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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo


0020328-09.2022.5.04.0271

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 10/03/2022


Valor da causa: R$ 32.289,98

Partes:
RECLAMANTE: CARLOS HENRIQUE SILVEIRA DOS SANTOS
ADVOGADO: VOLNEI TEODOSIO FRANCISCO
RECLAMADO: SAO RAFAEL MEDICOES DE ENERGIA ELETRICA LTDA
ADVOGADO: VANDERLEI JOSE BOBROWSKI
RECLAMADO: EQUATORIAL ENERGIA S/A

ADVOGADO: DENISE PIRES FINCATO


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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DO


POSTO DA VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE TRAMANDAÍ/RS

CARLOS HENRIQUE SILVEIRA DO SANTOS, brasileiro,


casado, leiturista, portador da cédula de identidade nº.
905804373-1, inscrito sob o CPF nº. 593.122.540-49,
residente e domiciliado na Av. República, nº. 819, CEP
95590-000, Bairro Nova Tramandaí, Tramandaí – RS, por
seu procurador infra-assinado, vem, respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, propor

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA COM PEDIDO DE


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE LIBERAÇÃO DO
FUNDO DE GARANTIA

em face de SÃO RAFAEL MEDIÇÕES DE ENERGIA


ELÉTRICA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ
nº. 02.576.744/0001-84, com sede na Rua Waltornilo Hagel
Maciel, nº. 529, Loja 01, Bairro Colina, CEP 92718-000,
Guaíba – RS, e EQUATORIAL ENERGIA S.A, pessoa
jurídica de direito privado, CNPJ nº. 03.220.438/0001-73,
com sede na Scs, quadra 09, Lote C, Torre A, salas 1.201,
1.204 e 1.205, Bairro Asa Sul, CEP 70308-200, Brasília –
DF, pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos:

I. DO CABIMENTO DO ADITAMENTO

A jurisprudência é pacifica ao determinar aditamento à petição inicial


após notificação e a apresentação da constestação, mas antes da audiência
inaugural. Nesse sentido, vejamos:

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Número do processo: 0020328-09.2022.5.04.0271 ID. 95cbcd9 - Pág. 1
Número do documento: 22032915525473400000109879335
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RECURSO DE REVISTA . APELO INTERPOSTO SOB A


ÉGIDE DO NOVO CPC . CERCEAMENTO DO DIREITO DE
DEFESA. ADITAMENTO À PETIÇÃO INICIAL APÓS A
NOTIFICAÇÃO E A APRESENTAÇÃO DA CONTESTAÇÃO,
MAS ANTES DA AUDIÊNCIA INAUGURAL . No processo do
trabalho, regido pelos princípios da celeridade, economia
processual, simplicidade e instrumentalidade das formas, o
momento para o exercício do direito de defesa é a data da
audiência inaugural, de acordo com o previsto no art. 847 da
CLT, independentemente da data da citação. Dessa forma,
admite-se o aditamento da inicial até a apresentação da
defesa em audiência, visto que é neste momento que se dá a
estabilização da lide trabalhista, desde que seja garantido o
direito do contraditório ao Reclamado . No caso concreto, não
houve prejuízo ao pleno exercício do contraditório e da ampla
defesa da Reclamada, visto que o Tribunal Regional informou
que o pedido de aditamento da petição inicial ocorreu após a
apresentação da contestação, mas consignou expressamente
que a audiência inaugural ainda não havia ocorrido e que,
naquela oportunidade, foi deferido prazo à Reclamada para
apresentação de contestação complementar, devidamente
observado, e somente após esse prazo e a apresentação da
contestação complementar é que o Juiz procedeu à
estabilização da lide. Precedentes. Recurso de Revista não
conhecido" (RR-1652-59.2014.5.06.0005, 4ª Turma, Relatora
Ministra Maria de Assis Calsing, DEJT 30/06/2017).

II. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Requer a concessão da JUSTIÇA GRATUITA, em favor do


Reclamante, por ser pessoa pobre sem condições de pagar as custas
processuais, de acordo com a lei 7.510/86, art.98 da Lei 13.105/15 e art. 128
da lei 8.213/91.

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III. DA TEMPESTIVIDADE

O prazo prescricional é de cinco anos para os trabalhadores urbanos


e rurais e até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho,
com base no art. 7º, XXIX CRFB/88

IV. DOS FATOS

O Reclamante foi contratado pela Reclamada São Rafael Medições de


Energia Elétrica LTDA em 02/03/2015, na função de leiturista, conforme
demonstra declaração em anexo. O Reclamante teve seu contrato reincidido em
02/03/2022

A Reclamada São Rafael é uma empresa terceirizada que presta


serviços de leitura dos medidores de energia à Reclamada Equatorial Energia
(antiga CEEE, conforme demonstra documento anexo).

Uma vez a cada 03 meses o Reclamante fazia leitura de energia na zona


rural, especificamente nas cidades de Torres, Santo Antônio da Patrulha e
Palmares do Sul.

Para fazer a medição de energia na zona rural, o Reclamante usava o


veiíulo da empresa, doc. Anexo, e recebia R$ 500,00 (quinhentos reais) reais a
mais ao mês, valor que não era computado na sua carteira de trabalho, esse
valor era depositado diretamente em sua conta bancária.

Como exposto acima, o Reclamante foi admitido pela Reclamada em


02/03/2015 (declaração anexa), dessa data até 02/03/2019 houve
recolhimento inferior do FGTS, visto que não foram computados os R$
500,00 (quinhentos reais) que o Reclamante recebia ao efetuar leitura de
energia em zona rural. Após 02/04/2019 até 03/01/2022 (data de afastamento
conforme rescisão anexa), não foram depositados a importância de 8% do
FGTS.

E quando da Rescisão em 03/01/2022 não lhe foram entregues as guias


para recebimento do FGTS, e nem as guias para recebimento do seguro

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desemprego, causando prejuízos ao mesmo, visto que o objetivo das parcelas


do seguro desemprego é garantir a subsistência do trabalhador.

A Reclamada não cumpriu com suas obrigações trabalhistas e legais


junto ao Reclamante, visto que depositou incorretamente o valor do FGTS pelo
período mencionado acima e após o ano de 2019, deixou de depositar.

Diante de tais fatos, não restou outra alternativa a não ser propor a
presente demanda judicial para que o Reclamante possa ter seus direitos
assegurados.

V. DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Como exposto acima, o Reclamante foi prejudicado pela Reclamada, já


que a mesma não forneceu as guias para recebimento do FGTS e do seguro
desemprego. Assim, o Reclamante encontra-se impossibilitado de sacar o saldo
existente na conta do FGTS e o benefício do seguro desemprego.
O Reclamante possui direito a expedição de alvará para liberação
do saldo existente na Caixa Econômica Federal no valor de R$ 5.027,01
(cinco mil e vinte e sete reais e um centavo), conforme documento anexo.
Portanto, é devido a expedição de alvará para levantamento do FGTS e
ofício para a habilitação no seguro desemprego, conforme decisão infra:

MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA ANTECIPADA. EXPEDIÇÃO


DE ALVARÁ PARA LEVANTAMENTO DO FGTS E DE OFÍCIO PARA
HABILITAÇÃO NO SEGURO DESEMPREGO.
Restando incontroversa a dispensa do trabalhador sem justa causa,
bem como o não pagamento das verbas do distrato, em razão de
dificuldades financeiras alegadas pela ex-empregadora, mostra-se
cabível cassar o ato judicial que indeferiu a antecipação de tutela para
saque do FGTS e habilitação no seguro desemprego, em
conformidade com a jurisprudência deste Colegiado.(TRT-1 - MS:
00108097520155010000 RJ, Data de Julgamento: 16/06/2016, SEDI-
2, Data de Publicação: 28/06/2016)

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MANDADO DE SEGURANÇA. EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ PARA


SAQUE DO FGTS E ENCAMINHAMENTO DO SEGURO-
DESEMPREGO.
A prova dos autos enseja a presunção de que o impetrante foi
dispensado sem justa causa, evidenciando-se a probabilidade do
direito do autor à expedição de alvarás para saque do FGTS e
encaminhamento do seguro-desemprego. Por outro lado, revela-se
evidente o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, uma
vez que o trabalhador necessita de tais verbas para sua subsistência.
Segurança concedida.(TRT-4 MSCIV 0020156-41.2021.5.04.0000.
Órgão Julgador: 1ª Seção de Dissídios Individuais. Julgamento 8 de
Junho de 2021)

O Reclamante deve ser indenizado pela negativa da entrega das guias


do seguro desemprego.

Neste sentido:

EMENTA – Tribunal Superior do Trabalho- TST – Recurso de


Revista : RR 13319320115060016 (8ª Turma)- Ministro relator
Márcio Eurico Vitral Amaro – Brasilia, 05/08/2015
RECURSO DE REVISTA - DISPENSA POR JUSTA CAUSA. A
controvérsia envolve o reexame do conjunto fático-probatório, o
que é vedado nesta instância extraordinária, nos termos da
súmula 126 do TST. Recurso de Revista não conhecido.
INDENIZAÇÃO PELA NÃO LIBERAÇÃO DA GUIA DO
SEGURODESEMPREGO.
Verifica-se que a decisão regional encontra-se em harmonia
com a Súmula 389, item II, do TST, que estabelece que a não
liberação pelo empregador da guia necessária para o
recebimento do seguro-desemprego dá ensejo ao
pagamento de indenização. Recurso de Revista não
conhecido.(grifei)
DIFERENÇAS SALARIAIS. ACÚMULO DE FUNÇÕES. Não há
como prosperar o recurso, em face do que estabelecem as

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Súmulas 297, I e II, e 337, I, 'a', do TST. Recurso de Revista não


conhecido.
MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. Esta Corte firmou
entendimento, no sentido de que, não prevendo o art. 477, §§ 6º
e 8º, da CLT outra exceção que não a relativa à mora causada
por culpa do empregado, não se cogita da inaplicabilidade da
aludida multa quando houver controvérsia quanto à obrigação
inadimplida. A incidência da referida multa prende-se, afinal, ao
mero fato objetivo concernente ao atraso no pagamento das
verbas rescisórias. Recurso de Revista não conhecido.

Aqui parte do voto do Eminente Relator;


2 - INDENIZAÇÃO PELA NÃO LIBERAÇÃO DA GUIA DO
SEGURO-DESEMPREGO
O Reclamado pugna pela reforma da decisão que o condenou a
pagar indenização pelo não fornecimento da guia necessária ao
recebimento do seguro-desemprego, ao argumento de que a
dispensa foi por justa causa, categoria que não abarca a
percepção do referido benefício. Requer, sucessivamente, caso
seja mantida a decisão regional, a limitação dos valores
estipulados pela Resolução 252/00 do CODEFAT. Indica
contrariedade à Súmula 389 do TST e violação do art. 3º, da Lei
nº 7.998/90. Transcreve arestos para cotejo de teses.
Sem razão.
O Regional, em relação ao tema, consignou:
"O seguro-desemprego é direito do empregado que somente
poderá ter acesso ao seu recebimento mediante apresentação
da guia respectiva fornecida pelo empregador. Não compete ao
empregador avaliar se tem ou não o empregado direito ao
mencionado benefício, mas tão somente entregar as guias.
Não o fazendo, deixa de cumprir uma obrigação de fazer.
Caracterizada a lesão de direito individual, a ser reparada
através de indenização de perdas e danos. O empregado deixa

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de utilizar, por culpa do empregador, um instituto social que


protege o trabalhador no caso de desemprego. (grifei).
O fato de a empregadora não ter fornecido as guias do seguro
desemprego em função da controvérsia em torno da forma de
terminação do vínculo empregatício não inibe a conversão da
obrigação em indenização equivalente, quando a justa causa é
afastada em juízo.
Logo, afastada a justa causa aplicada pela empresa, deverá ela
ressarcir o empregado dos prejuízos sofridos pela não-entrega
das guias do seguro desemprego, na época própria. Aliás, o
entendimento contido na Orientação Jurisprudencial 211 da
SBDI-1, posteriormente convertida no item II da Súmula 389 do
C. TST é nesse mesmo sentido de que '(...) O não-fornecimento
pelo empregador da guia necessária para o recebimento do
seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização'.
Ainda sobre essa questão cito a seguinte ementa: (...). Dou
provimento ao recurso para acrescer à condenação o
pagamento de indenização relativa ao seguro-desemprego.
Valor a ser quantificado em liquidação, por cálculos, aplicando-
se as cotas e parcelas do benefício de conformidade com a Lei
nº 7.998/90." (fls. 536/537)
Verifica-se que a decisão regional se encontra em harmonia com
a Súmula 389, item II, do TST, que estabelece que a não
liberação pelo empregador da guia necessária para o
recebimento do seguro-desemprego dá ensejo ao pagamento de
indenização. Desse modo, resta superada qualquer
possibilidade de processamento do Recurso de Revista
interposto, nos termos da Súmula 333 do TST e do artigo 896, §
7º, da CLT.

EMENTA: SEGURO-DESEMPREGO. INDENIZAÇÃO DECORRENTE


DA NÃO LIBERAÇÃO DAS GUIAS. O não-fornecimento pelo empregador
da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem
ao direito à indenização substitutiva. Aplicação da Súmula 389, II, do C.

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TST. (TRT18, RORSum - 0010743-4.2020.5.18.0241, Rel. PLATON


TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO , 2ª TURMA, 11/12/2020)

Deste modo, o Reclamante requer a Vossa Excelência, com base no art.


300 do CPC/2015, a expedição de Alvará Judicial, para recebimento do
Reclamante do saldo do FGTS existente na sua conta na Caixa Econômica
Federal (comprovante anexo) e Alvará Judicial para o recebimento do seguro
desemprego, visto que o Reclamante não possui meios para prover o seu
sustento e de sua família.

VI. PAGAMENTO FEITO FORA DOS REGISTROS DA CARTEIRA DE


TRABALHO – CTPS

O Reclamante recebia R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês a mais, pois


efetuava as leituras de energia com motocicleta do Reclamado (doc. da
motocicleta em anexo), ocorre que, esse valor não era incluído no envelope,
sendo depositado na conta bancária.

VII. DO AVISO PRÉVIO

O art. 487, §1º, da CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio
pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período,
integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.
O Reclamante faz jus ao pagamento ao aviso prévio indenizado, com
acréscimo de 15 dias por ter laborado 05 anos, recebendo R$ 500,00 sem
registros.
Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, de acordo com o art.
10, §1º da Lei 12506/11, corresponde a 45 dias de tempo de serviço, contador a
partir de 02/03/2015, data da admissão do Reclamante.

Demonstra-se em cálculo abaixo os 45 dias de aviso prévio sob o último


salário no valor de R$ 1.714,39 + R$ 500,00 (valor que era depositado direto em
conta bancária), totalizando R$ 2.214,39. Vejamos:

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Assim, o a valor a ser pago ao Reclamante pela Reclamada a título de


aviso prévio indenizado é no valor de R$ 3.321,59 (três mil e trezentos e vinte e
um reais e cinquenta e nove centavos)

VIII. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS COM 1/3

O Reclamante tem direito ao pagamento das férias proporcionais com


1/3 constitucionalmente previstos.
As férias foram calculadas sobre o valor de R$ 500,00 (valor recebido
diretamente em conta bancária). Vejamos o cálculo:

1/3 de R$ 500,00 = R$ 166,66 + R$ 500,00 = R$ 866,66


R$ 866,66 x 5 (anos trabalhados) = R$ 4.333,33

IX. DO FGTS E MULTA RESCISÓRIA

O Reclamante recebia R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês a mais, pois


efetuava as leituras com motocicleta do Reclamado ocorre que, esse valor não
era incluído no envelope, sendo depositado em sua conta bancária.

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a) A Reclamada efetuou o depósito do FGTS até fevereiro de 2019.


Deste modo, no período de 02/03/2015 a 02/03/2019 houve recolhimento inferior
do FGTS, visto que não foram computados os R$ 500,00. Assim, calculando 8%
sobre o valor de R$ 500,00, totaliza R$ 1.880,00, a serem recolhidos;

b) No período de 02/04/2019 a 03/01/2022, não foram depositados a


importância de 8%, assim, deve ser calculado o valor de R$ 2.214,39 (último
salário no valor de 1.714,39 + R$ 500,00), sob os 8%, totalizando R$ 3.543,00.

c) Além disso, por conta de rescisão injusta do contrato de trabalho,


deverá ser paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título
de FGTS, de acordo com o art. 18, §1º da Lei 9.491/97.

O valor a ser recebido pela falta de pagamento do FGTS com a soma da


letra a) e b) totaliza R$ 5.423,00 + 40% (R$ 2.169,20) = $7.529,20 reais

Deste modo, requer a condenação da Reclamada a efetuar o


complemento dos depósitos correspondente aos períodos mencionados acima,
visto que foram recolhidos o valor indevido até 02/04/2019, e a partir dessa data
não foram recolhidos nenhum valor.

X. 13º SALÁRIO

O Reclamante tem direito a receber 13º salário referente ao valor de R$


500,00, visto que recebia esse valor depositado em conta bancária. Vejamos o
cálculo.

R$ 500,00 x 5 (anos trabalhados) = R$ 2.500,00 reais

XI. MULTA DO ART. 467 DA CLT

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A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, todas as verbas


incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme art. 467 da CLT,
transcrito a seguir:
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo
controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o
empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do
comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa
dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta
por cento". (grifo nosso)
Dessa forma, requer que seja aplicada a multa do mencionado acima,
caso a Reclamada não às pague em audiência.

XII. MULTA DO ART. 477, §8º DA CLT

A partir do término do contrato de trabalho, a empresa tem 10 dias para


quitar os valores devido, conforme art. 477, §6º, da CLT, vejamos:

Art. 477
(...)
§ 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem
a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes
bem como o pagamento dos valores constantes do
instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser
efetuados até dez dias contados a partir do término do
contrato. (grifo nosso)

Ocorre que, a data do afastamento (rescisão em id b330a70) se deu em


03/01/2022, e conforme o extrato bancário do Reclamante anexado aos autos
em id 3022404, página 03, o Reclamado efetuou o pagamento em 01/02/2022, ou
seja, 29 dias após o afastamento do Reclamante. Vejamos:

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A multa prevista no art. 477, §8º dispõe:‘’ A inobservância do disposto


no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador,
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente
ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo
quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.’’

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Número do documento: 22032915525473400000109879335
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Desse modo, o Reclamante possui direito a incidência da multa prevista


no dispositivo acima.

XIII. PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS DE OUTRO PROCESSO

A penhora no rosto dos autos de outro processo tem por objetivo


alcançar créditos em que o Executado (São Rafael Medições de Energia S.A)
possui em outro processo que se figure como autor/credor, situação que se
amolda ao caso.

A penhora está prevista no art. 860, CPC que dispõe: ‘’Quando o direito
estiver sendo pleiteado em juízo, a penhora que recair sobre ele será averbada,
com destaque, nos autos pertinentes ao direito e na ação correspondente à
penhora, a fim de que esta seja efetivada nos bens que forem adjudicados ou
que vierem a caber ao executado.’’
Verifica-se que a Reclamada Equatorial Energia S.A responde como
devedora da Reclamada São Rafael Medições de Energia Elétrica no processo
nº. 0020163-15.2022.5.04.0221 em trâmite na Vara do Trabalho de Guaíba. O
processo versa sobre o valor pago ser insuficiente para a quitação integral das
verbas rescisórias do quadro de funcionários.
Nesse sentido, vejamos a jurisprudência acerca do tema:

RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.


INVENTÁRIO. PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS. ART. 860
DO CPC/15. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. CRÉDITO
CONSTITUÍDO EM FACE DE UM DOS HERDEIROS.
HOMOLOGAÇÃO DA PARTILHA. ART. 642, CAPUT, DO
CPC/15. INAPLICABILIDADE À HIPÓTESE DOS AUTOS.
SITUAÇÃO FÁTICA DIVERSA.
(...) 3. O art. 860 do CPC/15 prevê expressamente que a
penhora é passível de ser levada a efeito em processo
distinto daquele em que o crédito deveria,
originariamente, ser satisfeito, podendo recair sobre

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os bens que forem adjudicados ou que vierem a caber


ao executado. 4. Tratando-se de ação de inventário, este
Tribunal Superior já se manifestou no sentido do cabimento da
penhora no rosto dos autos quando se tratar de constrição que
objetive atingir direito a ser atribuído a um dos herdeiros que
figure na posição de executado. 5. A norma do art. 642, caput,
do CPC/15, que, segundo o acórdão recorrido, apenas facultaria
a constrição postulada pelo recorrente até o momento da
partilha, trata exclusivamente da habilitação de credores do
espólio, circunstância fática diversa da verificada na espécie. 6.
Nesse contexto, o fato de a presente hipótese não versar sobre
dívida contraída pelo autor da herança - mas sim sobre dívida
particular de um dos herdeiros - obsta que sejam aplicadas as
mesmas consequências jurídicas decorrentes da inobservância
dos pressupostos exigidos pelo dispositivo precitado. 7. Assim,
ao contrário do que entendeu o acórdão impugnado, a
homologação da partilha, por si só, não constitui circunstância
apta a impedir que o juízo do inventário promova a constrição
determinada por outro juízo. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
(REsp 1877738 DF 2020/0132008-1 Órgão Julgador T3 -
TERCEIRA TURMA; Publicação DJe 11/03/2021; Julgamento 9
de Março de 2021. Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI (grifo
nosso)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS. PROCESSO DE
CONHECIMENTO. POSSIBILIDADE.\n1. É CONSABIDO QUE
A EXECUÇÃO SE DÁ NO INTERESSE DO CREDOR, NOS
TERMOS DO ARTIGO 797, DO CPC. O QUE BUSCA O ENTE
PÚBLICO COM A EFETIVAÇÃO DA PENHORA NO ROSTO
DOS AUTOS É DAR EFETIVIDADE AO PROCESSO DE
EXECUÇÃO, DE MODO A SATISFAZER O VALOR INSCRITO
EM DÍVIDA ATIVA, CUJA MODALIDADE DE PENHORA ESTÁ
EXPRESSAMENTE PREVISTA NO INCISO VIII DO ART. 11 DA
LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS Nº 6.830/80.\n2. ALÉM DISSO,
O ARTIGO 860 DO CPC NÃO IMPÕE ÓBICE À EFETIVAÇÃO
DA PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS EM AÇÃO DE

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CONHECIMENTO, RAZÃO PELA QUAL NÃO SE MOSTRA


NECESSÁRIO QUE O FEITO ESTEJA NA FASE EXECUTIVA.
PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS.\n3. DECISÃO
AGRAVADA REFORMADA.\nAGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. (AI 51471549220218217000 RS Órgão Julgador
Segunda Câmara Cível Publicação 30/11/2021; Julgamento 29
de Novembro de 2021. Relator João Barcelos de Souza Junior)
(grifo nosso)

Assim, resta demonstrado que a penhora é passível de ser levada


a efeito em processo distinto daquele em que o crédito deveria,
originariamente, ser satisfeito.

XIV. DO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DESPESA COM


HONORÁRIOS CONTRATUAIS (REPARAÇÃO INTEGRAL)

Com base nos artigos 389 e 404 do Código Civil e no Enunciado 53 da


ANAMATRA, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de uma
indenização correspondente aos honorários advocatícios, tendo em vista que foi
necessária a contratação pelo Reclamante de um patrono para defender em
Juízo os seus interesses, não tendo como arcar com tal despesa, decorrente
exclusivamente do descumprimento de obrigações trabalhistas por parte da
Reclamada.

Neste Sentido;

Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região TRT-4 – Recurso


Ordinário : RO 00204746520145040001 - Inteiro Teor
PROCESSO nº 0020474-65.2014.5.04.0001 (RO)
EMENTA
VENDA DE EMPRESAS INTEGRANTE DE GRUPO
ECONÔMICO. SUCESSÃO TRABALHISTA. SOLIDARIEDADE.
Nos termos do art. 2º, da CLT, as empresas integrantes de grupo

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econômico respondem solidariamente pelos créditos


trabalhistas. A venda de uma empresa do grupo mantém a
solidariedade do grupo econômico quanto aos créditos
trabalhistas relativos ao período contratual havido até a
transferência para a sucessora que, nos termos dos artigos 10 e
448, ambos da CLT, passa a ser responsável pelo contrato de
forma integral.

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos. ACORDAM os
Magistrados integrantes da 5ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região: à unanimidade, DAR PARCIAL
PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE
(SANDRO ISMAEL MENTGES) para determinar a inclusão da
quilometragem voada na base de cálculo do adicional de
periculosidade, bem como para condenar a reclamada em R$
188,50 por ano, em 2011, 2012 e 2013, em indenização por
danos morais no valor de R$ 10.000,00 e no pagamento dos
honorários advocatícios no percentual de 15% sobre o valor
total da condenação. À unanimidade, NEGAR PROVIMENTO
AO RECURSO ORDINÁRIO DA SEGUNDA RECLAMADA (JMT
ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES LTDA.). Valor da
condenação, para efeitos legais, provisoriamente majorado em
R$ 12.500,00 e das custas em R$ 250,00.(grifei)
Intime-se.
Porto Alegre, 16 de março de 2017 (quinta-feira).
BRÍGIDA JOAQUINA CHARÃO BARCELOS TOSCHI
Relator

Abaixo parte do voto do eminente Relator;


1.5. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Insurge-se o reclamante contra o indeferimento dos honorários
advocatícios, afirmando ser prescindível a credencial sindical do
advogado.

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Analiso.
Adoto o entendimento de que na Justiça do Trabalho, não
obstante o disposto nas Súmulas n.º 219 e 329 do TST, os
honorários advocatícios são devidos pela mera existência nos
autos de declaração de insuficiência econômica, em face do
disposto nos art. 5º, inciso LXXIV, e art. 133, ambos da
Constituição Federal de 1988, em conforme o disposto nos art.
2º e 22 do Estatuto da OAB.
Havendo declaração de insuficiência econômica (ID. 2492689 -
Pág. 1), a qual presume-se verdadeira, na forma do § 3º do art.
99 do NCPC, faz jus a reclamante à obtenção da gratuidade da
justiça, com o consequente deferimento dos honorários de seu
patrono, não sendo impeditivo o fato de estar assistida por
advogado particular, na forma do § 4º do art. 99 do NCPC. Este
Egrégio Tribunal recentemente sumulou a matéria, conforme se
verifica da Súmula nº 61 abaixo transcrita: Súmula nº 61 -
HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS.
Atendidos os requisitos da Lei 1.060/50, são devidos os
honorários de assistência judiciária gratuita, ainda que o
advogado da parte não esteja credenciado pelo sindicato
representante da categoria profissional.
Por outro lado, o percentual a ser deferido relativamente aos
honorários advocatícios é de 15%, porquanto está de acordo
com o usualmente deferido e com a Súmula nº 37 deste Tribunal.
Assim, dou parcial provimento ao recurso ordinário do
reclamante para condenar a reclamada no pagamento dos
honorários advocatícios no percentual de 15% sobre o valor total
da condenação, nos termos da Súmula n.º 37 deste TRT.

XV. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:

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Requer que seja reconhecida a responsabilidade subsidiária da 2ª


Reclamada em relação às verbas trabalhistas eventualmente não pagas pela 1ª
Reclamada;

Requer o Reclamante a condenação da Reclamada ao reconhecimento


dos pedidos e ao pagamento dos seguintes itens:

a) A concessão da antecipação de tutela, de modo a


expedir alvará para liberação do FGTS e das guias de
seguro desemprego. Valor do FGTS depositado (doc.
anexo), no valor de R$ 5.027,01 reais, e 05 parcelas de
seguro desemprego no valor de R$ 1.714,39 cada
parcela, no total de R$ 8.571,95 reais, ou indenização
correspondente a soma das 5 parcelas no valor de R$
8.571,95, em caso de não recebimento por alvará
Judicial;
b) O pagamento do aviso prévio indenizado no valor de R$ 3.321,59
(três mil e trezentos e vinte e um reais e cinquenta e nove centavos);

c) O pagamento das férias proporcionais com 1/3 constitucionalmente,


referente ao cálculo exposto acima, o qual é 1/3 de R$ 500,00 = R$

166,66 + R$ 500,00 = R$ 866,66. R$ 866,66 x 5 (anos trabalhados)


= R$ 4.333,33 reais
(quatro mil e trezentos e trinta e três reais e trinta e três centavos)

d) O pagamento FGTS + 40% referente a multa rescisória. Referente


ao período de 02/03/2015 a 02/03/2019 que houve recolhimento
inferior do FGTS, e ao período de 02/04/2019 a 03/01/2022, não
foram depositados a importância de 8%, assim, deve ser calculado o
valor de R$ 2.214,39 (salário de R$ 1.714,39 + R$ 500,00), sob os
8%, totalizando R$ 3.543,00 reais. Total de R$ 5.423,00 + 40% (R$
2.169,20) = R$ 7.529,20 .
(sete mil e quinhentos e vinte e nove reais e vinte e dois centavos)

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e) O pagamento do 13º salário, referente a R$ 500,00 x 5 (anos


trabalhados) = R$ 2.500,00
(dois mil e quinhentos reais)

f) O pagamento da multa dor art. 467, caso não seja pago na primeira
audiência as verbas rescisórias incontroversas, acrescido de
correção monetária e juros moratórios, no valor de R$ 3.459,45;

g) O pagamento da multa do art. 477, §8º do pagamento do salário no


valor de R$ 2.214,39
(dois mil e duzentos e quatorze reais e trinta e nove centavos)

h) A condenação da Reclamada ao pagamento correspondente aos


honorários advocatícios, no valor de R$ 4.789,48
(quatro mil e setecentos e quarenta e dois reais e setenta e três)

i) Que seja penhorado os créditos no valor da soma da


letra a) e b) no processo nº. 0020163-15.2022.5.04.0221
(doc. anexo), totalizando R$ 36.719,39
(trinta e seis mil e setecentos e dezenove reais e
noventa e seis centavos)
j) A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude de o
Reclamante não poder arcar com o pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento
ou de sua família, de acordo com a lei 7.510/86, art. 98 da Lei
13.105/15 e art. 128 da lei 8.213/91;

k) Que seja julgado totalmente procedente a presente ação


Reclamação;

Protesta provar o alegado por todos meios do direito permitidos,


notadamente oitiva de testemunhas e depoimento pessoal.

Dá-se à causa o valor de: R$ 36.719,39 (trinta e seis mil e setecentos e


dezenove reais e noventa e seis centavos)

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Número do documento: 22032915525473400000109879335
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Nesses termos, pede deferimento.


Tramandaí, 29 de março de 2022.

Volnei Teodosio Francisco


OAB/RS 68.951

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