12.853, de 4 de julho de 2005.)
§ 3° O Policial Civil do Estado que optar pela readaptação não fará jus à promoção
prevista no caput. (Acrescido pelo art. 2º da Lei nº 15.093, de 19 de setembro de 2013.)
Art. 83. O Estado concederá pensão especial, reajustável na mesma época e nos mesmos
índices de remuneração dos policiais em atividade e sem prejuízo da pensão devida pelo
órgão previdenciário estadual, aos beneficiários do policial civil que vier a falecer em
conseqüência de ferimentos recebidos em luta contra malfeitores, de acidentes em serviço ou
de moléstia decorrente de quaisquer desses casos. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei nº
11.423, de 30 de dezembro de 1996, retroagindo seus efeitos a 12 de janeiro de 1996.)
Art. 84. A pensão especial de que trata o artigo anterior é extensiva aos beneficiários do
funcionário policial civil, citado no artigo 82, quando sua morte ocorrer em decorrência ainda,
dos motivos que o levaram à invalidez definitiva.
Parágrafo único. No caso deste artigo a pensão especial será concedida na base do
vencimento em que o funcionário policial civil foi aposentado.
Art. 85. Para os fins previstos nos artigos 83 e 84 desta Lei, são considerados
beneficiários, do funcionário policial civil, as pessoas relacionadas no artigo 157 da Lei 6.123
de 20 de julho de 1968.
Art. 86. O funcionário policial civil só poderá ser posto à disposição de órgãos da
administração direta ou indireta, federal, estadual e municipal, a critério do Governador, a
prazo certo, para exercer atividades de natureza policial.
Art. 87. A presente Lei é denominada Estatuto dos Funcionários Policiais Civis da
Secretaria da Segurança Pública do Estado de Pernambuco e, entrará em vigor na data de sua
publicação.
Art. 88. Revogam-se as disposições em contrário.
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
Art. 7º .............................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
VII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da sua
função;
VIII - praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a
dignidade da função;
XIV - deixar de pagar, com regularidade, as pensões a que esteja obrigado em virtude
de decisão judicial;
XXVIII - não se apresentar, sem motivo justo, ao fim de férias, licença ou dispensa de
serviço ou ainda depois de saber que qualquer delas foi interrompida por ordem superior;
XXIX - abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, ou permutá-lo sem
expressa permissão da autoridade competente;
XXXI - freqüentar, sem razão de serviço, lugares incompatíveis com o decoro da sua
função;
XXXVI - entregar-se à prática de jogos, vícios ou atos atentatórios à moral ou aos bons
costumes, puníveis em lei;
XLII - permitir que presos conservem em seu poder instrumentos ou objetos que
possam danificar instalações ou dependência a que estejam recolhidos ou produzir lesões em
terceiros;
XLIII - facilitar o uso, por parte de presos, de quaisquer substâncias proibidas em lei ou
participar, diretamente ou indiretamente, do tráfico das mesmas para tal fim;
XLV - deixar, sem justa causa, de submeter-se à inspeção médica determinada por lei
ou pela autoridade competente;
I - repreensão;
II - multa;
III - suspensão;
IV - destituição de função;
V - demissão;
IV - os antecedentes do servidor;
V - a reincidência.
Art. 8º A pena de suspensão, de que trata o inciso III do art. 5º desta Lei Complementar,
não excederá a trinta (30) dias e será aplicada em casos de falta grave ou de reincidência em
faltas de qualquer natureza.
Parágrafo único. Para efeito deste artigo, são consideradas de natureza grave, as
transgressões disciplinares previstas nos incisos II, III, IV, V, IX, X, XI, XV, XVI, XVII,
XVIII, XIX, XXII, XXIII, XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXX, XXXII,
XXXIII, XXXVII, XXXVIII, XXXIX, XLI, XLII, XLIV, XLV, XLVI, XLVII, do art. 2º
desta Lei.
Art. 9º A pena de suspensão poderá, quando houver conveniência para o serviço, ser
convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia do vencimento ou
remuneração, obrigado o Agente de Segurança Penitenciária a permanecer no serviço.
Art. 10. A destituição de função terá por fundamento a falta de exação no cumprimento
do dever.
Art. 11. A pena de demissão do Agente de Segurança Penitenciária será aplicada nos
casos de:
IX – falta ao serviço por 60 (sessenta) dias interpolados, sem causa justificada, durante
o período de 12 (doze) meses;
XII – práticas das transgressões disciplinares previstas nos incisos I, VI, VII, VIII, XII,
XIII, XXI, XXIII, XXXI, XXXIV, XXXV, XXXVI, XL, XLIII e XLVIII, do artigo 2º desta
Lei.
I – falta punível com a pena de demissão, quando praticada ainda no exercício do cargo
ou função;
III – celebração de contrato com a administração estadual quando não autorizada em lei
ou regulamento;
Art. 14. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º A presente Lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do
Estado.
III - outros cargos, cujo provimento, em virtude da Lei, dependa de confiança pessoal.
Art. 6º Para fins do disposto no inciso II do § 1º do art. 4º, será sempre exigida a
correlação entre as atribuições do cargo e os conhecimentos específicos da habilitação
profissional. (Redação alterada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 402, de 28 de fevereiro de
2019.)
Parágrafo único. A lei fixará o valor da retribuição das funções gratificadas dos órgãos
da administração direta, das autarquias e das fundações públicas; e o quantitativo das mesmas
será estabelecido em decreto, observados os limites das disponibilidades orçamentárias e as
normas de organização administrativa do Estado. (Acrescido pelo art. 19 da Lei nº 11.216, de
20 de junho de 1995.)
Art. 8º Somente poderá ocorrer desvio de função no interesse do serviço com estrita
observância do disposto em regulamento.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
I - nomeação;
II - promoção;
III - reintegração;
IV - aproveitamento
V - reversão;
VI - transferência.
CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 13. A nomeação para os cargos de provimento efetivo exige aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos.
§ 1º A nomeação obedecerá a ordem de classificação dos candidatos habilitados em
concurso.
Art. 14. Os cargos em comissão serão providos por livre escolha do Governador,
respeitados os requisitos e as qualificações estabelecidas por lei em cada caso.
Seção II
Do Concurso
Art. 15. O concurso para o provimento efetivo de cargo especificado como classe única
ou inicial de série de classes será público, constando de provas ou de provas e títulos.
Art. 16. A realização do concurso será centralizada em órgão próprio, salvo as exceções
estabelecidas em lei.
Art. 19. A classificação dos concorrentes será feita mediante a atribuição de pontos às
provas e aos títulos, de acordo com os critérios estabelecidos no edital do concurso.
Art. 20. Além dos requisitos especificamente exigidos para o concurso, o candidato
deverá comprovar, no ato da inscrição:
I - ser brasileiro;
V - haver completado a idade mínima fixada por lei em razão da natureza do cargo;
Art. 21. Não será aberto concurso para o preenchimento de cargo público, enquanto
houver em disponibilidade funcionário de igual categoria à do cargo a ser provido.
Seção III
Da Posse
Art. 22. Posse é o ato que completa a investidura em cargo público e órgão colegiado.
Art. 23. Só poderá tomar posse em cargo público quem satisfizer os seguintes
requisitos:
I - ser brasileiro;
VII - ser declarado apto em exame psicotécnico procedido por entidade especializada,
quando exigido em lei ou regulamento.
a) se o nomeado for servidor público, os mencionados nos incisos I, II, III, IV, V e VII
deste artigo;
b) se o nomeado não for servidor público, os constantes dos incisos V e VII deste artigo;
b) se o nomeado não for servidor público, o constante dos incisos V e VII deste artigo;
IV - nos casos de transferência, os citados nos itens I, II, III, V e VI deste artigo;
V - nos casos de aproveitamento, os constantes dos itens I, III e VII deste artigo;
Art. 25. Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e pelo funcionário,
constará o compromisso de fiel cumprimento dos deveres e atribuições.
Parágrafo único. O funcionário declarará, para que figurem no termo de posse, os bens e
valores que constituem seu patrimônio e que não exerce função pública de acumulação
proibida.
Art. 26. É facultada a posse por procuração, quando o nomeado estiver ausente do
Estado e, em casos especiais, a juízo da autoridade competente:
Art. 27. A autoridade que der posse, verificará, sob pena de responsabilidade, se foram
satisfeitas as condições legais para a investidura.
Art. 29. O decurso do prazo para a posse, sem que esta se realize, importa em não
aceitação do provimento e em renúncia ao direito de nomeação decorrente do concurso, salvo
motivo de força maior devidamente comprovado.
Seção IV
Das Garantias
Art. 30. O nomeado para cargo cujo desempenho exija prestação de garantia não poderá
entrar em exercício sem a prévia satisfação dessa exigência.
§ 1º Não se exigirá fiança quando o total anual do dinheiro, bens ou valores do Estado,
sob a responsabilidade do funcionário, não exceder trinta vezes o maior salário mínimo
mensal.
I - em dinheiro;
Art. 31. O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação
administrativa ou criminal que couber, ainda que o valor da garantia seja superior ao prejuízo
verificado.
Art. 32. Serão periodicamente discriminadas, por decreto, as classes sujeitas à prestação
de garantia e determinadas as importâncias para cada caso, revistos e atualizados os valores
existentes.
Seção V
Do Exercício
Art. 33. O exercício do cargo terá início no prazo de trinta dias a contar:
Art. 36. O responsável pelo serviço onde deva servir o funcionário, é competente para
dar-lhe exercício.
§ 3º O afastamento de que trata este artigo poderá ser cancelado a qualquer tempo se
não for comunicada, mensalmente, a freqüência do funcionário.
Art. 39. O funcionário que não entrar em exercício, no prazo legal, perderá o cargo,
salvo motivo de força maior, devidamente comprovado.
Seção VI
Da Remoção e da Permuta
Art. 41. A remoção pode ser a pedido ou de ofício, atendida sempre a conveniência do
serviço.
§ 1º Quando o pedido de remoção tiver por fundamento motivo de saúde, deverá este
ser comprovado pela Junta Médica Estadual.
Art. 42. Observado o disposto nos artigos 40 e 41, a remoção por permuta será
processada a pedido escrito dos interessados.
Seção VII
Do Estágio Probatório
Art. 43. Estágio Probatório é o período inicial, de 03 (três) anos de efetivo exercício, do
servidor público nomeado para provimento de cargo efetivo em virtude de aprovação em
concurso público e, tem por objeto, além da obtenção da estabilidade, aferir a aptidão para ao
exercício do cargo, mediante a apuração dos seguintes requisitos: (Redação alterada pelo art.
8º da Lei Complementar nº 131, de 11 de dezembro de 2008.)
I - idoneidade moral;
II - assiduidade;
III - disciplina;
IV - eficiência.
Art. 44. O funcionário estável fica dispensado de novo estágio probatório, quando
nomeado para outro cargo.
CAPÍTULO III
DA PROMOÇÃO
Art. 48. O interstício para promoção será de trezentos e sessenta e cinco dias de efetivo
exercício na classe.
Parágrafo único. O interstício será apurado de acordo com as normas que regulam a
contagem de tempo para efeito de antigüidade na classe.
Art. 49. O interstício e a antigüidade na classe serão apurados no último dia de cada
trimestre.
Parágrafo único. Não havendo na data indicada neste artigo, funcionário qualificado
para promoção, as vagas existentes serão preenchidas com base na apuração realizada no
trimestre seguinte.
Art. 50. As promoções serão realizadas no trimestre posterior àquele em que ocorrer a
vaga.
Art. 51. Ocorrendo vaga em uma classe, serão consideradas abertas todas as decorrentes
do seu preenchimento, dentro da respectiva série de classes.
Art. 52. Para todos os efeitos, será considerado promovido por antigüidade o
funcionário que vier a se aposentar ou falecer, sem que tenha sido realizada, no prazo legal, a
promoção que lhe cabia.
Art. 53. Será declarado nulo o ato que promover indevidamente o funcionário.
Art. 54. O funcionário suspenso poderá ser promovido mas os efeitos da promoção
ficarão condicionados:
Art. 58. Nos casos de afastamento do exercício do cargo efetivo, inclusive em virtude de
licença, ou para o exercício de cargo em comissão fora do âmbito da administração direta ou
indireta do Poder Executivo, o índice de merecimento do funcionário será calculado de acordo
com as seguintes normas:
IV - o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois semestres
anteriores, posto à disposição de qualquer entidade, salvo para exercer cargo de Chefia na
administração direta ou indireta do Estado;
V - o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois semestres
anteriores afastado do exercício do cargo, para participação em congresso ou curso de
especialização, salvo os relacionados com as atribuições do cargo que ocupa, comprovada a
freqüência ou aproveitamento;
VII - o funcionário que não obtiver, como grau de merecimento, pelo menos a metade
do máximo atribuível;
VIII - o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois semestres
anteriores, afastado do cargo para exercer, como contratado, função técnica ou especializada,
nos termos do art. 177 deste Estatuto.
Art. 61. A promoção por antigüidade será atribuída ao funcionário que tiver maior
tempo de efetivo exercício na classe.
I - o funcionário da classe inicial contará a antigüidade que tiver nessa classe, à data da
fusão;
b) a antigüidade que tenha tido nas classes inferiores, da série de classes, nas datas em
que houver sido promovido.
III - O de maior tempo de serviço público. (Redação alterada pelo art. 3º da Lei nº
7.048, de 24 de dezembro de 1975.)
(Vide o art. 12 da Lei nº 8.918, de 14 de dezembro de 1981. Art. 12. O disposto no inciso III, do artigo
62, da Lei nº 6.123, de 20 de julho de 1968, renumerada por força da Lei nº 6.472, de 27 de dezembro de 1972, somente se
aplica na hipótese de o funcionário ser transferido para cargo de idêntico vencimento ao anteriormente ocupado. )
Art. 67. A reintegração será feita, no cargo anteriormente ocupado: se este houver sido
transformado, do cargo resultante da transformação; e, se extinto, em cargo equivalente,
atendidos especialmente a habilitação profissional do funcionário e o vencimento do cargo.
Parágrafo único. Não sendo possível a reintegração pela forma prevista neste artigo, o
funcionário será posto em disponibilidade no cargo que exercia.
Art. 68. No caso de reintegração do funcionário, quem lhe houver ocupado o cargo será
exonerado ou reconduzido ao cargo anterior, sem direito a indenização, ou ainda, se estável,
posto em disponibilidade, se o cargo anterior houver sido extinto.
CAPÍTULO V
DO APROVEITAMENTO
Art. 72. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior
tempo de disponibilidade e no caso de empate o de maior tempo de serviço público.
CAPÍTULO VI
DA REVERSÃO
Art. 73. Reversão é o reingresso no serviço público do servidor aposentado, quando
insubsistentes os motivos da aposentadoria ou por interesse e requisição da Administração,
respeitada a opção do servidor. (Redação alterada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 16, de
8 de janeiro de 1996.)
Parágrafo único. A reversão terá prioridade sobre novas nomeações. (Redação alterada
pelo art. 4º da Lei Complementar nº 16, de 8 de janeiro de 1996.)
CAPÍTULO VII
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 76. A transferência será feita no caso de readaptação do funcionário para cargo
mais compatível com a sua capacidade física ou intelectual, atendida a conveniência do
serviço. (Redação alterada pelo art. 6º da Lei nº 6.655, de 31 de dezembro de 1973.)
CAPÍTULO VIII
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 78. Haverá substituição no caso de impedimento legal ou afastamento eventual do
titular de cargo, em comissão, de direção ou chefia e do servidor designado para exercer
função gratificada.
TÍTULO III
DA VACÂNCIA
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - transferência;
V - aposentadoria;
VI - falecimento;
I - a pedido;
II - de ofício
a) de cargo em comissão;
Art. 83. No caso de função gratificada, dar-se-á a vacância por dispensa, a pedido, ou de
ofício.
III - da posse ou, se esta for dispensada, do início do exercício em outro cargo;
IV - da vigência da lei que criar o cargo e conceder dotação para seu provimento ou em
que for determinada, apenas, esta última medida, se o cargo estiver criado;
VII - em que se tornar executável a sentença que declarar nulo o provimento e da que
impuser ou acarretar a pena acessória de perda do cargo.
TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DA DURAÇÃO DO TRABALHO
Art. 85. A duração normal do trabalho será de seis horas por dia ou trinta horas por
semana, podendo, extraordinariamente, ser prorrogada ou antecipada, na forma que dispuser o
regulamento.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo o trabalho executado por
funcionário em serviço externo que, pela própria natureza, não pode ser aferido por unidade
de tempo.
Art. 86. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, a duração normal do
trabalho noturno será de seis horas por dia, podendo, extraordinariamente, ser prorrogada ou
antecipada, na forma que dispuser o regulamento.
Parágrafo único. Considera-se noturno o trabalho executado entre as vinte e duas horas
de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
Art. 87. A duração normal do trabalho do funcionário que ocupar cargo do Serviço
Técnico Científico será de quatro horas por dia, ou vinte horas semanais, podendo
excepcionalmente ser aumentada mediante antecipação ou prorrogação do expediente pela
autoridade competente.
Art. 88. Nos serviços que exijam trabalho aos domingos e feriados, será estabelecida
escala mensal de revezamento.
Art. 89. Poderão ser estabelecidos os regimes de tempo complementar e integral com
dedicação exclusiva, no interesse do serviço e a juízo da administração.
CAPÍTULO II
DO TEMPO DE SERVIÇO
I - férias;
II - casamento;
III - luto;
VIII - licença-prêmio;
IX - licença à funcionária gestante e ao funcionário acidentado em serviço ou atacado
de doença profissional;
XI - missão oficial no país ou no estrangeiro, com ônus para o Estado, mediante ato de
autorização do Governador;
§ 1º Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por acidente no trabalho o evento que
cause dano físico ou mental ao funcionário por efeito ou na ocasião do serviço.
§ 3º Por doença profissional, para os efeitos deste Estatuto, entende-se aquela peculiar
ou inerente ao trabalho exercido, comprovada em qualquer hipótese a relação de causa e
efeito.
§ 4º Nos casos previstos nos §§ 1°, 2º, 3º deste artigo, o laudo resultante da inspeção
médica deverá estabelecer rigorosamente a caracterização do acidente no trabalho e da doença
profissional.
II - o período de serviço ativo, nas Forças Armadas, prestado durante a paz, computado
pelo dobro o tempo em operação de guerra;
VII - o tempo de licença a funcionária casada para acompanhar o marido até o máximo
de dois anos;
Art. 94. O titular de cargo de provimento efetivo adquire estabilidade depois de dois
anos de efetivo exercício.
CAPÍTULO III
DA DISPONIBILIDADE
CAPÍTULO IV
DA APOSENTADORIA
Art. 96. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Art. 97. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Parágrafo único. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28,
de 14 de janeiro de 2000.)
Art. 98. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Art. 99. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Art. 100. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Art. 101. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Parágrafo único. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28,
de 14 de janeiro de 2000.)
Art. 102. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
CAPÍTULO V
DAS FÉRIAS
(Vide o art. 11 da Lei nº 6.933, de 29 de agosto de 1975. Art. 11. O período de férias que, por necessidade
do serviço, o funcionário tenha deixado de gozar será contado em dobro para efeito de aposentadoria e disponibilidade. )
Art. 103. O funcionário gozará de trinta dias consecutivos de férias por ano, de acordo
com a escala organizada pela autoridade competente, devendo constar o ano a que
correspondam.
Art. 105. É proibida a acumulação de férias, salvo imperiosa necessidade do serviço até
o máximo de dois períodos, justificada em cada caso.
Art. 107. Por motivo de promoção ou remoção, o funcionário em gozo de férias não
será obrigado a interrompê- las.
Art. 108. Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens do seu cargo
e função.
Art. 108-A. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, nos termos do art.
82, perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior a 14
(quatorze) dias. (Acrescido pelo art. 20 da Lei Complementar nº 49, de 31 de janeiro de 2003,
com redação dada pelo art. 21 da Lei Complementar nº 78, de 18 de novembro de 2005.)
CAPÍTULO VI
DAS LICENÇAS
Seção I
Disposições Preliminares
I - como prêmio;
Art. 110. A licença concedida, dentro de sessenta dias contados do término da anterior,
será considerada como prorrogação.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, o pedido deverá ser apresentado antes de
findo o prazo da licença, e, se indeferido, contar-se-á como de licença o período
compreendido entre a data do seu término e do conhecimento oficial do despacho.
Seção II
Da Licença Prêmio
Art. 112. Serão concedidos ao funcionário, após cada decênio de serviço efetivo
prestado ao Estado, seis meses de licença-prêmio, com todos os direitos e vantagens do cargo
efetivo.
(Vide o art. 1º da Lei nº 9.954, de 11 de dezembro de 1986. Art. 1º Para efeito do disposto no item I do
Artigo 113, da Lei nº 6.123, de 20 de julho de 1968, somente será considerada falta grave a infração assim caracterizada em
Inquérito Administrativo regularmente processado.)
a) por mais de cento e vinte dias, consecutivos ou não, por motivo de doença em pessoa
da família;
Seção III
Da Licença Para Tratamento de Saúde
Art. 115. A licença para tratamento de saúde poderá ser concedida a pedido ou de
ofício.
Parágrafo único. No caso de licença até noventa dias, a inspeção poderá ser realizada
por um dos membros da junta médica estadual.
Art. 117. Nas localidades em que não houver junta médica, a inspeção poderá, a juízo
da Administração, ser realizada por médico da Secretaria de Saúde, e, na falta deste, com a
declaração do fato, por outro médico do serviço público.
Art. 118. Na licença requerida por funcionário que estiver em outro Estado, a inspeção
será realizada pelo órgão médico oficial, que remeterá o laudo respectivo à repartição
competente.
Art. 119. O funcionário não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por
período superior a vinte e quatro meses, exceto nos casos considerados recuperáveis, nos
quais, a critério da junta médica, a licença poderá ser prorrogada.
Art. 120. No processamento das licenças para tratamento de saúde, será observado o
devido sigilo sobre os laudos e atestados médicos.
Art. 121. Se o funcionário licenciado para tratamento de saúde vier a exercer atividade
remunerada, será a licença interrompida, com perda total do vencimento, até que reassuma o
exercício do cargo.
Art. 122. Será sempre integral o vencimento do funcionário licenciado para tratamento
de saúde.
Art. 123. Julgado apto pela inspeção médica, o funcionário reassumirá imediatamente o
exercício, sob pena de se considerar como falta o período de ausência.
Art. 124. No caso de licença, poderá o funcionário requerer inspeção médica, caso se
julgue apto a reassumir o exercício.
Seção IV
Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 125. O funcionário poderá obter licença por motivo de doença na pessoa de
ascendente, descendente, colateral, consangüíneo ou afim, até o 2º grau, de cônjuge do qual
não seja legalmente separado ou de pessoa que viva às suas expensas e conste do seu
assentamento individual, desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal e esta
não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 1º A doença será comprovada em inspeção médica realizada com obediência ao
disposto neste Estatuto quanto à licença para tratamento de saúde.
§ 2º A licença de que trata este artigo não excederá vinte e quatro meses e será
concedida:
III - sem vencimento, a partir do décimo terceiro ate o vigésimo quarto mês.
Seção V
Da Licença-Maternidade
(Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 91, de 21 de junho de 2007.)
Art. 126. A servidora gestante tem direito à licença-maternidade de 180 (cento e oitenta)
dias, com vencimento integral. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 91, de
21 de junho de 2007.)
§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta)
dias de repouso remunerado. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 91, de 21 de
junho de 2007.)
Seção VI
Da Licença Para o Serviço Militar Obrigatório
Art. 129. Ao funcionário oficial, ou aspirante a oficial da reserva das Forças Armadas
será concedida licença com vencimento integral, durante os estágios não remunerados
previstos pelos regulamentos militares.
Seção VII
Da Licença Para Trato de Interesse Particular
Art. 130. Ao servidor ocupante de cargo efetivo e que não esteja em estágio probatório
poderá ser concedida, a critério da Administração, licença sem remuneração, para trato de
interesse particular, por prazo não superior a quatro anos. (Redação alterada pelo art. 1° da
Lei Complementar n° 316, de 18 de dezembro de 2015.)
§ 2° Se não houver prejuízo ao serviço, a licença de que trata o caput poderá ser
sucessivamente prorrogada, com periodicidade não superior a dois anos, observado, em
qualquer caso, o interesse da Administração. (Acrescido pelo art. 1° da Lei Complementar n°
316, de 18 de dezembro de 2015.)
Art. 131. Não será concedida licença para trato de interesse particular a funcionário
removido, antes de assumir o exercício.
Art. 132. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou
no interesse do serviço. (Redação alterada pelo art. 1° da Lei Complementar n° 316, de 18 de
dezembro de 2015.)
Seção VIII
Da Licença à Funcionária Casada para Acompanhar o Marido
Art. 133. A funcionária casada terá direito a licença sem vencimento para acompanhar o
marido, funcionário civil ou militar ou servidor da administração direta ou indireta do Poder
Público, mandado servir de oficio fora do País, em outro ponto do território nacional ou do
Estado.
Art. 134. Licença idêntica à de que trata o artigo anterior será assegurada a qualquer dos
cônjuges quando o outro aceitar mandato eletivo fora do Estado.
CAPÍTULO VII
DO VENCIMENTO
Art. 137. O funcionário perderá: (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº
55, de 30 de dezembro de 2003.)
(Observação: A Lei Complementar nº 55/2003, por engano, apresentou dois incisos II para
este artigo, prejudicando a numeração deste inciso e a dos seguintes.)
Art. 139. Poderão ser abonadas até 03 (três) faltas durante o mês, por motivo de doença
comprovada, mediante atestado de médico ou dentista, ou em decorrência de circunstância
excepcional, a critério da chefia. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 55, de
30 de dezembro de 2003.)
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, o funcionário deverá apresentar o atestado
ao chefe imediato, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da primeira falta ao serviço. (Redação
alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 55, de 30 de dezembro de 2003.)
§ 2º O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou tiver sua
aposentadoria cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Acrescido pelo art. 1º
da Lei Complementar nº 47, de 23 de janeiro de 2003.)
Art. 141. O desconto realizado por motivo de não comparecimento ao serviço ou para
reposição e indenização à Fazenda Estadual, incidirá sobre o vencimento e as gratificações
percebidas pelo funcionário.
Art. 142. A lei não admitirá vinculação ou equiparação de qualquer natureza, para efeito
de vencimento do pessoal do serviço público.
CAPÍTULO VIII
DAS VANTAGENS
Seção I
Disposições Preliminares
I - ajuda de custo;
II - diárias;
IV - salário-família;
V - gratificações.
Seção II
Da Ajuda de Custo
Art. 144. Será concedida a ajuda de custo ao funcionário que for designado, de oficio,
para servir em nova sede.
Art. 145. O funcionário obrigado a permanecer fora da sede por mais de trinta dias, em
objeto de serviço, perceberá a ajuda de custo de um mês de vencimento, sem prejuízo das
diárias a que fizer jus.
II - quando, antes de realizar a incumbência que lhe foi atribuída, regressar, abandonar o
serviço ou pedir exoneração.
Seção III
Das Diárias
Art. 148. Ao funcionário que se deslocar de sua sede em objeto de serviço ou missão
oficial, serão concedidas diárias correspondentes ao período de ausência, a título de
compensação das despesas de alimentação e pousada.
Art. 150. O funcionário que se deslocar de sua sede, em objeto do serviço ou missão
oficial, fará jus, além das diárias, ao pagamento das despesas correspondentes ao transporte,
na forma determinada em regulamento.
Seção IV
Do Auxílio Para Diferença de Caixa
Seção V
Do Salário-Família
Seção VI
Das Gratificações
Art. 160. Será concedida gratificação:
I - de função;
(Vide o art. 5º da Lei nº 7.907, de 6 de julho de 1979, revogado pelo art. 20 da Lei nº 11.216,
de 20 de junho de 1995. Art. 5º Ficam extintas as gratificações de tempo complementar e de tempo integral.
Parágrafo único. As atuais gratificações de que trata este artigo, recebidas pelos ocupantes de cargos efetivos e em
comissão, inclusive do Grupo Ocupacional Tesouraria, ficam transformadas em gratificação especial e majoradas, em seus
valores, no mesmo percentual de aumento do vencimento do cargo exercido pelo funcionário. – gratificação extinta pelo
inciso II do art. 19 da Lei nº 8.121, de 28 de maio de 1980. Art. 19. Ficam extintas as seguintes vantagens: (...) II-
Gratificação Especial instituída pelo Parágrafo único do Art. 5º da Lei nº 7.907, de 6 de julho de 1979. )
XI - de produtividade;
Art. 161. Exceto nos casos expressamente previstos em Lei, o afastamento eventual ou
temporário do exercício do seu cargo, a lotação ou designação do funcionário para servir em
outro órgão, acarreta o cancelamento automático das gratificações atribuídas ao mesmo e não
incorporadas ao vencimento.
Art. 162 Gratificação de Função é a que corresponde a encargos de gerência, chefia ou
supervisão de órgãos e outros definitivos em regulamento, não podendo ser atribuída a
ocupante de cargo em comissão. (Redação alterada pelo art. 13 da Lei nº 10.311, de 7 de
agosto de 1989.)
Parágrafo único. A ausência por motivo de férias, luto, casamento, doença comprovada,
licença-prêmio, licença para tratamento de saúde, licença à gestante, licença por motivo de
doença em pessoa da família ou serviço obrigatório por lei não acarretará perda da
gratificação de função.
§ 3º A gratificação de que trata este artigo será incorporada aos proventos quando o
servidor, ao aposentar-se, a venha percebendo há mais de 12 (doze) meses, ininterruptamente.
(Acrescido pelo art. 13 da Lei nº 10.311, de 7 de agosto de 1989.) (Prejudicado pela nova
redação do § 4º dada pelo art. 1º da Lei nº 10.321, de 6 de setembro de 1989.)
§ 4º A gratificação de que trata este artigo será incorporada aos proventos quando o
servidor, ao aposentar-se, a venha percebendo há 01 (um) ano, ininterruptamente, ou 05
(cinco) anos, com interrupção. (Acrescido pelo art. 1º da Lei nº 10.321, de 6 de setembro de
1989.)
(Vide o art. 22 da Lei nº 11.216, de 20 de junho de 1995, que vedou a incorporação. Art. 22. É
vedada a incorporação aos vencimentos dos servidores públicos estaduais, por ocasião da aposentadoria dos valores
adicionais e gratificações atribuídos e pagos, a qualquer título, por fontes ou recursos federais, independentemente, do seu
tempo de fruição.)
Art. 165. A gratificação prevista no item III do art. 160 será atribuída a servidor com
exercício no Gabinete e na Assessoria Técnica do Governador, do Vice-Governador e de
Secretário de Estado. (Redação alterada pelo art. 8º da Lei nº 6.933, de 29 de agosto de 1975.)
Art. 166. A gratificação adicional por tempo de serviço será calculada sobre o
vencimento do cargo efetivo e para todos os efeitos a ele incorporada, correspondendo a cinco
por cento por qüinqüênio de efetivo exercício prestado à União, aos Estados, aos Municípios
de Pernambuco e às respectivas autarquias.
Art. 169. A gratificação prevista no item V do art. 160 deste Estatuto será incorporada
aos proventos da aposentadoria do funcionário, quando percebida ininterruptamente durante
os dois (02) anos imediatamente anteriores à aposentadoria. (Redação alterada pelo art. 8º da
Lei nº 6.933, de 29 de agosto de 1975.)
(Vide o art. 22 da Lei nº 11.216, de 20 de junho de 1995, que vedou a incorporação. Art. 22. É
vedada a incorporação aos vencimentos dos servidores públicos estaduais, por ocasião da aposentadoria dos valores
adicionais e gratificações atribuídos e pagos, a qualquer título, por fontes ou recursos federais, independentemente, do seu
tempo de fruição.)
Parágrafo único. O cálculo da quantia a ser incorporada será feito com base na média
aritmética da gratificação percebida pelo funcionário nos últimos vinte e quatro (24) meses.
(Redação alterada pelo art. 8º da Lei nº 6.933, de 29 de agosto de 1975.)
CAPÍTULO IX
DAS CONCESSÕES
I - casamento;
Art. 173. O vencimento e o provento não sofrerão descontos, além dos autorizados em
lei ou regulamento.
§ 1º O horário especial poderá ser concedido sob a forma de jornada reduzida em dias
consecutivos ou intercalados, ou ausência ao trabalho em dia específico por semana,
conforme necessidade ou programa de atendimento da pessoa com deficiência, desde que seja
cumprida a jornada de trabalho mínima de 4 (quatro) horas diárias ou 20 (vinte) horas
semanais. (Acrescido pelo art. 1° da Lei Complementar n° 371, de 26 de setembro de 2017.)
Art. 175. Ao funcionário matriculado em qualquer unidade escolar que necessite mudar
de domicílio para exercer cargo ou função pública, será assegurada matrícula em
estabelecimento estadual de ensino na nova sede, independentemente de época ou da
existência de vaga.
Parágrafo único. A concessão de que trata este artigo é extensiva ao cônjuge e filhos
consangüíneos, afins ou adotivos do funcionário.
Art. 177. O funcionário poderá ser contratado, no interesse do serviço, para função
técnica especializada.
Art. 178 O servidor poderá afastar-se de suas funções, para estudo ou para servir em
organismo internacional com o qual o Brasil mantenha vínculo de cooperação, desde que
previamente autorizado pelo Governador do Estado, ou Secretário de Estado por ele delegado.
(Redação alterada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 140, de 3 de julho de 2009.)
I - para curso de especialização, por 18 (dezoito) meses, prorrogáveis por mais 3 (três)
meses; (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 17, de 30 de dezembro de 1996.)
II - para curso de mestrado, por 30 (trinta) meses, prorrogáveis por mais 6 (seis) meses;
(Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 17, de 30 de dezembro de 1996.)
III - para curso de doutorado, por 48 ( quarenta e oito) meses, prorrogáveis por mais 6
(seis) meses. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 17, de 30 de dezembro de 1996.)
CAPÍTULO X
DA ASSISTÊNCIA E DA PREVIDÊNCIA
Art. 179. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Art. 180. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Art. 181. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28, de 14 de
janeiro de 2000.)
Parágrafo único. (REVOGADO) (Revogado pelo art. 104 da Lei Complementar nº 28,
de 14 de janeiro de 2000.)
CAPÍTULO XI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 184. Da decisão caberá no prazo de trinta dias, pedido de reconsideração, que não
pode ser renovado.
Parágrafo único. No caso de diligência ou parecer especial, o prazo previsto neste artigo
será acrescido de mais quinze dias improrrogáveis.
I - em cinco anos, quanto aos atos de que decorra perda do cargo, de vencimentos ou
vantagens pecuniárias ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Art. 189. Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos neste Estatuto.
TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ACUMULAÇÃO
Art. 191. O funcionário não poderá exercer mais de uma função gratificada nem
perceber estipêndio pela participação de mais de um órgão de deliberação coletiva, salvo
neste último caso, quando tiver a condição de membro nato ou quando o exercício em um
deles seja em decorrência do outro.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES
Art. 193. São deveres do funcionário, além do desempenho das tarefas cometidas em
razão do cargo ou função.
I - assiduidade;
II - pontualidade;
III - discrição;
IV - urbanidade;
CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES
XII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei o
desempenho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados;
CAPÍTULO IV
DA RESPONSABILIDADE
Art. 195. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil,
penal e administrativamente.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
I - repreensão;
II - multa;
III - suspensão;
IV - destituição de função;
V - demissão;
Art. 201. A repreensão será aplicada por escrito, nos casos de desobediência ou falta de
cumprimento do dever.
Art. 202. A suspensão, que não excederá de trinta dias, será aplicada em casos de:
I - falta grave;
III - transgressão do disposto nos itens II, III, IX e XII do artigo 194.
II - abandono de cargo;
X - reincidência em falta que deu origem à aplicação da pena de suspensão por trinta
dias;
XI - transgressão ao disposto no item I do artigo 194 combinado com o parágrafo único
do artigo 192 deste Estatuto;
XII - transgressão ao disposto nos itens V, VI, VII, VIII, X, XI, XIV, XV e XVI do art.
194; (Redação alterada pelo art. 1° da Lei Complementar n° 316, de 18 de dezembro de
2015.)
XIV - sessenta dias de falta ao serviço, em período de doze meses, sem causa
justificada, desde que não configure abandono de cargo; (Redação alterada pelo art. 1° da Lei
Complementar n° 316, de 18 de dezembro de 2015.)
Parágrafo único. Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço sem justa causa,
por mais de trinta dias consecutivos.
Art. 206. Atendida a gravidade da falta, a demissão quando fundamentada nos itens, I,
VI, VII, VIII e IX do artigo 204 será aplicada com a nota "a bem do serviço público", que
constará do respectivo ato.
Parágrafo único. A demissão com a nota "a bem do serviço público" impede a
participação do ex-servidor em concurso público para provimento de cargo, emprego ou
função na administração direta e indireta estadual ou sua nomeação ou designação para cargos
comissionados ou funções de confiança. (Acrescido pelo art. 1º da Lei Complementar nº 47, de
23 de janeiro de 2003.)
I - falta punível com a pena de demissão, quando praticada ainda no exercício do cargo
ou função;
III - celebração de contrato com a administração estadual quando não autorizada em lei
ou regulamento;
III - os diretores de repartição, nos casos de repreensão e suspensão até oito dias.
Art. 210. A aplicação da pena de suspensão por mais de quinze dias e das definidas nos
itens IV, V e VI do artigo 199, será precedida de inquérito administrativo, mesmo quando
suspenso o vínculo estatutário por motivo de contratação do funcionário sob o regime da
legislação trabalhista.
CAPÍTULO VI
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA E DA PRISÃO ADMINISTRATIVA
Art. 211. A suspensão preventiva até trinta dias poderá ser imposta por qualquer das
autoridades mencionadas nos itens I a III do art. 208, desde que a presença do funcionário
possa influir na apuração da falta cometida.
Parágrafo único. A suspensão de que trata este artigo poderá ser prorrogada por
qualquer das autoridades mencionadas nos itens I e II do art. 208, até noventa dias, após o que
cessarão os respectivos efeitos, ainda que o processo não esteja concluído.
Art. 212. Cabe às autoridades mencionadas nos itens I a III do artigo 208 ordenar,
fundamentadamente por escrito a prisão administrativa do responsável por dinheiro e valores
pertencentes à Fazenda Estadual ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de alcance
ou omissão em efetuar as entradas nos devidos prazos.
TÍTULO VI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E SUA REVISÃO
CAPÍTULO I
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 214. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público promover-
lhe-á a apuração mediante processo administrativo.
Parágrafo único. O processo administrativo compreende a sindicância e o inquérito
administrativo.
Art. 216. A sindicância será instaurada quando a falta funcional não se revele evidente
ou quando for incerta a autoria.
Art. 217. A sindicância será procedida por dois funcionários designados mediante
despacho da autoridade que determinar a sua instauração, devendo ser concluída no prazo de
vinte dias.
Art. 219. O inquérito administrativo será promovido por uma comissão composta de
três funcionários, designada pela autoridade competente.
Art. 220. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não deve exceder 60
(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a
sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. (Redação alterada pelo
art. 1° da Lei Complementar n° 316, de 18 de dezembro de 2015.)
Art. 221. Se, nos prazos estabelecidos no artigo anterior não for concluído o inquérito,
considerar-se-á automaticamente dissolvida a comissão, devendo a autoridade proceder a
nova designação na forma do artigo 219.
Art. 223. Se o funcionário designado para constituir a comissão tiver motivo para dar-se
por suspeito, declará-lo-á, em ofício, à autoridade que o tiver designado dentro de quarenta e
oito horas, contadas da publicação do ato ou portaria de designação.
§ 1º Considerar-se-á procedente a argüição, quando o funcionário designado demonstrar
ser parente, consangüíneo ou afim, até o 3º grau, ou alegar ser amigo íntimo ou inimigo
capital de qualquer dos indiciados.
§ 1º A argüição será dirigida por escrito ao presidente da comissão, que dela dará
conhecimento imediato ao argüido, para confirmá- la ou negá-la por escrito.
Art. 225. Compete ao secretário organizar os autos do processo, lavrar termos e atas,
bem como executar as determinações do presidente da comissão.
Art. 227. Antes de encerrar a instrução e a fim de permitir ao indiciado ampla defesa, a
comissão indicará as irregularidades ou infrações a ele atribuídas, fazendo remissão aos
documentos e depoimentos e às correspondentes folhas dos autos.
§ 1º Inexistindo perito oficial ou funcionário público nas condições de que trata este
artigo, o exame será realizado por pessoa idônea, escolhida, de preferência entre as que
tiverem habilitação técnica.
§ 3º Desde que acarrete despesa, a realização de perícia por perito não oficial, depende
de autorização prévia de autoridade competente.
Art. 230. Nenhum documento será anexado aos autos, sem despacho do presidente,
ordenando a juntada.
§ 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto, será chamado por edital, com prazo de
quinze dias.
Art. 233. No caso de indiciado revel, será designado para defendê-lo um funcionário,
sempre que possível da mesma classe e categoria.
Art. 234. Com a defesa, o indiciado oferecerá as provas que tiver, podendo ainda,
requerer as diligências necessárias à comprovação de suas alegações.
Art. 236. Concluído o relatório, será o processo remetido sob protocolo, à autoridade
que determinou a sua instauração, para decisão no prazo de trinta dias.
Art. 237. A autoridade a quem for remetido o inquérito proporá a quem de direito, no
prazo de trinta dias, as sanções e providências que escaparem à sua competência.
Art. 241. A decisão que reconhecer a prática de infração capitulada na lei penal
determinará, sem prejuízo de aplicação das sanções administrativas, a remessa do inquérito à
autoridade competente, ficando translado ou autos suplementares na repartição.
CAPÍTULO II
DA REVISÃO
Art. 242. A qualquer tempo, poderá ser requerida a revisão do inquérito administrativo,
de que haja resultado pena disciplinar, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias capazes
de justificar a inocência do requerente.
Art. 245. O pedido de revisão, devidamente instruído, será dirigido à autoridade que
houver determinado a aplicação da penalidade e encaminhado por intermédio do órgão
encarregado da administração de pessoal.
Art. 247. Serão aplicadas à revisão, no que for compatível, as normas referentes ao
inquérito administrativo.
Art. 248. Concluída a revisão, serão os autos remetidos à autoridade competente para,
no prazo de trinta dias, proferir a decisão.
Art. 249. Reconhecida a inocência do funcionário, será tornada sem efeito a penalidade
imposta, restabelecendo-se todos os direitos por ela atingidos.
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 250. O regime jurídico deste Estatuto é extensivo aos funcionários das autarquias
estaduais não regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 251. Para os efeitos do disposto no art. 61 deste Estatuto, o funcionário beneficiado
pelo parágrafo 2º do artigo 229 da Constituição Estadual contará na classe a que for
incorporado, a soma das seguintes parcelas:
Art. 256. Os servidores que, em 15 de maio de 1967, contavam mais de cinco anos de
serviço público e ocupavam mediante provimento a qualquer título, cargos isolados que por
força do artigo 208 da Constituição do Estado, devem ser organizados em carreira, serão
aproveitados nas novas carreiras criadas, em cargos cujas funções sejam correspondentes às
que vinham desempenhando àquela data.
Parágrafo único. A promoção de que trata este artigo não será considerada para efeito da
alternância dos critérios de promoção.
Art. 259. Fica assegurada pensão especial aos beneficiários de funcionário integrante do
Serviço Polícia e Segurança do Quadro Permanente do Serviço Civil do Poder Executivo que
vier a falecer em conseqüência de ferimentos recebidos em luta contra malfeitores, ou de
acidentes em serviços, ou de moléstia decorrente de qualquer desses casos.
Parágrafo único. A pensão especial de que trata este artigo, somada à que couber pelo
Órgão de previdência, será de responsabilidade do Estado e equivalerá ao vencimento integral
do funcionário falecido.
Art. 260. A pensão especial de que trata o artigo anterior é extensiva ao funcionário
ocupante de cargo em comissão, invalidado por acidente ou agressão não provocada, em razão
do serviço, bem como à família do funcionário que vier a falecer, em conseqüência dos
mesmos fatos. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei nº 6.838, de 7 de janeiro de 1975.)
I - estabilidade;
II - aposentadoria com proventos integrais, aos vinte e cinco anos de serviço efetivo;
§ 2º A prova de ter servido em zona de guerra não autoriza o gozo das vantagens
previstas neste artigo, ressalvado o disposto no artigo 177, parágrafo 1º da Constituição do
Brasil e o disposto no parágrafo 2º do artigo 1º da Lei Federal nº 5315, de 12 de setembro
1967.
§ 4º A promoção prevista no item V deste artigo não influirá na alteração de que trata o
art. 46 deste Estatuto.
Art. 262. Fica, ainda, assegurado ao ex-combatente, de que trata o artigo anterior, o
direito a nomeação, em caráter efetivo para exercer qualquer cargo vago inicial de série de
classe ou classe única, independentemente da prestação de concurso desde que não seja
servidor público e apresente diploma, certificado ou comprovante que o habilite para o
exercício do cargo pretendido devidamente registrado no órgão competente, ou demonstre
aptidão na prova de capacidade.
§ 1º A apreciação da prova de capacidade prevista neste artigo, que terá forma sumária,
será feita pelo órgão competente para o concurso.
§ 6º O ex-combatente nomeado na forma deste artigo não terá direito a nova nomeação
com o mesmo fundamento.
§ 2º A representação por parte das entidades de classe não impede que o funcionário
exerça diretamente qualquer ato em defesa dos seus direitos.
Art. 266. Os municípios poderão adotar, para os seus funcionários, o regime jurídico
estabelecido neste Estado.