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Segundo Young, o termo currículo designa o que deve ser ensinado e o que
deve ser aprendido no ciclo de estudos escolares. Pode ser usado em um sentido
mais restrito, ao contrário, em um sentido mais amplo (VALLE, 2014, p. 33).
Embora sua teoria tenha sido fortemente criticada pela abstração, pelas
fraquezas ou obscuridades conceituais, pela falta de bases empíricas ou
pelo seu funcionalismo latente, ela se constitui, segundo Forquin (1984),
numa das contribuições teóricas mais profundas e mais originais da
sociologia britânica, pois mostra que um currículo escolar designa menos
um percurso efetivamente seguido que um percurso prescrito por uma
instituição de ensino, num dado momento histórico (VALLE, 2014, p. 35).
Num texto que apresenta uma grande densidade teórica, Young (2001, p.
29-34) insiste em oferecer uma nova abordagem sociológica ao currículo,
visando superar a especialização estreita que ainda predomina na estrutura
do ensino secundário inglês. Ele se propõe a construir uma espécie de via
alternativa à divisão entre conteúdos gerais e conteúdos profissionalizantes,
e desenha um modelo que abrange conceitos ao mesmo tempo formais e
heurísticos. Inspirando-se nos tipos-ideais de Weber, ele define três
modelos curriculares – distintos, mas ligados entre si –, que representam
certas tendências.17 Entre elas não há descontinuidades, nem polaridades
ou entidades descritas empiricamente (VALLE, 2014, p. 38).