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Aula 07

Banco do Brasil (Escriturário-Agente


Comercial) Conhecimentos Bancários -
2022 (Pré-Edital)

Autor:
Amanda Aires, Vicente Camillo,
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos

27 de Dezembro de 2021

40181815826 - Flávio Ricardo Cirino


Amanda Aires, Vicente Camillo, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
Aula 07

Sumário

1 - Títulos de Crédito .......................................................................................................................................... 1

1.1 - Princípios ................................................................................................................................................ 2

1.2 - Nota Promissória .................................................................................................................................... 4

1.3 - Duplicata ................................................................................................................................................ 5

1.4 - Cheque ................................................................................................................................................... 6

2 - Garantias: Conceitos Iniciais ......................................................................................................................... 9

2.1 - Aval ...................................................................................................................................................... 10

2.2 - Fiança ................................................................................................................................................... 12

2.3 - Fiança Bancária ................................................................................................................................... 14

2.4 - Penhor Mercantil .................................................................................................................................. 15

2.5 - Hipoteca ............................................................................................................................................... 17

2.6 - Alienação Fiduciária ............................................................................................................................ 19

3 - Fundo Garantidor de Crédito ..................................................................................................................... 21

Questões Propostas........................................................................................................................................... 26

Gabarito ........................................................................................................................................................... 32

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 33

Considerações Finais ......................................................................................................................................... 45

Resumo .............................................................................................................................................................. 47

1 - TÍTULOS DE CRÉDITO
Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele
mencionado.

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Esta é a definição jurídica de título de crédito. O desenvolvimento das operações de crédito por qualquer
pessoa vem acompanhado de documento que se presta ao exercício do direito do crédito nele mencionado.

Como documento, ele reporta um fato, ele diz que alguma coisa. Em outros termos, o título prova a
existência de uma relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de que
certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de outras.

Se alguém assina um cheque e o entrega a você, o título documenta que você é credor daquela pessoa. A
nota promissória e a duplicata, as quais veremos mais a frente, também possuem o mesmo significado,
também representam obrigação creditícia.

Documento necessário para o exercício do direito,


Título de Crédito
literal e autônomo

É importante notar algumas características dos títulos de crédito.

Em primeiro lugar, ele se refere unicamente a relações creditícias.

Em segundo, à facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título executivo extrajudicial,
pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o direito de promover a execução judicial do seu direito.

Em terceiro lugar, o título de crédito ostenta o atributo da negociabilidade, ou seja, está sujeito a certa
disciplina jurídica, que torna mais fácil a circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado. Esta
característica é muito importante, pois confere liquidez ao crédito, ou seja, permite que o mesmo seja
transferido entre interessados.

1.1 - Princípios

Do regime jurídico disciplinador dos títulos de crédito, podem-se extrair três princípios: cartularidade,
literalidade e autonomia das obrigações cambiais.

• Cartularidade ➔ O exercício dos direitos representados por um título de crédito pressupõe a sua
posse. Somente quem exibe a cártula (isto é, o papel em que se lançaram os atos cambiários
constitutivos de crédito) pode pretender a satisfação de uma pretensão relativamente ao direito
documentado pelo título. Quem não se encontra com o título em sua posse, não se presume credor.
Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de circulação do crédito
representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o sujeito que postula a satisfação do

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direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas não conferem a mesma garantia, porque quem as
apresenta não se encontra necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido
a terceiros.
• Literalidade ➔ Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos lançados no
próprio título de crédito. Atos documentados em instrumentos apartados, ainda que válidos e eficazes
entre os sujeitos diretamente envolvidos, não produzirão efeitos perante o portador do título. O
princípio da literalidade projeta consequências favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para
o devedor: nenhum credor pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do
conteúdo do título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será obrigado a
mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que a quantia escrita na cambial,
só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do documento
• Autonomia ➔ Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a
validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais
relações abrangidas no mesmo documento. As implicações do princípio da autonomia representam a
garantia efetiva de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja irregularidade, invalidade
ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu direito prejudicado.

Cartularidade

Princípios

Literalidade Autonomia

Tendo em vista os conceitos básicos acima apresentados, podemos passar ao estudo das 3 modalidades de
títulos de crédito solicitadas pelo Edital: nota promissória, duplicata e cheque.

Destaco que o tema “cheque” já foi discutido em aula anterior. Aqui seguem apenas os conceitos relativos
ao direito comercial, que destacam a característica do cheque como título de crédito.

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1.2 - Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações jurídicas distintas: a
de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do beneficiário da promessa (credor).

O primeiro é referido por subscritor (embora não esteja incorreto chamá-lo sacador, emitente ou
promitente); e o segundo é o tomador (por vezes chamado também de sacado). Pela nota promissória, o
subscritor assume o dever de pagar quantia determinada ao tomador, ou a quem esse ordenar.

A nota promissória é uma promessa do subscritor de pagar quantia determinada ao tomador, ou à pessoa
a quem esse transferir o título.

Ninguém está obrigado ao saque da nota promissória, e o credor não pode impor ao devedor essa específica
alternativa de documentação da relação jurídica que os vincula (salvo se o obrigado houvera assumido o
compromisso de sacar a nota, em contrato).

São os seguintes os requisitos da nota promissória:

a) a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua utilizada


para a sua redação;

b) a promessa incondicional de pagar quantia determinada;

c) nome do tomador;

d) data do saque;

e) assinatura do subscritor; e

f) lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

Para que produza os efeitos de uma nota promissória, o documento deve atender a determinados
requisitos. Somente se revestido da formalidade prescrita por lei, o instrumento escrito poderá ser
transferido e cobrado, sob o regime do direito cambiário.

Não produzirá efeitos cambiais a nota promissória emitida ao portador, já que o nome do tomador é exigido.
Também não poderá ser considerada nota o título que sem indicação de valor líquido, ou que sujeite a
exigibilidade da promessa a qualquer sorte de condição, suspensiva ou resolutiva.

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Uma nota, portanto, redige-se assim: “aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota
promissória, a fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Em resumo, todas os requisitos supracitados devem estar presentes na nota promissória para que ela se
configure como tal. Faço apenas parêntese, pois a falta de menção à época e local de pagamento não
desnatura o documento como nota promissória, na medida em que, faltando época do pagamento, reputa-
se o título à vista; e, faltando o lugar, considera-se pagável no local do saque ou no mencionado ao lado do
nome do subscritor.

1.3 - Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro.

Em um contexto histórico, impunha aos comerciantes atacadistas, na venda aos varejistas, a emissão da
fatura ou conta — isto é, a relação por escrito das mercadorias entregues. O instrumento devia ser emitido
em duas vias (“por duplicado”), as quais, assinadas pelas partes, ficariam uma em poder do comprador, e
outra do vendedor. A conta assinada pelo comprador, por sua vez, era equiparada aos títulos de crédito,
inclusive para fins de cobrança judicial.

Nos dias atuais, a duplicata possui o mesmo princípio, pois é um título de crédito causal, no sentido de que
a sua emissão somente se pode dar para a documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil,
e de vinculação obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento da
duplicata, ainda que não a assine.

De acordo com a sistemática prevista pela lei — que, hoje, se encontra parcialmente em desuso —, o
comerciante, ao realizar qualquer venda de mercadorias, deve extrair a fatura ou a nota fiscal-fatura. A
duplicata será emitida com base nesse instrumento.

Emitida a fatura, no mesmo ato poderá ser extraída a duplicata, obedecido o padrão fixado pelo Conselho
Monetário Nacional (LD, art. 27; Res. BC n. 102/68) e atendidos os seguintes elementos:

a) a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação do título


por endosso;

b) data de emissão, que deve ser igual à da fatura;

c) os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em vista a


obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;

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d) data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de vencimento a


certo termo;

e) nome e domicílio do vendedor (sacador);

f) nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do comprador


(sacado);

g) importância a pagar, em algarismos e por extenso;

h) local de pagamento;

i) declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;

j) assinatura do sacador.

Se o título é emitido à vista, o comprador, ao recebê-lo, deve proceder ao pagamento da importância devida;
se a prazo, ele deve assinar a duplicata, no campo próprio para o aceite, e restituí-la ao sacador, em 10 dias.

Outro ponto interessante sobre a duplicata é o aceite, que não pode ocorrer por simples vontade do sacado.
Dispõe o art. 8º da lei das duplicatas que a recusa deste título só pode ocorrer nos seguintes casos: a) avaria
ou não recebimento das mercadorias, quando transportadas por conta e risco do vendedor; b) vícios,
defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade; c) divergência nos prazos ou preços combinados.

As possibilidades de recusa da duplicata pelo devedor implicam que, mesmo com aceite obrigatório, ele não
é irrecusável. Quando o vendedor não cumpriu satisfatoriamente suas obrigações, o comprador pode se
exonerar do cumprimento das suas. A recusa do aceite cabe nessa situação e nas demais citadas acima.

Caso o vendedor cumpra com suas obrigações, a falta de aceite é motivo de protesto da duplicata, assim
como a devolução ou falta de pagamento.

Em outros termos, a duplicata recusada, retida e não paga será protestada uma só vez; pouco importa o tipo
de protesto, porque os seus efeitos são idênticos, em qualquer hipótese.

O lugar do pagamento é também o do protesto. Os cartórios devem, por isso, recusar a protocolização
quando verificada — no exame formal prévio, de caráter indispensável — a discrepância entre a base
territorial de sua competência e o constante na duplicata. O protesto deve ser providenciado, pelo credor,
no prazo de 30 dias, seguintes ao vencimento da duplicata, sob pena de perda do direito creditício contra os
codevedores do título e seus avalistas.

1.4 - Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de provisão (valores
depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco pagador), proveniente essa de contrato de
depósito bancário (conta corrente, por exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

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O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode ser aceitos se emitido
no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

Nesse sentido, são essenciais ao cheque:

a) a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua redação;

b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

c) o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

d) data do saque;

e) lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

f) assinatura do emitente (também chamado de sacador).

Como visto, para que o título de crédito possa ser considerado como cheque faz-se necessário o atendimento
dos termos acima citados. Não é possível, portanto, a pessoa preencher uma folha em branco como se esta
fosse uma folha de cheque.

O primeiro requisito (a) corresponde à “cláusula cambial”, no sentido que o emitente se obriga por título a
pagar a quantia ali prevista. Ninguém está obrigado a documentar sua dívida por cheque; se o faz, concorda
em vir a pagar, eventualmente, o valor do título a terceiro, mesmo que tenha razões juridicamente válidas
para questionar a existência ou extensão da dívida, perante o credor originário.

No atendimento ao segundo requisito (b), o cheque precisa do valor que o banco sacado deve pagar ao
credor do título. Em caso de divergência entre indicação por extenso e em algarismos, a primeira prevalece.

O nome do banco a quem a ordem de pagamento é dirigida deve constar também do título (correspondente
ao item c).

A data do saque (d) deve ser expressa pelo dia, mês e ano em que o sacador preencheu o cheque. Como se
trata de ordem de pagamento à vista, não caberia, em princípio, a inserção de qualquer outra data no
instrumento.

O lugar do saque (e) é aquele em que se encontra o sacador, no momento em que preenche o cheque.

Sua importância é fundamental, porque o prazo para a apresentação do título ao banco sacado varia de
acordo com a coincidência, ou não, entre o município do local do saque e o da agência pagadora.

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Quando coincidentes, o cheque se considera da mesma praça e deve ser apresentado ao sacado nos 30 dias
seguintes ao da emissão; se não coincidentes, ele é de praças diferentes, e o prazo de apresentação se alarga
para 60 dias.

Portanto, lembre-se do seguinte: cheques da mesma praça devem ser pagos em 30 dias; cheques de praças
diferentes, em 60 dias.

Também é requisito essencial do cheque a assinatura do emitente (f), que pode ser mecânica, ou por
processo equivalente, por exemplo eletrônico.

Há, ainda, um requisito essencial do direito brasileiro, para os cheques superiores a R$ 100,00, que é a
identificação do tomador, da pessoa em favor de quem é passada a ordem de pagamento. Cheques ao
portador somente são liquidados se o valor é de até R$ 100,00, inclusive.

Existem 4 modalidades de cheque, sendo 3 delas interessante ao nosso certame:

✓ Visado ➔ O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou do portador
legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de fundos suficientes para a
liquidação do título.

Somente pode receber visamento o cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este
conceito).

Ao visar o cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário bastante
para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito correspondente.

É evidente que esta modalidade de cheque confere mais garantias quando ao seu pagamento, tendo em
vista o visamento e provisão de fundos realizados.

✓ Administrativo ➔ O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para liquidação por uma
de suas agências. Nele, emitente e sacado são a mesma pessoa.

Ou seja, a instituição financeira ocupa, simultaneamente, a situação jurídica de quem dá a ordem de


pagamento e a de seu destinatário

Serve também essa modalidade de cheque ao aumento da segurança no ato de recebimento de valores.
Afinal, é improvável (mas não impossível) que o banco emita um cheque sem fundos.

✓ Cruzado ➔ O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços transversais
e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o título.

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Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica nenhum banco no interior dos
dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo banco é identificado, por seu nome ou número no
sistema financeiro, entre os mesmos traços.

O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao portador, já que, uma vez cruzado o
título, sempre seria possível, a partir de consulta aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa
ele foi liquidado

Claro que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da obrigatoriedade da forma
nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00.

O cheque com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o tomador concordou
em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta
de depósito, para que esse cobre o título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente
poderá ser pago ao banco mencionado no interior dos dois traços

✓ Para se levar em conta.

2 - GARANTIAS: CONCEITOS INICIAIS


Já conhecemos a disposição das instituições financeiras em realizar a intermediação de recursos na
economia.

Indivíduos superavitários economizam e aplicam recursos nas instituições financeiras, que os direcionam aos
agentes deficitários.

Em um mundo ideal não há problema aparente, pois, os recursos emprestados servem para financiar
atividades econômicas, investimentos, entre outras. Naturalmente, eles serão devolvidos conforme as
condições previamente pactuadas, ou seja, no vencimento e com os acréscimos devidos.

Mas, isto não é realidade.

Há um risco de crédito implícito nestas operações financeiras: o devedor (tomador do empréstimo e/ou de
outras modalidades de financiamento que envolvem dívidas) pode simplesmente não cumprir com suas
obrigações com o credor.

E como fica a instituição financeira? A ver navios? Obviamente que não.

Ela geralmente está garantida por meios que permitem o cumprimento do objeto do contrato, mesmo que
indiretamente.

Assim, caso um individuo adquira um CDC para a aquisição de um veículo e não pague os valores nas datas
combinadas, a instituição financeira pode executar a garantia que possui neste contrato de financiamento –
o próprio veículo – e garantir o pagamento do valor de devido, mesmo que indiretamente.

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Nesta aula serão tratadas as seguintes espécies de garantia das instituições financeiras: aval, fiança, fiança
bancária, penhor mercantil, alienação fiduciária e hipoteca. Em relação ao depositante, trataremos do
Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

2.1 - Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia.

Ao realizar aval, determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de crédito
qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

Em geral, o credor do título considera que o devedor não possui condições certas de garantir o pagamento
do título de crédito, devido a sua situação econômica instável, ou a existência de patrimônio insuficiente.

Vamos citar um exemplo.

Determinado indivíduo se dirige ao banco para tomar um empréstimo em nome da empresa que possui. De
certo, a empresa está tomando empréstimos pois não possui os recursos necessários para determinada
finalidade.

O banco, já sabendo desta condição, empresta o valor solicitado, mas coloca como avalista o proprietário da
empresa.

Assim, caso a empresa (devedora do empréstimo) eventualmente não pagar os valores emprestados nas
condições estabelecidas, o banco pode cobrar do avalista os valores nas mesmas condições estabelecidas
com o avalizado.

Em geral, o avalista garante toda a operação, mas é possível realizar o aval parcial. Isto é, fica estabelecida
que o avalista garante apenas parte da operação. Utilizando o exemplo acima, o avalista poderia garantir tão
somente 50% do empréstimo, valor este que seria obrigado a cumprir, caso o avalizado no o fizesse.

É possível até mesmo a realização do aval antecipado. Ou seja, a operação de crédito é realizada apenas
mediante estabelecimento anterior do avalista.

Continuando, temos que saber as duas principais características do aval:

✓ Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente da obrigação do


avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal, ele passar necessariamente a garantir a
operação, independentemente das condições do avalizado.

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Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito contra o avalizado, por qualquer motivo,
isto não se pode inferir contra o avalista.

Vamos citar um exemplo.

O Banco A empresta dinheiro e João. Nesta operação, Pedro, pai de João é o avalista. No entanto, digamos
que a assinatura de João foi falsificada, pelo que o Banco A não pode cobrá-lo do cumprimento do crédito.

Mas, como o aval é autônomo, não se pode alegar o mesmo ao avalista. Desta forma, mesmo que o credor
não possa executar João para o pagamento, pode fazê-lo com Pedro.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se valer de características
do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode ser valer de suas características, como, por
exemplo, o aval parcial.

Portanto, que fique claro: a autonomia caracteriza a obrigação do avalista como independente da
obrigação do avalizado; a existência, validade e eficácia do aval não estão condicionadas à da obrigação
avalizada.

✓ Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da mesma maneira
que a pessoa por ele afiançada.

Isto quer dizer que o credor do título de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma
forma que faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

É importante ressaltar que a equivalência não indica que o avalista é também devedor do título de crédito.
O devedor do título é sempre o sujeito avalizado.

Como já citamos, a equivalência indica tão somente que a cobrança do credor pode ser feita também sobre
o avalista.

E, caso a cobrança seja feita sobre o avalista e por ele adimplida, segue-se a possibilidade do direito de
regresso do avalista em relação ao avalizado.

Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores pagos. Nesta situação, o credor
já teve seu direito cumprido (o pagamento do crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta
contra o avalizado para recuperar o valor.

O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob
a expressão “por aval”, ou outra do mesmo sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título
sob a expressão “por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o devedor (avalizado). Neste
caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito, quem é o avalizado na operação.

A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é conhecido. No nosso caso, o
avalizado é João, pois ele é devedor do empréstimo concedido pelo Banco A.

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2.2 - Fiança

A fiança é espécie diferente e mais completa de garantia.

Antes de caracterizá-la, vamos citar as duas principais diferenças entre aval e fiança.

Como vimos, o aval é autônomo à obrigação avalizada, enquanto a fiança é obrigação acessória. Isto é, caso
a obrigação afiançável não possa ser executada pelo credor, o fiador também adquire este benefício.

Dito de outro modo, por ser uma condição acessória, a fiança adquire as características do principal.
Utilizando nosso exemplo citado no aval, caso a falsificação da assinatura de João impeça o banco de cobrar
dele o cumprimento da obrigação, o mesmo ocorre com o fiador, o qual pode alegar o mesmo problema
para não cumprir com sua obrigação.

Outra diferença fundamental entre o aval e a fiança é o chamado benefício de ordem. No aval, o credor pode
executar o cumprimento do seu direito de qualquer um dos dois – avalista e avalizado – sem precisar fazer
isto primeiramente de um e depois de outro. Ou seja, o inadimplemento do contrato de crédito enseja o
direito de cobrança ao mesmo tempo tanto do avalista, como do avalizado. O avalista não pode solicitar que
a cobrança seja feita primeiramente ao avalizado e depois a ele.

Na fiança é diferente. O fiador (aquele que garante o crédito) pode indicar bens e direitos do afiançado
(devedor), desde que situados no mesmo Município, livres, desembaraçados e suficientes à solução da
dívida, e, com isto, liberar-se da obrigação assumida.

Na prática, os contratos de fiança contêm cláusula em que o fiador abre mão do benefício de ordem, de
modo que fiança e aval não se diferem neste sentido. Isto é, ao aceitar a condição de fiador, abrem mão da
possibilidade em indicar bens e direitos do afiançado.

Já sabendo das duas principais diferenças, podemos definir a fiança.

Características do Contrato de Fiança

O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor cumprir com a obrigação assumida
pelo devedor, caso este não a cumpra.

Assim como no aval, o conceito básico da fiança é possibilitar uma garantia contra eventuais
inadimplementos contratuais. A grande distinção entre uma garantia e outra, como já vimos, é a natureza
jurídica da obrigação garantida. Enquanto a obrigação do fiador é acessória em relação à do afiançado, a
obrigação do avalista é autônoma, independente da do avalizado.

A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva. Isto quer dizer, que é válido apenas
o que está determinado explicitamente no contrato de fiança. Não é válido criar regras, ainda que
supostamente de acordo com o contrato, que não estejam presentes no documento que instituiu a garantia.

Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou seja, estabelecido por escrito para ter validade.

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A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor ou contra a sua vontade. Diante
dessa regra, percebemos a clara natureza de garantia contratual da fiança. Afinal, se ela é realizada para
trazer segurança ao credor em uma possível situação de inadimplemento, nada mais justo que não ser
necessária, para a existência de tal garantia, a anuência do devedor.

Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É necessária a existência de obrigação
concreta entre o credor e o devedor, para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento
em que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser demandado.

Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida principal) e pelas obrigações acessórias
(que decorram da principal, como multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento,
entre outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente estabelecida no contrato de
fiança.

A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas.
Aqui há característica semelhante ao aval.

Se as partes estipularem que a garantia deverá compreender apenas uma parcela da obrigação principal (a
dívida total), não há que se falar em incompatibilidade com o instituto da fiança. Afinal, o próprio Código
Civil determina tal possibilidade.

Por outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja mais onerosa que ela. A
obrigação não valerá senão até o limite da obrigação afiançada.

As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade
pessoal do devedor. Entretanto, essa exceção não inclui o caso de mútuo feito a menor de idade. Aqui,
percebemos a clara distinção, mais uma vez, entre fiança e aval. Afinal, a fiança, exatamente por se tratar de
uma obrigação acessória e não autônoma, caso a obrigação do devedor original se extinga, também morrerá.
É o princípio do Direito que afirma que “o acessório segue o principal”. Porém, não se esqueça da exceção à
regra – no caso da obrigação principal se extinguir em razão de incapacidade pessoal do devedor (menores
de 16 anos; enfermo ou deficiente mental; pessoa que transitoriamente não possa exprimir sua vontade;
maior de 16 e menor de 18; ébrios e viciados em tóxicos; os excepcionais e, por fim, os pródigos), o fiador
permanece obrigado.

O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii)
não tenha domicílio no município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes para
cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.

Se o fiador for demandado para o pagamento da dívida, o mesmo poderá exigir, até a contestação da ação,
que sejam os bens do devedor os primeiros a serem executados. É o caso do benefício de ordem citado
acima. Apenas lembrando que, em quase todos os contratos de fiança, o credor exige que o fiador abra mão
do benefício de ordem, pelo que esta característica deixa de existir.

A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança, conjuntamente prestada, para o
pagamento de uma só dívida por mais de uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas,
se não houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.

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Ou seja, se os fiadores indicados não ratearem a parte do débito por ele garantida, todos respondem
solidariamente pelo débito todo. Do contrário, se tal benefício for estipulado, cada fiador responde
unicamente pela parte que, em proporção, lhe couber no pagamento. Ainda em relação à hipótese de uma
fiança conjunta,

Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo determinado (não existe fiança para sempre).
Caso contrário, o fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo sempre
que lhe for conveniente. Mas, nesse caso, o mesmo ficará obrigado por todos os efeitos da fiança durante
60 dias após a notificação do credor de tal decisão.

Que tal resumirmos as principais características da fiança?

Segue abaixo:

✓ É contrato acessório;
✓ Permite benefício de ordem;
✓ Deve estar formalizada por escrito;
✓ Pode ser instituída sem o consentimento do devedor ou contra a sua vontade;
✓ Pode garantir dívidas futuras;
✓ Em regra, o fiador é responsável pela obrigação principal e outras acessórias;
✓ Pode haver fiança parcial;
✓ Não pode existir fiança de valor superior à obrigação principal;
✓ O credor não necessita aceitar qualquer fiador;
✓ A fiança pode ser divida entre fiadores; importando solidariedade entre eles, ou a especificação da
obrigação correspondente a cada fiador
✓ A fiança deve ser estabelecida por prazo determinado

2.3 - Fiança Bancária

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se coloca como fiador de seu
cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de crédito.

Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis.

Apenas se deve observar que, na fiança bancária, o próprio banco é o fiador. Por prestar este serviço é
remunerado, geralmente, de acordo com o valor da fiança prestada.

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Digamos que uma empresa compre de outra uma vultuosa quantia de matéria prima para pagamento a
prazo. A empresa fornecedora pode exigir uma fiança bancária para concluir a transação, e assim ficar mais
segura do pagamento.

Nesta operação, a empresa cliente solicita a emissão da carta de fiança ao banco, sendo este o fiador e
garantidor da operação. Evidente que irá cobrar uma remuneração por executar este serviço financeiro da
empresa cliente.

Todos ganham com a operação.

O banco, através da remuneração que recebe. A empresa fornecedora através da venda de seus produtos e
da garantia concedida pelo banco. A empresa cliente através da possibilidade de adquirir materiais essenciais
à sua produção, fato antes impossibilitado sem a fiança bancária.

2.4 - Penhor Mercantil

O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há vinculação de determinado bem à
satisfação da obrigação do pagamento.

Nas espécies de garantia vistas anteriormente (aval e fiança), todo o patrimônio do devedor e do
avalista/fiador responde pelo cumprimento da obrigação. Desta forma, a falta de pagamento do crédito
enseja o direito de execução de quaisquer bens do devedor e do fiador/avalista.

Se tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico para satisfazer a


necessidade do credor.

Citamos em aula anterior o monopólio que a Caixa Econômica Federal possui na realização de penhor civil
(também chamado de penhor comum). Neste, para garantir uma operação de crédito, o devedor indica como
garantia bens específicos de valor, tais como joias, relógios, entre outros.

No caso de penhor mercantil há também esta indicação, no entanto de bem com natureza distinta, como
será visto adiante.

O credor com garantia real goza de preferência no recebimento do crédito, pois o bem está vinculado ao
crédito por ele concedido, não podendo, via de regra, ter outra finalidade – como servir de garantia a outros
créditos, ser alienado (vendido) etc.

Se a venda do bem onerado pela garantia real não produzir recursos suficientes para o integral pagamento
da obrigação garantida, o devedor continua obrigado ao pagamento do restante.

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Desta forma, a existência de garantia real confere mais vantagens ao credor, pois garante maior eficiência
na execução da garantia (o bem está gravado, não podendo, em regra, ser utilizado em outras finalidades),
além de não implicar na exoneração do devedor no caso do bem em garantia ser insuficiente para quitar a
obrigação – ou seja, se o bem indicado como garantia não quitar o crédito, o valor residual continua sendo
devido pelo devedor).

Feita esta introdução, podemos passar à análise do penhor mercantil propriamente dito.

O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela indicação de bem derivado
da atividade industrial ou comercial - tais como máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na
indústria, sal e bens destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de carne e
derivados – para garantir determinado crédito.

Na realização de penhor mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

O termo técnico utilizado em direito para a entrega do bem do devedor ao comprador é “tradição”. Desta
forma, em regra, não ocorre tradição no penhor mercantil, pois a posse do bem permanece com o devedor.

Justifica-se o devedor continuar possuidor da coisa empenhada para que ela possa gerar os frutos
necessários ao pagamento da obrigação garantida.

Imagine que determinada empresa, ao contrair um empréstimo bancário, o garanta com máquinas de sua
linha de produção. Se estas máquinas tiverem que permanecer em posse do credor, a produção ficaria
paralisada (ou comprometida) e a possibilidade de a empresa gerar rendimentos para pagamento da própria
dívida ficaria comprometida.

No entanto, o devedor fica limitado em seus poderes sobre o bem onerado. O uso não poderá ser alterado,
assim como não é possível ao devedor dispor destes bens, a não ser mediante prévio e expresso
consentimento do credor.

O penhor é instituído através de registro no Registro de Imóveis da circunscrição em que os bens


empenhados se encontram. Como os bens permanecem na posse do devedor, a formalização do penhor
mercantil é feita através de registro público em cartório de imóveis localizado no município em que se
encontra o bem onerado.

É possível perceber que a definição do penhor mercantil está intimamente relacionada à natureza dos bens
dados em garantia. Nota-se que são bens voltados à indústria e ao comércio industrial – daí ser industrial ou
mercantil.

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O credor da obrigação garantida por penhor mercantil tem o direito de verificar o estado das coisas
empenhadas, inspecionando-as onde se encontrarem. Tal iniciativa poderá ser realizada pelo próprio credor
ou por pessoa credenciada para tanto.

O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

✓ extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);


✓ perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);
✓ renunciando o credor;
✓ confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;
✓ dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do bem
empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se proprietário
do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem penhorado);
✓ a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa
empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos ainda que a renúncia
por parte do credor também determina o fim da garantia. São formas de renúncia: (i) o consentimento do
credor na venda particular do penhor sem reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e
(iii) a anuência pelo credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

2.5 - Hipoteca

A hipoteca segue a ideia do penhor, no entanto recai sobre bens de maior valor de mercado e, por isto, está
cercada de maiores formalidades.

Definindo, hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e outros de valor
expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante registro formal e não importa a
transferência da posse do bem onerado para o titular da garantia real.

Modalidade de direito de
garantia real

Hipoteca
Ocorre quando se onera um
bem específico para garantir
determinada operação de
crédito

Vamos explicar ponto a ponto.

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A hipoteca é modalidade de garantia real. Já sabemos que significa uma modalidade real de garantia. Ocorre
quando se onera um bem específico para garantir determinada operação de crédito.

Ao contrário do penhor industrial (que onera bens ligados à produção e outras atividades econômicas), na
hipoteca ocorre a oneração de bens imóveis e outros de valor (adiante serão citados todos os tipos de bens
possíveis de hipoteca).

A constituição da hipoteca se faz mediante registro em Registro de Imóveis do município onde se localiza o
bem dado em garantia, ou em outro específico. Aqui cabe o mesmo comentário feito no penhor: como o
bem permanece com o devedor há a necessidade de formalizar a operação em Registro.

E, por fim, cabe comentar que não há tradição do bem hipotecado. Isto é, a posse do mesmo permanece
com o devedor, da mesma forma que ocorre no penhor industrial.

Vejamos os tipos de bens que podem ser hipotecados:

1) Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como suas
benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos pelo ônus,
salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato de hipoteca é
feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública.

O instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do município


do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo instrumento, ele deve
ser levado a registro em todos os cartórios competentes. Qualquer dos interessados, tanto
o credor, como o devedor hipotecário, tem legitimidade para, exibindo o título, requerer o
registro do direito real de garantia.

2) Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea.

Em razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte


ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo a
exploração da linha. Ou seja, mesmo que a estrada de férreo esteja onerada em hipoteca,
não pode haver prejuízo do regular funcionamento da estrada de ferro.

O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas ou ramais ou parte
considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem mesmo envolver-se em
operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder decorrer enfraquecimento da
garantia real. Para a prática desses atos é necessário obter antes a anuência do credor
hipotecário.

3) Recursos minerais: As jazidas, minas e demais recursos minerais podem ser onerados
por hipoteca, independentemente do solo em que se encontram

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4) Navios: O registro da hipoteca incidente sobre navios, inclusive os que se encontram em


construção, deve ser feito no Tribunal Marítimo, órgão encarregado do assentamento da
propriedade das embarcações nacionais

5) Aeronaves: A hipoteca de aeronave é constituída pelo registro do contrato no Registro


Aeronáutico Brasileiro, em que está assentada a propriedade do bem onerado, além da
averbação no correspondente Certificado de Matrícula.

Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

1) extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do crédito)

2) perecimento do bem hipotecado;

3) renúncia do credor hipotecário;

4) a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação garantida,
liberando o bem do ônus);

5) arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o maior lance);

6) adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de satisfação do


seu crédito); e

7) averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a anuência


expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação garantida.

2.6 - Alienação Fiduciária

A alienação fiduciária representa forma de garantia distinta das demais analisadas até o momento.

Vimos como o aval e a fiança garantem determinada operação de crédito através de todo o patrimônio o
devedor e/ou avalista/fiador.

Já o penhor mercantil e a hipoteca são espécies de direito de garantia real, ou seja, a garantia é dada através
de um bem em específico, conferindo maior eficiência na execução da mesma por parte do credor.

Já a alienação fiduciária é espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no nome se dar apenas
entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é distinto e muito importante.

Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito através da oneração de bem
da propriedade do devedor, os direitos reais em garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.

Mas, o que significa o termo resolúvel?

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Resolúvel é aquilo que nasce com data de encerramento, chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a
propriedade do credor é resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido. Como
estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade do credor tão somente enquanto
serve de garantia. Ocorrendo a extinção da garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a
titularidade passa do credor ao devedor.

Continuando, podemos resumir os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da propriedade resolúvel dele, com o
objetivo de tornar mais eficiente a recuperação do crédito.

Imagine por você mesmo: se você tem a possibilidade de permanecer com a titularidade do bem que concede
crédito para a aquisição, fica muito mais seguro quanto ao pagamento deste crédito, pois, caso contrário, a
titularidade do bem já lhe pertence e a recuperação do crédito pode se dar com a venda do próprio bem
para terceiro.

Esta é a ideia implícita na alienação fiduciária em garantia.

A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado de fiduciante) transfere ao
credor (chamado de fiduciário) a propriedade resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando
a posse direta. O cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao devedor a
possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o descumprimento transfere a posse direta do
bem ao credor, que o vende e satisfaz o cumprimento do crédito.

Apesar de a definição ser um pouco extensa, a ideia é muito simples.

Vamos ao exemplo mais tradicional de alienação fiduciária para compreender como funciona: os veículos.

Você deseja adquirir um veículo, pagando-o parcelado. Desta forma, contrata um crédito junto a uma
instituição financeira. A garantia da operação de crédito é o próprio veículo, que é alienado fiduciariamente
à instituição (chamada aqui de fiduciária).

Pois bem, nesta operação, a propriedade resolúvel do veículo é transmitida ao fiduciário, mesmo que a posse
direta permaneça com você (fiduciante). Desta forma, você pode continuar utilizando o veículo, pois a posse
direta é sua, mesmo que a propriedade resolúvel seja da instituição financeira.

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Ao final do contrato de crédito com todo o valor quitado, a propriedade resolúvel da instituição financeira
chega ao fim e é transferida, em definitivo, para você, que além da posse passa a ser o proprietário do bem.

A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já pertencem ao devedor. Ou seja,
ela não recai tão somente sobre bens móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor.

Adicionalmente, em relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não podem ser
substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a alienação fiduciária pode ser feita por
qualquer pessoa, física ou jurídica. Este tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição
financeira.

No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser substituídos por semelhantes), apenas
instituição financeira está autorizada a realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de ações de outra companhia que
possui. A rigor, como há alienação de bens móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por
instituição financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de alienação fiduciária


(destacando que todas estas figuras abaixo já estão definidas em outros momentos da aula):

1) extinção da obrigação;

2) perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

3) renúncia do credor;

4) adjudicação judicial,

5) remição

6) arrematação ou venda extrajudicial.

3 - FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO


O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica
de direito privado.

O FGC é formado por instituições privadas, que contribuem de maneira compulsória para formar o capital
do fundo, não possui finalidade lucrativa, além de possuir natureza privada e estar vedado de exercer
qualquer função pública, inclusive por delegação.

A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro


nacional (dentro dos limites previstos). No entanto outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a
manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de crise bancária
sistêmica.

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Afinal, ao proteger depositantes e investidores, o FGC mitiga os riscos de disseminação de passivos


(sobretudo por conta do risco de crédito) pelo SFN, reduzindo as chances de ocorrência de crises sistêmicas
e preservando a estabilidade do sistema financeiro.

Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos depositantes membros das
instituições:

✓ decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada; e


✓ reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da
associada.

Atenção! Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional
e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser contratadas com o FGC operações de assistência
ou de suporte financeiro, incluindo operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou
por intermédio de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

Estas operações podem ser contratadas, inclusive, com o objetivo de promover a transferência de controle
acionário, a transformação, a incorporação, a fusão, a cisão ou outras formas de reorganização societária
legalmente admitidas de interesse das instituições associadas.

Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

 não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros garantidos de


responsabilidade de cada associada ou associadas de um mesmo conglomerado, na hipótese (i) de
decretação, pelo Bacen, de intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo
Bacen, do estado de insolvência da instituição;
 observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele computado o valor
das antecipações de contribuições devidas pelas associadas, constantes do balancete mensal ou do
balanço do exercício do FGC:
▪ até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações realizadas com cada
instituição associada ou com todas as instituições associadas de um mesmo conglomerado
financeiro; e
▪ até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

Um bom e recente exemplo desta hipótese foi a contratação, pelo Banco BTG Pactual S.A., de linha de
assistência financeira com valor de até R$6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais) disponível, com garantia
constituída por parte da carteira de crédito do BTG Pactual1.

São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento,
os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito, financiamento e

1
http://ri.btgpactual.com/btgpactual/web/download_arquivos.asp?id_arquivo=32C2DED1-FE91-4F27-9978-
5D89A2053908&conta=28&s=150031

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investimento, as sociedades de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e


empréstimo, em funcionamento no País, que:

 recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


 realizem aceite em letras de câmbio;
 captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de letras hipotecárias, de
letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do agronegócio; e
 captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto títulos de emissão de
empresa ligada.

No entanto, é preciso afirmar que a afiliação destas instituições acima enumeradas ao FGC deve ser
comprovada previamente ao Bacen para que surta efeitos. Vale ressaltar também que a adesão das
instituições é compulsória.

Nos casos decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial da instituição associada, bem como a
mudança de objeto social em virtude da qual a instituição associada deixe de atender aos critérios elencados
acima, há exclusão da instituição do quadro de associados do FGC.

Isto porque a garantia prestada pelo FGC aos depósitos só é valida no caso de a instituição estar vinculada
ao Fundo.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:

✓ depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;


✓ depósitos de poupança;
✓ depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado;
✓ depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao
registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de
pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
✓ letras de câmbio;
✓ letras imobiliárias;
✓ letras hipotecárias;
✓ letras de crédito imobiliário;
✓ letras de crédito do agronegócio; e
✓ operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há garantia por parte do Fundo. São
os seguintes:

✓ os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados


✓ os depósitos captados de residentes no exterior;
✓ as operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos;
✓ os depósitos judiciais;

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✓ qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo
Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de referência de instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pela referida Autarquia;
✓ os créditos:
o de titularidade de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, de entidades de previdência complementar, de sociedades
seguradoras, de sociedades de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
o representados por cotas de fundos de investimento ou que representem quaisquer
participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos instrumentos financeiros de sua
titularidade.

Vamos citar um exemplo para elucidar o caso.

Suponha que você tenha valores depositados em uma conta corrente e também em CDB em um banco
comercial. Esta instituição, passando por dificuldades financeiras, tem intervenção decretada pelo Banco
Central. Assim, algum administrador externo à instituição (que pode ser do próprio FGC) passa a administrar
a instituição.

E seus recursos, como ficam?

Mesmo que a instituição não se recupere e entre em falência, não restando qualquer valor para indenizar
seus depositantes e rentistas, há a possibilidade do FGC garantir estes valores, pagando-os a você.

Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.

Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração promovida no Regulamento
do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para
garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.

A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção em instituição financeira


onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC, sendo que permanece inalterado o limite da garantia
de R$ 250 mil por CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.

Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017, data da aprovação do CMN,
não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período de 4 anos.

Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais), limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.

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Se, por exemplo, os valores que você possui em conta corrente e CDB depositados em uma instituição
financeira (ou em mais de uma do mesmo conglomerado financeiro) forem de R$ 300 mil, tão somente R$
250 mil será garantido.

Mas, no entanto, caso você tenha depósito de R$ 250 mil espalhados por 4 instituições financeiras distintas,
todos os seus depósitos serão garantidos. Se, por um acaso, você tiver esse valor em 5 IFs (total de R$ 1,25
milhão) e, dentro de um período de 4 anos, todas sofrerem intervenção do BACEN, você terá garantido o
valor total de R$ 1 milhão.

Assim, se mostra interessante diversificar os depósitos entre instituições financeiras diferentes, controladas
por grupos econômicos também distintos, dentro do limite de R$ 1 milhão.

E o que financia estas garantias prestadas pelo FGC?

Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária de 0,0125% ao mês sobre
os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.

Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do fundo (volume de dinheiro que
ele tem guardado) seja menor que 2% do valor das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de
requerer contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere os 2% das contas
garantidas.

Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos ordinários.

Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a depósitos a prazo sem
emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com garantia especial do FGC são chamados de DPGE.

Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou
falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.

Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas devem recolher ao FGC
contribuição especial equivalente ao somatório dos seguintes valores:

✓ 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia Especial
(DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário
Nacional; e
✓ 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado pelo
Conselho Monetário Nacional.

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QUESTÕES PROPOSTAS
(CESGRANRIO – BB/2014)

Um gerente participa de processo de treinamento sobretítulos de créditos e garantias do Sistema


Financeiro Nacional. Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou
com afinco aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

(CESGRANRIO – BNDES/2004)

Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar corretamente que:

a) é um contrato bilateral.

b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.

c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato acessório.

d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em caráter oneroso.

e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da forma escrita, segundo o
novo Código Civil.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011

Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma
obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita caracterização do
valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

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e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

FCC - Escriturário (BB)/2011

Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao benefício de


ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

FCC - Escriturário (BB)/2013

O penhor mercantil é modalidade de garantia que pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro
Nacional na formalização de operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.

b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.

c) esse direito recaia sobre bens móveis.

d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do credor.

e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição financeira.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2014)

Um bancário, almejando promoção na carreira, realiza diversos cursos propostos pelo seu empregador.
Ao final de um desses cursos, foi apresentada uma questão exigindo do aluno o conhecimento de que a
hipoteca

a) é inaplicável sobre as acessões do imóvel hipotecado.

b) é relacionada aos títulos de crédito documentados.

c) acarreta a proibição de alienação do imóvel hipotecado.

d) pode incidir sobre navios e aeronaves.

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e) pode ser realizada por pessoa absolutamente incapaz.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015

Um cliente interessado na compra de um imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações
no website do Banco do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos seguintes valores:
avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria; localizado em área
urbana;

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em cartório logo depois do
pagamento da primeira prestação.

b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.

c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o direito de reaver o imóvel em caso
de inadimplência do devedor, depois de finalizado o processo judicial.

d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob garantia sem que seja necessário
recorrer ao poder judiciário, caso o devedor se torne irremediavelmente inadimplente.

e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de inadimplência do devedor, ficando
aquele obrigado a repassar à União eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor
da dívida.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012

Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos precisam utilizar meios para garantir suas
operações e salvaguardar seus ativos.

Qual o tipo de operação que garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito,
em que há a transferência desse bem, móvel ou imóvel, do devedor ao credor?

a) Hipoteca

b) Fiança bancária

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c) Alienação fiduciária

d) Penhor

e) Aval bancário

FCC - Escriturário (BB)/2011

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores
e investidores, proporcionando garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.

FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC):

I. proporciona garantia a depósitos judiciais.

II. cobre créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições
associadas do mesmo conglomerado, até o valor limite de R$ 250.000,00.

III. tem o custeio da garantia prestada feito com recursos provenientes do Banco Central do Brasil.

Está correto o que consta em

a) II e III, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II, apenas.

d) I, apenas.

e) I, II e III.

FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição
associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

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a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

FCC - Escriturário (BB)/2010

O Fundo Garantidor de Crédito − FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o
mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra instituições financeiras em
caso de intervenção, liquidação ou falência. São cobertos limitadamente pela garantia

a) Notas Promissórias Comerciais.

b) Letras Hipotecárias.

c) Depósitos Judiciais.

d) Letras Financeiras do Tesouro.

e) Fundos de Investimentos Financeiros.

CESPE - Escriturário (BB)/2009

Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa
prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o montante dos saldos
das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESPE - Escriturário (BB)/2009

Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa
prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

Atualmente, o valor máximo de garantia proporcionada pelo FGC é de R$ 120.000,00 contra a mesma
instituição associada ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012

O Fundo Garantidor de Crédito foi criado para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e
investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

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Aula 07

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área VII/Consultor Legislativo/2014/

Suponha que o cliente de um banco múltiplo com carteira de arrendamento mercantil tenha adquirido
letra de arrendamento mercantil (LAM) de valor nominal de R$ 250.000,00, não possuindo qualquer outro
direito de crédito contra o banco emissor ou contra outra instituição do mesmo conglomerado econômico.

Com base nessas informações, julgue o item abaixo.

Na hipótese da liquidação extrajudicial do banco emissor, o cliente titular da LAM contará com garantia
ordinária do Fundo Garantidor de Créditos pelo saldo total remanescente do título.

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

Com relação às operações de captação e operações ativas praticadas no mercado financeiro brasileiro,
julgue o item a seguir.

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC) contribuição especial de
0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) do FGC que se situar
dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços paralelos no anverso
do título.

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é geral se, entre os dois traços, não houver nenhuma indicação ou se existir apenas a
indicação “banco”, ou outra equivalente.

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CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cheque com cruzamento geral pode ser pago em espécie, no caixa.

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado, ou, se este for o
sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o banco designado incumbir outro da
cobrança.

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Segundo a Lei n.º 7.357/1985, em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do
cheque. Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título. Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em que o título estiver
redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).

GABARITO

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01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A B B B C D D C C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C B ERRADO ERRADO D ERRADO CERTO CERTO CERTO CERTO
21 22 23
ERRADO CERTO A

QUESTÕES COMENTADAS
(CESGRANRIO – BB/2014)

Um gerente participa de processo de treinamento sobretítulos de créditos e garantias do Sistema


Financeiro Nacional. Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou
com afinco aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Comentários

O aval, assim como outras modalidades de garantia pessoal, enseja direito de regresso. Ou seja, o avalista
que arca com o crédito que prestou garantia pode cobrar os valores do avalizado. As outras alternativas
estão incorretas.

GABARITO: LETRA A

(CESGRANRIO – BNDES/2004)

Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar corretamente que:

a) é um contrato bilateral.

b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.

c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato acessório.

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d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em caráter oneroso.

e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da forma escrita, segundo o
novo Código Civil.

Comentários

Questão um pouco mais técnica, mas complementar ao tema. O contrato de fiança é “intuitu personae”
relativamente ao fiador, visto que para ser celebrado será imprescindível que o credor aceite a pessoa do
fiador como idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e possua bens suficientes para
cumprir a obrigação. A expressão intuitu personae significa “em relação à pessoa”. Por isso que o contrato
de fiança possui esta natureza, visto que depende das características relacionadas ao fiador para ser válido.

Vejamos os erros das demais alternativas:

a) O contrato de fiança é feito entre credor, devedor e fiador. Por envolver 3 partes não pode ser chamado
de bilateral

b) O contrato de fiança é acessório e deve fazer referência a um principal.

c) Incorreto, pois aval e fiança possuem distinções.

d) O contrato de fiança deve estar formalizado na forma escrita.

GABARITO: LETRA B

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011

Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma
obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita caracterização do
valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Comentários

Questão interessante, pois coloca um novo conceito em relação à fiança bancária, qual seja, a perfeita
caracterização do valor em moeda nacional. Ou seja, todo contrato de fiança bancária deve estabelecer o
exato valor sob o qual a garantia do banco é dada. Este conceito está na Letra B.

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Vejamos o erro das demais alternativas:

a) a área de crédito dos bancos precisa aprovar, pois se trata de uma operação que envolve riscos ao banco

c) a remuneração é pactuada entre o devedor e o banco

d) é utilizada em operações na BM&FBOVESPA, pois pode ser negociada para diversificar riscos

e) não é operação de crédito, mas sim de garantia.

GABARITO: LETRA B

FCC - Escriturário (BB)/2011

Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao benefício de


ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Comentários

Vejamos as alternativas:

a) O fiador pode ser substituído, desde que com anuência do credor

b) Correto. Como dissemos, o credor pode exigir a extinção do benefício de ordem; desta forma, o fiador se
torna o principal pagador, respondendo solidariamente com o devedor em caso de inadimplemento do
crédito (na prática os dois são cobrados simultaneamente)

c) A carta fiança é a garantia da operação, não havendo que se falar em contragarantia

d) Como afirmado, na ausência de benefício de ordem, a obrigação é compartilhada por devedor e fiador

e) A carta fiança não necessita cobrir integralmente a divida. Citamos que a fiança pode ser parcial, a critério
do credor.

GABARITO: LETRA B

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FCC - Escriturário (BB)/2013

O penhor mercantil é modalidade de garantia que pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro
Nacional na formalização de operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.

b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.

c) esse direito recaia sobre bens móveis.

d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do credor.

e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição financeira.

Comentários

O penhor mercantil recai sobre bens móveis com natureza industrial ou comercial. Desta forma, o penhor
mercantil é modalidade de garantia em que o direito recai sobre bens móveis.

As demais alternativas estão incorretas, pois o penhor mercantil pode servir de garantia em operações de
crédito que financiam mais de 50% da operação, a substituição de bens em penhor deve ser feita com prévia
anuência do credor e os recursos liberados servem para financiar alguma aquisição ou despesa diversa.

GABARITO: LETRA C

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2014)

Um bancário, almejando promoção na carreira, realiza diversos cursos propostos pelo seu empregador.
Ao final de um desses cursos, foi apresentada uma questão exigindo do aluno o conhecimento de que a
hipoteca

a) é inaplicável sobre as acessões do imóvel hipotecado.

b) é relacionada aos títulos de crédito documentados.

c) acarreta a proibição de alienação do imóvel hipotecado.

d) pode incidir sobre navios e aeronaves.

e) pode ser realizada por pessoa absolutamente incapaz.

Comentários

Em geral, a hipoteca recai sobre bens imóveis. No entanto, há a possibilidade de incidência sobre navios,
aeronaves, estradas de ferro e recursos minerais, como vimos anteriormente.

GABARITO: LETRA D

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CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015

Um cliente interessado na compra de um imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações
no website do Banco do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos seguintes valores:
avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria; localizado em área
urbana;

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em cartório logo depois do
pagamento da primeira prestação.

b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.

c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o direito de reaver o imóvel em caso
de inadimplência do devedor, depois de finalizado o processo judicial.

d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob garantia sem que seja necessário
recorrer ao poder judiciário, caso o devedor se torne irremediavelmente inadimplente.

e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de inadimplência do devedor, ficando
aquele obrigado a repassar à União eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor
da dívida.

Comentários

Acabamos de apresentar o objetivo da alienação fiduciária: facilitar a satisfação do crédito através da


execução da garantia de uma forma menos burocrática. Ou seja, a execução do bem alienado
fiduciariamente é mais simples do que de outras formas de garantia, até porque a propriedade do bem
permanece com o credor. Adicionalmente, foi apresentada a possibilidade de venda extrajudicial (sem
recorrer ao poder judiciário), como forma de extinção da alienação. Todos estes conceitos estão na Letra D.

Vamos ver o erro das demais alternativas:

a) a propriedade continua sendo do credor;

b) a garantia é dada formalizada através do estabelecimento da propriedade do bem, que é do credor, como
já salientado

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c) não é necessário processo judicial para a venda do bem

e) a União não possui relação entre devedor e credor do bem neste exemplo

GABARITO: LETRA D

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012

Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos precisam utilizar meios para garantir suas
operações e salvaguardar seus ativos.

Qual o tipo de operação que garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito,
em que há a transferência desse bem, móvel ou imóvel, do devedor ao credor?

a) Hipoteca

b) Fiança bancária

c) Alienação fiduciária

d) Penhor

e) Aval bancário

Comentários

A possibilidade de utilizar como garantia bens móveis e imóveis em que a propriedade é transferida do
devedor ao credor é feita tão somente na alienação fiduciária.

GABARITO: LETRA C

FCC - Escriturário (BB)/2011

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores
e investidores, proporcionando garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.

Comentários

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Questão direta.

O FGC proporciona garantia aos depósitos à vista e prazo, entre outros não citados pela questão.

GABARITO: LETRA C

FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC):

I. proporciona garantia a depósitos judiciais.

II. cobre créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições
associadas do mesmo conglomerado, até o valor limite de R$ 250.000,00.
==275324==

III. tem o custeio da garantia prestada feito com recursos provenientes do Banco Central do Brasil.

Está correto o que consta em

a) II e III, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II, apenas.

d) I, apenas.

e) I, II e III.

Comentários

Vejamos os itens:

I – Como vimos no tópico, não.

II – Exatamente. Este é o limite e a definição da garantia prestada pelo FGC.

III – Os recursos que financiam as garantias prestadas pelo FGC, além de compulsórios, são realizados pelas
instituições que dele fazem parte, como bancos comerciais, múltiplos etc. Ou seja, o Bacen não financia o
FGC.

GABARITO: LETRA C

FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição
associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

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a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

Comentários

Questão direta e simples.

A garantia máxima prestada pelo FGC é de R$ 250 mil.

GABARITO: LETRA B

FCC - Escriturário (BB)/2010

O Fundo Garantidor de Crédito − FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o
mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra instituições financeiras em
caso de intervenção, liquidação ou falência. São cobertos limitadamente pela garantia

a) Notas Promissórias Comerciais.

b) Letras Hipotecárias.

c) Depósitos Judiciais.

d) Letras Financeiras do Tesouro.

e) Fundos de Investimentos Financeiros.

Comentários

Como vimos no tópico, as letras hipotecarias são cobertas pelo FGC. As demais listadas na questão, não.

GABARITO: LETRA B

CESPE - Escriturário (BB)/2009

Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa
prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o montante dos saldos
das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

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Comentários

Ótima questão para perceber como as bancas são “sacanas”.

A contribuição ao FGC é mensal. Este é o erro da questão.

GABARITO: ERRADO

CESPE - Escriturário (BB)/2009

Julgue o próximo item, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa
prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

Atualmente, o valor máximo de garantia proporcionada pelo FGC é de R$ 120.000,00 contra a mesma
instituição associada ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro.

Comentários

Como citado, a garantia máxima prestada pelo FGC é de R$ 250 mil.

GABARITO: ERRADO

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012

O Fundo Garantidor de Crédito foi criado para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e
investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

Comentários

O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos.

GABARITO: LETRA D

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CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área VII/Consultor Legislativo/2014/

Suponha que o cliente de um banco múltiplo com carteira de arrendamento mercantil tenha adquirido
letra de arrendamento mercantil (LAM) de valor nominal de R$ 250.000,00, não possuindo qualquer outro
direito de crédito contra o banco emissor ou contra outra instituição do mesmo conglomerado econômico.

Com base nessas informações, julgue o item abaixo.

Na hipótese da liquidação extrajudicial do banco emissor, o cliente titular da LAM contará com garantia
ordinária do Fundo Garantidor de Créditos pelo saldo total remanescente do título.

Comentários

A liquidação extrajudicial da instituição emissora é um dos eventos que geram a obrigação do FGC prestar
garantia aos depositantes. No entanto, a Letra de Arrendamento Mercantil não está entre os títulos
garantidos pelo FGC.

GABARITO: ERRADO

CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e Monetária/2013/

Com relação às operações de captação e operações ativas praticadas no mercado financeiro brasileiro,
julgue o item a seguir.

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC) contribuição especial de
0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) do FGC que se situar
dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

Comentários

O FGC promove a garantia de depósitos (e outras aplicações) nos Sistema Financeiro Nacional em até R$ 250
mil por CPF/Instituição Financeira. O financiamento destas garantias é feito de maneira compulsória pelas
instituições que contribuem com o Fundo da seguinte maneira:

✓ Contribuição Ordinária - 0,0125% (cento e vinte e cinco décimos de milésimos por cento) do montante
dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia ordinária
✓ Contribuição Especial - somatório de 0,0833% a.m. (oitocentos e trinta e três décimos de milésimo
por cento ao mês) do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) do FGC
que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional com 0,8333% a.m. (oito mil
trezentos e trinta e três décimos de milésimo por cento ao mês) do montante dos saldos dos DPGE que
exceder o limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

Portanto, a contribuição especial é composta por 0,0833% sobre os saldos de depósitos a prazo com garantia
especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

Lembrando que, caso exceda este valor limite, há também a contribuição de mesmo percentual sobre o valor
que exceder.

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GABARITO: CERTO

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços paralelos no anverso
do título.

Comentários

Esta é a forma que se dá o cruzamento, como visto na parte teórica deste tópico.

GABARITO: CERTO

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é geral se, entre os dois traços, não houver nenhuma indicação ou se existir apenas a
indicação “banco”, ou outra equivalente.

Comentários

Há duas formas de cruzamento: geral e especial. A geral consiste em cruzamento sem indicação do banco
sacado ou apenas a indicação em branco.

GABARITO: CERTO

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

Comentários

Há duas formas de cruzamento: geral e especial. A especial consiste em cruzamento com a indicação do
banco sacado.

GABARITO: CERTO

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cheque com cruzamento geral pode ser pago em espécie, no caixa.

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Comentários

Qualquer cheque cruzado só pode ser pago mediante depósito em conta, nunca em espécie.

GABARITO: ERRADO

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Em relação ao cheque cruzado:

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado, ou, se este for o
sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o banco designado incumbir outro da
cobrança.

Comentários

Questão correta. É exatamente desta forma que se procede o pagamento de cheque com cruzamento
especial.

GABARITO: CERTO

CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010

Segundo a Lei n.º 7.357/1985, em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do
cheque. Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título. Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em que o título estiver
redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).

Comentários

A respeito, vimos que são essenciais ao cheque os seguintes requisitos:

a) a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua redação;
b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
c) o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);
d) data do saque;
e) lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;
f) assinatura do emitente (também chamado de sacador).

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Assim, a indicação de lugar de pagamento não figura como característica essencial. Faz-se necessária a
indicação do lugar de emissão do cheque, mas de pagamento.

GABARITO: LETRA A

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizamos aqui mais uma aula. Espero que tenham gostado e compreendido nossa proposta de curso.

Saiba que ao optar pelo Estratégia Concursos estará fazendo a escolha certa. Isso será perceptível no
decorrer do curso, a medida em que formos desenvolvendo os assuntos.

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso,
no Facebook e no Instagram.

https://www.facebook.com/profvicentecamillo/

https://www.instagram.com/profvicentecamillo/

Obrigado pela companhia.

Aguardo vocês na próxima aula.

Bons estudos e até lá!

Prof. Vicente Camillo

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RESUMO
 TÍTULOS DE CRÉDITO: Documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele
mencionado. O título prova a existência de uma relação jurídica, especificamente de uma relação de
crédito.

Características: relações creditícias, facilidade na cobrança do crédito em juízo, ostenta o atributo da


negociabilidade.

▪ Princípios

o Cartularidade: Somente quem exibe a cártula (o papel que se lançaram os atos


cambiários constitutivos do crédito) pode pretender a satisfação de uma pretensão
relativamente ao direito documentado pelo título.

o Literalidade: somente produzem efeitos jurídicos os atos lançados no próprio título


de crédito.

o Autonomia: O terceiro descontador não precisa investigar as condições em que o


crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja irregularidade, invalidade
ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu direito prejudicado.

▪ Nota Promissória

o Uma promessa de pagamento. Promessa do subscritor de pagar quantia


determinada ao tomador, ou à pessoa a quem esse transferir o título.

o Situações jurídicas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do


beneficiário da promessa (credor).

o Requisitos:

a) a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação;
b) a promessa incondicional de pagar quantia determinada;
c) nome do tomador;
d) data do saque;
e) assinatura do subscritor; e
f) lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

o Somente se revestido da formalidade prescrita por lei, o instrumento escrito


poderá ser transferido e cobrado, sob o regime do direito cambiário.

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o Não produzirá efeitos cambiais a nota promissória emitida ao portador, já que o


nome do tomador é exigido.

o Também não poderá ser considerada nota o título que sem indicação de valor
líquido, ou que sujeite a exigibilidade da promessa a qualquer sorte de condição,
suspensiva ou resolutiva.

▪ Duplicata

o Título de crédito criado pelo direito brasileiro.

o A sua emissão somente se pode dar para a documentação de crédito nascido de


compra e venda mercantil, e de vinculação obrigatória, ou seja, o sacado, quando
devedor do sacador, se obriga ao pagamento da duplicata, ainda que não a assine.

o Elementos:
a) a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação do
título por endosso;
b) data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
c) os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em vista
a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
d) data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
e) nome e domicílio do vendedor (sacador);
f) nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
g) importância a pagar, em algarismos e por extenso;
h) local de pagamento;
i) declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
j) assinatura do sacador.

o Se o título é emitido à vista, o comprador, ao recebê-lo, deve proceder ao


pagamento da importância devida; se a prazo, ele deve assinar a duplicata, no
campo próprio para o aceite, e restituí-la ao sacador, em 10 dias.

o O aceite não pode ocorrer por simples vontade do sacado.

o Casos que pode ocorrer a recusa: a) avaria ou não recebimento das mercadorias,
quando transportadas por conta e risco do vendedor; b) vícios, defeitos e
diferenças na qualidade ou na quantidade; c) divergência nos prazos ou preços
combinados.

o Quando o vendedor não cumpriu satisfatoriamente suas obrigações, o comprador


pode se exonerar do cumprimento das suas. A recusa do aceite cabe nessa situação
e nas demais citadas acima.

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o A duplicata recusada, retida e não paga será protestada uma só vez; pouco importa
o tipo de protesto, porque os seus efeitos são idênticos, em qualquer hipótese.

o O lugar do pagamento é também o do protesto.

▪ Cheque

o Ordem de pagamento à vista.

o Emitida contra um banco, em razão de provisão (valores depositados) que o


emitente possui junto ao sacado (banco pagador), proveniente essa de contrato de
depósito bancário (conta corrente, por exemplo) ou de abertura de crédito (limite
de crédito, por exemplo).

o Requisitos essenciais:

a) a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;
b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
c) o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);
d) data do saque;
e) lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;
f) assinatura do emitente (também chamado de sacador).

o Cheques da mesma praça devem ser pagos em 30 dias; cheques de praças


diferentes, em 60 dias.

o Modalidades: Visado; Administrativo; Cruzado; Para se levar em conta.

 GARANTIAS: O devedor (tomador do empréstimo e/ou de outras modalidades de financiamento que


envolvem dívidas) pode simplesmente não cumprir com suas obrigações com o credor. A instituição
financeira geralmente está garantida por meios que permitem o cumprimento do objeto do contrato,
mesmo que indiretamente.

▪ Aval

o Forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,


determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

o Características: autonomia (obrigação do avalista como independente da


obrigação do avalizado); equivalência (a equivalência do aval significa que o
avalista é devedor do título da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada).

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o Formas: (i) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão


“por aval”, ou outra do mesmo sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou
anverso do título sob a expressão “por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

o Aval em branco (ela não identifica o devedor - avalizado). Aval em preto (o sujeito
avalizado é conhecido).

▪ Fiança

o Espécie diferente e mais completa de garantia. Diferente do aval que é autônomo


à obrigação avalizada, a fiança é obrigação acessória.

o Outra diferença fundamental entre o aval e a fiança é o chamado benefício de


ordem.

o No aval, o credor pode executar o cumprimento do seu direito de qualquer um dos


dois – avalista e avalizado – sem precisar fazer isto primeiramente de um e depois
de outro.

o É contrato acessório;
o Deve estar formalizada por escrito;
o Pode ser instituída sem o consentimento do devedor ou contra a sua vontade;
o Pode garantir dívidas futuras;
o Em regra, o fiador é responsável pela obrigação principal e outras acessórias;
o Pode haver fiança parcial;
o Não pode existir fiança de valor superior à obrigação principal;
o O credor não necessita aceitar qualquer fiador;
o A fiança pode ser divida entre fiadores; importando solidariedade entre eles, ou a
especificação da obrigação correspondente a cada fiador
o A fiança deve ser estabelecida por prazo determinado.

▪ Fiança Bancária
o Espécie de fiança pela qual o banco se coloca como fiador de seu cliente (o sujeito
afiançado) em determinada operação de crédito.

o O próprio banco é o fiador.

▪ Penhor Mercantil
o É modalidade de direito de garantia real. Se tratando de garantia real há a
necessidade de indicação de um bem específico para satisfazer a necessidade do
credor.

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o Extinção:

o 1) extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);


2) perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);
3) renunciando o credor;
4) confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;
5) dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do
bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);
6) a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa
empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.
7) a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São formas
de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência
pelo credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

▪ Hipoteca

o Modalidade de direito de garantia real. Ocorre quando se onera um bem específico


para garantir determinada operação de crédito.

o Tipos de bens que podem ser hipotecados: imóveis, estradas de ferro, recursos
minerais, navios, aeronaves.

o Extinção:

1) extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
2) perecimento do bem hipotecado;
3) renúncia do credor hipotecário;
4) a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
5) arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o maior
lance);
6) adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
7) averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

▪ Alienação Fiduciária

o Espécie de direito real em garantia.

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o É contrato pelo qual o devedor (chamado de fiduciante) transfere ao credor


(chamado de fiduciário) a propriedade resolúvel de bem (pode ser móvel ou
imóvel), conservando a posse direta.

o O cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao


devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e satisfaz
o cumprimento do crédito.

 FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO

o Associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado.

o Finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no âmbito do sistema


financeiro nacional (dentro dos limites previstos).

o Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro,
incluindo operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por
intermédio de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas
controladores.

o Elas devem seguir os seguintes limites:

1) não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um mesmo
conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de intervenção ou
liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen, do estado de
insolvência da instituição;

2) observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele


computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas associadas,
constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do FGC:
- até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações realizadas com
cada instituição associada ou com todas as instituições associadas de um mesmo
conglomerado financeiro; e
- até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

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