O documento descreve o livro "O Pequeno Príncipe Preto", escrito por Rodrigo França. A obra traz uma versão literária do clássico "O Pequeno Príncipe" com um enfoque na cultura negra e no empoderamento das crianças negras. O livro usa elementos da ancestralidade africana para ensinar valores como igualdade e respeito.
O documento descreve o livro "O Pequeno Príncipe Preto", escrito por Rodrigo França. A obra traz uma versão literária do clássico "O Pequeno Príncipe" com um enfoque na cultura negra e no empoderamento das crianças negras. O livro usa elementos da ancestralidade africana para ensinar valores como igualdade e respeito.
O documento descreve o livro "O Pequeno Príncipe Preto", escrito por Rodrigo França. A obra traz uma versão literária do clássico "O Pequeno Príncipe" com um enfoque na cultura negra e no empoderamento das crianças negras. O livro usa elementos da ancestralidade africana para ensinar valores como igualdade e respeito.
Rodrigo França, 44 anos, carioca, autor de O Pequeno Príncipe Preto,
dramaturgo e diretor do espetáculo infanto-juvenil baseado no livro O Pequeno
Príncipe Preto. Além de escritor, é ator, produtor, artista plástico, cientista social, professor, ativista em direitos humanos e filósofo. Em 1992, inicia sua carreira no teatro, com interpretações de personagens fundamentais para o combate ao preconceito e discriminação racial. Participou de mais de 50 espetáculos, com destaques para a montagem teatral “Malcom X e Martin Luther King” e o documentário “Contos Negreiros do Brasil”. Coautor e diretor de “O inimigo oculto”, esteve também a frente da produção musical “O grande circo dos sanhos”, Rodrigo é o idealizador do movimento “Segunda Black”, que articula trabalhos artísticos de teatro negro do Rio de Janeiro e ex participante do reality show Big Brother Brasil (BBB).
Inspirado no o clássico O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, a
obra O pequeno príncipe preto, ganha sua versão literária em 2020, após dois anos em cartaz nos palcos de teatro e ter sido assistido por 60 mil pessoas. O protagonismo, o empoderamento, a exaltação da beleza negra, o reforço das relações de etnia e raça e a valorização e reflexão de que negros descendem de reis e rainhas estão presentes na mensagem subliminar contida na obra.
A autovalorização, o amor e o respeito ao próximo, reforçam o objetivo de
contribuir com uma imagem positiva do negro no imaginário infanto-juvenil. A diversidade racial presente no Brasil, é reafirmada no desenrolar da narrativa. Os tons de peles se diferenciam, e ainda assim não nos tornam diferentes, reforçando os ideais de igualdade racial.
Os elementos da narrativa presentes na obra resgatam a ancestralidade
africana e a valorização de suas origens, como a árvore Baobá, sua companheira. Esta relação ilustra o respeito e a importância de valorizar aqueles que vieram antes. Existe uma coisa chamada ancestralidade. Antes dessa árvore, existiu outra árvore, antes existiu outra árvore, e mais outra, outra e outra... Antes de mim vieram os meus pais, os meus avós, os meus bisavós, os meus tataravós, os meus ta-ta-taravós... Todos eram reis, rainhas. (FRANÇA, 2020, p. 9) A literatura negra apresenta o papel social da literatura infantojuvenil, através dos letramentos ofertados para as crianças, em especial, as crianças negras, possibilitando interagir com sua cultura ancestral .
“Discutimos muito sobre representatividade, mas acredito que está na
hora de ultrapassar essa representatividade e irmos para o protagonismo. O pequeno príncipe preto veio para trazer exemplificações positivas a partir desse protagonismo negro. Muito me preocupa estarmos em 2020 e não termos uma gama de livros publicados, no Brasil, com o rosto desse menino negro ou de uma menina negra”. (Rodrigo França, autor Livro O Pequeno Príncipe Preto). De forma lúdica, a narrativa exalta a importância das emoções e laços emocionais desde muito cedo, e valorização do coletivo. A morte da árvore Baobá e o renascimento de uma nova muda, reforçam os ciclos da vida.
O conto mistura os estilos culturais, os ciclos, marca os ritos de passagem e
engloba sistemas socioculturais. Através do príncipe aventureiro é perceptível a existência de uma situação de equilíbrio, que se transforma em desequilíbrio, retornando ao ponto de equilíbrio inicial, porém de maneira modificada. A Baobá cria existência própria na trajetória do Pequeno Príncipe, reforçando assim os valores éticos e a ótica infantil animista. A educação por meio de incentivo à leitura, é capaz de promover e incentivar a construção de uma sociedade mais justa e igual, corroborando com formação de cidadãos agentes de multiplicação de uma sociedade menos preconceituosa e igualitária. Referências Bibliográficas: FRANÇA, Rodrigo. O Pequeno Príncipe Preto. 1ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020a. Como se faz um roteiro de leitura? Disponível em: https://treinamento24.com/library/lecture/read/495590-como-se- faz-um-roteiro-de-leitura RODRIGUES, Walter Hugo; PEREIRA, Ariovaldo. O pequeno príncipe preto (re)descobrindo a ancestralidade e o afeto na perspectiva da educação antirracista. Disponível em: artigo publicado na Revista de Letras e Humanidades Muiraquitã; Jul-Dez; n.2, 2021. Rodrigo França Disponível em: Literafro – o portal da literatura afro-brasileira. http://www.letras.ufmg.br/literafro/teatro/1401-rodrigo-franca 'O pequeno príncipe preto' traz menino negro ao protagonismo da narrativa. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e- arte/2020/03/14/interna_diversao_arte,834151/livro-o-pequeno-principe-preto- de-rodrigo-franca.shtml CARRANZA, Marcela. O rinoceronte na sala de aula. Disponível em: http://site.veracruz.edu.br/doc/artigos/rinoceronte_sala_de_aula_marcela_carra nza.pdf ÁVILA, Lívia Tais. O Pequeno Príncipe Preto: Contribuição da Literatura Infantil para a Educação Antirracista. Santana do Livramento. 2020a. Disponível em: https://dspace.unipampa.edu.br/bitstream/riu/5870/1/LIVIA_VERSAO_FINAL_c onvertido.pdf