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Muito importante:

- neste documento estão resumidas algumas das ideias trabalhadas


em aula;

- deves completar estas informações com os conteúdos do


manual, com os apontamentos e com o material fornecido pela
professora;

- deves aprofundar mais os conteúdos que foram mais trabalhados


na aula.

Bom trabalho/ Prof.ª Flora Costa

►É difícil definir filosofia, pois:


- É possível dar diferentes definições de filosofia, de acordo com a conceção
filosófica de que se parte.
► As definições variam com os filósofos e as correntes filosóficas porque:
- a filosofia não estuda um objeto específico, mas sim a Totalidade (o universo,
o real, de um ponto de vista totalizante);
- a filosofia desdobra-se em múltiplas áreas de reflexão (Estética – reflexão
filosófica sobre tudo o que se relaciona com o Belo, com a sensibilidade; Epistemologia
– reflexão filosófica sobre o conhecimento científico).
- a filosofia implica uma atitude própria perante a realidade: de distanciamento,
de reflexão crítica e de autoconsciência.
►A filosofia é um saber próprio acerca do real, diferente dos outros saberes (ciências,
religião, conhecimento comum);
► Segundo a etimologia do termo, a filosofia significa amor da sabedoria.
►A compreensão da origem do termo “Filosofia” permite-nos concluir que:
- o filósofo assume uma atitude de humildade intelectual em relação ao saber
porque não considera que sabe (diferente de sábio), mas apenas que aspira/deseja
saber;
- o saber é o que o filósofo procura, mas essa é uma procura crítica, que não se
satisfaz com as respostas imediatas, normalmente simplistas e, portanto,
desinteressantes;

Atitude/atividade Filosófica

 A atitude filosófica é uma atitude que:


• questiona a realidade, problematizando-a;
• é inconformista, isto é, não aceita o que parece óbvio, o que está estabelecido ou
aquilo que aparece como evidente;
• é crítica;
• implica sempre reflexão sobre problemas levantados pela existência quotidiana e uma
tomada de posição;
• revela uma insatisfação e a procura de mais e melhor conhecimento – exige esforço e
dedicação.
• procede de uma forma racional, garantindo uma escolha e uma fundamentação
argumentativa.

 A filosofia nasceu na Grécia, por volta do século VI a.C.


- Porque surge a filosofia na Grécia?
- Deverão ser tomadas em consideração certas condições socioculturais que tornaram
possível o aparecimento da filosofia na Grécia. (Ter, apenas, uma noção geral)

- A partir do século VII a.C., operou-se uma profunda transformação na sociedade


grega:
- o comércio assume uma importância definitiva;
- aparece a moeda;
- as viagens proporcionam novos conhecimentos técnicos e geográficos, o contacto
com outras civilizações e formas de vida e novos conhecimentos de etnologia:
- leva-os a perceber que cada povo e cada raça representam os deuses de maneira
diferente;
- Abre-se caminho à convicção de que a interpretação do Universo e da convivência
humana deve assentar em bases inteligíveis e racionais.
- O aparecimento da polis / o aparecimento do regime democrático
- A polis faz-se pela autonomia da palavra, no sentido da discussão, conflito e
argumentação. Na antiga Grécia, a retórica ou argumentação destacava-se como método
de resolução das questões fundamentais da cidade.
- No século VI a.C. Atenas possuía um regime político em que o governo, e em geral a
administração dos assuntos públicos, se encontrava nas mãos de todos os cidadãos. Os
que tinham esta condição (todas as pessoas livres, à exceção das mulheres, escravos e
estrangeiros)

o A filosofia surge quando o logos substitui o Mito.

- Termo Logos – termo grego que significa razão, raciocínio, linguagem…

- A filosofia não começa propriamente na Grécia continental, mas nas colónias gregas: na Jónia
(metade sul da costa ocidental da Ásia Menor) e na Magna Grécia (sul da península itálica e
Sicília).
- Os primeiros filósofos viveram por volta do século VI a.C. e, mais tarde, foram classificados
como pré-socráticos.
- Os primeiros filósofos, que viveram por volta do século VI a.C., procuram uma explicação
do universo, do “Cosmos”.
- A física jónica é a expressão de um pensamento filosófico racional e abstrato, pois é
justificado por argumentos, sem recorrer a explicações sobrenaturais.
- A contemplação e observação da natureza, isto é, dos fenómenos naturais, suscitou nos
primeiros filósofos gregos grandes interrogações:

- As respostas são muito variadas. Cada filósofo descobre um fundamento, uma unidade
que possa explicar a multiplicidade.

- Já podemos observar aqui uma diferença entre o pensamento mítico e a filosofia nascente: não
há unanimidade de pensamento, mas divergências entre os pensadores e pluralidade de
explicações a respeito do princípio de todas as coisas.

- O mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, enquanto a filosofia problematiza e,
portanto convida à discussão.

 Ciência – Filosofia (consultar manual)

No que se refere às questões filosóficas, pode afirmar-se que:


(manual e PowerPoint trabalhado na aula)

- Sendo existenciais evidenciam problemas que decorrem da urgência de sentido para


aquilo com que as pessoas se deparam na vida.
- Não possuindo sentido factual, não são suscetíveis de resolução com base em factos
empíricos, informações oriundas da ciência ou com atuações de ordem técnica.
- Levantando o problema da legitimidade moral, não são solucionadas pelo recurso a
decretos do âmbito da legalidade jurídica.
- Decorrentes do carácter aberto da Filosofia, necessitam de uma formulação que dê
azo a respostas múltiplas e diversificadas.
- Afastadas dos interesses pessoais, têm que ser elaboradas a um nível de generalidade
que ultrapasse o individual e concreto.
- Para não induzirem nas pessoas o tipo de resposta desejada, têm de ser expressas por
frases que evitem o uso de termos negativos.
- Tem que se servir de uma linguagem que privilegie os termos abstratos, os quais
facilitam a colocação da pessoa numa perspetiva impessoal e, consequentemente,
racional.

Especificidade da filosofia

Radicalidade
“Defender que a Filosofia é radical significa, como a própria palavra indica, ser capaz
de ir à raiz, à origem das coisas, aos fundamentos últimos. Por isso, alguns filósofos
definiram a Filosofia como uma busca dos fundamentos últimos, como procura das
primeiras causas e dos primeiros princípios que estão na raiz, na origem de todas
as coisas.
É radical porque o questionamento constante, e a atividade crítica, abarcam toda a
realidade.”
Universalidade
“Defender que a Filosofia é universal significa, em primeiro lugar, aceitar que ela não é
feita exclusivamente por especialistas, os chamados filósofos profissionais, mas que
pode ser praticada por todos os homens e mulheres (todos os homens são filósofos e
toda a Filosofia se dirige a todos os homens). Como defende Gabriel Marcel (1889-
1973) encontramos em todo o ser pensante um rudimento de experiência filosófica,
aquilo que vulgarmente se designa como capacidade espontânea de filosofar e que é
diferente do chamado filosofar sistemático, próprio dos filósofos profissionais.
Aceitar que a Filosofia é universal significa, em segundo lugar, aceitar que o trabalho
da Filosofia é procurar compreender o real na sua totalidade ou na sua
universalidade e aceitar ainda que as reflexões do filósofo, enquanto cidadão do
Mundo, se destinam a todos os seres humanos e que os problemas filosóficos e as
respostas filosóficas são problemas e questões que preocupam e interessam a toda
a humanidade”
Os grandes problemas/questões são comuns a toda a humanidade.

Autonomia
“Defender que a Filosofia é autónoma é admitir que se rege pelas próprias regras, ou
seja, é admitir a independência relativamente a outros campos do saber. Por isso se
diz que a Filosofia é autónoma relativamente às ciências, às religiões, às ideologias, à
política, ao senso comum. Isto não significa que a Filosofia não tenha necessidade de
dialogar com estes campos do saber. Significa apenas que só uma razão
independente de dogmas, de ideias feitas e de preconceitos, pode ser apresentada
como verdadeira razão emancipada e livre”.
A Filosofia assume uma postura crítica, utilizando a dúvida para ultrapassar a
ignorância e as evidências – filósofo ousa pensar por si mesmo.

Historicidade
“Defender que a filosofia é histórica significa, em primeiro lugar, compreender que ela
se desenvolve (e continuará a desenvolver) ao longo do tempo ou ao longo da
história. Por isso se diz que o filósofo é filho do tempo e, como tal, todos os textos
filosóficos e algumas questões filosóficas, traduzem sempre as marcas próprias do
seu contexto económico, social, cultural e temporal.
Depois, embora cada filósofo construa o seu pensamento próprio, ninguém acreditará na
originalidade total. Por isso cada filosofar está inserido na tradição histórica.
Ninguém começa a filosofar a partir do zero”. (Adaptado a partir do manual Ensaio de
Filosofia para não-filósofos, Porto Editora.)

 AS DISCIPLINAS FILOSÓFICAS (Manual e o doc./quadro enviado pela


professora com as disciplinas filosóficas e as respetivas questões filosóficas)

-Apesar da procura da compreensão da totalidade, ser uma das características mais comuns às
diferentes filosofias, a verdade é que se foram definindo diversas áreas de investigação, as
denominadas disciplinas filosóficas, exs. Antropologia filosófica; Ética; Estética; Lógica …

-Apesar de existirem diferentes disciplinas filosóficas, não se devem criar


fronteiras estanques entre os diversos problemas filosóficos.

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