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Construção sustentável

Diretiva de Desempenho Energético de Edifícios e a Diretiva de Eficiência


Energética promovem:

 Atingir um volume de construção com eficiência energética elevada e descarbonização


até 2050;
 Criar um ambiente estável para decisões de investimento;
 Permitir que consumidores e empresas façam escolhas mais informadas para
economizar energia e dinheiro;
Recomendações para a revisão da Diretiva de Eficiência Energética (DEE):

 Padrões mínimos de desempenho energético;


 Neutralizar o carbono até 2050;
 Novos certificados de desempenho energético;
 Roteiro para tecnologias digitais em edifícios;
 Promover os Gêmeos Digitais e o BIM;
 Aumentar metas – medidas – apoio: Meta obrigatória de redução de CO2; desenvolver
metodologias e indicadores para medir o potencial digital; Apoiar a implantação de
tecnologias críticas;

Certificação Energética

ADENE – Agência para a energia


Objetivo/missão:

 Promover e realizar actividades de interesse público na área da energia e suas


interfaces com outras políticas sectoriais;
Certificação Energética dos Edifícios (SCE):

 Necessários para a licença construção, venda, compra ou arrendamento de edifícios


existentes;
Esquema obrigatório desde 2009

 Avaliação do desempenho energético e requisitos mínimos;


 Fornecer informações aos utilizadores sobre possíveis medidas de melhoria;
 Promoção e informação aos utilizadores pela informação do tipo de energia;
O SCE é um certificado com dois objetivos:
Informação simplificada:

 Indicadores de qualidade;
 Medidas de melhoria;
 Recomendações;
 Definições;

Informação detalhada:

 Resumo dos indicadores de energia;


 Verificação de conformidade;
 Co-beneficios das medidas de melhoria;
 Previsão do consumo energia;
Edifícios mais eficientes, exemplos de aplicação:

 Integração de sistemas fotovoltaicos nas fachadas com aproveitamento térmico;


 Arrefecimento passivo pelo solo através de tubos enterrados que permitem a entrada
de ar fresco preveniente do solo;
 Boa orientação solar das fachadas;
 Boa proporção de envidraçados, tendo em conta a orientação solar;
 Sombreamentos exteriores bem conseguidos;
 Utilização de painel solar;
 Estores exteriores metálicos orientáveis e reguláveis;
 Capacidade basculante das janelas (permite conforto térmico, boa qualidade do ar);

Passive Houses

Passive House é um edifício, para o qual o conforto térmico pode ser conseguido apenas
por pós-aquecimento ou pós-arrefecimento de massa de ar fresco que é necessária para
atingir as suficientes condições do ar interior sem necessidade de recirculação adicional de
ar;
Conceito:

 Saúde e conforto – ambiente interior com boa qualidade de ar, conforto térmico;
 Edifício saudável – evita patologias e optimiza o desempenho do edifício.
 Eficiência energética – poupanças energéticas até 75% em comparação com os
edifícios convencionais – NZEB – Nearly Zero Energy Building;
 Acessível – pode ser construída ao mesmo preço que um edifício convencional;
 Sustentável – redução das emissões de CO2, devido à eficiência energética;
Princípios:

 Adequados níveis de isolamento da envolvente do edifício;


 Janelas e portas. Passive House;
 Sistema de ventilação com recuperação de calor;
 Estanquidade ao ar da envolvente do edifício;
 Evitar pontes térmicas na envolvente do edifício;
Certificação:

 Uso do passive House Planning Package – software de cálculo;


 Princípios de design de acordo com os estabelecidos pelo PHPP;
 As condutividades de todos os materiais, produtos, componentes, satisfaçam as
nomas EN;
 A temperatura da superfície interior das janelas não seja inferior a 16ºC, no dia mais
frio do ano;
 Registo fotográfico completo que ateste todas as fases da construção;
 Conjunto compreensivo de desenhos e documentos da construção;
Benefícios:

 Minimizar o consumo de energia;


 Evita defeitos da construção;
 Excelentes padrões de conforto térmico;
 Alta qualidade do ar interior;
 Custos do ciclo de vida optimizados;
Medidas para edifícios Passive House:

 Orientação – janelas orientadas a sul ou a norte, sombreamento por palas no verão e


ganhos solares durante o inverno;
 Janelas e Sombreamento – janelas para fornecer a luz natural, visualizar o exterior,
deixar entrar ar fresco e ganhos solares durante o inverno e durante o verão evitar que
o edifício aqueça;
 Fechar cortinas ou persianas pode ajudar – usar elementos exteriores de
sombreamento; as árvores ajudam a proteger do sol; fazer uso do ângulo de inclinação
solar;
 Isolamento e estanquicidade ao ar – bom isolamento e altos níveis de estanquicidade
ao ar;
 Ventilação – edifícios equipados com sistemas de ventilação mecânica para manter
um fornecimento constante de ar fresco a circular pelo edifício;
 Minimizar ganhos internos de calor – fontes internas de calor, por exemplo, cozinha,
aparelhos elétricos e aquecimento de água;

Sistemas Solares Passivos

3 tipos:

 Ganho direto;
 Ganho indireto;
 Ganho isolado;
Ganho direto:

 Paredes ou janelas orientadas a Sul;


 Sombreadores para o verão;
 Massa térmica interior;
 Correta orientação das janelas;
Ganho indireto:

 Paredes de armazenamento térmico;


 Cobertura com armazenamento térmico;
 Estufa adossada e estufa integrada;
 Convecção natural (termossifão);
Ganho isolado:

 Ganho indireto onde existir uma maior separação por distância ao isolamento entre o
armazenamento e o ambiente a climatizar;
Recomendações para os ganhos diretos:

 Correta orientação da janela preferencialmente a Sul para evitar que as perdas


superem os ganhos no Inverno;
 Área transparente da janela em harmonia com a capacidade de armazenamento
térmico;
 Uso de dispositivos de sombreamento, como forma de prevenir o sobreaquecimento
no Verão;
 Redução das perdas de calor, com a aplicação de isolamento térmico eficiente nos
elementos opacos;
 Forma e disposição do edifício no Inverno para conseguir captar o máximo de radiação
solar;
Vãos envidraçados em fachadas:

 Quando a janela não é captadora (orientação diferente do Sul), usar vidro duplo
diminui as perdas de calor do edifício;
 Nas janelas captadoras os vidros simples apresentam grandes perdas térmicas, mas
também uma máxima captação de radiação solar fazer um balanço energético global
para avaliar o mais eficaz;
 Utilização de vidro duplo reduz em grande parte 30 a 40% das perdas térmicas do
sistema;
Lanternim:

 Penetração da radiação solar e uma maior profundidade no edifício;


 É apenas possível a sua utilização é eficaz em edifícios de poucos pisos, ou últimos
pisos de edifícios com muitos pisos;
Clarabóia:

 Um sistema vocacionado para iluminação natural;


 Eficiente sob o ponto de vista de ganhos solares térmicos, em conjunto com um
elemento refletor para incrementar os ganhos solares do Inverno;
 Pode-se sombrear no Verão para evitar ganhos solares excessivos;
Parede Trombe:

 Paredes acumuladas localizadas em fachada, 4 tipos:


a) Parede acumuladora (Parede trombe não ventilada);
b) Parede dinâmica;
c) Parede de trombe;
d) Parede de água;
Parede acumuladora:

 Parede composta por materiais densos, tais como betão e pedra;


 Calor acumulado durante o dia é libertado à noite;
 A espessura utilizada varia em função das propriedades de uma do material;
 Desenha se para um do afastamento de 8 a 12 horas de exposição solar a sul/
sudoeste;
Parede dinâmica:

 Sistema de ventilação combinado com efeito de estufa;


 Durante a noite, no período de Inverno ou em dias encobertos e sem ganhos, abertura
de ventilação deverá ser encerrada, ficando a parede apenas a aquecer por radiação,
como parede acumuladora;
Parede trombe:

 Sistema combinado de radiação e convecção com a aplicação de aberturas nas suas


partes inferiores e superiores;
 A opção de colocar ou não orifícios de termocirculação numa parede acumuladora
depende essencialmente dos períodos durante os quais se necessita o calor, se
necessita deste prioritariamente durante o dia, então as aberturas são fundamentais;
 E eficiência do sistema pode ser melhorada com o uso de dispositivos de isolamento
nocturnos;
 Inverno, dia: Os orifícios de ventilação abertos apenas quando a temperatura no espaço
de ar excede a temperatura do compartimento;
 Inverno, noite: Para reduzir as perdas de calor, o eventual dispositivo de oclusão
nocturna deverá estar fechado, bem como os orifícios de ventilação;
 Verão, dia: Orifícios de ventilação devem estar fechados e deverá ser previsto o
sombreamento do sistema;
 Verão noite: para facilitar o arrefecimento da parede, devem estar abertos os orifícios
de ventilação exteriores;
Paredes de água:

 Deste tipo de parede, a água é o elemento de armazenamento térmico;


 Capacidade de armazenamento de calor é 10 vezes mais elevada do que as paredes
de alvenaria de tijolo furado e 5 vezes superior à do botão;
 Para armazenar a mesma quantidade de energia, é necessário apenas 1/5 da massa
de água relativamente ao botão;
 Na Parede de água, não isolada, a transferência de calor é mais rápida, o que requer
um controle adicional;
 Não existe uma espessura ótima para uma Parede de água, no entanto, a partir dos
15 cm de espessura um incremento da eficácia não é significativo;
Coberturas de água:

 Massa de água exposta à radiação solar, para absorver e armazenar calor;


 Cobertura plástica com fim de limitar as perdas por convecção para o exterior;
 Nos dias do seu limpo de Inverno, a água absorve. A energia solar, cedendo uma parte
ao ambiente interior e armazenando o resto;
 Durante a noite, a cobertura de água com isolamento móvel, irradia calor armazenado
durante o dia;
 Durante os dias quentes de Verão, o isolamento móvel é utilizado para impedir que a
radiação solar aquece a água. Durante a noite, o isolamento móvel é retirado e a água
refrigera-se ao irradiar o calor armazenado para o exterior;
Ganho separado/Isolado:

 Sistemas onde a captação de energia solar se realiza num espaço (estufa) ou no


elemento (Sistema de termossifão) separado da zona habitável do edifício;
 Permite maiores ganhos do que os sistemas de ganho indireto;
Estufas:

 Superfície vidrada orientada a Sul. As superfícies vidradas Este, Oeste e da cobertura


deverão ser reduzidas ao mínimo (Proporcionam pouco calor no Inverno e produzem
problemas de sombreamento no Verão e nas estações intermédias);
 Quando a proporção da superfície de vidro captador em relação à área útil de
habitação é 1/6 ou mais, deverá ser incluída massa térmica para reduzir as flutuações
de temperatura na estufa;
 Durante a noite deverá ser isolada tanto superfície vidrada como as paredes e vãos
de separação entre a estufa e a habitação;
 Estufa adossada: quando aplicada enquanto sistema de ganho directo;
 Estufa integrada na habitação, redução da superfície exterior do engraçado tipo como
vulgarmente marquise;
Termossifão:

 Captação, absorção e armazenamento de energia realizar realiza-se em espaço


independentes da habitação, por efeito de termossifão; Exemplo: leito de brita;
Refrigeração direta:

 Proteção solar;
 Ventilação:
 Ventilação natural;
 Ventilação cruzada;
 Ventilação induzida;
 Câmara solar ou chaminé solar;
 Aspirador estático;
 Torre de vento;
 Construções enterradas;
 Por vaporização da água;
Proteção solar:

 Desenho e características devem obedecer às diferentes alturas e as imunes do Sol


durante o ano  Cartas celulares;
 Sombreamento feito por elementos naturais (árvores de folha caduca), orientação dos
vãos, pela própria volumetria, palas, estores manobráveis;
 Preferencialmente no exterior do envidraçado;
 Mais eficazes que no interior;
Ventilação natural:

 Substituição de ar quente e húmido por ar seco e fresco;


 Abertura de janelas do edifício;
 A considerar: qualidade do ar, ruído exterior, velocidade do ar;
Ventilação cruzada:

 Colocação de aberturas em fachadas opostas;


 Aconselhável em climas secos e em climas temperados, para arrefecimento nocturno
durante o Verão;
 8 e 20 renovações por hora, em presença de um vento fraco no exterior;
Ventilação induzida (por estratificação):

 Quando não existe deslocação do ar exterior;


 O ar quente tende a sair numa abertura da parte superior do espaço e será substituído
por um ar fresco do exterior introduzido no edifício por aberturas localizadas a nível
mais baixo;
Solar ou chaminé solar:

 Câmara com adaptador de cor escura e protegido por uma cobertura de vidro;
 O ar dentro da Câmara é aquecido, diminuindo a sua densidade e produzindo um
efeito de sucção nas aberturas inferiores;
Aspirador estático:

 Produz uma depressão no ar interior devido à sucção produzida por um dispositivo


estático situado na cobertura;
 Sistema de ventilação aplicável a climas temperados e quentes;
 Mais de 10 renovações por hora;
Torre de vento:

 Movimento de ar no interior do edifício, em sentido contrário aos sistemas referidos


anteriormente;
 Torre, que se eleva a uma altura suficiente da cobertura do edifício;
 Ar captado e conduzido para a parte mais baixa do edifício através de condutas;
 Sistema para climas quentes, com ventos frequentes e intensos;
 Até 3 a 6 renovações por hora;
Construções enterradas:

 Temperatura do solo mantém-se relativamente constante ao longo do ano;


 Em zonas climáticas temperadas, a temperatura da terra a uma profundidade de 1,2
m varia apenas cerca de 10 °C;
 No Verão: terra mais fria que a temperatura ambiente exterior;
 No Inverno o oposto;
 Construção enterrada  Elevada proteção acústica ou ruído exterior;
Refrigeração por evaporação de água:

 Exemplos: Lençol de água num espaço quente e seco;


 A água evapora se incrementando a umidade no ar  Efeito de refrigeração e
humidificação do ambiente;
 Fontes e correntes de água que incrementem a turbulência e a superfície de
evaporação;
 criar uma fachada em que a água escorre;

Agregados reciclados

“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do


presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas
próprias necessidades”
3 Pilares da sustentabilidade:

 Pessoas (Social)
 Planeta (Ambiente)
 Prosperidade (Economia)
Princípios da construção sustentável (devemos):

 Reduzir o consumo de recursos;


 Reutilizar recursos;
 Utilizar recursos recicláveis;
 Proteger a Natureza;
 Eliminar produtos tóxicos;
 Incorporar os custos de ciclo de vida (Economia);
 Assegurar a qualidade;

RCD – Resíduos de Construção e Demolição

São RCD todos os resíduos provenientes de obras de construção, reconstrução, ampliação,


alteração, conservação, demolição e derrocada de edificações.
Os RCD de acordo com a origem:

 Resíduos de construção – resíduos provenientes de obras novas de construção de


edifícios e infraestruturas;
 Resíduos de demolição – resíduos provenientes de obras de demolição de edifícios
e infraestruturas;
 Resíduos de reparação – resíduos resultantes de obras de remodelação e reparação
de edifícios e infraestruturas;
Os RCD de acordo com a perigosidade:

 Resíduos inertes – terras, argamassas, tijolos, telhas, alvenarias, metais, vidros, etc.;
 Resíduos não perigosos – embalagens diversas, plásticos, madeiras, etc.;
 Resíduos perigosos – óleos usados, latas de tinta e solventes, amianto, etc.;
Os RCD de acordo com o destino final:

 Resíduos reutilizáveis – resíduos a reutilizar directamente no local da obra ou


noutros;
 Resíduos recicláveis – resíduos que podem ser reciclados;
 Resíduos não recicláveis – resíduos que devido às suas características ou por se
encontrarem contaminados não podem ser reciclados;

Forma de melhorar a sustentabilidade na construção

 Utilização de agregados reciclados em substituição dos agregados naturais;

Tipo de demolição mais adequada à reutilização de RCD

Demolição selectiva:
Desvantagens:

 Pressupõe maior morosidade na execução da fase de demolição;


 Pode causar aumento dos custos em determinadas condições (tiragem e tratamento
de resíduos);
 Promove a utilização de métodos de demolição com incorporação de mão-de-obra
intensiva e pode requerer a necessidade de utilizar mão-de-obra especializada;
 Conduz à necessidade de utilizar, em determinadas condições, instalações de
reciclagem de RCD, fixas ou móveis;
 Podem propiciar a necessidade de utilizar equipamento especializado, pouco utilizado
em métodos de demolição tradicional;
 Requer mais espaço disponível no estaleiro das obras, para a gestão dos materiais a
recuperar e dos RCD a tirar e tratar;
Vantagens:

 Reduz o consumo/extração de matérias-primas;


 Reduz o consumo de energia através da utilização de materiais recuperados;
 Reduz as emissões de gases nocivos para o ambiente;
 Permite a reutilização de materiais, ou o seu reprocessamento, poi a sua remoção
é realizada com maior cuidado, aumentando a qualidade e o valor das
componentes recuperadas;
 Promove o crescimento de um novo mercado de materiais a reutilizar e de resíduos
a valorizar;
 Reduz a deposição de RCD em aterro e os custos (económicos e ambientais)
associados à sua eliminação;
 Proporciona a criação de novos postos de trabalho;

Operações de processamento – RCD

 Triagem – eliminação dos componentes indesejáveis, que prejudicam as


características técnicas e ambientais do produto reciclado;
 Redução primária – redução das dimensões dos escombros e remoção das matérias
metálicas ainda existentes;
 Britagem – redução progressiva das dimensões dos resíduos (em duas fases);
 Peneiração – obtenção de diferentes granulometrias (depende da aplicação);

Outras operações de processamento – RCD

Separação por filtros;


Separação por mesa vibratória;
Sedimentação;
Separação magnética;
Flutuação;
Separação por meio denso;
Estes métodos de separação possibilitam produtos mais uniformes e limpos, aumentando
a sua qualidade.

Centrais de reciclagem – RCD

Centrais de reciclagem móveis


Vantagens:
 Transporte nas proximidades do estaleiro de construção ou demolição é reduzido,
nomeadamente se o RCD for produzido, reciclado e reutilizado no mesmo local;
 Redução das taxas de eliminação e aterros;
 A oferta local de agregados aumenta e, portanto, menos agregado necessita de ser
importado;
 Este tipo de central de reciclagem é facilmente transferida para outro local;
Desvantagens:

 Existem poucos processos de remoção de contaminação neste tipo de instalação e,


portanto, um produto final de menor qualidade;
 A central de reciclagem pode causar elevados níveis de poeiras e ruído, o que pode
ser inaceitável em áreas residenciais;
 Este tipo de instalação só é viável para utilização se existirem quantidades suficientes
de RCD no local para justificar as despesas de instalação;
Centrais de reciclagem fixas
Vantagens:

 Esta central de reciclagem é capaz de produzir AR de alta qualidade;


 Produz AR de vários tamanhos;
 Redução das taxas de eliminação e aterros;
 A oferta local de agregados aumenta e, portanto, menos agregado precisa de ser
importado;
Desvantagens:

 Elevado investimento inicial;


 Mais transporte nas proximidades da central de reciclagem;
 Central pode causar elevados níveis de ruído;
 A eficiência da produção depende do fornecimento constante local de RCD, que os
empreiteiros de demolição não podem garantir;

Procedimento de reciclagem indiferenciado – RCD

 Peças com dimensões superiores a 400 mm são esmagadas;


 Os materiais passam por um separador magnético que remove metais
ferromagnéticos;
 O RCD atravessa a primeira fase de triagem e, mais tarde, outro separador magnético,
tendo produzido as seguintes frações de diferentes dimensões: A fração de 80-400
mm é enviada para a linha de triagem manual, onde são removidas pedras rejeitadas,
resíduos perigosos, resíduos urbanos e outros materiais recicláveis;
 A fração de 15-80 mm é enviada a um triturador;
 A fração 0-15 mm, rejeitada devido a elevados níveis de contaminação, pode
ser utilizada para o enchimento e restabelecimento de áreas naturais
degradadas;
 Antes de se dirigir aos trituradores para redução de tamanho adicional, o RDC sofre
separação pneumática, onde contaminantes leves são removidos através de um
processo de peneiração do ar;
 As frações de 15-80 mm e 80-400 mm de materiais RCD são selecionados e converge
com os RCD limpos e passam por uma fase de esmagamento para reduzir o seu
tamanho de partículas para menos de 40 mm;
 Na segunda fase de triagem, fase de triagem secundária, os produtos são separados
nas seguintes frações de tamanhos:
 Materiais superiores a 40 mm, são reintroduzidos no triturador;
 A fração de 8-40 mm é enviada para o separador que remove contaminantes
leves e alongados e envia o resto para armazenamento;
 A fração 0-8 mm é enviada para armazenamento;

Aplicações dos Agregados Reciclados (AR)

Agregados menos exigentes estruturalmente:


 Enchimento em geral – na reposição da própria paisagem (pedreiras e minas
abandonadas);
 Projetos de drenagem – constituição de camadas drenantes em aterros;
 Execução de bases e sub-bases – pavimentos rodoviários;
 Construção de aterros e taludes;
 Betões não estruturais;

Aplicações dos Agregados Reciclados - composição (AR)

Os AR são compostos por materiais minerais inertes:


 Betões;
 Pedras britadas provenientes do betão;
 Pedaços de alvenarias;
 Argamassas;
Contaminantes indesejáveis:

 Sulfatos;
 Cloretos;
 Papel;
 Madeiras;
 Vidro;
 Plástico;
 Gesso;
 Matéria orgânica;
 Metais;

AR de acordo com a origem e por ordem decrescente de qualidade

Classificação dos AR:

 Agregados (grossos) pétreos recuperados por lavagem da argamassa de betão pronto


no seu estado fresco que, por qualquer razão, não é utilizado;
 Finos e/ou grossos pétreos - resultantes da demolição de peças de betão não
revestidas;
 Finos e/ou grossos – resultantes da demolição de peças de betão, ele próprio já com
AR (reciclagem cíclica)
 Finos e/ou grossos – resultantes de uma mistura de elementos de betão com
elementos cerâmicos argamassados (AR são simultaneamente pétreos, cimentícios e
cerâmicos);
 Finos e/ou grossos – resultantes de resíduos de demolição mais ou menos
indiferenciados (reciclados pétreos com resto de madeira, plástico, metais, vidro, etc.);
 Finos e/ou grossos – resultantes de refugo da indústria cerâmica ou demolição de
elementos de alvenaria cerâmica, (tijolos e telhas) argamassados ou não. (piores
características para o fabrico de betão estrutural);

AR de e para o betão

Os agregados grossos reciclados (AGR) de betão são constituídos por agregados grosso
naturais (AGN) e por argamassa, ou apenas pasta de cimento, aderida a estes. A argamassa
aderida é constituída pela matriz de cimento e por agregados naturais finos.
A constituição de um betão com agregados grossos reciclados (BAR) tem as seguintes
etapas:

 Nova argamassa;
 Agregado grosso natural;
 Argamassa aderida;
 Interface entre a nova argamassa e a aderida;
 Interface entre o AGN e a argamassa aderida;
 Interface entre o AGN e a nova argamassa;

Causas da diminuição da qualidade dos AR

A argamassa aderida ao AN original é apontada como a principal causa para a diminuição das
propriedades dos AR, neste sentido observam-se os seguintes condicionalismos:

 A amplitude da sua capacidade de absorção de água;


 A resistência à abrasão;
 A resistência ao esmagamento;
 Módulo de elasticidade;
Comparação entre AR e NA de origem apresentam habitualmente:

 Maior porosidade;
 Maior capacidade de absorção de água;
 Maior baridade;
 Maior massa volúmica;
 Menor capacidade de resistir ao esmagamento;
 Menor capacidade de resistir ao desgaste;

Propriedades geométricas, físicas e mecânicas dos AR

Propriedades geométricas:

 Granulometria – influencia a resistência mecânica, a trabalhabilidade e o consumo de


cimento dos betões;
 A influência da argamassa aderida no desempenho dos BAR será tanto maior quanto
menor for a sua granulometria média, aumentando consequentemente a diferença no
desempenho entre agregado grosso reciclado natural;
 Índice de achatamento e forma – não existe uma diferença clara entre AGN e AGR, no
entanto a menor resistência mecânica do betão de origem parece justificar a formação
de partículas mais alongadas;
Propriedades Físicas:

 Massa volúmica e absorção de água – os AR absorvem mais água que os AN;


 Baridade e volume de vazios – há menor baridade nos AGR, o volume de vazios não
aparenta nenhuma tendência pois está mais dependente da distribuição
granulométrica e do encaixe entre as partículas do que das características físicas;
 Resistência à fragmentação – nos betões, o aumento da dosagem de cimento, a sua
tensão de rotura tende para um valor constante e fica dependente da tensão de rotura
dos agregados. A tensão de rotura tem por isso particular interferência nas
propriedades dos betões, principalmente se esta for inferior.

Reações expansivas internas – Betão

Propriedades químicas:

 Elevada alcalinidade da solução intersticial do betão – maior proteção das armaduras


do betão armado contra a corrosão, mas contribui para promover o ataque da sílica
dos agregados, o que pode desencadear a sua degradação por reações expansivas
internas do betão (limitação da sua durabilidade);
Reações expansivas internas do betão:

 Reação sulfática interna (RSI);


 Reação álcalis-agregado (RAA);
 Reação álcalis-sílica (RAS), a que apresenta maior importância;
Reação sulfática interna (RSI):

 Reação química entre os aluminatos de betão e os iões de sulfato;


 Ocorrência de elevada temperatura de cura do betão fresco, com dissolução e
reprecipitação da etringite formada durante a hidratação normal do cimento;
 Existência de sulfato no agregado;
 Excesso de gesso na pasta de cimento;
 Diferença de temperaturas, baixas e elevadas, como acontece no gelo-degelo;
Reação sulfática externa:

 Da água do mar;
 Da água da chuva;
 Dos solos ou rochas ricas em gesso;
 Da poluição;
 De fertilizantes ou de origem natural;
Reação álcalis-agregado (RAA):

 Reação álcalis-silicato (RASS) – tem o mesmo princípio da RAS embora ocorra mais
lentamente, pois os minerais reativos estão mais dispersos na matriz
 Reação álcalis-carbonato (RAC) – surge quando alguns calcários dolomíticos
argilosos são utilizados como agregado grosso no betão e são afetados pela álcalis
do betão, a expansão ocorre em menos de 5 anos e provoca fissuras;
 Reação álcalis-sílica (RAS) – são uma das principais causas químicas de
degradação dos betões com agregados naturais; redução do período de vida útil;

BAN vs BAR

 O desempenho de um betão com agregados reciclados é na maior parte dos casos,


igual ou inferior ao de um betão com agregados naturais se a comparação for feita
utilizando no BAN os mesmos agregados naturais (NA) do agregado reciclado (AR) e
a mesma composição;
 A variação das propriedades do BAR é semelhante à do BAN e, portanto, é viável
controlar e condicionar a sua utilização a partir de recomendações normativas, a
diminuição do desempenho pode ser prevista com o conhecimento das propriedades
dos agregados e da taxa de substituição;
Causas importantes na condicionante da durabilidade do BAR:

 Corrosão das armaduras;


 Ciclos gelo-degelo;
 Ataque por sulfatos
 Reações álcalis-agregado;

Eficiência hídrica

5 R’s na eficiência hídrica:

 Reduzir consumo;
 Reduzir as perdas e desperdícios;
 Reutilizar a água;
 Recorrer a origens alternativas;
 Reciclar a água;
Maiores consumos:

 Duches (32%);
 Autoclismo (28%);
 Torneiras (16%);
Tipos de dispositivos:

 Autoclismo: descarga dupla e simples, e descarga dupla com interrupção;


 Chuveiros e sistema de duche: cabeça de duche, torneira de duche, redutor;
 Torneiras e fluxómetros: torneira de lavatório, cozinha e fluxómetros de mictórios;
Sistemas de avaliação de eficiência hídrica:
Aqua +:

 Instrumento voluntário de avaliação e classificação da eficiência hídrica de edifícios;


 Classifica o desempenho hídrico dos edifícios e orienta para a introdução de boas
práticas em edifícios novos (desde a fase de projeto) e existentes (em uso ou
reabilitação);

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