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Conteúdos programáticos
• Comunicação online
o Novos hábitos de comunicar
o Novos Meios Digitais vs Meios Tradicionais
o Cross-Media (Integrar diferentes meios)
• Novos hábitos online dos consumidores
o Processo de compra
o Consumidor atualizado e informado
o Consumidor participativo na comunicação (online) da empresa
• Instrumentos de comunicação online
o Site
o Banners
o Pop-ups
o CRM
o Emails
o MSM – Chat de conversação
o Fóruns
o Comércio eletrónico
• Novas ferramentas da comunicação
o SMS
o MSM
o Marketing viral / Marketing one to one
• Novos canais de comunicação / os media sociais
o O Novo paradigma da comunicação
• Importância das redes sociais na comunicação
o Redes sociais horizontais e verticais
Objetivos do Manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de
curta duração, 9216- Meios de comunicação digital, de acordo com o Catálogo
Nacional de Qualificações. Este manual deverá ser encarado como um guia, em termos
de organização sequencial e lógica dos assuntos, um apoio, como forma de
complementar a informação veiculada na sessão de formação. Este manual tem como
principais objetivos:
• Identificar os novos meios de comunicação digital;
• Gerir uma campanha de comunicação integrada (online e offline).
Destinatários
Ativos empregados/as: Habilitações escolares mínimas - 9º ano
Ativos desempregados/as: Habilitações escolares mínimas - 12º ano
Desempregados de longa duração: Habilitações escolares mínimas - 12º ano
Carga horária
25 horas
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Capítulo 1: Comunicação online
As últimas décadas têm sido marcadas por uma forte mudança na forma como nos
relacionamos e comunicamos. Existem diferenças óbvias entre a comunicação face-a-
face e a comunicação mediada pela tecnologia e, é possível verificar que esta tem
evoluído, rapidamente, e ganho uma incrível, importância na vida das pessoas. Vivemos
uma Era de comunicação global, que redesenha e transforma a condição humana e as
suas necessidades básicas. É nesta ainda desconhecida. Era, que o Homem consegue
estar presente, ainda que ausente; estar perto, ainda que longe e informado, ainda que
num dilúvio de informação, que se transforma a cada segundo. Silverstone (2002)
refere: "precisamos compreender a tecnologia da informação e comunicação, para
aprender as sutilezas, o poder e as consequências da mudança tecnológica. Pois as
tecnologias são coisas sociais, impregnadas pelo simbólico e vulneráveis aos paradoxos
e contradições eternas da vida social, tanto na sua criação como no seu uso." Não
podemos esquecer que "o ser humano receia e, ao longo da história, o desconhecido
aponta as nossas hesitações relativamente a estes novos espaços." (Wellman, 1997 apud
Recuero, 2005). Desta forma, a questão da comunicação face-a-face e a comunicação
mediada por computador (CMC) é um tema que gera pontos de vista distintos,
nomeadamente, no que respeita a um possível isolamento social, na era digital. A
comunicação face-a-face ainda é percebida, por muitos, como a forma de comunicação
mais fiável e pessoal e, a comunicação online, como uma forma impessoal e geradora de
relações mais superficiais. Esta virtualização e desmaterialização da comunicação teve,
também, impactos nas relações sociais. A cibercultura reflete a influência das novas
tecnologias na sociedade e na cultura, que se projeta no ciberespaço, em constante
mutação (Lévy, 2000). Quando comparada com a comunicação face-a-face, podemos
apontar que a comunicação online dispensa a burocracia de um encontro presencial,
mas, ao mesmo tempo, agrega novos desafios para se concretizar, que se referem à
literacia digital. As redes interativas de computadores crescem e desenvolvem-se. Em
consequência, novas formas e novos canais de comunicação, regulando a vida e sendo,
também, regulados por ela (Castells, 1999). Se, como afirma Amaral (2008), pensarmos
no fenómeno das redes sociais como uma reconfiguração, em larga escala, do espaço
social, entendemos a desmaterialização do espaço-tempo, que caracteriza o ciberespaço.
Em relação à comunicação online, Baudrillard afirmava que a vivência humana se
projeta em telas, que esbatem os constrangimentos do tempo e do espaço, nas quais o
real já não existe (Baudrillard, 1981). Pode dizer-se, então, que fazemos parte de uma
geração digital, que vive acontecimentos passageiros e em contínua adaptação (Koehle
& Carvalho, 2013). Nessa ordem de ideias, encontramos perspetivas pessimistas sobre
a velocidade das experiências causada pela comunicação online. Virilio (1993) afirma:
"a súbita reversão dos limites introduz, desta vez no espaço comum, o que até o
momento era da ordem da microscopia. O pleno não existe mais. No seu lugar uma
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extensão sem limites desvenda-se, numa falsa perspetiva, que a emissão dos aparelhos
ilumina."
Enquanto que no passado o canal era entendido como o meio de compra e venda,
sendo reduzido a uma transação de bens, atualmente é visto como o meio através do
qual se criam as relações com os clientes, independentemente da existência ou não
de uma compra.
A internet pode ser vista como um meio de comunicação com custos praticamente
nulos, sendo, por isso, necessária a priorização das mensagens mais relevantes,
como notícias ou outras formas de comunicação, dada a concorrência e o grande
volume de tráfego.
A internet pode ser uma ferramenta extremamente útil para criar marcas fortes e
vantagens competitivas, se as empresas optarem pelos media como um canal para
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levar informação aos consumidores, para criar maior ligação com os parceiros de
negócio e mesmo para originar vendas.
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1.2. Novos Meios Digitais vs Meios Tradicionais
Na realidade, a loja física continua a ser o canal preferencial dos clientes, não
apenas pelo efeito de gratificação instantânea uma vez que o cliente adquire no
imediato o bem ou serviço, mas pelo designado touch-and-feel que exprime a
necessidade e o desejo dos clientes em poderem experimentar, tocar e sentir antes da
compra final.
Através das lojas físicas as empresas têm uma maior oportunidade de otimizar o
serviço ao cliente comparativamente aos restantes canais.
O canal online pode ser definido como um meio de interação virtual entre o cliente e
a empresa com recurso a avançadas tecnologias de informação, não existindo
contacto físico entre os envolvidos no processo de compra.
Este crescimento é apontado como um dos principais motivos que levou a que as
empresas iniciassem uma abordagem estratégia mais direcionada para o online,
aumentando a separação entre os dois canais – online e offline.
Como principal vantagem, o canal online apresenta uma diminuição dos custos de
pesquisa, sendo fornecidas informações completas sobre os produtos,
recomendações e comentários e comparações de preços, isto aliado a um processo
de pagamento rápido e fácil.
A influência das novas tecnologias nas esferas pública e privada da sociedade, mais
do que uma reformulação, originou um novo campo social e interfere diretamente na
forma como percecionamos o mundo, nos relacionamos com este e com os outros.
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Para apostar no digital é essencial estar consciente das tendências, ameaças e
oportunidades e cumprir princípios básicos para conduzir ao sucesso das iniciativas,
para tal é fulcral:
• Pensar consumidor, nas suas expectativas e necessidades e identificar
oportunidades;
• Rever modelos de negócio, em face ao digital, sem dogmas;
• Ter uma estratégia integrada, não ter mundos separados;
• Aprender, testar, medir, afinar;
• Definir objectivos e métricas, de modo a poder medir o retorno.
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• 1.3. Cross-Media (Integrar diferentes meios)
Na era digital, a comunicação de uma marca define-se pela integração (ou blending)
das várias plataformas existentes e o conceito de promoção deve revitalizar-se para
permitir a utilização de outras formas eficazes de divulgação de um produto ou
serviço.
A integração dos meios na campanha deverá resultar de uma análise cruzada entre
as características dos meios e os objetivos da campanha e ainda, o orçamento
disponível, o público-alvo e os meios disponíveis.
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Nesse seguimento, no que concerne aos canais envolvidos na gestão omnicanal,
devem ser considerados todos os canais disponibilizados pela empresa, bem como
os pontos de contacto com o cliente.
Uma visão completa sobre os consumidores e sobre o seu percurso sobre os diversos
pontos de contacto, permite aos profissionais de comunicação entender que canais
os consumidores utilizam em cada passo da jornada de compra.
Note-se que nestes pontos de contacto pode também ser incluídas as interações entre
os próprios consumidores, através de redes sociais online por exemplo
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2. Aproveitamento das informações entre canais e da pesquisa de marketing de
um canal para melhoria das decisões nos restantes canais
• O facto de todos os canais estarem integrados entre si é sem dúvida alguma um
dos maiores benefícios da implementação desta estratégia, poupando tempo em
duplicação de dados e usufruindo livremente do melhor dos dois mundos -
virtual e físico.
4. Digitalização
• Este método de dispor o produto/serviço veio permitir benefícios para ambas as
partes, pois se por um lado permitiu às empresas redução de custos na
distribuição e processamento dos mesmos, não sendo necessário tanta
disponibilidade por parte dos funcionários, poupando assim tempo para outras
atividades que possam através de interações com os clientes criar valor
acrescentado para a organização.
• Por outro lado, esta disponibilização através dos canais online veio aumentar o
nível de conveniência e satisfação para os consumidores.
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2. Novos hábitos online dos consumidores
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Os valores em Portugal situaram-se nos 39%, em 2019, e as previsões Pós COVID-
19 previram um aumento em 2020 para 46%, acelerando a convergência com a
União Europeia em 2025, onde se estima que 69% a dos portugueses irá comprar
online.
Em 2020, estima-se que mais de sete em cada dez utilizadores de Internet (72%) na
União Europeia fizeram compras online, revelam os dados do Eurostat.
Comparando com o ano anterior, há, portanto, mais compradores online entre os
utilizadores de Internet. Neste caso, sobressaem os grupos com idades entre os 16 e
24 anos e entre os 25 e 54 anos.
Em cada um destes grupos, 78% dos utilizadores de Internet fez compras online.
Olhando para os dados de Portugal, é possível verificar que 45% dos utilizadores de
Internet fez compras online nos últimos 12 meses.
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O mesmo inquérito revela que quem mais compra reside na Área Metropolitana de
Lisboa.
Olhando com mais detalhe para a hierarquia de produtos comprados entre os vários
tipos de bens, o instituto refere que “o tipo de produto mais solicitado foi roupa,
calçado e acessórios de moda (60,4%), seguindo-se as refeições em takeaway ou
entrega ao domicílio (38,2%), o equipamento informático (37,3%) e os produtos
digitais relacionados com filmes, séries ou programas de desporto (34,3%).”.
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Em janeiro registou-se um incremento de 37% das compras online, em comparação
com o mesmo período do ano passado, em resultado das recentes medidas”.
À mesma conclusão chega o estudo dos CTT, acrescentando que quando se olha
para as compras a outros países o destaque vai para a China, que continua desse
modo “a ser a principal origem das compras online dos portugueses, seguida a
grande distância de Espanha e do Reino Unido”.
Quanto às estimativas para 2020, o valor deve ter ascendido aos 8 mil milhões de
euros, refere a ACEPI.
Por outro lado, o E-Commerce Report 2020 refere que o e-commerce B2C cresceu
20% em 2019 em Portugal para um valor total de 5,9 mil milhões de euros. Este
representa um aumento de três pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Já a estimativa dos retalhistas quanto aos valores totais de 2020 aponta para
aumentos na ordem dos 40% a 60%, “fruto do atual contexto de pandemia e de
grande alteração dos hábitos dos consumidores”.
Também a adesão das empresas nacionais aos meios digitais tem sido tímida.
Contudo, em 2020, a pandemia de Covid-19 tornou o online numa necessidade para
a sobrevivência de vários negócios. E isso está certamente refletido nas estatísticas
de e-commerce em Portugal.
Os dados da Eurostat referentes a 2019 indicam que apenas 17,5% das pequenas e
médias empresas europeias venderam produtos online, um aumento muito ligeiro de
1,4 pontos percentuais comparativamente a 2016.
Por outro lado, 39% das grandes empresas recorreu às vendas online em 2019. Na
liderança, estão países como a Irlanda, Finlândia, Bélgica e Países Baixos.
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Olhando com detalhe para os dados de Portugal, a ACEPI refere que a taxa de
empresas de grandes dimensões com vendas online ronda os 52%. Já quando se olha
para o total das empresas, esta taxa recua para 27%.
O consumidor online sabe o que quer, como quer, quando quer e é extremamente
exigente. Ele tem acesso a toda a informação necessária para poder exigir o máximo
dos produtos que consome.
O social e-commerce pode ser implementado pelas empresas por meio de diversos
modelos, nos quais se usa a força social para divulgar marcas, produtos ou serviços.
Cabe ressaltar que sempre existiu- tanto no comercio tradicional, como no comercio
on-line- a possibilidade do consumidor dar referências sobre determinado produto
ou serviço adquirido, o que confere credibilidade ao produto ou serviço.
Muitas pesquisas identificaram que os consumidores confiam mais nos seus amigos
e conhecidos do que nos anúncios tradicionais.
É importante salientar que, nas redes sociais quem comanda são os utilizadores e
não as empresas e as marcas.
As pessoas não acedem às redes sociais para comprar algo ou para indicar
determinada loja, mas irão falar bem de um produto ou serviço específico que
identificaram que "tenha a cara" de alguém ou delas mesmas.
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Assim, as empresas devem ter bem claro que o que prevalece é o relacionamento
entre as pessoas e que a tecnologia usada de nada adiantará se isso não for
compreendido acima de tudo.
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Diferenças entre compra tradicional x compra por social e-commerce
Receção
• Cumprimentar os novos membros, acolhendo-os no grupo e auxiliar a sua
aprendizagem sobre a marca e a socialização na comunidade.
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Criação de empatia
• Disponibilizar suporte emocional e/ou físico aos membros, inclusive apoio em
situações críticas relacionadas com a marca (por exemplo, falha de produto,
personalização) e/ou questões de vida não relacionadas com a marca (por
exemplo, doença, morte, perda de emprego).
Administração
• Articular as expectativas de comportamento dentro da comunidade de marca.
Delimitação
• Reconhecer as variações entre os membros da comunidade de marca e
estabelecer distinção e semelhança Intra grupo.
Estabelecimento de marcos
• Observar eventos exemplares de propriedade da marca e de consumo.
Caracterização
• Traduzir marcos em símbolos e artefactos.
• Detalhar a jornada de relacionamento com a marca de uma forma narrativa.
Plataformas como sites de redes sociais, social media e self media permitem que
não-especialistas publiquem conteúdo para uma audiência que pode ser
potencialmente global, na medida em que as fronteiras territoriais se esbatem.
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No atual ecossistema da comunicação há novos intervenientes que utilizam a
tecnologia social: os utilizadores anónimos que partilham informações, produzem
estórias numa lógica de crowdsourcing, fazem agregação inteligente de conteúdos,
promovem mensagem sociais e (essencialmente) conectam-se com outras pessoas
através de ferramentas de conversação.
Os media digitais estão cada vez mais integrados na vida quotidiana e a produção
digitalmente mediada está a transformar os ambientes sociais, pois potencia novos
mecanismos de participação socialmente interventivos.
O consumidor hoje exerce tal influência na comunicação das marcas que hoje
reclama do serviço, elogia e indica quando gosta, escreve comentários nas redes
sociais, grava um vídeo sobre o produto, etc.
Este «valor de falatório» é essencial para o sucesso das marcas tendo em conta que
a lógica da comunicação de massa está a mudar. Criar este «valor de falatório»,
significa hoje em dia construir relacionamento.
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1) um conteúdo com imensa relevância pode ser criado por um consumidor, a um
preço muito inferior ao que seria produzido pela marca;
(2) A força deste este género de conteúdo e publicidade, por ser menos
convencional, consegue destacar-se, num meio inundado de publicidade atualmente;
(3) aumentam a perceção da marca, mais rapidamente que através de publicidade
tradicional;
(4) a partir deste meio e de conteúdo de alta qualidade, consumidores conseguem
projetar um carácter muito apelativo e fiável juntos dos seus ‘iguais’, podendo
exceder o efeito sucesso dos meios de comunicação tradicionais, a partir desta
abordagem credível, real e confiável.
Como tal, as marcas irão gradualmente perdendo a conceção, que são as únicas a
produzir conteúdo assim como a controlá-lo.
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3.1. Site
Um site consiste numa página web ou sítio, uma localização central de várias
páginas web, que se encontram todas relacionadas, e cujo acesso à página inicial ou
homepage é feito através de um browser/navegador.
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Finalidades:
• Apresentação da Empresa;
• Divulgação de Produtos e Serviços;
• Disponibilização de Contactos e Localização;
• Divulgação de Clientes e Portfolio
Finalidades:
• Lançamento de Novos Produtos;
• Divulgação de Eventos;
• Catálogo de Produtos.
3.2.Banners
O banner é mostrado sempre que uma página que o contém é carregada pelo
navegador. Isso é definido tecnicamente como "impressão". Geralmente, ao clicar
sobre o banner, o utilizador é redireccionado para a página do anunciante.
3.2. Pop-ups
O Pop-up consiste numa janela com a imagem e mensagem publicitária que se abre
automaticamente sem ser necessária a intervenção do utilizador.
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Outros formatos de publicidade incluem uma caixa na barra lateral do layout, uma
chamada para ação ao fim do texto ou um campo de preenchimento no cabeçalho da
página.
No entanto, nesses casos, o usuário divide a atenção com diversos outros elementos
no écran: imagens, texto, anúncios, comentários, barras de pesquisa, links e muito
mais.
O pop-up tem a vantagem de não dividir espaço com outros componentes, dando a
oportunidade de captar toda a atenção do usuário para uma única atividade, sem
distrações.
É necessário ter cuidado com este instrumento, pois pode ser visto como invasivo se
surgir de forma constante.
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• Outra ideia interessante para utilização de pop-up é fazer ofertas de produtos e
serviços, muito frequente em lojas virtuais e outros formatos de comércio
eletrónico.
• A ideia é usar a criatividade para estimular uma ação de compra e provocar uma
sensação de exclusividade.
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3.4.CRM
A informação é recolhida através dos pontos de contacto com o cliente, nos quais se
incluem o telefone, fax, correio eletrónico, portal da empresa ou lojas de retalho.
Automação de marketing
• soluções de software que apoiam os marketers a fazer um targeting eficaz e uma
boa comunicação de marketing, incluindo segmentação de mercados, data base
marketing e gestão de campanhas de e-mail;
Serviço ao cliente
• sobretudo serviços de pós-venda via Internet e e-mail.
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Os módulos de Marketing dos sistemas CRM suportam as campanhas de marketing
direto fornecendo a capacidade à organização de recolher e analisar dados dos
clientes, disponibilizar informações sobre os produtos e serviços oferecidos pela
empresa, estabelecer prioridades para a estratégia de marketing e forma de contacto
com o cliente.
3.5. Emails
Tal como uma carta, este é um instrumento de comunicação direta e a sua aplicação
pode servir para:
• A receção de questões/sugestões - que poderão servir para incluir no website ou
então;
• O envio de publicidade e promoções (e-mail marketing) - a clientes e/ou
potenciais clientes, recorrendo à base de dados interna, compra de base de dados
a outrem ou contratação de serviços de empresas para o efeito;
• O envio de uma newsletter - mensagem de e-mail enviada para um conjunto de
utilizadores com o mesmo perfil de interesses, com o fim de divulgar
informações sobre a entidade emissora ou sobre assuntos que com esta se
relacionem;
• A gestão de mailing lists - as mailings lists são listas de e-mail temáticas para a
troca de informação, onde uma série de indivíduos, que tome conhecimento da
sua existência, poderá considerá-la útil quer pela qualidade de informação que
nela é veiculada, quer pelo interesse sobre a temática. Existem mailing lists para
quase qualquer tema que se possa imaginar. Este instrumento aplicado a uma
empresa, por exemplo, poderá ser utilizado para debater questões técnicas ou
temas inerentes a um determinado sector de atividade;
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• Personalizar - para personalizar a comunicação individual com os clientes, ou
com um grupo de clientes interessados em receber o mesmo tipo de informação.
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3.6. MSM – Chat de conversação
Vantagens do Messenger:
Adquirir clientes.
• O Messenger ajuda a empresa a simplificar a aquisição de clientes ao
proporcionar um meio das pessoas conversarem diretamente e tomarem medidas
onde passam o seu tempo.
Aumenta a divulgação.
• Criar uma experiência no Messenger pode ajudar a apresentar o negócio,
produto ou serviço a mais pessoas. Quer seja o lançamento de um novo produto
ou o aumento da divulgação, as conversas estabelecem uma ligação significativa
com o negócio.
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3.7. Fóruns
Há fóruns mais abrangentes e mais restritos, quanto aos assuntos que são abordados.
Há também os fóruns abertos ou fechados ou ainda restritos, quanto a participação.
Cada fórum tem suas próprias características, mas em linha geral há pontos que são
comuns a todos, nomeadamente:
• a política de uso, onde são estabelecidas as condições para participação do
fórum,
• as condições para a publicação de mensagens,
• como deve ser o comportamento dos participantes;
• como é feita a moderação das mensagens,
• entre outros aspetos que um administrador pode julgar pertinentes.
Um fórum tem um ou mais administradores, que é a pessoa que tem privilégios para
determinar como tudo acontece na plataforma.
O fórum pode ser dividido em seções, que reúnem assuntos de um mesmo tema e
dentro de cada seção, há os posts, threads ou topics – comumente chamados de
tópicos em português e que correspondem a cada conversa sobre um assunto
específico.
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Normalmente algum usuário pode abrir um novo thread e os demais usuários – e até
mesmo o administrador ou moderador – respondem, comentam, acrescentam
dúvidas ou perguntas.
Por fim, entre outros recursos de menor destaque, também é comum haver uma
ferramenta de pesquisa interna, que permite encontrar assuntos, por palavras-chaves
contidas nos títulos / perguntas de cada tópico.
Desta forma, o que distingue este tipo de comércio do estilo tradicional de comércio
é, principalmente, a forma como a informação é trocada e processada entre as partes
intervenientes.
Tendo em conta que cada vez mais os utilizadores procuram serviços e produtos na
internet, e procuram efetuar as suas compras online, o desenvolvimento de lojas na
internet é sem dúvida uma mais valia.
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É importante determinar quais os canais de venda que vão ser eficientes tendo em
conta o que já foi referido anteriormente. Devemos de nos posicionar onde o nosso
potencial cliente se situa.
Processos de venda
• Multicanal – Pode vender em vários canais ao mesmo tempo, online e offline,
como a Salsa, a Samsonite e a Bata. Permite aumentar as vendas e melhorar a
visibilidade da marca.
• Omnicanal – Nesta estrutura há integração dos meios de comunicação com os
meios de vendas.
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4.1. SMS
Já conta com meios poderosos e bastante conhecidos dos consumidores como são o:
SMS, MMS, Bluetooth e serviços de posicionamento.
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O ManyChat é uma das ferramentas mais populares que democratizou a criação de
bots do Messenger e conquistou um lugar de destaque na caixa de ferramentas de
todos os profissionais de Marketing.
Trata-se de uma ferramenta sem código que engloba um conjunto de recursos, a ser
usados para aumentar o público, envolve-lo com ofertas personalizadas, receber
pagamentos e feedbacks e oferecer suporte.
Para fazer bom uso do ManyChat, é necessário escrever bons conteúdos e criar
conversas envolventes para obter sucesso com os chatbots.
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Marketing viral
Hoje em dia, o marketing viral tem imenso potencial e cada vez é mais utilizado, por
isso é uma técnica de futuro que não pode ser descurada.
A promoção da empresa online pode ser espalhada como um vírus, podendo assim
chegar a uma audiência quase infinita de utilizadores, que podem facilmente passar
a ser utilizadores do site.
O word of mouth tem sido sempre um fenómeno comum, considerado racional, pois
o mais natural é que o ser humano procure recomendações antes de efetuar uma
compra de um produto ou serviço, uma vez que as pessoas querem validar a
informação sobre um produto ou serviço que nunca experimentaram antes.
Ao escolherem estes utilizadores, que têm uma grande influência perante os seus
seguidores, os marketers criam uma campanha word of mouth, pois esta estratégia
permite que os Opinion Leaders se sintam lisonjeados por fazerem parte de um
grupo ao qual poucos têm acesso, e estão dispostos a, “voluntariamente”,
espalharem as novidades e opiniões, maioritariamente positivas, sobre o produto ou
serviço, aos seus amigos ou colegas.
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4) a eficiência das mensagens virais é diferente por sexo, sendo as campanhas
repugnantes tendencialmente enviadas pelos homens e as campanhas de terror pelas
mulheres;
5) a capacidade da mensagem captar a imaginação do recetor e uma mensagem
claramente segmentada são chave para garantir um comportamento de reenvio.
Marketing one-to-one
O marketing One to One (O2O) consiste em contactos diretos que ocorrem
individualmente entre a empresa e um cliente (ou grupo de clientes com
necessidades idênticas).
O marketing O2O, deve ser utilizado para conseguir uma relação personalizada com
os clientes, de forma a conhecê-los o suficiente para poder oferecer a cada categoria
os bens e serviços mais adequados.
Identificação
A fase de identificação serve para descobrir as necessidades do cliente de maneira
individualizada.
O inbound marketing também é uma ferramenta útil nessa etapa. Com o uso de
conteúdos apelativos, é possível, será possível captar dados relevantes do comprador
e ainda identificar assuntos de interesse, dores e necessidades de consumo.
No entanto, tão importante quanto coletar os dados é saber interpretá-los. Por isso, é
essencial utilizar recursos de análise.
Diferenciação
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O próximo passo é segmentar o público-alvo, agrupando consumidores com
interesses comuns e características semelhantes, a fim de otimizar as ações.
Aproximação
É na etapa de aproximação que ocorre a interação com os clientes, com vista a obter
ainda mais informações para alimentar a base de dados.
Depois dessa interação, há que implementar ações ainda mais individualizadas para
fortalecer o relacionamento já criado e, finalmente, fidelizar.
Personalização
A interação tem o objetivo de estreitar relacionamentos e recolher dados ainda mais
precisos para dar suporte à customização de produtos, serviços e atendimento.
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5. Novos canais de comunicação / os media sociais
As redes sociais deixaram de ser algo meramente pessoal e auto expressivo para
passar a ser um meio de as empresas divulgaram e promoverem o seu negócio.
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Neste âmbito, podemos classificar as redes sociais como:
1) plataformas que permitem a interação da Web com os usuários e faz com que
estes se sintam envolvidos, fazendo partilhas, comentado, no fundo criando
conteúdos com outros usuários.
2) possuem uma grande variedade de conteúdos incluído texto, vídeos, fotografias,
powerpoint, pdf e áudio.
3) Envolvem diferentes tipos de engajamentos, desde criação de conteúdo próprio,
comentários, partilhas ou apenas visualização de outras páginas.
4) Existe uma maior velocidade e amplitude da disseminação de informações.
5) A comunicação é fornecida one-to-one, one-to-many and many-to-many
communications.
6) Permite que a comunicação ocorra em tempo real.
7) A ligação a redes sociais passou a ser possível ser feita, não só através de
computadores fixos, mas também através de tablets e dispositivos móveis.
Os utilizadores das redes sociais podem gerar conteúdo, conversar entre si,
colaborar, partilhar, editar e criar informação. Enquanto consumidores, podem
igualmente servir-se das redes sociais para tomar decisões, sendo que as
recomendações dos seus amigos assumem um peso crescente no processo de
decisão.
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As redes sociais permitiram criar na sociedade novas formas de sociabilidade,
através da procura e partilha de informações, facilitando a comunicação entre
pessoas com interesses comuns.
Assim, torna-se difícil gerir esta nova realidade, pois há pouco controlo das
informações que circulam sobre as empresas, por isso, a comunicação
organizacional precisa rever as suas práticas e criar novos diálogos com os
consumidores.
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6. Importância das redes sociais na comunicação
Redes Horizontais
As redes sociais horizontais são aquelas que são centradas apenas em conectar
pessoas, ou seja, consiste em estar presente numa rede onde tem amigos e exibir
para outros essas mesmas redes de amigos, é o chamado efeito bola de neve.
Estas redes são um pouco de tudo em uma só rede, cada utilizador partilha para
todos e todos partilham com todos no mesmo local.
Dividem gostos e opiniões sobre diversos assuntos e o objectivo destas redes tem
como atingir alargar ao máximo por todo o mundo.
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Por serem genéricas, as redes sociais horizontais tendem a ter um número elevado
de participantes já que a lucratividade do modelo se dá em função do número de
Page Views e seus anunciantes tendem a cobrir um espectro maior de produtos e
serviços.
A estratégia do marketing digital, neste caso, é mais abrangente e tem como objetivo
a expansão e a popularidade dos negócios.
Para fins de aplicação no marketing nas mídias sociais, as redes sociais horizontais
são mais indicadas quando temos um público muito abrangente e pouco
segmentado.
Os anunciantes típicos dessas redes geralmente são empresas que atuam em diversos
setores e públicos diferentes, como os grandes magazines e que também anunciam
em outras mídias pagas amplas, como o Google Ads.
Exemplo: Facebook
Com mais de 2,6 mil milhões de utilizadores, o Facebook é a maior rede social do
mundo.
Caracteriza-se por ser uma ferramenta importante para as empresas, dado que
possibilita diversas vantagens, entre elas, melhorar as vendas online, aumentar as
vendas na loja, promover a aplicação móvel e divulgar a marca.
Desta forma, hoje em dia, o Facebook afirma-se como um suporte privilegiado para
uma grande parte das empresas, dado ser um canal que permite servir os clientes,
anunciar produtos, aumentar o número de clientes em base de dados e criar um
crescimento sustentável para as empresas.
Exemplo: Instagram
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O Instagram é a rede social do momento. Criado em 2010, o Instagram tem hoje
mais de 1000 milhões de utilizadores ativos mensalmente, a nível mundial, e é uma
das principais redes sociais do mundo, a par do Facebook e do YouTube.
Redes Verticais
As redes sociais verticais são aquelas que estão centradas num nicho de mercado,
sendo que os utilizadores se ligam com a finalidade de debater um determinado
assunto ou tema de interesse comum.
Partilham ideias, interesses, gostos, opiniões pelo tema em comum pelo qual têm
uma certa “paixão”.
Diz-se rede vertical porque todos os utilizadores estão interessados no tema central
na comunidade em questão, ao contrário das redes generalistas ou horizontais que
apenas visam o registo de utilizadores em massa.
O LinkedIn é um exemplo claro de media social usada para marketing vertical, pois
reúne pessoas com interesse em desenvolvimento de carreira e mercado profissional.
Como possuem um público mais restrito, essas redes tendem a ter um número
menor de participantes que o que verificamos nas Redes Horizontais, pois a
afinidade com o foco da rede funciona como fator de exclusão natural.
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Um exemplo disso é o caso dos marketplaces segmentados, portais que funcionam
como uma espécie de “shopping on-line” onde diversas empresas podem anunciar
seus produtos.
Os anunciantes típicos dessas redes são empresas ligadas a linha de assunto foco da
rede que contratam os espaços diretamente com a rede como no caso dos LinkedIn
Ads.
Exemplo: Linkedin
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Bibliografia
Acacio, F. Mídias digitais: como vender produtos e serviços através da internet, Ed.
Senac São Paulo, 2020
Ramos, T., Gestão de Comunicação integrada e marketing digital, Ed. SENAC São
Paulo, 2019
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