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LEITOR INVESTIGATIVO
1
Autora: Janete Guedes Kuller Zanoni
2
Orientador:Jayme dos Reis Sant’Anna
RESUMO
ABSTRACT
1
Professora de Língua Portuguesa, graduada em Letras-Português e Inglês, na Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória (FAFI), Pós-graduada em Língua Portuguesa e
Literatura; Administração, Supervisão e Orientação Educacional também pela Universidade
Norte do Paraná (UNOPAR).
2
Bacharel em Filosofia; bacharel em letras; licenciado em letras; mestre e doutor em letras.
Tudo pela FFLCH-USP. Professor da Universidade Estadual de Londrina e autor de Literatura
e ideologia: estudo intertextual de Gil Vicente, Almeida Garrett e Sttau Monteiro. (São Paulo,
Novo Século Literário, 2003) e O sagrado em José Saramago: em que creem os que não
creem (São Paulo, Fonte editorial, 2009).
Palavras – chaves: estratégias de leitura; leitor investigativo; motivação.
INTRODUÇÃO
2
que para ler necessitamos simultaneamente manejar com destreza as
habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias e
experiências prévias (...).
No presente projeto, procuramos responder os seguintes
questionamentos: Como desenvolver a habilidade do ato de ler? A escola tem
efetivado a sua função de proporcionar estratégias de leitura levando o leitor a
abstrair o sentido de um texto e compreender as relações de poder a ele
inerente? Pretendemos encontrar diferentes formas de trabalhar com o ensino
da leitura. Seu propósito principal é promover nos alunos a utilização de
estratégias que permitam interpretar e compreender de forma autônoma os
textos lidos. Enfatizando sempre que o ato de ler é um processo complexo,
utilizando um texto simples e agradável de ser lido, como por exemplo: o
gênero conto, buscando explicitá-lo dentro de uma perspectiva construtivista da
aprendizagem.
Tais considerações nos levam a considerar que orientar a leitura dos
alunos de modo sistemático pode representar uma valiosa contribuição para
melhorar o seu desempenho. Por isso achamos relevante realizar um estudo
por meio do qual possamos promover nos alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental, a utilização de estratégias que permitam interpretar e
compreender de forma autônoma os textos lidos. E fomentar possibilidades de
intervenção, na tentativa da superação ou minimização das mesmas,
apontando caminhos que possam auxiliar o trabalho do professor de português
a ter um melhor posicionamento como interlocutor na interação entre a criança
e a leitura.
Após a leitura apliquei um questionário e as respostas vieram de
encontro com nossas expectativas, pois a maioria declara que gostou de ler por
ser uma história de investigação e também acrescentam que foi interessante a
estratégia de leitura, pois fizemos leitura dramatizada onde cada um podia ser
um personagem. E o aluno que interpretava bem os próprios colegas já o
indicava para o ser a personagem, sendo que preferiam trocar o narrador.
3
Segundo o site do INEP, o PISA avalia o letramento em Leitura, que apresenta
a seguinte proposta:
Os alunos devem realizar uma ampla gama de tarefas com diferentes
tipos de textos. As tarefas abrangem desde a recuperação de
informações específicas até a demonstração de compreensão geral,
interpretação de texto e reflexão sobre seu conteúdo e suas
características.
O Letramento em Leitura é avaliado em três
dimensões:
1. A forma do material de leitura. Os textos utilizados
incluem não somente passagens em prosa, mas também vários tipos
de documentos como listas, formulários, gráficos e diagramas. Essa
variedade baseia-se no princípio de que os indivíduos encontrarão
uma série de formas de escrita na vida adulta e, desse modo, não é
suficiente ser capaz de ler um número limitado de tipos de textos
tipicamente encontrados na escola.
2. O tipo de tarefa de leitura, o que corresponde às
várias habilidades cognitivas próprias de um leitor efetivo. Avalia-se a
habilidade em identificar e recuperar informações, em desenvolver
uma compreensão geral do texto, interpretando-o, refletindo sobre o
conteúdo e a forma do texto e construindo argumentações para
defender um ponto de vista.
3. O uso para o qual o texto foi construído. Por
exemplo, um romance, uma carta pessoal ou uma biografia são
escritos para uso “pessoal”; enquanto documentos oficiais ou
pronunciamentos são para uso “público” e um manual ou relatório,
para uso “operacional”. Alguns alunos apresentam melhor
desempenho em uma situação de leitura do que em outra, o que
justifica a inclusão de diversos tipos de leitura nos itens de avaliação.”
4
gosto pela leitura.
5
de atividades de leitura/análise linguística privilegiadoras do estudo das características
das situações de enunciação relacionadas às marcas linguístico-enunciativas dos
textos, as aulas de língua portuguesa podem vir a superar a “passividade diante da
palavra”.
3. DESENVOLVIMENTO
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frequente em situações diversas de leitura. Na escolha e apresentação dos
textos fizemos uma graduação quanto as suas dificuldades de leitura, partindo
de textos com um nível de dificuldades acessíveis ao aluno. Como professores
devemos ter a sensibilidade e o conhecimento para identificar em qual nível de
leitura encontra-se cada aluno e buscar estratégias que permitam torná-lo um
leitor eficiente. Pois, para Fulgêncio (1992, p.13) antes de tudo é preciso
conhecer o processo da leitura. A compreensão de textos é um processo em
que interagem diversos fatores como conhecimento lingüístico, conhecimento
prévio a respeito do assunto do texto, conhecimento geral a respeito do
mundo, motivação e interesse na leitura, entre outros. A leitura não é uma
atividade apenas visual, ainda que o aluno consiga ler um texto por estar
escrito em uma língua que ele domine se ele não dominar o assunto a sua
leitura torna-se comprometida. Apresentamos algumas atividades que
contemplam a interação desse processo. Iniciamos pela motivação por
acreditarmos que parte do sucesso dessa proposta esta vinculado ao interesse
do aluno. Os objetivos da leitura devem estar bem claros, para que o aluno
sinta que é capaz de fazê-la e que tem recursos necessários e a possibilidade
de pedir e receber ajuda.
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leitores. Pesquisamos as características desse leitor. Trata-se de aluno da 5ª
série (6º ano) cuja idade varia de 10 a 12 anos.
Piaget subdivide o desenvolvimento intelectual em quatro estágios: os
nossos alunos estão oscilando entre o “Estágio das Operações Concretas” (dos
7 aos 11/12 anos) e o “Estágio das Operações Formais” (dos 11/12 anos aos
15/16 anos). A sucessão é fixa, mas nela intervêm fatores diversos, tais como a
hereditariedade, a experiência, a cultura e a educação. O conhecimento é um
processo presente na capacidade humana de reagir e interagir com o seu
meio. Mesmo as operações mais abstratas e formais do pensamento, resultam
de uma capacidade de auto-organização progressiva do psiquismo humano
que evolui do simples para o complexo: para uma criança, certas operações
lógicas dos adultos não são evidentes. O conhecimento é uma construção
progressiva. O desenvolvimento cognitivo constroi-se através de um processo
de adaptação ao meio, resultante da interação entre sujeito e meio.
Para Freud, o desenvolvimento humano e a constituição da mente
explicam-se pela evolução da psicossexualidade. Um dos conceitos mais
importantes da teoria psicanalítica sobre o desenvolvimento é a existência de
uma sexualidade infantil. Então, define em cinco estágios do desenvolvimento
psicossexual: localizamos o nosso aluno entre o “Estágio de Latência (5/6 anos
- puberdade)” e o “Estágio Genital (depois da puberdade)”.
Na Teoria Psicossocial do Desenvolvimento Erikson propõe oito estágios
de desenvolvimento tendo em conta aspectos biológicos, individuais e sociais.
Cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial: 4ª idade –
“Indústria/Mestria versus Inferioridade (6 - 12 anos)” e a 5ª idade – “Identidade
versus Difusão/Confusão (12 - 18/20 anos)”. Cada estágio contribui para a
formação da personalidade total (princípio epigenético), sendo por isso todos
importantes. Cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve
atribuir uma duração exata a cada estágio. (Calvin S. Hall; Lindzey Gardner;
John B. Campbell, 2000: p.168).
Fizemos essas colocações apenas para ressaltar quanto o professor
dessa série deve ter uma preocupação a mais, além de preocupar-se com
estratégias de leitura deverá também atentar-se por identificar seu aluno
observando seu estágio cognitivo de desenvolvimento. Pelos estudos acima
relatados podemos concluir que nosso público leitor esta numa faixa etária
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transitória ora ainda encontra-se completamente dominado pela fantasia, ora
encontra-se no estágio das operações formais.
Segundo Bettelheim, (1980, p.77) “A fantasia preenche as enormes
lacunas na compreensão de uma criança que são devidas à imaturidade de
seu pensamento e a sua falta de informação pertinente.”
Bettelheim, (1980, p.77)
O conto de fadas, a partir de seu começo mundano e simples,
arremessa-se em situações fantásticas. Mas por maiores que sejam
os desvios – à diferença da mente não instituída da criança, ou de um
sonho, - o processo da história não se perde. Tendo levado a criança
numa viagem a um mundo fabuloso, no final o conto devolve à
criança a realidade, da forma mais reasseguradora possível. Isto lhe
ensina o que mais necessita saber neste estágio de desenvolvimento:
que não é prejudicial permitir que a fantasia nos domine um pouco,
desde que não permaneçamos presos a ela permanentemente. No
final da história o herói retorna a realidade – uma realidade feliz, mas
destituída de mágica.
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a) Motivação
Para motivar os alunos, foram sugeridas outras linguagens que
interagem com as obras literárias, como por exemplo, adaptações de obras
literárias para a linguagem cinematográfica. (Afinal, quem não gosta de ver um
bom filme?). Foram de grande apoio didático, pois suscitaram o interesse e a
curiosidade dos alunos para a obra literária que se pretendíamos ler. Claro que
poderíamos citar uma lista de filmes dessa temática, porém em nossa pesquisa
observamos que o filme mais assistido com essa temática contém cenas
impróprias para essa faixa etária (5ª série/6º ano). Como atividade de pré-
leitura, assistimos um dos filmes do “SCOOBY-DOO”, no qual até nos já
ajudamos a Velma a desvendar os mistérios em que a turminha se envolve?
Com essa atividade estabelecemos previsões sobre o tema proposto e fizemos
atualização do conhecimento prévio. Fulgêncio (1992, p.18) “o leitor eficiente
utiliza seu conhecimento prévio, linguístico e não linguístico, para fazer
previsões durante a leitura”, o que a torna mais eficiente, pois o leitor não
precisa buscar informações apenas no material escrito.
b) Apresentando o escritor
Nada mais motivador do que ouvir o próprio escritor falar sobre sua
experiência com a literatura. Para isso no site: http://revistaescola.abril.com.br/
lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola encontra-se disponível a
entrevista com o escritor Pedro Bandeira no tópico “A literatura na voz do
escritor”, ele e outros autores brasileiros contam como se tornaram leitores
literários, falam sobre a relação com os textos na escola e apresentam alguns
de seus contos e poemas.
11
A Droga da Obediência, de 1984, direcionado
para o público adolescente, no qual ele se
especializou. Essa obra é a primeira da série que
ficou conhecida como Os Karas.
Hoje este escritor é um dos que mais vende
livros na faixa adolescente – pelo menos 8,6
milhões de exemplares até 2002. Além disso, ele
também realiza conferências em todo o país,
especialmente para professores, sobre leitura e
alfabetização. Bandeira publicou, até agora, mais
Pedro Bandeira de Luna Filho nasceu na de 50 obras, entre as quais se destacam: A
cidade de Santos, em São Paulo, no dia 9 marca de uma lágrima, A Hora da verdade,
Descanse em paz, meu amor, Prova de Fogo,
de março de 1942. entre outros.
c) Apresentando o livro
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Livro: A DROGA DA OBEDIÊNCIA
Editora Moderna
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porque antes de iniciarmos a leitura com eles elaboramos questões para que
cada ouvinte compartilhasse com os demais aquilo que desejasse: as
lembranças, sentimentos e experiências suscitadas durante a leitura; os
trechos que acharam mais marcantes; alguma característica do texto que tenha
reparado; uma dúvida que lhe ocorreu; uma hipótese individual que se
confirmou ou não durante o desenvolvimento da leitura.
Não apenas o conteúdo do texto foi posto em foco através do diálogo
coordenado pelo professor, mas também os aspectos retóricos, isto é, a forma
pela qual os acontecimentos são narrados e que confere a eles um significado
especial, por meio dos quais o autor, sutilmente, direciona a interpretação que
deseja imbuir sobre uma determinada passagem. O uso da ironia ao realizar
uma crítica social e o tom humorístico empregado para discutir um tema
importante, como a amizade, são exemplos de recursos usados com essa
intenção.
Para contribuir com a consolidação da aprendizagem de
comportamentos do leitor, destacamos algumas atividades que precisam
colocamos em prática e, em alguns casos, não só ensinados, mas vivenciados:
-Comentar o que se leu;
- Compartilhar com outros os efeitos que os textos produzem;
- Confrontar interpretações e pontos de vista;
- Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos;
- Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto;
- Ler durante um período prolongado, interrompendo a leitura quando
necessário;
- Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida;
- Recordar os últimos acontecimentos narrados, podendo ler alguns parágrafos
anteriores, se achar conveniente;
- Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com o
desenrolar da narrativa;
- Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem.
3.3 Orientações
14
A nossa indicação é que o professor prepare com antecedência a leitura
do 1º capítulo, ensaiando em voz alta, planejando suas intervenções (o que
dirá ou perguntará antes de ler, durante a própria leitura e também ao final
dela), decidindo como arrumará o espaço da classe e organizará o
posicionamento dos alunos e, ainda, determinando o momento estratégico em
que a interromperá, procurando criar suspense, despertar ou manter a
curiosidade de seus alunos. Para estabelecer previsões, podemos questionar
os alunos sobre: o título, ilustrações, pois cada capítulo inicia com esses
aspectos.
Seguindo algumas estratégias de Solé, (2002 p.107), transcrevo a seguir
um fragmento do 1º capítulo: “[...] Miguel mostrou rapidamente a palma da mão
esquerda. Nela, alguém viu um K desenhado a tinta.” Por exemplo podemos
questionar os alunos sobre:
a) Qual a relação da letra K (desenhada na mão de Miguel) com o título do
1º capítulo?
b) Após ver a letra K desenhada na mão de Miguel, Calu diz estar com dor
de cabeça, Crânio abandona uma partida de xadrez e Magrí queixa-se
de uma torção. Por quê?
c) No final do 1º capítulo Chumbinho diz: “Eu quero ser um dos Karas, é
lógico?” Você acha que a turma vai aceitá-lo?
d) Às vezes, para alguém fazer parte de um grupo deverá passar por uma
cerimônia. Será que Chumbinho terá que passar por uma cerimônia para
iniciante? Qual?
e) O professor comunica que, em virtude da extensão do livro escolhido, a
leitura não poderá ser concluída em uma única sessão. Então,
estabelece que todos terão ler o 2º capítulo em casa para a próxima
aula. E deverão formular uma pergunta, sobre o 2º capítulo, a qual
deverá ser lida na próxima aula e respondida por um colega.
3.4 Avaliação
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (2009 p. 81), “É
imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura sejam um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao
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desempenho do aluno ao longo do ano letivo.” Portanto, a utilização do portfólio
como recurso de avaliação contempla as DCEs, pois se baseia na ideia da
natureza evolutiva do processo de aprendizagem. Sua função apresenta-se
como facilitadora da reconstrução e reelaboração, por parte de cada estudante,
de seu processo ao longo do ano. Oferecendo aos alunos e professores uma
oportunidade para refletir durante o seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em
que possibilita introduzir mudanças. (Hernández, 2000)
a) Preparando o portfólio
Apresentamos alguns modelos de portfólio aos alunos. Após a leitura
eles deveriam representar através de desenhos o primeiro capítulo. Por
exemplo: pedimos para que eles desenhem o que mais lhes chamou a atenção
nesse capítulo e assim sucessivamente. Ao termino da leitura do livro o aluno
apresentou todos os desenhos seguindo as orientações abaixo ou optou por
representá-lo de outra forma.
O portfólio final foi organizado assim:
a) Capa: Deve conter informações como instituição, título, nome completo
do aluno, cidade e ano;
b) Folha de rosto: Apresenta os elementos necessários à identificação do
trabalho e deve conter nome do professor, título e finalidade do portfólio;
c) Sumário: É a enumeração das divisões e capítulos, na ordem em que
encontram- se no trabalho e com indicação da página inicial
correspondente;
d) Introdução: É uma justificativa em que o aluno explica o que é o
trabalho, a importância e a finalidade da elaboração deste documento;
e) Desenvolvimento: Pode ser dividido em partes com as atividades de sala
e as de casa.
f) Dedicatória: Folha opcional, na qual o aluno dedica o seu portfólio;
g) Agradecimento: É opcional, nesta folha são registrados os
agradecimentos;
h) Auto-avaliação da classe: A opinião da turma sobre seu próprio
desenvolvimento e dos colegas, pode ajudar numa avaliação mais
criteriosa pelo professor e no aperfeiçoamento dos próximos trabalhos;
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i) Avaliação do professor: O professor deverá fazer a sua própria avaliação
estabelecendo os critérios antecipadamente com os alunos.
“Olá, sou a Professora Janete. Passo boa parte do meu tempo buscando meios
que desperte em meus alunos o gosto pela leitura. Resolvi criar esse caderno para você
fazer as suas anotações sobre o livro que você leu e assim poder repassar aos seus
amigos. Espero que gostem, comentem e participem deixando sua opinião. Abraços!”
17
valor e compramos usados em sebos de nossa cidade, e até pela internet nos
sebos do Rio de Janeiro e São Paulo.
Claro que sabíamos que não conseguiriamos o envolvimento de 100%
dos alunos, porém o propósito de fazê-los ler ou ter contato com os livros foi
cumprido, pelo menos na sala de aula. Ainda assim, ouve poucos alunos
resistentes a continuar a leitura em casa, mas essa intervenção ficará para o
próximo PDE.
Re: Fórum 1
por VILSON FERREIRA DA SILVA - segunda, 14 novembro 2011, 20:57
Olá profª Janete, penso que não, e digo que é pela falta de entendimento e momentos
para debates e busca de estratégias dos professores não só de português como de outras
disciplinas para que se tenha uma leitura efetiva e prazerosa na escola e é por isso que
me interessei por esse curso.
Re: Fórum 1
por JUSSARA LACERDA SILVA RESOLEN - quarta, 2 novembro 2011, 22:27
18
representando, e até deixando que eles imaginem o que vai acontecer no decorrer da
história e até como irá terminar.
Re: Fórum 1
por NAIR PECETTI - segunda, 31 outubro 2011, 23:14
Olá concordo com você em partes acredito que a escola não deve apenas priorizar os
clássicos, mas também motivar o aluno tendo em vista o seu contexto e os assuntos de
seu interesse.
Re: Fórum 1
por IRENE ESCARVALHAR DINIS - quarta, 26 outubro 2011, 13:04
Lendo a colocação de todas as colegas, o bom é que de uma maneira ou de outra, fica
claro que a leitura é matéria preponderante na formação do ser. Que a mesma tem que
acontecer, pois dela depende o desenvolvimento das demais disciplinas. O colégio que
trabalho conta com um alunado onde a maioria dos pais trabalha na informalidade. Já me
deparei com alunos que nunca tiveram nas mão uma revista em quadrinhos. Não
conhecem a turma da Mônica. Livros em suas casas não existem. Então, meu trabalho é
fazer com os mesmos entre no mundo dos livros. Levo, mostro, tenho uma coleção de
Gibis, Palavras Cruzadas, trabalho muito com poesias e utilizo muito outros livros da
biblioteca. Dá para se dizer que temos um percentual até bom de leitores.
Re: Fórum 1
por MARILSA DE SOUZA LIMA - quarta, 26 outubro 2011, 10:04
Olá Regina!
Acredito que a escola é apenas o início e que sem outros incentivos, a leitura fica em
segundo plano. Porém cabe a nós educadores, desenvolver nos alunos o senso crítico,
para que estes cobrem dos pais. E estes cobrem do poder público a democratização da
leitura e que as localidades que ainda não tenham acesso a bibliotecas, sejam inseridas
neste contexto.
Re: Fórum 1
por MARILSA DE SOUZA LIMA - quarta, 26 outubro 2011, 09:58
Olá!
Neste caso, acredito que trazendo para os alunos conteúdos da internet, e mostrando a
eles que também é possível praticar a leitura na rede. Isso os aproximaria dos livros em
papel, mas também dos livros digitais, que já podem ser encontrados no Brasil.
19
Re: Fórum 1
por REGINA MARIA FERNANDES STUANI - domingo, 23 outubro 2011, 17:32
A escola tem tentado, por meio de projetos variados, proporcionar estratégias de leitura. O
que vemos? Escolas que pertencem a bairros cujo nível cultural é mais alto conseguir
alguns bons resultados. Porém, em escolas que não encontram, por parte de pais e
comunidade geral, a valorização do saber, as iniciativas sempre são fadadas ao insucesso
ou a desenvolver um número ínfimo de leitores. A leitura, hoje, não é mais restrita a quem
pode comprar livros. A leitura, pelo menos no Paraná, tornou-se democrática e acessível,
no entanto, ela ainda continua sendo privilegiada por poucos, porque não bastam
campanhas e projetos de incentivo a leitura junto ao alunado, é preciso toda uma
consciência e um desenvolvimento cultural de uma comunidade. No meu entender a
escola não tem dado conta destas atividades, até mesmo porque, infelizmente ela não tem
poder para tal.
Gostei muito da Produção Didático-Pedagógica. É um material palpável, bom de por em prática. O ponto
alto do PDP de Janete é a variedade de atividades, todas elas envolvendo leitura, afinal, este é o foco. É
senso comum que para escrever bem é preciso escrever muito, assim como para ler. Na proposta de
Janete há sugestão de várias leituras com o cuidado especial de levar o aluno, além de ler muito, a fazer
uma leitura motivadora, apreciável e impulsionadora de mais leitura.
A proposta de leitura envolvendo o romance policial é muito significativa, diz muito ao universo infanto-
juvenil, pois o aluno torna-se um detetive e quer desvendar o mistério. A curiosidade nos move a querer
saber e assim para saber é preciso levar a cabo a leitura do livro. Depois, o aluno que se sentiu tão
motivado a ler aquela história, saberá que existe outra e mais outra com o mesmo teor de mistério e
investigabilidade. Eis que surge um leitor.
20
estratégias, as quais pela interação nos fóruns e diários foram fáceis de serem
aplicadas. Os cursistas relataram suas experiências. Fala de uma das
professoras cursistas, “O romance policial pode contribuir de maneira relevante
com a formação do leitor, pois o aluno leitor passa a fazer a investigação,
estabelecer relações, enfim exercita o raciocínio dedutivo, pois desvenda
pistas, passa por grandes sustos, intempéries da natureza, sai do
convencional, sem dizer, da perseguição ferrenha do antagonista. A leitura de
um romance policial apresenta todos esses elementos. E o melhor é que às
vezes, o desfecho quebra toda a expectativa imaginada por parte do leitor. Isso
faz com que o leitor quando arguido tente até mesmo interferir no que acabou
de ler. Está aí um caminho aberto para outras leituras.”
Meu grupo de GTR sugeriu como outra forma de motivação apresentar
aos alunos o jogo “Detetive” da Estrela. Sem dúvidas esse é o caminho.
4. GRÁFICOS E TABELAS
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a) Assistir a entrevista do escritor PEDRO BANDEIRA. (Para isso no site:
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-
escola.
b) Assistir ao filme “Scooby-Doo! O mistério começa”.
c) Leitura dramatizada em sala de aula.
a
b
c
a
b
c
a
b
c
d
22
4. Faça um relato sobre sua experiência de leitura:
23
5. CONCLUSÃO/Considerações finais
24
6. Documentos consultados
6.1 Referências
25
FURTADO, O.; BOCK,A.M.B; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma
introdução ao estudo de psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 1999
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor. Aspectos Cognitivos da Leitura. 4.ed.,
Campinas: Pontes, 1995.
KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda. M. Ler e compreender: os sentidos do
texto. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2006.
LAJOLO, Marisa. Leitura em crise na escola, Porto Alegre: Mercado Aberto,
1987.
. Literatura: Leitores & Leitura. São Paulo: Moderna, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares de Ensino de Língua Portuguesa, 2009.
ROCCO, Maria T.F. Viagens de Leitura - Brasília, Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação à Distância, (1996). (Cadernos da TV
Escola)
SILVA, Ezequiel T. O Ato de Ler: fundamentos psicológicos para uma nova
pedagogia da leitura. 9ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.
SMITH, Frank. Leitura Significativa. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. 1ª ed., São Paulo:
Perspectiva, 1975.
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho
pedagógico. 5 ª ed. Campinas,SP: Papirus, 2004
Site consultado
26